Já abordamos diversas formas de utilização do bitcoin, o que o torna cada vez mais fantástico quando paramos para entender a pluralidade do “rei” das criptomoedas, principalmente por ele estar diretamente ligado a um sistema monetário descentralizado.
Recentemente, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, publicou em seu Twitter que estará comprando 1 bitcoin por dia. Já utilizado como forma de pagamento no país, o BTC parece estar ganhando mais uma funcionalidade. A intenção do presidente é utilizar Bitcoin como lastro em títulos públicos do país.
E daí vem o questionamento: o que mais o bitcoin pode fazer? Poderá ele ser um novo padrão ouro?
Moedas fiduciárias vs criptomoedas
O padrão ouro foi o sistema monetário internacional do século 19 até a Primeira Guerra Mundial. Ele tinha a quantidade de ouro como referência para a definição do valor da moeda de cada país, e cada vez mais vemos a perda de confiança em moedas fiduciárias e em corretoras centralizadas.
Isso se deve principalmente aos últimos acontecimentos no mercado de criptomoedas e a boa parte da população mundial sentindo na pele o peso da inflação de suas moedas locais. Mencionamos aqui que países como Argentina e o próprio Estados Unidos, que têm enfrentado problemas em desacelerar o aumento de juros para não perder trabalhadores de forma brusca com a intenção em desacelerar a economia.
Essa janela pode ser um ótimo ponto de partida para a população que ainda não está ligada diretamente às criptomoedas entender o que a descentralização pode oferecer. Ainda é cedo para vermos o Bitcoin sendo utilizado para lastrear algum ativo de valor ou mesmo assegurar uma moeda; voltamos sempre à questão da volatilidade, que precisará ser bem menor do que é nos dias atuais.
Ao vermos a intenção de um país em lastrear títulos em bitcoin e o crescimento de países que estão utilizando o bitcoin como moeda de curso legal, percebemos indicativos de que o que antes era visto apenas como “ativo digital” hoje está tendo mais robustez em suas propostas e fundamentos.