Bitcoin Cash (BCH): O Que é, Como Funciona e Sua Origem como Fork do Bitcoin

Bitcoin Cash (BCH): O Que é, Como Funciona e Sua Origem como Fork do Bitcoin

Bitcoin Cash (BCH) é um dos mais famosos projetos de criptomoeda no mundo todo. Seu sucesso se deve ao fato de que ele foi criado com o objetivo de melhorar o Bitcoin (BTC) original, permitindo maior velocidade e escalabilidade na realização das transações. 

Neste artigo, vamos explorar o que é Bitcoin Cash, como ele funciona, qual foi seu processo de criação e também analisar o gráfico de preços do BCH para que você possa entender e aproveitar as suas vantagens.

Logo do Bitcoin Cash

O que é Bitcoin Cash?

Ao ouvir o termo “Bitcoin Cash”, muitos podem pensar que se trata apenas de uma variação ou subcategoria do Bitcoin. No entanto, essa criptomoeda tem sua própria identidade, história e características que a diferenciam de sua “irmã mais velha”, o Bitcoin.

Definição básica e sua relação com o Bitcoin original

O Bitcoin Cash, muitas vezes abreviado como BCH, é uma criptomoeda independente que nasceu de um desacordo dentro da comunidade Bitcoin

Em termos simples, é uma versão do Bitcoin que foi criada para resolver alguns dos problemas que a moeda original enfrentava, especialmente em relação à escalabilidade e velocidade das transações.

Contextualização no cenário das criptomoedas

Desde sua criação, em 2017, o Bitcoin Cash rapidamente ganhou destaque no universo das criptomoedas. Ele foi desenvolvido para permitir transações mais rápidas e baratas, tornando-se uma alternativa atraente para muitos que buscavam eficiência e economia. 

Enquanto o Bitcoin é frequentemente visto como “ouro digital”, uma reserva de valor, o Bitcoin Cash posiciona-se como uma moeda para transações do dia a dia, buscando ser mais prático e acessível.

A ideia por trás do Bitcoin Cash era simples: se o Bitcoin não conseguisse se adaptar rapidamente às demandas crescentes do mercado, por que não criar uma nova versão que pudesse? E assim nasceu o BCH, com a promessa de ser uma versão melhorada e mais eficiente do Bitcoin.

História do Bitcoin Cash: Entendendo o fork

O nascimento do Bitcoin Cash não foi um evento isolado, mas o resultado de debates intensos e desacordos profundos dentro da comunidade Bitcoin. Para entendermos a origem do BCH, é fundamental compreender o conceito de “fork” e o contexto que levou à sua criação.

Leia também: Fork é oportunidade para ganhar criptomoedas

O que é um “fork” no mundo das criptomoedas?

Em termos simples, um “fork” é uma bifurcação. No contexto das criptomoedas, refere-se a uma mudança nas regras do protocolo que resulta em duas versões distintas da blockchain: uma que segue as regras antigas e outra que segue as novas. Essas bifurcações podem ser planejadas – intencionais – ou resultar de desacordos na comunidade.

Razões para a criação do Bitcoin Cash como um fork do Bitcoin

O principal motivo que levou ao surgimento do Bitcoin Cash foi a necessidade de resolver problemas de escalabilidade do Bitcoin. 

Com o aumento da popularidade do BTC, a quantidade de transações cresceu exponencialmente, levando a tempos de processamento mais longos e taxas mais altas. A comunidade estava dividida sobre como resolver esses problemas.

Uma parte dela propôs aumentar o tamanho dos blocos na blockchain do Bitcoin, permitindo que mais transações fossem processadas de uma só vez. Outra parte tinha preocupações sobre essa abordagem, alegando que poderia centralizar o processo e comprometer a segurança.

Incapazes de chegar a um consenso, em 1º de agosto de 2017, ocorreu um “hard fork” no Bitcoin, dando origem ao Bitcoin Cash, com um tamanho de bloco maior e, portanto, capacidade para processar mais transações por bloco.

Principais atores e eventos que levaram à cisão

Diversos desenvolvedores, mineradores e grandes players do mercado estiveram envolvidos no debate que culminou no surgimento do Bitcoin Cash. Empresas como a Bitmain, um dos maiores fabricantes de hardware de mineração, apoiaram o novo protocolo. 

Além disso, personalidades influentes, como Roger Ver, foram defensores fervorosos do BCH, acreditando em sua visão de ser uma moeda mais prática para transações cotidianas.

Confira: Como funciona a mineração de Bitcoin

Como funciona o Bitcoin Cash

O Bitcoin Cash, embora derivado do Bitcoin, possui características técnicas distintas que o tornam único.

Nos blocos

A principal diferença técnica entre Bitcoin e Bitcoin Cash é o tamanho do bloco. Enquanto o Bitcoin tem um tamanho de bloco de 1 MB, o Bitcoin Cash começou com um tamanho de bloco de 8 MB, que foi posteriormente aumentado. 

Atualmente, a rede pode processar blocos de 32 MB. Isso significa que o BCH pode analisar um volume maior de transações por bloco, tornando as transações mais rápidas e as taxas geralmente mais baixas.

Nesta divisão de operações, podemos fazer um comparativo direto entre as duas criptomoedas:

Segurança: Ambas são seguras, mas o Bitcoin, por ter uma rede mais ampla e mais mineradores, é frequentemente visto como mais seguro contra ataques.

Escalabilidade: O Bitcoin Cash tem uma vantagem aqui devido ao seu tamanho de bloco maior.

Taxas: As taxas no BCH tendem a ser mais baixas devido à capacidade de processar mais transações por bloco.

Aceitação no mercado: O Bitcoin ainda lidera em termos de adoção e aceitação como forma de pagamento.

Diferença do tamanho de blocos entre BTC e BCH

Vantagens e desvantagens em relação ao Bitcoin original

Com a criação do Bitcoin Cash, o mercado passou a ter acesso a uma nova criptomoeda, baseada na principal moeda digital do mundo. Por isso, ela tem inúmeras vantagens, o que chama a atenção de diversos investidores. Ao mesmo tempo, claro, o ativo demonstra suas fragilidades.

Vantagens

     

      • Transações mais rápidas devido ao tamanho maior do bloco.

      • Taxas de transação geralmente mais baixas.

      • Maior capacidade de escalabilidade.

    Desvantagens

       

        • Menor adoção em comparação ao Bitcoin.

        • Potenciais preocupações sobre a centralização da mineração.

      Diferenças Chave entre Bitcoin e Bitcoin Cash

      Embora compartilhem o nome “Bitcoin”, BTC e BCH têm diferenças significativas.

      Bitcoin Cash: Gráfico, Preço hoje, Valor

      Comercializado a partir de setembro de 2017, o Bitcoin Cash teve seu preço negociado a US$ 433,38. Sua máxima histórica não demorou muito tempo para chegar. Em novembro do mesmo ano, o BCH atingiu seu pico de US$ 4.355,62. A mínima do ativo veio um ano depois: US$ 75,08.

      Gráfico Bitcoin Cash

      Fonte: CoinMarketCap

      Assim como a maioria das criptomoedas, o Bitcoin Cash também apresenta uma volatilidade considerável, o que acaba sendo um grande atrativo para investidores arrojados. Seu nome de peso também torna o token bastante interessante para quem procura diversificar o portfólio.

       

       

      No embalo

      Apesar de seu preço de negociação estar longe de seu “antecessor”, o Bitcoin Cash ainda é uma criptomoeda com alto valor de mercado e sempre aparece na lista das criptomoedas com maior valor de mercado entre todo o setor.

      O fato da moeda digital ser um fork do Bitcoin traz maior credibilidade à rede. Ao mesmo tempo, as soluções por ela aplicadas são, de fato, muito coerentes e importantes, em um cenário em que escalabilidade é um tema muito sensível.

      Bitcoin Cash é, geralmente, apontada como uma boa criptomoeda para se ter na carteira e você pode comprá-la diretamente aqui na Foxbit Pro!

      Alheio, BTC forma uma… Xícara?

      Alheio, BTC forma uma… Xícara?

      A lateralidade permanece firme e forte para os lados do Bitcoin (BTC). Embora seja característica de períodos pré-halving, a falta de “pistas” sobre o comportamento da criptomoeda é, até certo ponto, angustiante para muitos investidores. Para complicar ainda mais, há também uma descorrelação importante da moeda digital com o mercado tradicional, tornando os gatilhos de preços – sejam de alta ou baixa – ainda mais imprevisíveis. Por isso, a ideia aqui é pontuar essa perda de conexão e como os fundamentos do próprio BTC podem ser o ponto-chave para embasar suas negociações.

       

      Vem mais juros por aí!

      Nos Estados Unidos, a política monetária esteve no centro do palco na última semana. Como esperado pela maioria dos investidores, o Federal Reserve manteve sua taxa de juros atual, assim como fez duas reuniões atrás.

      Entretanto, Jerome Powell, presidente do FED, disse que a inflação ainda não atingiu a meta desejada e indicou uma postura cautelosa em relação às taxas. Durante coletiva, o mandatário comentou que o banco central está disposto a elevar os juros novamente, se necessário, para manter a inflação sob controle. 

      O ponto de discussão ganha um tom mais quente quando olhamos para as prévias do Índice Gerente de Compras (PMIs). Apesar da melhora nos indicadores de Serviços, Indústria e Composto, não dá para dizer que a economia está bem postada em território de expansão.

       

       

      Na ponta do lápis

      As contas públicas dos Estados Unidos continuam sendo o grande impasse no país. Os republicanos mais “casca-grossas” estão resilientes às pressões para aprovar novos cortes no orçamento. Inclusive, eles ainda levaram ao adiamento das votações no Congresso.

      Caso não ocorra o reajuste nos gastos públicos, algumas funções federais – como a emissão de passaportes, entre outras atividades – podem ser paralisadas por falta de verba já no próximo mês. Essa perspectiva tem deixado congressistas e empresários preocupados com a situação das contas norte-americanas.

       

      No caminho da recuperação?

      Do outro lado do oceano, a Zona do Euro enfrenta seus próprios desafios. A queda contínua da inflação ao consumidor (CPI) pelo quarto mês consecutivo em agosto reflete uma demanda mais fraca e potencialmente um ambiente deflacionário. 

       

        Agosto Projeção Julho
      CPI 5,2% 5,3% 5,3%
      CPI Núcleo 5,3% 5,3% 5,5%

       

      A queda de preços acompanha ainda um aumento significativo dos PMIs do bloco. Mesmo assim, Serviços, Indústria e Composto continuam abaixo dos 50 pontos, colocando a economia em possível recuperação, mas ainda em território de retração.

      Neste caso, os dados da atividade econômica nos EUA, que mostram uma demanda mais fraca, podem ter implicações para a Zona do Euro, dada a relação econômica entre as regiões.

       

      Revertendo o aperto

      Os juros também foram tema central esta semana no Brasil. O Banco Central (BACEN) decidiu cortar em 0,5% a SELIC. Com isso, o país abandonou o posto de ser responsável pela maior taxa de juros reais do mundo. A decisão tem como objetivo e perspectiva estimular mais o investimento e consumo internos.

      Em pronunciamento, a instituição disse que a redução dos juros deve seguir para as próximas reuniões e todos com a mesma magnitude. Ou seja, há grande probabilidade de que o Comitê de Política Monetária brasileiro faça um novo recuo de 0,5% no próximo encontro.

      No entanto, o avanço do IGP-10 em setembro indica que as pressões inflacionárias são persistentes, e o BACEN terá que continuar monitorando de perto para garantir a estabilidade econômica.

       

       

      Bitcoin desconectado da realidade

      O Bitcoin enfrentou dias ligeiramente mais agitados na última semana. A criptomoeda de referência saltou rapidamente dos níveis mais baixos dos US$ 26 mil para perto dos US$ 27,5 mil. Este ponto serviu para realização de lucro de boa parte dos investidores, impedindo a continuidade do impulso.

       

      Fim da correlação?

      É interessante observar que, há alguns meses, o comportamento do Bitcoin parece “alheio” ao restante do mundo. É inflação de um lado, taxa de juros do outro, e a criptomoeda está lá, fazendo o “seu corre”. A falta de engajamento do ativo com eventos macroeconômicos têm chamado muito a atenção recentemente.

      Em um estudo da IntoTheBlock, essa percepção é vista também nos números, a partir da sua métrica “coeficiente de correlação”. Se o indicador está acima de zero pontos, quer dizer que os ativos estão se movendo na mesma direção e ao mesmo tempo. Quanto mais próximo de 1, maior a correlação entre os ativos.

      Em contrapartida, quando o coeficiente está negativo – abaixo de zero –, menor é a correlação entre eles. Desta forma, enquanto um ativo se valoriza, o outro tende a perder força simultaneamente. Assim, o Bitcoin de certa forma está alheio ao cenário macroeconômico.

      Como podemos observar no gráfico, destaca-se não só seu desprendimento ao índice dólar (DXY), mas principalmente ao S&P 500 e Nasdaq 100, que costumavam ser grandes “puxadores” de ações de tecnologia e, consequentemente, das criptomoedas.

      Essa descorrelação, portanto, coloca ainda mais dúvidas sobre os movimentos do Bitcoin, já que são menos informações disponíveis para analisar seu comportamento. Por outro lado, é um sinal de que a moeda digital está buscando o seu lugar ao Sol e operando a partir de seus próprios fundamentos.

       

      Ninguém vende

      Neste caso, nada mais justo do que observar os dados on-chain para identificar possíveis insights. Logo de cara, vemos que a oferta inativa de Bitcoin está atingindo máximos históricos. Isso sugere que muitos detentores estão acumulando e não querem vender seus ativos no curto prazo. 

      A reserva de BTC nas exchanges – linha azul – segue caindo desde abril deste ano. Este movimento acentua ainda mais a narrativa de que o mercado está em fase de acumulação, provavelmente de olho no próximo halving, como vimos no Satoshi Call anterior.

       

      Eles querem muito

      O hype em torno do investimento institucional no mercado de criptomoedas é cada vez maior. A Grayscale, que já havia solicitado uma revisão de seu pedido de ETF de Bitcoin à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) , deu mais um passo à frente.

      Agora, a empresa apresentou um novo pedido, desta vez, para lançar um fundo baseado em futuros de Ethereum (ETH). Caso aprovado, é mais um case de sucesso e uma nova oportunidade para a entrada investidores institucionais.

       

       

      Vai um cafézinho aí?

      No gráfico semanal, o Bitcoin segue dentro de seu movimento lateral, mas se recuperando da recente baixa, após uma aproximação ao último suporte de preços na região dos US$ 24 mil (linha azul). Este nível ganha ainda mais força, pois a linha inferior da banda de Bollinger também mira este ponto como possível fundo de futuras correções.

      Fonte: TradingView, em 25/09/2023, às 8h35min.

      Interessante notar também que o desenho de fundo duplo está em jogo e pode ser confirmado, caso a criptomoeda sustente o atual momento de alta. Corrobora com esta perspectiva o padrão Cup and Handle (xícara e alça) observados em laranja. Este desenho costuma anteceder uma valorização.

      Já nos indicadores subjacentes, o MACD faz mais uma aproximação de suas linhas, mostrando que o mercado está saindo um pouco do controle dos bears. Ao mesmo tempo, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta os 48 pontos, com o ativo ainda mais vendido, mas muito perto de um equilíbrio.

       

      Conclusão

      Apesar de todo o cenário macroeconômico conturbado, o Bitcoin parece que está “dando de ombros”, esperando que seus próprios gatilhos ou algo muito incrível aconteça para fazer algum movimento considerável. Até lá, a criptomoeda caminha lentamente, de forma lateral, e longe de cravar uma tendência bem definida.

      Em meio a esta alienação do BTC, o mais prudente para os investidores é acompanhar os dados on-chain e notícias referentes ao setor criptográfico. Desta forma, é possível eliminar alguns ruídos das análises e ter uma direção melhor sobre o preço do ativo.

      Fato é que há poucas pistas no radar, e os efeitos do halving já começam a dar seus primeiros sinais, com sua característica lateralização e tendência confusa cerca de um ano antes do evento técnico. Como resposta, o mercado está mais acumulando BTC do que desfazendo suas posições atuais.

      PYUSD: Stablecoin da PayPal chega na Foxbit Exchange!

      PYUSD: Stablecoin da PayPal chega na Foxbit Exchange!

      A PayPal USD (PYUSD) é nova stablecoin lastreada em dólar do mercado, com a gigante de pagamentos globais PayPal como responsável por este projeto.

      Para bater de frente com Tether (USDT) e USD Coin (USDC), a PYUSD é outra alternativa para investidores e compradores que querem ter acesso ao dólar norte-americano, por meio das criptomoedas.

      Como sempre, as novidades chegam rapidinho por aqui, e a PayPal USD já está disponível na Foxbit Exchange!

      O que é a PYUSD?

      A PYUSD é uma stablecoin lastreada no dólar. Isso quer dizer, que ela possui uma paridade 1:1 com a moeda norte-americana. Isso traz confiabilidade e estabilidade de preços, ao contrário da volatilidade observada no Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras criptomoedas.

      Essa paridade só é possível, pois a PayPal, responsável pelo projeto, possui uma reserva que garante que para cada unidade de PYUSD no mercado, há um valor equivalente depositado em um banco.

      Desenvolvimento da PYUSD

      Não é de hoje que a PayPal participa do mercado de criptomoedas. Desde 2017, a empresa já havia incluído a transação de BTC, ETH, Litecoin (LTC) e Bitcoin Cash (BCH).

      Assim, o lançamento da PYUSD é mais um passo na estratégia da gigante de pagamentos digitais para aderir ao mercado de criptoativos e se tornar cada vez mais uma referência na remessa de valores.

      Características técnicas e funcionais da PYUSD

      Construída sobre a blockchain Ethereum, a PYUSD é projetada especificamente para pagamentos digitais, visando já as soluções presentes e possíveis novas aplicações da Web3.

      Leia também: O que são stablecoins?

      Para garantir a paridade de 1:1 com a moeda norte-americana, a stablecoin é lastreada por depósitos em dólares, títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo e equivalentes de caixa.

      Como uma criptomoeda tradicional, a PYUSD pode ser trocada por moeda fiduciária e também negociada com outros ativos. A expectativa da empresa, entretanto, é que sua stablecoin se torne um grande player no mercado de pagamentos e compras.

      Potencial e desafios da PYUSD no mercado

      Dan Schulman, CEO do PayPal, disse enxergar a PYUSD como uma parte fundamental da infraestrutura de pagamentos da empresa. Com mais de 350 milhões de usuários ativos, a entrada da PayPal no mundo das stablecoins é significativa.

      Assim, a participação deste player tradicional no mercado de criptoativos pode ser capaz de desencadear não só novas soluções corporativas, mas também facilitar o acesso do público a novas tecnologias e ainda incentivar o desenvolvimento de novos produtos.

      Ao mesmo tempo, o ambiente regulatório em torno das stablecoins nos Estados Unidos tem sido um tema de debate intenso. No entanto, a PayPal acredita que o cenário está “progredindo em direção a uma maior clareza”.

      PYUSD está na Foxbit!

      Assim como toda boa novidade, a PYUSD chegou na Foxbit Exchange!

      Agora, você pode comprar e vender a stablecoin da PayPal diretamente em sua conta, com toda a facilidade, segurança e suporte que só a Foxbit oferece!

      BTC vê respiro ou nova tendência de alta?

      BTC vê respiro ou nova tendência de alta?

      Apesar da falta de tendência clara para os preços do Bitcoin (BTC), a análise gráfica e dados on-chain ainda oferecem informações relevantes para auxiliar em uma decisão de compra e venda. No caso, o mercado parece estar mostrando um respiro após as recentes perdas, colocando boa parte dos investidores no lucro novamente. Ao mesmo tempo, o desempenho da criptomoeda de referência seguiu a previsão realizada pelo indicador Ichimoku Clouds, sugerindo que possíveis altas podem estar por vir. Na contramão, a acumulação e distribuição ainda estão em nível de equilíbrio, podendo exigir mais paciência do mercado.

      De olho no desempenho

      Durante a semana passada, os compradores de Bitcoin conseguiram encerrar a semana em território positivo, registrando uma valorização significativa. A variação de preços entre a mínima e a máxima superou 8%, com o fechamento próximo à máxima da semana anterior. O ganho real entre a abertura e o fechamento foi superior a 2,4%, marcando uma reviravolta no sentimento do mercado.

      O otimismo dos compradores não se limita apenas à valorização percentual. Dois indicadores amplamente utilizados na análise técnica, o MACD (Moving Average Convergence Divergence) e o Estocástico, também fornecem sinais encorajadores.

      No gráfico semanal, o histograma do MACD, embora ainda esteja abaixo da linha zero, apresentou uma mínima mais alta em comparação à semana anterior. Esse sinal é interpretado positivamente por muitos investidores, que agora buscam oportunidades de entrada em prazos menores.

      Outro indicador relevante é o Estocástico Lento, que, em sua configuração original, está em uma região de sobrevenda. Além disso, o movimento de preços na semana passada testou as mínimas da estrutura e recusou-se a continuar a tendência de queda naquele momento.

      No último Variação de Mercado, discutimos exatamente o rompimento deste canal de alta e destacamos a possibilidade de uma mudança de ciclo após 15 a 16 semanas no gráfico semanal. Atualmente, estamos na 15ª semana desse ciclo, sendo esta a terceira semana de setembro.

      Apesar desses indicadores promissores, é importante ressaltar que, em um contexto macro, ainda estamos em um período de lateralização dominado pelos vendedores. Apenas uma vela positiva foi registrada após várias semanas de pressão de vendas. Portanto, podemos considerar o movimento de alta da semana passada como uma pausa temporária na força dos bears, até que novos sinais se manifestem no mercado.

       

       

      Preços sobre nuvens

      Continuando nossa análise do gráfico semanal do Bitcoin, vamos nos concentrar nas informações fornecidas pelo indicador Ichimoku Kinko Hyo. Este indicador nos ajudará a identificar pontos de equilíbrio que podem lançar luz sobre possíveis movimentações futuras do preço.

      Num único olhar para o gráfico, podemos observar que o preço do Bitcoin permanece dentro de uma região conhecida como a “Nuvem de Ichimoku” e abaixo das linhas Tenkan Sen e Kijun Sen. Na semana passada, em nosso relatório Variação de Mercado, mencionamos a possibilidade de o preço testar a região onde Tenkan Sen e Kijun Sen se cruzam.

      Este possível evento foi sinalizado pela Senkou Span A, que é projetada 26 períodos no futuro e que estava em ascensão naquela ocasião.

      Na prática, o preço subiu e o Bitcoin alcançou sua resistência local nas principais linhas de equilíbrio do Ichimoku, chegando na Tenkan Sen, que representa o equilíbrio das últimas 9 semanas no gráfico.

      No entanto, nesta semana, notamos que a Senkou Span A apresenta uma inclinação ligeiramente descendente, sugerindo fraqueza no movimento de alta. Isso indica uma possível desaceleração no ímpeto de alta.

      A Chikou Span, que é plotada 26 períodos no passado, permanece abaixo do preço atual, indicando que os investidores que detêm posições desde a semana de 27 de março ainda estão vendo suas posições em território negativo.

      Para compreender melhor os níveis de resistência significativos, traçamos uma linha vermelha marcando o corpo da vela da semana de 27 de março e projetamos esse movimento para o futuro. Esta linha ultrapassa exatamente entre Tenkan Sen e Kijun Sen no presente e se estende até o nível da Senkou Span A no futuro.

      Os níveis de preço identificados por essa marcação estão compreendidos entre US$ 28 mil e US$ 28,2 mil. Portanto, fica claro que esta região representa uma resistência substancial. Para confiar em movimentos de alta mais consistentes, será crucial que o preço opere acima desses níveis.

      É importante ressaltar ainda que, no gráfico semanal, o preço do Bitcoin permanece preso dentro de uma grande faixa lateral. O que estamos testemunhando atualmente é um movimento de teste nas mínimas da estrutura que impulsionou o preço em direção aos pontos de equilíbrio. A Senkou Span B, que é projetada no futuro do gráfico, também confirma esse movimento de consolidação.

       

      Dominando a capitalização

      Além da análise do gráfico de preços, é essencial considerar o gráfico de capitalização e dominância do Bitcoin para uma compreensão mais abrangente dos movimentos do mercado.

      Desde o final de novembro de 2022, o mercado de criptomoedas testemunhou um movimento ascendente na capitalização do Bitcoin. Foi possível identificar uma linha de tendência de alta, conforme representado na imagem abaixo, para auxiliar na análise e acompanhamento.

      No momento da redação deste relatório, os níveis de entrada e saída de capital estão próximos da linha de tendência de alta. Também é observável que as linhas Tenkan Sen e Kijun Sen se aproximaram, indicando um possível enfraquecimento na entrada de capital de médio prazo.

      Existem dois pontos críticos que merecem nossa atenção neste gráfico. O primeiro é a possibilidade de um rompimento para baixo da linha de tendência de alta. O segundo ponto é a perspectiva de um cruzamento descendente da linha Tenkan Sen sobre a Kijun Sen. Se esse cenário se concretizar, isso poderia sinalizar uma reversão no mercado, levando o preço do Bitcoin de volta às mínimas.

      Por outro lado, um aumento significativo na demanda com um influxo substancial de capital poderia sustentar a capitalização acima da linha de tendência de alta e dos pontos de equilíbrio identificados pelo Ichimoku Kinko Hyo. Isso poderia até mesmo promover um rompimento ascendente de uma possível bandeira que foi identificada no gráfico, aplicando conceitos da análise técnica.

      Dada a volatilidade inerente ao mercado de criptomoedas, a análise dos gráficos de capitalização e dominância do Bitcoin desempenha um papel fundamental na avaliação do mercado de criptoativos como um todo. Portanto, é essencial acompanhar diariamente as informações sobre esses movimentos no Telegram da Foxbit, utilizando gráficos diários e gráficos de intraday.

       

       

      Entrando na rede

      Agora, vamos explorar dados on-chain, que desempenham um papel crítico na tomada de decisões bem informadas no mercado de criptomoedas. O entendimento dessas informações pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso nos investimentos financeiros.

      Ao final da semana passada, após o movimento de alta, observamos que os investidores que detêm endereços com mais de 100 BTCs realizaram lucros. Isso é evidenciado pelo indicador que representa esses endereços, apontando para baixo. Essa movimentação sugere que investidores nesta faixa de endereços optaram por vender parte de suas moedas após a valorização do Bitcoin na semana passada.

      Por outro lado, os endereços com mais de mil e dez mil BTCs permanecem estáveis, sem grandes movimentações. Esses investidores de alto valor patrimonial parecem manter suas posições sem grandes alterações.

      Um indicador crucial a ser observado é o SOPR, que superou a linha de 1. Isso sinaliza que os investidores agora têm a oportunidade de realizar suas posições com lucro. No contexto geral, o SOPR nos revela que desde a semana de 04 de setembro, investidores menos experientes tiveram que encerrar suas posições com prejuízo, indicando um período de pressão vendedora.

      Com o recente movimento de alta no preço do Bitcoin na semana passada e no início desta semana, o SOPR foi projetado acima da linha de 1 ponto. Isso sugere que, em média, os investidores agora estão em posição de lucro, o que pode incentivar uma atitude mais otimista no mercado.

      A análise de dados OnChain é uma ferramenta fundamental para compreender o comportamento dos investidores no mercado de Bitcoin. Os movimentos dos investidores de diferentes faixas de endereços e o comportamento do SOPR fornecem informações valiosas.

       

      Em meio aos ciclos

      Até este ponto do relatório, exploramos gráficos semanais e dados OnChain, aplicando diversos métodos de análise para compreender a dinâmica do Bitcoin. Chegamos à conclusão de que, apesar da recente movimentação de alta registrada na semana passada e no início desta semana, o preço do Bitcoin ainda enfrenta pressão vendedora significativa no curto e médio prazo.

      Uma observação importante é a falta de uma entrada substancial de demanda que possa impulsionar o preço acima das resistências identificadas neste relatório. Isso sugere que os compradores ainda não demonstraram o ímpeto necessário para reverter a tendência de baixa de forma consistente.

      Como mencionamos anteriormente, estamos atualmente entre a 15ª e a 16ª semana do ciclo temporal, que se encerra no final de setembro. É fundamental permanecer vigilante em relação aos falsos sinais que podem ocorrer durante esse período, uma vez que a volatilidade é uma característica intrínseca ao mercado de criptomoedas.

      Dentro desse contexto, é possível notar que os investidores de curto prazo continuam negociando com margens de lucro relativamente pequenas dentro de uma estrutura de preços menor, que se torna mais evidente no gráfico diário. Isso pode indicar uma cautela generalizada no mercado, à medida que os participantes aguardam sinais mais claros de reversão ou continuação de tendência.

       

       

      Insights de curto prazo

      No gráfico diário a seguir, exploraremos a dinâmica de curto prazo do Bitcoin ao combinar duas metodologias de análise: o Ichimoku Kinko Hyo e os princípios da metodologia de Wyckoff, que se concentra em preço e volume de negociação dentro de estruturas de preço.

      Para iniciar a marcação de nossa estrutura de preço no gráfico diário, identificamos a mínima da vela de 17 de agosto como um movimento de “Sell Climax (SC)” (venda climática) e nossa “AR” (reação) foi estabelecida na máxima do dia 18 de agosto. Já em 22 de agosto, observamos o que parece ser um teste na mínima de 17 de agosto, encerrando uma possível fase “A” da estrutura de preço.

      Com a conclusão da fase “A”, entramos na fase “B”. A característica principal desta etapa é a ocorrência de sucessivos testes nas extremidades da estrutura com rompimentos em busca de liquidez, seguidos pelo retorno ao centro da estrutura.

      Enquanto o mercado iniciava a construção dessa estrutura, notamos que as linhas de equilíbrio Kijun e Senkou Span B estavam planas, indicando a possibilidade de lateralidade, ou seja, o início da estrutura.

      Em 29 de agosto, o preço testou a Kijun Sen e realizou um “upthrust(UA)” de AR. Em 11 de setembro, ocorreu um movimento que buscou liquidez no fundo da estrutura, resultando em uma sacudida nos mínimos.

      Esses movimentos aumentaram a amplitude da nossa estrutura, como indicado pelas linhas pontilhadas no gráfico.

      Com base na análise da estrutura do gráfico diário, a interpretação sugere que ainda estamos na fase “B” da estrutura de Wyckoff. De acordo com os princípios de Wyckoff, as estruturas de preço passam por pelo menos cinco fases, sendo esta a mais longa de todas.

      Se ainda estamos na fase “B”, a conclusão lógica é que o preço do Bitcoin só retomará sua tendência de alta de forma consistente quando se posicionar acima da estrutura delineada pelas linhas de AR (reação) e UA (upthrust de AR), com continuidade. Observe que “UA” está localizada acima dos US$ 28 mil, que identificamos como uma resistência no gráfico semanal. Isso também estará acima da Nuvem de Ichimoku.

      Enquanto esse cenário não se concretizar, o preço do Bitcoin continuará sob pressão da oferta, com possibilidade de buscar os níveis de suporte previamente mencionados em relatórios anteriores em US$ 24,5 mil e US$ 23,1 mil.

       

      Conclusão

      Neste Variação de Mercado, exploramos vários aspectos, desde análises de gráficos semanais e diários até dados on-chain e princípios da metodologia de Wyckoff com Ichimoku. Nossa análise buscou fornecer uma visão abrangente e atualizada do estado atual do mercado de Bitcoin.

      No gráfico semanal observamos uma movimentação otimista recente, com indicações positivas nos indicadores MACD e Estocástico. No entanto, uma estrutura de lateralidade ainda persiste, dominada pelos vendedores. O preço precisa romper resistências substanciais, como a região de US$ 28 mil, para uma tendência de alta mais consistente.

      A análise da capitalização e dominância do Bitcoin revelou uma tendência ascendente, mas com sinais de possível pausa na entrada de capital de médio prazo. Aproximações à linha de tendência de alta e possíveis cruzamentos entre Tenkan Sen e Kijun Sen são pontos críticos a serem observados.

      Os dados on-chain, incluindo o número de endereços com grandes quantidades de BTCs e o indicador SOPR, destacaram a recente oportunidade de lucro para investidores. Isso indica que muitos investidores menos experientes sofreram perdas durante a pressão vendedora, mas agora estão em posição de lucro.

      A análise do gráfico diário aplicando a metodologia de Wyckoff destacou uma estrutura de preço em possível fase “B”, caracterizada por testes nas extremidades da estrutura e rompimentos em busca de liquidez. A amplitude da estrutura aumentou recentemente devido a movimentos de “upthrust” e sacudidas nos mínimos.

      Com base nas análises abordadas, a perspectiva futura do mercado de Bitcoin é repleta de incertezas. Embora tenhamos visto movimentações de alta e indicadores positivos, ainda não se consolidou uma tendência de alta de longo prazo. O mercado permanece sob a influência da oferta, pressionando os preços em direção a níveis de suporte.

      Os investidores devem continuar monitorando de perto os desenvolvimentos do mercado, observando possíveis sinais de reversão ou continuação de tendência. A atenção deve ser redobrada durante o período entre a 15ª e a 16ª semana do ciclo temporal, com cautela contra falsos sinais.

      À medida que as condições do mercado evoluem, as estratégias de investimento devem ser flexíveis e adaptáveis. A informação é a chave para tomar decisões assertivas no mercado financeiro.

      Por fim, lembramos que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e que os investidores devem considerar seu perfil de risco e objetivos financeiros ao tomar decisões de investimento. A análise técnica e os indicadores são ferramentas valiosas, mas a prudência e a diversificação continuam sendo princípios fundamentais para qualquer estratégia de investimento.

       

       

      Agradecimento

      A todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin, meu sincero agradecimento.

      Espero que este relatório tenha sido útil e tenha contribuído para sua compreensão do atual cenário do Bitcoin. Continuarei a acompanhar e analisar as tendências e desenvolvimentos do mercado, fornecendo informações atualizadas.

      Muito obrigado por sua leitura atenta e engajamento neste relatório.

      Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

      Forte abraço e até a próxima!

      Atenciosamente,
      Emerson Antunes

      Em recuperação, empresas miram BTC

      Em recuperação, empresas miram BTC

      Com a certeza de que a economia europeia tem muito chão para conter a inflação local, e uma aposta arriscada do mercado contra o aumento de juros nos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) – em meio a uma recuperação de parte das perdas recentes – vê seu processo de “legitimação” e interesse institucional crescer mundo afora. Até mesmo as características sustentáveis da blockchain estão abrindo o caminho para que mais gestoras solicitem a aprovação de um ETF de BTC à vista, que poderia gerar uma grande mudança no jogo.

       

       

      No balanço econômico

      Nos Estados Unidos, a situação econômica é uma mistura de crescimento robusto e desafios inflacionários. A aceleração da inflação ao produtor (PPI) e consumidor (CPI), esta última impulsionada em grande parte pelos preços da gasolina, é um sinal de que a demanda está superando a oferta em certos setores.

      Este desequilíbrio pode ser temporário, mas, se persistir, pode levar a continuação do aperto monetário por parte do Federal Reserve, apesar de o mercado seguir apostando em uma manutenção da taxa de juros na reunião que será encerrada na próxima quarta-feira.

       

      Agosto Projeção Julho
      CPI 3,7% 3,6% 3,2%
      Núcleo CPI 4,3% 4,3% 4,7%
      PPI 1,6% 1,2% 0,8%
      Núcleo PPI 2,2% 2,2% 2,4%

       

      No entanto, a produção industrial avançou 0,4% em agosto, sugerindo que o setor manufatureiro está se adaptando e respondendo positivamente aos desafios. Com o aumento deste setor, há uma chance de que os estoques voltem a crescer, controlando melhor a demanda por produtos.

       

       

       

      Juros e fragilidade

      Na Europa, as ondas de incertezas são maiores. Por isso, o afrouxamento da política monetária ainda não é discutido pelas autoridades da Zona do Euro. O recente aumento de 0,25% na taxa de juros, atingindo um novo recorde, é uma clara resposta às pressões inflacionárias que têm preocupado os votantes do Banco Central Europeu (BCE).

      Este movimento, embora seja uma ferramenta comum para conter a inflação, também pode ter implicações no crescimento econômico, tornando os empréstimos mais caros e potencialmente desacelerando os investimentos. 

       

      Atual Projeção Anterior
      Produção Industrial -2,2% -0,3% -1,1%
      Taxa de Juros 4,5% 4,25% 4,25%

       

      A declaração de Christine Lagarde, presidente do BCE, adiciona uma camada de incerteza ao não garantir o fim do ciclo de alta dos juros. Esta postura cautelosa é compreensível, especialmente quando consideramos a retração na produção industrial da Zona do Euro em julho, um sinal de que a recuperação econômica ainda é frágil.

       

       

      Isso é uma retomada?

      Após enfrentar desafios econômicos nos meses anteriores, a China passou a mostrar possíveis sinais de recuperação. O crescimento na produção industrial, varejo e serviços em agosto é um testemunho da resiliência da economia chinesa. 

       

      Agosto Projeção Julho
      Produção Industrial 4,5% 4,0% 3,7%
      Vendas no Varejo 4,6% 3,0% 2,5%
      Taxa de Desemprego 5,2% 5,3% 5,3%

       

      No entanto, é essencial monitorar como o país equilibra seu crescimento com reformas estruturais e desafios geopolíticos.

       

       

      Desafios à frente

      Já o Brasil está navegando por um ambiente econômico desafiador. A inflação moderada, com o IPCA subindo 0,23% em agosto, sugere que o Banco Central está conseguindo manter as pressões inflacionárias sob controle. 

       

      Agosto Projeção Julho
      IPCA 4,61% 4,67% 3,99%

       

      Entretanto, o crescimento de 0,7% nas vendas do varejo em julho indica uma recuperação do consumo, um pilar crucial para a economia brasileira.

       

       

       

      Tempos de consolidação

      No lado das criptomoedas, o Bitcoin (BTC) foi às mínimas dos US$ 24,9 mil até frear parte das perdas e direcionar uma reação para além dos US$ 27 mil. A força dos bulls parece estar voltando ao jogo, enquanto a cautela ainda é um sentimento determinante para os investidores.

      O cenário atual mostra como compradores e vendedores estão travando uma briga intensa, em que qualquer tendência de curto prazo se torna um dilema. Parte desse movimento é visto na retirada intensa de BTCs das exchanges. Só do início do mês para cá, mais de 40 mil unidades foram sacadas das plataformas.

       

       

      Sustentável

      Apesar da falta de ação para a criptomoeda de referência, um relatório apresentado por analistas da Bloomberg mostram que mais de 50% da energia utilizada para mineração de Bitcoin vem de fontes renováveis.

      A tendência deste modelo energético é crescente para este mercado, ainda mais com os bloqueios da atividade na China e problemas de produção de energia em algumas regiões dos Estados Unidos.

      Com isso, não apenas o meio ambiente ganha, mas a própria imagem do BTC se fortalece, apresentando um ativo mais sustentável, na contramão do que Elon Musk, CEO da Tesla, apontou alguns anos atrás.

       

       

      Apetite institucional

      Nesta linha de evolução, empresas podem se tornar mais amigáveis ao Bitcoin, adotando a criptomoeda como meio de pagamento, investimento ou até para outras soluções corporativas.

      Fato é que os ETFs de BTC à vista seguem no radar do mercado, com a expectativa de que, em algum momento, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprove as solicitações.

      O otimismo parece prevalecer com mais players pedindo avaliações da SEC. Desta vez, foi a gestora Franklin Templeton que entrou com um pedido para aprovação de um ETF, apontando ainda mais o interesse institucional no ativo digital.

      Até mesmo o Deutsche Bank, maior credor da Alemanha, entrou com pedido para a custódia de criptomoedas no país.

       

       

      Tudo como previsto

      Como discutido no último Satoshi Call, o Bitcoin deveria testar a região de US$ 24 mil, último importante nível de suporte deste ano. Caso o teste fosse bem sucedido aos compradores, havia a possibilidade de um repique, que acabou, de fato, colocando o BTC de volta aos US$ 27 mil.

       

      Fonte: TradingView, em 18/09/2023, às 9h32min.

       

      As bandas de Bollinger mostram que a lateralização pode perdurar no médio para a criptomoeda, com suas margens voltando a ficar paralelas, interrompendo a tendência de baixa.

      O MACD também ganhou força, aproximando suas linhas para um possível cruzamento de reversão. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) subiu para 51 pontos, apontando que o mercado está, pelo menos um pouco, na mãos dos bulls.

       

       

       

      Conclusão

      Enquanto o cenário macroeconômico global é repleto de desafios e incertezas, o Bitcoin parece estar buscando seu ponto de tendência, em meio a uma consolidação. Chama a atenção para a criptomoeda, que o ativo está ganhando cada vez mais legitimidade a partir dos pedidos constantes de ETFs por parte dos grandes players norte-americanos.

      Mesmo assim, é preciso analisar os fatores que englobam o ativo para determinar se a subida recente é apenas um repique ou a quebra do período de consolidação. Só assim, os compradores deverão se sentir mais confortáveis em realizar compras mais profundas. O comportamento gráfico, entretanto, dá sinais mais vantajosos aos bulls, principalmente pelo sucesso ao conter a descida de preços na última semana. 

      Mesmo assim, cautela é o nome do jogo para os próximos dias, ainda mais com a decisão monetária nos Estados Unidos não estando tão definida assim, como muitos estão apostando na manutenção da taxa básica por lá. Um movimento contrário pode colocar uma forte volatilidade em todos os mercados e pegar investidores de surpresa.