O staking de criptomoedas é uma forma de “emprestar” dinheiro, que está se tornando popular entre investidores, à medida que grandes blockchains adotam a metodologia, e plataformas de finanças descentralizadas (DeFis) ganham corpo no mercado.
Entretanto, a realização de staking cripto ainda é algo bastante novo e diferente do funcionamento de outros ativos, como o Bitcoin (BTC).
Então, vem com a gente nessa leitura, que você vai sair daqui sabendo o que é staking e seus detalhes técnicos.
O que é Staking de criptomoedas?
O que é Staking?
Staking cripto é o processo de “emprestar” ou “apostar” moedas digitais dentro de uma blockchain, que vão servir como garantia pelas validações das transações daquela rede.
A utilização do staking, entretanto, funciona apenas em plataformas que utilizam um determinado algoritmo de consenso.
Algoritmo de consenso
Os algoritmos de consenso são uma metodologia utilizada na programação de software, responsável por garantir que determinada informação dentro de uma plataforma seja verdadeira.
Isso ocorre a partir de uma configuração distribuída, comum a blockchains, permitindo que máquinas ou usuários sempre cheguem a um consenso em relação a um dado que será ou não inserido naquele sistema.
Assim como as linguagens de computadores, há diversos tipos de algoritmos de consenso. Mas, aqui, falaremos dos dois principais atualmente, sendo um deles obrigatório para o staking cripto.
Proof of Work (PoW)
Também conhecida como Prova de Trabalho, o PoW valida informações a partir de uma série de cálculos matemáticos complexos que um computador precisa fazer.
Seu uso mais famoso, hoje, é na validação de transferência de Bitcoin.
De uma maneira mais específica, uma rede recebe a informação de que “X + X = 4”. Ela precisa ser decifrada e colocada para discussão sobre sua veracidade na blockchain.
O computador, então, começa a fazer uma série de cálculos até encontrar a equação completa. Assim, a máquina começa a testar as diversas possibilidades para alcançar o resultado “4” para adição acima.
Ao identificar que apenas “2 + 2 = 4” é a resposta adequada, ela repassa a mensagem para a rede, que, basicamente, faz a prova real matemática.
Como os outros computadores da blockchain recebem a equação e o resultado resolvidos, fica muito mais fácil identificar se a informação encontrada pelo outro usuário é verdadeira ou não.
Claro que, no caso real do Proof of Work, as equações são extremamente mais elaboradas do que a mostrada aqui. Porém, o processo é basicamente o mesmo.
Assim que a rede concorda que “X + X = 4” significa “2 + 2 = 4”, o martelo é batido, e a informação é passada à frente para todos os outros participantes da plataforma.
O responsável por resolver a equação, no caso do Bitcoin, é recompensado com algumas unidades do token nativo.
E para tudo isso acontecer de forma eficiente, é preciso um alto desempenho dos computadores – trabalho -, o que leva a gasto de energia elevado e hardwares potentes.
Proof of Staking (PoS)
Chamada também de Prova de Participação, o PoS utiliza o staking de criptomoedas para realizar a validação de transações em uma blockchain.
Ao contrário do proof of work, o participante da rede “trava” uma quantia pré-determinada de tokens nativos na plataforma, como forma de garantia de que suas verificações de transferências estão corretas.
No caso do PoS, as verificações também passam por uma validação de informações em cadeia. Porém, não há a necessidade de que o computador resolva problemas matemáticos para comprovar a informação.
Aqui, o Proof of Stake é responsável por garantir isso. Afinal, a tentativa de passar uma informação falsa, redistribuiria os valores “emprestados” aos usuários confiáveis.
Essa metodologia acompanha bem o nome staking, bastante usado no ambiente de apostas e investimentos de alto risco. Em tradução literal, poderíamos dizer que staking é “ter algo ‘at stake'” ou “ter algo em risco”.
Assim como o PoW, o Proof of Stake também recompensa os usuários com tokens nativos da plataforma.
Hoje, o Ethereum é, talvez, o maior blockchain a adotar esta solução.
Como funciona o Staking de criptomoedas?
O Staking cripto funciona a partir do depósito de um volume mínimo de moedas digitais em um smart contract, que tornará aquele usuário, conhecido como stakeholder, um validador da blockchain selecionada.
Assim que validar as transações e adicionar as informações no bloco, o usuário será recompensado com algumas unidades, pré-determinadas, do token daquela rede.
Se fossemos dividir em etapas, seria:
– Criptomoedas travadas em smart contracts
– Usuário ganha poder de validação proporcional ao seu staking
– Participante é recompensado, proporcionalmente, pelas validações.
Os valores a serem “apostados” na rede podem variar de acordo com a plataforma. No Ethereum, por exemplo, são necessários ao menos 32 ETHs para realizar o staking.
Esse montante, porém, é relativamente alto, tornando a tarefa bastante difícil para usuários de menor poder aquisitivo e, portanto, fazendo com que a blockchain ficasse muito centralizada.
Por isso, há a possibilidade de usuários se unirem para criar um “staking pool“.
Este método permite que vários participantes incluam poucas unidades ou até frações da moeda digital em um grupo para criar um montante mínimo e, assim, se tornar um validador.
Quais blockchains usam staking?
Restrito a blockchains que utilizam o Proof of Stake como algoritmo de consenso, o staking de criptomoedas não está disponível em qualquer rede.
Porém, há exemplos de plataformas bastante consolidadas que oferecem esse tipo de possibilidade, como:
– Ethereum
– Solana
– Avalanche
– Cardano
– Polkadot.
Vale destacar que o Ethereum só tornou isso possível, em 2022, após a atualização “The Merge“, que tirou a blockchain do Proof of Work e a levou para o Proof of Stake.
Quais as vantagens e desvantagens de fazer staking de criptomoedas?
Quais as vantagens e desvantagens de fazer staking de criptomoedas?
O mercado está ficando cada vez mais lotado de pessoas que estão interessadas em fazer staking cripto. E há boas vantagens nesse tipo de investimento, como:
– Participação mais ativa na blockchain
– Fortalece a segurança da rede
– Tem acesso a uma espécie de renda passiva em criptomoedas.
Além da parte técnica ser benéfica à plataforma, o investidor pode encontrar blockchains dispostas a remunerar entre menos de 1% até 49% ao ano o staking.
Esse montante, claro, é referido em criptomoedas, não em moeda fiduciária. Assim, você deve fazer staking de ethereum pensando em ganhar ETH na volta.
O “pagamento” só é possível, pois a cada bloco de informações analisado na blockchain, novas moedas são emitidas. Como o usuário travou seus valores em uma “aposta”, a rede remunera a participação para manter o stakeholder engajado.
E é aí que entram algumas desvantagens do staking de criptomoedas.
– Inflação na rede
– Maior volatilidade preços
– Pressão vendedora.
Assim que novos tokens são emitidos, o volume em circulação da criptomoeda aumenta, possivelmente tornando-a inflacionada. Ou seja, a oferta cresce, enquanto a demanda pode continuar estável.
Com isso, cria-se uma pressão vendedora que não existia antes. Afinal, não é só mais o mercado lidando com ordens de compra e venda, mas também o stakeholder que quer realizar lucros de sua participação.
Por fim, esse movimento pode levar a uma volatilidade maior de preços do ativo, seja para cima ou para baixo, já que a oferta e demanda podem se demonstrar conflitantes em alguns momentos.
Como começar a fazer staking de criptomoedas?
Um dos jeitos mais fáceis de começar a fazer staking de criptomoedas é com o suporte de uma exchange.
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