Ethereum Classic (ETC): o hard fork do Ethereum mais famoso do mundo

fev 21, 2025 | Ethereum

Pode não parecer, mas o Ethereum Classic (ETC) é uma das principais criptomoedas do mercado – ou pelo menos com uma das histórias mais polêmicas dentro do mercado. Isso porque a ETC nada mais é do que uma ramificação da segunda maior blockchain do mundo, o Ethereum.

A gente sabe que soa um pouco estranho, mas leia o artigo completo para entender melhor essa história e por que o Ethereum Classic não é a mesma coisa que o Ethereum!

Banner com logos da Ethereum Classic e Ethereum

O que é o Ethereum Classic?

O Ethereum Classic é uma plataforma de blockchain descentralizada que permite a criação e execução de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps). Sim, igual ao Ethereum.

Porém, o ETC surgiu como resultado de um hard fork na rede Ethereum, causado por um debate filosófico e técnico dentro da comunidade cripto.

Essa divisão foi o que possibilitou a existência do Ethereum, como conhecemos hoje, sua ramificação: Ethereum Classic.

Mas qual foi o dilema enfrentado que levou à divisão da rede?

Hard Fork The DAO

Blockchains descentralizadas são comandadas pela comunidade que as utilizam. Neste caso, são apresentadas as regras da rede. Aqueles que discordam, podem forçar um “hard fork”, que consiste na divisão e criação de uma versão secundária do protocolo, com outras normas, tokens e até mesmo modelos de validação.

E este é o caso da Ethereum Classic.

Em 2016, houve um ataque hacker à DAO (Organização Autônoma Descentralizada) do Ethereum, que roubou cerca de US$ 50 milhões em ETH. Além dos danos financeiros, isso alimentou uma discussão ferrenha dentro do protocolo. Mas porque?

Bom, para recuperar os fundos e proteger a integridade da blockchain, os desenvolvedores do Ethereum (ETH), liderados por Vitalik Buterin, decidiram implementar um hard fork, revertendo as transações e criando uma nova blockchain. 

E foi aí que o problema maior aconteceu.

Com uma perspectiva mais rígida sobre a proposta da blockchain, parte da comunidade entendia que a imutabilidade é algo essencial à rede e, por isso, os ETHs roubados não deveriam ser revertidos de forma manual.

Hard fork do Ethereum

Por outro lado, uma série de desenvolvedores apoiaram Buterin na decisão de cancelar as operações e reiniciar a rede como se o ataque nunca tivesse acontecido.

Com a divisão no grupo, a parte que votou para reverter as operações realizou as modificações a partir de um hard fork, mas continuou sendo chamada de Ethereum (ETH) – que, inclusive, é a segunda maior blockchain do mundo e a que mais conhecemos.

Já os membros que decidiram manter as regras iniciais e dar como perdido os ETHs, ficaram para trás no fork, passando a se chamar Ethereum Classic.

Diferenças entre Ethereum e Ethereum Classic

Apesar de compartilharem essa origem comum, Ethereum e Ethereum Classic tomaram caminhos distintos ao longo dos anos, apresentando várias diferenças entre si. Não à toa, são, de fato, consideradas blockchains totalmente distintas.

A seguir, separamos algumas dessas diferenças:

1. Modelo de Consenso

  • Ethereum: Migrou para o modelo Proof of Stake (PoS) com o Ethereum 2.0, tornando a rede mais sustentável, já que extinguiu a necessidade de um grande processamento computacional para validar as transações.
  • Ethereum Classic: Permanece no sistema Proof of Work (PoW), semelhante ao Bitcoin (BTC), priorizando segurança e descentralização a partir de um modelo que coloca os computadores para realizar cálculos matemáticos complexos para validar as operações.

2. Segurança e Ataques

O Ethereum Classic já sofreu alguns ataques de 51% no passado, em que mineradores maliciosos conseguiram dominar a maior porcentagem de validação da rede para reverter transações e gerar duplicidade de moedas para benefício próprio.

O Ethereum, por outro lado, tem se mostrado mais resiliente nesse aspecto e não registra parasalições ou nenhum outro tipo de ataque hacker.

3. Desenvolvimento e Adoção

A maioria dos desenvolvedores e projetos focam no Ethereum, pois ele conta com um ecossistema mais robusto para contratos inteligentes e dApps. 

Já o Ethereum Classic tem menor adesão por parte dos desenvolvedores, mas continua sendo uma opção para quem busca uma abordagem mais descentralizada.

4. Capitalização de Mercado

Assim como a popularidade, os valores financeiros também são bem distintos.

O Ethereum Classic, por exemplo, possui uma capitalização de mercado de “apenas” US$ 3,1 bilhões. Já o Ethereum registra um market cap de US$ 329 bilhões, o que a coloca como a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo.

Vale a pena comprar Ethereum Classic?

O Ethereum Classic (ETC) continua sendo uma opção dentro do mercado para investidores que acreditam em uma abordagem mais descentralizada e imutável da blockchain. 

No entanto, a falta de inovação, as vulnerabilidades técnicas e a menor adoção do ecossistema podem ser desafios a longo prazo e que, hoje, afastam boa parte dos players.

Para quem busca uma blockchain mais segura, eficiente e com maior suporte de desenvolvedores, o Ethereum (ETH) acaba sendo uma escolha mais “confortável”, ainda mais pela possibilidade do staking.

Onde comprar Ethereum?

Por conta de todo este histórico, não são todas as exchanges que oferecem a negociação de Ethereum Classic. Porém, a robustez do Ethereum o faz um ativo valioso e de alto interesse do mercado.

Apesar de não ter ETC listado na plataforma, a Foxbit Exchange oferece não só a negociação de ETH, como ainda promove a realização de staking com a criptomoeda, permitindo que você ganhe mais unidades do token, sem se expor diretamente à volatilidade do ativo.

Se você acha que ETH é uma escolha mais assertiva do que o ETC e pretendo adicioná-lo a sua carteira, acesse sua conta na Foxbit Exchange e comece agora mesmo a negociar!

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