A caderneta de poupança está consolidada na vida dos brasileiros como alternativa para guardar dinheiro. Para se ter uma ideia, em pesquisa feita pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro), 76% dos entrevistados disseram que os recursos que sobram são destinados a ela.
Mesmo que existam outros investimentos mais promissores, muitos ainda acreditam que vale a pena investir em poupança e que é a melhor opção em termos de segurança.
Mas será mesmo que ela é tão boa assim? Hoje, finalmente, você vai descobrir. Confira!
Poupança
Desde 2012, a poupança sofreu uma mudança no cálculo do seu rendimento. Se, antes, ela tinha o valor fixo de 0,5% ao mês, agora sofre influência da taxa Selic.
Pela não tão nova regra assim, caso a taxa básica de juros (Selic) esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, a caderneta deve render 70% do seu valor mais a TR (taxa referencial).
O grande problema é que faz certo tempo que a taxa Selic não chega a esse valor. E, mesmo que ela chegue, como aconteceu em 2013, o governo pode aumentá-la para conter a inflação.
Isso também aconteceu em 2015, quando a taxa chegou a 14% contra um IPCA (inflação) de 10,67%. Naquele ano, a poupança rendeu 8,07%, mas a sua rentabilidade não conseguiu superar a inflação.
Isso é um problema porque, quando a poupança não consegue passar o IPCA, significa que o poder de compra de quem investe na caderneta é menor, especificamente no caso acima, que foi menos de 2,28%.
Além dessa questão, outro problema dificulta que a caderneta seja uma boa aposta: a remuneração.
Ainda que muitos digam que ela tem alta liquidez — pois você pode sacar a qualquer momento —, a sua remuneração só ocorre de verdade uma vez por mês, no aniversário da aplicação.
Se você resgatar a qualquer momento, pode perder o que rendeu nos últimos dias.
É por isso que, se a intenção é obter lucro e não apenas guardar dinheiro, recomendam-se outros tipos de investimento.
Títulos públicos
O título público possui todos os benefícios que a caderneta oferece (segurança, liquidez alta), principalmente se estamos falando do Tesouro Direto.
Esse título rende muito mais que a poupança, pois o seu indicador é a própria taxa Selic. Acompanha os Certificados de Depósito Interbancários (CDI) e, assim, não sofre com as oscilações das taxas de juros. Para melhorar, o seu rendimento é diário, e não mensal, como a caderneta.
CDBs
Os Certificados de Depósitos Bancários variam muito de instituição para instituição.
No mercado, você encontra diferentes CDBs com diversas datas de vencimento. A regra é que, quanto mais tempo durar o investimento, mais ele valerá.
A maioria usa a taxa CDI como indicador, e é possível encontrar certificados que rendem 100% ou mais dela.
Aliás, eles são tão seguros quanto a poupança, pois são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
LCAs e LCIs
Como a caderneta, tanto as Letras de Crédito do Agronegócio quanto as Letras de Crédito Imobiliário são isentas do imposto de renda. A sua remuneração varia, como acontece com os CDBs, e também segue a CDI.
Elas podem oferecer bons rendimentos, mas o grande problema é que seus aportes iniciais são altos, assim como os prazos. Por isso, é preciso pesquisar bem para achar ofertas em conta.
Bitcoin
A moeda bitcoin é outra possibilidade de investimento, e este ano mostrou por quê. A sua rentabilidade chegou ao patamar de 342,77%, revelando ser uma alternativa mais do que viável, se comparada com os 0,5% + TR da poupança.
Apesar de não ser uma ação negociada em Bolsa, é possível aplicar nela por meio de uma plataforma de investimentos.
Não é uma moeda física, mas a sua emissão segue as diretrizes do mercado e, quanto mais demanda, maior é a sua cotação. Hoje em dia, um bitcoin equivale a US$ 4 mil dólares.
Agora você sabe se vale a pena investir em poupança, não é? Quer conhecer mais aplicações? Dê uma olhada no nosso texto sobre investimentos que podem garantir a sua vida financeira!