Pendle: o que é, como funciona e por que investir

jul 31, 2025 | Altcoins

Entre os diversos protocolos que vêm ganhando força no universo das finanças descentralizadas (DeFi), Pendle tem chamado a atenção por uma proposta diferente: transformar o rendimento de ativos cripto em tokens negociáveis.

Mas o que isso significa, na prática?

Na essência, o Pendle permite que você separe e negocie o rendimento futuro de ativos que geram juros, como o stETH ou o aUSDC. Isso abre espaço para estratégias mais sofisticadas, como garantir uma taxa fixa ou especular sobre o quanto um ativo ainda vai render.

Com a popularização dos ativos do mundo real (RWA) no mercado cripto, o Pendle também passou a ocupar um papel importante nessa nova narrativa — oferecendo uma ponte entre a previsibilidade da renda fixa e a flexibilidade do DeFi.

Neste artigo, você vai entender:

  • O que é o Pendle e como ele funciona
  • O que significa tokenizar rendimento
  • Qual a narrativa por trás do seu crescimento
  • Como o protocolo se conecta ao movimento de RWA
  • E como investir — com atenção aos riscos e oportunidades

Ah! E o token PENDLE está disponível para negociação aqui na Foxbit Exchange! Então, atenção para o conteúdo!

O que é Pendle?

Pendle é um protocolo DeFi que permite tokenizar e negociar rendimentos futuros de ativos que geram juros, como stETH, aUSDC, e outros tokens de staking ou renda passiva.

O diferencial da proposta da Pendle é separar o valor principal do rendimento futuro de um ativo. Para isso, ela cria dois tipos de tokens:

  • PT (Principal Token): representa o valor original do ativo, que poderá ser resgatado ao final de um período
  • YT (Yield Token): representa apenas o rendimento futuro daquele ativo — e pode ser comprado, vendido ou utilizado em estratégias de mercado.

Essa separação permite que usuários tenham mais controle e previsibilidade sobre seus ganhos, ou mesmo que montem estratégias para apostar na alta ou queda das taxas de rendimento, como acontece nos mercados tradicionais de juros.

Além disso, a Pendle possui um AMM (Automated Market Maker) próprio, desenvolvido para lidar especificamente com tokens de rendimento. Isso garante liquidez e eficiência na negociação de PTs e YTs — algo que seria difícil de realizar em DEXs genéricas.

Outro diferencial é o modelo de governança via vePENDLE (vote-escrowed Pendle), que permite a usuários que bloqueiam o token PENDLE influenciar as decisões do protocolo e ganhar parte das taxas geradas, promovendo uma participação ativa da comunidade.

Desde o seu lançamento em 2021, o Pendle vem evoluindo rapidamente, especialmente com a chegada da versão V2, que ampliou o suporte a diferentes redes (como Ethereum, Arbitrum e Optimism), melhorou a eficiência do AMM e abriu espaço para novas integrações com produtos de rendimento real.

Hoje, a Pendle se posiciona como um dos principais protocolos de renda fixa no DeFi, e sua estrutura serve de base para aplicações cada vez mais sofisticadas — tanto para usuários comuns quanto para investidores institucionais.

Como funciona a Pendle Finance?

O funcionamento da Pendle Finance gira em torno de sua proposta em transformar ativos com rendimento em instrumentos negociáveis, permitindo maior controle, previsibilidade e estratégias sofisticadas no ecossistema DeFi. Mas como isso se opera na prática?

Tokenização do rendimento

Quando você deposita um ativo gerador de rendimento no Pendle — como o stETH ou aUSDC — ele é dividido em dois tokens que já apresentamos aqui anteriormente:

  • PT (Principal Token): representa o valor original do ativo, resgatável no vencimento.
  • YT (Yield Token): representa o rendimento futuro que aquele ativo vai gerar até a data de vencimento.

Essa separação cria oportunidades únicas:

  • Você pode vender o YT e garantir um rendimento fixo agora
  • Ou comprar YT de outros usuários e apostar na alta do yield futuro
  • Também pode fornecer liquidez em pares envolvendo PTs e YTs, ganhando comissões e recompensas em PENDLE.

AMM próprio para rendimento

A Pendle usa um AMM (Automated Market Maker) projetado especificamente para lidar com tokens de rendimento. Diferente dos AMMs comuns, o modelo da Pendle considera a passagem do tempo e a proximidade do vencimento, o que torna as negociações de YT e PT mais eficientes.

Então, esse sistema permite:

  • Negociar rendimento como um ativo autônomo
  • Ajustar o preço dos tokens conforme o tempo passa
  • Criar mercados secundários para estratégias de renda fixa dentro do DeFi.

Governança com vePENDLE

Usuários que bloqueiam seus tokens PENDLE podem convertê-los em vePENDLE (vote-escrowed PENDLE). Isso dá direito a:

  • Participar das votações de governança
  • Decidir quais pools recebem mais incentivos
  • Receber parte das taxas de negociação do protocolo.

O modelo de governança não é novo. Ao contrário, vários protocolos utilizam este mesmo mecanismo. Mesmo assim, a possibilidade de usuários participarem de votações mostra o comprometimento da Pendle com um crescimento sustentável do ecossistema.

Cross-chain e integração com DeFi

A Pendle está presente em redes como Ethereum, Arbitrum, BNB Chain e Optimism, com integração a protocolos de staking, stablecoins, LSTs (Liquid Staking Tokens) e RWA (Real World Assets).

Essas conexões tornam a Pendle um hub para yield tokenization, permitindo que qualquer ativo gerador de rendimento possa ser aproveitado e negociado com liberdade, independente da rede em que o ativo está inserido.

Por que o Pendle está ganhando os holofotes?

Nos últimos meses, a Pendle Finance passou de um protocolo nichado para um dos protagonistas do DeFi. Mas o que explica esse crescimento acelerado? Três narrativas ajudam a entender o momento atual da criptomoeda PENDLE:

1. A renda fixa chegou ao DeFi

O mercado de criptoativos sempre foi marcado pela volatilidade. Mas com o crescimento de aplicações institucionais e do interesse em retornos previsíveis, surgiu a necessidade de renda fixa dentro do DeFi.

É aí que o Pendle se destaca.

Ao permitir que usuários fixem ou negociem rendimentos futuros, o protocolo se posiciona como uma alternativa viável a aplicações tradicionais. Funciona quase como um “Tesouro Direto” do DeFi — só que com muito mais flexibilidade, autonomia e liquidez.

Essa narrativa tem atraído desde usuários de staking até tesourarias de DAOs e grandes players do mercado.

2. A integração com ativos do mundo real (RWA)

A narrativa de RWA (Real World Assets) é uma das mais fortes do mercado em 2024 e 2025. E o Pendle soube surfar essa onda.

O protocolo passou a integrar ativos como sDAI e fUSDC, que representam aplicações reais de renda fixa, mas em versão tokenizada. Com isso, o Pendle permite que o investidor DeFi tenha exposição a ativos tradicionais, com possibilidade de negociar os rendimentos de forma on-chain.

É uma ponte direta entre o universo cripto e o mercado financeiro tradicional — algo que agrada tanto usuários quanto reguladores. E com empresas também iniciando a tokenização de suas ações, Pendle pode se beneficiar ao incluir este tipo de ativo em sua plataforma.

3. Estratégias avançadas em um protocolo acessível

Apesar da tecnologia sofisticada, o Pendle tem conquistado espaço por oferecer uma experiência simples e fluida. Como você já viu aqui, o token PENDLE permite aos usuários:

  • Participar da governança via vePENDLE
  • Direcionar emissões de incentivo para pools específicos
  • Obter retornos atrativos com staking e liquidez

Mas o melhor de tudo isso é que plataformas como Arbitrum e Optimism tornaram o uso do Pendle mais barato e acessível, impulsionando sua adoção. Afinal, as redes costumam ser bem mais velozes e baratas do que o Ethereum, por exemplo.

Com essas três frentes — renda fixa DeFi, RWA e flexibilidade on-chain — o Pendle não é apenas mais um protocolo. É um dos nomes mais promissores para quem busca inovação com previsibilidade no mercado cripto.

Pendle hoje: dados de mercado e o que esperar

Além da proposta inovadora, a Pendle vem conquistando espaço também pelos seus números. E se tem algo que o mercado cripto observa de perto, é tração real: TVL subindo, adoção em múltiplas redes, liquidez ativa e valorização de token.

A seguir, um panorama do momento atual da criptomoeda e o que esperar para o futuro:

Valor total bloqueado (TVL)

O Pendle ultrapassou recentemente a marca de US$ 4,8 bilhões em TVL, consolidando-se como um dos maiores protocolos de renda fixa do ecossistema DeFi. Essa marca é um indicativo claro de:

  • Confiança dos usuários
  • Crescimento na adoção de estratégias com tokenização de rendimento
  • Interesse institucional em ativos com yield previsível.
gráfico

Fonte: DefiLllama, em 04/07/2025, às 14h15min.

Boa parte dessa TVL vem da integração com ativos como stETH, aUSDC, sDAI e outras LSTs — o que reforça a tendência de combinação entre staking líquido e estratégias de rendimento.

Volume de negociação e liquidez

Com um AMM próprio, o Pendle consegue manter volumes consistentes de negociação mesmo em tokens menos populares. Isso atrai traders que buscam oportunidades de yield farming, especulação com taxas de juros ou estratégias mais avançadas como arbitragem entre vencimentos.

Desempenho do token PENDLE

Pendle foi lançado em meados de 2023. Logo em sua estreia, o token fechou o período com ganhos de 52%. Em 2024, a valorização foi ainda mais expressiva, apontando alta de 309%.

Em 2025, os investidores decidiram realizar lucros de suas posições, o que levou uma pressão de vendas e queda de preços da criptomoeda até o início de julho. Para o segundo semestre, Pendle tem potencial para voltar a avançar, como vamos ver a seguir.

Perspectivas para o futuro

O crescimento da narrativa de RWA, a expansão do staking líquido e a busca por renda passiva com previsibilidade criam um ambiente extremamente favorável para o Pendle.

Além disso, a possibilidade de novos ativos serem integrados, o avanço das integrações com outros protocolos DeFi e o amadurecimento da governança por vePENDLE tendem a manter o projeto em evidência.

Em resumo: o mercado está de olho. E quem acompanha o movimento sabe que o Pendle não é apenas uma aposta — é uma das principais infraestruturas para yield no mundo cripto.

Como investir em PENDLE?

Se você chegou até aqui, provavelmente está se perguntando: vale a pena investir em PENDLE? E, mais importante, como fazer isso de forma segura?

O bom é que o ecossistema do Pendle é tão difundido, que muitas plataformas (centralizadas e descentralizadas) já oferecem a negociação do token.

No Brasil, a Foxbit Exchange já listou a Pendle, e você pode comprar, vender, depositar e sacar Pendle facilmente, em uma exchange 100% brasileira e com suporte 24/7 totalmente em português!

Quais os riscos e desafios de investir em Pendle?

Apesar de ser um protocolo inovador e com forte crescimento, o Pendle — como qualquer outro projeto dentro do universo DeFi — não está livre de riscos. Entender esses pontos é fundamental para tomar decisões mais conscientes e estratégicas.

Abaixo, listamos os principais desafios e fatores de atenção para quem pensa em investir:

1. Riscos de contrato inteligente

O Pendle opera por meio de smart contracts, que são códigos públicos e automatizados. Embora o protocolo passe por auditorias e tenha histórico seguro, nenhum código é 100% à prova de falhas.

Um bug ou vulnerabilidade pode, em teoria, comprometer os fundos alocados no protocolo. Por isso, é sempre recomendado:

  • Verificar se o contrato foi auditado (e por quem)
  • Evitar alocar grandes quantias em estratégias pouco compreendidas
  • Usar carteiras seguras e evitar interações desnecessárias com dApps duvidosos.

2. Volatilidade do token PENDLE

Assim como outros tokens DeFi, o PENDLE está sujeito a fortes oscilações de preço. Mesmo que o protocolo esteja indo bem, o valor de mercado do token pode ser impactado por:

  • Sentimento geral do mercado cripto
  • Variações nas taxas de rendimento dos ativos suportados
  • Adoção (ou abandono) da comunidade e dos validadores de liquidez.

Se você pretende investir no token, é importante estar ciente de que ele não segue uma lógica de renda fixa, mesmo que o protocolo lide com isso em nível estrutural.

3. Complexidade operacional

Apesar da proposta ser simples na teoria, muitas das estratégias disponíveis no Pendle exigem conhecimento técnico mais avançado — como:

  • Entendimento sobre tokenização de rendimento
  • Familiaridade com staking, LP tokens e vencimentos
  • Gestão de risco entre principal e yield token.

Para iniciantes, isso pode parecer confuso no começo. O ideal é começar com calma, testando na prática antes de aplicar quantias maiores.

4. Concorrência e fragmentação de liquidez

O mercado de renda fixa no DeFi está se tornando cada vez mais competitivo. Protocolos como Element Finance, Sense e Yield Protocol também oferecem soluções semelhantes.

Com isso, há um desafio constante para a Pendle: atrair e manter liquidez, incentivando usuários a escolherem seu ecossistema frente aos concorrentes.

A disputa por incentivos pode levar a mudanças no modelo de governança, redistribuição de recompensas e ajustes na estrutura de pools — o que impacta diretamente os retornos de quem participa.

5. Incertezas regulatórias

Por operar com ativos de rendimento e tocar em pontos próximos ao mercado tradicional, a Pendle também está no radar de possíveis regulamentações — especialmente em jurisdições mais rigorosas.

Embora o protocolo em si seja descentralizado, exchanges que listam PENDLE ou tokens de RWA podem sofrer impactos legais, o que afeta o acesso do usuário comum ao ecossistema.

O que achou da Pendle?

Pendle é um dos projetos mais inovadores do universo DeFi — e não por acaso. Ao permitir a tokenização e negociação de rendimentos futuros, o protocolo inaugura uma nova forma de lidar com retorno e previsibilidade no mundo cripto.

Você viu neste artigo que o Pendle não é apenas mais um token no mercado. Ele é:

  • Uma infraestrutura para renda fixa no DeFi
  • Uma ponte entre staking, ativos reais (RWA) e liberdade financeira
  • Um protocolo com fundamentos sólidos, adoção crescente e forte engajamento da comunidade

Além disso, o Pendle está inserido nas principais narrativas do momento: LSTs, restaking, RWA e governança ativa. Para quem busca diversificação, estratégia e inovação — sem abrir mão de entender onde está investindo — ele se apresenta como uma excelente oportunidade.

Mas, como todo investimento em cripto, Pendle exige estudo, gestão de risco e visão de longo prazo.

Quer investir em Pendle?

Na Foxbit, oferecemos uma experiência segura, confiável e com suporte para quem quer explorar o potencial de ativos como o Pendle. Vamos começar?

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