Felipe Trovão

ago 1, 2018 | Nossas histórias

“Nunca te pareceu loucura?” é uma pergunta que já me fizeram quando contei a história de como meu caminho se cruzou com os fundadores da Foxbit. E minha resposta é: sempre.

Talvez não tanto uma loucura, porque eu confiava na tecnologia do Bitcoin, mas eu achei a situação toda arriscada. Porém, uma oportunidade.

Sou Felipe Trovão, o primeiro investidor na fundação da Foxbit. Nasci em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em dezembro de 1983.

Sou uma pessoa eclética, de forma até confusa pra achar a minha profissão quando eu era mais novo. Fiz orientação vocacional antes de entrar na faculdade, e todos os aspectos e áreas saíram bem equilibrados.

Gosto de exatas, astronomia, história, economia… Gostava de dinossauros, enquanto minha família toda é da área de biológicas. Enfim, nunca achei uma “definição” pra mim. Gosto do que é humano, de arte. Pode ser tecnologia, artes plásticas, natureza.

Desde pequeno, sempre fui muito curioso. Tínhamos um videocassete parado em casa. Um dia cheguei lá e o pus pra funcionar, com uns seis anos de idade. Essa era a cultura que tínhamos: se você quer algo, corra atrás e faça por merecer. Isso vale desde que meu pai construiu nossa própria casa, para que não vivêssemos mais de aluguel.

O primeiro desafio

Nessa época, com meus oito anos, fiz meu primeiro “empreendimento”. Aprendi nas obras da casa que, se eu quisesse ganhar meu próprio dinheirinho, eu poderia vender aqueles fios de cobre, que se comprava em ferro velho. Nunca tive muito sucesso, mas acabei aprendendo muita coisa!

Fui crescendo, estudando. Na escolha por faculdade, acabei optando por engenharia mecânica. Porém, na faculdade tudo era muito teórico, pouca prática, o que foi uma decepção.

Fiz três anos do curso na UNESP, mas acabei abandonando por não estar satisfeito. Fui trabalhar com eletrônica.

Um amigo tinha uma oficina em Araraquara (SP), e unimos nossos conhecimentos: meus de programação e sistemas de computação, e ele em eletrônica.

Vendi a loja um tempo depois, entrei em Pedagogia, na UNESP outra vez. Em 2010, após a ênfase em ensino especial, eu me formei e passei a estudar um pouco de economia. Fiz alguns cursos, uma pós graduação em mercado de capitais, e procurei trabalho na área de operação de bolsas.

Eu buscava uma virada na carreira, mas a vida me puxou de volta, digamos assim. Alguns dos meus clientes da época da oficina me procuraram e mandaram serviços, então fiquei de 2010 a 2015 trabalhando com eletrônica novamente, na minha própria casa.

Encontro com os bitcoins

Eu comecei também a me aprofundar em programação, visando uma experiência internacional. Acabei encontrando um canal no Youtube de um brasileiro que dava dicas de como conseguir um emprego no exterior. De um contato com ele, surgiu a conversa sobre bitcoin e uma ponte com o Guto Schiavon.

Nesse momento, eu fui apresentado à ideia de empreender em algo totalmente novo, ainda pouco conhecido. Descobri uma amiga em comum com o Guto – a prima dele era prima de um amigo meu. Uma longa distância entre as pontas, mas que serviu para eu receber referências sobre ele e criar confiança no projeto. Na sequência conheci também o João Canhada (tudo de forma virtual).

Tudo foi acontecendo. O Guto seguiu com os trâmites de abertura da empresa, os documentos rodaram via Correios, na história que eles já contaram. Entre agosto e outubro tudo estava assinado, e eu entrei com o investimento inicial.

No fim de novembro, eu comprei meu primeiro bitcoin! E, em 10 de dezembro, começamos a operação da Foxbit (ainda sem conhecer pessoalmente Guto, Canhada ou o Marcos, o segundo investidor!).

Eu continuava com os meus trabalhos em eletrônica e ajudava a dar liquidez pro mercado na plataforma.

Com o tempo, eu passei a ajudar nas operações e as coisas cresceram de forma gigante: eventos, demanda, muita coisa acontecendo! Em 2016, nos mudamos para São Paulo, para a “Toca da Raposa”, a nossa república.

O resto, é uma história que vocês já sabem e veem todos os dias. A Foxbit ficou gigante, hoje tem cerca de 90 funcionários, mudou de cara, site, marca…

https://foxbit.com.br/blog/bem-vindo-a-nova-foxbit/

Foi loucura?

Então eu volto a responder: nunca pareceu uma loucura? Bom, sempre pareceu arriscado, mas eu fui convidado pra fazer parte de algo em que acredito muito.

Meus sócios são os meus melhores amigos, moramos juntos por anos. Hoje eu sou casado, alguns deles também. Mas a amizade continua. A Foxbit é minha família.

Sócios da Foxbit, no offsite do início de 2018

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