Correção do BTC não freia otimismo dos investidores

Correção do BTC não freia otimismo dos investidores

Com o encerramento de mais um ano, o Bitcoin (BTC) mostrou sua resiliência ao bear market e mostrou uma forte recuperação de preços. Embora o caminho ainda não esteja completamente trilhado pela criptomoeda até sua última máxima histórica, o otimismo dos investidores de longo prazo segue intacto, com os US$ 48 mil ainda no radar, apesar da recente correção de preços. Ao mesmo tempo, a realização de lucros parece ter dado um respiro aos investidores, que passaram a observar novas entradas de capital neste mercado.

 

 

Na ponta do lápis

Durante a primeira semana de 2024, testemunhamos um movimento ascendente no preço do Bitcoin, ultrapassando a marca de US$ 45 mil e com alvo projetado para um possível alcance dos US$ 51 mil.

Após o encerramento das negociações de 2023, adentramos um período crucial que demanda atenção especial por parte dos investidores, caracterizado pela análise e projeções dos próximos 12 meses.

É relevante mencionar que o Bitcoin registrou um aumento de mais de 160% ao longo de 2023. Essa informação, em certa medida, promove um sentimento otimista em relação ao próximo período, alimentando a expectativa de continuidade do movimento ascendente.

No entanto, é importante ressaltar que o mercado não segue uma trajetória linear de valorização. Torna-se fundamental identificar os principais níveis de suporte, que podem impulsionar uma continuação do movimento de alta, ou os níveis que podem ser ultrapassados caso a oferta supere a demanda.

 

 

 

Relação com o lucro

Para aprofundarmos nossa análise para o ano de 2024, é pertinente examinar o valor de mercado do Bitcoin em relação ao valor realizado, utilizando o gráfico semanal do MVRV.

Aqui, vale destacar que o MVRV é uma métrica empregada por investidores para analisar ciclos de longo prazo, mas também pode oferecer insights valiosos para períodos de investimento mais curtos. Por essa razão, compreender sua base técnica é essencial antes de uma análise mais minuciosa.

Na prática, esse indicador revela a relação entre o lucro do mercado de Bitcoin e o volume de moedas transacionadas. Essa métrica do MVRV foi desenvolvida após a concepção do conceito de capital realizado (Realized Cap) e é fundamental para avaliar possíveis níveis de suporte e resistência neste início de ano, especialmente considerando os próximos meses que contemplam o evento do halving.

O MVRV, conforme o próprio nome sugere, é composto por duas métricas: o valor de mercado e o valor realizado. O valor de mercado representa a capitalização do Bitcoin, calculada multiplicando o preço do Bitcoin em relação ao par USD pelo total de moedas mineradas até o momento. Quanto maior a capitalização de mercado de um ativo, mais interesse ele atrairá da comunidade de investidores. É por isso que a capitalização de mercado do Bitcoin tem sido frequentemente mencionada aqui no Variação de Mercado.

O valor realizado representa o custo total de aquisição de todas as moedas de Bitcoins atualmente em circulação no mercado. Ao analisar a relação entre o valor de mercado e o valor realizado, os investidores têm a oportunidade de identificar com mais clareza possíveis topos e fundos dentro das estruturas de preço.

Assim, o MVRV pode ser utilizado tanto por investidores de longo prazo, conhecidos como Holders, quanto por investidores de curto prazo, denominados como especuladores no mercado financeiro.

Os investidores de longo prazo utilizam duas pontuações principais na escala do MVRV. Quando o valor de mercado pelo valor realizado está abaixo de 1, esses investidores interpretam que o preço do Bitcoin está barato e realizam compras. Já quando essa relação está acima de 3,7, os investidores entendem que é o momento de realizar lucros.

As demais flutuações de altos e baixos no MVRV são observadas por especuladores que conduzem suas negociações a curto prazo e têm a oportunidade de identificar topos e fundos relevantes dentro de diversas estruturas de preço.

Agora que compreendemos o funcionamento do indicador MVRV e distinguimos os dois principais perfis de investidores que acompanham essa métrica, é o momento de examinarmos o gráfico do valor de mercado em relação ao valor realizado. Para isso, iremos utilizar o período semanal e compará-lo com o gráfico de preços no período mensal, usando o indicador Estocástico Lento.

A partir do mês de junho de 2022, quando o indicador Estocástico Lento no gráfico de preços em intervalo mensal entrou na região de sobrevenda, os investidores que analisam o MVRV notaram que a linha do valor de mercado em relação ao valor realizado caiu abaixo de 1.

Esse foi um período de potencial acumulação que se estendeu até janeiro de 2023, quando novamente a linha do MVRV se posicionou acima da linha 1, indicando o possível início de uma tendência de alta.

Ao comparar o gráfico do MVRV com o gráfico de preços no intervalo mensal, observamos que a linha do indicador Estocástico Lento saiu da região de sobrevenda somente em janeiro de 2023, coincidindo com o mesmo período em que a linha do valor de mercado em relação ao valor realizado ultrapassou a marca de 1.

Com base nessas informações, podemos concluir que os investidores de longo prazo, confiantes no potencial de crescimento do Bitcoin, aguardam o retorno do MVRV ao seu pico de 3,7. Eles reconhecem que ao longo do percurso podem surgir resistências, como é o caso da região de 2,16, historicamente um nível relevante nos períodos que antecedem o halving.

 

 

 

Correlação entre capitalização e preço

Conforme discutimos anteriormente, todas as flutuações do indicador MVRV podem ser exploradas por investidores que buscam realizar negociações em prazos mais curtos. A partir de agora, vamos analisar o que esse grupo de investidores está identificando no gráfico do MVRV no início deste ano.

Na figura abaixo, apresentamos o gráfico de intervalo semanal com os principais pontos em que o valor de mercado em relação ao valor realizado mostrou níveis de suporte e resistência que podem influenciar a direção do preço do Bitcoin em um futuro próximo.

Considerando que 2023 foi marcado por um movimento ascendente no preço do Bitcoin, notamos um amplo canal de alta no MVRV, respeitado desde o início da valorização do ativo em novembro e dezembro de 2022.

A primeira dificuldade em superar uma resistência significativa foi registrada em abril de 2023, quando o MVRV se aproximou de 1,65, referenciando as mínimas registradas em agosto de 2020 e julho de 2021. Antes de atingir esses níveis, o indicador retraiu-se, buscando o fundo do canal de alta em 1,30.

Essa região de 1,30 já havia sido respeitada em dezembro de 2019, janeiro de 2022 e maio de 2023, quando, naquela ocasião, esse nível compunha a região de 50% do canal de alta traçado no gráfico semanal.

A partir desse ponto, houve um novo impulso de alta que resultou no rompimento da resistência anterior em 1,65, direcionando-se para o próximo nível em 2,02, referente à mínima de setembro de 2021. Esperava-se que esse impulso levasse o MVRV aos níveis de 2,16, historicamente uma resistência significativa. Entretanto, observou-se uma retração em uma região onde a linha de 50% do canal de alta está presente e tem sido respeitada até a redação deste relatório.

Agora, a atenção se volta para os níveis de 1,80, que podem servir como suporte, fazendo referência ao fundo do canal de alta, bem como à máxima da semana de 06 de novembro de 2023, que foi rompida para cima e agora pode atuar como ponto de apoio.

Os investidores que usam essas pequenas oscilações do MVRV buscam confirmação desses níveis no gráfico de preços, onde é possível identificar estruturas precisas que geram sinais importantes antes de tomar decisões.

Após a conclusão deste estudo envolvendo o indicador MVRV e a observação do comportamento de diferentes perfis de investidores, é evidente que há muitos motivos para os investidores de longo prazo permanecerem otimistas com a possível valorização do Bitcoin após o halving programado para meados de abril deste ano.

Também é compreensível que os investidores de curto prazo reconheçam as dificuldades que o mercado de Bitcoin ainda pode enfrentar nos próximos meses e procurem aproveitar os movimentos de retração para identificar possíveis gatilhos que possam ampliar seus ganhos.

A identificação de níveis de suporte relevantes no MVRV pode ser uma ferramenta auxiliar para os investidores de curto prazo na gestão de riscos, algo que deve ser tratado de maneira firme e precisa.

 

 

Capitalização de mercado do Bitcoin

Para complementar as informações sobre o MVRV, vamos analisar o gráfico do Market Cap em intervalos semanais para avaliar a entrada e saída de capital, bem como a dominância do Bitcoin em relação a outras criptomoedas.

Observamos que, na última semana de dezembro de 2023, os níveis de dominância testaram uma região de suporte após quatro semanas de queda. Neste início de janeiro de 2024, notamos uma nova entrada de capital no Bitcoin, possivelmente buscando testar de baixo para cima a linha de equilíbrio de 9 semanas do Ichimoku.

Num contexto macro no gráfico semanal, a tendência ainda permanece ascendente, com a linha Chikou Span inserida no gráfico há 26 semanas, posicionada acima das velas, sugerindo um possível movimento ascendente.

As linhas Tenkan e Kijun, representando o equilíbrio de 9 e 26 períodos, respectivamente, também estão indicando um possível crescimento. No entanto, as linhas futuras do Ichimoku estão direcionadas de forma lateral, sugerindo uma possível lateralidade até que as máximas do Market Cap sejam rompidas.

É relevante destacar que, apesar das flutuações na capitalização, os níveis têm se mantido acima de 50% de dominância, indicando o otimismo dos investidores para este novo ano.

Uma nova entrada de capital no Bitcoin poderia aumentar o valor de mercado, o que consequentemente poderia resultar em uma potencial valorização da criptomoeda antes mesmo do evento do Halving programado para meados de abril.

No gráfico a seguir, traçamos dois canais de alta paralelos, observando que os níveis atuais de capitalização e dominância estão localizados na região inferior de um desses canais, respaldados pelo suporte mencionado anteriormente.

Se houver um rompimento para baixo desse nível, o próximo suporte poderá ser identificado na região da “Nuvem”, onde está presente o fundo do canal de alta inferior. Sua região de 50% opera nos níveis do último fundo da estrutura registrado em agosto de 2023.

Apesar das resistências consideráveis, um novo impulso de alta, com uma nova entrada de capital, poderia impulsionar a dominância em direção ao topo do canal superior, ultrapassando os 56%.

 

 

 

Comparações de comportamento

Quando comparamos o gráfico de preços diário com o intervalo semanal, notamos, no início da primeira semana de janeiro de 2024, uma ruptura ascendente em uma estrutura lateral, com as linhas de equilíbrio do Ichimoku apontando para cima, sugerindo a continuidade possível do movimento ascendente.

Esse movimento, levando o preço do Bitcoin acima de US$ 45 mil, resultou em uma nova máxima no histograma do indicador MACD no período semanal. Dessa forma, os investidores acreditam que a próxima resistência em US$ 48 mil poderá ser alcançada em breve, desde que o fechamento desta semana se mantenha próximo à máxima do período.

As condições parecem favoráveis para os investidores que atualmente atuam na compra, com um suporte inicial a ser avaliado nas linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos no gráfico diário.

É essencial ressaltar que o histograma do MACD no gráfico semanal vinha registrando máximas mais baixas desde a semana de 11 de dezembro de 2023, indicando a possibilidade de um teste no fundo da estrutura do gráfico diário. No entanto, esse movimento foi rejeitado após os investidores absorverem a liquidez posicionada abaixo da mínima de 26 de dezembro.

 

 

Minerando projeções

Considerando as informações apresentadas até o momento, é evidente que tanto os investidores de longo prazo quanto aqueles com foco em operações mais curtas permanecem ativos, acreditando que, em 2024, o preço do Bitcoin pode apresentar uma possível valorização.

Um indicador que reforça esse otimismo é o Modelo Stock-to-Flow, fornecendo dados da rede que sugerem a possibilidade de o preço do Bitcoin ultrapassar os US$ 51 mil antes do evento do halving deste ano.

Conforme mencionado em relatórios anteriores, o modelo stock-to-flow compara o Bitcoin a commodities e metais preciosos como ouro, prata ou platina. Essas commodities são reconhecidas como “reserva de valor”, mantendo seu valor ao longo do tempo devido à sua relativa escassez.

A semelhança do Bitcoin com essas commodities reside no fato de sua escassez. O indicador Stock-to-Flow estabelece uma linha de previsão de preços no gráfico e historicamente tem demonstrado uma considerável precisão.

No gráfico a seguir, é perceptível que o preço do Bitcoin se aproxima da linha de previsão de preços, atualmente posicionada em 51 mil dólares. Isso sugere que após o Halving, o preço do Bitcoin pode seguir uma trajetória ascendente, potencialmente ultrapassando os 300 mil dólares nos próximos dois anos.

É claro que previsões futuras de preços são subjetivas e requerem análise cautelosa por parte dos investidores. É necessário um acompanhamento contínuo da relação entre oferta e demanda, realizado de forma semanal.

No entanto, essas informações destacam o potencial do Bitcoin, com os investidores atentos a todos os eventos, notícias e desenvolvimentos do mercado de criptomoedas.

 

 

 

Conclusão

 

Após analisar diversos indicadores e aspectos do mercado, é evidente que o Bitcoin enfrenta um período de expectativas e movimentações promissoras no início de 2024. Tanto investidores de longo prazo quanto aqueles com estratégias de curto prazo estão ativos e otimistas em relação ao potencial de valorização da criptomoeda.

A análise de indicadores como o MVRV, o Market Cap, o Modelo Stock-to-Flow e o comportamento dos preços revela um cenário favorável para possíveis movimentos ascendentes do Bitcoin. O otimismo é reforçado pela proximidade do evento do halving e pela percepção de escassez da criptomoeda, algo comparável a commodities como ouro e prata.

Embora as previsões de preços futuros devam ser encaradas com prudência e análise contínua, a possibilidade de o Bitcoin superar os 51 mil dólares antes do halving e até mesmo atingir valores acima de 300 mil dólares nos próximos anos é algo considerado pelos investidores.

É fundamental destacar que o mercado de criptomoedas é volátil e sujeito a mudanças abruptas. Portanto, os investidores devem acompanhar de perto os eventos, notícias e tendências, realizando análises constantes da relação entre oferta e demanda para embasar suas estratégias de investimento.

Em resumo, embora haja um cenário promissor para o Bitcoin com base nos indicadores analisados, os investidores devem manter uma abordagem cautelosa e estar preparados para ajustar suas estratégias conforme o mercado evolui, garantindo uma tomada de decisão informada e adaptável às condições em constante mudança.

 

 

Agradecimento

Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo à leitura deste relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as informações e análises compartilhadas tenham sido esclarecedoras e úteis para compreender o cenário atual dessa criptomoeda. Seu interesse e atenção são muito valorizados. Obrigado por acompanhar e considerar este relatório.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin Ultrapassa US$45.000: otimismo com ETF e perspectivas para o halving de 2024.

Bitcoin Ultrapassa US$45.000: otimismo com ETF e perspectivas para o halving de 2024.

O ano de 2024 começou com uma notícia que agitou o mercado de criptomoedas: o Bitcoin ultrapassou a marca dos US$ 45.000. Este aumento significativo é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo rumores e um otimismo crescente em relação à possível aprovação de um ETF (Exchange-Traded Fund) de Bitcoin pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos).

Desde o pico histórico de US$ 69.000 em novembro de 2021, o Bitcoin enfrentou um período de queda, com preços chegando a oscilar em torno do valor mais baixo de aproximadamente US$ 16 547,91, registrado em 2023. Este período, conhecido como “inverno cripto”, durou durante todo o ano de  2023, que foi marcado por uma tendência de queda nos preços.

No entanto, o cenário começou a mudar com os rumores de que a SEC poderia aprovar o ETF de Bitcoin entre os dias 2 e 3 de janeiro de 2024. A expectativa de aprovação do ETF, que já era aguardada desde o ano passado, trouxe um novo ânimo ao mercado. Especialistas estimam que a aprovação poderia injetar até US$ 100 bilhões no mercado de criptomoedas, potencializando ainda mais a valorização do Bitcoin.

À medida que nos aproximamos do próximo halving, previsto para 2024, a comunidade cripto está otimista. O halving, um evento que reduz pela metade as recompensas dos mineradores e ocorre aproximadamente a cada quatro anos, tem historicamente sido um catalisador para aumentos significativos no preço do Bitcoin.

Com a aproximação do halving e a possibilidade de aprovação do ETF pela SEC, o mercado de criptomoedas se encontra em um momento de expectativa e otimismo. Investidores e entusiastas estão atentos aos próximos desenvolvimentos, que podem marcar o início de um novo ciclo de valorização para o Bitcoin e outras criptomoedas.

Este cenário promissor sinaliza não apenas uma recuperação do mercado, mas também a possibilidade de um novo capítulo na história do Bitcoin e das criptomoedas, levando potencialmente a novos recordes de preço e adoção.

Retrospectiva 2023: Os principais eventos do mercado de criptomoedas

Retrospectiva 2023: Os principais eventos do mercado de criptomoedas

O mercado de criptomoedas chega à reta final de mais um ano, com o time da Foxbit trazendo para você a retrospectiva 2023. Foram 365 dias muito agitados, repleto de novidades, inovações, polêmicas e, claro, variações de preços. Então, vem junto para curtir o que de melhor e mais importante rolou no universo cripto este ano.

Banner com resumo da Restrospectiva 2023 do mercado de criptomoedas

Retrospectiva 2023: Mercado de criptomoedas no primeiro semestre

Os seis primeiros meses do ano foram intensos para o mercado de criptomoedas. A falência dos bancos norte-americanos empoderaram os ativos digitais, enquanto a regulamentação andou com maior velocidade no mundo. Sobrou espaço até para uma especulação saudável sobre as memecoins.

Quebra-quebra do bancos (março)

Logo em março, uma série de bancos norte-americanos declararam falência, levando o governo dos Estados Unidos a bancar as contas para que os correntistas não ficassem sem acesso ao seu dinheiro. Entre eles estava o Silicon Valley Bank (SVB), em que muitas empresas do universo cripto possuiam negócios, financiamentos e contas.

Regulamentação de criptomoedas na Europa (abril)

Conhecida como MiCA, a proposta de uma regulamentação do setor de criptomoedas na União Europeia avançou já em abril, indo para aprovação do Conselho. O projeto busca padronizar o funcionamento da indústria no bloco e promover segurança jurídica para empresários e investidores.

PepeCoin balança mercado de memecoins (maio)

No mês seguinte, a brincadeira com imagens de um sapo animado rendeu milhões de dólares ao token PEPE. Com a popularização – e seguinte decadência – da criptomoeda, a tendência das memecoins voltou ao mercado, levando investidores a procurarem por mais opções de ativos deste tipo.

Sapo símbolo da PepeCoin

Brasil avança em regulamentação cripto (junho)

Em junho, a regulamentação das criptomoedas também foi assunto no Brasil. Mais avançado por aqui, o projeto de lei foi sancionado pelo presidente da república, determinando que o Banco Central é o responsável por supervisionar os prestadores de serviço deste setor.

Cerco dos EUA nas exchanges (junho)

A SEC pressionou as exchanges com operações nos Estados Unidos. A Binance foi processada por oferecer produtos ilegais no país, utilizando empresas internacionais para driblar as regras. Já a Coinbase foi intimada a interromper as negociações de criptomoedas, exceto Bitcoin.

Retrospectiva 2023: Mercado de criptomoedas avança na reta final

Já o segundo semestre reservou eventos muito importantes para o mercado de criptomoedas. A retrospectiva 2023 mostra como os Estados Unidos ficaram perdidos em relação às regulamentações do setor. Em contrapartida, atualizações e halvings foram aplicados, com uma enorme expectativa do mercado sobre a entrada de capital institucional com a possível aprovação de um ETF de Bitcoin à vista.

Vitória da Ripple contra a SEC (julho)

Logo em julho deste ano – embora não de forma definitiva – a Ripple Labs venceu um processo judicial de dois anos contra a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Os reguladores alegavam que o token XRP atuava como valor mobiliário.

Polêmicas da WorldCoin (julho)

No mesmo mês, a WorldCoin foi um dos mais inovadores e polêmicos projetos lançados em 2023, prometendo criar uma identidade global, criptografada em blockchain, a partir do escaneamento da íris ocular. Muitas preocupações, porém, em relação à segurança dos dispositivos atingiram o projeto, que segue ainda em discussão, mas em operação.

ETF de Bitcoin à vista (julho)

Pouco depois da pressão regulatória sobre as exchanges, as gigantes do mercado financeiro BlackRock, Fidelity e outras gestoras entraram com pedido de aprovação para um inédito ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos em julho. Desde então, a SEC tem prorrogado a decisão, sugerindo falta de consenso entre as autoridades.

Logo da BlackRock destacando seu interesse em Bitcoin

Real digital tem nome (agosto)

Ainda em fase piloto, o Banco Central do Brasil (BACEN) determinou que o real digital receberia o nome de Drex. A sigla representa a digitalização e inovação do dinheiro e do sistema financeiro nacional.

Stablecoin da PayPal (agosto)

Operando com criptomoedas há alguns anos, a gigante dos pagamentos PayPal lançou sua própria stablecoin lastreada no dólar norte-americano em agosto. A ideia é ampliar ainda mais a globalização da plataforma como uma das referências para pagamentos digitais.

Halving da Litecoin (agosto)

Assim como o Bitcoin, a Litecoin (LTC) também passou pelo processo de halving, em que a emissão da criptomoeda é reduzida pela metade. O evento até movimentou o preço do token no mercado, mas sem grandes ganhos.

Atualização da Polygon (outubro)

Mudanças importantes foram discutidas ao longo do ano na blockchain Polygon. Membros da comunidade descentralizada votaram para alterações na metodologia das redes, taxas e até mesmo na criação da POL, a criptomoeda que deve substituir a MATIC no longo prazo.

15 anos do whitepaper do Bitcoin (outubro)

A crise imobiliária de 2008, nos Estados Unidos, foi o catalisador para a idealização do Bitcoin e o consequente mercado de criptomoedas. Em 2023, ficaram marcados os 15 anos do evento e do whitepaper da criptomoeda, uma reflexão mostrou como o universo cripto está muito maduro.

Imagem com o whitepaper do Bitcoin

Julgamento SBF (novembro)

Sam Bankman-Fried foi condenado por sete acusações e preso. Com novas tramitações legais a serem julgadas, o fundador e ex-CEO da exchange FTX pode pegar mais 110 anos de reclusão.

Renúncia na Binance (novembro)

Processado e com risco de complicar os negócios da empresa, a Binance se declarou culpada sobre a falta de segurança e facilitação a atividades de lavagem de dinheiro, levando à renúncia de seu CEO, Changpeng Zhao.

Desempenho das criptomoedas

Em relação ao desempenho do mercado de criptomoedas, a retrospectiva 2023 mostra que este ano foi de desafogo para os investidores, que viram o fim do inverno cripto e a chegada da primavera. Com uma recuperação expressiva em seus preços, você acompanha o movimento das cinco maiores criptomoedas em capitalização de mercado.

Gráfico com valorização das criptomoedas em 2023

*Dados obtidos por meio da plataforma TradingView, em 27/11/2023, às 16h36min, considerando o valor dos tokens desde 01/01/2023.

Vale destacar que o token BNB sofreu uma queda na reta final do ano, principalmente após a renúncia do CEO Binance, Changpeng Zhao, responsável pela blockchain emissora da criptomoeda. A notícia pressionou as negociações do ativo para baixo, revertendo os ganhos de 42% até então.


Outro disclaimer importante é a ausência das stablecoins Tether (USDT) e USD Coin (USDC). Ambas correspondem ao terceiro e quinto lugares, respectivamente, de maiores capitalizações de mercado. Entretanto, como seu preço é lastreado no dólar norte-americano, a oscilação de preços não seria algo relevante neste demonstrativo.

Gráfico com capitalização de mercado das criptomoedas em 2023

*Dados obtidos por meio da plataforma TradingView, em 27/11/2023, às 16h36min, considerando o valor dos tokens desde 01/01/2023.

A tabela acima mostra como o token do Tether se descolou de seu rival USDC como a stablecoin mais valiosa do mercado de criptomoedas. Parte deste movimento pode estar atrelado ao despareamento momentâneo da USD Coin durante a quebra dos brancos norte-americanos no início do ano.

3 eventos do mercado de criptomoedas para ficar de olho em 2024

Com o encerramento de 2023, as expectativas se voltam para o próximo ano. E há, sim, muita coisa legal para você ficar de olho já no primeiro semestre de 2024. Aqui vão três eventos para acompanhar.

ETF de Bitcoin

Apesar dos seguidos atrasos para uma possível aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), os reguladores têm dois deadlines à frente para aprovar ou não o ETF de Bitcoin à vista no país. O primeiro deles é logo em janeiro, com outra data limite marcada para março de 2024.

Escalabilidade blockchain

Com as diversas dificuldades envolvendo a escalabilidade de grandes blockchains, projetos de layer-2 (segunda camada) estão sendo rapidamente desenvolvidos. Só o Ethereum contou com uma série de soluções em 2023, que prometem ainda mais eficiência no próximo ano. Ao mesmo tempo, a Lightning Network, vinculada à rede do Bitcoin, também está conseguindo ampliar ainda mais sua capacidade de validação de transações.

Simulação halving do Bitcoin

Halving do Bitcoin

Um dos eventos mais esperados do mercado de criptomoedas é o halving do Bitcoin, estimado já para abril de 2024. O evento que reduz pela metade a oferta de emissão de BTC costuma ser o gatilho para um novo ciclo de alta. Entre os analistas, a expectativa é de que a criptomoeda de referência atinja uma nova máxima histórica nos próximos dois anos.

Fique por dentro do mercado de criptomoedas

Seja você um iniciante ou já experiente no mercado de criptomoedas, informação é sempre o melhor caminho para você otimizar seus investimentos e ter a experiência mais tranquila e segura possível.

Por isso, acompanhe os principais canais de comunicação, redes sociais e comunidades da Foxbit para ficar por dentro de tudo o que está rolando neste universo e como dar seus primeiros passos no mercado de criptomoedas!

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Ciclos apontam 2024 de alta para o Bitcoin

Ciclos apontam 2024 de alta para o Bitcoin

Nos últimos dias de negociação de 2023, há pouca emoção à frente. Afinal, o preço do Bitcoin (BTC) reduziu sua volatilidade, criando uma faixa de negociação cada vez mais estreita. Apesar do freio e até um volume maior de realização de lucros em dezembro, o histórico do ano tem muito a nos dizer sobre o que podemos esperar da criptomoeda de referência já em janeiro, ainda mais com a aproximação do halving e uma possível aprovação do ETF à vista do ativo nos Estados Unidos. Caso os ciclos da análise técnica se repitam, 2024 tende a ser um ano muito importante para os investidores.

 

 

O que ficou de lição este ano?

Ao encerrar o ano de 2023, analisamos as negociações do Bitcoin ao longo de 12 meses por meio de seu gráfico de preços. A utilização de um gráfico de longo prazo se mostra essencial para investidores que buscam compreender o contexto histórico da principal criptomoeda, a qual, até o momento deste relatório, apresenta uma valorização positiva superior a 160% durante o ano.

A mínima deste ano foi registrada no mês de janeiro, quando o Bitcoin foi negociado a US$ 16,5 mil, mantendo um movimento ascendente iniciado em novembro de 2022.

Analisando o panorama visual do Bitcoin durante os 12 meses, observamos que as negociações em 2023 recuperaram grande parte da queda registrada em 2022, alcançando uma máxima de US$ 44,7 mil em dezembro.


Do ponto de vista da análise técnica, identificamos que a próxima resistência no gráfico anual poderá ser encontrada na máxima de 2022, registrada em US 48,2 mil, e, em seguida, na máxima histórica do Bitcoin de 2021, atingindo US$ 69 mil.

O mercado de criptomoedas está permeado por um otimismo significativo no período atual. Há expectativas de um amplo movimento de alta no próximo ano, tendo em vista o evento do Halving previsto para meados de abril de 2024 e a possível aprovação da criação de um ETF de Bitcoin. Naturalmente, esses são fatores com potencial para influenciar consideravelmente o desenvolvimento de uma tendência ascendente no preço do Bitcoin, resultando em valorização.

É fundamental dentro deste contexto identificar suportes relevantes que serviram como pontos de apoio nos níveis de preço, auxiliando investidores na gestão de risco de suas posições.

Para determinar regiões de suporte ao analisar o gráfico de 12 meses, é necessário observar detalhadamente as 4 principais informações de cada vela inseridas na estrutura de preço: abertura, fechamento, máxima e mínima.

Neste caso, ao buscarmos informações para um suporte, direcionamos o olhar para a abertura de 2021, oscilando entre US$ 29 mil e US$ 30 mil. Portanto, este é o primeiro ponto identificado como um nível de apoio ainda sólido para a estrutura de preço.

Nos “Variação de Mercado” de anteriores, salientamos a relevância do nível de 50% nos movimentos estruturais, que também demanda uma análise criteriosa.

Analisando os últimos 13 anos e observando a mínima das negociações no ano de 2011, notamos que, neste gráfico, este ponto pode ser um ponto inicial para uma projeção significativa de alta no preço do Bitcoin, que avançou para sua máxima histórica em 2021, atingindo US$ 69 mil.

A região de 50% entre a mínima de 2011, quando o preço do Bitcoin foi negociado a US$ 2,00, e a máxima de 2021, atingindo US$ 69 mil, está posicionada no gráfico de preços próximo à região de US$ 35 mil. Isso nos oferece um novo ponto de apoio, caso ocorra alguma retração no preço do Bitcoin durante o próximo período. Esses níveis em torno de US$ 35 mil já foram identificados como pontos de suporte por aqui antes.

Ao longo dos anos, compreendemos que o preço do Bitcoin se move em ciclos. Estes ciclos tornam-se mais evidentes quando analisamos o gráfico anual.

Ao examinarmos o contexto histórico do Bitcoin desde 2011, percebemos que cada fase de valorização de preço abrangeu pelo menos 3 anos consecutivos de movimento ascendente, seguidos por um ano de movimento de queda.

Este ciclo de 3 anos de alta e um ano de queda tem se repetido, e em 2023, com a valorização do preço do Bitcoin, estamos diante da possibilidade da continuação de um ciclo semelhante aos anteriores.

Essas informações contribuem para reforçar o otimismo dos investidores atentos aos detalhes que envolvem a principal criptomoeda. A expectativa do lançamento do ETF de Bitcoin, o halving de 2024 e a possibilidade de um novo ciclo ascendente no movimento do preço do Bitcoin podem atrair novos investidores, impulsionando potencialmente a adoção do mercado de criptomoedas no futuro próximo.

Este cenário reforça a ideia de que o mercado de criptomoedas vive um momento que, no futuro, poderá ser considerado um divisor de águas nos investimentos em ativos digitais, com o Bitcoin conquistando progressivamente seu espaço no mercado financeiro global.

 

 

Mais perto, por favor!

Em prazos “menores”, o gráfico mensal do Bitcoin revela um quarto mês consecutivo de ascensão, registrando um aumento positivo superior a 12% apenas neste último mês. O valor, que iniciou dezembro em US$ 37,7 mil, atingiu US$ 44,7 mil durante as negociações da semana passada.

Este cenário tem despertado otimismo entre os investidores, que buscam oportunidades com a expectativa de que o preço alcance a máxima registrada em março de 2022, quando o Bitcoin foi negociado a US$ 48,2 mil.

Ao observarmos o gráfico de preços do Bitcoin com as linhas de equilíbrio do Trade System Ichimoku Kinko Hyo, notamos que o preço busca romper para cima uma região de “Nuvem”, com momentos de superação da linha base do sistema, que representa o equilíbrio das negociações nos últimos 26 meses.

A linha Tenkan Sen, que avalia o equilíbrio dos últimos 9 períodos, permanece ascendente, indicando que nos últimos 9 meses a estrutura de preços tem sido dominada por investidores que realizam compras.

Projetando para o futuro, a linha Senkou Span A ultrapassou a linha Senkou Span B, sugerindo a possibilidade de estarmos deixando para trás o mercado de baixa e possivelmente iniciando uma nova tendência de alta.

Apesar do otimismo refletido no gráfico mensal, é crucial observar que a linha Chikou Span, posicionada 26 períodos no passado, pode enfrentar dificuldades para superar a resistência imposta pelos negociadores de novembro e dezembro de 2021. A linha Chikou Span permanece abaixo das velas desses meses, o que leva os operadores que utilizam a ferramenta Ichimoku a agir com cautela diante dessa resistência.

Além de estar abaixo das velas de novembro e dezembro de 2021, a linha Chikou Span também se posiciona abaixo da linha Tenkan Sen desse mesmo período, reforçando a possível resistência mais sólida na região de preços em torno de US$ 48 mil.

A análise do gráfico mensal com as linhas do Ichimoku sugere que os investidores compradores permanecem ativos, mesmo com o encerramento do ano. Notamos um processo constante de realização de lucros, e mesmo nessa condição, resistências importantes vêm sendo superadas, como é o caso de toda a região de “Nuvem” e a tentativa contínua de rompimento da linha base no gráfico mensal.

Caso haja um recuo nos próximos dias, o gráfico mensal indica um nível de suporte na região da Tenkan Sen, atualmente posicionada em US$ 35 mil. Esta informação corrobora com as descobertas analisadas no gráfico de 12 meses, onde identificamos potenciais pontos de apoio.

 

 

Janeiro inicia bem!?

Vamos estreitar ainda mais o intervalo temporal e observar as informações do Bitcoin no gráfico semanal. Neste contexto de período gráfico mais curto, observamos as negociações permanecendo no topo de um canal ascendente, com as operações da semana passada revertendo parte do movimento de queda da semana anterior.

Nesta última semana de dezembro, o mercado de criptomoedas observa se os investidores que atuam na ponta da compra alcançarão um rompimento ascendente em relação à semana de 04 de dezembro, que registrou sua máxima em US$ 44,7 mil.

Caso esse rompimento ocorra consistentemente, poderemos projetar um movimento de preços para a região dos US$ 50 mil, especialmente com a superação da vela da semana de 11 de dezembro, que foi um período dominado por vendedores. Este potencial rompimento também provocaria o deslocamento ascendente da linha base do Ichimoku.

A linha Senkou Span A, projetada 26 semanas no futuro no gráfico, aponta para cima, sugerindo que a tendência de alta permanece ativa e que possíveis retrações no preço podem representar apenas realização de lucros dentro de uma estrutura de tendência ascendente.

A expectativa de um rompimento acima dos US$ 44,7 mil também contribuiria para o movimento ascendente da linha Senkou Span B, que também está projetada no gráfico 26 semanas no futuro e que, atualmente, se mantém horizontal.

No entanto, é importante ressaltar que esse movimento de alta aguardado pelos investidores só se consolidará com uma nova entrada de capital no Bitcoin nesta última semana de dezembro. Caso contrário, devemos estar atentos aos possíveis níveis de suporte sugeridos pelo contexto do gráfico semanal.

Ao buscar por pontos de apoio no gráfico semanal, observamos que a vela da semana de 27 de novembro gerou um desequilíbrio ascendente, também conhecido como Fair Value Gap (FVG).

Essas regiões de desequilíbrio tendem a atrair o preço para seus níveis de 50% de recuo. É interessante notar que, nessa mesma região, encontramos a linha Tenkan Sen, representando o equilíbrio dos últimos 9 períodos.

Isso confirma a presença de um novo possível suporte na região de US$ 39 mil. Este nível de suporte foi detalhado em nosso “Variação de Mercado” da semana passada e continua sendo uma faixa de preço significativa na estrutura semanal.

Continuando a busca por pontos de apoio no gráfico semanal, deparamo-nos com a região de 50% do canal ascendente, correspondente aos níveis de preço de US$ 35 mil. Essa área de 50% do canal de alta reforça as informações analisadas anteriormente no gráfico de 12 meses, onde identificamos a região de US$ 35 mil como parte do nível de 50% de Fibonacci entre a mínima de 2011 e a máxima histórica do Bitcoin registrada em novembro de 2021. Isso a torna um ponto de apoio crucial para as negociações de Bitcoin.

 

 

Capitalização do Bitcoin

Ao considerar o gráfico mensal do Market Cap, que mede a entrada e saída de capital no Bitcoin, assim como sua dominância em relação a outras altcoins, observamos um declínio acentuado ao longo deste mês de dezembro, mantendo o movimento de queda iniciado em novembro.

Embora tenha havido uma tentativa de recuperação no início de dezembro no gráfico do Market Cap, essa recuperação foi contida pela resistência nas linhas Senkou Span A e Senkou Span B, que compõem a região de “Nuvem” de Ichimoku.

No momento desta redação, a dominância estava operando abaixo de 52%, movendo-se de maneira descendente em direção à linha Tenkan Sen, representando o equilíbrio dos últimos 9 meses. Nessa mesma região, identificamos um possível suporte proveniente de um “Imbalance” a favor dos compradores criado em outubro, podendo atuar como um ponto de apoio relevante para as negociações futuras do Bitcoin.

Essa retração no gráfico mensal do Market Cap sugere que os investidores promoveram um cenário de realização de lucros neste final de ano, adotando uma postura cautelosa diante do encerramento de um ciclo de 16 meses.

Apesar de observarmos as linhas de 9 e 26 períodos operando em ascensão, os níveis de dominância permanecem abaixo da região de “Nuvem”, sendo que a resistência mais significativa no gráfico mensal é encontrada em 56%.

 

 

Realização de lucros

Ao examinar o gráfico semanal do Market Cap, observamos que estamos na quarta semana consecutiva de queda na capitalização, enquanto as linhas de equilíbrio do Ichimoku permanecem planas, indicando um cenário de lateralização.

Neste contexto, a linha Tenkan Sen encontra-se acima da linha Kijun, sugerindo um movimento de queda limitado. É possível que o suporte seja encontrado na região de 50,2% de dominância, que corresponde à mínima do Imbalance no gráfico mensal e também aos níveis mínimos da semana de 02 de outubro.

A relevância da semana de 02 de outubro no gráfico semanal se deve ao fato de que, naquela ocasião, houve um impulso de alta acima das linhas de equilíbrio.

Diante dessas informações, os investidores estão atentos às possíveis reações a favor dos compradores assim que os níveis de dominância alcançarem essas regiões de suporte.

 

 

Negociações na última semana do ano

Para avaliar as informações de curto prazo do Bitcoin nesta última semana do ano, voltamos nosso foco para o gráfico diário, onde observamos o preço oscilando dentro de uma estrutura de consolidação com a possibilidade de formação de um triângulo.

No gráfico diário, as linhas de equilíbrio do Ichimoku também se mantêm planas, reforçando a perspectiva de um cenário de indefinição. Ao analisarmos o indicador MACD, percebemos que o histograma está abaixo da linha zero, com a linha de sinal e a linha MACD apontando para baixo. Esses dados indicam que, a curto prazo, o controle da estrutura está nas mãos dos vendedores.

O indicador Estocástico Lento também está em tendência descendente, aproximando-se do próximo suporte em sua linha de 50%. As linhas do Estocástico Lento saíram de uma região de sobrecompra e estão direcionando-se para as mínimas do indicador.

Diante dessas informações, os investidores aguardam que as negociações do Bitcoin busquem o fundo da estrutura, levando o Estocástico para suas mínimas, na expectativa de identificar algum sinal no histograma do MACD que possa indicar uma nova entrada de demanda.

 

 

Conclusão

A análise detalhada dos diferentes intervalos temporais revela um panorama complexo da movimentação de preços do Bitcoin. No gráfico de 12 meses, observamos uma trajetória ascendente, destacando-se a valorização de mais de 160% ao longo do ano de 2023. O final do ano testemunhou movimentos significativos, com a criptomoeda atingindo uma máxima de US$ 44,7 mil, sinalizando um potencial para a quebra de resistências técnicas importantes no futuro próximo.

A análise mensal oferece insights valiosos, apontando para um período de alta contínua, embora obstáculos técnicos, especialmente representados pelas linhas de equilíbrio do Ichimoku, tenham contido temporariamente essa ascensão. No entanto, a persistência dos investidores compradores é evidente, sugerindo uma possível projeção de preços em direção aos US$ 50 mil, caso ocorra um rompimento consistente das resistências identificadas.

No cenário semanal, observamos uma tendência de queda na capitalização do mercado, embora os sinais de suporte na região de 50,2% de dominância possam influenciar uma reação dos compradores. Essa região demonstrou anteriormente um forte impulso de alta, indicando sua relevância como um potencial ponto de apoio.

A análise do curto prazo, no gráfico diário, revela um período de consolidação e incerteza, com indicadores como o MACD e o Estocástico Lento apontando para uma possível vantagem dos vendedores. Investidores estão atentos a sinais que indiquem uma reversão desse cenário, buscando pistas no comportamento do preço e nos indicadores técnicos para identificar novas oportunidades de entrada no mercado.

Em síntese, as diferentes análises temporais oferecem perspectivas variadas sobre o Bitcoin, sugerindo um potencial de crescimento a longo prazo, embora no curto prazo existam desafios técnicos e incertezas que os investidores estão monitorando de perto. A evolução do mercado de criptomoedas continuará sendo influenciada por uma série de eventos e fatores que demandam uma análise contínua e cautelosa para orientar estratégias de investimento.

 

 

Agradecimento

 

Gostaria de expressar meu agradecimento a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. A compreensão e o interesse demonstrados por cada leitor são fundamentais para promover uma análise detalhada e informada do mercado de criptomoedas.

A profundidade e complexidade desse campo exigem um esforço coletivo para avaliar as tendências e os movimentos do Bitcoin em diferentes intervalos temporais. Sua leitura atenta e consideração das análises apresentadas são fundamentais para entender o cenário atual e potenciais direções futuras do mercado.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Sobrecompra e ETFs marcam fim de ano do BTC

Sobrecompra e ETFs marcam fim de ano do BTC

Na última semana de 2023, o mercado de criptomoedas está em clima de feriado. O Bitcoin (BTC) está vendo poucas movimentações de compra e venda, assim como uma baixa oscilação de preços. Com um deadline para mudanças nas propostas dos ETFs à vista da criptomoeda nos Estados Unidos e indicadores técnicos mostrando que os derivativos estão frios, mas o spot sobrecomprado, os traders precisam entender o que de fato e para onde o ativo pode virar nesta reta final de ano.

 

 

Não é bem assim a história

A semana começa com os investidores ainda mais confiantes de que o Federal Reserve vai começar, em breve, a cortar os juros. E isso não é mero achismo, afinal, a inflação está, de fato, recuando nos Estados Unidos. O Índice de Gastos Pessoais – famoso PCE – até subiu 0,1% em novembro, mas abaixo do esperado pelos analistas.

Com acumulado de 2,6% para o núcleo do indicador e 3,2% na variação total, a inflação até pode estar acima da meta de 2% do FED, ma, convenhamos, bem mais perto do que já estivemos antes. Com isso, muitos economistas passam a apostar que na próxima reunião, o banco central norte-americano dê seu primeiro passo para a redução dos juros.

Entretanto, muita calma por aí, Ludmilo! Alguns representantes do Federal Reserve falaram recentemente e disseram que a história não é bem assim. Para eles, sim, o país está vendo uma queda nos preços, porém, seria “irreal” começar a falar em cortes nas taxas tão cedo.

Sabemos que a banda não toca assim. Claro que os juros podem continuar como estão atualmente, mas o Banco Central já mostrou que coerência não é o forte. Então, com a pausa constante em aumentos, não é mesmo de se surpreender em um possível corte. Para o mercado de risco, como ações e criptomoedas, uma notícia dessas seria interessante, pois tenderia a tirar parte do dinheiro da renda fixa para ativos que possam pagar mais.

 

 

 

Religando as turbinas

Há bons meses a gente vem discutindo como o desempenho econômico da Zona do Euro não é dos melhores. Mas, poxa vida, nós devemos falar do trabalho que o bloco está conseguindo fazer em controlar a inflação por lá. Os preços ao consumidor (CPI) da região caíram de 2,9% para 2,4% em novembro, muito perto da meta de 2%. Sabe quem ajudou nisso? Produtos de energia, que recuaram bastante recentemente.

Com a melhora nos índices inflacionários, os consumidores voltam a pôr o rostinho para fora de casa, elevando sua confiança em 1,5%, em dezembro, mirando os -15,1 pontos. Embora isso ainda aponte território de contração, fato é que o indicador veio acima do esperado e pode reaquecer o consumo e parte da economia.

Porém, o Banco Central Europeu (BCE) vai precisar balancear bem sua política monetária neste momento para não deixar a inflação subir novamente com o aumento do consumo. Por lá, não conseguimos ver esse otimismo todo em relação a um possível corte de juros. Assim, movimentos bruscos de investimentos em ativos de maior risco podem não ser tão visíveis assim.

 

 

Tudo no seu lugar

Na China, os movimentos parecem tudo muito bem controlados. O mercado entendia que as taxas de referência para empréstimos deveriam permanecer inalteradas. E o Banco Central concordou com isso. As tarifas para pedidos de um ano se mantiveram em 3,45%, enquanto a de cinco anos, em 4,2%. Mesmo com a expectativa atendida, o mercado ainda espera mais flexibilizações econômicas por lá.

Entretanto, o movimento não foi o suficiente para que as bolsas por lá explodissem. Ao contrário, com a subida e máximas históricas em diversos índices globais, o movimento ficou marcado mesmo pela realização de lucros e consequente queda dos papéis. Não à toa, o Bitcoin também não se beneficiou deste movimento, vendo os investidores ainda buscando se posicionar em um momento mais “adequado” por assim dizer.

 

 

Bitcoin encaixotado

Na última semana útil do ano, o Bitcoin viu sua volatilidade cair. O que é, inclusive, natural. Afinal, boa parte do mundo parou para comemorar o Natal e, daqui alguns dias, será a vez das festas de fim de ano. Então, é mais do que comum ver o volume de negociações cair e mostrar que os investidores estão dando atenção para outras coisas de suas rotinas.

Assim, criou-se uma faixa de negociação relativamente estreita, com a criptomoeda de referência sem forças para romper os US$ 44 mil, mas também mostrando fôlego para evitar uma queda prolongada para abaixo dos US$ 41 mil. Para especuladores de curto prazo, essa linha parece bem interessante, mas não mostra tendência alguma.

 

 

De olho no champagne

Historicamente, não é estranho ver movimentos de alta expressivos do Bitcoin na última semana do ano. Entretanto, também não é loucura imaginar que ninguém está muito no pique de negociar qualquer tipo de ativo agora. Mas seja pelas festas de final de ano ou não, fato é que a cautela tem sido o mote do mercado quando olhamos para os derivativos.

Neste caso, a alavancagem de posições da moeda digital caiu para muito perto de seus mínimos históricos. Inclusive, o nível atual está muito próximo das duas últimas grandes quedas, confirmando a sensação mais morosa do mercado.

Se olharmos para o gráfico, vamos ver que esses momentos de baixa no indicador ELR acompanhou também uma queda de preços do BTC, como em 2021, durante a proibição de mineração na China, e em 2022, com o colapso da FTX. Correções são, sim, esperadas, ainda mais para quem acompanha o Satoshi Call e o Variação de Mercado toda semana. Entretanto, há poucos sinais técnicos e fundamentais que apontem para uma possível queda de preços maior.

Em contrapartida, se há uma tendência mais lenta nos derivativos, o mercado de spot está se desenvolvendo rapidamente. O volume de compra dos bulls segue intenso, mostrando que o processo de acumulação pré-halving é quase uma regra no mercado atual.

 

 

Renovas máximas

Os mineradores parecem ser o mais resiliente exemplo de acumulação neste período de alta de preços. O grupo reduziu a venda de ativos, aproveitando o momento de hype dos Ordinals para ganhar ainda mais taxas do que o normal na blockchain do Bitcoin.

Este comportamento é interessante, pois parece, inclusive, ignorar mais uma renovação das máximas históricas da dificuldade de mineração, o que tende a tornar o processo mais caro do que já é. Tudo isso parece, então, ser um preparo para o que o halving, em abril de 2024, pode proporcionar ao ativo.

 

 

Será que agora vem o ETF?

Na última semana, representantes de diversos fundos, como a BlackRock e Ark se reuniram com reguladores da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). O assunto? Os ETFs de Bitcoin à vista.

O encontro serviu para que a SEC apontasse aos reguladores as mudanças necessárias para que a Comissão desse andamento nas análises dos possíveis produtos de investimento. O prazo limite para enviar as mudanças é dia 29 de dezembro. Sim, sexta-feira. Caso não consigam fazer as alterações, as empresas podem ficar fora do possível processo de aprovação do ETF.

 

 

Gráfico do Bitcoin no curto prazo

Com o ELR deixando dúvidas e os mineradores em possível processo de acumulação, o gráfico do Bitcoin pode eliminar alguns ruídos importantes e nos trazer uma visão mais completa do que podemos esperar no movimento de preços da criptomoeda.

O último canal de alta segue se comportando como suporte, assim como a mediana da banda de Bollinger. Entretanto, a falta de força para subir acima dos US$ 44 mil colocou o ativo em uma faixa de negociação estreita entre US$ 41 mil e US$ 44 mil (linhas vermelhas). A linha inferior desta faixa pode ganhar força, com a média móvel mais baixa de Bollinger mirando no mesmo nível dos US$ 41,3 mil. Assim, há dois possíveis cenários para o Bitcoin.

Fonte: GoCharting, em 26/12/2023, às 9h31min.

 

Em caso de queda, podemos ver um teste da parte de baixo da faixa de negociação ou até mesmo uma visita na região US$ 38 mil (linha preta), que marca a última grande resistência de preços. Senão, uma possível subida pode levar a moeda digital aos US$ 48 mil e US$ 50 mil.

O MACD está com dificuldades em aproximar suas linhas para cruzar as médias para cima, mostrando uma indecisão dos compradores neste momento, enquanto o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 54 pontos, com o mercado bem mais próximo de um equilíbrio.

 

 

Tipo um fractal

Em um período ligeiramente mais longo, o gráfico do Bitcoin semanal mostra que os investidores estão, de fato, respirando um pouco, mesmo que alguns sinais de alerta continuem sendo emitidos por aqui.

Por enquanto, o canal de alta está sendo rompido para baixo, mostrando a força da realização de lucros do mercado. Enquanto isso, a “Resistência 2” (ombro mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO) continua segurando possíveis avanços de preços.

Fonte: GoCharting, em 26/12/2023, às 9h33min.

 

O MACD segue com suas linhas cruzadas para cima, mostrando que o mercado está muito mais forte do que fraco em prazos maiores. Entretanto, o RSI em 74 pontos deixa tudo bem próximo da sobrecompra, o que tende a levar a novas correções de preços, como os US$ 36,2 mil. Caso suba, o BTC pode testar um ataque aos US$ 46,7 mil e US$ 50 mil.

 

 

Conclusão

O mercado de criptomoedas vive um momento de “incerteza”. Esta, inclusive, talvez não seja a melhor palavra. Afinal, há muitos eventos, como as festas de fim de ano, que naturalmente afastam os investidores do mercado. Entretanto, a isca dos ETFs volta ao radar muito forte, com os traders só esperando uma pequena dica da SEC para validar ou não os ETFs.

Enquanto isso, o halving do Bitcoin segue sendo o evento mais realista para os investidores, que seguem acumulando suas moedas, em busca de uma nova máxima histórica. Bem posicionado, os traders não parecem querer vender seus ativos, porém, o mercado sobrecomprado pode ser uma pedra no sapato dos menos pacientes, que podem não estar muito no clima de esperar e vivenciar uma correção de preços no curto prazo.