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Os 7 tipos de tokens segundo a a16z

jun 26, 2025 | O Hodler, Reports

Os 7 tipos de tokens segundo a a16z

jun 26, 2025 | O Hodler, Reports

Bem-vindos a mais uma edição do “O HODLER”, o melhor lugar para você que está querendo ficar por dentro de tudo que acontece no mercado.

Posso te fazer uma pergunta? Você já parou pra pensar no que realmente está comprando quando investe em um token?

A resposta pode parecer óbvia: “tô comprando cripto”. Mas a verdade é que a maioria das pessoas nem sabe o que o token representa de fato. É uma ação? Um item de jogo? Um ticket de acesso a uma rede? Ou só uma aposta em hype?

Essa confusão é um problema — para investidores, para reguladores e para quem constrói no mercado. E foi justamente isso que a a16z Crypto (Andreessen Horowitz), uma das maiores firmas de venture capital do mundo, quis resolver ao propor uma taxonomia simples e prática para classificar tokens.

E sabe o que é mais interessante? Eles não usaram termos técnicos demais. Usaram lógica, perguntas binárias e chegaram a 7 tipos de tokens que cobrem praticamente tudo que existe no mercado hoje.

Essa classificação importa muito. Porque se você não entende o que está comprando, você é o produto. E é sobre isso que precisamos falar.

Vamos descobrir isso com mais um Hodler!

A primeira pergunta: o token tem valor real?

Essa pergunta já elimina uma grande parte do mercado.

Se a resposta é não, o token entra automaticamente na categoria dos memecoins. E sim, isso inclui Dogecoin, Shiba Inu e qualquer token que vive mais de meme do que de fundamento.

O próprio gráfico da a16z coloca os memecoins num canto à parte, porque eles não têm valor intrínseco — não dão acesso a uma rede, não representam nada físico, não te dão direito a coisa alguma. Só existem porque a galera acha divertido. E, em alguns momentos, lucrativo.

Agora, se tem valor… de onde esse valor vem?

Essa é a sacada genial do estudo: ele não foca só na tecnologia, mas na origem do valor. O token vem de uma empresa ou de uma rede?

Se vem de uma empresa, você já sabe que existe um nível de centralização. E aí temos três possibilidades:

1. Arcade Token

Tipo os pontos de um jogo. Servem pra algo dentro daquele ecossistema, como subir de nível, comprar itens, pagar por upgrades. São tokens de uso interno, utilitários, mas que dificilmente têm valor fora do sistema.

2. Company-Backed Token

Esse é o token que depende da boa vontade e competência de uma empresa. FTT é o exemplo clássico — dependia da FTX. Quando a empresa quebrou, o token virou pó. Não dava direito a nada, era só “representante da marca”.

3. Security Token

Aqui o buraco é mais embaixo. Se o token te dá direito a uma parte dos lucros, participação ou qualquer forma de retorno garantido pelo emissor, ele provavelmente é um título mobiliário. Ou seja: entra na mira da regulação. Não é cripto livre. É quase uma ação disfarçada.

Se o valor não vem de empresa, mas de uma rede…

…a coisa muda completamente.

4. Network Token

São os tokens que fazem redes cripto funcionarem. Bitcoin, Ethereum, Solana. Eles têm função estrutural: pagam taxas, validam transações, mantêm a segurança. E o mais importante: não dependem de uma empresa. Por isso, muitos defendem que eles não deveriam ser regulados como valores mobiliários.

5. Collectible Token

Os famosos NFTs. Representam algo único, como arte digital, certificados, terrenos virtuais, etc. São tokens não fungíveis, ou seja, não intercambiáveis — cada um tem um valor diferente, como um quadro ou uma música original.

6. Asset-Backed Token

Aqui entra o mundo das stablecoins e dos tokens lastreados em ativos reais. Dólar, ouro, ações tokenizadas. São pontes entre o mundo físico e o digital. Exigem confiança no lastro, mas têm uma função importante: trazer estabilidade e liquidez pro ecossistema.

Por que isso importa tanto?

Porque o mercado cripto sofre de um problema de identidade. Tem token que se diz “comunidade”, mas na prática é só uma forma de levantar grana pra uma empresa. Tem NFT que tenta parecer moeda. Tem stablecoin que não é tão estável assim. Tem “governança” que depende de 2 pessoas.

E enquanto isso, investidor desavisado compra qualquer coisa, achando que tá investindo em “cripto” — sem saber se comprou um ingresso, uma ação, um item digital ou só um meme.

O que a a16z propõe resolve tudo?

Claro que não. Mas é um baita avanço.

Eles propõem perguntas simples que qualquer pessoa pode usar pra entender o que está comprando. Isso ajuda desenvolvedores a desenharem tokens melhores. Ajuda reguladores a saberem o que é o quê. E ajuda a gente, que investe, a não ser feito de trouxa.

Minha opinião: essa classificação deveria ser obrigatória em todo projeto

Sério. Se você vai lançar um token, diga claramente:

  • Ele é de rede? De empresa?
  • Tem direito de voto? De lucro?
  • Tem uso interno? É colecionável? É lastreado?

Imagina se cada projeto tivesse que colocar isso na home do site. Evitaria muito golpe, muita confusão e muito FOMO disfarçado de inovação.

⚠️ Gostou?

O mercado de cripto está amadurecendo. Mas ainda falta clareza, responsabilidade e educação básica. A classificação da a16z ajuda — e muito — a pavimentar esse caminho.

Se você quer continuar no jogo, entenda o que está comprando. Porque o próximo ciclo não vai perdoar amadores.

E se você constrói nesse mercado, entenda: um token mal desenhado é uma bomba-relógio. Pode até funcionar no curto prazo, mas vai explodir mais cedo ou mais tarde.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

Isac honorato

Isac honorato

Nosso parceiro Isac Honorato, co-funder do Cointimes, presente no mercado desde 2016, sendo um dos maiores especialistas de criptomoedas do Brasil.

 

Disclaimer

Este relatório foi desenvolvido por um parceiro Foxbit e tem como único objetivo fornecer informações sobre a criptoeconomia. O report não leva em consideração os objetivos, a situação financeira, riscos ou as necessidades específicas de cada investidor. As informações contidas aqui não constituem e nem devem ser interpretadas como oferta ou conselho de investimento. Qualquer negociação envolve riscos e, por isso, as decisões devem estar pautadas por estudos próprios e constantes.

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