Bem-vindos a mais uma edição do “O HODLER”, o único lugar para você que está querendo ficar por dentro de tudo que acontece no mercado.
Os mercados globais estão sangrando. A confiança no sistema americano está em xeque. A dívida explodiu, o dólar perdeu força, e as bolsas já não escondem o desconforto. Enquanto isso, Donald Trump tenta voltar ao poder com a promessa de “salvar a América” — mas o buraco é mais embaixo.
O que estamos vivendo não é apenas mais uma crise econômica ou um ciclo eleitoral tenso. Na minha visão, é o sintoma do fim de uma era. Um possível fim de um modelo de crescimento baseado em consumo desenfreado, impressão de dinheiro e dependência de uma indústria que já foi terceirizada faz décadas.
Quer entender mais?
Então vamos para mais um HODLEEEEEEER! 🌐💼🚀
Imagine isso como uma empresa…
Você é chamado para assumir a liderança de uma megacorporação. Quando chega lá, a situação é essa:
- A empresa está endividada até o pescoço, com mais dívida do que receita.
- Seu produto principal (o dólar) está sendo abandonado por clientes estratégicos.
- A fábrica foi terceirizada há décadas, e agora a empresa só consome o que compra de terceiros.
- O time está dividido, desmotivado e em guerra interna.
- O principal concorrente (China Inc.) entrega melhor, mais barato, com mais eficiência, e ainda financia a infraestrutura de mercados emergentes.
Enquanto isso, a diretoria finge que está tudo bem. Imprime mais dinheiro, faz marketing emocional, promete dias melhores — mas ninguém quer olhar os relatórios contábeis.
Soa familiar?
A História já viu isso antes
Eu sempre gosto de tirar o zoom das histórias para conseguir ler melhor os acontecimentos. Fizemos isso no último relatório sobre os dados do Bitcoin e agora vamos fazer com a história do mundo.
Viajando no tempo, fui dar uma lida nos impérios e as potências econômicas, como elas nasceram e morreram e elas seguem uma lógica quase implacável:
- Concentram produção e inovação com mão de obra barata ou exploratória.
- Crescem, enriquecem e projetam poder.
- Quando o trabalho local encarece, exportam a produção para outras regiões.
- A base industrial enfraquece, a moeda se fortalece artificialmente e o consumo passa a ser financiado por dívida.
- Uma nova potência produtiva surge, e o ciclo recomeça.

Os Números que Confirmam o Declínio dos EUA
Alguns dados mostram que os EUA estão em apuros. O Ray Dalio, uma das maiores autoridades em macroeconomia aplicada à geopolítica, mostra que todas as potências globais seguem o mesmo ciclo:
Crescimento → excesso de crédito → endividamento → impressão de dinheiro → inflação → colapso ou substituição.
No livro, ele diz com todas as letras:
“Quando a dívida ultrapassa certo ponto e precisa ser monetizada, a moeda enfraquece, e o império também.”
Carmen Reinhart & Kenneth Rogoff analisaram 800 anos de dados de 66 países e identificaram um padrão:
Quando a dívida pública ultrapassa 90% do PIB, o crescimento econômico desacelera significativamente, e a economia entra em risco de crise.
O título do livro é uma ironia: sempre que um país chega perto do colapso, dizem que “dessa vez é diferente” — mas nunca é.
Então vamos aos dados!
- Dívida Pública: chegou a 124% do PIB em 2024 (US$ 34 trilhões).
- Desindustrialização: a indústria representa menos de 10% do PIB (era 28% em 1960).
- Dólar sob pressão: países estão evitando o dólar em acordos comerciais (China, Rússia, Brasil, Irã, entre outros).
- Perda de confiança global: o índice do dólar (DXY) caiu 5% em 2025.
- Polarização interna extrema: tensão política, institucional e social crescente.
Além disso, os juros americanos, que por décadas foram arma de dominação global, hoje se tornaram uma armadilha: com as taxas elevadas para conter inflação, o próprio governo americano está pagando trilhões só em juros da própria dívida.
O Mundo Também Está se Fragmentando
A ordem comercial global está instável:
- Guerra na Ucrânia rompe cadeias de suprimento.
- Conflitos no Mar Vermelho afetam o fluxo marítimo global.
- Taiwan é um barril de pólvora que pode colapsar a produção de chips no planeta.
A sensação de segurança econômica parece estar se evaporando — e com ela, a confiança cega no dólar e na hegemonia americana.
A Ascensão da China é Coincidência? Não. É o Ciclo Natural
- A China se tornou a fábrica do mundo, pegando o trabalho que os EUA abriram mão.
- Acumulou trilhões em reservas e agora financia infraestrutura global via Belt and Road.
- Em 2024, investiu mais de US$ 120 bilhões em países estratégicos.
- Avança em tecnologia, energia, IA, telecomunicações — enquanto o Ocidente debate gênero e censura.
Pra entender a escala:
- Em 2000, o PIB da China era 1/7 do americano. Hoje, já é mais de 70%, em paridade de poder de compra.
- A China forma 5x mais engenheiros por ano que os EUA.
- Lidera em registros de patentes e projetos de energia.
A História Está se Repetindo — Mas em Alta Velocidade
Fazendo um contraponto, O Império Romano caiu lentamente, por dentro:
- Gastos públicos descontrolados.
- Moeda desvalorizada (o denário foi diluído com metais baratos).
- Segurança terceirizada.
- Corrupção e decadência interna.
Troque “Roma” por “Washington”, “denário” por “dólar”, e o roteiro parece ser o mesmo.
Será que estamos vendo o mesmo ciclo que já aconteceu com Roma, Veneza, Gênova, Holanda, Inglaterra… e agora com os EUA. O império atinge o auge, explora mão de obra barata, terceiriza sua produção, endivida-se para manter seu padrão de vida — e então perde relevância.
A diferença hoje é que a transição está acontecendo mais rápido, mais globalizada e mais exposta do que nunca.
O que vem pela frente?
E o Futuro? Não temos como saber, é impossível. Só trouxe fatos, mas queria mostrar quatro possíveis caminhos que vejo.
- EUA passa por essa e sai mais forte que nunca.
- China assume a liderança e reformula a ordem global com o yuan e redes logísticas próprias.
- O mundo se torna multipolar, com blocos regionais (BRICS+, ASEAN, Eurásia) ditando novas regras.
- A descentralização ganha força, com Bitcoin, DeFi e inteligência artificial mudando o jogo sem depender de governos ou bancos centrais.
Qual você acha que é a próxima grande era?
⚠️ Gostou?
Estamos vendo o mesmo ciclo que já aconteceu com Roma, Veneza, Gênova, Holanda, Inglaterra… e agora com os EUA? A diferença hoje é que a transição está acontecendo mais rápido, mais globalizada e mais exposta do que nunca.
Quem enxerga esse ciclo não entra em pânico — se posiciona.
Quem entende esse padrão não espera resgates — constrói alternativas.
A história não perdoa quem ignora os sinais. E os sinais estão por toda parte.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Até a próxima edição!