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O que podemos aprender com VC

nov 9, 2023 | Satoshi Call

O que podemos aprender com VC

nov 9, 2023 | Satoshi Call

Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano azul das criptomoedas.

Hoje, nós vamos falar de um tema que tem capturado nossa atenção no mercado crypto: o investimento de capital de risco – famoso VC.

À medida que a era digital se desdobra diante de nossos olhos, duas frentes têm se destacado notavelmente: o capital de risco (VC) e as criptomoedas. Mas, o que acontece quando traçamos paralelos entre essas duas dinâmicas?

Vamos desvendar e entender como os VCs investem em estágios cruciais, como Anjo, Seed e Pré-Seed, e lançar luz sobre as lições que os investidores de criptomoedas podem extrair dessas estratégias.

Afinal, quando investimos em criptomoedas e tokens, estamos investindo em startups em seus estágios iniciais.

Respire fundo, abra sua mente e vamos juntos nesta imersão! 🌐💼🚀

🤔 Vamos começar do começo

Se você não entendeu nada, vou traçar um raciocínio. No mundo das startups, o investimento de capital de risco (VC) é um elemento fundamental. Startups inovadoras, frequentemente recorrem ao capital de risco para financiar suas operações, crescer e atingir a maturidade. 

Tradicionalmente, investir em startups promissoras nas fases Anjo, Seed ou Pré-Seed tem sido um privilégio reservado para um círculo seleto: os investidores qualificados. 

Estes são indivíduos ou entidades que possuem a experiência, conhecimento e, muitas vezes, o capital substancial necessário para mergulhar nas águas, às vezes turbulentas, das startups em estágio inicial. 

Essa exclusividade muitas vezes deixa de fora pequenos investidores, que são igualmente apaixonados por inovação e desejam contribuir para o nascimento de novas soluções tecnológicas.

Então, entra o revolucionário mundo das criptomoedas.

 

✏️ Tokenização já começou e faz tempo!

Com o surgimento da Oferta Inicial de Moedas (ICO), e seus sucessores, como a Oferta Inicial de Exchange (IEO) e a Oferta Inicial Descentralizada (IDO), as barreiras tradicionais começaram a ser desafiadas. 

Estes mecanismos inovadores de financiamento introduziram uma abordagem democratizada ao investimento, permitindo que uma gama mais ampla de investidores participasse do nascimento e crescimento de projetos inovadores. 

Por meio da tokenização, empresas e projetos podem levantar capital vendendo tokens ou moedas, muitas vezes representando uma participação ou direito no projeto, para um público global.

Esta disrupção não apenas ampliou o acesso ao financiamento para startups em estágio inicial, mas também abriu as portas para que entusiastas, pequenos investidores e a comunidade em geral tivessem um papel ativo no suporte e direcionamento de inovações futuras. 

Em essência, o mundo das criptomoedas está redefinindo o que significa ser um “investidor” e como o capital é levantado e distribuído na era digital. A democratização do investimento, trazida pela revolução das criptomoedas, é, sem dúvida, uma faca de dois gumes. 

Por um lado, oferece oportunidades sem precedentes para investidores que anteriormente eram excluídos do círculo interno do capital de risco. Por outro, levanta uma questão pertinente: como o investidor médio, sem a experiência de investir em startups, pode navegar com segurança neste terreno notoriamente volátil e complexo?

💡 Vamos aprender com quem já fez

Para entender como os VCs operam, primeiro é importante reconhecer as fases de investimento:

  • Investimento Anjo: São os primeiros investidores de uma startup. Normalmente, são indivíduos que oferecem capital em troca de participação acionária ou dívida conversível.
  • Seed (Semente): Esta é a fase inicial, onde a startup já tem um protótipo ou MVP (Produto Mínimo Viável) e precisa de financiamento para desenvolvê-lo mais.
  • Pré-Seed: Uma fase ainda mais prematura que a Seed. Pode nem haver um produto, apenas uma ideia ou conceito.

 

Temos outras diversas fases como Series A, B, C, IPO, mas não cabe nesse momento. Vamos focar nesses 3 estágios iniciais.

Após conversas aprofundadas com diversos VCs e investidores especializados em fases iniciais, entendi suas estratégias centrais que guiam suas decisões de investimento. 

E, ao que parece, o sucesso no mundo do capital de risco não é fruto do acaso, mas sim de uma combinação meticulosa de princípios e táticas. Aqui estão as principais estratégias que eles enfatizaram:

 

  1. Diversificação: Como o antigo ditado diz, “não coloque todos os seus ovos em uma única cesta”. A diversificação é essencial para mitigar riscos. Ao espalhar investimentos por várias startups e setores, os investidores podem aumentar a probabilidade de ter pelo menos algumas apostas vencedoras que compensam aquelas que não vingam. A regra “1 em 10”: de 10 investimento apenas 1, dará retornos expressivos.
  2. Pesquisa: O investimento em startups não é um jogo de adivinhação. Exige uma análise rigorosa, diligência prévia e uma compreensão profunda do mercado-alvo, da solução proposta e do cenário competitivo. Muitos VCs investem quantidades significativas de tempo e recursos para entender completamente o potencial de uma startup antes de comprometer capital.
  3. Timing: Entrar muito cedo pode ser arriscado, mas entrar tarde demais pode significar perder uma oportunidade dourada. O timing é tudo. Determinar o momento certo para investir – quando uma startup está posicionada para crescer, mas ainda não atingiu seu pico de valorização – é uma arte que os melhores VCs dominam.
  4. Pessoas: No final das contas, as startups são feitas por pessoas. E é a equipe por trás de uma ideia que frequentemente determina seu sucesso ou fracasso. Investidores experientes olham não apenas para o produto ou serviço, mas também para a equipe fundadora, sua visão, paixão, experiência e capacidade de adaptar-se e superar desafios.

 

Aí fica a pergunta: Você está fazendo isso?

Além disso, os fundos também olham a inovação da tecnologia, o tamanho e a potencial adoção do mercado são considerados, o cenário competitivo e entender o diferencial do projeto entre muitas outras informações.

 

⚠️ Alguns fundos e suas teses


1. Sequoia Capital

Grandes Investimentos: Apple, Google, Oracle, PayPal, LinkedIn, WhatsApp, Airbnb e muitos outros.

Lógica do Investimento: A Sequoia costuma procurar empresas que estão definindo ou redefinindo uma indústria. Eles têm um foco intenso na equipe fundadora, acreditando que grandes times constroem grandes empresas.

 

2. Andreessen Horowitz (a16z)

Grandes Investimentos: Facebook, Pinterest, Lyft, Slack, Coinbase, entre outros.

Lógica do Investimento: a16z busca inovação tecnológica e disrupção. Eles também são conhecidos por oferecer serviços de valor agregado aos fundadores, como ajuda com contratações, marketing e estratégia.

 

3. Accel Partners

Grandes Investimentos: Facebook, Spotify, Dropbox, Flipkart, Slack, entre outros.

Lógica do Investimento: Accel foca em startups que têm o potencial de se tornar marcas líderes. Eles acreditam em um enfoque hands-on, construindo parcerias profundas com fundadores para ajudá-los a crescer.

 

4. Benchmark

Grandes Investimentos: eBay, Twitter, Uber, Snapchat, WeWork, entre outros.

Lógica do Investimento: Benchmark procura empresas que têm potencial para dominar uma categoria. Eles valorizam a simplicidade e buscam startups que possuem uma proposta de valor clara.

 

5. Kleiner Perkins

Grandes Investimentos: Amazon, AOL, Compaq, Electronic Arts, Google, Netscape, Sun Microsystems, entre outros.

Lógica do Investimento: Kleiner Perkins procura inovações que vão mudar o mundo. Eles buscam mercados grandes que estão prontos para uma transformação tecnológica.

 

⚠️ Fundos cryptos para você monitorar

 

Vale lembrar que muitos fundos de VC estão agora ativamente investindo no mercado crypto e se um projeto passou pela due diligence deles, você deveria olhar. 

Vou deixar uma lista para você fazer o trabalho de casa e acompanhar esses players.

Pantera Capital: Focado principalmente em ativos digitais e blockchain, é um dos fundos mais antigos e respeitados neste nicho.

Andreessen Horowitz (a16z): Um dos primeiros a adotar o mercado crypto. Seu fundo crypto se concentra em projetos inovadores em blockchain e criptomoedas.

Polychain Capital: Conhecido por investir em projetos inovadores no espaço de cripto.

Paradigm: Fundado por ex-membros da Coinbase e Sequoia Capital, este fundo foca em criptomoedas e blockchains.

Galaxy Digital: Fundado por Mike Novogratz, este é um banco de comerciantes dedicado a ativos digitais.

Blockchain Capital: Como o nome sugere, eles se concentram em projetos e empresas que operam no espaço blockchain.

Placeholder: Um fundo de capital de risco que investe em redes descentralizadas e protocolos de informação.

Electric Capital: Este fundo se concentra em moedas digitais e empresas em estágio inicial no espaço blockchain.

Dragonfly Capital Partners: Focado em investimentos em ativos digitais em todo o mundo.

CoinFund: Um fundo diversificado que investe em tecnologias de blockchain, moedas digitais e outros projetos relacionados.

Sequoia Capital: Outro fundo líder, investindo em várias startups de alto potencial.

Union Square Ventures: Investe tanto em startups tradicionais quanto em empresas blockchain.

 

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news. Nesta edição exploramos a intersecção entre o mundo das criptomoedas e o investimento de capital de risco, destacando as estratégias e práticas que têm moldado o cenário de startups e inovações tecnológicas. 

Ao entender como os VCs operam e ao observar as tendências emergentes no mercado de criptomoedas, os investidores estão melhor posicionados para tomar decisões informadas e capitalizar oportunidades. 

À medida que o mundo digital continua a evoluir, é essencial permanecer atualizado, adaptar-se às mudanças e aprender com os líderes do setor. A jornada no universo das criptomoedas é repleta de desafios, mas também de oportunidades inigualáveis. 

Mantenha-se informado, invista com sabedoria e continue navegando pelas águas dinâmicas do mercado crypto.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Até a próxima edição!

 

 

 

Beto Fernandes

Beto Fernandes

Nosso especialista e analista de criptomoedas, Beto Fernandes, traz os principais eventos macroeconômicos da semana e sua perspectiva técnica sobre o principal ativo digital do mundo.

 

Disclaimer

Este relatório foi desenvolvido por um parceiro Foxbit e tem como único objetivo fornecer informações sobre a criptoeconomia. O report não leva em consideração os objetivos, a situação financeira, riscos ou as necessidades específicas de cada investidor. As informações contidas aqui não constituem e nem devem ser interpretadas como oferta ou conselho de investimento. Qualquer negociação envolve riscos e, por isso, as decisões devem estar pautadas por estudos próprios e constantes.

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