Operação Lava Jato, delações premiadas e Polícia Federal são algumas das palavras mais proferidas pelos jornais nos últimos meses. É sabido que a corrupção assola o Brasil e, a cada dia que se passa, novos escândalos nos surpreendem, deixando a situação política e econômica do Brasil cada vez mais instável.
Infelizmente, não é só no Brasil que a corrupção é um grande problema. Em todo o mundo, mais de 6 bilhões de pessoas (isso mesmo, 6 bilhões) vivem em países afetados por esse grave problema. Porém, países como Malásia e Honduras estão recuperando suas economias por meio da ajuda de um novo tipo de moeda: o bitcoin.
Você deve estar se perguntando: “qual é a relação entre bitcoin e corrupção? As moedas virtuais são mais transparentes?” Leia este artigo e saiba mais sobre o assunto!
Como são feitas as transações?
Primeiramente, bitcoin é uma moeda digital protegida por uma criptografia especial, sendo chamada também de criptomoeda. É importante destacar que as transações de bitcoins são realizadas por meio da tecnologia do blockchain.
O blockchain é uma base de dados com cópias idênticas que são distribuídas em computadores diferentes, sendo controlados por computadores diversos, que são as partes envolvidas nas transações.
Portanto, pode-se afirmar que o bitcoin é uma moeda cujo uso é independente de bancos e outras instituições financeiras. Nesse caso, a tecnologia do blockchain é utilizada para gravar todas as operações realizadas, desde a primeira, garantindo que elas rastreáveis, não duplicadas ou fraudulentas.
Para facilitar o entendimento, deve-se lembrar que uma transação financeira deve ter duas informações principais: a quantidade de dinheiro, que está pagando e quem deverá recebê-lo. No bitcoin essas informações são enviadas na transação, de forma pseudo-anônima e quando a transferência é realizada, esse registro vai para um banco de dados gigante, transparente e imutável.
O blockchain, que é esse banco de dados, nada mais é do que um histórico encadeado de todas as transações feitas com o bitcoin, desde a primeira, em 2009. Por isso, afirma-se que as transações do bitcoin são extremamente seguras.
O que são contratos inteligentes (smart contracts)?
Os contratos inteligentes (ou smart contracts) são formados por um conjunto de regras contratuais que são autorreguladas por meio de um software. É uma nova tecnologia, que deve impactar os negócios que ocorrerão em um futuro próximo.
A diferença dos smart contracts para os contratos tradicionais é que esse último depende diretamente de garantias, como um terceiro que possa cumprir as cláusulas acordadas entre as duas partes. Já a nova tecnologia permite que os seguros usuais e novos produtos financeiros possam ser acionados imediatamente após o descumprimento de uma das cláusulas contratuais.
Essa desintermediação dos contratos inteligentes o faz tão atrativo, sendo considerados, inclusive, excelentes alternativas para o combate à corrupção na política. Fantástico, não é mesmo?
Economia baseada em bitcoin
Hoje, quando você paga seus impostos, não há como garantir pra qual área do governo ele vai, além disso, existe um grande risco dele ir para o bolso de algum parlamentar.
Com uma economia baseada em bitcoin, seria possível rastrear todo o destino do dinheiro, desde sair do seu bolso, até o destino final. Com isso, seria possível diminuir de forma gigantesca a corrupção, visto que qualquer bitcoin fora do endereço de destino, seria facilmente identificado e denunciado pela população.
Assim, é possível perceber que o bitcoin é uma moeda transparente e pode se tornar uma alternativa surpreendente para o combate à corrupção. Infelizmente essa situação nos leva a pensar na seguinte pergunta: o que falta para o Brasil adotar o bitcoin e utilizar a tecnologia blockchain?
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