Ainda em direção ao quarto mês consecutivo de ganhos, o Bitcoin (BTC), enfim, entrou em correção de preços no início desta semana, aliviando boa parte da pressão de um mercado bastante sobrecomprado. Este movimento de realização de lucros reajustou alguns indicadores, mas não retirou o otimismo dos investidores. Em contrapartida, padrões gráficos e on-chain ainda sinalizam que os US$ 51 mil podem ser um alvo no curto prazo, caso os bulls recuperem a força. Em meio a um grande order block, é hora de aprofundar a análise para determinar os níveis mais importantes de suporte e resistência para a criptomoeda.
Lucro no bolso
O gráfico mensal de preços do Bitcoin continua em uma trajetória ascendente, testando uma linha de retração de Fibonacci de 50% em níveis acima de US$ 44 mil. Este movimento ascendente persiste pelo quarto mês consecutivo. Contudo, no início desta semana, observamos um movimento de queda, sugerindo que investidores podem estar realizando lucros.
Desde a mínima registrada em novembro do ano passado até a máxima deste mês de dezembro, houve uma valorização de mais de 180%. Esse aumento confirma o potencial de crescimento da principal criptomoeda. A análise mais detalhada da movimentação de preços neste mês é relevante, considerando não apenas o fechamento de dezembro, mas também o encerramento do trimestre.
Ao longo das últimas semanas, por meio do nosso relatório “Variação de Mercado”, acompanhamos a evolução do preço e examinamos possíveis níveis de resistência. Esses níveis foram superados, com investidores atuando na compra, dominando a tendência ascendente. Diante da força dos compradores, nossa atenção está agora voltada para as próximas regiões de preço, consideradas possíveis alvos para a realização de lucros por investidores de longo prazo.
Conforme mencionado em relatórios anteriores, o preço do Bitcoin está atualmente sendo negociado dentro de um grande “Order Block”, que teve início em março de 2022, quando os vendedores promoveram a queda nos preços. A máxima deste “Order Block” está em US$ 48,2 mil. Naturalmente, toda a região do “Order Block” é considerada um nível de resistência, em que investidores podem realizar lucros, possivelmente pausando o movimento ascendente.
Uma análise mais aprofundada sobre essa possível resistência em US$ 48,2 mil será necessária quando o preço realmente atingir esse patamar. Indicadores de dados de rede sugerem que o preço do Bitcoin pode ultrapassar os US$ 50 mil antes do Halving, programado para abril de 2024, conforme visto no modelo Stock-to-Flow no relatório da semana passada. Com base nessas informações do modelo, é crucial analisar o gráfico de preços e verificar se há dados que corroborem a validação de uma resistência principal acima dos US$ 50 mil.
Para esclarecer nossos estudos, recorreremos à análise técnica, fundamentada na relação entre oferta e demanda, identificando cenários baseados em deslocamentos de preço que podem indicar desequilíbrios e requerer atenção.
Para determinar essas regiões, observaremos a vela mensal de dezembro de 2021, que promoveu um movimento descendente e está acima da máxima do “Order Block” de março de 2022. Esta vela mensal caracteriza-se como um “Imbalance” dentro da metodologia utilizada nos estudos de oferta e demanda institucional.
Observe que entre a mínima da vela de novembro de 2021 e a máxima de janeiro de 2022, há um espaço conhecido como GAP de barras, indicando que os vendedores que atuaram durante as negociações de dezembro de 2021 não permitiram que os compradores de janeiro de 2022 movessem o preço para cima, testando a mínima de novembro de 2021. Isso caracteriza um desequilíbrio a favor dos vendedores.
Durante a construção estrutural, essas regiões de desequilíbrio tendem a atrair o preço para esses níveis, oferecendo a possibilidade de que o preço encontre dificuldades para superá-los.
No gráfico mensal do Bitcoin, observamos que o espaço entre a mínima de novembro de 2021 e a máxima de janeiro de 2022 é um “Imbalance”. A região de 50% deste “Imbalance” está localizada nos níveis de US$ 51 mil, corroborando com as informações do indicador on-chain Stock-to-Flow, que avaliou a possibilidade de o preço do Bitcoin atingir níveis acima de US$ 50 mil antes do Halving.
Isso nos leva ao entendimento de que, se os compradores mantiverem seu otimismo no mercado de criptomoedas, é possível que nos próximos meses o preço do Bitcoin continue subindo, alcançando novas máximas mesmo antes do evento de abril de 2024, que visa reduzir a recompensa por bloco minerado pela metade.
Outra característica analisada durante os estudos do movimento de preço no gráfico mensal é a projeção de 100% de Fibonacci da onda que começou na mínima de novembro de 2022 até a máxima de julho de 2023. Quando projetada a partir da mínima de setembro deste ano, o alvo é exatamente a região de US$ 51 mil, confirmando que a linha de 50% do “Imbalance” mencionado anteriormente pode ser considerada uma resistência relevante para o atual movimento de alta no preço.
Otimismo forte
Investidores e analistas que operam no mercado de criptomoedas têm o privilégio de aprofundar seus estudos indo além do simples gráfico de preços, examinando toda a movimentação da Blockchain por meio dos dados de rede antes de tomar uma decisão. Um exemplo disso é a observação do NUPL (Net Unrealized Profit/Loss), um indicador de dados de rede que tem como princípio fundamental avaliar a relação entre o valor de mercado do Bitcoin e os lucros dos investidores.
O gráfico do Bitcoin com o indicador NUPL é dividido em quatro faixas principais, retratando diferentes sentimentos de investidores durante a evolução do preço.
Atualmente, observamos que a linha do indicador está em ascensão, adentrando uma faixa de coloração laranja. Essa região representa o sentimento de crença em investidores que, neste momento, veem o preço do Bitcoin em ascensão e começam a acreditar que os touros estão no controle.
Entretanto, o dilema desta faixa laranja de sentimentos é que ela também expressa uma negação. Essa negação pode indicar que grandes investidores podem se aproveitar da crença dos investidores tardios, que compram para não perder a alta, para realizar parte de seus lucros. Em alguns casos, isso pode promover certa dificuldade para a continuação do movimento de alta, ainda que temporária.
Ao olharmos para os dados históricos do indicador, percebemos que nos períodos pré-halving, quando a linha principal tocou pela primeira vez a área laranja, houve realização de lucros e os níveis do NUPL voltaram para a região de otimismo e ansiedade.
Este cenário ocorreu em agosto de 2012, antes do Halving daquele ano, que ocorreu em 28 de novembro; depois, em junho de 2016, antes do Halving de julho do mesmo ano; e novamente em junho de 2019, antes do Halving de 2020. Essa informação pode validar as resistências em US$ 48,2 mil e US$ 51 mil analisadas anteriormente neste relatório.
Apesar de ser necessário analisar este sentimento de negação para estar preparado para eventuais movimentos de retração, é crucial ressaltar que esta área em laranja também sinaliza um sentimento de crença. Esse sentimento pode se transformar em euforia, especialmente com a expectativa da aprovação do ETF Spot de Bitcoin, o que poderia impulsionar o preço para novas máximas. De maneira geral, as perspectivas são otimistas, ressaltando a importância de analisar os dados de rede em conjunto com as análises de gráfico de preços.
Para contextualizar, o NUPL é capaz de utilizar informações sobre a participação dos investidores no mercado para ajudar a prever picos e quedas no movimento do preço do Bitcoin. Ele emprega dados on-chain para ilustrar as emoções dos investidores em um dado momento, o que pode ser útil para prever o movimento do preço do Bitcoin ao longo do tempo.
Ainda dominante, mas…
Ao analisarmos o gráfico mensal do Market Cap, é evidente que os níveis de capitalização e a dominância do Bitcoin enfrentam uma região complexa de resistência, operando abaixo de 54% no início desta semana.
Em abril de 2021, testemunhamos um grande desequilíbrio a favor dos vendedores, e atualmente, a dominância opera em torno de 50% desse referido “Imbalance”. Como já mencionado em relatórios anteriores, tais movimentos de desequilíbrio costumam ser respeitados quando os níveis retornam a essas regiões.
Neste caso específico do movimento de entrada e saída de capital e a dominância do Bitcoin, é crucial ressaltar a presença das linhas do Ichimoku Kinko Hyo que formam a “Nuvem”, operando na mesma região de 50% do “Imbalance” mencionado.
Há uma expectativa entre os investidores que acompanham essa movimentação. Eles estão atentos a um possível rompimento para cima, considerando que a região onde as linhas da “Nuvem” estão concentradas possui uma espessura estreita, sugerindo uma menor dificuldade para ser superada. Entretanto, é importante destacar que, embora tenhamos um alvo em 57% de dominância, ainda persiste a resistência do desequilíbrio observado em abril de 2021.
O cenário atual do gráfico mensal do Market Cap mantém-se em tendência de alta, com as linhas de 9 e 26 períodos do Ichimoku apontando para cima. A Senkou Span A, 26 períodos no futuro, também está em ascensão, confirmando a tendência de alta.
Outra linha do Ichimoku que reforça a trajetória ascendente é a Chikou Span, que rastreia a estrutura de preço 26 períodos no passado. Esta linha opera acima da máxima de novembro de 2021 e acima da linha de equilíbrio de 9 períodos, mas encontra pela frente a resistência entre 56% e 57%. Os níveis de 56% remetem à mínima de setembro de 2020, enquanto o nível de 57% representa o alvo da projeção de Fibonacci do último movimento ascendente iniciado em setembro deste ano.
Essa mesma região entre 56% e 57% de dominância faz parte de um nível de 50% de retração de Fibonacci, quando analisamos a queda iniciada em janeiro de 2021 e culminando na mínima de setembro de 2022. Essa retração de 50% está localizada onde encontramos a linha base do Ichimoku (kijun) plana 26 períodos no passado e a linha Senkou Span B inserida no gráfico 26 períodos no futuro, também mantendo-se plana.
Essa convergência de informações está precisamente entre os níveis de 56% e 57% de dominância, sugerindo que esses patamares podem ter um impacto significativo nas decisões dos investidores que observam o movimento do gráfico do Market Cap.
É relevante ressaltar que por meio do gráfico do Market Cap, podemos observar precisamente o movimento real de entrada e saída de capital no Bitcoin, independentemente das oscilações de preço da criptomoeda. Além disso, é possível avaliar, neste gráfico, informações sobre a dominância do Bitcoin em relação a todas as outras altcoins, e seu potencial crescimento diante de todo o ecossistema do mercado de criptomoedas.
Bitcoin vai cair mais?
Prosseguimos agora com o estudo do gráfico semanal, utilizando o Trade system Ichimoku para nos auxiliar na identificação de regiões importantes de suporte no cenário atual do Bitcoin.
No início desta semana, notamos uma retração no preço do Bitcoin. Na segunda-feira (11), o movimento de queda anulou todo o avanço da semana anterior. Naturalmente, a mínima semanal é o primeiro suporte a ser observado, registrando um nível de preço de US$ 40 mil na semana anterior.
É fundamental ressaltar que ao determinar um nível de preço para análise – neste caso, considerando a mínima da semana passada como um ponto inicial – é crucial monitorar todas as oscilações em torno dessa região. Em caso de um rompimento para baixo, será necessário observar como o preço reage ao retornar a esse nível, analisando a dinâmica entre oferta e demanda no mercado.
O próximo nível de suporte no gráfico semanal do Bitcoin pode ser identificado nas linhas de equilíbrio do Ichimoku. A Tenkan Sen, que representa o equilíbrio de 9 períodos, e a Kijun, que representa o equilíbrio de 26 períodos, estão próximos entre si, operando na região de preço de 35 mil dólares. Este nível coincide com a mínima da semana de 13 de novembro, quando os vendedores direcionaram o preço para a mínima da semana de 06 de novembro. Contudo, devido ao controle da estrutura por parte dos investidores na ponta da compra, o movimento de queda foi absorvido, marcando esse nível como uma área de rejeição de baixa.
A região de preços em torno de US$ 35 mil também corresponde a 50% de um grande canal de alta analisado em relatórios anteriores. O estudo para identificar níveis relevantes de suporte é necessário, pois o preço do Bitcoin atingiu a máxima do canal de alta em uma região de “Order Block”, impulsionado por investidores ativos no mercado em abril de 2022.
Em resumo, com base em toda a análise desta semana, percebemos que o movimento do preço do Bitcoin continua ascendente, enfrentando regiões de resistência relevantes. Neste contexto, é natural que ocorram movimentos de retração, sugerindo uma possível realização de lucros.
Alívio na sobrecompra
Ao observarmos o início desta semana, notamos que o indicador Estocástico Lento no gráfico diário se deslocou em direção à sua linha de 50%, saindo de uma região de sobrecompra para buscar níveis de suporte. Este movimento pode se estender até os limites de 20%, indicando uma possível intenção do preço do Bitcoin em operar em níveis de sobrevenda antes de uma potencial retomada de alta no curto prazo.
Por sua vez, o indicador MACD está mostrando máximas mais baixas e cruzou abaixo da linha 0, sugerindo que os investidores podem ter interrompido o movimento ascendente, indicando uma possível pausa na tendência de alta.
Além desses indicadores, é importante considerar a linha base do Ichimoku, que representa o equilíbrio de 26 dias no gráfico diário. Esta linha oferece um nível significativo de atenção em relação aos movimentos do preço. Adicionalmente, a “Nuvem”, operando na região de US$ 35 mil, confirma um possível suporte identificado também no gráfico semanal.
Esses indicadores técnicos, como o Estocástico Lento, o MACD e os elementos do Ichimoku, desempenham um papel fundamental na avaliação do comportamento do preço do Bitcoin. O Estocástico Lento proporciona insights sobre possíveis áreas de sobrevenda ou sobrecompra, enquanto o MACD oferece sinais de reversão ou continuação de tendências. Por outro lado, o Ichimoku fornece informações sobre suportes e resistências, além de identificar a direção da tendência e possíveis pontos de virada no mercado. Integrar esses indicadores múltiplos proporciona uma visão mais abrangente do panorama do Bitcoin.
Conclusão
Com base nas análises detalhadas dos diferentes períodos de tempo e indicadores técnicos aplicados ao mercado do Bitcoin, podemos tirar algumas conclusões importantes. No âmbito mensal, o Bitcoin mantém uma tendência ascendente, desafiando níveis de resistência significativos, como os identificados em torno de US$ 48,2 mil e US$ 51 mil. A projeção da análise de Fibonacci, aliada aos dados do modelo Stock-to-Flow, sugere um potencial de crescimento para patamares acima de 50 mil dólares, mesmo antes do Halving programado para abril de 2024.
Quando analisamos o sentimento dos investidores através do indicador NUPL, percebemos a presença de crença, mas também um possível cenário de negação, historicamente associado a períodos pré-halving, o que pode influenciar as resistências observadas nos níveis de preço. No âmbito semanal, identificamos áreas cruciais de suporte, como os níveis em torno de US$ 40 mil e US$ 35 mil, apoiados por dados do Ichimoku e observações de padrões históricos. A análise desses níveis de suporte é fundamental para compreender as possíveis dinâmicas do mercado diante de movimentos de retração ou correção de preços.
Além disso, ao considerar indicadores como o Estocástico Lento e o MACD no gráfico diário, observamos sinais de possível movimento de exaustão e pausa na tendência de alta, destacando a importância de uma abordagem cautelosa diante de possíveis cenários de reversão.
A integração desses dados e indicadores técnicos oferece uma visão abrangente e valiosa do atual cenário do Bitcoin. Embora existam indícios de continuidade na tendência de alta, a presença de áreas de resistência e possíveis movimentos de retração ou pausa sugerem a necessidade de monitoramento constante e uma análise cuidadosa do mercado para tomadas de decisão estratégicas.
Assim, diante de um contexto marcado por desafios de resistência, potencial de crescimento e possíveis movimentos de correção, é crucial manter-se informado, atento às oscilações do mercado e preparado para se adaptar a diferentes cenários que possam se apresentar no mercado do Bitcoin.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. A compreensão e o interesse demonstrados são extremamente valorizados. Espero que as análises e informações fornecidas tenham sido úteis e informativas para suas decisões e entendimento do mercado de criptomoedas. Obrigado por sua atenção e interesse neste estudo.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
Que final de ano para o mercado de criptomoedas, hein!? Dezembro mal começou, e o Bitcoin (BTC) segue com seu movimento de alta, rumo ao quarto mês consecutivo de ganhos. Já a macroeconomia, neste meio tempo, é a mesma de sempre. Fato mesmo é que os detentores da criptomoeda de referência continuam acumulando, com a maioria das carteiras no positivo. Entretanto, o comportamento técnico de sobrecompra comentado em outros Satoshis Calls, se consolidou, colocando o BTC em posição de baixa na abertura semanal.
A day in the life
Todo mundo ficou de olho no “dia a dia” da vida dos norte-americanos. A grande dúvida era se muitas pessoas estavam saindo de suas casas para trabalhar, ou se os empregos estavam dando aquela relaxada. E parece que relaxou mesmo! A abertura de vagas no setor privado dos Estados Unidos, por exemplo, foi de 103 mil, abaixo das 130 mil esperadas, desacelerando na comparação com outubro. A oferta de trabalho também caiu para 8,7 milhões, número mais baixo desde março de 2021.
Então, o mercado de risco era foguete total, esperando só os famosos dados do payroll para colocar a pá de cal que guiaria praticamente todas as apostas para um corte de juros na próxima reunião do Federal Reserve. Os investidores, porém, só esqueceram de combinar isso com os números. O documento mostra que foram criadas 199 mil novas vagas em novembro, acima das expectativas. Mas, calma! Eram esperadas 180 mil. Então, podemos dizer que no balanço final, o mercado de trabalho mais esfriou (e até meio que elas por elas) do que o contrário.
Enquanto isso, a economia norte-americana vai de grão em grão subindo de patamar. Em novembro, o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços avançou de 50,7 para 50,8. Já o PMI Composto ficou estável nos 50,7. O que é até que animador, considerando o cenário de crédito restritivo no país.
Ao olhar para o cenário macro dos Estados Unidos, há bons sinais de que o mercado de trabalho está encolhendo – o que pode não ser tão bom para as pessoas, mas é visto como positivo pelo Banco Central. Nisso, as apostas seguem elevadas de que o FED vai começar a cortar seus juros já no ano que vem. Se as taxas caem, a tendência é que o mercado de risco suba, incluindo as criptomoedas. Não à toa, vimos o Bitcoin alcançar quase os US$ 45 mil na última semana, indo em direção ao quarto mês seguido de alta. Mas vamos discutir isso mais à frente. Pode acelerar essa fase de alta o pronunciamento do Federal Reserve, nesta quarta-feira, após uma nova rodada de decisão de juros.
Pode soltar o ar, galera
Quem acompanha o Satoshi Call com frequência aqui, sabe o quanto a economia da Zona do Euro estava… Mal, por assim dizer. Na reta final do ano, porém, uma luz no fim do túnel (que pode ser do trenó do Papai Noel) está permitindo um leve respiro aos países integrantes do bloco. No caso, o PMI de Serviços avançou bem: de 47,8 para 48,7. Já o Composto cresceu de 46,5 para 47,6, atingindo a máxima dos últimos quatro meses. Então, apesar da insistência de fixar os pés em território de retração, é melhor subir do que continuar caindo.
Para aqueles que vão direto para o Produto Interno Bruto (PIB) podem ver um cenário nem tão confortável. Afinal, no último trimestre, a economia da região recuou em 0,1% e se manteve estável em 0,0% na comparação anual. É evidente que este está longe de ser o desempenho dos sonhos, mas os dados estão, se não alinhados, muito próximos às expectativas dos analistas.
Em relação aos preços, outra melhora. A inflação ao produtor (PPI) recuou 9,4% em outubro, na base anual, mantendo sua tendência de queda. Essa desaceleração tem levado alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) a declarar que o aperto monetário, sim, acabou por lá. Porém, falar em corte de juros no curto prazo pode ser um exagero.
Ao contrário dos Estados Unidos, uma estagnação econômica na Europa está mais no radar. Até porque, a região enfrentou grandes problemas nos últimos dois anos, principalmente em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. Esses avanços no bloco, entretanto, podem revitalizar a energia do mercado, que se vê migrando menos para o dólar e se estabelece no bloco, em busca de outros ativos.
Back on track
Recentemente, a segunda maior economia do mundo passou por uns tropeços. Era um indicador positivo aqui, outro negativo ali, mas coerência que é bom mesmo faltava. E isso acabou pressionando, por muitas vezes, o governo chinês a criar mais e mais incentivos para estimular a economia local. Nisso, o minério de ferro, um dos principais motores do país, simplesmente disparou.
Mas ao olhar para os dados, podemos ter uma visualização melhor. O PMI de Serviços avançou de 50,4 para 51,5, em novembro, enquanto o Composto subiu de 50,0 para 51,6, consolidando sua posição em um território de expansão. No mesmo caminho, as exportações cresceram 0,3%, mas as importações diminuíram 0,5%, meio que criando um equilíbrio no fim do dia. Essa melhora acompanhou ainda os dados inflacionários da China, que mostram uma arrefecimento dos preços aos produtores e consumidores.
Considerado o segundo maior mercado de criptomoedas do mundo, é evidente que dados positivos da economia chinesa pode fazer com que o comportamento dos investidores oscile, mostrando otimismo com as criptomoedas ou com papéis do governo, setor imobiliário e outras ações tradicionais por lá.
Sobe, sobe e sobe…
Favoráveis ou não, as condições econômicas globais não parecem ter tido, mais uma vez, um grande impacto no preço do Bitcoin. A criptomoeda de referência seguiu sua tendência de alta e buscou uma máxima de US$ 44,5 mil. Mais do que isso, o ativo registrou sua oitava alta semanal consecutiva, e abre dezembro na tentativa de acumular o quarto mês positivo. Este desempenho mensal não era visto desde outubro de 2020, no início da última bull-run. Porém, a necessidade de realização de lucros foi responsável por corrigir o valor da criptomoeda logo nesta segunda-feira.
Foco nos derivativos
Apesar de ser muito especulativo, os derivativos são um bom termômetro para medir o sentimento dos investidores. Na semana passada, o vencimento de opções mostrava que boa parte das posições de compra estava na região dos US$ 44 mil, e de venda em US$ 42 mil. Uma faixa de preços até que bem estreita.
Acompanha essa perspectiva mais “otimista” o fato de a taxa de financiamento (funding rate) em algumas exchanges estar bem acima da neutralidade (0,01%). Com os valores acima desta porcentagem, é um bom sinal de que há mais contratos futuros de compra em aberto do que de venda. Isso acontece mesmo com o esperado adiamento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para um ETF de Ethereum (ETH) à vista da GrayScale.
O problema disso é que as oscilações de preços mais bruscas tendem a ser mais comuns nestas situações, a partir da liquidação de contratos futuros comprados. Neste caso, o mecanismo das bolsas obriga investidores muito alavancados a venderem suas posições, caso um determinado valor do seja acionado. Isso desencadeia um choque de oferta e demanda, intensificando a baixa de preços.
Renovando as máximas
O desempenho do Bitcoin renovou suas máximas do ano, assim que atingiu os US$ 44,5 mil. O nível fez com que 88% dos detentores de BTC estivessem registrando lucro em suas carteiras. Mais do que isso, dados on-chain mostram que muitos dos que compraram a criptomoeda entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021 ainda não venderam seus ativos, mesmo com a possibilidade de lucros expressivos no período.
Enquanto a cautela ainda pode ser um sentimento constante no mercado, os investidores estão injetando cada vez mais dinheiro no setor. Só este mês, foram mais de US$ 20 bilhões aplicados. Não à toa, a dominância da criptomoeda em relação a todo o setor avançou para 55% antes de recuar para 53%, indicando uma forte entrada de capital.
Exigência de correção técnica
Para quem acompanha o Telegram da Foxbit e o Satoshi Call com frequência, já deve ter se deparado com a análise a seguir. O gráfico diário estava gritando por um ajuste corretivo de preços ou pelo menos uma lateralização um pouco mais prolongada. Afinal, muitos indicadores foram rompidos ou estão em território de forte sobrecompra.
Fonte: GoCharting, em 11/12/2023, às 9h19min.
O preço de negociação conseguiu voltar para dentro dos limites da banda de Bollinger. Porém, há a possibilidade de um teste do topo do recente canal de alta, assim como as medianas da faixa e da Bollinger bands, assim como o nível inferior do canal, que coincide com a última grande resistência de preços.
Enquanto isso, os indicadores adjacentes começam a respirar, depois de uma certa exaustão. O MACD começa a reaproximar suas linhas, após um forte rompimento para cima das médias. Já o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 63 pontos, revertendo um intenso território de sobrecompra.
Tendência de alta com sentido, mas…
Quando olhamos para o gráfico semanal, o desempenho do Bitcoin nos últimos dias fez muito sentido. Afinal, para romper a mediana do canal de alta, era preciso muita força dos compradores em um período específico. O movimento foi tão forte que não só rompeu a média, como ainda encostou no topo da faixa, quebrando – por enquanto – a resistência mais alta do último ombro-cabeça-ombro (OCO).
Fonte: GoCharting, em 11/12/2023, às 9h23min.
Porém, a realização de lucros falou mais alto, devolvendo o ativo para abaixo da média do canal e mirando os US$ 40,3 mil como suporte imediato, seguido pelos US$ 36,2 mil, região do ombro mais baixo do famoso OCO. Já os US$ 31,3 mil ainda estão em jogo, considerando a posição da última grande resistência e da mediana da banda de Bollinger.
Enquanto isso, o MACD segue com as linhas afastadas, mostrando ainda a força dos investidores em prazos um pouco maiores, enquanto o RSI vai para 76 pontos, arrefecendo a tendência sobrecomprada do ativo.
Curva do espaço e tempo
Se afastar da montanha pode ser a melhor opção neste momento. E ao olhar para o gráfico mensal, não quer dizer que ele esteja estourado, mas o comportamento dos investidores de médio prazo parece um pouco mais claro.
Fonte: GoCharting, em 11/12/2023, às 9h22min.
O canal de alta, iniciado em janeiro deste ano, está sendo rompido em dezembro, passando a buscar a próxima resistência, que marca o decote do OCO. Em contrapartida, o topo do canal: US$ 41 mil, e a última grande barreira de alta (linha preta) podem servir de suportes importantes mais à frente.
Já o MACD cruzou recentemente suas linhas para cima, mostrando que há espaço para que os investidores sigam seus planos de ganhos. O mesmo vale para o RSI, que atingiu agora os 62 pontos, em um mercado considerado até que muito bem equilibrado.
Conclusão
Sim, o mercado de criptomoedas está otimista e a primavera chegou! Mas nem por isso a gente precisa ficar enlouquecido. Afinal, a reta final do ano pode ser complexa, algo que os norte-americanos chama de “tricky”. Ainda mais com esses papos de Bancos Centrais e a enrolação bruta da SEC para validar ou não os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.
Fato é que a análise técnica já estava implorando por uma correção de preços ou pelo menos uma lateralização. Praticamente todos os indicadores estavam (e ainda estão um pouco) “estourados”, exigindo uma boa dose de cautela ou pelo menos mãos firmes e gerenciamento de risco neste período. A tendência macro, porém, parece intacta, com o médio prazo sinalizando perspectivas interessantes e menos exaustão.
Por isso, olhos atentos para o comportamento do mercado e uma dose de paciência nas próximas semanas. Lembre-se de que o halving do Bitcoin está previsto para abril do ano que vem – cerca de 150 dias. Quem estiver com uma estratégia de HODLIing pode ser recompensado no futuro, caso a perspectiva histórica se repita.
Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto.
À medida que nos aproximamos do Halving do Bitcoin, cerca de 150 dias para o próximo, torna-se essencial revisitar os fundamentos deste evento e interpretar suas implicações históricas e atuais no mercado.
Este relatório vai te ajudar com uma análise abrangente e eu vou te explicar como eu tomo as melhores decisões para esse momento do mercado.
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
🤔 Vamos começar do começo: O que é halving?
O Halving do Bitcoin é um mecanismo de deflação embutido no protocolo do Bitcoin, que reduz pela metade a recompensa por bloco que os mineradores recebem.
Este evento ocorre a cada 210.000 blocos minerados, ou aproximadamente a cada quatro anos, e tem o efeito de reduzir a oferta de novos bitcoins que entram em circulação.
Como o bitcoin é a principal crypto do mercado, esse evento impacta TUDO.
A redução da oferta, combinada com o aumento do interesse e da adoção, cria um ambiente propício para a valorização do preço.
Já passamos por alguns halving, vamos revisitar eles:
Era Pré-Halving (2009 a 2012): A recompensa inicial por bloco era de 50 BTC. Neste período, o preço do Bitcoin viu um aumento significativo, superando os $10 e se recuperando rapidamente após quedas, devido à antecipação do primeiro Halving.
1º Era do Halving (2012 a 2016): Após o primeiro Halving, a recompensa por bloco caiu para 25 BTC. O preço aumentou dramaticamente, atingindo mais de $1.000 antes de cair após o incidente da Mt. Gox. No entanto, o preço manteve-se acima do pico da era anterior, mantendo uma perspectiva otimista de longo prazo.
2ª Era do Halving (2016 a 2020): A recompensa por bloco foi reduzida para 12.5 BTC. Mesmo assim, havia a expectativa de que o preço subiria após o Halving devido à diminuição da oferta.
3ª Era do Halving (2020 a 2024): O terceiro Halving ocorreu em 11 de maio de 2020, com a recompensa por bloco caindo para 6.25 BTC. Este evento foi precedido por uma tendência de alta no preço do Bitcoin, refletindo a crescente adoção e o interesse institucional na criptomoeda.
Já passamos por 500x, 100x e 20x em um curto período e estamos indo para o próximo ciclo e como eu acredito, o mais importante halving do bitcoin.
Acredito que vamos buscar algo, potencialmente alcançando 5x o valor atual do mercado. Então talvez seja hora de aproveitar algumas oportunidades.
Em busca do timing no gráfico do BTC
Olhando historicamente, podemos ver uma grande valorização do ativo e uma grande promessa para o próximo ciclo. Mas fica a pergunta, quando comprar? Perdi a oportunidade? Invisto tudo de uma vez? Faço DCA? Vamos ao meu passo a passo.
Eu sempre analiso o macrociclo usando o MVRV-ZScore. Já entendemos que esse ciclo já começou e o fundo foi encontrado como falamos em edições anteriores do Hodler.
Você nunca sabe quando ou quanto o mercado vai subir ou cair. A partir disso começam as compras no sobrevenda, para aproveitar os melhores timings do mercado.
Por isso, eu faço o DCA (compra todo mês) e uma estratégia de aportes maiores quando o gráfico nos avisar, que eu chamo de O TIMING. DCA eu nem preciso explicar, já O TIMING eu preciso. A primeira coisa é identificar a tendência. Vamos olhar o gráfico em tempos maiores para entender como o mercado está agindo.
Com a leitura em um gráfico semanal, conseguimos ver uma clara tendência de alta (linha branca) que vem do começo do ano e uma linha de resistência (laranja) que foi criada lá atrás e foi retestada nas últimas semanas, até o rompimento dela. Após identificar a tendência, vamos para tempos menores para aplicar o modelo de sobrevenda.
A estratégia utiliza médias móveis e RSI (Relative Strength Index ou Índice de Força Relativa).
Vamos utilizar duas médias móveis de diferentes períodos (como a MM de 50 dias e a MM de 200 dias) e o RSI para medir o dinamismo das variações de preços. Valores abaixo de 30 geralmente indicam sobrevenda. Se o RSI cair abaixo deste nível, pode ser um sinal de que o Bitcoin está sobrevendido e potencialmente pronto para uma reversão positiva.
As bolas laranja no gráfico mostram os melhores momentos de entrada utilizando essa estratégia. Foram 3 grandes aportes nestes momentos.
Dessa forma você aproveita os melhores momentos do mercado fazendo DCA e faz grandes aportes sem medo na principal crypto do mercado sem grandes preocupações.
Mas o bitcoin é apenas uma, temos milhares de oportunidades. Vamos agora aprender a olhar e encontrar.
Identificando quem está mais forte
É aquela velha história, se o bitcoin sobe 5x, as altcoin vão subir 10x, 20x ou 100x, estou certo? Calma, não é bem assim.
Temos algumas boas oportunidades e saber identificar elas é essencial.
Mas tem uma coisa que vou te mostrar agora, que é essencial para você entender essa dinâmica de maneira bem simples, o par BTC.
Quando você analisa uma moeda frente ao bitcoin, em vez de dólar ou alguma stablecoin, você está validando o mercado da maneira mais simples possível e vendo como o dinheiro está saindo do BTC e indo para alguma altcoin.
Vamos pegar a SOL como exemplo. Abaixo temos o gráfico no par BTC e podemos ver que ela estava em uma tendência clara de baixa desde 2021.
Em Outubro ela rompeu essa grande tendência de baixa, retestou ( no círculo laranja) e seguiu para criar uma nova tendência.
Se você usa a estratégia para analisar altcoin, você estaria identificando uma quebra de tendência e que nos próximos dias o dinheiro que está no Bitcoin e iria para a Solana.
Agora quando olhamos o mesmo ativo no par SOL/USDT, vemos a oportunidade acontecendo e explodindo seu preço.
De maneira muito simples um gráfico apontou uma oportunidade onde o BTC subiu 30% enquanto a SOL subiu 150%.
Usando a estratégia do TIMING, podemos ver que acabamos de passar por uma oportunidade de compra como aponta o RSI e a média móvel.
Agora ela está em sobrecompra, um péssimo momento de entrar e os dois pares estão avisando isso.
É assim que eu aproveito e escolho Altcoins – lógico, com uma análise fundamentalista base antes – para aproveitar os ciclos.
Conclusão
Em resumo, o próximo Halving do Bitcoin apresenta uma janela de oportunidade única com potencial tanto para ganhos de curto quanto de longo prazo.
Aproveite esse momento de mercado com muita sabedoria e se precisar de qualquer coisa só dar um alô nas minhas redes sociais.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Tradicionalmente, dezembro de 2023 marca um período em que os investidores de Bitcoin (BTC) direcionam sua atenção para o futuro, avaliando as perspectivas para o ano seguinte, especialmente em vista do Halving programado para o próximo ano. A recente alta de preços que guiou a criptomoeda para os US$ 42 mil alimentam ainda mais essa perspectiva. Para encontrar os possíveis caminhos do BTC, o “Variação de Mercado” desta semana vai se apoiar em uma série de dados on-cain e, assim, promover a melhor visualização para as estratégias de 2024.
Muito mais que números
A exploração do mercado de criptomoedas vai além do simples gráfico de preços. Ao considerar os dados da rede, extraídos da blockchain, é possível visualizar a movimentação do Bitcoin e compreender o verdadeiro comportamento dos participantes do mercado.
Os investidores de longo prazo, por exemplo, têm utilizado o indicador de Previsão de Preço (Price Forecast Tools) como uma ferramenta essencial para identificar possíveis níveis de alta ou baixa no preço do Bitcoin. Ao analisar o gráfico do Bitcoin com o Price Forecast Tools, observamos que historicamente, em ciclos anteriores, as linhas representativas dos níveis de previsão de preços altos e baixos foram altamente precisas.
Para identificar as regiões de preços mais baixos, é importante observar as linhas laranja e verde no gráfico. A linha laranja representa o preço equilibrado, calculado pela subtração do preço transferido do preço realizado. Já a linha verde rastreia a soma cumulativa da eliminação do valor-tempo à medida que as moedas mudam de mãos, representada pela sigla em inglês CVDD (Cumulative Value Coin Days Destroyed).
Ao examinar a imagem a seguir, observa-se que em novembro de 2011, o preço atingiu as linhas de preço equilibrado e CVDD, resultando na criação do menor preço estrutural da época. Posteriormente, entre janeiro e setembro de 2015, novamente a região onde as linhas de preço equilibrado e CVDD estavam posicionadas marcou uma região de preços mínimos, oferecendo oportunidades de compra para investidores de longo prazo.
Em março de 2020, durante a queda do mercado devido ao impacto da pandemia, o preço do Bitcoin mais uma vez alcançou a região onde as linhas laranja e verde estavam situadas. A última oportunidade em que o preço buscou os níveis de preço equilibrado e CVDD foi em novembro de 2022, atingindo a mínima em 15,4 mil dólares. Desde então, o preço do Bitcoin valorizou-se mais de 140%, seguindo um movimento ascendente em busca da linha púrpura, que representa o ‘Delta Top’ do indicador Price Forecast Tools.
Esta linha pode ser considerada como uma região potencial para o preço do Bitcoin atingir. Durante a redação deste relatório, a linha ‘Delta Top’ estava sugerindo níveis de preços em 84 mil dólares para o Bitcoin.
Ao analisar o histórico da linha ‘Delta Top’, verifica-se sua precisão em identificar máximas importantes na evolução do preço do Bitcoin. Outras linhas do indicador Price Forecast Tools, em vermelho e azul, representam os níveis ‘Terminal Price’ e ‘Top Cap’, respectivamente, funcionando também como áreas potenciais onde o preço do Bitcoin pode alcançar. Atualmente, a linha ‘Terminal Price’ sugere um valor de 108 mil dólares, enquanto a linha ‘Top Cap’ está posicionada em 300 mil dólares.
Com base nas informações fornecidas pelo indicador Price Forecast Tools, os investidores de longo prazo estarão atentos ao comportamento do preço do Bitcoin após o Halving de 2024, especialmente nas regiões indicadas pelas linhas ‘Terminal Price’ e ‘Top Cap’.
Analisando os ciclos anteriores, observamos que em julho de 2011, dezembro de 2013 e janeiro de 2018, as linhas ‘Terminal Price’ e ‘Top Cap’ foram precisas na identificação de máximas históricas. Em novembro de 2021, o preço do Bitcoin atingiu a máxima histórica de 69 mil dólares, confirmando a precisão das informações ao encontrar a linha ‘Terminal Price’.
Considerando o exposto até o momento, os investidores de longo prazo reconhecem o atual potencial de crescimento no movimento do preço do Bitcoin. Se os ciclos anteriores se repetirem, é possível que o Bitcoin atinja inicialmente a região de 84 mil dólares, onde se encontra a linha ‘Delta Top’.
Modelo consolidado
Outro indicador amplamente utilizado por investidores de longo prazo para prever possíveis níveis de preços do Bitcoin é o Stock-to-Flow. Esse modelo analisa o nível de preço estimado com base na relação entre a quantidade de Bitcoins disponíveis no mercado e a quantidade minerada a cada ano.
À medida que o tempo passa, a quantidade de Bitcoins minerados diminui, aumentando a relação entre o estoque existente e o novo fluxo, consequentemente reduzindo a oferta no mercado. Com base nessas informações, o modelo prevê um aumento futuro no preço do Bitcoin.
Essencialmente, o Stock-to-Flow compara o Bitcoin a commodities como ouro, prata, entre outras. Devido à sua natureza escassa, a criptomoedas é considerada um ativo que retém valor ao longo do tempo, e o Stock-to-Flow o avalia como uma reserva de valor.
Analisando a imagem a seguir, as marcações das linhas verticais representam os Halvings do Bitcoin. É perceptível que a linha do indicador apresenta um movimento de alta após cada evento que reduz a produção de novas moedas em 50%.
No momento, a linha colorida no gráfico que representa o preço do Bitcoin está situada abaixo da linha do Stock-to-Flow, seguindo um padrão semelhante aos ciclos anteriores. Segundo o Stock-to-Flow, o preço do Bitcoin poderá ultrapassar a marca dos US$ 50 mil neste período que antecede o Halving, programado para abril de 2024.
Vale ressaltar que a fonte principal de dados para o Stock-to-Flow do Bitcoin é o cronograma de fornecimento incorporado ao código fonte da moeda. Essa estrutura nos permite identificar o futuro cronograma de fornecimento.
As informações fornecidas por essa ferramenta destacam para os investidores de longo prazo o potencial crescimento futuro oferecido pelo Bitcoin. Enquanto isso, as flutuações diárias de preço que observamos no mercado oferecem oportunidades para especuladores de curto prazo realizarem suas negociações em um ativo que se mostrou sólido, seguro e com alto potencial de valorização.
Valor de mercado
Continuando nossa análise, vamos explorar outro indicador derivado dos dados de rede do Bitcoin: o MVRV (Market Value to Realized Value), que avalia o valor de mercado em relação ao valor realizado.
Esta semana, a linha desse indicador atingiu os níveis de 1.86 e mantém-se dentro de um canal ascendente, enfrentando a resistência da linha de 50% do canal. É relevante destacar que o MVRV ultrapassou os níveis em torno de 1.64, que representavam a mínima de agosto de 2020 e julho de 2021, inclusive superando a máxima de abril deste ano.
O objetivo para o movimento do valor de mercado em relação ao valor realizado está situado em 2.16, que historicamente tem sido uma região na qual os investidores direcionam sua atenção, atuando ao longo do tempo como suporte e resistência para o MVRV. Se a região de 2.16 for rompida para cima, a próxima possível resistência encontra-se na máxima de outubro de 2021, em 2.74.
Comportamento de mercado
Após examinar os dados on-chain e considerar as projeções de crescimento futuro do Bitcoin por meio do comportamento dos investidores, direcionamos nossa atenção para a análise do movimento de preços por meio do gráfico de velas.
No gráfico mensal, observamos que o mês de novembro encerrou próximo da sua máxima, sugerindo a possível continuação da tendência de alta. À medida que dezembro teve início, os investidores atuantes na compra não permitiram, até o momento, qualquer correção, impulsionando o preço do Bitcoin para US$ 42 mil.
Na última edição do “Variação de Mercado”, mencionamos que a linha de equilíbrio de 9 períodos (Tenkan Sen), a partir de 1º de dezembro, continuaria seu movimento ascendente, e sugerimos a possibilidade de um cruzamento das linhas Senkou Span A e Senkou Span 26 períodos no futuro.
As informações fornecidas pelo Trade System Ichimoku foram precisas e confirmaram-se. O cruzamento das linhas Senkou Span A e B no futuro sinaliza que o movimento de preço do Bitcoin pode estar prestes a confirmar uma reversão da queda iniciada em novembro de 2021. É importante considerar outros fatores contextuais dentro do Ichimoku, mas a torção futura da ‘Nuvem’ é interpretada como um ‘forte domínio de compradores’.
Entre os elementos que podem interromper a sequência de alta está o fato de o preço estar atualmente dentro da ‘Nuvem’, tendo como resistência principal, no gráfico mensal, o topo dessa ‘Nuvem’, onde se encontram a Senkou Span A e a linha base do Ichimoku, representada pela Kijun Sen, um ponto de equilíbrio de 26 períodos. Nesse cenário apresentado pela movimentação do preço do Bitcoin, a linha base atuou como um ponto atrativo para o preço, levando-o até a região de US$ 42 mil.
Outro fator a ser considerado é a presença da Chikou, que compara o preço atual com as negociações dos últimos 26 períodos. Esta linha está abaixo das velas de novembro e dezembro de 2021.
Os níveis de preço negociados em novembro e dezembro de 2021 podem atuar como resistência para o movimento atual, já que esses dois meses marcaram o início de uma grande queda nos últimos dois anos. Observamos que a mínima de dezembro de 2021 coincide com a linha base do Ichimoku, situada em US$ 42 mil. Este nível de preço também é relevante por representar uma região de 50% de retração de Fibonacci.
A amplitude da vela de novembro foi consideravelmente menor do que a de outubro, sugerindo que os investidores podem estar mais cautelosos com a proximidade de níveis importantes de resistência às vésperas do final do ano.
Estamos no quarto mês consecutivo de variação positiva no preço do Bitcoin e, apesar dos dados on-chain sinalizarem um potencial de valorização no longo prazo, é natural esperar alguma forma de correção para realização de lucros.
De frente para a parede
No gráfico de preços com intervalo semanal, é evidente que o preço alcançou o topo do canal ascendente, o qual também coincide com os níveis de 50% de retração de Fibonacci. Nessa área, encontramos um ‘Order Block’ criado por vendedores em abril de 2022. Diante disso, é natural que os compradores enfrentem alguma dificuldade para superar a máxima do ‘Order Block’, estabelecida em uma região de preço de US$ 48 mil.
As linhas de equilíbrio de 9 e 26 semanas do Ichimoku estão oferecendo um possível suporte na região de 50% do canal ascendente, em US$ 35 mil. Além disso, a ‘Nuvem’ futura, representada pelas linhas Senkou Span A e Senkou Span B, apontam para cima, sugerindo que os compradores mantêm o controle da estrutura do gráfico semanal.
O cruzamento das linhas Tenkan e Kijun do Ichimoku pode ser analisado para a formação das ondas nesse movimento ascendente no gráfico semanal. Na imagem a seguir, traçamos o possível movimento dessas ondas, com uma projeção sugerida para US$ 51 mil.
Essa informação coincide com os estudos do Stock-to-Flow mencionados anteriormente, sugerindo a possibilidade de o preço do Bitcoin alcançar níveis acima de 50 mil dólares antes do Halving.
No entanto, considerando o contexto em que há um grande ‘Order Block’ a ser superado, é possível que ocorram movimentos corretivos durante a formação dessas ondas. No entanto, o gráfico semanal indica claramente que estamos em uma tendência de alta.
Conclusão
Considerando todas as informações analisadas nos diferentes indicadores e gráficos do Bitcoin, é possível chegar a algumas conclusões significativas.
Primeiramente, os dados provenientes dos indicadores on-chain forneceram insights sobre o comportamento dos investidores de curto e longo prazo. A análise do Price Forecast Tools revelou padrões históricos precisos, indicando possíveis níveis de preços futuros. Da mesma forma, o Stock-to-Flow ofereceu perspectivas interessantes sobre o crescimento potencial do Bitcoin, considerando sua escassez e sua semelhança com commodities como ouro e prata.
Além disso, ao explorar o indicador MVRV, observamos a superação de níveis importantes e a possível confirmação de movimentos de reversão, demonstrando o interesse dos investidores no ativo.
A análise técnica dos gráficos de velas, especialmente nos intervalos mensal e semanal, indicou possíveis áreas de resistência e suporte, assim como a identificação de tendências de alta em andamento. A interseção das linhas e a formação de padrões no Ichimoku sugeriram movimentos ascendentes consistentes.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar das indicações positivas e do potencial de valorização observado, o mercado é dinâmico e está sujeito a correções e movimentos imprevistos. A presença de grandes ‘Order Blocks’ e níveis significativos de resistência pode resultar em correções temporárias no preço do Bitcoin.
Dessa forma, embora os dados analisados sugiram uma tendência de alta e possíveis cenários otimistas para o Bitcoin, é crucial manter uma perspectiva equilibrada. A volatilidade do mercado e os fatores externos podem influenciar as oscilações de preço, exigindo cautela e análise contínua para os investidores.
Em suma, embora haja evidências encorajadoras de um potencial crescimento futuro do Bitcoin, a análise deve ser combinada com uma abordagem prudente e uma compreensão clara do mercado.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos os leitores que dedicaram seu tempo para examinar este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as análises e informações apresentadas tenham sido úteis sobre as tendências atuais e possíveis cenários futuros desta criptomoeda. Agradecer pela atenção dispensada é essencial, e espero que este relatório tenha contribuído para uma compreensão mais ampla do mercado de criptomoedas.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no YouTube e em meu perfil no Instagram.
O desempenho do mercado de criptomoedas é algo surpreendente. Enquanto há um certo sinal de que os compradores estão perdendo força, o preço do Bitcoin (BTC) volta a subir, colocando o ativo em um nível de sobrecompra não visto há anos. Em contrapartida, a maturidade da criptomoeda tem tornado os gatilhos de volatilidade cada vez menos frequentes, mantendo a movimentação de preços focada no próprio setor cripto. Com o preço chegando a bater os US$ 42 mil do que uma queda aos US$ 34 mil, como fica o cenário do BTC para os próximos dias?
O fim está cada vez mais próximo
Se em 2022 e até certa parte deste ano, o mercado ficava de cabelo em pé quando ouvia falar em inflação e aumento de juros nos Estados Unidos, a reta final de 2023 parece um belo passeio no parque. Agora, não só os investidores estão bem tranquilos em relação a esses temas, como ainda esperam que o Federal Reserve comece a cortar os juros já nos próximos meses.
Essa perspectiva, de fato, não é nenhuma loucura, apesar dos solavancos econômicos globais. O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu 0,2%, na base mensal, e 3,5%, na anual. Mesmo que esteja positivo, o indicador veio em linha com o esperado pelos analistas, mostrando que a inflação está, sim, arrefecendo.
Com isso, os olhos se voltam para o desempenho econômico do país e os possíveis receios de uma estagflação. Porém, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deram uma trégua aos investidores. O PIB avançou inesperadamente 5,2%, acima do estimado pelo mercado. Com isso, a economia parece resiliente, mesmo diante da pressão monetária exercida pelo FED.
O otimismo de médio prazo segue até o último discurso de Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano, na última sexta-feira. A autoridade monetária disse que os empregos, embora aquecidos, estão caminhando para um equilíbrio, o que pode desafogar a inflação. Ao mesmo tempo, ele demonstrou novamente suas preocupações com a economia do país em meio a um cenário ainda mais restritivo monetariamente.
Com todos esses dados, o mercado não só aposta que o Federal Reserve vai manter sua postura cautelosa de não avançar os juros, como ainda já começa a especular sobre quando a taxa vai ser cortada. Isso, claro, é um prato cheio para investidores de risco, como do mercado de criptomoedas, que observam uma queda nos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, desvalorização do dólar e, consequentemente, uma alta nos papéis menos conservadores. Não à toa, o Bitcoin disparou para os US$ 42 mil na abertura desta senana.
Otimismo do outro lado do oceano
Se tem uma coisa que a economia da Zona do Euro não está é estável. Mas até aí, nada está muito concreto mesmo. Porém, os recentes dados macroeconômicos do bloco mostraram que a situação está, pelo menos por enquanto, dando sinais interessantes ao mercado.
A começar pela inflação que desacelerou para 2,4% em novembro, uma queda bem importante se comparado com os 2,9% do mês anterior. O melhor dessa retração é que ela aconteceu por conta de uma baixa nos preços de energia, a maior de cabeça da região no último ano. Isso, claro, repercutiu em um avanço do setor de Varejo e Serviços, que contrariaram a expectativa de declínio dos analistas, colocando ainda mais força para a economia europeia.
Com o motor econômico ligado novamente, os investidores podem sair um pouco da toca e buscar por produtos de maior risco. O mercado de criptomoedas tem recebido grande especulação por lá, principalmente com uma série de fundos sendo lançados e parcerias entre empresas do setor. Assim, o apetite em torno do Bitcoin tende a aumentar, alavancando o mercado de criptomoedas por lá.
Desenvolvendo mercados
Após dados oficiais apontando retração da economia chinesa, uma revisão da Caixin/S&P Global mostrou um cenário bem diferente. O Índice Gerente de Compras (PMI) da Indústria avançou de 49,5, em outubro, para 50,7, em novembro. Esta é considerada a expansão mais rápida em três meses e superou a expectativa dos analistas.
Com uma economia e inflação mais controladas, os chineses seguem divididos entre o mercado de risco e conservador. Os impactos mais agressivos podem vir dos incentivos do Banco Central da China ao setor imobiliário. O governo segue implementando facilidades para reduzir o preço do minério de ferro e, assim, manter o país estável em suas contas.
No caso das criptomoedas, a região segue como uma das maiores dominadoras, mantendo investimentos constantes e desenvolvimentos tecnológicos envolvendo o yuan digital e até parcerias com bancos tradicionais. Esse conjunto pode catalisar uma forte pressão de compras no curto e médio prazos.
Bitcoin vai disputar a resistência?
O Bitcoin iniciou dezembro mostrando que a força dos compradores não foi embora. Ao contrário, a criptomoeda de referência avançou para os US$ 42 mil, abrindo o mês no positivo e sugerindo a construção de uma possível quarta alta mensal consecutiva. A última vez em que esse comportamento aconteceu foi em abril deste ano. Antes disso, apenas outubro de 2020 registrou um avanço de preços deste tipo. Com isso, as perspectivas dos últimos Satoshi Calls de que, mesmo sobrecomprado, a moeda digital estava muito mais próxima de um teste dos US$ 42 mil do que uma correção aos US$ 34 mil e US$ 31 mil se confirmou.
Esta foi a última vez
Uma previsão de preços chamou a atenção dos investidores recentemente. Plan B, criador do famoso modelo Stock-to-Flow declarou que o Bitcoin nunca mais ficará abaixo dos US$ 35 mil. Sua fala se baseia justamente nos aumentos recentes de hashrate da criptomoeda e na arbitragem entre mineradores e o próprio mercado.
Neste caso, é muito difícil dizer que Plan B está correto, apesar de ter suas opiniões muito respeitadas no setor. O impedimento de uma queda abaixo dos US$ 35 mil basicamente negaria as principais análises técnicas dos traders atualmente. Em contrapartida, o comportamento dos mineradores, sim, chama a atenção neste momento pré-halving, que está previsto para acontecer em abril de 2024. Assim, vai ser interessante observar se o mercado ou Plan B vai estar certo no fim do jogo.
Cair ou subir? O importante é comprar!
Quem tá pouco se importando com as previsões de preços – sejam elas otimistas ou pessimistas – é a GrayScale. Após se reunir com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para tentar converter seu Bitcoin Trust em um ETF à vista, a empresa de tecnologia anunciou a compra de mais US$ 600 milhões em BTC.
Tchau, dólar
Com o aperto monetário norte-americano caminhando para seu fim, o mercado não só enxerga uma queda nos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, como também uma desvalorização do dólar. Isso levou os investidores a correrem para outros ativos. Interessante de tudo é que não foi para as ações, mas, sim, ouro e Bitcoin.
O metal atingiu uma nova máxima histórica nesta segunda-feira, enquanto a criptomoeda de referência avançou para os US$ 42 mil. A perspectiva de que os Estados Unidos vão ter sua força reduzida no curto prazo ajudou na valorização desses dois ativos de “segurança”.
Cada vez menos especulativo
Os dados on-chain, curiosamente, mostram que o nível especulativo está cada vez menor, o que acompanha essas subidas de preços constantes, mas não tão intensas. No levantamento, o número de detentores de curto prazo de Bitcoin atingiu uma baixa de 10 anos. Isso sugere que mais investidores estão segurando o Bitcoin a longo prazo, o que pode ser um sinal de que ninguém está muito no clima de vender.
Superando expectativas
O mercado de criptomoedas muitas vezes nos pega de surpresa, e o gráfico do Bitcoin oscila diariamente. Desta forma, uma análise técnica abrangente pode reduzir alguns ruídos importantes de uma tentativa de prever os próximos movimentos dos investidores.
Por isso, vamos ficar mais de pertinho e olhar para o gráfico diário. É nítido que a criptomoeda de referência rompeu a linha de resistência (linha preta superior), mostrando a força dos bulls na abertura de dezembro. Mais do que isso, o movimento do ativo avançou para além do canal de alta, deixando o mercado animado, mas cauteloso com a necessidade de uma correção de preços.
Fonte: GoCharting, em 04/12/2023, às 9h39min.
Já o volume de negociação também se movimentou de forma interessante, rompendo, pelo menos brevemente, a tendência de baixa anterior. A cautela, porém, é imprescindível. A banda de Bollinger simplesmente foi ignorada e precisa se reajustar, seja ela mesma alcançando o preço do BTC ou uma correção do próprio mercado. Assim, um reteste dos US$ 38,5 mil ou até os US$ 37,8 mil não estão fora de jogo.
Os indicadores adjacentes até sinalizam que talvez exista espaço para mais algumas altas. Mas sempre é bom lembrar que, sozinhos, esses aparatos técnicos pouco têm a contribuir para uma boa análise. Dito isso, o MACD cruzou há pouco suas linhas para cima, sugerindo a força otimista do mercado prevalecendo. Porém, o Índice de Força Relativa (RSI) vai para 75 pontos, o que é um pézinho dentro da sobrecompra já. Então, nem tanto ao céu, nem tanto à terra neste momento, ok!?
Riscos maiores
Quando vamos para o gráfico semanal, meio que tudo pode acontecer. Em um fractal, as últimas semanas também criaram um canal de alta interessante, com o Bitcoin, agora, muito perto de romper a mediana dessa faixa. Caso essa resistência seja rompida, o topo do canal, em US$ 43 mil devem ser o próximo passo.
Fonte: GoCharting, em 04/12/2023, às 9h33min.
Entretanto, muita cautela por aqui. Um reteste dos US$ 39 mil ou principalmente dos US$ 36 mil não está tão distante assim. Afinal, não os níveis marcam não só a base desse canal de alta, como também é o decote mais baixo do último grande ombro-cabeça-ombro, respectivamente. Ao mesmo tempo, o RSI vai para 81 pontos, com o mercado com os dois pés dentro da sobrecompra. A última vez em que isso aconteceu foi em fevereiro de 2021, cerca de nove meses antes do início do bear market. Então, é o famoso esperar para ver.
Conclusão
O mercado de criptomoedas está cada vez mais maduro, e as oscilações de preços ficam mais previsíveis tecnicamente falando. O comportamento dos investidores de Bitcoin está praticamente definido: pouca especulação e muita acumulação. Mas sabemos que tudo isso pode mudar a qualquer momento. Porém, considerando as últimas reações da criptomoeda, é interessante observar qual vai ser o gatilho responsável por desencadear um grande movimento de baixa ou alta.
Enquanto isso, o mercado segue em níveis de sobrecompra bem nítidos, exigindo uma cautela ainda maior dos investidores no curto prazo. O que não parece, na realidade, ser a reação de outros traders. Com isso, é possível – embora difícil de se confirmar – que um FOMO (fear of missing out) esteja se criando no mercado pré-halving, mesmo com uma força reduzida em comparação com FOMOs anteriores.
Para finalizar, os US$ 42 mil colocaram o mercado de criptomoedas de vez no território de sobrecompra. Embora exista, sim, espaço para mais ganhos, a cautela diante de uma correção é fundamental.
O Bitcoin (BTC) permanece em seus topos locais, muito próximo dos US$ 38 mil. O comportamento da criptomoeda de referência, porém, ligou o sinal de alerta dos investidores, que estão vendo uma falta de força dos bulls em avançar o preço do ativo, estimando uma possível correção de preços. Os indicadores técnicos apontam que, de fato, a moeda digital pode sofrer com flutuações baixistas no curto prazo. Entretanto, a perspectiva de médio prazo se mantém positiva, o que deve acompanhar um sentimento de otimismo até o próximo halving.
Operando no meio de campo
No decorrer dos últimos 28 dias, o Bitcoin apresentou uma valorização positiva de aproximadamente 8% em sua movimentação de preço, marcando o período de novembro com considerável atividade no mercado das criptomoedas.
Ao examinarmos o gráfico mensal do Bitcoin, notamos uma série de movimentos significativos dentro do contexto do sistema Ichimoku Kinko Hyo. O preço ultrapassou recentemente a linha Senkou Span B, posicionando-se em uma região intermediária entre dois níveis de equilíbrio, formando o que é conhecido como a “Nuvem” do sistema.
Indicadores importantes, como a Tenkan Sen (que representa o equilíbrio dos últimos 9 meses) e a linha Senkou Span A (posicionada 26 períodos no futuro), estão sinalizando movimentos ascendentes. Esta convergência de indicadores sugere uma tendência de alta no período mensal.
A análise histórica baseada no sistema Ichimoku aponta que quando o preço entra na região da “Nuvem”, é comum que ele se desloque em direção à próxima linha de equilíbrio. Com a recente quebra para cima da Senkou Span B, existe a possibilidade de os investidores direcionarem o preço para a Senkou Span A no presente, localizada em torno dos US$ 42 mil dólares.
É interessante observar que a linha base (Kijun) está atualmente plana, o que pode atrair o preço para seus níveis de equilíbrio. Também verificamos que, tanto a Senkou Span A atual quanto a Kijun estão posicionadas na mesma região de preço, o que reforça esses níveis como possíveis resistências significativas.
Outro ponto a ser considerado é a posição da Chikou Span, inserida no gráfico há 26 períodos no passado, permanecendo abaixo do preço. Isso sugere que o movimento ascendente atual no gráfico mensal do Bitcoin pode encontrar dificuldades para ultrapassar a região da “Nuvem”.
Analisando eventos passados, observamos que o último rompimento da “Nuvem” de baixo para cima ocorreu em julho de 2020, seguido por um recuo no preço antes de uma subsequente valorização histórica que elevou o preço do Bitcoin para a máxima de 69 mil dólares.
O volume de negociação registrado no mês de novembro foi menor em comparação ao mês anterior, outubro, e a amplitude da vela mensal também foi reduzida. Essa informação sugere que os movimentos próximos a regiões de resistência têm deixado os investidores cautelosos, apesar de ainda estarem otimistas quanto à perspectiva de preços mais altos.
Destaca-se ainda que a teoria das ondas do sistema Ichimoku aplicada ao gráfico mensal indica a construção de uma terceira onda ascendente no movimento do preço do Bitcoin, com o primeiro alvo situado na mesma região de preço onde estão localizadas a Kijun e a Senkou Span A.
Além disso, ao final do mês de novembro, completamos um ciclo de 13 meses desde o início da última alta, registrado em novembro do ano passado. Esse período coincide com o ciclo de queda entre novembro de 2021 e novembro de 2022, que também durou 13 meses. É essencial observar a relevância do número 13 nos estudos de ciclos temporais no mercado financeiro, um período de equilíbrio entre os ciclos de 9 e 17 meses.
Os ciclos temporais no gráfico de preços e a inserção de números-chave nos períodos de tempo foram amplamente estudados por Goichi Hosoda, o criador do sistema Ichimoku, e William Delbert Gann, conhecido por W.D. Gann, que desenvolveu a metodologia de Gann, amplamente difundida nos estudos de mercado.
A redução no volume de negociação neste mês de novembro pode estar relacionada ao período de encerramento de ciclo temporal o que leva os investidores a operarem o mercado com alto controle de gerenciamento de risco e diminuindo o tamanho das posições até que o ciclo se encerre e a relação entre a oferta e demanda ofereça informações mais significativas sobre a possível direção do preço.
A expectativa para diferentes cenários pode contribuir para redução no volume de negociação.
Durante nossa avaliação do gráfico mensal, comentamos sobre os níveis de preço em 42 mil dólares, diante disso vale lembrar que essa mesma região coincide com 50% de retração de Fibonacci de toda a grande queda iniciada em novembro de 2021.
Fluxo de capital para o Bitcoin
Nos nossos relatórios anteriores sobre a “Variação de Mercado”, acompanhamos a evolução do gráfico semanal do Market Cap até que os níveis de dominância e capitalização do Bitcoin atingissem 54,3% durante outubro. Observamos que, em novembro, houve uma redução na entrada de capital e, como consequência, a dominância do Bitcoin diminuiu.
Ao analisar minuciosamente as estruturas gráficas do Market Cap, percebemos que as semanas de novembro registraram máximas mais baixas, sugerindo uma redução na atuação dos investidores na ponta da compra. Diante dessas informações, torna-se crucial compreender o que realmente está ocorrendo a longo prazo, analisando o gráfico mensal do Market Cap.
Na imagem a seguir, apresentamos um gráfico mensal com as linhas de equilíbrio do Trade System Ichimoku, detalhando o comportamento da entrada e saída de capital e observando a relação entre oferta e demanda no Bitcoin. A primeira observação relevante é que o Market Cap está próximo de uma resistência de Senkou Span A, uma das linhas que compõem a “Nuvem” de Ichimoku.
É importante notar que a Senkou Span A inserida no gráfico 26 períodos no futuro, permaneceu plana durante as negociações de novembro, mas a partir do início de dezembro, é possível que ela aponte para cima, representando o movimento ascendente na capitalização iniciado em setembro de 2022. No entanto, no momento atual, a Senkou Span A está em declínio, representando a grande queda iniciada em janeiro de 2021, indicando a relevância da resistência da “Nuvem”.
Apesar dessa resistência, o equilíbrio do movimento, representado pelas linhas Tenkan Sen (9 períodos) e Kijun Sen (26 períodos), é ascendente desde o cruzamento dessas duas linhas em junho deste ano, sugerindo a tendência de alta observada atualmente.
A diminuição da dominância do Bitcoin pode ser vista como uma retração do movimento ascendente. Esta interpretação permanecerá válida até que os níveis de capitalização e dominância operem abaixo das linhas Tenkan e Kijun no gráfico mensal, o que não é o caso atualmente.
Outro fator que confirma a atual resistência na região da “Nuvem” é a relação entre oferta e demanda no Bitcoin. Existe uma ampla região de desequilíbrio no gráfico mensal, originada pela vela do mês de abril de 2021. Para contextualizar, desequilíbrios como este são descritos na análise técnica de diversas maneiras.
Alguns analistas denominam como “Fair Value Gap”, outros como um “Imbalance” ou desequilíbrio, e alguns operadores referem-se a isso como região de Gap de barras. Independentemente da nomenclatura, a interpretação é a mesma.
De acordo com estudos históricos de análise técnica, esses níveis de desequilíbrio tendem a ser obstáculos relevantes para a continuação do movimento de alta, podendo exigir esforço adicional por parte dos investidores para a sua superação. Enquanto esse esforço adicional não se concretiza, é natural acompanharmos algum tipo de correção.
Esse movimento corretivo poderá encontrar suporte na linha Tenkan Sen (equilíbrio de 9 períodos), a qual em dezembro pode estar posicionada em torno de 51%.
Resumindo, o gráfico mensal do Market Cap sugere uma tendência ascendente, podendo apresentar movimentos limitados de retração até testar regiões de equilíbrio, que estão gradativamente ascendentes.
Caso os investidores que atuam na ponta da compra consigam ultrapassar a região de desequilíbrio criada em abril de 2021, haverá a ruptura da “Nuvem” para cima neste gráfico mensal do Market Cap, podendo impulsionar o movimento de alta no preço do Bitcoin.
Em níveis de sobrecompra
Examinando o gráfico de preços no período semanal, observamos que a cotação do Bitcoin se posiciona em uma região de topo de canal de alta. A linha superior do referido canal permanece atuando como a principal resistência para continuação do movimento ascendente. O indicador MACD renovou a máxima de seu histograma acima da linha zero refletindo o otimismo do mercado com a valorização do Bitcoin próxima aos US$ 40 mil.
Investidores que operam no mercado financeiro com base nas informações do indicador MACD, optam por procurar posições de compra enquanto o histograma estiver renovando máximas acima da linha zero. A linha de sinal e a linha MACD também apontam para cima e não apresentaram sinais de enfraquecimento até o fechamento da vela da semana passada.
Na semana passada o volume de negociação foi menor que a semana anterior, porém, no contexto das últimas quatro semanas, os níveis de volume permanecem constantes amparado pelo domínio de compradores que, apesar de reduzirem a intensidade, permanecem ativos na estrutura semanal com o objetivo de levar o preço até as próximas resistência no topo do canal de alta.
O indicador Estocástico Lento, está posicionado acima dos níveis de 80, atuando em uma região de possível sobrecompra. De acordo com o que já comentamos em relatórios anteriores, existem momentos no mercado financeiro que o indicador Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos em região de sobrecompra utilizando o nível de 80 como possível suporte na movimentação do indicador.
Um cenário que pode oferecer uma análise mais detalhada para investidores que atuam na ponta da compra, é se o preço promover algum tipo de correção com o indicador Estocástico Lento buscando o nível de 80 como suporte ou até mesmo comparando uma possível redução no volume de negociação com o Estocástico Lento alcançando os níveis de 50% do indicador. Para que este cenário se torne um movimento que desperte o interesse de compradores, é fundamental que o MACD esteja acima da linha zero com renovação de máximas em seu histograma.
Esta tríade de indicadores envolvendo, MACD, Estocástico e Volume de negociação, é amplamente explorada por analistas que atuam no mercado financeiro usando os princípios da análise técnica para a tomada de decisão.
Ainda observando o gráfico semanal de preços do Bitcoin na imagem a seguir, adicionamos as linhas do Trade System Ichimoku, que permanecem sugerindo movimentos ascendentes para o preço.
Tenkan Sen e Kijun representando o equilíbrio do preço, podem atuar como suporte e continuam apontando para cima. Senkou Span A, inserida no gráfico 26 períodos no futuro, está representando a tendência iniciada em setembro deste ano e também está apontando para cima. Senkou Span B, que representa o equilíbrio de 52 períodos e que está inserida no gráfico 26 períodos no futuro, também está apontando para cima sugerindo que o fractal de longo prazo é ascendente.
E a linha Chikou Span, inserida no gráfico, representa o comportamento dos investidores 26 semanas no passado. Note que o movimento atual da Chikou Span promoveu a ruptura para cima da região de “Nuvem” no passado. Esta informação é relevante tendo em vista que há 26 semanas atrás, investidores que atuavam na ponta da venda, não conseguiram deslocar o preço para baixo e podem ter sido liquidados durante o movimento ascendente atual. A “Nuvem” que antes era resistência para o movimento de Chikou Span, agora passou a ser um suporte relevante.
Dentro de todo este contexto apresentado, analisando indicadores como MACD, Estocástico e Ichimoku, entendemos que o domínio nas negociações de Bitcoin permanece nas mãos de investidores que estão atuando na ponta da compra.
Enquanto o preço do Bitcoin está sendo negociado acima das linhas Tenkan e Kijun, qualquer movimento de retração pode ser interpretado como sendo apenas um pullback e que a tendência de alta iniciada em setembro deste ano ainda está predominante.
Traders no lucro
Ao analisar os dados de rede, examinamos o indicador MVRV, que mede o valor de mercado em relação ao valor realizado.
A linha desse indicador voltou a apontar para cima, mantendo-se em um canal ascendente e seguindo sua trajetória em direção a uma possível busca pela principal resistência identificada em 2.16. No momento, o MVRV está em 1.79, operando acima das máximas de abril deste ano e acima da máxima de março de 2022.
Enquanto o preço do Bitcoin tem apresentado alguma exaustão nas áreas de limite de um canal de alta, o MVRV, que na semana anterior apontava para baixo, voltou a demonstrar otimismo no valor de mercado em relação ao valor realizado do Bitcoin.
Na figura a seguir, além do indicador MVRV, também temos o indicador SOPR, que apesar de apresentar sua linha em declínio, ainda permanece acima da linha 1. Esse posicionamento do SOPR sugere que, em caso de investidores encerrarem suas posições, de modo geral, seria com realização de lucros.
É crucial acompanhar a movimentação do SOPR para entender quando os investidores começam a entrar em regiões com saldo negativo. Geralmente, quando o SOPR se posiciona abaixo da linha 1, além de sinalizar a probabilidade de operadores encerrarem suas posições com prejuízo, também pode representar oportunidades para grandes investidores absorverem essa liquidez de investidores menos experientes.
Apesar do gráfico de preços indicar uma certa cautela dos investidores na transição do mês de novembro para dezembro, tanto o MVRV quanto o SOPR ainda mostram sinais positivos.
Conclusão
A análise da movimentação de preços do Bitcoin ao longo das últimas semanas revelou um cenário complexo, porém promissor no longo prazo. Acompanhamos de perto os indicadores-chave, como o desempenho dos gráficos, indicadores técnicos como Ichimoku, dados de rede como MVRV e SOPR, bem como a interação entre oferta e demanda.
O Bitcoin demonstrou uma valorização positiva ao longo do último mês, embora enfrentasse resistências significativas, especialmente nas áreas de limites do canal de alta. O exame dos gráficos revelou sinais de possível exaustão, mas indicadores como o MVRV mantiveram uma tendência ascendente, sugerindo otimismo em relação ao valor de mercado em comparação ao valor realizado do Bitcoin.
Além disso, o comportamento do SOPR, mesmo com uma linha em declínio, permaneceu acima do ponto de equilíbrio, indicando lucros em potencial caso os investidores encerrem suas posições.
Ao considerar o contexto geral no gráfico do Market Cap, identificamos pontos críticos, como a resistência na região da “Nuvem” de Ichimoku e os desequilíbrios evidenciados em períodos anteriores. Esses pontos podem representar desafios significativos para o movimento de alta, exigindo esforços adicionais para superá-los.
Embora o mercado tenha sinalizado cautela na virada do mês de novembro para dezembro, os indicadores, no geral, ainda apresentam sinais encorajadores para os investidores. No entanto, é essencial permanecer atento à evolução desses indicadores, especialmente em relação aos pontos críticos identificados, pois podem influenciar consideravelmente o movimento futuro dos preços.
Agradecimento
Para encerrar, quero agradecer a todos que dedicaram alguns minutos de seu tempo para ler este relatório em busca de conhecimento. Os estudos gráficos utilizando os princípios da análise técnica podem auxiliar investidores a compreender a formação estrutural do preço.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
Dos US$ 35 mil aos US$ 38 mil, o Bitcoin (BTC) segue sua luta para sair desse afunilamento de preços. As recentes indefinições macroeconômicas, porém, não parecem ter tido efeito direto no preço da criptomoeda de referência. Em contrapartida, o desenrolar judiciário nos Estados Unidos envolvendo o CEO de uma importante exchange internacional fez com o que mercado entrasse no modo “esperar para ver”. A análise gráfica também é complexa, com a sobrecompra mostrando as caras novamente e elevando a cautela entre os investidores.
Muita coisa a se pensar
Um “estranho” movimento está acontecendo nos Estados Unidos. Mas para contextualizar, se liga nisso aqui: Os pedidos de seguro-desemprego recuaram em relação à semana anterior, vindo ainda abaixo do esperado. Embora isso sinalize que o mercado de trabalho ainda está aquecido, a diferença também não é lá essas coisas.
Já o Índice Gerente de Compras (PMI) Composto – que une serviços e indústria – veio em 50,7, o mesmo nível de outubro, ainda indicando que, sim, o país está em território de expansão econômica. Com isso, aquele receio de uma estagflação, em que o governo vê a inflação predominante e a economia em recessão parece cada vez mais distante.
Com isso, a narrativa apontada pelo Federal Reserve nas últimas semanas de que os juros já podem estar em um nível restritivo o suficiente para conter os preços faz muito sentido, não é mesmo? Pois é! É aí que entra esse movimento “estranho”. No final da última semana, os títulos do tesouro norte-americano de 10 anos voltaram a subir.
Isso levanta a suspeita de que os investidores esperam mais um aumento de juros no curto prazo? Ou seria apenas uma galera atrasada chegando para a festa? Se for para especular alguma coisa – baseado em nada com coisa nenhuma –, talvez parte do mercado estivesse na esperança de que o feriado de thanksgiving, seguido pela Black Friday, fosse capaz de aquecer o consumo e consequentemente a inflação. Assim, exigindo uma última ação do FED.
Claro que é extremamente difícil cravar o motivo deste comportamento do mercado. Mas a realidade é que esta procura pelos famosos “T10” coloca uma pressão no mercado de risco, principalmente o acionário, que vê uma ligeira fuga de capital. Interessante, porém, que o Bitcoin não só não sentiu os impactos dessa decisão, como ainda parece ter minimamente se beneficiado no dia, com uma alta de preços no período.
Não é bem assim a história
Recentemente, boa parte do mercado reagiu de forma positiva ao entender que o Banco Central Europeu (BCE) não iria mais aumentar os juros, repetindo o movimento mais “dovish” dos Estados Unidos. A ata da última reunião do BCE parece ter “confirmado” esse sentimento, que não necessariamente é tão positivo assim.
Segundo o documento, o possível fim do aperto monetário na Zona do Euro se dá não pela queda na inflação – que de fato está acontecendo –, mas pelo fraco desempenho econômico do bloco. Para se ter uma ideia, o PMI Composto até avançou de 46,5 para 47,1 na preliminar de novembro. Isso, porém, sustenta a região em território de contração, ao contrário dos norte-americanos.
Desta forma, a Zona do Euro segue aquele carro 1.0, que está passando um sufoco para acelerar na subida. Essa morosidade talvez seja o que reflete o avanço em algumas regulamentações do mercado de criptomoedas, assim como o lançamento de produtos institucionais. Afinal, sem um “T10” forte, as moedas digitais parecem ser um caminho viável para diversificar.
Polêmicas que bagunçam o Bitcoin
Na abertura desta semana, o Bitcoin segue sua luta na região dos US$ 38 mil. Porém, ninguém sabe muito bem para onde o mercado está indo. Afinal, algumas polêmicas – na realidade, apenas uma – deu aquela famosa bagunçada no mercado que derrubou o preço do ativo em um dia, e recuperou tudo no outro.
O grande catalisador para essa volatilidade, claro, é sempre a tal especulação. Porém, de onde ela veio? Neste caso, a bagunça toda começa com a renúncia do cargo de CEO da Binance pelo famoso Changpeng Zhao (CZ). A decisão foi tomada após a exchange se dizer culpada por falhar na segurança de sua plataforma para impedir a lavagem de dinheiro.
Este movimento repentino surpreendeu os investidores, que começaram a imaginar o que mais estaria por vir. Afinal, a decisão praticamente favorável ao governo pode devolver boa parte da força da Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC) para seguir sua repressão ao mercado de criptomoedas. Vale, porém, destacar que esta frase, nem de longe, isenta CZ e seus parceiros de possíveis falhas. O comentário é muito mais macro, considerando o comportamento do presidente da SEC, Garry Gensler, e outras autoridades, que parecem caminhar muito mais para uma repressão do que para uma regulamentação.
HODL especulativo
Quando vamos atrás de pistas para entender os próximos passos do Bitcoin, a gente se depara com uma divergência bem interessante. De um lado, os dados on-chain mostram que mais de 70% da oferta circulante da criptomoeda está parada há mais de um ano, indicando um forte comportamento de HODL Pelo outro, o mercado de derivativos está aquecido.
Só na última semana, mais de US$ 20 bilhões em opções estavam para vencer na sexta-feira. Deste montante, quase 70% eram de contratos de compra. Claro que esta é uma leitura muito simplista e que ignora uma série de estratégias de investimento e proteção. Mesmo assim, é um número que chama a atenção como os bulls estavam bem posicionados recentemente.
Fora isso, os investidores institucionais estão comendo pelas beiradas. Conforme apontaram os exploradores de blockchain e balanços corporativos, empresas investiram US$ 1 bilhão ao longo de todo o ano de 2022. Já na última semana, esses mesmos US$ 1 bilhão foram atingidos em apenas cinco dias. Ou seja, mesmo sem o ETF de Bitcoin à vista aprovado nos Estados Unidos, a fome deste lado do mercado parece bem aberta.
Dá para ler o gráfico?
O Bitcoin entrou em um processo meio lateral nas duas últimas semanas. O que é até compreensível, depois das fortes altas recentes. Porém, ao olhar para o gráfico semanal, conforto não é a palavra que a gente pode encontrar aqui. Pelo menos não como gostaríamos.
Podemos dizer com quase toda a certeza de que o padrão cup and handle foi vencido. Mesmo assim, vou manter ele em nossa leitura por mais algum tempo. Outro ponto positivo é que a linha superior da banda de Bollinger serviu como resistência ao preço, ajustando novamente o indicador ao mercado.
Fonte: GoCharting, em 27/11/2023, às 9h10min.
Mais um gostinho bom vem dos pavios que tentaram romper para baixo – mas sem sucesso – a linha laranja “Resistência 1” rompida no início do mês. Esta região, inclusive, marca a zona mais baixa do decote do último ombro-cabeça-ombro.
Legal, mas por que isso não é confortável? O primeiro ponto que levanta dúvidas sobre uma possível correção de preços é que o Bitcoin fechou sua sexta semana consecutiva de forma positiva. Como a gente bem sabe, nenhum mercado sobe em linha reta. E se quisermos ver movimentações mais robustas e sólidas para cima, novos suportes precisam ser criados a partir dessas quedas.
Mais do que isso, o Índice de Força Relativa (RSI) voltou aos 75 pontos, caminhando novamente para um cenário de sobrecompra – os livros indicam que 70 já é sobrecompra, mas eu gosto de estender para 80, por conta da volatilidade do BTC. Isso sugere que o mercado está muito aquecido e alguém vai precisar realizar lucro.
Isso quer dizer, então, que o Bitcoin vai cair? Não necessariamente. A manutenção do preço acima da linha laranja de “Resistência 1” pode ser responsável por alavancar o preço da moeda digital para a região dos US$ 42 mil, como já vem sendo discutido nos últimos Satoshi Calls. Caso contrário, uma visita aos US$ 31 mil começa a se fazer ainda mais possível.
Conclusão
As instabilidades macroeconômicas continuam não sendo mais tão capazes assim de causar grandes efeitos no preço do Bitcoin e no mercado de criptomoedas. Entretanto, os sinais são tão mistos lá fora, que talvez os investidores estejam atuando no modo “esperando para ver”. Isso justificaria esse clima mais ameno, apesar dos solavancos da vida.
Enquanto isso, o Bitcoin entra em uma zona complexa, em que parte da leitura gráfica chega até a sugerir que a alta do BTC deve continuar no curto prazo. Porém, a sobrecompra do ativo é um ponto-chave a se acompanhar, pois não só a correção de preços seria esperada, como também natural.
Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto.
À medida que o ano de 2023 se desenrola, o mercado de criptomoedas continua a surpreender investidores e entusiastas.
Entre altos e baixos – esse ano tem sido tudo de alto -, algumas criptomoedas se destacaram não apenas por suas inovações tecnológicas, mas também por suas impressionantes valorizações.
Hoje nós vamos explorar cinco desses ativos digitais que não só prometem revolucionar diversos setores, mas também geraram retornos significativos para seus investidores.
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
🤔 Vamos começar do começo
No volátil universo das criptomoedas, as altcoins emergem como estrelas, frequentemente ofuscando o brilho constante de seus predecessores mais estabelecidos como o Bitcoin.
Estas “moedas alternativas” têm capturado a imaginação de investidores e entusiastas da tecnologia, oferecendo não apenas uma alternativa ao status quo das criptomoedas, mas também retornos potencialmente explosivos que desafiam as expectativas tradicionais de investimento.
Em 2023, mesmo não sendo um ano das altcoins, como mostra a Altcoin Index, algumas altcoins resolveram explodir e entregar resultados melhores que o próprio Bitcoin.
Com a adoção em massa e a maturação da tecnologia blockchain, essas moedas digitais estão pavimentando caminhos inovadores para resolver problemas complexos, desde a democratização do acesso financeiro até a revolução da infraestrutura de internet com a Web3. Vamos explorar as cinco melhores altcoins em retorno que não apenas prometem inovação e progresso tecnológico, mas também demonstraram retornos impressionantes ao longo do ano de 2023.
São elas: Injective Protocol, Conflux Network, Render Token, Solana e Stacks. Cada uma dessas plataformas traz uma proposta única ao mercado, mas vale a pena comprar elas após esse rally? Vamos tentar responder a pergunta de 1 milhão de bitcoin que vale mais que barra de ouro.
5 – Stacks (STX) – 222.48% YTD
Já imaginou Smart Contracs no Bitcoin? A Stacks imaginou. A Stacks está trazendo contratos inteligentes e aplicativos descentralizados para o Bitcoin, expandindo sua funcionalidade. Seus co-fundadores são Muneeb Ali e Ryan Shea. Especificamente Muneeb possui um Ph.D. em ciência da computação da Princeton University e tem sido uma figura proeminente no espaço de blockchain, o que contribui significativamente para a credibilidade e as expectativas em torno do Stacks.
A visão deles é expandir a funcionalidade do Bitcoin, permitindo que ele sirva como uma base para inovações modernas em blockchain, sem comprometer a segurança que tornou o Bitcoin sinônimo de criptomoeda.
Não podemos ignorar a solidez da rede Bitcoin – a pioneira e mais segura blockchain do mercado. Sua longevidade e resistência a ataques são incontestáveis, e é exatamente essa robustez que o Stacks busca amplificar.
Stacks está querendo trazer o mercado DeFi para Bitcoin, desbloqueando mais de US$ 300 bilhões em capital e preparando o terreno para a ativação da economia Bitcoin.
Será que vamos ter um concorrente do Ethereum nos próximos anos? Tem gente trabalhando para isso acontecer.
A Stacks está bem longe do seu topo histórico, só isso cria um gap de uma possível valorização de 402,61% vendo que o projeto está robusto, tem mercado e vai buscar seu ATH.
4 – Solana (SOL) – 301% YTD
A Solana já é conhecida de outros verões criptos e foi uma das queridinhas da última altseason. Para quem não conhece, a Solana se destaca como uma das blockchains mais rápidas disponíveis, cortesia da inovação trazida por Anatoly Yakovenko.
Com um passado na indústria de telecomunicações e uma compreensão profunda de sistemas distribuídos, Yakovenko e sua equipe criaram uma blockchain que pode processar milhares de transações por segundo. Solana é uma promessa de um ecossistema onde aplicativos descentralizados podem operar em escala, sem os entraves de redes mais lentas e congestionadas.
O maior problema da Solana hoje é a FTX. O colapso que aconteceu em 2022 teve um impacto significativo no ecossistema da Solana, conforme relatado pelo próprio CEO da Solana, Anatoly Yakovenko.
A queda da FTX não apenas afetou o valor do token SOL, que despencou de US$ 36 para US$ 12, mas também prejudicou cerca de 20% dos projetos baseados na Solana que haviam recebido investimentos da FTX ou da Alameda Research. Aproximadamente 5% das startups do ecossistema tinham fundos depositados na exchange.
A Solana está demonstrando solidez nesse bearmarket exatamente por esse motivo e vem entregando muita coisa como foi mostrado no Breakpoint, evento do Solana.
Para chegar no seu topo histórico, a Solana tem a possibilidade de incríveis 549,25% de valorização. Mas as narrativas de L1 ainda estão fortes e a Solana é um dos poucos projetos que já tem algo estruturado no mercado.
3 – Render (RNDR) – 509% YTD
A Render Token é uma iniciativa que está revolucionando a indústria de gráficos 3D. Conheci o projeto ano passado mas não dei a devida atenção para ele. Para quem não conhece o projeto, ele tem objetivo de alavancar a capacidade ociosa de GPUs em todo o mundo, democratizando o processo de renderização e abrindo novas possibilidades para criadores digitais. Para quem não conhece o mercado, o de renderização seja 2D ou 3D é um processo que pode levar horas ou até dias, dependendo da complexidade do projeto e da potência do hardware disponível. O custo elevado da renderização tradicional se deve à necessidade de hardware de alto desempenho e à quantidade significativa de tempo de computação necessária. Estúdios e profissionais individuais frequentemente recorrem a fazendas de renderização, que são redes de computadores poderosos que trabalham em conjunto para processar imagens, o que pode ser um serviço caro.
A Render propõe uma solução descentralizada para este problema, permitindo que qualquer pessoa com um computador e uma GPU – uma placa de vídeo – possa contribuir com poder de processamento para a rede e ser recompensada com tokens da Render. Isso não apenas torna o processo de renderização mais acessível e menos custoso, mas também cria uma economia compartilhada onde os usuários podem monetizar seus recursos computacionais ociosos.
Sob a liderança de Jules Urbach, um visionário no campo dos gráficos computacionais, o Render Token está quebrando barreiras, permitindo que artistas e criadores de conteúdo tenham acesso a um poder de processamento antes inatingível.
Jules Urbach, o fundador do Render Token, é um pioneiro em gráficos por computador e streaming de conteúdo 3D. Sua experiência anterior como CEO da OTOY, uma empresa de tecnologia de nuvem gráfica, coloca-o em uma posição única para liderar o Render Token em direção ao sucesso.
A presença da OTOY próxima da Render adiciona uma camada de credibilidade e força ao projeto. A OTOY é uma empresa respeitada no campo da criação de conteúdo digital, conhecida por seu software de renderização OctaneRender. A proximidade da Render e a OTOY sugere que a plataforma não só tem o apoio técnico de uma líder da indústria, mas também acesso a uma rede de clientes potenciais já familiarizados com as soluções de renderização da OTOY.
A Render precisaria de 262,81% para chegar ao seu topo histórico! Mas esse é o tipo de projeto que vale a pena ficar de olho.
2 – Conflux (CFX) – 640%
Entre todos os projetos, a Conflux é a única que eu só vim conhecer depois do rally. A Conflux Network é o resultado de uma colaboração entre acadêmicos e pesquisadores, incluindo o Dr. Fan Long, que não se contentaram com as limitações das blockchains existentes.
Eles projetaram a Conflux para ser uma rede de alta performance que não compromete a descentralização ou a segurança. A rede enfrenta o trilema da blockchain, oferecendo uma solução que é escalável e segura, um feito que muitos consideraram impossível até agora.
O trilema da blockchain é um conceito que descreve o desafio de alcançar simultaneamente três propriedades principais em uma rede de blockchain: segurança, descentralização e escalabilidade. Tradicionalmente, acredita-se que uma blockchain só pode fornecer no máximo duas dessas propriedades de uma vez. Por exemplo, uma rede pode ser segura e descentralizada, mas não escalável o suficiente para lidar com muitas transações rapidamente. Ou pode ser escalável e segura, mas centralizada, o que pode comprometer a resistência à censura e a segurança. A imagem vai deixar isso mais claro para vocês.
Utilizando um mecanismo de consenso único chamado Tree-Graph, a Conflux pretende oferecer alta taxa de transações (escalabilidade), sem sacrificar a descentralização ou a segurança. O protocolo Tree-Graph permite que blocos e transações sejam processados em paralelo, aumentando significativamente a eficiência e a velocidade da rede em comparação com blockchains que utilizam sistemas de cadeia única, como o Bitcoin ou o Ethereum.
Além disso, a Conflux se destaca por sua abordagem regulatória amigável, especialmente na China, um mercado notoriamente difícil para criptomoedas devido às suas regulamentações rigorosas. A Conflux tem trabalhado dentro dos parâmetros regulatórios para construir uma ponte entre as finanças descentralizadas (DeFi) e as finanças tradicionais (TradFi), promovendo a adoção e o uso de criptomoedas em um ambiente regulado.
A Conflux está em queda desde o seu lançamento e amargurou -98% no seu fundo. O projeto está com US$ 2 bilhões de marketcap e tem como concorrentes Ethereum, Solana e Cardano que já estão a muito tempo no mercado desenvolvendo o produto.
1 – Injective Protocol (INJ) – 1262%
Chegamos no nosso primeiro lugar, a INJ, mais uma L1 para o mercado. A Injective Protocol surge como uma resposta audaciosa aos gargalos encontrados no mercado.
O Injective Protocol (INJ) é descrito como um blockchain de camada um (layer-one) interoperável e aberto, otimizado para a construção de aplicações financeiras descentralizadas (DeFi) e ela deixa claro esse foco.
Com a visão de Eric Chen e Albert Chon, que trazem um histórico robusto em blockchain e engenharia de software, o protocolo se posiciona como um facilitador de mercados financeiros descentralizados.
A plataforma permite que qualquer pessoa participe e crie mercados, removendo intermediários e democratizando o acesso ao trading de derivativos e spot. A promessa do Injective é uma negociação sem fronteiras, onde a liberdade e a velocidade são soberanas.
Alguns grandes nomes notáveis estão por trás da INJ como a Pantera Capital, que é uma das primeiras empresas de investimento focadas em blockchain e criptomoedas. A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo por volume de negociação, também investiu na Injective Protocol através do Binance Labs e outros investidores incluem Hashed, uma empresa de capital de risco focada em blockchain, e a empresa de investimentos em blockchain, BlockTower Capital.
Conclusão (Vale a pena ou não investir?)
No meu portfólio, Stacks já ocupa um lugar de destaque, refletindo minha confiança em sua proposta de valor e sua visão de trazer contratos inteligentes e aplicações descentralizadas para o Bitcoin.
A Conflux e a Render, embora ainda não façam parte do meu portfólio, demonstram potencial significativo; a Conflux com sua abordagem inovadora para o trilema da blockchain e a Render com sua proposta de descentralizar o mercado de renderização gráfica.
O Injective Protocol foi uma adição recente ao meu portfólio no início deste ano, atraído pela sua promessa de uma infraestrutura DeFi totalmente descentralizada e interoperável. A decisão de investir foi baseada na narrativa de DEFI, uma análise cuidadosa do seu modelo de negócios e do suporte de investidores de renome.
Entre todas, a Render é a que requer uma análise mais profunda. A viabilidade de seu modelo depende fortemente do mercado de renderização e da disponibilidade de GPUs ociosas. Antes de considerar um investimento, é crucial entender a demanda atual por serviços de renderização e quantificar o potencial de crescimento da rede Render.
Por fim, a Solana tem sido um ativo que acompanho desde o último ciclo de mercado e aproveitei o ciclo, mas agora estou fora dela.
O veredito final da minha visão é: Stacks e INJ são cogitação de compra, Conflux e Render é estudo e Solana é acompanhar. – Cada uma dessas criptomoedas representa uma faceta única do amplo espectro de possibilidades que as tecnologias blockchain e web3 têm a oferecer. Enquanto algumas já provaram seu valor e ganharam um lugar no meu portfólio, outras ainda estão sob avaliação, aguardando a confirmação de sua promessa e potencial no mundo real.
Espero que tenham gostado de mais uma news. Mantenha-se informado, invista com sabedoria e continue navegando pelas águas dinâmicas do mercado crypto.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Após beirar os US$ 38 mil, o Bitcoin (BTC) viu seu preço flutuar sem uma direção muito definida, mantendo os investidores cautelosos sobre o próximo comportamento do ativo. Com a expectativa cada vez maior de uma correção, os dados on-chain corroboram com a perspectiva de que há muito lucro a ser realizado no mercado atual, mas que não necessariamente precisa se cumprir no curto prazo. Assim, os US$ 42 mil ainda permanecem no radar, caso os compradores mantenham seu domínio.
Compra ou venda
A análise da dinâmica do Bitcoin nesta semana inicia-se ao examinar o indicador MVRV (Market-Value-to-Realized-Value), uma ferramenta que avalia o valor de mercado em relação ao valor realizado. O indicador atualmente se encontra em 1,78 e próximo a um nível de resistência em 2.16, historicamente reconhecido como um ponto influente na interação entre compradores e vendedores.
Antes de aprofundarmos nesse nível de resistência, é fundamental observar que o MVRV tem se movido dentro de um canal de alta desde dezembro de 2022, atingindo sua máxima em abril deste ano e recuando para o fundo do canal até o mês de setembro de 2023.
A linha do indicador MVRV enfrentou uma resistência anterior em 1.8, marcando a região de 50% do canal de alta. Entretanto, antes de alcançar essa resistência, houve um rompimento ascendente de um nível significativo em 1.64. Quando olhamos para o histórico no gráfico, observamos que em agosto de 2020 e julho de 2021, esse ponto atuou como suporte, mas posteriormente, em janeiro de 2022, ocorreu um rompimento para baixo, transformando o que antes era um suporte em uma resistência. Essa resistência foi respeitada em março de 2022, antes de uma nova queda nos preços do Bitcoin.
Considerando o rompimento ascendente desse nível de 1.64, é natural observarmos esse ponto como um suporte local para o MVRV dentro do canal de alta.
Se a trajetória da linha do MVRV se mantiver dentro dos limites do canal, é possível encontrar uma resistência mais robusta em 2.16, que se estabeleceu como uma região crítica em momentos prévios ao halving.
Nos períodos prévios aos halvings, como em 2016 e 2020, quando o MVRV atingiu 2.16, presenciamos correções mais acentuadas no movimento do Bitcoin. Em 2020, por exemplo, houve um pullback profundo antes da significativa retomada de alta que projetou o preço para US$ 69 mil naquela ocasião.
Neste contexto, investidores estão atentos à dinâmica do MVRV em paralelo com o movimento de preços, buscando identificar possíveis padrões futuros.
Embora o MVRV seja uma ferramenta valiosa na análise de mercado, é fundamental enfatizar que não é um indicador conclusivo e deve ser considerado em conjunto com outras métricas e análises.
O MVRV compara o valor de mercado atual do Bitcoin com seu valor “realizado”, baseado no preço pelo qual as moedas foram adquiridas pela última vez durante suas transações na blockchain. Sua fórmula utilizada é: MVRV= RealizedCap / MarketCap
Uma informação importante sobre o MVRV é que quando atinge níveis altos, acima de 3.7, pode sugerir que o Bitcoin está sobrevalorizado em relação ao seu valor “realizado”, indicando um possível momento de venda. Por outro lado, quando o MVRV é baixo, abaixo de 1, pode indicar que o Bitcoin está subvalorizado em relação ao seu valor “realizado”, o que pode representar uma oportunidade de compra.
Resistências dentro da rede
O indicador NUPL, conhecido como Net Unrealized Profit/Loss, é uma métrica essencial que oferece insights relevantes sobre o sentimento dos investidores em relação ao Bitcoin. Assim como o MVRV, o NUPL se baseia nos dados de rede do Bitcoin para medir a relação entre o valor de mercado e os lucros ou prejuízos dos investidores. A representação gráfica do NUPL é dividida em quatro partes distintas. A linha divisória entre essas partes revela o sentimento predominante dos investidores ao longo do tempo.
Na porção mais baixa do gráfico, identificamos uma área de capitulação em azul claro. Logo acima, há uma faixa branca. Estudos demonstram que entre essas duas regiões, é comum os investidores mostrarem algum nível de esperança quanto a uma possível retomada de alta nos preços. Isso porque o mercado interpreta que o preço pode ter atingido um ponto de fundo durante a capitulação, o que poderia sinalizar uma recuperação iminente.
No entanto, persiste um sentimento de medo, uma vez que ainda há a possibilidade de novas quedas devido à pressão contínua dos vendedores.
À medida que o indicador, representado por uma linha azul, ultrapassa essa fase de esperança e medo, desloca-se para a próxima região, destacada em laranja no gráfico. Nesse estágio, observamos que os investidores começam a manifestar uma ansiedade crescente. Isso ocorre à medida que o preço se eleva e muitos investidores temem perder oportunidades de entrada.
Essa ansiedade é acompanhada de otimismo, pois a entrada de capital nesse ponto é constante, impulsionando o preço de forma substancial para cima. Com base nas informações atuais do indicador NUPL, estamos atualmente vivenciando essa fase de otimismo e ansiedade. Há uma expectativa de que o preço do Bitcoin possa alcançar novos patamares nos próximos meses.
É importante observar no gráfico que a linha azul do NUPL está atravessando toda a região em branco e se dirigindo para os próximos níveis na área laranja. Quando o indicador adentrar essa região laranja e continuar sua trajetória ascendente, é provável que surja um sentimento de crença entre os investidores, confirmando a possibilidade de rompimentos de máximas históricas ou, pelo menos, testes em topos relevantes anteriores.
Se o indicador persistir nesse movimento ascendente, é esperado que entrem em cena sentimentos de euforia e ganância. Esse período é propenso a induzir grandes investidores a realizarem lucros substanciais, dando início a movimentos cíclicos opostos aos observados anteriormente.
Essas métricas são cuidadosamente monitoradas por investidores de longo prazo, que buscam posicionar-se estrategicamente antes que os sentimentos de mercado influenciem suas decisões.
Considerando o contexto apresentado pelo indicador NUPL, a linha do indicador continua apontando para cima, refletindo o otimismo predominante nas negociações do Bitcoin. É fundamental associar as informações fornecidas pelo NUPL com os dados do MVRV e realizar uma análise de preço para verificar possíveis confluências antes de tomar decisões estratégicas.
Além de analisar a movimentação de preço do Bitcoin a longo prazo, é importante explorar dados de rede que também possam oferecer reflexos sobre o comportamento de curto prazo. Nesse contexto, voltamos nossa atenção ao indicador AASI (Active Address Sentiment Indicator), que fornece insights sobre o sentimento dos endereços ativos no curto prazo.
Este indicador compara a variação percentual do preço do Bitcoin nos últimos 28 dias com a mudança nos endereços ativos no mesmo período, estabelecendo limites de volatilidade entre uma banda superior e uma banda inferior.
Na representação gráfica, observamos uma linha laranja que retrata os dados do indicador. Sua interpretação é realizada da seguinte maneira: Quando a linha laranja se aproxima do limite inferior da banda, indica um sentimento pessimista do mercado, sugerindo uma região de sobrevenda. Esse cenário pode criar oportunidades para uma valorização do preço do Bitcoin no curto prazo.
O oposto também é verdadeiro: quando a linha laranja atinge os limites da banda superior, denota um otimismo extremo no mercado, indicando que o mercado pode estar superaquecido. Isso pode oferecer aos investidores chances de realizar lucros. Além disso, quando a linha laranja se encontra no limite superior da banda, é possível que o preço do Bitcoin esteja em uma região de sobrecompra, podendo resultar em uma correção no curto prazo.
Observa-se no gráfico do indicador AASI que desde a última semana de outubro, a linha laranja estava próxima ao limite superior da banda. Isso coincidiu com uma dificuldade do Bitcoin em manter sua tendência ascendente na semana passada.
No momento presente, constatamos que a linha do indicador voltou a operar dentro das bandas e está em direção descendente. Essa observação sugere aos investidores a possibilidade de que uma retomada de alta no curto prazo, pode ocorrer somente após a linha do indicador alcançar a região de sobrevenda nos limites da banda inferior.
Até a data da redação deste relatório, o indicador AASI indicava que, até 20 de novembro de 2023, a variação nos endereços ativos nos últimos 28 dias registrava uma leve alta de 1,69%, enquanto o preço do Bitcoin apresentava um aumento de 13,52% durante o mesmo período.
É importante ressaltar, nos estudos de análise técnica, que a movimentação de preço frequentemente segue padrões ondulares, oscilando entre ondas ascendentes e descendentes. Portanto, o indicador AASI pode auxiliar os investidores na identificação do possível fim de um movimento de curto prazo.
Embora esses indicadores forneçam insights interessantes, é a interação entre oferta e demanda que confirma essas informações. Por isso, é fundamental que todas as análises sejam complementadas pelo próprio movimento do preço. Investidores buscam informações convergentes antes de tomar decisões, tanto no curto quanto no longo prazo.
Fluxo de capital
Vamos agora direcionar nosso estudo para o gráfico semanal do Market Cap do Bitcoin. Após atingir uma dominância de 54,3%, a criptomoeda começou um movimento de retração, registrando três semanas consecutivas com máximas mais baixas do que as semanas anteriores. Esse declínio na entrada de capital contribuiu para dificultar a continuidade da tendência de alta no movimento do preço do Bitcoin.
Apesar disso, uma visão macro do gráfico semanal do Market Cap ainda evidencia uma tendência dominada por compradores dentro de um amplo canal. Esta tendência é respaldada por uma região de suporte na máxima de um movimento de alta anterior. Nesses mesmos níveis, onde observamos a atual capitalização, também identificamos uma linha de tendência de alta que faz parte de uma região de 50% do grande canal de alta mencionado em relatórios anteriores, conforme ilustrado na imagem a seguir.
Um aspecto que identificamos em todo o movimento ascendente é que desde o cruzamento da linha de equilíbrio de 9 semanas (Tenkan) acima da linha de equilíbrio de 26 semanas (Kijun) em 9 de janeiro deste ano, todas as correções foram compostas por 3 ondas.
Na imagem a seguir, o cruzamento das linhas Tenkan e Kijun, seguido pela primeira correção iniciada na semana de 23 de janeiro. Essa correção se desenvolveu em 3 ondas antes de retomar o movimento de alta.
A seguinte correção em 3 ondas ocorreu após o segundo impulso de alta, iniciando na semana de 24 de abril deste ano, seguida por um segundo impulso de alta após o cruzamento de Tenkan e Kijun.
O terceiro movimento corretivo em 3 ondas aconteceu após a semana de 26 de junho deste ano. Este movimento registrou um pullback mais profundo que os dois anteriores, sinalizando uma possível fraqueza na tendência. No entanto, após a semana de 21 de agosto, observamos um novo impulso de alta que alcançou a máxima da estrutura atual em 54,3% de dominância.
Este último impulso de alta da estrutura atual deu início a um movimento corretivo na semana de 23 de outubro e, desde então, registramos pelo menos 3 semanas com máximas mais baixas.
Investidores profissionais estão atentos a essas informações do Market Cap, pois esse declínio na capitalização pode ser apenas a primeira onda de um movimento corretivo, caso os ciclos anteriores se repitam. Dentro desse contexto, caso haja uma nova entrada de capital no Bitcoin, é possível que seja um movimento limitado. Esta expectativa, no entanto, é subjetiva. A atenção agora está voltada para o rompimento ou rejeição do topo anterior.
É válido recordar que, em dezembro de 2020, a dominância do Bitcoin atingiu 73%, o que sugere espaço para um movimento de alta, embora seja natural, entre as ondas de impulso ascendente, a ocorrência de movimentos corretivos, possivelmente em três ondas.
Também é essencial ressaltar que uma nova entrada de capital, mesmo que limitada, poderá projetar o preço do Bitcoin para as próximas resistências discutidas no relatório Variação de Mercado da semana passada. Afinal, a tendência macro nos gráficos semanais, tanto do Market Cap quanto de preços, é ascendente.
Para onde o BTC pode ir?
No gráfico semanal de preços, continuamos a observar o movimento dentro de um canal de alta. Na semana anterior, o preço do Bitcoin enfrentou dificuldades para ultrapassar a região do último topo local, situado em US$ 38 mil. A expectativa de quebrar essa marca poderia projetar o preço para o topo do canal, estipulado anteriormente em US$ 39 mil. Entretanto, diante da ausência de confirmação do movimento de continuação após vários dias, podemos ajustar nossa perspectiva para uma nova região de resistência.
Caso, nesta semana, o preço consiga ultrapassar os US$ 38 mil, o topo do canal permanece uma resistência, agora estimada em US$ 39,8 mil. O preço está adentrando uma região de alto volume do Volume Profile. Se mantiver uma trajetória ascendente, a próxima zona que poderá limitar o movimento está em torno de US$ 42,2 mil, marcando uma retração de 50% desde uma queda iniciada em novembro de 2021.
A linha Chikou Span do indicador Ichimoku, traçada há 26 semanas, conseguiu superar a área da “Nuvem”, aumentando o otimismo entre os investidores. No entanto, o preço, na cotação atual, está distante das linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun, que representam os equilíbrios das últimas 9 e 26 semanas, respectivamente.
De acordo com estudos históricos com base nas linhas de equilíbrio do Ichimoku Kinko Hyo, o preço geralmente não permanece afastado por muito tempo das linhas Tenkan e Kijun. Isso pode resultar em alguma correção, especialmente se houver atividade significativa de vendedores nas regiões de resistência.
Estamos agora na 11ª semana de um movimento de alta que teve início em setembro. Observamos que, à medida que o preço se aproxima da região superior do canal, o volume de negociação está diminuindo, indicando possíveis sinais de exaustão no movimento ascendente.
Apesar desses indícios, e considerando tudo o que foi examinado até o momento, ainda é possível que os investidores mantenham uma perspectiva otimista, acreditando na possibilidade de o preço do Bitcoin alcançar pelo menos as resistências mais próximas antes de uma possível correção mais significativa.
Conclusão
A análise aprofundada dos indicadores de mercado, bem como a observação detalhada dos gráficos semanais do Bitcoin, e os estudos de indicadores que analisam as informações da Blockchain, oferecem uma perspectiva abrangente do atual cenário da criptomoeda.
Ao longo das últimas semanas, o Bitcoin tem enfrentado resistência ao tentar ultrapassar regiões-chave de preços, demonstrando sinais de esgotamento em seu movimento de alta. A dificuldade em romper certos patamares, como a marca de US$ 38 mil, tem limitado a continuidade desse ímpeto ascendente, apesar do otimismo persistente entre os investidores.
A análise técnica, incluindo o Trade System Ichimoku Kinko Hyo e o Volume Profile, ofereceu importantes sobre possíveis resistências futuras e pontos críticos de reversão. O distanciamento do preço em relação às linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun sugere a possibilidade de uma correção em face de um possível enfraquecimento do movimento de alta.
Por outro lado, há uma perspectiva cautelosamente otimista, visto que os investidores continuam a acreditar na possibilidade de o Bitcoin alcançar níveis mais elevados antes de uma eventual correção mais acentuada. A expectativa de novas resistências em torno de US$ 39,8 mil e, potencialmente, em US$ 42,2 mil, ressalta a importância desses níveis para o futuro do preço do Bitcoin.
A presença de um volume de negociação reduzido próximo à região superior do canal sugere um possível enfraquecimento do movimento de alta atual. Diante dessa análise, é fundamental manter uma abordagem detalhada de todas as informações. Embora a possibilidade de correções seja uma realidade, a tendência macro ainda indica um viés ascendente tanto no gráfico semanal de preços quanto no Market Cap, deixando espaço para movimentos adicionais de valorização.
Agradecimento
Para finalizar, gostaria de agradecer a todos os leitores deste relatório. Espero que as informações tenham sido úteis para aprimorar seu conhecimento sobre a movimentação de preço do Bitcoin.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
Há algum tempo, a alegria e frustração estão andando juntas no mercado de criptomoedas, com os investidores ansiosos pela aprovação de um ETF de Bitcoin (BTC) à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Porém, como esperado e indicado no último Satoshi Call, as chances de que as autoridades empurrassem para frente a análise era grande. E dito e feito! Agora, é hora de colocar um pouquinho de lado esta perspectiva mais especulativa e olhar de perto como o cenário macroeconômico está se desenvolvendo e como o comportamento gráfico do Bitcoin pode estar mostrando uma pausa necessária.
Trégua a caminho
Depois daquela bagunça gigantesca que foi o posicionamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última semana, o mercado parece que entrou no modo: “deixa o cara falar e tá tudo certo”. De fato, os números mostraram que a primeira versão de Powell, aquela mais amena, estava mais próxima da realidade.
Apesar de a inflação ao Produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) terem avançado em outubro, ambas vieram abaixo do registrado em setembro. Ou seja, os preços estão desacelerando por lá. Isso mostra que a política monetária mais restritiva está, de fato, sendo eficiente.
O que pode pressionar este movimento é a queda da produção industrial no último mês. Afinal, uma das metas do governo é pressionar o consumo, enquanto as empresas restabelecem seus estoques. Com a produção baixa, podemos ter um caminho um pouco mais travado até atingir este objetivo.
Seja no mercado de criptomoedas ou acionário, os investidores gostaram dessa queda na inflação e não se importaram muito com a atividade industrial dos Estados Unidos. Neste ritmo, os temores da influência da política monetária rígida estão ficando de lado, com cada setor reagindo aos seus próprios fundamentos. Fato é que os indicadores aumentam as perspectivas de que o Federal Reserve encerrou mesmo o aperto monetário no país, mas pistas mais claras podem surgir ainda hoje à tarde, com a ata da última reunião do Banco Central norte-americano..
Balanço complexo
A Zona do Euro está começando a seguir um caminho bastante parecido ao dos Estados Unidos – apesar do seu atraso. No bloco, mesmo com alta, a inflação ao consumidor desacelerou para 2,9%, colocando os preços cada vez mais próximos da meta. O que pesa para os europeus, porém, é que a produção industrial reverteu o último quadro de alta em outubro, colocando pressão sobre o setor.
Considerado o terceiro maior mercado de criptomoedas, os investidores não deram sinais de abalo em relação ao desempenho econômico mais fraco. Com isso, pode-se entender que a especulação em torno dos ETFs de Bitcoin estão mais atraentes do que qualquer pseudo novidade que possa aparecer por lá.
Motor ligado e nos trilhos
Após uma certa patinada, a China está vendo sua economia crescer novamente. No mês passado, a produção industrial e vendas no varejo avançaram, mostrando que consumo e estoques estão caminhando lado a lado, o que ajuda a segurar a inflação. Há, porém, uma atenção nisso tudo. Aumentaram em 2,9% os investimentos em ativos fixos este ano, ligeiramente abaixo dos 3,1% esperados. Isso pode ser um sinal de que os investidores estão animados, pero no mucho!
Mesmo assim, a queda na procura por estes produtos financeiros pode também indicar que os investidores estão com apetite ao risco, deixando opções menos voláteis para trás e buscando ativos com retornos mais expressivos. A Ásia é o segundo maior mercado de criptomoedas e, apesar das proibições chinesas, a região e o próprio país movimentam bilhões de dólares via exchanges descentralizadas. Com isso, eles proporcionam um mercado forte e responsável por grandes flutuações de preços globais no Bitcoin e em outras moedas digitais.
ETF de Bitcoin: Jura que a SEC adiou?
Ah, o Bitcoin! Que semaninha foi essa última, hein, meus amigos? Quem esperava que a criptomoeda fosse perder força, se enganou. Mas quem também apostava na sequência de alta do ativo, pouco saiu na frente. A realidade é que o vencedor mesmo foi a volatilidade, que manteve o BTC entre US$ 35 mil e US$ 38 mil, criando um bloco até que interessante de operação.
As quedas e altas estão fortemente ligadas ao viés especulativo em cima das possíveis aprovações dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Porém, algo que já havia sido sinalizado aqui no Satoshi Call, era de que, embora o prazo final para a avaliação fosse a última sexta-feira, era muito provável que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adiasse o processo.
Dito e feito! As autoridades jogaram para janeiro de 2024 um feedback sobre os fundos regulamentados em bolsa. Lembrando que é possível ainda mais um adiamento, desta vez até maio, caso eles julguem necessário.
Mesmo assim, a especulação está em alta, com a bolsa internacional Deribit registrando um pico histórico de US$ 15 bilhões em posições abertas com contratos de opções. Isso quer dizer que o mercado de criptomoedas está super aquecido, mas é difícil medir o quanto os investidores estão, na realidade, cautelosos, utilizando este tipo de produto para compra e venda ao mesmo tempo, se protegendo de possíveis variações e tendências divididas de preços do Bitcoin.
Preços X Saldos
A volatilidade mais acentuada de preços na última semana acompanhou uma intensidade maior no spread do saldo de Bitcoin disponível nas exchanges. Como mostra o gráfico da CryptoQuant – já comentado no último Satoshi Call –, houve uma baixa muito rápida, seguida de uma forte recuperação. Esse desequilíbrio alimentou essa oscilação de queda e valorização da criptomoeda em pouco tempo.
Fonte: CryptoQuant, em 21/11/2023, às 8h33min.
Agora, o mercado inicia a semana com uma linha meio lateral, mas com um toque de queda, que sustenta a intensa tendência de baixa de 2023, mas deixa dúvidas no ar se, de fato, essa pressão de vendas vinda dos depósitos de BTC nas corretoras acabou ou será continuada.
Análise técnica do Bitcoin
Na tradicional análise técnica, o gráfico semanal está respeitando – e muito – os níveis apresentados nos últimos Satoshi Calls. Apesar do pavio para baixo, o Bitcoin rompeu a “Resistência 1”, que mira o decote mais baixo do último “ombro-cabeça-ombro”. Porém, é nítido que há uma pressão vendedora, com os bulls esperando a moeda digital em preços mais baixos do que o atual.
Fonte: GoCharting, em 21/11/2023, às 8h27min.
Claro que não há como cravar nada e tampouco isso aqui é uma recomendação de investimento. Mas parece que, no momento, os bulls estão com um pulso um pouco mais firme para buscar a região dos US$ 43 mil, do que os bear os US$ 31 mil. Porém, tem muita água para rolar por baixo desta ponte e basta um comentário infeliz de Jerome Powell ou da SEC para tudo isso ir para o vinagre.
Nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mostrando que a força dominante, de fato, ainda é dos touros em prazos um pouco maiores. O Índice de Força Relativa (RSI) desceu ligeiramente para 74 pontos, algo muito bem-vindo para um mercado que estava no limite da sobrecompra, mas muito pouco para se afastar desta região. Por isso, este nível ainda exige cautela, com os investidores podendo estar de olho em pequenas oportunidades para a realização de lucros.
Por isso, vale a gente dar uma espiada no gráfico diário, para tentar limpar – ou não – possíveis ruídos de prazos maiores. Neste caso, temos algumas informações interessantes. Há um canal de alta que começou em meados de outubro. Porém, o mercado perdeu força, operando, nas últimas semanas, abaixo da média desta faixa de negociação. As duas tentativas de romper os US$ 38 mil apontam uma resistência que converge com a mediana do canal e o topo da banda de Bollinger. Com isso, a seta laranja mostra um possível momento em que o canal pode ser quebrado para cima ou para baixo.
Fonte: GoCharting, em 21/11/2023, às 8h29min.
Neste processo todo, o volume de negociação entrou em tendência de baixa, o que ajuda na falta de força dos bulls em conseguir dar uma sequência mais agressiva aos preços do Bitcoin. Ao mesmo tempo, o respiro do RSI visto no gráfico semanal também aparece aqui, mirando os 62 pontos – nível bem mais equilibrado. Já o MACD está com suas médias cruzadas para baixo, confirmando que os bears tiveram vantagem recentemente.
Conclusão
Mesmo que o Bitcoin e o mercado de criptomoedas estejam em uma tendência de alta bastante definida e até certo ponto alheios ao que está acontecendo na macroeconomia, é natural que realizações de lucro e correções aconteçam. É difícil medir ainda a frustração dos investidores sobre uma possível negativa da SEC em relação aos ETFs de BTC à vista. Por isso, é sempre bom manter esse noticiário em mãos.
A perspectiva gráfica mostra que um respiro está sendo muito bem-vindo, já que os indicadores estavam bem saturados nas últimas semanas. Por isso, aproximar o zoom e olhar períodos menores pode ajudar a limpar esses ruídos e manter os investidores com o pé no chão. A prudência diz que é hora de esperar um pouco essa poeira baixar e ver como os especuladores vão reagir a partir do comportamento da SEC.