Em meio à euforia nos Estados Unidos, muitos não sabem que o Hash11 é o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil e já existe desde 2021. O fundo negociado em bolsa é porta de entrada para muitos investidores que querem sentir um pouco do gostinho do mercado cripto.
Porém, apesar de uma série de vantagens que este produto oferece, ele está longe de ser ideal para todos os investidores. E, dependendo do que você espera, um ETF de criptomoedas pode não ser a melhor escolha. Para chegar a uma conclusão, vamos falar neste artigo sobre:
O que é um ETF
Como é um ETF de criptomoedas
Composição do Hash11
Vantagens e desvantagens de um ETF de criptomoedas
Exchange ou ETF?
A partir daqui, esperamos que você consiga tirar suas conclusões e descobrir qual a melhor forma de participar do mercado de criptomoedas, de acordo com as suas necessidades e exigências.
O que é um ETF?
Antes de falar especificamente sobre o Hash11, é preciso entender que tipo de produto ele é. Um ETF – Exchange Traded Fund representa uma linha de produtos financeiros em que é possível negociar fundos de investimentos na bolsa de valores, como se fossem ações individuais de empresas.
Sua principal vantagem é conseguir dar um acesso mais facilitado à diversificação de carteiras, mas com a simplicidade e custos baixos de se comprar um título diretamente. Esses ativos podem ser diversos, como ações e commodities ou, no caso da Hash11, criptomoedas.
Mas de forma geral, há vantagens na compra de um ETF, como:
Diversificação: Como comentado anteriormente, a possibilidade de diversificação de ativos a partir de uma única “cota” é uma alternativa bem interessante aos investidores que querem ampliar seus portfólios.
Facilidade: Mais do que a exposição a novos ativos, a facilidade que o ETF promove é bem atrativo. Afinal, o processo é igualzinho o de se comprar ações em alguma corretora vinculada à B3. Inclusive, você pode vender e comprar esses papéis durante o horário de operação da bolsa, o que gera muita flexibilidade e liquidez.
Tarifas baixas: Se a gente comparar os ETFs com fundos tradicionais, o primeiro modelo geralmente apresenta taxas de administração bem mais baixas. Isso é possível, pois muitos dos ETFs acabam replicando o desempenho de um índice específico, em vez de tentar superar a partir da compra de ativos diferentes.
Desta forma, quando olhamos para o mercado tradicional, os ETFs apresentam uma acessibilidade muito grande e eficiente para a diversificação de carteira. Mas isso pode não ser a melhor coisa do mundo, dependendo do seu objetivo. E vamos explicar isso ao longo do artigo.
ETF de Bitcoin e outras criptomoedas
Conforme cada ciclo de alta foi sendo concretizado no mercado de criptomoedas, a exigência por produtos financeiros mais elaborados crescerem. Foi aí que bancos, fundos e outras empresas do setor tiveram que correr atrás para não só desenvolver esses investimentos, mas também encontrar um caminho regulatório para que isso fosse validado.
E, claro, que um deles seria um ETF de Bitcoin ou de criptomoedas. Assim como no mercado financeiro tradicional, o ETF também é uma mão na roda para os investidores que querem um acesso facilitado e em se preocupar muito com a custódia dos tokens.
Neste caso, podemos dizer que um ETF de criptomoedas é um fundo em que a empresa responsável por sua administração detém todos os tokens listados nele, permitindo que ela comercialize apenas as cotas de participação.
Em abril de 2021, a Hashdex conseguiu lançar o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil. Assim como as exchanges, ele foi responsável por dar ainda mais acesso às moedas digitais para os investidores.
Seu grande ganho aqui foi a parte regulatória. Afinal, o Brasil só recentemente conseguiu avançar na criação de regras aos players deste mercado. Então, a Hashdex elevou a barra, o que tranquilizou muitas das pessoas que queriam se expor às criptomoedas, mas não tinham receio.
Hoje, existem outros ETFs disponíveis no Brasil, como:
QBTC11
QETH11
BITH11
Mas, a seguir, vamos falar especificamente sobre o Hash11.
Composição de criptomoedas da Hash11
O ETF da Hash11 tem seu desempenho indexado ao Nasdaq Crypto Index (NCI). Este índice é atualizado de forma trimestral para refletir as mudanças de preços do mercado de criptomoedas durante o período.
Já os tokens que compõem o Hash11 são, no total, 8, com as seguintes proporções no total do fundo:
Já a custódia das criptomoedas presentes no Hash11 está sob responsabilidade de bancos parceiros, em uma proposta de focar em uma gestão segura e nos moldes tradicionais. Enquanto isso, a formação de mercado é de controle da Headlands Technology LLC.
A performance do fundo é ainda satisfatória a alguns investidores, conseguindo acompanhar com uma defasagem bem pequena do desempenho apresentado pela NCI, e um certo atraso em relação ao preço real do ativo em uma exchange. A taxa de administração é de 0,3% ao ano.
Mas apesar de todas essas vantagens, segurança e desempenho, será que você deve investir em um ETF de criptomoedas ou buscar por outros caminhos?
Vale a pena investir em um ETF de criptomoedas no Brasil?
Apesar da importância de um ETF de criptomoedas para o setor, não necessariamente ele é um produto perfeito nem mesmo o mais indicado. Até porque, cada investidor vai ter um perfil único e você pode se frustrar no meio do caminho.
Afinal, toda essa facilidade de acesso acaba cobrando um preço relativamente alto, que nem sempre pode compensar no fim do dia ou atender às suas exigências.
Acesso: Logo de cara vamos para um ponto central de discussão que é a custódia das criptomoedas. Como você viu acima, o dono das criptomoedas é o fundo, não você. Em muitos casos, uma empresa terceirizada. Isso impede que você tenha permissão de sacá-las ou usá-las no dia a dia, limitando suas ações com o token.
Autonomia: Muitos fundos são exclusivos para uma única criptomoeda ou possuem uma lista de tokens disponíveis, como é o caso do Hash11. Então, em um mundo com mais de 10 mil moedas digitais diferentes, talvez esta não seja a melhor opção quando pensamos na diversificação de portfólio, muito menos aproveitar os momentos de mercado de cada um desses ativos. Afinal, você está preso àquela lista até que venda suas cotas.
Performance: Essa diversificação de portfólio pode parecer atrativa em um momento inicial, mas é sempre bom identificar o peso que cada token possui no fundo. Ao olhar especificamente para o Hash11, vemos que o ETF tem quase 98% de sua alocação total em BTC e ETH. Se por um lado você pode estar tranquilo em aproveitar as oscilações das duas principais criptomoedas do mundo, será praticamente impossível aproveitar o que outras moedas digitais podem oferecer a você em seus próprios ciclos de mercado. No fim do dia, é como se você não tivesse comprado as últimas seis criptomoedas da lista, ficando dependente exclusivamente do desempenho de BTC e ETH.
Taxas: Por mais que um fundo costume – mas não obrigatoriamente – ter taxas menores do que outros tipos de investimento, há ainda uma tarifa considerável. Esta taxa de administração, inclusive, tende a ser anual, independente do desempenho dos ativos naquela carteira. Algo que, em uma exchange, não acontece. Mas vamos deixar isso mais para frente.
Decisão: Claro que é impossível acompanhar e aprender sobre todos os ativos do mundo. Mas a partir do momento em que você participa de um ETF, você abre mão de qualquer decisão sobre seu dinheiro. De certa forma, isso pode te afastar das possibilidades de participação direta, realocamento de posições e até mesmo de conhecer mais sobre o ativo em que está investindo e identificar se ele faz parte dos seus objetivos mesmo.
Como você pôde ver até aqui, o ETF de Bitcoin e criptomoedas é um tema polêmico. Afinal, ele não é um produto bom nem ruim, apenas tem seu público alvo muito bem definido. Para quem está chegando agora no mercado de criptomoedas, pode se deparar com a euforia em torno dos ETFs lá nos Estados Unidos e acabar tomando uma decisão que não será das melhores para o seu perfil.
Exchange X ETF de criptomoedas: Qual é melhor?
Se você chegou até aqui, pode estar balançado sobre investir em criptomoedas por um ETF ou em uma exchange. E isso é comum, afinal, nenhum lugar vai te oferecer o ambiente perfeito e personalizado que você tanto gostaria.
Por isso, um ETF de criptomoedas, como o Hash11, não é uma opção ruim. Muito pelo contrário, pode ser a porta de entrada para muitos novos investidores que ainda não sabem muito bem como participar deste mercado. Porém, ele não é indicado para todo mundo!
Lembra dos tópicos que discutimos há pouco?
Custódia
Autonomia
Performance
Taxas
Decisão
A partir do momento em que você opta por um ETF de criptomoedas, você pode estar abrindo mão de um ou todos esses quesitos acima. Então, para quem é indicado o Hash11 e outros fundos deste tipo?
O ETF de criptomoedas é mais indicado para pessoas extremamente iniciantes e que querem, de alguma forma, sentir o gostinho do mercado, sem ter qualquer contato direto com isso. Além disso, são pessoas que não tem habilidade ou tempo para manejar seu capital e preferem fazer isso delegando a uma pessoa ou instituição. Isso, claro, gera um custo anual, independente do desempenho dos ativos.
Agora, se você é um investidor mais atento, que quer ter mais controle sobre seu dinheiro e ativos e procura taxas baixas, as exchanges ainda são o melhor caminho para isso. Seja na Foxbit ou em outra corretora, você terá acesso integral a suas criptomoedas, podendo sacá-las para uma carteira particular sem se preocupar com a custódia. Ao mesmo tempo, não há taxa de administração. Ou seja, as tarifas são incididas apenas nas ordens de compra e venda, isso quando ocorrerem.
Como você vai ter acesso direto ao ativo, sua carteira vai ser impactada pelo desempenho real e constante do token, não de uma média final após um período longo de tempo. Se você analisar os diferentes fundos em relação ao desempenho do token, poderá encontrar divergências consideráveis entre as performances mensais de cada aplicação.
Além disso, é possível vender suas criptomoedas e sacar seus valores em reais sempre que quiser, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Afinal, o mercado de moedas digitais não tem abertura nem fechamento. Então, negociações podem ser feitas a qualquer momento e em qualquer lugar.
E, claro, as regras apresentadas pelo Marco Legal das Criptomoedas no Brasil ajudaram muito a normatizar o mercado, o que trouxe muito mais segurança ao setor e aos investimentos dentro das exchanges.
É a hora de fazer sua escolha
Bom, chegamos aqui com a seguinte mensagem: ETF de criptomoedas no Brasil não é ruim, nem bom. Ele apenas tem seu público específico.
Se você prefere delegar o gerenciamento de seu capital, mesmo que isso gere custos extras e reduza seu poder de decisão e falta de acesso ao ativo, o fundo, como o Hash11, pode ser uma boa porta de entrada.
Caso sua ideia seja ter mais direito de escolha, possa movimentar seus tokens como bem entender e aproveitar ao máximo a volatilidade, em um ambiente seguro e com pouquíssimas taxas, uma exchange de criptomoeda com certeza vai satisfazer suas necessidades.
E, claro, a Foxbit está disponível para você! Só na Foxbit Exchange são mais de 90 criptomoedas listadas para negociação. Enquanto isso, a Foxbit Pro conta com mais de 330 pares e 570 order books globais para quem precisa de alta liquidez.
Com o Bitcoin (BTC) na luta para se manter acima dos US$ 70 mil, os dados on-chain revelam bem como está sendo o comportamento dos investidores de curto e médio prazos. Enquanto especuladores estão realizando lucros de suas posições, há uma parte considerável de players que estão acumulando ativamente a criptomoeda antes do halving. E é essa disputa que vai guiar o preço do BTC nos próximos dias.
Bitcoin dentro da rede
Nesta última semana de março, analisamos os dados de rede do Bitcoin no nosso relatório Variação de Mercado, com o objetivo de avaliar o comportamento dos investidores antes do Halving. O impulso de alta observado no mercado de criptomoedas pressionou os indicadores técnicos em intervalos gráficos de curto prazo, resultando numa correção de preços nas últimas duas semanas para aliviar esses indicadores.
Essa correção de preços refletiu-se no valor de mercado do Bitcoin, conforme analisado no gráfico do MVRV, que mede o valor de mercado em relação ao valor realizado.
Com isso, o valor de mercado atingiu uma pontuação de 2.72 em sua escala, testando uma resistência que remonta a outubro de 2021, antes de recuar para 2.34, abaixo da linha de 50% de um grande canal de alta que vem sendo acompanhado desde dezembro de 2022. No início desta semana, observamos uma recuperação que elevou a pontuação para 2.43, testando a resistência da linha de 50% do canal.
Se o valor de mercado continuar a corrigir, é possível que um suporte seja encontrado nos níveis de 2.16.
É importante destacar que investidores de longo prazo têm como meta ultrapassar os níveis de 3.7, onde historicamente ocorreram as maiores realizações de lucros.
Nesse contexto, as informações do MVRV revelam que, apesar dos movimentos corretivos no valor de mercado do Bitcoin a curto prazo, é possível que a linha do indicador continue seguindo a tendência ascendente do canal de alta traçado no gráfico, corroborando os objetivos dos investidores em prazos mais longos.
Carteiras de Bitcoin no lucro
Outro indicador que pode fornecer informações relevantes sobre a movimentação dos investidores na rede é o SOPR.
Em uma avaliação preliminar para interpretar as informações do indicador, precisamos apenas compreender que a ferramenta sugere que quando a linha do SOPR está acima do nível 1, teoricamente os investidores em Bitcoin podem realizar suas posições obtendo lucros no mercado. E quando a linha do SOPR está abaixo do nível 1, é possível que existam investidores sendo obrigados a encerrar suas posições com algum prejuízo.
No intervalo semanal, a última vez que a linha do SOPR caiu abaixo do nível 1 foi em janeiro deste ano, quando o mercado passou por um movimento corretivo.
Com essas informações em mente, investidores de longo prazo observam esse tipo de movimento para aumentar suas posições no mercado, absorvendo a liquidez do varejo e promovendo novos impulsos de alta quando as condições são favoráveis.
Um segundo ponto a ser analisado na linha do SOPR é a direção do movimento. Atualmente, notamos que a linha do indicador está acima do nível 1, mas entre as semanas de 11 e 18 de março, ela teve um movimento descendente, sugerindo que os investidores de Bitcoin aproveitaram a renovação do topo histórico no preço para realizar lucros de forma confortável.
Investidores com perfil de curto prazo geralmente utilizam essas informações por meio de intervalos gráficos diários. No entanto, este relatório está baseado em informações de intervalo semanal, visto que o potencial de valorização do Bitcoin em prazos mais longos pode oferecer menos riscos para investidores mais cautelosos.
Atualmente, a linha do SOPR está promovendo um novo impulso de alta, testando uma máxima anterior, o que sugere que caso ocorra um possível novo movimento ascendente acima da última máxima de preço, poderemos ter uma varredura de liquidez e novas oportunidades de realização de lucros.
Com base nas informações do SOPR, podemos concluir que o movimento corretivo no preço observado nas semanas de 11 e 18 de março foi meramente um processo de realização de lucros, com a linha do indicador apresentando um movimento de declínio, enquanto os investidores procuram novos níveis mais altos para novas realizações.
Baleias famintas
Continuando a análise dos dados de rede, vamos examinar a quantidade de Bitcoins por faixa de número de endereços, começando com carteiras que possuem mais de 10 unidades da moeda por endereço e indo até detentores de endereços com mais de 10 mil Bitcoins por carteira.
No gráfico que apresenta informações sobre os detentores de endereços com mais de 10 Bitcoins por carteira, notamos uma estagnação desde o início de março. Em outras palavras, a linha que representa essas carteiras permanece plana, sugerindo que não houve movimentação significativa ao longo do mês.
Uma observação relevante sobre esses investidores pode ser feita ao compararmos o número de endereços com mais de 10 Bitcoins com o número de endereços com mais de 100 Bitcoins.
Desde a primeira semana de fevereiro, o número de endereços com mais de 10 Bitcoins diminuiu, enquanto o número de endereços com mais de 100 Bitcoins teve um aumento, sugerindo que esses investidores aumentaram suas posições à medida que o preço do Bitcoin subia.
Durante as negociações do mês de março, o número de endereços com mais de mil Bitcoins também está em ascensão. No entanto, a linha que representa o número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins está em declínio.
É importante destacar que a volatilidade do mercado, com movimentos significativos nos preços diariamente, é impulsionada principalmente por investidores que possuem endereços de carteira com entre 10 e 100 Bitcoins.
Esses movimentos são considerados de grande impacto e podem influenciar diretamente as tendências do mercado.
Perspectiva final
As informações coletadas por meio dos dados de rede revelam otimismo entre os investidores em Bitcoin, com estudos sugerindo a possibilidade de manutenção da tendência de alta de longo prazo.
Para validar essas informações, vamos observar o gráfico de preços. No intervalo semanal, identificamos um grande canal de alta, com o preço do Bitcoin se movendo em direção ao topo do canal.
Além disso, inserimos a ferramenta de expansão de Fibonacci e constatamos que o topo do canal de alta coincide com a região de expansão de 1.618 de Fibonacci, situada em US$ 97 mil. Este valor já foi mencionado em nossos relatórios anteriores.
No meio do caminho, também identificamos um valor de US$ 77 mil, que corresponde a um nível de Fibonacci de 141%, podendo atuar como um objetivo de preço intermediário.
A linha de equilíbrio de 9 semanas do Ichimoku atua como suporte na mesma região de 50% do canal de alta, situado na faixa de preço entre US$ 57 mil e US$ 58 mil no momento.
Em conclusão, a análise da movimentação de preços do Bitcoin, com base em dados de rede, indicadores técnicos e gráficos, sugere um cenário otimista entre os investidores. Observamos sinais de estabilidade e possíveis objetivos de preço tanto no curto quanto no longo prazo. Os investidores parecem confiantes na continuidade da tendência de alta, embora permaneçam atentos a possíveis correções no mercado.
Para finalizar, quero agradecer a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Tenho a expectativa que as informações apresentadas tenham sido úteis e esclarecedoras. Seus esforços em buscar conhecimento e compreensão contribuem significativamente para o enriquecimento do diálogo e da análise neste campo.
Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.
O Bitcoin (BTC) abre a semana em busca de uma tendência de preços. A recuperação da última correção foi bastante expressiva e coloca a criptomoeda em um caminho bastante interessante para manter os ganhos. Porém, o mercado sobrecomprado dificulta o processo, podendo levar a criptomoeda também a uma lateralização no curto prazo. Tudo isso acontece em meio a diferentes eventos macroeconômicos e também a aproximação do halving do Bitcoin.
Status dos ETFs
A última semana mostrou um movimento inédito – embora não surpreendente – nos apenas primeiros três meses de negociações de ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Foram cinco dias consecutivos em que o saldo final entre entrada e saída dos fundos ficou no negativo.
O maior responsável foi o ETF da GrayScale (GBTC), que viu retiradas intensas, enquanto os fluxos de capital para outros produtos foram mais reduzidos. Este movimento de saída do GBTC acontece desde o lançamento dos ETFs, fazendo com que a empresa, agora, se posicione para melhorar suas taxas de administração.
Calmaria no derivativos
Depois de fortes liquidações, o volume de posições fechadas forçadamente por falta de margem voltaram para a casa dos U$ 200 milhões. Isto, claro, depois que alguns bilhões de dólares ficaram pelo caminho, diante do alto mercado especulativo.
Com os traders em modo de espera e aguardando sinais mais claros de tendência, a taxa de financiamento para manter as posições em aberto recuou para 0,02% 0,01%. Isso é bem próximo da região de neutralidade, indicando que boa parte da euforia ficou para trás, pelo menos momentaneamente.
Halving do Bitcoin está chegando
Enfim, estamos há menos de 30 dias do halving do Bitcoin. Ele costumava nos contar bastante coisa sobre o ciclo de mercado. Mas pode ser que desta vez a história seja diferente. Afinal, agora temos os ETFs de BTC no mercado, além de uma máxima histórica antes do previsto.
Fato é que a recompensa aos mineradores será reduzida pela metade em abril. Isso tem feito com que este grupo vendesse parte considerável de seu BTCs para realizar lucro e, assim, se adaptarem à nova política monetária da criptomoeda. Esta pressão de vendas, claro, ajudou a impedir novos avanços de preços do token.
Análise do gráfico do Bitcoin
No gráfico diário do Bitcoin, a criptomoeda testou o último pequeno canal lateral de preços, e o fundo da banda de Bollinger. A partir deste movimento corretivo, o BTC avançou seu preço, em busca do topo da banda.
Fonte: GoCharting, em 25/03/2024, às 11h43min.
Esta força do mercado no curto prazo é acompanhada também pelo MACD e Índice de Força Relativa (RSI), que recuperaram o ímpeto de alta. Com bastante atividade na região dos US$ 69,5 mil, este deverá ser o próximo ponto a ser rompido. Caso contrário, um reteste da região dos US$ 55 mil e US$ 52 mil podem entrar no radar.
Expandindo o tempo gráfico do Bitcoin
Ao se afastar um pouco, vemos que o gráfico semanal está em um importante momento de respiro. Este período pode acarretar em uma consolidação de preços, até que o mercado se ajuste novamente.
Apesar de amplas, as linhas da banda de Bollinger sugerem uma aproximação. Junto a isso, o MACD também dá sinais de um encosto das médias. Já o RSI se mantém em 84 pontos, indicando um mercado bastante sobrecomprado.
Isso pode levar o BTC ao fundo do canal atual, em US$ 63 mil ou até os US$ 50 mil, se a força vendedora for muito forte. Caso contrário, o topo da banda de Bollinger aponta os US$ 78 mil, um nível bastante possível para o momento de mercado comprador e próximo do halving.
Corte de juros ficou para depois
Como boa parte do mercado já previa, o Federal Reserve não cortou os juros nos Estados Unidos. Os dados inflacionários do início do ano não foram muito agradáveis, o que colocou dúvidas sobre se este seria o momento certo para reverter a política monetária.
Porém, o discurso do presidente do FED, Jerome Powell, foi bem mais otimista do que se esperava. Ele comentou que a alta dos preços preocupa, mas ela aparenta ser algo mais sazonal e não que veio para ficar. Ele confirmou ainda a intenção de realizar três cortes ainda este ano.
As prévias do Índice Gerente de Compras (PMIs) vieram com certo equilíbrio. Enquanto a Indústria mostrou bom crescimento, o setor de Serviços viu uma retração. Porém, ambos seguem em níveis considerados de expansão.
Inflação próxima da meta
Enquanto os Estado Unidos viram uma alta nos preços, a Zona do Euro segue com sua inflação arrefecendo. Em fevereiro, o índice desacelerou de 2,8% para 2,6%, se aproximando da meta de 2%.
Mesmo assim, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a perspectiva inflacionária precisa desacelerar mais, já que os salários permanecem elevados, assim como as margens de lucro e ausência do crescimento na produtividade do bloco.
Este posicionamento se faz realista quando olhamos para os números, já que as prévias dos PMIs mostraram dualidade nas informações. Se por um lado o setor de Serviços avançou e se cravou no território de expansão econômica, a perspectiva industrial recuou.
Conclusão
Diante dos eventos macroeconômicos, a correção do Bitcoin era mais do que esperada. Fora isso, a falta de força compradora de ETFs também colocou o mercado de volta a níveis mais estáveis de fluxo de capital.
Isso não quer dizer que os fundos negociados em bolsa morreram, mas, sim, que os investidores estão estudando novas realocações, depois da euforia dos primeiros três meses de negociação nos Estados Unidos.
O mercado de médio prazo ainda exige um pouco de cautela. Afinal, os níveis de sobrecompra permanecem, colocando dúvidas sobre até onde vai a extensão desta força. Em algum momento, uma nova realização de lucros deve acontecer. E isso pode ser antes ou depois do halving do Bitcoin ser acionado. Por isso, é importante acompanhar todos os fluxos de informações para identificar possíveis volatilidades.
Cosmos, no mundo da blockchain, não tem nada a ver com o universo. Mas se a gente pensar bem, também não está tão distante assim. Afinal, o propósito central desta blockchain é resolver um dos grandes desafios da tecnologia: a interoperabilidade. Ou, em outras palavras, criar um universo de várias redes conectadas.
A tecnologia é bastante atraente a desenvolvedores e investidores, que buscam na Cosmos e em seu token ATOM uma possibilidade de criar novos ecossistemas e também obter lucros. Considerando essa relevância, o artigo de hoje vai falar sobre:
O que é Cosmos?
Como a blockchain funciona?
Para que serve o token ATOM
Capitalização de mercado e cotação da ATOM
Onde comprar ATOM
Então, vamos agora conhecer um pouquinho sobre a “internet das blockchains”!
O que é Cosmos?
Cosmos se apresenta como a “internet das blockchains”. A ideia é que diferentes redes possam se conectar, compartilhar informações e realizar transações de forma segura e sem a necessidade de intermediários. Algo que, hoje, é bastante complexo de se fazer, quando olhamos para dois protocolos distintos.
A Cosmos se apoia no Tendermint Core. Ele é um mecanismo de consenso que oferece alta performance, segurança e escalabilidade. O modelo permite também que qualquer blockchain desenvolvida dentro do ecossistema Cosmos possa se beneficiar dessas características, superando limitações comuns encontradas em redes mais antigas.
Os fundadores da Cosmos
A Cosmos foi desenvolvida por Jae Kwon e Ethan Buchman. Eles justamente buscavam solucionar um dos desafios do chamado trilema da blockchain. Ou seja, como unir escalabilidade e interoperabilidade, sem comprometer a segurança.
Para colocar o projeto para rodar, o grupo lançou um ICO (Initial Coin Offering), em 2017, que arrecadou mais de US$ 17 milhões. Dois anos depois, a mainnet da Cosmos foi lançada ao público.
Como funciona a Cosmos?
Enquanto o Bitcoin tem como principal característica a transação de valores monetários a partir de seu token BTC, o Cosmos vai olhar para a interoperabilidade entre redes diferentes para que seja cada vez mais simples e seguro criar novas soluções.
Interoperabilidade: Vamos logo de cara com sua função principal. A interoperabilidade opera a partir da Inter-Blockchain Communication (IBC). Ela permite que tokens e informações sejam transacionadas entre blockchains independentes. Isso facilita muito a gerar um ambiente claro e seguro para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (dApps) e serviços financeiros descentralizados (DeFi).
Escalabilidade: Para validar as transações de forma mais veloz, a arquitetura da Cosmos se divide entre zonas e hubs. Com isso, cada blockchain (zonas) dentro do ecossistema pode se conectar aos hubs centrais, permitindo que essas redes independentes também processem dados de forma paralela. Isso alivia o fluxo de informações na rede principal, promovendo mais segurança, velocidade e descentralização.
Segurança: Lembra do Tendermint Core que falamos mais cedo? Pois é! Ele é um mecanismo de validação que utiliza o modelo Proof-of-Stakes (Pos), semelhante ao do Ethereum. A metodologia incentiva a honestidade da rede, sem exigir um grande processamento computacional, como acontece com o Bitcoin. Fora isso, a Cosmos utiliza uma arquitetura modular que permite a cada zona implementar suas próprias medidas de segurança adicionais, criando, assim, camadas de proteção uma sobre as outras.
Algumas redes e serviços importantes, inclusive, já utilizam algumas das soluções da Cosmos em suas operações, como:
Celestia
dYdX
Nomic
Osmosis
Penumbra
Stride, entre outras.
Para que serve a criptomoeda ATOM?
Uma das engrenagens que fazem este “universo” de blockchains funcionar é a criptomoeda ATOM. É a partir dela que todas as funções existentes dentro da rede são possíveis de serem executadas.
Portanto, ATOM é o token nativo da Cosmos, utilizado para facilitar as operações essenciais dentro da rede, incluindo a governança, segurança e interoperabilidade entre as diferentes blockchains conectadas ao ecossistema.
Isso quer dizer que os detentores de ATOM podem participar de votações relacionadas às propostas de atualizações e modificações do protocolo, tendo um papel ativo no futuro e desenvolvimento da rede.
Ao considerar o modelo Proof-of-Stakes da Cosmos, o token ATOM também é aplicado como staking de criptomoedas. Ou seja, os usuários podem usar suas moedas para dar garantia de que suas validações de transações serão verdadeiras. Como recompensa, esses participantes recebem mais tokens ATOM por manter a rede segura e funcional.
Cotação, preço e valor da ATOM hoje
A ATOM começou suas negociações a US$ 6,63, em março de 2019. Seu último topo histórico foi de US$ 44,28, em setembro de 2021. De lá pra cá, a criptomoeda seguiu em uma região próxima dos US$ 10.
No gráfico a seguir, você pode acompanhar o preço da ATOM em tempo real, no par com a stablecoin USDT.
Já a capitalização de mercado atingiu seu máximo em 2022, quando contou com um valor de US$ 11,19 bilhões. Atualmente, o CoinMarketCap coloca a Cosmos na 27ª posição de capitalização de mercado.
Onde comprar ATOM
Apesar de o Bitcoin ser a principal moeda digital do mundo, uma boa carteira de criptomoedas conta com vários tokens. Considerando a tecnologia e proposta relevantes da Cosmos, é interessante estudar e cogitar possuir ATOM em seu portfólio.
O token, inclusive, está disponível para negociação na Foxbit Exchange e também na Foxbit Pro, a plataforma internacional de trading avançado. Além disso, você pode participar do processo de validação da rede e acumular mais tokens ATOM a partir da Foxbit Earn!
Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.
Hoje vamos falar da Solana, que tem chamado atenção não apenas pela sua recuperação após o turbilhão causado pelo colapso da FTX, mas também pela sólida performance e inovação contínua que vem apresentando.
Fica até o final que tem indicação de projeto para você ficar de olho na Solana.
Então já sabe, vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
🚀 Vale das sombras da morte de crypto
A blockchain Solana experimentou um período desafiador recentemente, especialmente com as repercussões do colapso da FTX, que abalou o mercado de cripto em geral.
Se você chegou ao mercado agora, eu vou te contextualizar. Quando a FTX, uma das maiores exchanges do mercado, faliu, isso causou problemas em todo o mercado de cripto, incluindo para a Solana. A FTX e seu fundador tinham investido muito na Solana, comprando muito de sua moeda, a SOL, e apoiando projetos que usavam sua tecnologia. Esse apoio fez com que a Solana ficasse bastante popular, mas também a deixou vulnerável quando a FTX entrou em colapso.
Devido aos problemas da FTX, as pessoas começaram a perder a confiança na Solana e venderam suas moedas SOL em massa. A situação piorou porque a FTX, precisando de dinheiro, também começou a vender suas SOLs.
Isso quase matou o projeto, mas apesar disso, Solana mostrou resiliência e recuperação.
A prova disso está nos números recentes que destacam um crescimento impressionante do Valor Total Bloqueado (TVL), o que sinaliza uma confiança renovada dos investidores e usuários na plataforma. Essa recuperação é um indicador da robustez do ecossistema da Solana e da inovação contínua de seus desenvolvedores.
Com a recuperação, aparecem as oportunidades. Estou adotando uma tese de investimento que busca identificar oportunidades semelhantes ao Ethereum dentro do ecossistema Solana, encontrando projetos com modelos de negócio sólidos e comprovados, mas que também estejam alavancando as vantagens nativas da Solana.
O objetivo é encontrar “os Daaps do Ethereum da Solana”, ou seja, aqueles players que têm o potencial para escalar e replicar modelos bem-sucedidos adaptados às características únicas da blockchain Solana, como alta velocidade e baixo custo.
💰 4 projetos para você não perder de vista
Os projetos que vou mostrar, já estão estabelecidos e gerando receita. Isso é um divisor de águas para muitos ecossistemas.
Pega essa lista com esses 4 produtos que não podem sair da sua lista de interesse:
Raydium (DEXs no Ethereum)
É uma plataforma de troca de criptomoedas (DEX) e market maker automatizado no ecossistema Solana. Raydium tem $55m de receita e desempenha um papel crucial em facilitar as negociações e fornecer liquidez para diversos projetos na blockchain. A plataforma permite aos usuários realizar transações de maneira eficiente e a um custo baixo, contribuindo significativamente para a economia de Solana.
Solend (AAVE no Ethereum)
Esta é uma plataforma de empréstimos descentralizados que opera na Solana. Solend permite que os usuários emprestem ou tomem emprestado ativos digitais em um ambiente seguro e sem a necessidade de intermediários tradicionais, como bancos.
Com uma interface simples e acessível, a plataforma atrai tanto emprestadores quanto tomadores, gerando receitas através das taxas de juros.
Marinade (LIDO no Ethereum)
Com o maior TVL da Solana e receita de $3mi, Marinade oferece um serviço de staking, onde os detentores de SOL podem bloquear suas moedas para apoiar a rede e, em troca, recebem recompensas. O protocolo ajuda a garantir a segurança da rede Solana e, simultaneamente, proporciona aos usuários uma maneira de gerar renda passiva através de suas participações.
Lifinity (DEXs no Ethereum)
Como uma DEX, Lifinity procura oferecer um ambiente de negociação com baixo slippage, o que significa que os usuários podem realizar trocas de criptomoedas sem grandes perdas no valor. A plataforma é projetada para maximizar a eficiência do capital dos usuários e oferecer uma experiência de troca mais otimizada.
Conclusão
Ao examinar estes projetos dentro do ecossistema Solana, fica claro que há uma ênfase em não apenas replicar o sucesso do Ethereum, mas em evoluí-lo, aproveitando o ambiente único que Solana oferece.
Isso inclui a adoção de estratégias já testadas e aprovadas em outras blockchains, enquanto se adaptam e inovam para superar os desafios anteriores.
Projetos que conseguem essa façanha, demonstrando adaptabilidade, inovação e uma proposta de valor sólida, têm tudo para se destacar no mercado e representam oportunidades interessantes para investidores que compartilham dessa tese.
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