No cenário de busca constante por liquidez pelo mercado e suas respectivas dinâmicas financeiras, observamos recentemente o valor do Bitcoin (BTC) mergulhando abaixo da marca dos US$ 29 mil, alinhando-se com as previsões apresentadas em relatórios anteriores. Em meio a este movimento corretivo, ficamos instigados a realizar uma análise mais profunda e direcionada a identificar os pontos cruciais nos quais o preço da criptomoeda pode encontrar áreas de suporte significativas para os próximos dias. Para isso, vamos direcionar nossa atenção para uma análise de Price Action, especificamente no gráfico mensal. Do meu ponto de vista, esse é um dos melhores intervalos de tempo para identificar regiões de preço substanciais no mercado de criptomoedas.
Um mercado volátil
O mercado de criptomoedas se destaca por sua volatilidade pronunciada. Por isso, ao considerar operações de curto e médio prazos, é essencial observar o comportamento do ativo em um períodos mais longos, como é o caso da perspectiva mensal. A partir desse “zoom out”, se torna mais precisa a discussão para discernirmos as áreas-chave onde podemos antecipar reações e defesas tanto por parte dos compradores quanto dos vendedores.
Vamos também aproximar nossa análise ao gráfico semanal para confirmar e validar as informações destacadas no período mensal. Para esse estudo, faremos uso das informações fornecidas pelo Ichimoku Kinko Hyo (Nuvens de Ichimoku), uma ferramenta que representa o equilíbrio das tendências de preços.
A partir deste “exame” técnico, vamos tentar identificar, avaliar e traduzir as principais informações que o comportamento de preços do Bitcoin e seus respectivos indicadores podem nos oferecer e, assim, auxiliar na preparação das operações da semana.
De olho no desempenho
Na abertura de mais uma mês, observamos que, em julho, o Bitcoin fechou o período em US$ 29,2 mil, registrando uma queda acentuada de mais de 4%, em comparação com o valor registrado em junho. Apesar de ter conquistado uma superação da máxima de do mês anterior em certo momento, o preço não manteve sua posição acima da marca dos US$ 31 mil.
Estas observações iniciais são cruciais para a compreensão da dinâmica subjacente. Primeiramente, destacamos o fato de que o valor rejeitou a possibilidade de um rompimento além dos níveis alcançados em junho. Esta negação, de acordo com padrões frequentemente observados, tende a sugerir a continuação do movimento de baixa, pelo menos, à retração de 50% da ascensão anterior. Neste contexto, a zona de suporte em destaque está situada em torno dos US$ 28 mil, corroborando com conclusões previamente estabelecidas em relatórios anteriores.
Outra perspectiva relevante surge ao examinar o fechamento de julho, que ocorreu na mesma faixa de preços de abertura do mês de maio. Essa coincidência prática indica a necessidade de considerar a estrutura de maio, especificamente a região entre a abertura e o fechamento, como um ponto de referência inicial. Novamente, chegamos à marca de US$ 28 mil ao identificar a região de 50% da movimentação ocorrida entre essa lacuna de preços em maio.
Ou seja, em consonância com análises anteriores, os US$ 28 mil dólares assumem um papel proeminente como ponto-chave de suporte. Embora a análise técnica não seja uma ciência exata, é notável como frequentemente encontramos confluências entre distintas regiões de preços, reforçando a sua relevância.
Uma ilustração visual destacada a seguir representa essa coincidência: a retração de 50% de todo o movimento de alta, desde a minima de junho até a máxima de julho, alinha-se com a mesma retração de 50% do corpo da vela de maio, validando e enfatizando a importância da área em torno dos US$ 28 mil como uma região crítica de observação de suporte.
É importante recordar que o mês de julho assinalou o segundo mês de queda deste ano, sendo notável que o primeiro declínio ocorreu exatamente em maio, o qual tornou-se o foco de nossa análise de movimentação de preços da imagem anterior.
Ação de preços
A indagação que agora emerge é a seguinte: se houver um rompimento para baixo da marca dos US$ 28 mil, quais serão os níveis de suporte cruciais que merecem nossa atenção? Para responder a essa pergunta, considerando o contexto geral e as informações já apresentadas a partir do gráfico mensal, é importante recorrer à análise de Price Action, visando identificar os mesmos aspectos que operadores proficientes deste indicador observam.
Os praticantes de Price Action têm o hábito de avaliar quatro pontos primordiais em um candle:
Abertura
Máxima
Mínima
Fechamento.
Uma vez que estamos explorando a movimentação de preços do último mês de maio, com o objetivo de entender potenciais regiões de suporte, e também já analisamos a área de abertura que coincidiu com o fechamento de julho, é chegada a hora de direcionar nossa atenção ao ao preço final de maio, considerando que o referido período fechou abaixo de sua abertura.
Dentro deste contexto, caso o preço do mês de agosto se posicione abaixo dos US$ 28 mil, o próximo nível de suporte se encontrará no fechamento de maio, situado em US$ 27,2 mil. Prosseguindo, a mínima registrada em maio aponta para a região em torno dos US$ 25,8 mil como um suporte subsequente.
Deve-se ressaltar que, caso esse cenário se materialize, quanto mais o preço cair, mais desafiador pode se tornar para a criptomoeda retomar um movimento ascendente.
A partir desta análise mensal, que valida as informações previamente estudadas em relatórios anteriores, é possível ter um terreno melhor preparado para avaliar o comportamento observado no gráfico semanal.
Apoiado em nuvens
A transição para o gráfico semanal proporciona uma visão mais detalhada da trajetória recente do Bitcoin. A partir da semana de 10 de julho, quando o preço encontrou resistência na Senkou Span B em torno dos US$ 31,8 mil, uma tendência descendente se delineou, resultando em renovação de mínimas ao longo das últimas quatro semanas.
Essa sequência de movimentos de baixa no gráfico semanal aponta para o suporte oferecido pela Tenkan Sen do Ichimoku, que coincide com a região de 50% de todo o movimento ascendente e o mesmo suporte de US$ 28 mil previamente analisado.
As linhas do Ichimoku no gráfico desenham uma Kijun Sen (linha vermelha) em um patamar horizontal na mesma região de preço correspondente à mínima do mês de maio, que já abordamos ao estudar o gráfico mensal.
Essa correlação entre as informações extraídas dos gráficos mensal e semanal atua como uma validação dos nossos estudos, permitindo-nos identificar as principais regiões de interesse com mais confiança.
É notável que grande parte de nossa discussão até o momento tem se concentrado na identificação de regiões de suporte. Isso se justifica pelo cenário macro apresentado pelo gráfico semanal, em que uma tendência ascendente ainda prevalece, respaldada pela análise de Oferta e Demanda Institucional.
Essa tendência só se inverterá no caso de o preço do Bitcoin operar abaixo da mínima registrada na semana de 12 de julho, que foi de US$ 24,8 mil. A busca por suportes significativos, portanto, encontra justificativa nesse contexto.
No âmbito do gráfico semanal, vale destacar que o preço atualmente se situa abaixo da Senkou Span B e dentro da Nuvem de Ichimoku. Essas áreas denotam consolidação e uma indefinição no movimento para o prazo semanal.
Outro ponto crucial é entender que, ao analisar preços, não é aconselhável fixar-se em valores exatos, mas sim em faixas de preços. Até o momento da elaboração deste relatório, a mínima da semana vigente foi registrada em US$ 28,5 mil. É relevante ressaltar que todo o intervalo nessa zona de preços deve ser considerado, mas lembrando que, até agora, os US$ 28 mil ainda não foram alcançados.
Desenhando outras linhas
Com essa exploração do gráfico semanal e sua confluência com as análises anteriores, consolidamos uma compreensão mais profunda dos pontos de suporte cruciais, preparando o terreno para uma análise mais abrangente do comportamento recente do Bitcoin.
Ainda dentro do gráfico semanal, vamos ampliar nossa visualização do Ichimoku Kinko Hyo para encontrarmos mais insights sobre a criptomoeda. Neste caso, destacamos os seguintes pontos:
Senkou Span A e Senkou Span B: A região entre essas duas linhas forma a “Nuvem” do Ichimoku. Atualmente, o preço do Bitcoin se situa dentro dessa nuvem, refletindo uma fase de consolidação e incerteza em relação à direção futura dos preços.
Kijun Sen e Tenkan Sen: A Kijun Sen (linha vermelha) e a Tenkan Sen (linha verde) atuam como níveis dinâmicos de suporte. Observamos que a Kijun Sen se alinha com a região de suporte em torno de US$ 28 mil, reforçando a importância desse nível. Enquanto isso, a Tenkan Sen oferece uma perspectiva dinâmica do movimento de preços.
Chikou Span: A Chikou Span (linha azul) representa o preço atual deslocado 26 períodos para trás. Ela se encontra acima dos candles passados, refletindo que os compradores de 26 semanas estão no lucro.
Considerando todos esses elementos, é evidente que o gráfico semanal está caracterizado por uma fase de consolidação, em que as linhas do Ichimoku Tenkan e Kijun estão “flat” e sugerem uma falta de direção definida.
O preço do Bitcoin permanece ainda dentro da Nuvem, indicando um período de indefinição. As linhas Kijun Sen e Tenkan Sen fornecem insights sobre níveis de suporte dinâmicos, sendo a região em torno de US$ 28 mil dólares de notável importância.
Conclusão
O cenário do Bitcoin continua inserido em uma zona complexa de preços. Apesar das expectativas de futuras altas, os gráficos ainda carecem de sinais nítidos que indiquem uma valorização substancial a curto prazo.
Embora possamos testemunhar movimentos de alta que impulsionem o ânimo do mercado, é essencial manter a vigilância. Uma resistência significativa reside na região dos US$ 31,8 mil, enquanto a estrutura lateral do gráfico diário, mencionada em relatórios anteriores, ainda não foi completamente superada.
De fato, nos últimos dias observamos a queda do preço abaixo da marca dos US$ 29 mil em busca de liquidez e, no momento da elaboração deste relatório, testemunhamos uma intensa negociação entre compradores e vendedores, sem que um lado se sobressaia. Contudo, é perceptível que os compradores estão defendendo posições acima das principais regiões de suporte.
A complexidade desse cenário reforça a importância de permanecer cauteloso e atento às flutuações do mercado. Embora sejam esperados movimentos de alta e animação, o contexto atual sugere uma necessidade contínua de avaliar a situação com discernimento e prudência.
Obrigado pela leitura!
Para finalizar, gostaria de agradecer a todos os leitores que dedicaram seu tempo para explorar este relatório detalhado sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Seu interesse e dedicação em compreender as complexidades desse mercado dinâmico são verdadeiramente apreciados.
Espero sinceramente que as análises e informações fornecidas tenham contribuído para uma compreensão mais profunda da evolução do Bitcoin e suas possíveis trajetórias futuras.
Dito isso, continuo comprometido em fornecer insights valiosos e perspicazes para apoiar a sua visão no cenário das criptomoedas.
Mais uma vez, obrigado por confiar em meu trabalho e utilizar este relatório como um recurso para aprimorar seu entendimento do mercado de criptomoedas.
Nem mesmo a pressão vendedora dos últimos dias e as decisões de políticas monetárias nos Estados Unidos e Europa foram capazes de tirar o Bitcoin (BTC) de sua estreita faixa de negociação. A falta de uma tendência clara tem colocado os investidores em cautela total e especulando possíveis novas descidas, já que a criptomoeda de referência se posta nos níveis mais baixos dos US$ 29 mil. Com a abertura da semana em meio ao fechamento mensal, os fundamentos passados e futuros, assim como a presença de um certo otimismo na análise técnica, poderão dar indícios de o que esperar para o desempenho do BTC nos próximos dias.
Decisões monetárias
A última semana foi agitada entre Estados Unidos e Europa, em que as duas das maiores economias do mundo decidiram pelo aperto monetário – o que já era amplamente esperado pelo mercado. No caso do Banco Central Europeu (BCE), o aumento dos juros foi de 0,25%, em linha com o estimado. Em coletiva, a presidente do BCE, Christine Lagarde, pontuou que a decisão foi unânime, por conta da inflação ainda persistente. Os receios com a economia permanecem, já que os dados de Indústria estão fracos. Porém, Lagarde acredita que o bloco deve apresentar uma forte recuperação econômica no futuro.
Em relação aos Estados Unidos, os juros também subiram 0,25%, como já apontado em diversas pesquisas. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, destacou o arrefecimento da inflação, mas indicou que há um “longo caminho até a meta de 2%”. Entretanto, o mercado de trabalho ainda aquecido é motivo de preocupação e pode levar o Banco Central a elevar novamente os juros em setembro.
A economia vai naquelas…
Nos Estados Unidos, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMIs) apresentaram recuo, embora ainda em território de expansão. As preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre (Q2), entretanto, apontaram alta em relação ao período anterior.
Julho
Projeção
Junho
PMI Industrial
49,0
46,4
46,3
PMI Serviços
52,4
54,0
54,4
PMI Composto
52,0
53,1
53,2
PIB Q2
2,4%
1,8%
2,0%
Enquanto isso, o núcleo de preços PCE, o indicador favorito do FED para medir a inflação, desacelerou em junho.
Junho
Projeção
Maio
Índice PCE (anual)
3,0%
3,1%
3,8%
Núcleo PCE (anual)
4,1%
4,2%
4,6%
A confluência desses dados aumentam as expectativas de que a inflação deve ser retomada à meta em um futuro não tão distante. Porém, a economia parece estar sendo bastante impactada no processo. Com isso, a possibilidade de um pouso suave, com uma leve recessão econômica no país, parece se mostrar como o cenário mais provável no momento.
Lá como cá
Na Zona do Euro, a situação econômica é bem semelhante à observada nos Estados Unidos, com alguns setores da economia ainda confiantes, contra outros nem tanto assim.
Julho
Projeção
Junho
Confiança do Consumidor
-15,1
-15,1
-16,1
Confiança de Serviços
5,7
5,4
5,9
Confiança Industrial
-9,4
-7,5
-7,3
Esses dados sugerem certa dor de cabeça aos formuladores de política monetária. Afinal, a confiança do consumo e de Serviços ainda em campo positivo mantêm pressão sobre a Inflação ao Consumidor (CPI), como mostram os dados preliminares anuais.
Julho
Projeção
Junho
Núcleo CPI
5,5%
5,4%
5,4%
CPI
5,3%
5,3%
5,5%
PIB Q2
0,3%
0,2%
0,0%
Construindo a economia
A China segue seu plano de potencializar seu setor imobiliário. Após manter as taxas reduzidas para empréstimos de curto e médio prazos, o Ministério de Habitação do país anunciou, sem muitos detalhes, planos para facilitar a compra de imóveis. O governo ainda prometeu elevar o “emprego estável a uma meta estratégica”.
Julho
Projeção
Junho
PMI Industrial
49,3
49,2
49,0
PMI Não-Manufatura
51,5
52,9
53,2
PMI Composto
51,1
––
52,5
Entretanto, os principais setores da economia local apresentaram ligeira desaceleração, com exceção da Indústria, que tenta retomar o território de expansão.
Estamos bem, obrigado!
Pelo Brasil, a situação segue positiva e aparentemente mais controlada, com a Inflação ao Consumidor (IPCA-15) mantendo sua baixa, mesmo com a alta na confiança do Consumidor.
Julho
Projeção
Junho
IPCA-15 (anual)
3,19%
3,26%
3,40%
IGP-M
-0,72%
-0,71%
-1,93%
Confiança do Consumidor
94,8
89,9
92,3
As projeções otimistas acompanham as perspectivas dos economistas entrevistados pelo Banco Central semanalmente no Boletim Focus.
Semana agitada
Para esta semana, mais uma bateria de dados macroeconômicos está prontinha para sair do forno e pautar os mercados. Na Zona do Euro, os destaques ficam para a Inflação ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI), PMIs, taxa de desemprego e a preliminar do PIB do segundo trimestre. Já nos Estados Unidos, saem dados de emprego, com o relatório JOLTs e o Payroll, além dos Índices Gerente de Compras.
Tá na hora de acordar
Mesmo com a divulgação de inflação, dados econômicos, decisão monetária, o Bitcoin não esboçou muitas reações nos últimos dias de negociação. Essa alienação aos fundamentos, como apontado anteriormente pelo Satoshi Call, já era esperada, colocando a criptomoeda de referência em uma situação em que apenas faíscas muito fortes poderiam disparar uma tendência, seja de alta ou baixa. A abertura da semana passada foi até que negativa para o ativo digital, que chegou a visitar momentaneamente a casa dos US$ 28,6 mil. Entretanto, os US$ 29 mil logo foram recuperados, colocando o BTC de volta ao estreito canal de negociação entre US$ 29 mil e US$ 31 mil.
O que está rolando?
Nos fundamentos, o mercado segue aguardando novidades sobre os ETFs de Bitcoin da BlackRock e Fidelity nos Estados Unidos, quase como um atleta a postos para iniciar sua corrida. Uma vantagem recente aos bulls foi que congressistas norte-americanos conseguiram passar um projeto de lei que esclareceria melhor a regulação das criptomoedas, como a distinção entre instrumentos de valores mobiliários e commodities digitais. Já ao olhar para o mercado de derivativos, a atividade nas bolsas não é das mais altas, apesar de um aumento considerável no envio de stablecoins às exchanges, assim como seu uso para elevar os empréstimos de margem. Ou seja, os touros parecem estar buscando um posicionamento mais adequado para um possível momento de compra favorável.
Por dentro da rede
Do outro lado da balança estão os mineradores, ainda pressionando as vendas. O fluxo de BTC para as corretoras, por parte das baleias, atingiu seu mais alto nível dos últimos três anos, correspondendo a 41% de todo o depósito. Em contrapartida, os HODLErs seguem firmes, com 55% de toda a oferta circulante da criptomoeda permanecendo inativa por pelo menos dois anos, enquanto 29% ficou armazenada por cinco anos ou mais.
Dólar se recupera
Na constante narrativa de correlação inversa entre índice dólar (DXY) e Bitcoin, a moeda norte-americana pode ter ajudado a pressionar a criptomoeda de referência nos últimos dias.
Fonte: TradingView, em 31/07/2023, às 8h39min.
Como observado no gráfico acima, o dólar se recuperou de suas mínimas e voltou a uma escalada de alta, apoiada, principalmente, pela elevação de juros pelo Federal Reserve. Mesmo assim, não é possível dizer que o Bitcoin se movimentou muito em relação a esta comparação.
Possível trampolim?
Pela análise técnica do gráfico semanal do Bitcoin, as Bandas de Bollinger se encaminham para ficarem ainda mais estreitas, mostrando a falta recente de volatilidade. Entretanto, elas podem também oferecer um cenário otimista aos investidores. Nas duas últimas tentativas de romper para baixo a mediana do indicador, o mercado utilizou o nível para comprar e alavancar o preço da criptomoeda rapidamente, como sinalizado nos círculos brancos na imagem a seguir. Em mais um teste se formando, há a possibilidade de que a tendência de alta se repita. Caso contrário, o ativo pode experimentar uma correção mais acentuada e descer até a região dos US$ 25,6 mil.
Fonte: TradingView, em 31/07/2023, às 8h40min.
Em relação aos indicadores adjacentes, o MACD perde força, sinalizando um possível posicionamento abaixo do nível zero do histograma. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 58 pontos, mostrando um mercado ligeiramente mais comprado.
Conclusão
O comportamento do Bitcoin nas últimas semanas é intrigante, pois a criptomoeda se mostra bastante alheia aos próprios fundamentos, assim como os externos. Entretanto, este pode ser um sinal de que os touros estão esperando a oportunidade certa para iniciarem suas compras, em uma cautela até que comum pré-halving – como destacado pelo analista Emerson Antunes, em seu relatório “Variação de Mercado”. Com a perspectiva generalista pouco clara, a análise técnica sugere que o Bitcoin ainda tem força para escalar mais seu preço nos próximos dias. Entretanto, há muitas condições propícias para que os vendedores voltem a tomar conta do mercado e empurrem o ativo para baixo em poucas horas, exigindo ainda mais cuidado com as operações nos próximos dias.
Estamos na reta final do mês de julho, com o Bitcoin (BTC) ainda sem convencer os investidores sobre sua possível tendência. Entretanto, a criptomoeda de referência entrou em uma perspectiva de baixa de curto prazo nos últimos dias, rompendo uma importante estrutura de preços e abrindo espaço para uma sequência da correção. Então, neste fechamento mensal, vamos observar mais uma vez como está o comportamento do BTC nos gráficos e como as métricas podem ajudar na tomada de decisões para a próxima semana!
Para onde vamos olhar?
Não é novidade que o Bitcoin é um ativo volátil e, por isso, a interpretação técnica pode variar, de acordo com os fundamentos, busca por liquidez ou ímpetos de compra mais agressivos. Por isso, de olho no contexto atual da criptomoeda e com foco em sua movimentação de preço, vamos nos apoiar no gráfico diário.
A partir deste período, faremos uso de diversos indicadores, como as Nuvens de Ichimoku, Bandas de Bollinger e MACD, a fim de aprofundar nossos estudos e obter insights sobre o desempenho recente da criptomoeda.
Além disso, vamos utilizar a ferramenta de Fibonacci para entender as principais regiões de preço, onde possíveis confluências podem ser encontradas com as informações fornecidas pelos indicadores.
É importante destacar que, apesar do movimento de alta observado no gráfico semanal do Bitcoin, como já mencionado em “Variação de Mercado” anteriores, o mercado é fractal, ou seja, períodos de correção podem ocorrer em timeframes menores, potencialmente revertendo a tendência de alta para uma tendência de baixa.
Por isso, o enfoque principal deste relatório será o gráfico diário, com todas as suas nuances e regiões importantes a serem observadas. Com isso, o propósito é fornecer informações gráficas para auxiliar os investidores a obterem uma visão mais ampla do mercado de criptomoedas e prepararem melhor suas operações para os próximos dias.
Traçando linhas
Após examinarmos minuciosamente o gráfico diário do Bitcoin, constatamos que desde 23 de junho, quando o preço atingiu a região de US$ 31 mil, entramos em um padrão de movimentação lateral que persiste há mais de um mês. Em 13 de julho, o mercado alcançou a marca de US$ 31,8 mil, caracterizando uma busca por liquidez acima das máximas da estrutura. No entanto, esse movimento foi seguido por uma rápida reversão, fazendo com que o preço retornasse ao nível das mínimas da estrutura, situado em torno de US$ 29,5 mil.
Desde o início deste mês, o “Variação de Mercado” têm alertado sobre a possibilidade de busca por liquidez na base da estrutura, com o potencial rompimento das mínimas estruturais, indicando a possibilidade de o preço do Bitcoin operar abaixo de US$ 29 mil.
Finalmente, na última segunda-feira (24), o mercado concretizou o movimento esperado e desceu à área dos US$ 28,6 mil. No entanto, é importante observar que esse movimento de queda em busca de liquidez ainda não parece ter sido concluído, sugerindo a possibilidade de o mercado buscar valores ainda mais baixos.
Essa percepção se mantém válida até que o preço retorne ao interior da estrutura e rejeite o rompimento da mínima registrada na segunda-feira. É fundamental observar que, até o momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin sequer testou a região de 50% da ferramenta de Fibonacci, realizando apenas um recuo até a região de 38,2%.
Nota: As análises e projeções apresentadas neste relatório são baseadas em informações disponíveis até 26/07/2023.
Sob a perspectiva da análise técnica, para validar a força de um suporte neste nível de Fibonacci, é necessário que haja uma entrada significativa de capital. Porém, até o momento, temos observado uma redução na capitalização de mercado, o que sugere que o preço do Bitcoin ainda não está pronto para subir sem enfrentar obstáculos significativos.
Diante do cenário apresentado no gráfico diário do Bitcoin, fica evidente que o mercado encontra-se em uma fase de movimentação lateral, seguida por uma busca por liquidez que resultou em quedas expressivas no preço. Ainda que tenhamos alertado para a possibilidade desse movimento de queda, é essencial monitorar cuidadosamente os próximos movimentos da criptomoeda.
Indicações de indicadores
Mais do que a queda de preços do Bitcoin na última segunda-feira, observamos que o rompimento da estrutura lateral para baixo resultou na formação de um canal de baixa, no qual identificamos regiões de preço atuando como suportes e resistências.
Para uma análise mais aprofundada da estrutura deste canal, adicionamos o indicador Bandas de Bollinger, que atualmente sinaliza que o preço da criptomoeda está testando a banda inferior. No entanto, é relevante notar que o padrão técnico ainda se encontra comprimido, indicando uma volatilidade reduzida.
Embora o Bitcoin esteja mais próximo do canal inferior, é crucial monitorar o comportamento da banda superior a partir deste ponto. Até o momento, o nível mais alto da banda permanece horizontal, o que sugere que o movimento de queda atual não possui uma força significativa.
Caso a banda superior de Bollinger comece a apontar para cima, enquanto a banda inferior continua apontando para baixo, teremos um indicativo de que as condições da estrutura atual estão favorecendo um movimento de queda mais acentuado. No entanto, se as bandas permanecerem estáveis, continuaremos dentro da estabilidade observada desde o final de junho.
No centro das bandas de Bollinger, encontramos uma média móvel simples de 20 períodos, que, no momento da redação deste “Variação de Mercado”, coincide com a região da linha superior do canal de baixa que adicionamos ao gráfico.
Essa informação sugere que um movimento de alta mais consistente só poderá ser percebido, caso a média de 20 períodos seja rompida para cima, resultando no rompimento da linha de tendência de baixa que forma o canal desenhado no gráfico.
A formação do canal de baixa indica a presença de tendência de queda no preço, com suportes e resistências bem definidos. No entanto, a compressão das bandas de Bollinger sugere uma volatilidade reduzida, tornando difícil prever a força e a direção do próximo movimento significativo.
Bitcoin nas nuvens
Para trazer ainda mais insights sobre os preços do Bitcoin para os próximos dias, vamos acrescentar em nossa análise dois indicadores importantes: as Nuvens de Ichimoku e o MACD.
Na imagem a seguir, notamos que o preço do Bitcoin está atualmente abaixo das linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun, sendo que a Tenkan cruzou de cima para baixo a Kijun, sinalizando que o equilíbrio de curto prazo favorece os vendedores e aponta para as regiões de resistência que devem ser observadas quando o preço retornar a elas.
Outro ponto importante a ser destacado é a posição da Senkou Span B, que é uma linha de equilíbrio de 52 períodos. Essa linha está localizada na mesma região de 50% da ferramenta de Fibonacci, referente ao movimento de alta estudado anteriormente. Ela coincide ainda com a linha inferior do canal de baixa traçado há pouco. Isso indica que o suporte do movimento de baixa a ser observado está entre US$ 28 mil e US$ 28,3 mil.
Um fator adicional que demonstra dificuldade para os compradores elevarem os preços a patamares mais altos é o posicionamento da Chikou Span, a linha de atraso do Ichimoku. Essa linha está abaixo da estrutura do preço, o que indica que a Chikou Span, representando o preço atual deslocado 26 períodos no passado, encontrará resistência na lateralidade da estrutura criada ao longo do mês de julho.
Como apoio às Nuvens de Ichimoku, acrescentamos também o indicador MACD no mesmo gráfico, o qual apresenta seu histograma abaixo da linha zero. Além disso, as barras do padrão técnico vem fazendo mínimas menores a cada dia, indicando que, no momento da redação deste relatório, ainda há pressão vendedora.
Como desfecho preliminar desta análise, identificamos que a possibilidade de um domínio comprador será viável apenas quando o preço romper o canal de baixa para cima, estabelecendo-se acima da Nuvem de Ichimoku e da média móvel simples de 20 períodos.
Esse cenário de dominância compradora também provavelmente estará associado ao histograma do MACD apresentando mínimas mais altas e a possibilidade de ultrapassar a linha zero, sinalizando o retorno do controle do movimento do preço pelos touros.
Um passo atrás
É fundamental destacar que todo o estudo elaborado até o momento faz parte de uma análise mais ampla do gráfico semanal, que vamos observar na imagem a seguir. Neste período gráfico, o Bitcoin encontra-se em uma região de resistência definida pela Senkou Span B, e atualmente, está em um movimento corretivo.
Nesse contexto, o suporte inicial no gráfico semanal é identificado na linha Tenkan Sen, localizada na mesma região de preços correspondente a 50% da ferramenta de Fibonacci do último movimento de alta. Isso confirma a relevância do suporte entre US$ 28 e US$ 28,3 mil, validando as informações obtidas no gráfico diário.
Conclusão
Embora seja impossível cravar com exatidão a movimentação de preços do Bitcoin para os próximos dias, a união dos indicadores acima em uma análise aprofundada torna a decisão pela compra ou venda mais embasada e informada, assim como melhor a compreensão de riscos.
Como observamos, ficou evidente que o Bitcoin encontra-se em um período de movimentação lateral, seguido de uma busca por liquidez que resultou em quedas significativas no preço. A formação de um canal de baixa, juntamente com a compressão das Bandas de Bollinger, indica uma volatilidade reduzida e torna complexa a previsão da direção do próximo movimento.
Para que possamos vislumbrar um possível domínio comprador, será necessário o rompimento do canal de baixa para cima, com o preço posicionando-se acima da Nuvem de Ichimoku e da média móvel simples de 20 períodos. Além disso, o histograma do MACD deve apresentar mínimas mais altas e ultrapassar a linha zero, sinalizando a retomada do controle do mercado pelos touros.
Também identificamos a presença de um fractal importante para o Bitcoin, que confirmou o suporte relevante entre US$ 28 mil e 28,3 mil, onde encontramos a linha Tenkan Sen e a região de 50% da ferramenta de Fibonacci do último movimento de alta.
Agradecimento
Para finalizar quero agradecer a todos que leram este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as informações e análises aqui apresentadas tenham sido úteis e esclarecedoras para compreender o cenário do mercado de criptomoedas, especialmente em relação ao Bitcoin. Sempre com o objetivo de elaborar este relatório para proporcionar uma análise fundamentada e imparcial, visando auxiliar os investidores.
Agradeço a confiança e o interesse de todos que acompanharam este relatório até o final. Continuarei a trabalhar para fornecer informações atualizadas e relevantes sobre o mundo das criptomoedas e dos investimentos. Se tiverem alguma dúvida ou necessitarem de mais esclarecimentos, não hesitem em entrar em contato. Que o conhecimento adquirido aqui possa ser uma ferramenta valiosa em suas jornadas de investimento!
Bem-vindos a mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.
Na última edição falamos das maiores L2 do mercado, e no final do relatório mencionei a Mantle, uma nova L2 que eu estou acompanhando.
A Mantle lançou sua Mainnet Alpha após seis meses de testes e desenvolvimento de todo o seu ecossistema.
Não é todo dia que acompanhamos um nascimento de um ecossistema de US$ 3,7 bilhões, não é mesmo?
Então vamos cair de cabeça e descobrir um pouco mais sobre a Mantle.
🤔 O que é a Mantle?
A Mantle não é apenas uma plataforma de L2 – se você ainda não sabe o que é L2, tem uma explicação ótima na edição #13 – no mundo das criptomoedas. Ela representa uma evolução, trazendo inovações e melhorias significativas para a rede Ethereum.
Com sua abordagem centrada na comunidade, tecnologia avançada e compromisso com a transparência, a Mantle está bem posicionada para moldar o futuro da blockchain, especialmente no espaço de jogos e entretenimento.
A Mantle nasce da BitDAO, uma das maiores DAOs do mundo. Sua visão é a de finanças abertas e uma economia tokenizada e descentralizada. Governada pelos detentores do token $bit, a BitDAO tem o objetivo de construir produtos úteis que possam contribuir para o tesouro da DAO, além de acelerar sua visão de mercado.
Em 20 de fevereiro de 2023, a BitDAO iniciou o desenvolvimento de uma blockchain modular dentro da sua comunidade, nascendo a Mantle.
💡 Narrativa da Mantle como L2
No mundo em rápida evolução da tecnologia blockchain e criptomoedas, a Mantle surge como uma inovação promissora, buscando elevar a rede Ethereum a um novo patamar.
Mas o que exatamente é a Mantle e por que ela é tão revolucionária? Vamos mergulhar nesse universo e entender melhor.
A Mantle, com sua arquitetura modular, está fazendo progressos significativos em direção à visão futura do uso e construção dentro do ecossistema Ethereum. Alguns pontos-chave incluem:
Escalabilidade: A Mantle oferece uma solução de escalabilidade para a rede Ethereum, permitindo um maior número de transações por segundo (TPS) e reduzindo significativamente os custos de gás.
Upgradability: A Mantle pode se atualizar sem a necessidade de hard forks, oferecendo um nível de soberania não disponível para outros rollups.
Disponibilidade de Dados: A Mantle utiliza a tecnologia Eigenda para suas necessidades de disponibilidade de dados, reduzindo a dependência do Ethereum mainnet.
Ela também já nasce com alguns serviços para impulsionar o ecossistema:
Mantle Network: Uma rede Ethereum de alto desempenho que permite a construção de dApps com UX excepcional, aproveitando a segurança inigualável do Ethereum.
Mantle LSD: Melhora a eficiência de capital do Ethereum através de serviços de staking descentralizados.
Mantle Ecofund: Um fundo de capital de US$ 200 milhões que investe em aplicações e parceiros tecnológicos de alto potencial dos produtos Mantle.
⚠️ Números dos 6 meses de testnet
Antes de lançar sua rede principal, a Mantle passou por uma fase de testes (chamada Testnet) – pense na Testnet como um “ensaio geral” antes do grande show. É uma versão de teste da rede, permitindo que os desenvolvedores experimentem e corrijam problemas antes do lançamento oficial.
Nesse período, a comunidade da BitDAO acelerou muito na adoção do produto e no aumento dos números na testnet
Realizou mais de 14 milhões de transações on-chain.
Suportou mais de 140 mil contratos inteligentes.
Deu suporte a mais de 80 dApps (aplicações descentralizadas).
Acomodou mais de 690 mil carteiras exclusivas.
👀 Projetos , parceiros e o público alvo
A Mantle já nasce com diversos projetos em conjunto com outras soluções da BitDAO, como Game7 e Hyperplay, que estão abrindo novas portas para desenvolvedores de blockchain no espaço de jogos.
– Como já disse em edições anteriores, minha tese em games e entretenimento é muito grande para o próximo ciclo.
Com a ajuda de ferramentas como o Web3Unreal de Game7, a Mantle permite que os desenvolvedores integrem funcionalidades de blockchain em seus jogos, habilitando o suporte para carteiras blockchain e transações para mercados in-game.
Além disso, será possível utilizar a Hyperplay como um lançador de jogos web3 e agregador de lojas de games que visa fazer para as produções nativas de Web3 o que plataformas como Steam fazem para jogos tradicionais.
Uma das principais características da Mantle é sua abordagem de governança descentralizada. Isso significa que as decisões não são tomadas por uma única entidade ou grupo centralizado, mas, sim, pela comunidade de detentores de tokens.
A Mantle possui um tesouro significativo, que é uma parte essencial de sua estrutura de governança e operação. O tesouro é usado para financiar iniciativas, projetos e operações que beneficiam o ecossistema da Mantle.
O tesouro da Mantle, conforme visualizado no Etherscan, possui um saldo de 267.822,93 ETHs. Com o preço atual – momento da escrita – do Ethereum em US$ 1.841,27, o valor total do ETH no tesouro é de aproximadamente US$ 493.141.239,71. Além disso, o tesouro também detém 59 tokens diferentes – tem até FTT ali no meio.
Para os detentores de tokens da BitDAO, uma oportunidade empolgante está no horizonte. Em breve, será possível converter seus tokens da BitDAO diretamente para MNT, a moeda nativa da Mantle Network.
Possivelmente vamos ver um fluxo interessante de pessoas fazendo esse SWAP, até porque existe um apelo de valor muito maior na minha visão.
Mas a coisa mais importante aqui está clara: dinheiro não é um problema para eles.
⚠️ Oportunidades e risco
A Mantle Network emergiu como uma solução inovadora e promissora no espaço blockchain, com o objetivo principal de escalar e otimizar a rede Ethereum. Ao abordar desafios críticos como altas taxas de gás e limitações de transações por segundo, a Mantle demonstra um compromisso claro com a melhoria da experiência do usuário e a promoção de uma economia tokenizada mais eficiente.
Além disso, a colaboração com organizações como a BitDAO e a implementação de iniciativas como o programa de migração de tokens refletem a adaptabilidade da Mantle e sua disposição para evoluir de acordo com as necessidades do mercado.
A briga pelo espaço da L2 vai ficando cada vez mais interessante com a concorrência crescendo e quem vai ganhar no final do dia somos nós, meros mortais.
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Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
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Apesar de o Bitcoin (BTC) estar em baixa nesta segunda-feira, a criptomoeda segue presa em seu estreito canal de negociação entre US$ 29 mil e US$ 31 mil. Embora a movimentação lateral seja semelhante aos períodos pré-halving anteriores, a última semana apresentou pouquíssimas novidades macroeconômicas e criptográficas. A cautela maior vem dos resultados corporativos nos Estados Unidos, com algumas big techs não performando tão bem assim. Além disso, o foco já está na decisão da política monetária do Federal Reserve (FED) e Banco Central Europeu (BCE). Mas vamos dar uma olhada em tudo o que rolou e que está por vir e, assim, preparar possíveis negociações nesta semana.
Balanço Corporativo
Os encerramentos trimestrais são sempre agitados, principalmente quando empresas norte-americanas estão envolvidas. Embora os dados sejam divulgados pelas corporações em dias diferentes, o sentimento dos investidores já era de pessimismo. Afinal, a expectativa era de que os lucros do S&P 500 recuassem em 7%.
Em partes, a percepção dos analistas estava relativamente correta. A Netflix, por exemplo, viu sua base de assinantes crescer em 8% no segundo trimestre, enquanto a receita desacelerava em comparação com o início do ano.
Em um desempenho semelhante, a IBM surpreendeu com um forte lucro entre abril e junho, mas assistiu sua receita também recuar. Já a Tesla até apontou resultados positivos, mas Elon Musk foi cauteloso em relação às metas da empresa e destacou a paralisação parcial das fábricas para manutenção e atualização de equipamentos.
De olho na inflação
Com a reunião do FED já esta semana, o mercado começa a se movimentar em direção a um provável aumento de 25 pontos-base nos juros dos Estados Unidos. A perspectiva acompanha os recentes e batidos discursos da instituição de que pelo menos duas elevações na taxa devem ocorrer até o final do ano.
A inflação até pode estar vendo um alívio com a desaceleração das Vendas no Varejo em junho. Porém, a Produção Industrial também recuou, voltando a pressão para uma possível recessão, mesmo que leve, no país.
Junho
Projeção
Maio
Vendas no Varejo (mensal)
0,2%
0,5%
0,5%
Vendas no Varejo (anual)
1,49%
1,60%
1,96%
Produção Industrial (mensal)
-0,5%
0,0%
-0,5%
Produção Industrial (anual)
-0,43%
1,10%
0,03%
Seguro-desemprego (semanal)
228 mil
242 mil
237 mil
Combustíveis
Além dos percalços corporativos, as commodities também foram motivo de insegurança aos investidores. Fontes ouvidas pela CNBC disseram que a Rússia deve reduzir a exportação de petróleo entre 100 mil e 200 mil barris por dia em agosto.
A decisão vai em linha com a promessa do país em cortar a oferta junto à Arábia Saudita. Ou seja, a inflação pode balançar novamente com a restrição aos produtos de energia.
Do outro lado do oceano
Apesar dos esforços dos formuladores de política monetária, o núcleo da Inflação ao Consumidor (CPI) na Zona do Euro acelerou em junho. Em contrapartida, o indicador geral mostrou recuo na comparação com o mês anterior.
Junho
Projeção
Maio
CPI (mensal)
0,3%
0,3%
0,0%
CPI (anual)
5,5%
5,5%
6,1%
Núcleo CPI (mensal)
0,4%
0,3%
0,2%
Núcleo CPI (anual)
5,5%
5,4%
5,3%
Ao contrário dos analistas norte-americanos, que começam a pensar em uma pausa no aperto monetário, os dados sugerem que o Banco Central Europeu (BCE) vai ter ainda muito trabalho pela frente para recolocar a inflação de volta à meta de 2%.
Nada glorioso
Na China, importantes dados da economia local foram divulgados. O Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, apresentou uma expansão considerável de 6,3%. Entretanto, o número veio abaixo dos 7,3% esperados pelos analistas. Como relatado no último Satoshi Call, as Vendas no Varejo recuaram com força, enquanto a Produção Industrial seguiu seu avanço.
As perdas corporativas de grandes empresas, principalmente as do setor imobiliário, pressionaram o mercado por lá. Por isso, aumentaram as expectativas de que o governo chinês vai oferecer novos estímulos para o setor. Um deles já foi divulgado: a taxa de empréstimos de um ano permanecem com seus juros inalterados.
Lombadas no caminho
Pelo Brasil, ficam mantidas as perspectivas positivas em relação à queda da inflação e avanço da economia. Entretanto, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, recuou, em junho, na comparação com maio.
Junho
Projeção
Maio
IBC-Br
-2,00%
0,00%
0,56%
Sem surpresas
Apesar de abrir a segunda-feira em queda e operando na parte de baixo do canal, a criptomoeda de referência segue estagnada entre US$ 29 mil e US$ 31 mil.
As explicações para o movimento lateral do BTC são diversas. Boa parte delas vem dos próprios dados on-chain. Eles mostram que 78% de todo o depósito recente de BTC nas exchanges foram feitos por especuladores de curto prazo.
Enquanto isso, as métricas apontam que os HODLErs seguem acumulando o ativo, inclusive, em um nível semelhante ao quando a criptomoeda estava em US$ 16,8 mil, US$ 24 mil e, agora, US$ 28 mil. Esses três pontos são considerados fundos importantes do recente ciclo de mercado.
A faixa de negociação estrangulada acompanha ainda um sentimento bastante curioso. Os detentores de Bitcoin que possuem grandes lucros não estão vendendo suas posições. Ao mesmo tempo, os investidores que registram prejuízo também permanecem com suas criptomoedas armazenadas, em busca de melhores preços.
Na realidade, as informações obtidas dentro da rede apontam que o HODL é a prática dominante há tempos no setor. Dos 14,52 milhões de Bitcoins disponíveis, 55% da oferta permaneceu inativa por pelo menos dois anos, enquanto 29% ficou armazenada por cinco anos ou mais.
Algumas quebras possíveis
Se os dados de rede sugerem que o mercado continuará estável, há dois fundamentos importantes que devem ser observados, pois podem levar a quebras de preços.
Um deles é que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aceitou o pedido de revisão de uma antiga solicitação de ETF de Bitcoin da Valkyrie. Já o segundo se refere ao halving do Bitcoin, que está há menos de um ano de ser acionado.
Pesa ainda na balança o halving da Litecoin – uma “concorrente” do BTC. O evento de corte na recompensa aos mineradores está estimado para acontecer daqui 12 dias.
Luz no fim do gráfico?
Há poucas mudanças no gráfico semanal para o Bitcoin. O preço continua apresentando baixa variação, enquanto os candles se posicionam muito próximos à linha de resistência. Interessante, porém, observar o comportamento da Banda de Bollinger. O indicador, que mede a volatilidade de um ativo, está cada vez mais estreito, porém, em rota de alta. Assim, os suportes podem ficar cada vez mais consolidados e altos. Ao mesmo tempo, o desenho de topo duplo permanece como uma possibilidade real de ser consolidado.
Fonte: TradingView, em 24/07/2023, às 8h33min.
Os indicadores adjacentes apontam para uma perda de força do MACD, sugerindo um possível cruzamento para baixo das médias móveis. No mesmo ritmo, o Índice de Força Relativa (RSI), apresenta ligeira variação para baixo, mirando os 57 pontos. Esses dois indicadores apontam para uma falta de força dos compradores neste momento de mercado.
Conclusão
Não foi desta vez que o mercado encontrou os gatilhos necessários para uma quebra da lateralização de preços do Bitcoin. O movimento atual, entretanto, é semelhante ao que aconteceu em 2020, no período pré-halving da criptomoeda de referência, com os HODLErs mostrando força excessiva para manter suas criptomoedas armazenadas.
Esta semana, porém, não há qualquer sugestão inicial de que o comportamento do BTC mude. Nem mesmo a divulgação de um aumento de juros nos Estados Unidos parece ter forças para quebrar a lateralização, como também aconteceu da última vez. Porém, semanas são semanas e cada uma pode reservar surpresas. Como apontado nos últimos relatórios do Satoshi Call e Variação de Mercado, cautela é a melhor amiga dos investidores mais arrojados e com maior fluxo de operações. Afinal, se tem uma coisa que o mercado não gosta é de incertezas.
Bem-vindos à mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.
Hoje é dia de falar sobre algumas das principais narrativas do mercado: as Layers 2 e seus respectivos projetos.
Como o foco aqui é ter bons resultados, vamos atrás deles porque essa briga vai ser boa e nós, meros mortais, podemos aproveitar desse momento de mercado para escalar de outras formas.
Os 3 projetos que vamos ver aqui já estão consolidados e são as grandes apostas de Venture Capitals para ser a grande aceleração de adoção de tecnologia.
Vamos cair de cabeça nessa narrativa e nos projetos.
🤔 O que são Layer 2s?
Para quem não sabe nada, vamos começar do começo. Imagine que a blockchain é uma rodovia principal com uma única pista de sentido único.
Cada transação é como um carro que precisa viajar ao longo desta rodovia. Quando há muitos carros (transações), a rodovia fica congestionada, o que leva a atrasos e custos mais altos (taxas de gás).
Agora, imagine que as soluções de segunda camada (Layer 2) são como estradas secundárias ou vias expressas que são construídas para ajudar a aliviar o congestionamento na rodovia principal.
Essas estradas secundárias permitem que mais carros (transações) se movam ao mesmo tempo, sem ter que congestionar a rodovia principal.
As soluções de segunda camada, ou Layer 2s, são parecidas com isso. Elas são tecnologias que aumentam a capacidade de processamento de transações de uma blockchain sem comprometer a segurança.
Elas são projetadas para resolver problemas de escalabilidade que são comuns em muitas blockchains de primeira camada, permitindo que mais transações sejam processadas de forma mais rápida e a um custo menor.
💡 Narrativa como tese
Os principais pontos para essa tese de narrativa são a da escalabilidade e a redução de custo.
As blockchains de primeira camada, como o Bitcoin e o Ethereum, têm limitações de escalabilidade. Elas podem processar apenas um número limitado de transações por segundo, o que pode levar a tempos de transação lentos e taxas elevadas quando a rede está congestionada.
As soluções de segunda camada oferecem uma maneira de aumentar a capacidade de transação dessas redes sem comprometer a segurança.
Ao processar transações fora da cadeia principal, as soluções de segunda camada podem reduzir significativamente as taxas de transação. Isso pode tornar as transações de blockchain mais acessíveis e viáveis para uma variedade de usos, desde micropagamentos até transações de alto valor.
Fora ainda o processo de inovação que as soluções de segunda camada abrem. Elas podem suportar uma variedade de aplicações e serviços, como jogos e mercados de NFT ou finanças descentralizadas (DeFi) e contratos inteligentes mais complexos.
⚠️ Optimism e sua Superchain
Optimism é uma solução de segunda camada que usa uma tecnologia chamada Optimistic Rollups para aumentar a capacidade de transação da rede Ethereum.
Optimistic Rollups são uma solução de escalabilidade que executa transações fora da cadeia principal e, em seguida, posta o resultado na cadeia principal, permitindo um maior throughput de transações com um custo menor.
Em outubro de 2022, Optimism introduziu o OP Stack, uma pilha de desenvolvimento de código aberto que alimenta o OP Mainnet. A ideia do Superchain foi introduzida e se refere a um grupo de blockchains de segunda camada (L2) construídos no OP Stack.
O Stack consiste em vários componentes de software (ou seja, bibliotecas de código) que juntos formam o L2 rollup do Optimism e podem ser usados para criar blockchains L2 altamente personalizáveis. Essencialmente, o objetivo é simplificar a criação de blockchains L2.
A atualização Bedrock, lançada em 6 de junho de 2023, foi a primeira versão oficial do OP Stack e trouxe várias melhorias-chave. Isso inclui taxas mais baixas, tempos de depósito reduzidos em 70%, melhores modularidade de prova e desempenho do nó.
O próximo passo após a atualização Bedrock vai permitir que o Optimism se atualize para o Superchain. A cadeia de rollup L2 do Optimism é o primeiro membro do Superchain.
A próxima Base L2 da Coinbase será o segundo membro, com um anúncio de mainnet esperado para este ano. A Worldcoin também se comprometeu a construir no OP Stack, após levantar US$ 240 milhões. A BNB Chain também anunciou o testnet para opBNB, sua cadeia L2 compatível com EVM baseada no OP Stack.
O objetivo final é um “Superchain” composto por uma rede de rollups construídos usando o OP Stack. Este ecossistema de cadeias interoperáveis compartilhará infraestrutura de sequenciamento, prova e ponte, promovendo uma comunicação perfeita entre as redes.
Atualmente, o Optimism é a terceira Layer 2 por Valor Total Bloqueado (TVL), mas com a visão e os parceiros já construindo no OP Stack, não seria surpreendente vê-lo se tornar o líder nos próximos anos.
Muitas pessoas estão otimistas com o Arbitrum e subestimando o Optimism. A chegada de bases de usuários da Coinbase e Binance é enorme, e acredita-se que isso seja apenas o começo.
👀 Arbitrum
Arbitrum é outra solução de segunda camada que usa uma tecnologia chamada Arbitrum Rollups para aumentar a escalabilidade da rede Ethereum.
Semelhante ao Optimism, Arbitrum executa transações fora da cadeia e, em seguida, posta o resultado na cadeia principal. No entanto, Arbitrum usa uma abordagem ligeiramente diferente para resolver disputas que podem surgir durante o processo.
O ecossistema Arbitrum é composto por:
Arbitrum One: O rollup central do ecossistema.
Arbitrum Nova: Segundo rollup para projetos com altas expectativas de volume de transações.
Arbitrum Nitro: Pilha de software que alimenta o L2 do Arbitrum.
Arbitrum Nova é uma sidechain com taxas de gás até 90% menores em comparação com o Arbitrum One. Embora ofereça menor segurança, o Arbitrum Nova é ideal para jogos, aplicações sociais e outras aplicações de alta largura de banda. Opensea e TreasureDAO recentemente lançaram marketplaces no Nova.
Em março de 2023, o Arbitrum, assim como o Optimism, introduziu um framework de código aberto disponível para todos. É chamado de “Arbitrum Orbit” e permite a criação e implantação de L3s sem a necessidade de permissões ou aprovações formais.
A diferença entre o OP Stack e o Arbitrum Orbit é que os L3s serão construídos em cima do Arbitrum One, enquanto as cadeias OP (L2s) serão redes independentes compartilhando segurança entre si.
Já na parte técnica, a diferenciação entre as duas cadeias é que o Optimism usa provas de fraude de uma única rodada, enquanto o Arbitrum usa provas de fraude de várias rodadas.
Utilizando a tecla SAP e em termos simples, isso significa que o método do Optimism é mais rápido, mas potencialmente mais caro devido às taxas de gás mais altas, pois é executado no L1. O método do Arbitrum leva mais tempo, mas é mais econômico.
Além disso, o Optimism usa a Ethereum Virtual Machine (EVM), enquanto o Arbitrum tem sua própria Arbitrum Virtual Machine (AVM). Isso significa que a linguagem de programação do Optimism é limitada ao Solidity. O Arbitrum suporta todas as linguagens de programação EVM.
Será ela a rainha das L2? Calma, que tem uma terceira nessa história.
Polygon é uma plataforma dedicada a melhorar a escalabilidade do Ethereum, um objetivo que eles alcançam utilizando diversas soluções. Seu produto principal é a sidechain Polygon PoS, que atualmente lida com 2-3 milhões de transações diárias de 300-400 mil endereços.
O Polygon tem sido adotado por uma variedade de projetos devido à sua flexibilidade e fácil integração com a rede Ethereum e dentre os apresentados é o que eu mais gosto.
Polygon também se aventurou na tese de app-chain, lançando a sua própria solução: Supernets, que permite aos desenvolvedores estabelecerem app-chains personalizáveis.
Além disso, o zkEVM do Polygon, sua solução de ZK-rollup equivalente ao EVM, teve sua estreia na mainnet no final de março e desde então acumulou mais de 177 mil endereços únicos e 20-50 mil transações diárias.
A Polygon 2.0 é a mais recente adição à sua esteira de produtos L2 e busca unificar essas plataformas para criar uma experiência de usuário perfeita. Concebido como um conglomerado de cadeias L2 alimentadas por tecnologia ZK, o Polygon 2.0 utiliza um protocolo único de coordenação cross-chain para interoperabilidade perfeita entre o zkEVM, PoS e Supernets do Polygon.
⚠️ Oportunidades e risco
Em resumo, as soluções de segunda camada são uma área emergente e promissora de inovação no espaço das criptomoedas.
Temos outros diversos projetos como a BASE, a MANTLE, a BNB e a ZKSynk que podemos abordar nos próximos reports. Mas preferi focar nas 3 principais do mercado.
Só esses projetos têm a probabilidade de apresentar 3x de crescimento nos próximos 12 meses.
Polygon é visto como o principal L2 e, na minha visão, tem a Optimism como sua rival.
As duas estão com foco em adoção em massa e já fecharam muitas parcerias importantes com empresas da Web 2, trazendo milhões de usuários.
Por outro lado, o Optimism está correndo atrás do tempo perdido e trazendo a Coinbase, Binance e outras entidades com uma grande rede de instituições.
No entanto, como com qualquer nova tecnologia ou tendência de investimento, é importante que cada um faça sua própria pesquisa e entenda completamente os riscos antes de se envolver.
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Assim como o mercado cresceu, amadureceu e ganhou corpo, a Foxbit assumiu rapidamente uma posição de destaque no cenário de criptomoedas brasileiro. Nos formamos na comunidade de apaixonados por Bitcoin e seu conceito, e sempre buscamos dar algum retorno a ela.
A motivação para criação da nova Foxbit veio do dinamismo e da evolução que o mercado de criptoativos apresentou nos últimos anos.
2014 – Nasce a Foxbit
Lá atrás, quando éramos só eu e meu sócio, Guto Schiavon, o mercado ainda era muito recente. Toda a tecnologia das criptomoedas ainda era novidade. O perfil dos investidores era totalmente diferente.
O mercado mundial era composto, quase em sua totalidade, por geeks. Pessoas ligadas mais às novas tecnologias, e menos ao mundo financeiro propriamente dito. Não havia uma gama tão vasta de criptoativos disponíveis no mercado como há hoje, existia basicamente só o Bitcoin, e a intenção do investidor era bem clara – comprar e vender Bitcoin.
Inicialmente essa era nossa intenção ao criar a Foxbit – ser um lugar seguro e eficiente para que as pessoas aqui no Brasil conseguissem comprar e vender Bitcoin, como era a demanda. A motivação surgiu porque tudo em 2014 era muito complicado. Existiam poucas empresas que trabalhavam com isso, poucas pessoas que conheciam a tecnologia e pouco capital envolvido. Era uma coisa mais de nicho.
Aconteceu que o mercado de criptoativos foi crescendo. Principalmente em 2017, que tivemos um crescimento exponencial – acho que ninguém, nem o mais otimista dos otimistas, esperava um resultado tão bom no ano passado! Com esse crescimento surgiram novas demandas.
Um novo mercado, uma nova Foxbit
O perfil do investidor começou a mudar, e a gente percebeu muito isso aqui dentro da Foxbit. As demandas dos investidores mudaram também – antes, aquilo que era só comprar Bitcoin, agora já não supria mais as necessidades do mercado. Passamos a ter mais traders, então eram pessoas buscando por ferramentas mais avançadas dentro das plataformas, para conseguir executar essas operações de maneira mais eficiente.
O mercado não era mais composto só por geeks, mas sim investidores também ligados no mercado financeiro tradicional, que já possuíam uma carteira de investimentos consolidada. Então não queriam buscar apenas Bitcoin, mas sim diversificar entre vários criptoativos, a exemplo do Ether, Litecoin, Dash, etc.
Nós sentimos essa mudança, que desencadeou uma necessidade de transformação da Foxbit. Notamos também que, ao longo dos anos, o mundo de criptoativos deixou muita gente com uma pulga atrás da orelha: mercado tradicional, bancos – sentimos uma resistência muito grande por parte destes grupos, e isso refletiu muito na maneira como a mídia retrata as criptomoedas.
A partir dessas notícias, o público ficou receoso com relação às criptomoedas. Investimento já é um tema exposto de maneira muito fria, o que acaba afastando e amedrontando muita gente. Quando trazemos isso para um ambiente digital, com uma tecnologia pouco conhecida, o alerta é duplicado.
Como resposta, adotamos uma postura diferente aqui dentro da Foxbit. No começo o ambiente era muito impessoal – nossos sites e publicações eram recheados de gráficos e números, mas não haviam rostos. A ideia foi justamente trazer mais pessoas para um ambiente tão frio. Mostrar a cara de quem trabalha aqui, a cara de quem faz a Foxbit acontecer.
Demonstrar que não somos só gráficos e um home broker. Mostrar que realmente existem pessoas aqui que possuem motivações e lutam por um objetivo em comum: Inspirar pessoas a conquistar liberdade financeira, através das criptomoedas. Isso envolve desmistificar este mercado, simplificá-lo e espalhar sua tecnologia.
O crescimento da empresa também foi uma resposta à evolução do mercado. Muito mais colaboradores, novos produtos (Cointimes, Foxbit Invest) e mais clientes. Isso é um fator fundamental. Mostra que precisamos estar constantemente atualizados e não podemos ficar acomodados.
Atendendo à demanda do público e após vivermos essas mudanças, temos uma nova plataforma. Por quase quatro anos tivemos uma parceira fornecendo tecnologia; agora, possuímos nossa tecnologia, construída em micro serviços para trazer novas funcionalidades e velocidade de trade. Contamos com vocês neste momento para que possamos aprimorá-la cada dia mais.
Esta será uma nova fase muito boa da Foxbit – tanto para a empresa e usuários, quanto para a comunidade de criptoativos como um todo. Uma característica nossa marcante é o fato de nunca termos perdido essa essência de comunidade – surgimos a partir de uma comunidade de Facebook, todas as conversas para criação da empresa aconteceram por meio das redes, e a gente mantém essa característica de ser uma empresa voltada para comunidade, constantemente vendo quais são as demandas do mercado, e manter um contato direto com o cliente.
Fazemos a Foxbit para as pessoas. Este tem sido um dos nossos grandes diferenciais nos últimos anos, e razão pelo grande destaque que obtivemos no cenário. Ocupamos o posto de maior exchange de Bitcoins da América Latina em termos volume negociado. Estamos sempre ouvindo nossos clientes para melhorar; criar novos produtos, se for necessário. A gente quer fazer isso voltado para o ecossistema de criptomoedas.
Esta é uma nova fase da Foxbit. Agradecemos por vocês fazerem parte desta jornada conosco!