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Guia completo de stablecoins

dez 27, 2018 | Altcoins

Em outra publicação, falamos aqui sobre stablecoins: o que são, como surgiram e para que servem. Das opções, a Foxbit trabalha com uma das mais confiáveis do mercado, o TrueUSD. Agora trazemos a continuação do texto, pra explicar um pouco melhor o cenário em que elas podem ser úteis e cada uma das mais importantes, de forma mais detalhada.

https://foxbit.com.br/blog/o-que-e-uma-stablecoin/

Nem todas as stablecoins são criadas iguais

No mundo das stablecoins há basicamente três modelos fundamentais: as stablecoins baseadas em IOUs centralizadas, aquelas com colateral descentralizado e, por fim, moedas com suprimento elástico.

Calma, vou explicar cada uma delas, começando pelo tipo mais usado atualmente.

IOUS centralizadas:

IOU (I owe you) é um documento ou instrumento qualquer que indica o direito a algum bem ou serviço.

Neste modelo, uma companhia gera tokens que dão direito a uma moeda (geralmente dinheiro estatal, como o dólar), as moedas ficam em um banco e os tokens são apenas representantes dos dólares (ou qualquer outra moeda). O valor do token está, claro, diretamente ligado com aquilo que ele representa.

O exemplo mais conhecido dessa classe de stablecoins é o Tether (USDT). Ela é uma moeda envolta em muitas polêmicas, justamente pelo modelo adotado.

Por ser uma moeda centralizada seus criadores podem emitir a quantidade de USDT que quiserem, ou seja, é necessário confiar na empresa emissora. Isso gera riscos de insolvência e custos em auditorias.

https://foxbit.com.br/o-que-e-trueusd/

Uma excelente alternativa é o TrueUSD, que está disponível na plataforma da Foxbit. Ele tem algumas diferenças para o Tether. A maior delas é o fato de ser auditado por empresas de renome no mercado financeiro mundial.

Aqui vai um exemplo de auditoria feita pela Cohen&Co.

Outra grande vantagem é que, diferente do Tether, a empresa por trás do TrueUSD não cria ou destrói dólares, quem faz isso são os bancos e instituições associadas.

Para sacar o valor em dólares é preciso ter pelo menos 10 mil TrueUSD, passar por um processo de KYC/AML e aguardar a transação ser realizada.

Se essa classe de moedas não resolve nosso problema por conta da centralização, que tal descentralizar tudo?

Colateral descentralizado

Se o principal problema das IOUs era sua centralização, as stablecoins com colateral descentralizado parecem a solução para esse problema. Neste modelo, é gerado um token que representa um ativo descentralizado, como uma criptomoeda ou token no blockchain.

Um exemplo é token Dai貸, é um contrato inteligente que tem como objetivo alcançar certa paridade com o dólar (cada 1Dai = 1 dólar). Para conseguir isso o contrato inteligente arrecada ethers como colateral. Veja um vídeo sobre o projeto:

Mas calma lá, como o preço do Dai vai ficar pareado com o dólar se o token ether é tão volátil quanto o bitcoin?

Para resolver esse problema, os criadores da moeda estabeleceram algumas regras. A primeira é que para cada 1 Daí gerado é necessário depositar 1,5 USD em ether. Isso significa que temos um colateral de 150% a mais, logo, para cada 100 dólares criados de Dai, é necessário um depósito de mais 150 dólares em ether.

Esse mecanismo cria certa segurança para o usuário comum, de tal forma que mesmo com uma queda substancial no preço do ether, ele tenderá a se manter próximo de 1 dólar.

O segundo ponto é o custo para sacar os ethers, há uma pequena taxa para isso. A ideia aqui é garantir sempre um volume de ethers cada vez maior para cada Dai no mercado.

A grande vantagem é que você não precisa confiar em uma empresa para sacar seus ativos e nem se preocupar com a quantidade moeda gerada, pois qualquer pessoa pode enviar ether para o contrato inteligente e receber uma quantidade da stablecoin.

Mas será que o sistema funciona mesmo? O gráfico abaixo mostra o preço da Dai/Dólar, do seu lançamento até hoje em dia.

dai stablecoins paridade dólar

Reparou na queda para quase 0,88 centavos de dólar? Ela aconteceu justamente no início de uma queda mais acentuada no preço do ether.

Esse é um dos problemas das stablecoins com colateral descentralizado, se acontecer uma queda maior do que a quantidade de ether no colateral, o preço pode despencar.

Stablecoins com supply elástico

Stablecoins com suprimento de moedas elástico copiam o modelo usado pelos bancos centrais, porém algumas utilizam algoritmos pré-programados ou fórmulas conhecidas por todos na rede. É o único modelo que não requer o uso necessário de um outro ativo para colateralizar o preço.

https://foxbit.com.br/blog/o-que-e-litecoin/

Inicialmente, como estratégia para manter certa paridade de preço, a stablecoin pode ter seu colateral em alguma moeda como dólar, bitcoin ou real. Entretanto, depois de certo tempo, o que definirá o preço da moeda será a quantidade dela no mercado.

De acordo com a demanda a quantidade monetária irá crescer ou diminuir. Mas como conseguir o aumento ou redução da quantidade de moedas no mercado? Para aumentar é muito fácil, basta criar mais tokens, mas e para diminuir?

Há alguns artifícios. Um deles é o uso de bonds, ou seja, a compra de moedas com promessa de pagamento futuro com juros ou desconto. Tudo isso usando algoritmos, regras conhecidas por todos.

Para os curiosos, um exemplo deste tipo de moeda é o projeto Basis. Veja o site do projeto para mais informações.

Como vimos, cada stablecoin tem pontos negativos e positivos, com algumas saindo em vantagem, como o TrueUSD.

As stablecoins estão apenas começando, muitos empresários e cientistas estão trabalhando em novos protocolos, teorias econômicas e fundando empresas usando esse novo paradigma.

Existe um vasto universo a se explorar no mundo de stablecoins e altcoins em geral. Fique ligado em nosso blog para mais novidades!

*Texto originalmente publicado no Cointimes.

https://foxbit.com.br/blog/as-icos-sao-legais/

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