Atualização do Ethereum, Staking e LIDO

Atualização do Ethereum, Staking e LIDO

Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano das criptomoedas.

Hoje, vamos mergulhar fundo em um tópico que tem dado o que falar: o Ethereum. Mas não é só isso! Vamos explorar o fascinante mundo do “staking” e entender como o projeto Lido está sacudindo as estruturas desse universo.

Se você já se perguntou como o Ethereum está mudando o jogo ou por que todos estão falando sobre Lido e staking, você está no lugar certo!

Prepare-se para uma viagem repleta de insights, descobertas e, claro, muita informação sobre o mundo crypto. Pegue sua bebida favorita, acomode-se e vamos nessa! 🌌🌍💡

🤔 O que é o Ethereum?

Ethereum é uma plataforma de blockchain descentralizada que permite a criação e execução de contratos inteligentes – Eu estou sendo legal e fazendo uma introdução, mas eu imagino que você saiba o que é Ethereum.

Ele é uma rede pública que tem sua própria criptomoeda, o Ether (ETH). Ethereum foi proposto em 2013 e o desenvolvimento foi financiado por uma venda pública online em 2014, com a rede entrando em operação em 30 de julho de 2015. 

Originalmente, o Ethereum operava com um sistema de prova de trabalho (PoW), semelhante ao Bitcoin. Mas com o objetivo de melhorar a eficiência e a sustentabilidade, o Ethereum iniciou uma transição para um sistema de prova de participação (PoS).

 

O que é Staking?

Staking refere-se ao ato de participar na validação de transações em uma blockchain proof-of-stake (PoS). – Vamos passar rápido por essas introduções.

Em vez de depender de mineradores em um sistema proof-of-work (PoW), redes PoS dependem de stakers. Estes stakers bloqueiam ou “apostam” suas moedas como garantia para serem selecionados para validar e criar novos blocos. 

Em troca, eles recebem recompensas na forma de moedas adicionais da rede. 

Hoje a rede do ETH está com essas estatísticas:

  • ~27,262,280 ETH Staked 🥩
  • 22.68% Staked Share of ETH Supply 🍰
  • 852,034 Validators ✅
  • 32.23% Staked Through Lido 💧

💡 A Lido e o mercado de staking

Quando o Ethereum limitou o staking a 32 ETH, isso criou um mercado para o que é conhecido como “Liquid Staking”.

Lido surgiu como uma resposta direta às mudanças no Ethereum. A plataforma Lido foi projetada para permitir que os detentores de ETH ganhassem recompensas de staking sem ter que trancar seus fundos ou configurar seus próprios nós. 

 

 

Isso é feito através de uma solução que gera “stETH”, um token que representa o ETH apostado na plataforma Lido. O stETH pode ser negociado, usado em DeFi ou convertido de volta para ETH a qualquer momento. Lido, portanto, traz mais liquidez ao ecossistema Ethereum. 

Com o tempo, Lido começou a dominar o mercado de Liquid Staking, centralizando, em certo grau, o staking do Ethereum.

É aí que começa todo um problema!

 

⚠️ Nova atualização do ETH

A introdução do EIP-7514 foi uma resposta ao domínio crescente de plataformas como a Lido. EIP-7514 é a mais recente Proposta de Melhoria do Ethereum lançada em 7 de setembro. 

O Ethereum está enfrentando um desafio: o crescimento acelerado da taxa de staking do ETH. 

Se continuarmos nesse ritmo, até dezembro de 2024, praticamente todo ETH estaria sendo usado para staking. Isso pode parecer bom para o preço do ETH, mas traz pressão para a camada de consenso do Ethereum. Mais validadores podem significar mais validadores mal-intencionados, aumentando os custos de manutenção de segurança da rede.

Duas razões principais levaram a esse crescimento acelerado:

  1. Após uma atualização chamada Shapella, o Ethereum permitiu que os stakers retirassem seu ETH apostado.
  2. As recompensas de staking do ETH são atraentes, incentivando muitos a apostar seu ETH.

Para resolver isso, o Ethereum está pensando em ajustar as recompensas de staking. Mas isso leva tempo e discussões detalhadas. Então, entrou o EIP-7514 como uma solução temporária.

EIP-7514 introduz uma mudança importante: fixa o “Epoch Churn Limit” em 8. Mas o que é isso? Basicamente, é uma ferramenta que controla quantos validadores podem entrar e sair do sistema em um determinado período (chamado de “epoch”, que dura cerca de 6,4 minutos). Antes, esse limite era dinâmico e dependia do número de validadores ativos. Mas, com o EIP-7514, esse número é fixo.

Isso é importante porque, sem controlar esse limite, a taxa de staking do ETH aumentaria rapidamente, chegando a 100% em pouco tempo.

Com o EIP-7514, o aumento diário no ETH apostado será de 57.600 ETH. Isso pode atrasar o tempo para a taxa de staking do ETH atingir 50% em quase 8 meses e adiar a taxa de 100% em pelo menos dois anos.

 

⚠️ O que essa atualização muda para o investidor?

Se você é investidor do Ethereum, com o rápido crescimento da taxa de staking do ETH, a rede pode enfrentar desafios de segurança e sustentabilidade. Então, o EIP-7514 foi introduzido como uma solução temporária para controlar o rápido crescimento da taxa de staking e manter o equilíbrio no ecossistema.

Já se você investe e usa a Lido, com a introdução do EIP-7514 e outras atualizações potenciais do Ethereum, a Lido pode ter seus próprios desafios. A atualização pode ser vista como uma tentativa de limitar o poder de plataformas como a Lido, e a Lido terá que se adaptar a essas mudanças.

O mercado de staking vai continuar crescendo, mas em passos pequenos.

 

⚠️ Gostou?

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Até a próxima edição!

O HODLER: A narrativa de RWA ou Real World Assets

O HODLER: A narrativa de RWA ou Real World Assets

Bem-vindos à mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.

Durante minhas recentes férias, decidi mergulhar em alguns materiais que estavam acumulando em meu backlog – aquele backlog infinito do mundo crypto que parece nunca ter fim. Nessa imersão, dois tópicos capturaram minha atenção: a tokenização de dados e os Ativos do Mundo Real (RWA). 

Neste relatório, vou me aprofundar no fascinante mundo dos RWA – outro dia falo sobre tokenização de dados – e explorar sua crescente relevância no ecossistema das finanças descentralizadas.

Como eu venho falando nos últimos anos, tudo será tokenizado, é inevitável. 

Vem comigo!

🤔 O que é o RWA ou Ativos do Mundo Real?

Os RWA estão revolucionando a forma como vemos e interagimos com investimentos tradicionais. Ao combinar o mundo físico com o digital, estamos abrindo portas para oportunidades financeiras inovadoras, especialmente no espaço DeFi (Finanças Descentralizadas).

RWAs referem-se a ativos tangíveis e intangíveis que têm valor no mundo real, como imóveis, arte, títulos e carros. Quando esses ativos são “tokenizados”, eles são convertidos em uma representação digital na blockchain, permitindo que sejam facilmente negociados e acessados globalmente.

  • A beleza dos RWAs no espaço DeFi é que eles servem como uma ponte entre o mundo financeiro tradicional e o ecossistema digital em rápido crescimento. 

Deixa eu te dar um exemplo: um edifício real pode ser tokenizado e, em seguida, esses tokens podem ser usados como garantia para obter um empréstimo em uma plataforma DeFi e isso é só a ponta do iceberg.

Tokenizar um RWA é como dar a ele uma identidade digital. Por exemplo, uma pintura valiosa pode ser tokenizada, dividindo-a em muitos pedaços digitais (tokens). Isso permite que várias pessoas invistam em frações dessa pintura, sem nunca possuir o item físico.

Isso tudo parece uma loucura, mas vou simplificar nas próximas fases desse report.

💡 Ligando o Tradicional ao Digital

Para ligar as duas coisas precisamos entender elas. Vamos dar uma pausa de RWA para falar de TradFi e DeFi.

TradFi, ou Finanças Tradicionais, refere-se ao sistema financeiro convencional que todos conhecemos: bancos, corretoras, bolsas de valores e outras instituições financeiras que operam sob um quadro regulamentar estabelecido e são centralizadas por natureza.

DeFi, ou Finanças Descentralizadas, é um sistema financeiro que opera em plataformas blockchain, como Ethereum. Ele busca replicar produtos financeiros tradicionais (como empréstimos e trocas) em um ambiente descentralizado, sem intermediários.

Voltando ao assunto te faço uma pergunta: Por que a transição para DeFi é necessária? Vou te responder em 4 tópicos!

 

 

  1. Eficiência de Custo: Isso significa que as operações em DeFi podem ser realizadas a um custo menor, beneficiando os usuários finais.
  2. Acessibilidade: DeFi é acessível a qualquer pessoa com uma conexão à internet e uma carteira digital, removendo barreiras geográficas e financeiras.
  3. Transparência: Todas as transações em DeFi são registradas em uma blockchain, proporcionando transparência total e rastreabilidade.
  4. Inovação: DeFi permite a criação de produtos financeiros inovadores que não são possíveis no sistema TradFi.

Detalhe importante, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu a eficiência de custo do DeFi em comparação com o TradFi. Esta é uma descoberta significativa, pois fornece dados concretos que mostram que DeFi é uma alternativa mais barata ao sistema financeiro tradicional. É a primeira pesquisa que compara os custos de ambos os sistemas.

💡 O que vai ser tokenizado?

O potencial de mercado para tokenização é gigantesco, porque praticamente todos os ativos tangíveis e intangíveis possuem valor. Para entender o tamanho do mercado a ser tokenizado, podemos considerar vários segmentos de ativos:


Imóveis

Este é um dos maiores mercados do mundo. De acordo com um relatório da Savills, o valor total dos imóveis em todo o mundo foi estimado em cerca de $280 trilhões em 2017. A tokenização pode permitir a divisão de propriedades em tokens negociáveis, tornando o investimento imobiliário mais acessível.


Arte e Colecionáveis

O mercado global de arte foi avaliado em mais de $60 bilhões em 2019. A tokenização pode permitir que investidores comprem uma fração de uma obra de arte, tornando o investimento em arte mais acessível e líquido.


Ativos Financeiros

Isso inclui ações, títulos, derivativos e outros instrumentos financeiros. O tamanho deste mercado é de vários trilhões de dólares. A tokenização pode trazer maior liquidez e acessibilidade a esses ativos.


Commodities

Ouro, prata, petróleo e outras commodities têm um mercado de trilhões de dólares. A tokenização pode permitir a negociação fracionada desses ativos.


Ativos Intangíveis

Isso inclui patentes, direitos autorais, royalties e outros ativos intangíveis. Embora seja difícil estimar o valor total deste mercado, ele representa trilhões de dólares.

 

Outros Ativos

Isso inclui ativos como infraestrutura (por exemplo, rodovias, pontes), empresas privadas, direitos de exploração de recursos naturais, entre outros.

Considerando todos esses segmentos, o mercado total a ser tokenizado é de vários centenas de trilhões de dólares. No entanto, é importante notar que nem todos esses ativos serão tokenizados. 

A extensão da tokenização dependerá de vários fatores, incluindo avanços tecnológicos, regulamentações, aceitação do mercado e outros desafios.

 

💡 Quem vai vender as pás?

Na famosa corrida do ouro do século XIX, muitos aventureiros correram para as montanhas na esperança de encontrar fortuna. No entanto, uma observação interessante é que, enquanto alguns garimpeiros encontraram ouro, muitos mais se beneficiaram vendendo as ferramentas necessárias para a busca – como pás. Em outras palavras, em meio a uma febre de ouro, aqueles que forneceram as ferramentas essenciais muitas vezes colheram os maiores benefícios.

Da mesma forma, no ecossistema DeFi e RWA, enquanto muitos estão explorando e investindo em diferentes ativos e oportunidades, são os protocolos – as “ferramentas” deste novo mundo financeiro – que estão se posicionando como os verdadeiros catalisadores e beneficiários desta revolução. 

Estes protocolos fornecem a infraestrutura necessária para que tudo aconteça – aí que entra nós meros mortais.

Para que essa revolução financeira se concretize plenamente, é essencial ter uma ponte sólida entre o mundo digital e o mundo real. E é aqui que entra a importância dos Ativos do Mundo Real (RWA). Existem projetos inovadores que estão focados em construir essa ponte, garantindo que os ativos reais possam ser facilmente integrados ao mundo DeFi.

Esses são 5 projetos que eu estou de olho dentro dessa narrativa:

  • MakerDAO: Uma plataforma DeFi que permite que ativos reais, como imóveis, sejam usados como garantia para empréstimos digitais.
  • Centrifuge: Ajuda empresas e indivíduos a transformar seus ativos reais em tokens, tornando-os acessíveis para financiamento no mundo DeFi.
  • Goldfinch: Foca em empréstimos sem garantia, permitindo que empresas obtenham financiamento com base em sua reputação e histórico.
  • Ondo Finance: Um protocolo que cria produtos financeiros híbridos, combinando aspectos do mundo real e DeFi.
  • Maple Finance: Conecta investidores institucionais a oportunidades no espaço DeFi, usando RWAs como uma forma de garantia.

Mas existe todo um ecossistema sendo construído que já está avaliado em mais de $6bi de acordo com o Coinmarketcap.

 

⚠️ Implicações da narrativa

A transição do sistema financeiro tradicional para o mundo DeFi não é apenas uma mudança tecnológica, mas também traz consigo uma série de implicações profundas que afetam tanto os indivíduos quanto as instituições. 

Listei alguns riscos dessa narrativa para gente ficar de olho.

Desintermediação

A remoção ou redução da necessidade de intermediários em transações financeiras.

Implicações:

  • Eficiência de Custo: Transações em DeFi tendem a ter custos mais baixos, pois não há intermediários que cobram taxas.
  • Acesso Direto: Os usuários podem interagir diretamente com os mercados, sem a necessidade de um intermediário, como um banco ou corretora.
  • Desafios: A falta de intermediários também significa menos proteção para os usuários, pois não há entidades reguladas supervisionando as transações.

 

Desafios Regulatórios:

A natureza descentralizada de DeFi cria desafios para os reguladores em termos de supervisão e controle.

Implicações:

  • Ambiguidade: Muitos países ainda estão determinando como regular o espaço DeFi.
  • Adaptação: Às plataformas DeFi podem precisar ajustar suas operações para cumprir novas regulamentações.
  • Proteção ao Consumidor: A regulamentação pode ser vista como uma maneira de proteger os consumidores de práticas desonestas ou fraudulentas.

Riscos de Segurança:

Embora a tecnologia blockchain subjacente seja segura, os protocolos e plataformas DeFi podem ter vulnerabilidades.

Implicações:

  • Ataques: Há uma história crescente de ataques a protocolos DeFi, resultando em perdas significativas.
  • Responsabilidade: Sem intermediários, os usuários são muitas vezes responsáveis por sua própria segurança, o que significa que precisam ser mais vigilantes.
  • Inovação: A comunidade DeFi é rápida em aprender com erros e vulnerabilidades, levando a inovações e melhorias contínuas na segurança.

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news. 

Estamos vivendo uma transformação financeira com a ascensão da tokenização e do DeFi. Assim como a corrida do ouro abriu novas oportunidades no passado, a tokenização está mudando a forma como interagimos com ativos. O potencial é enorme, abrindo portas para que muitos tenham acesso a investimentos antes fora de alcance.

Porém, com novas oportunidades vêm desafios. Segurança, regulamentação e aceitação são questões a serem enfrentadas. Mas, assim como na corrida do ouro, os maiores beneficiados podem ser aqueles que fornecem as ferramentas para essa revolução, ou seja, os protocolos e plataformas DeFi.

Em resumo, estamos no início de uma nova era financeira, repleta de promessas e possibilidade de fazer mais bitcoin!

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Até a próxima edição!

Mantle, A L2 da BitDAO

Mantle, A L2 da BitDAO

Bem-vindos a mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.

Na última edição falamos das maiores L2 do mercado, e no final do relatório mencionei a Mantle, uma nova L2 que eu estou acompanhando.

A Mantle lançou sua Mainnet Alpha após seis meses de testes e desenvolvimento de todo o seu ecossistema.

Não é todo dia que acompanhamos um nascimento de um ecossistema de US$ 3,7 bilhões, não é mesmo?

Então vamos cair de cabeça e descobrir um pouco mais sobre a Mantle.

 

🤔 O que é a Mantle?

A Mantle não é apenas uma plataforma de L2 – se você ainda não sabe o que é L2, tem uma explicação ótima na edição #13 – no mundo das criptomoedas. Ela representa uma evolução, trazendo inovações e melhorias significativas para a rede Ethereum.

Com sua abordagem centrada na comunidade, tecnologia avançada e compromisso com a transparência, a Mantle está bem posicionada para moldar o futuro da blockchain, especialmente no espaço de jogos e entretenimento.

A Mantle nasce da BitDAO, uma das maiores DAOs do mundo. Sua visão é a de finanças abertas e uma economia tokenizada e descentralizada. Governada pelos detentores do token $bit, a BitDAO tem o objetivo de construir produtos úteis que possam contribuir para o tesouro da DAO, além de acelerar sua visão de mercado.

Em 20 de fevereiro de 2023, a BitDAO iniciou o desenvolvimento de uma blockchain modular dentro da sua comunidade, nascendo a Mantle.

 

💡 Narrativa da Mantle como L2

No mundo em rápida evolução da tecnologia blockchain e criptomoedas, a Mantle surge como uma inovação promissora, buscando elevar a rede Ethereum a um novo patamar.

Mas o que exatamente é a Mantle e por que ela é tão revolucionária? Vamos mergulhar nesse universo e entender melhor.

 

A Mantle, com sua arquitetura modular, está fazendo progressos significativos em direção à visão futura do uso e construção dentro do ecossistema Ethereum. Alguns pontos-chave incluem:

  • Escalabilidade: A Mantle oferece uma solução de escalabilidade para a rede Ethereum, permitindo um maior número de transações por segundo (TPS) e reduzindo significativamente os custos de gás.
  • Upgradability: A Mantle pode se atualizar sem a necessidade de hard forks, oferecendo um nível de soberania não disponível para outros rollups.
  • Disponibilidade de Dados: A Mantle utiliza a tecnologia Eigenda para suas necessidades de disponibilidade de dados, reduzindo a dependência do Ethereum mainnet.

 

Ela também já nasce com alguns serviços para impulsionar o ecossistema:

  • Mantle Network: Uma rede Ethereum de alto desempenho que permite a construção de dApps com UX excepcional, aproveitando a segurança inigualável do Ethereum.
  • Mantle LSD: Melhora a eficiência de capital do Ethereum através de serviços de staking descentralizados.
  • Mantle Ecofund: Um fundo de capital de US$ 200 milhões que investe em aplicações e parceiros tecnológicos de alto potencial dos produtos Mantle.

 

⚠️ Números dos 6 meses de testnet

Antes de lançar sua rede principal, a Mantle passou por uma fase de testes (chamada Testnet) – pense na Testnet como um “ensaio geral” antes do grande show. É uma versão de teste da rede, permitindo que os desenvolvedores experimentem e corrijam problemas antes do lançamento oficial.

 

Nesse período, a comunidade da BitDAO acelerou muito na adoção do produto e no aumento dos números na testnet

  • Realizou mais de 14 milhões de transações on-chain.
  • Suportou mais de 140 mil contratos inteligentes.
  • Deu suporte a mais de 80 dApps (aplicações descentralizadas).
  • Acomodou mais de 690 mil carteiras exclusivas.

 

👀 Projetos , parceiros e o público alvo 

A Mantle já nasce com diversos projetos em conjunto com outras soluções da BitDAO, como Game7 e Hyperplay, que estão abrindo novas portas para desenvolvedores de blockchain no espaço de jogos.

 

 

– Como já disse em edições anteriores, minha tese em games e entretenimento é muito grande para o próximo ciclo.

Com a ajuda de ferramentas como o Web3Unreal de Game7, a Mantle permite que os desenvolvedores integrem funcionalidades de blockchain em seus jogos, habilitando o suporte para carteiras blockchain e transações para mercados in-game.

Além disso, será possível utilizar a Hyperplay como um lançador de jogos web3 e agregador de lojas de games que visa fazer para as produções nativas de Web3 o que plataformas como Steam fazem para jogos tradicionais.

 

🤑 Tesouro, BitDAO e grants

Uma das principais características da Mantle é sua abordagem de governança descentralizada. Isso significa que as decisões não são tomadas por uma única entidade ou grupo centralizado, mas, sim, pela comunidade de detentores de tokens.

A Mantle possui um tesouro significativo, que é uma parte essencial de sua estrutura de governança e operação. O tesouro é usado para financiar iniciativas, projetos e operações que beneficiam o ecossistema da Mantle.

O tesouro da Mantle, conforme visualizado no Etherscan, possui um saldo de 267.822,93 ETHs. Com o preço atual – momento da escrita – do Ethereum em US$ 1.841,27, o valor total do ETH no tesouro é de aproximadamente US$ 493.141.239,71. Além disso, o tesouro também detém 59 tokens diferentes – tem até FTT ali no meio.

 

 

Para os detentores de tokens da BitDAO, uma oportunidade empolgante está no horizonte. Em breve, será possível converter seus tokens da BitDAO diretamente para MNT, a moeda nativa da Mantle Network.

Possivelmente vamos ver um fluxo interessante de pessoas fazendo esse SWAP, até porque existe um apelo de valor muito maior na minha visão.

Mas a coisa mais importante aqui está clara: dinheiro não é um problema para eles.

 

⚠️ Oportunidades e risco

A Mantle Network emergiu como uma solução inovadora e promissora no espaço blockchain, com o objetivo principal de escalar e otimizar a rede Ethereum. Ao abordar desafios críticos como altas taxas de gás e limitações de transações por segundo, a Mantle demonstra um compromisso claro com a melhoria da experiência do usuário e a promoção de uma economia tokenizada mais eficiente.

Além disso, a colaboração com organizações como a BitDAO e a implementação de iniciativas como o programa de migração de tokens refletem a adaptabilidade da Mantle e sua disposição para evoluir de acordo com as necessidades do mercado.

A briga pelo espaço da L2 vai ficando cada vez mais interessante com a concorrência crescendo e quem vai ganhar no final do dia somos nós, meros mortais.

 

 

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Até a próxima edição!

 

A ascensão das soluções de segunda camada: Polygon, Optimism e Arbitrum

A ascensão das soluções de segunda camada: Polygon, Optimism e Arbitrum

Bem-vindos à mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.

Hoje é dia de falar sobre algumas das principais narrativas do mercado: as Layers 2 e seus respectivos projetos.

Como o foco aqui é ter bons resultados, vamos atrás deles porque essa briga vai ser boa e nós, meros mortais, podemos aproveitar desse momento de mercado para escalar de outras formas.

Os 3 projetos que vamos ver aqui já estão consolidados e são as grandes apostas de Venture Capitals para ser a grande aceleração de adoção de tecnologia.

Vamos cair de cabeça nessa narrativa e nos projetos.

 

🤔 O que são Layer 2s?

 

Para quem não sabe nada, vamos começar do começo. Imagine que a blockchain é uma rodovia principal com uma única pista de sentido único.

Cada transação é como um carro que precisa viajar ao longo desta rodovia. Quando há muitos carros (transações), a rodovia fica congestionada, o que leva a atrasos e custos mais altos (taxas de gás).

Agora, imagine que as soluções de segunda camada (Layer 2) são como estradas secundárias ou vias expressas que são construídas para ajudar a aliviar o congestionamento na rodovia principal.

Essas estradas secundárias permitem que mais carros (transações) se movam ao mesmo tempo, sem ter que congestionar a rodovia principal.

As soluções de segunda camada, ou Layer 2s, são parecidas com isso. Elas são tecnologias que aumentam a capacidade de processamento de transações de uma blockchain sem comprometer a segurança.

Elas são projetadas para resolver problemas de escalabilidade que são comuns em muitas blockchains de primeira camada, permitindo que mais transações sejam processadas de forma mais rápida e a um custo menor.

 

 

💡 Narrativa como tese

Os principais pontos para essa tese de narrativa são a da escalabilidade e a redução de custo.

As blockchains de primeira camada, como o Bitcoin e o Ethereum, têm limitações de escalabilidade. Elas podem processar apenas um número limitado de transações por segundo, o que pode levar a tempos de transação lentos e taxas elevadas quando a rede está congestionada.

As soluções de segunda camada oferecem uma maneira de aumentar a capacidade de transação dessas redes sem comprometer a segurança.

Ao processar transações fora da cadeia principal, as soluções de segunda camada podem reduzir significativamente as taxas de transação. Isso pode tornar as transações de blockchain mais acessíveis e viáveis para uma variedade de usos, desde micropagamentos até transações de alto valor.

Fora ainda o processo de inovação que as soluções de segunda camada abrem. Elas podem suportar uma variedade de aplicações e serviços, como jogos e mercados de NFT ou finanças descentralizadas (DeFi) e contratos inteligentes mais complexos.

 

⚠️ Optimism e sua Superchain

Optimism é uma solução de segunda camada que usa uma tecnologia chamada Optimistic Rollups para aumentar a capacidade de transação da rede Ethereum.

Optimistic Rollups são uma solução de escalabilidade que executa transações fora da cadeia principal e, em seguida, posta o resultado na cadeia principal, permitindo um maior throughput de transações com um custo menor.

Em outubro de 2022, Optimism introduziu o OP Stack, uma pilha de desenvolvimento de código aberto que alimenta o OP Mainnet. A ideia do Superchain foi introduzida e se refere a um grupo de blockchains de segunda camada (L2) construídos no OP Stack.

O Stack consiste em vários componentes de software (ou seja, bibliotecas de código) que juntos formam o L2 rollup do Optimism e podem ser usados para criar blockchains L2 altamente personalizáveis. Essencialmente, o objetivo é simplificar a criação de blockchains L2.

 

 

A atualização Bedrock, lançada em 6 de junho de 2023, foi a primeira versão oficial do OP Stack e trouxe várias melhorias-chave. Isso inclui taxas mais baixas, tempos de depósito reduzidos em 70%, melhores modularidade de prova e desempenho do nó.

O próximo passo após a atualização Bedrock vai permitir que o Optimism se atualize para o Superchain. A cadeia de rollup L2 do Optimism é o primeiro membro do Superchain.

A próxima Base L2 da Coinbase será o segundo membro, com um anúncio de mainnet esperado para este ano. A Worldcoin também se comprometeu a construir no OP Stack, após levantar US$ 240 milhões. A BNB Chain também anunciou o testnet para opBNB, sua cadeia L2 compatível com EVM baseada no OP Stack.

O objetivo final é um “Superchain” composto por uma rede de rollups construídos usando o OP Stack. Este ecossistema de cadeias interoperáveis compartilhará infraestrutura de sequenciamento, prova e ponte, promovendo uma comunicação perfeita entre as redes.

Atualmente, o Optimism é a terceira Layer 2 por Valor Total Bloqueado (TVL), mas com a visão e os parceiros já construindo no OP Stack, não seria surpreendente vê-lo se tornar o líder nos próximos anos.

Muitas pessoas estão otimistas com o Arbitrum e subestimando o Optimism. A chegada de bases de usuários da Coinbase e Binance é enorme, e acredita-se que isso seja apenas o começo.

 

 

👀 Arbitrum

Arbitrum é outra solução de segunda camada que usa uma tecnologia chamada Arbitrum Rollups para aumentar a escalabilidade da rede Ethereum.

Semelhante ao Optimism, Arbitrum executa transações fora da cadeia e, em seguida, posta o resultado na cadeia principal. No entanto, Arbitrum usa uma abordagem ligeiramente diferente para resolver disputas que podem surgir durante o processo.

O ecossistema Arbitrum é composto por:

  • Arbitrum One: O rollup central do ecossistema.
  • Arbitrum Nova: Segundo rollup para projetos com altas expectativas de volume de transações.
  • Arbitrum Nitro: Pilha de software que alimenta o L2 do Arbitrum.

 

Arbitrum Nova é uma sidechain com taxas de gás até 90% menores em comparação com o Arbitrum One. Embora ofereça menor segurança, o Arbitrum Nova é ideal para jogos, aplicações sociais e outras aplicações de alta largura de banda. Opensea e TreasureDAO recentemente lançaram marketplaces no Nova.

Em março de 2023, o Arbitrum, assim como o Optimism, introduziu um framework de código aberto disponível para todos. É chamado de “Arbitrum Orbit” e permite a criação e implantação de L3s sem a necessidade de permissões ou aprovações formais.

A diferença entre o OP Stack e o Arbitrum Orbit é que os L3s serão construídos em cima do Arbitrum One, enquanto as cadeias OP (L2s) serão redes independentes compartilhando segurança entre si.

Já na parte técnica, a diferenciação entre as duas cadeias é que o Optimism usa provas de fraude de uma única rodada, enquanto o Arbitrum usa provas de fraude de várias rodadas.

Utilizando a tecla SAP e em termos simples, isso significa que o método do Optimism é mais rápido, mas potencialmente mais caro devido às taxas de gás mais altas, pois é executado no L1. O método do Arbitrum leva mais tempo, mas é mais econômico.

Além disso, o Optimism usa a Ethereum Virtual Machine (EVM), enquanto o Arbitrum tem sua própria Arbitrum Virtual Machine (AVM). Isso significa que a linguagem de programação do Optimism é limitada ao Solidity. O Arbitrum suporta todas as linguagens de programação EVM.

Será ela a rainha das L2? Calma, que tem uma terceira nessa história.

 

 

🤑 ️Polygon

Polygon é uma plataforma dedicada a melhorar a escalabilidade do Ethereum, um objetivo que eles alcançam utilizando diversas soluções. Seu produto principal é a sidechain Polygon PoS, que atualmente lida com 2-3 milhões de transações diárias de 300-400 mil endereços.

O Polygon tem sido adotado por uma variedade de projetos devido à sua flexibilidade e fácil integração com a rede Ethereum e dentre os apresentados é o que eu mais gosto.

Polygon também se aventurou na tese de app-chain, lançando a sua própria solução: Supernets, que permite aos desenvolvedores estabelecerem app-chains personalizáveis.

Além disso, o zkEVM do Polygon, sua solução de ZK-rollup equivalente ao EVM, teve sua estreia na mainnet no final de março e desde então acumulou mais de 177 mil endereços únicos e 20-50 mil transações diárias.

 

A Polygon 2.0 é a mais recente adição à sua esteira de produtos L2 e busca unificar essas plataformas para criar uma experiência de usuário perfeita. Concebido como um conglomerado de cadeias L2 alimentadas por tecnologia ZK, o Polygon 2.0 utiliza um protocolo único de coordenação cross-chain para interoperabilidade perfeita entre o zkEVM, PoS e Supernets do Polygon.

 

 

 

⚠️ Oportunidades e risco

Em resumo, as soluções de segunda camada são uma área emergente e promissora de inovação no espaço das criptomoedas.

Temos outros diversos projetos como a BASE,  a MANTLE, a BNB e a ZKSynk que podemos abordar nos próximos reports. Mas preferi focar nas 3 principais do mercado.

Só esses projetos têm a probabilidade de apresentar 3x de crescimento nos próximos 12 meses.

Polygon é visto como o principal L2 e, na minha visão, tem a Optimism como sua rival.

As duas estão com foco em adoção em massa e já fecharam muitas parcerias importantes com empresas da Web 2, trazendo milhões de usuários.

Por outro lado, o Optimism está correndo atrás do tempo perdido e trazendo a Coinbase, Binance e outras entidades com uma grande rede de instituições.

No entanto, como com qualquer nova tecnologia ou tendência de investimento, é importante que cada um faça sua própria pesquisa e entenda completamente os riscos antes de se envolver.

 

 

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Até a próxima edição!