Bem-vindos a mais uma edição do “O HODLER”, o único lugar para você que está querendo ficar por dentro de tudo que acontece no mercado.
Hoje vamos falar de um dos assuntos que eu mais gosto e finalizar essa série de conteúdo “O que esperar…”, que é as Finanças Descentralizadas (DeFi). O setor acabou de passar de uma promessa experimental para uma indústria bilionária que desafia os modelos financeiros tradicionais.
O que começou com simples protocolos de empréstimos e trocas de tokens agora evoluiu para um ecossistema robusto de soluções financeiras autônomas, escaláveis e cada vez mais acessíveis ao público comum.
Este artigo vai explorar a narrativa de DeFi e o que esperamos de evolução ao longo deste ano. Então vamos para mais um HODLEEEEEEER! 🌐💼🚀
A evolução do DeFi: Da concepção ao presente
O conceito de DeFi surgiu da necessidade de criar um sistema financeiro alternativo, baseado em transparência, eficiência e acessibilidade global. Seu crescimento está diretamente ligado à evolução das redes blockchain e dos contratos inteligentes, que permitiram a criação de serviços financeiros sem intermediários.
Linha do Tempo do DeFi
2015 – Ethereum e o nascimento dos smart contracts
O lançamento da Ethereum introduziu o conceito de contratos inteligentes, tornando possível a criação de aplicações financeiras descentralizadas.
2017 – Primeiros experimentos com finanças descentralizadas
O MakerDAO lançou o DAI, a primeira stablecoin descentralizada, estabelecendo as bases para protocolos de empréstimos descentralizados.
2018 – A criação do termo “DeFi”
O termo DeFi (Decentralized Finance) começou a ser usado para descrever um conjunto emergente de aplicações financeiras on-chain, como a Uniswap, que trouxe a inovação dos AMMs (Automated Market Makers) para as exchanges descentralizadas.
2019 – Expansão dos protocolos e do conceito de yield farming
Projetos como Compound e Aave começaram a oferecer serviços de empréstimos e staking, popularizando a ideia de liquidity mining e incentivando usuários a fornecer liquidez em troca de recompensas.
2020 – O “DeFi Summer”
O ano de 2020 marcou a explosão do DeFi, com bilhões de dólares em TVL (Total Value Locked) fluindo para o setor. A proliferação de plataformas de yield farming, pools de liquidez e stablecoins descentralizadas consolidou o DeFi como um dos pilares do mercado cripto.
2021-2023 – Expansão e desafios regulatórios
O DeFi começou a enfrentar desafios regulatórios significativos, enquanto novas camadas de escalabilidade (como os rollups e Layer 2s) ajudaram a reduzir taxas e melhorar a eficiência das transações.
2024 – A preparação para um novo ciclo
O setor passou por uma fase de ajustes e desenvolvimento de novas infraestruturas, preparando-se para uma nova onda de adoção. Protocolos começaram a focar em usabilidade, regulamentação amigável e integração com o mundo financeiro tradicional.
Agora, em 2025, o DeFi está prestes a entrar em uma nova era.
DeFi está mais forte do que nunca
Depois de um período de dormência, o setor DeFi está retomando sua força. Com um ambiente regulatório mais favorável e tecnologias mais eficientes, o setor se prepara para um novo ciclo de crescimento.
O sonho do “banco descentralizado” está mais próximo da realidade. Soluções como cartões cripto e integrações com fintechs estão facilitando a adoção por usuários comuns.
O mercado de cartões cripto passou por uma revolução e agora temos quatro gerações distintas:
• Gen 0: Cartões custodiados que convertem cripto para fiat ao depositar (PayPal, Holyheld).
• Gen 1: Cartões que permitem manter exposição a cripto até a hora da compra (Foxbit Card,).
• Gen 2: Cartões não custodiados, mas que exigem recargas manuais (Osmosis Pay, Sanctum Pay).
• Gen 3: Cartões verdadeiramente autocustodiados que interagem diretamente com DeFi (Gnosis Pay, Fuse Pay, Metamask Card).
Plataformas como Gnosis Pay e Fuse Pay estão liderando a inovação no setor, proporcionando maior autonomia financeira aos usuários.
Fintechs, stablecoins e wallets
O que eu estou achando mais interessante são as carteiras como Argent e Metamask estão se tornando hubs financeiros completos, eliminando a necessidade de interagir diretamente com DEXs e protocolos complexos.
Com a redução das barreiras de entrada e o crescimento das integrações com fintechs, o DeFi está pronto para se tornar um sistema financeiro viável para todos.
Grandes fintechs como PayPal, Robinhood e Revolut estão lançando suas próprias stablecoins, impulsionando a adoção em massa.
Novos modelos de stablecoins que compartilham receita com aplicativos e usuários (ex: USDG, M^0, AUSD) podem mudar o equilíbrio de poder no mercado.
O crescimento do setor de infra e crédito
Mas o que olhar Isac? O setor está ficando mais acessível e eficiente, e isso é graças a projetos inovadores que estão resolvendo problemas antigos do setor. Três iniciativas que merecem destaque são 3Jane, zkTLS, UniChain e Hyperliquid – cada uma delas trazendo algo novo para tornar as finanças descentralizadas mais fáceis e úteis no dia a dia.
O 3Jane está mudando a forma como os empréstimos funcionam no DeFi. Hoje, para pegar dinheiro emprestado em cripto, você precisa deixar um valor de garantia maior do que o que está pegando. Isso não faz sentido para muita gente. O 3Jane resolve isso ao analisar a reputação financeira do usuário, usando uma tecnologia chamada zkTLS. Com isso, ele consegue verificar se uma pessoa tem um histórico confiável para pagar um empréstimo sem precisar expor seus dados bancários. É como ter um score de crédito no DeFi, mas sem abrir mão da privacidade.
Já a UniChain, desenvolvida pela Uniswap, veio para melhorar a experiência nas exchanges descentralizadas (DEXs). Quem já usou a Uniswap sabe que pode ser caro e lento, especialmente quando a rede Ethereum está congestionada. A UniChain resolve isso ao criar uma blockchain própria para trocas de tokens, deixando as operações mais rápidas e baratas. Isso significa que comprar, vender e prover liquidez pode ficar tão fácil quanto usar uma corretora tradicional, mas sem precisar confiar em intermediários.
O Hyperliquid é voltado para quem gosta de negociar contratos perpétuos e derivativos, mas quer evitar problemas como falta de liquidez ou riscos de falhas nas corretoras centralizadas (CEXs). Ele melhora a execução das ordens e traz mais segurança para os traders, permitindo que façam operações rápidas e descentralizadas sem depender de uma empresa controlando tudo.
Esses projetos estão tornando o DeFi mais útil e acessível para qualquer pessoa, seja um investidor experiente ou alguém que está começando agora. Com soluções mais rápidas, baratas e seguras, o DeFi está se preparando para finalmente competir de igual para igual com os bancos e corretoras tradicionais.
⚠️ Gostou?
O ano de 2025 marcará um novo capítulo para o DeFi. Com a consolidação de tecnologias mais seguras e eficientes, o setor se aproxima de um estágio de maturidade e adoção em massa. As inovações em cartões cripto, stablecoins, infraestrutura e experiência do usuário estão transformando as finanças descentralizadas de um nicho especulativo para uma alternativa viável ao sistema financeiro tradicional.
Para investidores, desenvolvedores e usuários, este é o momento ideal para observar as tendências e se preparar para um futuro onde o DeFi será uma peça fundamental da economia global. 🚀
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Até a próxima edição!