Com a certeza de que a economia europeia tem muito chão para conter a inflação local, e uma aposta arriscada do mercado contra o aumento de juros nos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) – em meio a uma recuperação de parte das perdas recentes – vê seu processo de “legitimação” e interesse institucional crescer mundo afora. Até mesmo as características sustentáveis da blockchain estão abrindo o caminho para que mais gestoras solicitem a aprovação de um ETF de BTC à vista, que poderia gerar uma grande mudança no jogo.
No balanço econômico
Nos Estados Unidos, a situação econômica é uma mistura de crescimento robusto e desafios inflacionários. A aceleração da inflação ao produtor (PPI) e consumidor (CPI), esta última impulsionada em grande parte pelos preços da gasolina, é um sinal de que a demanda está superando a oferta em certos setores.
Este desequilíbrio pode ser temporário, mas, se persistir, pode levar a continuação do aperto monetário por parte do Federal Reserve, apesar de o mercado seguir apostando em uma manutenção da taxa de juros na reunião que será encerrada na próxima quarta-feira.
Agosto
Projeção
Julho
CPI
3,7%
3,6%
3,2%
Núcleo CPI
4,3%
4,3%
4,7%
PPI
1,6%
1,2%
0,8%
Núcleo PPI
2,2%
2,2%
2,4%
No entanto, a produção industrial avançou 0,4% em agosto, sugerindo que o setor manufatureiro está se adaptando e respondendo positivamente aos desafios. Com o aumento deste setor, há uma chance de que os estoques voltem a crescer, controlando melhor a demanda por produtos.
Juros e fragilidade
Na Europa, as ondas de incertezas são maiores. Por isso, o afrouxamento da política monetária ainda não é discutido pelas autoridades da Zona do Euro. O recente aumento de 0,25% na taxa de juros, atingindo um novo recorde, é uma clara resposta às pressões inflacionárias que têm preocupado os votantes do Banco Central Europeu (BCE).
Este movimento, embora seja uma ferramenta comum para conter a inflação, também pode ter implicações no crescimento econômico, tornando os empréstimos mais caros e potencialmente desacelerando os investimentos.
Atual
Projeção
Anterior
Produção Industrial
-2,2%
-0,3%
-1,1%
Taxa de Juros
4,5%
4,25%
4,25%
A declaração de Christine Lagarde, presidente do BCE, adiciona uma camada de incerteza ao não garantir o fim do ciclo de alta dos juros. Esta postura cautelosa é compreensível, especialmente quando consideramos a retração na produção industrial da Zona do Euro em julho, um sinal de que a recuperação econômica ainda é frágil.
Isso é uma retomada?
Após enfrentar desafios econômicos nos meses anteriores, a China passou a mostrar possíveis sinais de recuperação. O crescimento na produção industrial, varejo e serviços em agosto é um testemunho da resiliência da economia chinesa.
Agosto
Projeção
Julho
Produção Industrial
4,5%
4,0%
3,7%
Vendas no Varejo
4,6%
3,0%
2,5%
Taxa de Desemprego
5,2%
5,3%
5,3%
No entanto, é essencial monitorar como o país equilibra seu crescimento com reformas estruturais e desafios geopolíticos.
Desafios à frente
Já o Brasil está navegando por um ambiente econômico desafiador. A inflação moderada, com o IPCA subindo 0,23% em agosto, sugere que o Banco Central está conseguindo manter as pressões inflacionárias sob controle.
Agosto
Projeção
Julho
IPCA
4,61%
4,67%
3,99%
Entretanto, o crescimento de 0,7% nas vendas do varejo em julho indica uma recuperação do consumo, um pilar crucial para a economia brasileira.
Tempos de consolidação
No lado das criptomoedas, o Bitcoin (BTC) foi às mínimas dos US$ 24,9 mil até frear parte das perdas e direcionar uma reação para além dos US$ 27 mil. A força dos bulls parece estar voltando ao jogo, enquanto a cautela ainda é um sentimento determinante para os investidores.
O cenário atual mostra como compradores e vendedores estão travando uma briga intensa, em que qualquer tendência de curto prazo se torna um dilema. Parte desse movimento é visto na retirada intensa de BTCs das exchanges. Só do início do mês para cá, mais de 40 mil unidades foram sacadas das plataformas.
Sustentável
Apesar da falta de ação para a criptomoeda de referência, um relatório apresentado por analistas da Bloomberg mostram que mais de 50% da energia utilizada para mineração de Bitcoin vem de fontes renováveis.
A tendência deste modelo energético é crescente para este mercado, ainda mais com os bloqueios da atividade na China e problemas de produção de energia em algumas regiões dos Estados Unidos.
Com isso, não apenas o meio ambiente ganha, mas a própria imagem do BTC se fortalece, apresentando um ativo mais sustentável, na contramão do que Elon Musk, CEO da Tesla, apontou alguns anos atrás.
Apetite institucional
Nesta linha de evolução, empresas podem se tornar mais amigáveis ao Bitcoin, adotando a criptomoeda como meio de pagamento, investimento ou até para outras soluções corporativas.
Fato é que os ETFs de BTC à vista seguem no radar do mercado, com a expectativa de que, em algum momento, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprove as solicitações.
O otimismo parece prevalecer com mais players pedindo avaliações da SEC. Desta vez, foi a gestora Franklin Templeton que entrou com um pedido para aprovação de um ETF, apontando ainda mais o interesse institucional no ativo digital.
Até mesmo o Deutsche Bank, maior credor da Alemanha, entrou com pedido para a custódia de criptomoedas no país.
Tudo como previsto
Como discutido no último Satoshi Call, o Bitcoin deveria testar a região de US$ 24 mil, último importante nível de suporte deste ano. Caso o teste fosse bem sucedido aos compradores, havia a possibilidade de um repique, que acabou, de fato, colocando o BTC de volta aos US$ 27 mil.
Fonte: TradingView, em 18/09/2023, às 9h32min.
As bandas de Bollinger mostram que a lateralização pode perdurar no médio para a criptomoeda, com suas margens voltando a ficar paralelas, interrompendo a tendência de baixa.
O MACD também ganhou força, aproximando suas linhas para um possível cruzamento de reversão. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) subiu para 51 pontos, apontando que o mercado está, pelo menos um pouco, na mãos dos bulls.
Conclusão
Enquanto o cenário macroeconômico global é repleto de desafios e incertezas, o Bitcoin parece estar buscando seu ponto de tendência, em meio a uma consolidação. Chama a atenção para a criptomoeda, que o ativo está ganhando cada vez mais legitimidade a partir dos pedidos constantes de ETFs por parte dos grandes players norte-americanos.
Mesmo assim, é preciso analisar os fatores que englobam o ativo para determinar se a subida recente é apenas um repique ou a quebra do período de consolidação. Só assim, os compradores deverão se sentir mais confortáveis em realizar compras mais profundas. O comportamento gráfico, entretanto, dá sinais mais vantajosos aos bulls, principalmente pelo sucesso ao conter a descida de preços na última semana.
Mesmo assim, cautela é o nome do jogo para os próximos dias, ainda mais com a decisão monetária nos Estados Unidos não estando tão definida assim, como muitos estão apostando na manutenção da taxa básica por lá. Um movimento contrário pode colocar uma forte volatilidade em todos os mercados e pegar investidores de surpresa.
Ambas as empresas, ARK Invest e Glassnode, são líderes reconhecidos no campo da pesquisa e análise de criptomoedas, e sua colaboração neste relatório destaca a importância do tema abordado.
Nessa semana vou trazer a minha visão sobre esse novo tipo de análise.
🤔 O que é o Cointime Economics?
O Cointime Economics é um novo framework desenvolvido para analisar métricas on-chain do Bitcoin. A ideia central é que a importância de um único bitcoin deve variar com base na última vez que ele foi movimentado.
Por exemplo, o valor informativo de um bitcoin que permaneceu imóvel por 10 anos é mais significativo do que um que ficou imóvel por apenas 1 semana.
Neste modelo econômico do Bitcoin, um BTC perdido não é mais contabilizado como parte da oferta em circulação ou da base de custo de mercado.
Enquanto soluções tradicionais baseadas em UTXO tentaram fazer ajustes de oferta usando heurísticas padrão da indústria (como oferta ajustada e oferta flutuante), esses ajustes seguiram decisões feitas por analistas que podem ser propensas a imprecisões.
Em contraste, o Cointime Economics oferece um framework matemático altamente consistente que mede a importância econômica de cada bitcoin ao longo do tempo com uma unidade fungível de medida que parece representar melhor o estado econômico da rede. Essa unidade é chamada de coinblock.
💡 O que é o Coinblock?
Os coinblocks são o produto do número de bitcoins e o número de blocos produzidos durante o período em que esses bitcoins permaneceram imóveis.
Para ilustrar, 10 bitcoins mantidos durante o tempo necessário para produzir 10 blocos representam 100 coinblocks.
Os coinblocks podem ser expressos em unidades alternativas multiplicando o número de bitcoins pelo período em que permaneceram imóveis.
Por exemplo, os “coindays” comumente usados são o produto do número de bitcoins e o número de dias em que permaneceram imóveis.
O resultado? 3 tipos de Coinblocks para nós olharmos com cuidado.
Os conceitos de Coinblocks Criados, Destruídos e Armazenados oferecem uma visão mais granular e econômica da atividade na rede Bitcoin. Eles permitem que analistas e investidores entendam melhor a dinâmica da oferta e demanda, bem como o comportamento dos detentores de bitcoins.
Ao monitorar essas métricas, é possível obter insights sobre a saúde econômica da rede e as tendências de mercado.
Coinblocks Criados (Coinblocks Created) Os “Coinblocks Criados” representam a quantidade de coinblocks gerados na rede Bitcoin. Cada vez que um bitcoin é adquirido e mantido, ele começa a acumular coinblocks com base no tempo que permanece imóvel. Por exemplo, se você adquirir 10 bitcoins e mantê-los por 10 blocos (sem movimentá-los), você terá criado 100 coinblocks.
Coinblocks Destruídos (Coinblocks Destroyed) Os “Coinblocks Destruídos” medem o volume ponderado pelo tempo de bitcoins movimentados. Isso significa que, quando um bitcoin é movimentado (ou seja, gasto ou transferido), todos os coinblocks associados a ele até aquele momento são “destruídos”. Por exemplo, se dois bitcoins não se movimentaram por sete blocos e depois são transacionados, 14 coinblocks teriam sido destruídos. Um aumento no número de coinblocks destruídos indica a movimentação de moedas que estavam estáticas por um longo período. Isso pode ser interpretado como uma indicação de que os detentores de longo prazo estão vendendo ou movimentando seus bitcoins.
Coinblocks Armazenados (Coinblocks Stored) Os “Coinblocks Armazenados” representam o total de coinblocks que ainda não foram destruídos. Em outras palavras, é a diferença entre o total de coinblocks criados e o total de coinblocks destruídos. O valor econômico desses coinblocks é alto, pois eles geralmente pertencem aos primeiros adotantes do Bitcoin e são mantidos com lucro. Por exemplo, se 16 coinblocks foram criados e 6 foram destruídos, 10 coinblocks permanecem armazenados.
💡 Cases de aplicação
O primeiro caso foi do MVRV (Market-Value-to-Realized-Value) Aprimorado. Com o Cointime Economics, ele oferece uma versão mais precisa do MVRV, uma das métricas on-chain mais utilizadas atualmente.
A ideia é que, ao introduzir o conceito de Cointime, seja possível obter uma visão mais clara da sobrevalorização ou subvalorização do Bitcoin a longo prazo.
No segundo caso, temos a medição mais precisa da taxa de inflação do Bitcoin, que ao ajustá-la através do Cointime, este estudo sugere que a inflação foi severamente superestimada nos primeiros anos do Bitcoin, alinhando-se com a poderosa apreciação do preço na época.
O terceiro e último foi o Cointime Price – Um Novo Modelo de Piso para o Bitcoin, que traz um modelo ponderado pelo tempo e volume para o Bitcoin. Ele ajusta a base de custo do mercado pelo tempo mantido de cada bitcoin envolvido em uma transação. Por exemplo, em 7 de maio de 2023, o preço do Cointime era de $17,568 USD, 12,6% abaixo do preço realizado e 38,2% abaixo do preço de mercado.
⚠️ O futuro do novo modelo
O Cointime Economics oferece uma perspectiva revolucionária sobre a análise on-chain. Ao considerar o tempo e a atividade econômica, é possível obter insights mais profundos sobre o comportamento dos detentores de Bitcoin e a saúde geral do mercado.
O futuro da observação de dados em rede, com a adoção do Cointime Economics, promete ser mais preciso e informativo. À medida que o mundo das criptomoedas continua a evoluir, ferramentas como essa serão cruciais para investidores, pesquisadores e entusiastas entenderem as complexidades do mercado.
Já comecei a testar nas minhas análises nas últimas semanas e venho trazendo mais novidades para vocês nas próximas cartas.
⚠️ Gostou?
Espero que tenham gostado de mais uma news.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Quase metade de setembro já se passou, e o Bitcoin (BTC) segue navegando por águas turbulentas, oscilando abaixo da marca dos US$ 26 mil e enfrentando pressões de venda que reverteram tentativas de alta. Ajudou a adicionar ainda mais incerteza a este cenário, o adiamento da decisão dos ETFs da criptomoeda pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). De olho em métricas on-chain e análise técnica, é possível identificar como as posições dos investidores estão desempenhando neste mercado atual.
Variação… De preços
Apesar da tendência de baixa atual, o Bitcoin experimentou uma breve tentativa de recuperação de preços no último dia 7, alimentado por otimismo entre os investidores. No entanto, esse ímpeto de alta foi rapidamente revertido, com investidores de curto prazo optando por realizar lucros, o que resultou na retomada da tendência de queda e na anulação dos ganhos observados durante a primeira semana do mês.
Anteriormente, em 29 de agosto, uma outra tentativa de alta foi observada, impulsionada pelas expectativas em torno de uma decisão judicial “favorável” à Grayscale por um ETF de Bitcoin à vista. Esta iniciativa foi vista como um marco importante para a integração institucional da criptomoeda no mercado financeiro tradicional.
No entanto, as esperanças foram adiadas quando a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) introduziu um obstáculo regulamentar inesperado. Ela optou por uma abordagem cautelosa e decidiu adiar sua decisão sobre todas as aplicações atuais de ETF Bitcoin. Como consequência direta, a criptomoeda perdeu os ganhos conquistados nesse período, com a pressão dos vendedores (ursos) se tornando evidente, levando o ativo para abaixo dos US$ 26 mil.
Impulsão ou frustração
Para começar nossa análise técnica e confirmar os movimentos anteriormente citados, vamos observar o comportamento do Bitcoin no gráfico mensal. A partir de sua visualização, podemos notar que, embora os compradores ainda estejam ativos e acumulando, eles ainda não demonstraram força suficiente para impulsionar um novo movimento significativo de alta. Entretanto, é importante ressaltar que os investidores de longo prazo parecem estar aguardando por descontos mais acentuados antes de realizar novas entradas, como exploraremos em detalhes nas próximas seções deste relatório.
Bitcoin, Preço… Ação!
A partir de agora, vamos concentrar nossa atenção no Price Action do Bitcoin, observando as tendências significativas no gráfico semanal que moldaram o cenário atual da criptomoeda.
Como ilustrado no gráfico abaixo, notamos um rompimento para baixo de um canal de alta que conectou as mínimas em 21 de novembro de 2022, 6 de março e 12 de junho deste ano. Esse rompimento ocorreu no candle semanal de 14 de agosto. Importante mencionar que o primeiro teste na região do rompimento foi registrado na última semana do mês passado e foi rejeitado pelos vendedores.
Além do aspecto técnico do rompimento, é crucial destacar a relação temporal entre as mínimas de 21/11, 06/03 e 12/06. Essa relação fica mais evidente quando consideramos a máxima de 15 de agosto de 2022.
Como mencionado em “Variação de Mercado” anteriores, o tempo desempenha um papel fundamental na formação das estruturas de preço, e o mercado tende a se mover em ciclos. Estes ciclos temporais foram extensamente estudados por Goichi Hosoda, o criador do sistema de negociação Ichimoku Kinko Hyo.
Observamos que, na semana de 15 de agosto do ano passado, ocorreu um impulso de queda no movimento do preço que persistiu até a mínima de 21 de novembro de 2022, quando o preço atingiu o seu ponto mais baixo em US$ 15,4 mil. Este movimento de queda não teve continuidade, e o preço do Bitcoin reverteu, iniciando o mencionado canal de alta.
O movimento de 15/08 até 21/11 durou 15 semanas, e a alta começou. O ciclo seguinte, de 21/11 até 06/03, durou 16 semanas, apenas uma semana a mais do que o período anterior, mas ainda dentro do mesmo ciclo temporal. Em 06/03, vimos um novo impulso de alta que manteve sua continuidade, renovando a máxima da estrutura.
Já o período de 06/03 até 12/06 também durou 15 semanas, mantendo-se consistente com os movimentos anteriores dentro do mesmo ciclo temporal. Entretanto, em 12/06, tivemos um novo impulso de alta que falhou e não conseguiu manter-se acima da máxima da estrutura anterior. Em vez de uma continuidade do movimento de alta, observamos uma quebra do canal de alta e um enfraquecimento da estrutura cíclica de 15 a 16 semanas que estava a favor dos compradores (touros).
No momento atual, estamos na 14ª semana do ciclo temporal, e nossa análise só será concluída na última semana de setembro, quando avaliaremos a possibilidade de um novo impulso de alta. É importante notar que, desde 2017, o mês de setembro tem sido caracterizado por quedas nos preços.
A máxima de agosto de 2022 coincide também com a região de preço da mínima de 12 de junho deste ano. Isso sugere que essa área de preço atua como um suporte importante, explicando por que a criptomoeda tem operado próximo a esse nível por vários dias sem uma definição clara de direção.
Conforme discutido em outros relatórios, os preços entre US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil têm uma relevância significativa nesse contexto, devido à alta liquidez nesta região. É possível que grandes players do mercado estejam interessados em observar o comportamento do mercado e a ação do preço nessas faixas de preço.
Modelo de Ichimoku
Na sequência, examinaremos a análise das linhas de equilíbrio do Trade System Ichimoku Kinko Hyo no gráfico semanal, oferecendo insights adicionais sobre a situação atual do Bitcoin. Ao observar a imagem a seguir, podemos notar que a Chikou Span, que representa a linha traçada há 26 semanas atrás no gráfico, fornece informações valiosas.
Os investidores que compraram na semana de 20 de março e ainda não encerraram suas posições estão atualmente enfrentando prejuízos, uma vez que o preço do Bitcoin está abaixo de US$ 26,6 mil. Esses compradores que mantiveram suas posições por 26 semanas estão agora observando o preço atual abaixo do ponto de equilíbrio representado pela Kijun Sen.
Ao analisarmos Tenkan Sen e Kijun Sen, que confirmam o período de consolidação, podemos observar que a Tenkan Sen, representando o equilíbrio dos últimos 9 períodos, aponta para baixo, enquanto a Kijun Sen, referente aos últimos 26 períodos, aponta para cima. Esse cenário resulta no cruzamento dessas duas linhas, indicando a complexidade da situação atual do mercado.
A análise gráfica e o movimento de preços exigem uma atenção meticulosa por parte dos investidores, e a tomada de decisões deve ocorrer apenas quando se está confortável em assumir os riscos inerentes ao mercado financeiro.
Até o momento, identificamos que a pressão dos vendedores é maior dentro do contexto estrutural. No entanto, ao introduzirmos a ferramenta do Ichimoku no gráfico, notamos que após o movimento provocado por Tenkan e Kijun, a Senkou Span A, que está plotada 26 períodos no futuro, aponta para cima.
A interpretação desse movimento da Senkou Span A sugere que, apesar da pressão vendedora predominante, ainda existe um sentimento otimista de curto prazo, com a perspectiva de um teste na região de Tenkan e Kijun.
Portanto, os day traders estarão atentos ao comportamento do preço caso ocorra o rompimento da máxima da semana passada. Nesse cenário, Tenkan e Kijun servirão como resistências locais para os compradores de curto prazo.
Reduzindo os prazos
Continuaremos a análise da situação atual do Bitcoin, focando nossa atenção agora para o gráfico diário. Devido à indefinição que persiste no movimento do preço do Bitcoin, o nosso gráfico diário permanece praticamente inalterado desde o relatório da semana passada.
O preço segue operando acima de um Order Block e permanece em uma região Premium. Destaca-se que houve um teste no Order Block durante o movimento de queda ocorrido na última segunda-feira.
Os níveis principais de suporte que continuam a ser monitorados são os US$ 24,5 mil e US$ 23,1 mil. Tradicionalmente, os grandes players do mercado esperam por oportunidades de compra em regiões de “Desconto”, onde encontram Order Blocks e Imbalances.
Vale ressaltar que, na segunda-feira, ao testar o Order Block, o preço entrou em uma região de “desconto”, o que pode ser considerado um ponto de interesse para investidores em busca de oportunidades de entrada e isso explica o movimento de alta de terça-feira.
Além disso, ainda observamos um nível de Imbalance marcado em nosso gráfico, conforme ilustrado na imagem a seguir. Esse Imbalance pode funcionar como uma área de defesa estabelecida por compradores que desequilibraram o preço em 13 de março.
A dinâmica entre oferta e demanda e a importância de monitorar regiões de prêmio e desconto foram detalhadamente abordadas em relatórios anteriores, que podem ser consultados para obter informações adicionais sobre esses conceitos.
Métrica da rede
Olhando para os dados OnChain, no período semanal, capturamos as seguintes informações: O número de endereços acima de 100 Bitcoins está levemente aumentando, enquanto temos uma estabilidade no número de endereços com mais de 1000 e mais de 10.000 Bitcoins.
Já o SOPR, uma métrica importante que indica o grau de lucratividade das transações realizadas em uma determinada faixa de preço, está significativamente abaixo da linha 1. Isso sugere que investidores precisaram encerrar suas posições com algum prejuízo durante o último movimento de queda que testou a mínima de junho.
Isso reflete a pressão de venda que prevaleceu durante esse período e indica que alguns investidores podem ter liquidado suas posições com perdas em vez de manterem suas moedas em um mercado volátil.
Os dados on-chain revelam ainda um cenário em que investidores de Bitcoin, particularmente os que detêm quantidades substanciais da criptomoeda, estão operando com cautela em um mercado que permanece lateral.
O indicador de “Prejuízo Não-Realizado” é importante, pois desempenha um papel fundamental na compreensão do capital dos investidores aplicados em Bitcoin.
Ao examinarmos a imagem gráfica a seguir, fica evidente que o “Prejuízo Não-Realizado” está em ascensão. Em termos práticos, isso significa que, no momento, o valor atual da carteira de um investidor é menor do que o valor que ele teria se vendesse todas as suas moedas agora. Em outras palavras, muitos investidores estão enfrentando perdas financeiras em suas posições.
Essa métrica oferece uma visão crítica do mercado. Quando o “Prejuízo Não-Realizado” aumenta, indica que a maioria dos investidores está segurando suas moedas em um momento de desvalorização do ativo. Isso pode ser resultado de diversos fatores, incluindo pressão de venda, incerteza ou desconfiança nas perspectivas de curto prazo.
Ao examinarmos a métrica de “Lucro Não Realizado”, observamos que o mesmo está em queda. Isso implica que o valor atual da carteira de um investidor é menor do que o valor que ele teria se vendesse todas as suas moedas agora. Em outras palavras, muitos investidores estão enfrentando saldos negativos em suas carteiras, o que indica que suas posições atuais também estão gerando prejuízos.
Essa métrica oferece uma visão adicional sobre o capital dos investidores em Bitcoin, destacando a atual tendência de perdas financeiras entre os investidores. Isso enfatiza a volatilidade inerente do mercado de criptomoedas e a importância de uma análise cuidadosa.
É importante salientar ainda que as métricas de “Prejuízo Não-Realizado” e “Lucro Não-Realizado” precisam ser observadas em diferentes períodos de tempo, por isso é aconselhável utilizá-las em conjunto com outros indicadores já estudados neste relatório.
Quando analisamos todo o contexto da movimentação de preços do Bitcoin e adicionamos estas duas métricas, temos a possibilidade de entender profundamente a dinâmica desenvolvida por diferentes tipos de investidores e poderemos estar mais preparados para uma tomada de decisão.
Conclusão
Este relatório ofereceu uma análise abrangente da movimentação de preços do Bitcoin ao longo das primeiras duas semanas de setembro, com foco em diversos indicadores e métricas, proporcionando uma visão detalhada do mercado. Ao resumir as principais conclusões, destacamos alguns pontos cruciais:
Tendência Lateral e Incerteza: O movimento do preço do Bitcoin durante este período apresentou uma tendência lateral, com uma falta de direção clara. Investidores de curto prazo enfrentaram desafios significativos, com tentativas de alta frequentemente revertidas pela pressão de venda.
Indicadores Técnicos: A análise técnica revelou diversos insights, incluindo o rompimento para baixo de um canal de alta no gráfico semanal e a importância das regiões de suporte e resistência, especialmente entre os níveis de US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil.
Análise on-chain: As métricas OnChain, como “Prejuízo Não-Realizado” e “Lucro Não-Realizado,” destacaram a dinâmica emocional dos investidores.
A análise de todos esses indicadores fornece uma base sólida. Investidores devem considerar o contexto geral, incluindo fatores técnicos, fundamentais e emocionais, ao tomar decisões no mercado de criptomoedas. O Bitcoin é conhecido por sua volatilidade, e os investidores devem estar preparados para mudanças rápidas nas condições. Monitorar continuamente as informações e buscar orientação financeira são práticas recomendadas.
Agradecimento
Gostaria de agradecer a você que dedicou seu tempo para ler este relatório. Sei que a análise de dados e tendências de mercado pode ser desafiadora. Meu objetivo é fornecer informações relevantes para auxiliar investidores e entusiastas do Bitcoin a compreender melhor o mercado. Espero que este relatório tenha sido útil e esclarecedor.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
A inflação global segue sendo o mote do sentimento dos investidores, que apontam cautela em suas operações e análises. Para o Bitcoin (BTC) nem mesmo as apostas de que o Federal Reserve (FED) irá segurar os juros na próxima reunião está sendo o suficiente para a criptomoeda de referência quebrar seu período lateral, após a última baixa expressiva. Os fundamentos, porém, mostram ainda uma preparação dos HODLErs para o próximo halving. Neste Satoshi Call, vamos explorar o que rolou na última semana e o que está por vir nos próximos dias, assim como observar melhor os ciclos do halving do Bitcoin.
Economia forte, mas…
Nos Estados Unidos, a atividade econômica “cresceu modestamente na maioria dos distritos do país”, como apontou o Livro Bege. Os gastos no varejo e demanda por bens apontaram uma breve queda, enquanto o setor de turismo apresentou um rendimento positivo, acima do esperado pelos analistas.
Agosto
Projeção
Julho
PMI Serviços
50,5
51,0
52,3
PMI Composto S&P Global
50,2
50,4
52,0
Complexidade econômica
A Zona do Euro é um tópico à parte, afinal, a bateria de dados econômicos recentes mostram que o país está ainda em território de retração, com os Índices Gerente de Compras (PMIs) de agosto recuando em relação ao mês anterior. Essas informações são apoiadas pelas prévias do Produto Interno Bruto (PIB), que vieram abaixo do esperado.
Julho
Projeção
Junho
Inflação ao Produtor (PPI)
-0,5%
-0,6%
-0,4%
Vendas no Varejo
-1,0%
-1,2%
-1,0%
PIB
0,5%
0,6%
1,1%
Apesar do desempenho pouco otimista, a inflação ao produtor do bloco econômico aponta uma leve queda, mesmo que ainda mais fraca do que os analistas estimavam. Este arrefecimento pode estar ligado à manutenção das Vendas no Varejo em território negativo, colocando a demanda em baixa.
Nada de muito novo por lá
Assim como a Zona do Euro, a China também tem apresentado uma economia pouco linear. Os PMIs seguem em território de expansão, mas abaixo do que os analistas previam. Ao mesmo tempo, as Exportações e Importações, ainda em queda, melhoraram o desempenho na comparação com o mês anterior, apontando que a demanda está tentando retomar a alta.
Agosto
Projeção
Julho
Inflação ao Consumidor (CPI)
0,1%
0,1%
-0,3%
Inflação ao Produtor (PPI)
-3,0%
-3,0%
-4,4%
A inflação voltou a entrar no foco do país. Mesmo assim, o governo chinês segue gerando incentivos, o que impactou diretamente no aumento da compra de automóveis. As autoridades ainda anunciaram uma supervisão regulatória mais ativa para o setor do minério de ferro para monitorar a dinâmica do mercado.
Em expansão
Pelo Brasil, os dados são mais estáveis, com a economia mostrando ainda sinais de expansão, como é o caso dos PMIs. Em contrapartida, a Produção Industrial apontou recuo acima do esperado pelos entrevistados, o que pode colocar uma ligeira pressão sobre a economia brasileira.
Julho
Projeção
Junho
Produção Industrial
-1,1%
-0,5%
0,2%
Próxima semana
Um dos catalisadores para agitar o mercado vem dos Estados Unidos, que divulgam seus dados de inflação, Produção Industrial e Balanço Orçamentário do FED. Na Europa, veremos também a Produção Industrial e a decisão da taxa de juros pelo Banco Central Europeu. Já a China revela o seu desempenho industrial, Vendas no Varejo e Taxa de Desemprego. Pelo Brasil, o IPCA-15 é um dos destaques desta semana.
Preparação para o Halving
Após a última queda, os investidores sentaram em uma base de preços pouco confortável para o mercado geral. Ao longo da semana, o Bitcoin apontou até uma certa volatilidade, mas não o suficiente para levá-lo abaixo dos US$ 25 mil, tampouco romper para acima dos US$ 26 mil. Desta forma, a cautela prevalece, com os fundamentos apontando que o ciclo do Halving, estimado para abril do ano que vem, pode estar vendo seu início.
Máquinas ligadas
A mineração de BTC continua a todo vapor, colocando mais uma vez a dificuldade da atividade em seus níveis mais altos. Com o custo mais elevado para a emissão de novas moedas, os mineradores estão vendendo parte de suas participações para custear o processo.
Entretanto, o gasto energético para validar as transações dentro da blockchain apontam que o valor atual do Bitcoin não é “justo”, de acordo com uma teoria de Charles Edwards. Em sua tese, o atual topo histórico do hash rate sugere um ótimo momento de compra, em que o preço o BTC atualmente deveria ser de US$ 47,2 mil.
Em posição
O fornecimento de Bitcoin está também cada vez mais nas mãos dos HODLers. Dados on-chain apontam que 40,53% do BTC está inativo há mais de três anos. Os indicadores apontam para uma oportunidade de compra geracional para investidores que conseguirem ser mais pacientes neste momento de mercado.
A narrativa faz sentido quando analisamos o desempenho do ativo digital nos períodos pré-halving. Assim como o analista de criptomoedas, Emerson Antunes, comentou em outros “Variação de Mercado”, este período é um momento de agitação, principalmente pelas consequências que este evento gera em todo o mercado.
Halving do Bitcoin
Apesar de sua importância, não será uma preocupação deste relatório explicar os detalhes do que é o Halving do Bitcoin – mas não se preocupe pois no botão abaixo você poderá aprofundar seu conhecimento sobre o assunto. O que vale mesmo aqui é que o Halving é um procedimento técnico que controla a inflação da criptomoeda.
Ele torna a emissão da moeda digital cada vez mais reduzida ao longo da história e, como consequência, diminui a oferta do ativo no mercado global. Desta forma, pode-se esperar um choque entre oferta e demanda.
Esse evento acaba gerando ciclos que, historicamente, costumam trazer grandes valorizações para o BTC no médio prazo, como veremos a seguir.
1º Halving
O primeiro Halving do Bitcoin aconteceu em novembro de 2011. Ao considerar o período de um ano – até novembro de 2012, a criptomoeda saltou de US$ 12,00 para US$ 1.163,00, acarretando uma alta de 10.400%.
2º Halving
O Halving seguinte foi acionado em julho de 2016. Seguindo o mesmo período, o BTC foi de US$ 682,00 para US$ 2.528,00. No total, a valorização foi de 270%. Porém, é importante destacar que houve um prolongamento do ciclo, que terminou em dezembro de 2017, quando a moeda digital alcançou sua então máxima histórica de US$ 20 mil.
3º Halving
O terceiro e último halving aconteceu em maio de 2020. Nesta época, foi quando o Bitcoin deixou os US$ 9.945,00 para alcançar os US$ 59.600,00 doze meses depois. A alta de 500% não ficou por isso. A extensão levaria o ativo para US$ 69 mil, em novembro do mesmo ano.
4º Halving
O quarto Halving está estimado para acontecer em abril de 2024, segundo dados do portal BitcoinBlockHalf.
Embora não seja possível determinar que o comportamento do Bitcoin vai se repetir neste próximo ciclo, a história nos diz que esses eventos têm um poder de influência considerável no mercado de criptomoedas.
O processo de acumulação visto recentemente no setor corrobora com a perspectiva mais otimista, que continua mantendo sua expectativa positiva, apesar dos ventos contrários e a pressão de vendas dos últimos dois meses.
Uma checada nos gráficos
Há poucas mudanças no comportamento gráfico do Bitcoin em comparação com a semana anterior. É possível observar que as bandas de Bollinger sustentam sua amplitude, em uma tendência de baixa, com a linha inferior servindo de suporte imediato.
Ao mesmo tempo, a zona dos US$ 24,3 (linha azul) continua sendo um importante nível de barreira para novas quedas. Como apontado em Satoshi Calls anteriores, é possível que o teste desta área sirva como um trampolim para o preço do BTC. O movimento ganha força ao considerar que o topo duplo (círculos brancos) ainda não foi consolidado, abrindo espaço, então, para um fundo duplo (círculos azuis), que reverteria a tendência de baixa atual.
Fonte: TradingView, em 11/09/2023, às 9h06min..
Nos indicadores subjacentes, o MACD continua com suas médias cruzadas para baixo, apoiando a narrativa de que o mercado está sob controle de uma força vendedora. O Índice de Força Relativa (RSI) acompanha esta perspectiva ao apontar os 44 pontos.
Conclusão
Imaginar que a situação macroeconômica vá se resolver nos próximos meses é uma ilusão. Mesmo que a taxa de juros seja paralisada, há ainda muito caminho a desenrolar para que as economias retomem suas metas de inflação e, principalmente, os estoques de materiais. Com isso, as flutuações econômicas vão ainda impactar muito o mercado de criptomoedas.
Por isso, analisar os fundamentos do Bitcoin e altcoins é essencial para gerar uma leitura de médio e longo prazo para reduzir os ruídos apresentados pelos fatores externos. O Halving do Bitcoin é um desses eventos. Estimado para abril de 2024, o processo costuma ter um impacto positivo para o criptoativo, criando uma oportunidade de compra interessante. Essa perspectiva parece ser, inclusive, compartilhada com investidores de longo prazo, que seguem acumulando a moeda digital e a mantendo armazenada em suas carteiras há muito tempo.
A análise técnica sugere ainda que o BTC ainda tem espaço para reverter a tendência de baixa, caso alguns fatores desencadeiem um volume de compras mais poderoso do que a pressão vendedora atual.
Após o segundo fechamento mensal consecutivo em queda, nossa atenção se volta agora ao comportamento do Bitcoin (BTC) na abertura de setembro. A flutuação de preços permanece ainda bastante complexa, tornando a região atual de negociação uma espécie de mar desconhecido, em que as ondas podem fazer com que a criptomoeda de referência retome seu movimento de alta ou, então, siga posicionada em território de ursos, mantendo sua tendência baixista.
Sem afobação
Na semana passada, testemunhamos uma tentativa de recuperação de preços. Porém, a busca por valores mais altos foi rapidamente frustrada, indicando que os ursos (vendedores) ainda detém um domínio significativo sobre a direção do mercado. Seu objetivo parece ser levar o preço a um possível movimento abaixo do ponto mínimo registrado em 12 de junho.
Ter paciência para aguardar os movimentos de um gráfico semanal pode ser tedioso para alguns, mas no momento atual do Bitcoin, este gráfico tem colocado diante de nós uma visão muito serena de que o investidor profissional tem a intenção de buscar a liquidez abaixo da última mínima.
Ichimoku Clouds
Uma ferramenta útil para avaliar a situação é a análise das linhas de equilíbrio do indicador Ichimoku Kinko Hyo. Nessa análise, observamos que o preço está operando em uma região dentro da Nuvem de Ichimoku, o que indica uma fase de lateralidade. Esse padrão é representado pela Senkou Span B, que é uma linha de longo prazo. Quando ela se mantém plana, sugere que o mercado está em um cenário lateral.
Conforme mencionado em “Variação de Mercado” anteriores, o suporte para esse cenário lateral permanece entre os níveis de preços de US$ 23,1 a US$ 24,8 mil.
Um ponto de destaque nesta semana é a posição da linha Kijun Sen, que serve como a linha base do sistema Ichimoku. Ela está atualmente acima do preço atual, o que sugere que ainda há potenciais vendedores exercendo influência sobre o movimento dos preços.
Tomando a liderança
Continuando nossa análise, agora voltamos nossa atenção para o gráfico semanal do Market Cap e Dominância do Bitcoin.
Conforme podemos observar na imagem a seguir, a capitalização da criptomoeda tem apresentado uma tendência de queda desde a semana de 26 de junho. Atualmente, estamos na segunda onda de queda de curto prazo, com a ultrapassagem da Tenkan Sen de cima para baixo.
Esses sinais indicam que a intenção da capitalização é reduzir ainda mais, pelo menos em direção à linha base Kijun Sen, que está situada na região de 48%. Vale destacar que esse nível de Kijun pode operar como um suporte, além de estar acima dos níveis de 50% de Fibonacci do último movimento de alta, que teve início na semana de 06 de março.
Se a capitalização continuar a reduzir no gráfico semanal, é possível que o preço do Bitcoin confirme o movimento de queda que analisamos anteriormente, no qual aguardamos uma reação na região de liquidez.
Caso nossas análises se confirmem, poderemos mais uma vez ter um mês de setembro de muitas dificuldades para os touros que tentam sem sucesso levar o preço para valores mais altos.
Eles precisam compreender que, dentro da lógica do mercado, o investidor profissional busca adquirir ativos a preços mais baixos e vendê-los a preços mais altos. Essa lógica pode parecer simples, mas muitos investidores ainda têm dificuldade em adotar essa perspectiva de longo prazo.
Nossa análise seguinte abordará esses conceitos e esclarecerá a importância de pontos-chave no gráfico diário, ajudando a visualizar o mercado a partir de uma perspectiva mais ampla. Continuaremos monitorando de perto a evolução desses indicadores e atualizando nossas análises conforme necessário.
De cara com o preços
A análise do gráfico diário nos leva a uma discussão crucial sobre o comportamento da oferta e demanda, um elemento fundamental na análise institucional que estuda os conceitos do Smart Money. Dentro dessa abordagem, focamos em duas regiões específicas no gráfico de preços: Prêmio e Desconto (Premium and Discount).
Investidores profissionais almejam vender em regiões de Prêmio e comprar em regiões de Desconto. Isso significa vender a um preço mais alto e comprar a um preço mais baixo, maximizando seus lucros. A análise no gráfico diário a seguir vai sinalizar essas regiões e suas implicações.
Dado que o preço não conseguiu se manter acima da máxima registrada em 14 de abril, nossa análise abrangerá o período entre a mínima de 10 de março e a máxima de 13 de julho. Para auxiliar nessa análise, utilizaremos a ferramenta de Fibonacci no gráfico, com foco na região de 50% de todo o movimento.
A análise dos 50% de Fibonacci é significativa, pois quando o preço está acima dessa região, ele opera em uma posição de Prêmio. Isso indica que grandes instituições estão vendendo ativos a preços mais elevados, obtendo um Prêmio considerável.
Por outro lado, quando o preço está abaixo dos 50% de Fibonacci, os investidores profissionais têm a oportunidade de comprar com um desconto significativo.
Com base nesse entendimento do comportamento institucional, podemos identificar pontos-chave onde a demanda se mostrou relevante abaixo dos 50% de Fibonacci, incluindo o próprio nível de preço de 50%. Abaixo dessa região, no gráfico diário, observamos um desequilíbrio (imbalance) criado em 13 de março. Precisamente no meio desse desequilíbrio, encontramos o suporte de US$ 23,1 mil, que já foi mencionado neste e em relatórios anteriores.
Esticando a rede
Ao analisar os dados de rede (On-Chain) e examinar o gráfico semanal, é notável que o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio) encontra-se abaixo da linha 1. Esse cenário indica que alguns investidores podem estar enfrentando a necessidade de realizar suas posições com prejuízo, acionando stops forçados devido à queda nos preços do Bitcoin.
Contrastando com essa situação, observamos que grandes investidores estão aproveitando a oportunidade para adquirir a liquidez disponível. Na última semana, houve um aumento no número de endereços que detêm mais de 100 Bitcoins em suas carteiras, indicando um movimento de acumulação por parte desses investidores.
Além disso, notamos um leve aumento no número de endereços com mais de 1000 Bitcoins, o que sugere que, apesar da iminência de uma possível quebra do último fundo de preço, ainda existem grandes investidores que estão se posicionando para compras estratégicas.
É interessante observar que o número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins permanece estável, mesmo após uma correção ocorrida há duas semanas atrás. Essa estabilidade nesse grupo de detentores de Bitcoin indica uma certa confiança em suas posições e a possibilidade de que esses investidores continuem a manter suas participações a longo prazo.
Esses dados de rede fornecem informações sobre o comportamento dos investidores no mercado, revelando uma dinâmica entre aqueles que estão sendo forçados a vender com prejuízo e aqueles que estão buscando oportunidades de compra em níveis de preço considerados atrativos. A estabilidade no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoin sugere uma confiança subjacente nas perspectivas a longo prazo dessa criptomoeda.
Conclusão
Neste relatório, exploramos a movimentação de preços do Bitcoin na abertura de setembro. Iniciando nossa análise no gráfico semanal, observamos um cenário complexo de indefinição, com investidores lidando com uma luta contínua entre touros e ursos.
O Ichimoku Kinko nos forneceu informações sobre a lateralidade do mercado, com a linha Senkou Span B indicando essa tendência. O suporte crucial para essa lateralidade permanece entre os preços de US$ 23,1 a US# 24,8 mil.
No entanto, a posição da linha Kijun Sen acima do preço atual indica que os potenciais vendedores ainda têm influência no movimento do preço, o que sugere que o mercado pode continuar sob pressão de baixa.
Em seguida, exploramos a queda na capitalização do Bitcoin e a dinâmica dos investidores institucionais, que buscam vender em regiões de Prêmio e comprar em regiões de Desconto. Isso ressaltou a importância dos níveis de 50% de Fibonacci na determinação dessas regiões, com a oportunidade de lucro para grandes instituições quando o preço está acima de 50% e a oportunidade de compra com desconto quando está abaixo.
Também observamos a análise dos dados de rede (On Chain) e examinamos que o indicador SOPR sugere que alguns investidores podem estar sendo forçados a realizar posições com prejuízo devido à queda nos preços. No entanto, grandes investidores estão aproveitando para acumular Bitcoin, como evidenciado pelo aumento no número de endereços com mais de 100 Bitcoins.
Além disso, a estabilidade no número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins reflete uma confiança subjacente nas perspectivas a longo prazo da criptomoeda, mesmo após uma recente correção.
Em resumo, o movimento do preço do Bitcoin neste início de mês é caracterizado por uma luta entre touros e ursos. Os investidores institucionais estão estrategicamente posicionados para aproveitar oportunidades de compra em meio à volatilidade, enquanto os indicadores oferecem insights sobre a pressão de venda e a confiança dos detentores de Bitcoin.
Agradecimento
Espero que as informações e análises fornecidas tenham sido úteis e informativas. Continuarei a acompanhar de perto o Bitcoin e outras criptomoedas para fornecer atualizações relevantes e análises adicionais à medida que o tempo avança.
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou precisar de mais informações, não hesite em entrar em contato. Seu interesse e apoio são fundamentais para o meu trabalho, e estou à disposição para ajudar no que for necessário.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
A volatilidade deu as caras novamente no mercado, com o Bitcoin (BTC) registrando mais perdas nesta semana, mesmo após ventos regulatórios positivos vindos dos Estados Unidos. A realidade é que a bateria de dados econômicos mostrou muito mais confusão do que um direcionamento claro, colocando as perspectivas de redução do aperto monetário e recuperação da economia das principais potências em xeque. De qualquer forma, o comportamento das carteiras sinaliza que os investidores institucionais parecem estar fortalecidos no jogo, podendo movimentar os preços da criptomoeda de referência novamente.
Que confiança, hein!?
Na última semana, o mercado seguiu digerindo as falas do presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, de que os Estados Unidos podem manter o avanço de juros no curto prazo. Entretanto, os investidores deram de ombros, com 93% apostando em uma pausa no aperto monetário na reunião deste mês. Esse volume, inclusive, praticamente ignora o avanço do Índice de Bens de Consumo (PCE), um dos indicadores favoritos do FED para medir a inflação, assim como a queda no Índice Gerente de Compras (PMI) Industrial, que acentuou sua retração.
Agosto
Projeção
Julho
PCE
3,3%
3,3%
3,0%
Núcleo PCE
4,2%
4,2%
4,1%
PMI Industrial
47,9
47,0
49,0
Trabalho x Inflação
Outro ponto que o FED fica de olho para definir sua trajetória nos juros é no mercado de trabalho. Os dados da semana passada chamaram a atenção, pois a maioria dos indicadores de empregos dos Estados Unidos apontaram em queda, exceto o payroll – que mede o número total de empregados pagos no país, excluindo trabalhadores agrícolas, funcionários do governo, empregados de organizações sem fins lucrativos e trabalhadores domésticos. Assim, há dúvidas sobre, de fato, se o setor empregatício está ou não aquecido, aumentando as dúvidas em relação ao que os formuladores de política monetária poderão fazer na próxima reunião.
Agosto
Projeção
Julho
Variação de Empregos Privados
177 mil
195 mil
371 mil
Relatório JOLTs
8,8 milhões
9,4 milhões
9,1 milhões
Payroll
187 mil
170 mil
157 mil
Taxa de Desemprego
3,8%
3,5%
3,5%
Descendo incentivos
Após o alarde em cima dos fracos dados econômicos da China, a última semana serviu para reajustar as expectativas sobre a segunda maior economia do mundo. Não só os principais PMIs avançaram, como a revisão feita pela Caixin colocou o setor industrial em expansão novamente.
Agosto
Projeção
Julho
PMI Industrial
49,7
49,4
49,3
PMI Industrial Caixin
51,0
49,3
49,2
PMI Não-manufatura
51,0
51,1
51,5
PMI Composto
51,3
–
51,1
Apesar da melhora nos indicadores internos, o governo segue adicionando incentivos à economia. Recentemente, o país cortou as taxas de transações na bolsa para aquecer o mercado financeiro. Enquanto isso, cinco dos maiores bancos do país cortaram as taxas de juros dos depósitos em yuan, apoiados por iniciativas das autoridades chinesas.
Apatia geral
Na Zona do Euro, a situação é um pouco mais complexa. A bateria de dados da última semana colocou ainda mais pressão sobre a já fragilizada e inflacionada economia europeia.
Agosto
Projeção
Julho
Confiança do Consumidor
-16,0
-16,0
-15,1
Confiança Serviços
3,9
4,2
5,4
Confiança Industrial
-10,3
-9,9
-9,3
PMI Industrial
43,5
43,7
42,7
Os esforços dos formuladores de política monetária também não parecem estar surtindo o efeito esperado, com a inflação ao consumidor (CPI) praticamente estagnado, apesar da retração do núcleo do indicador.
Agosto
Projeção
Julho
CPI
5,3%
5,1%
5,3%
Núcleo CPI
5,3%
5,3%
5,5%
Taxa de Desemprego
6,4%
6,4%
6,4%
Caminho positivo
Pelo Brasil, as projeções otimistas para o final do ano podem sofrer uma ligeira pausa, com um recuo abaixo do esperado da inflação, mas em meio ao avanço do Produto Interno Bruto do segundo trimestre (Q2) e a retomada da Indústria em território de expansão.
Julho
Projeção
Junho
PIB Q2
3,4%
2,7%
4,0%
Inflação ao Produtor
-0,82%
-2,99%
-2,72%
PMI Industrial (ago)
50,1
47,2
47,8
Destaque também para a Câmara dos Deputados, que aprovou a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027. Já o mercado de trabalho apresenta equilíbrio, com leve retração do desemprego no país.
Agosto
Projeção
Julho
Criação de Empregos
142 mil
140 mil
157 mil
Taxa de Desemprego
7,9%
7,9%
8,0%
Respira fundo
Nesta semana, muitos dados econômicos importantes serão divulgados, podendo movimentar a maioria dos mercados de risco e, claro, o de criptomoedas. Na China, saem as revisões dos PMIs da Caixin, CPI, Exportações e Importações. Pela Zona do Euro, conheceremos os PMIs de Serviços e Composto, Vendas no Varejo, Variação de Empregos e PIB. Os Estados Unidos preparam os dados de Exportações, Importações e PMI de Serviços. No Brasil, teremos a Produção Industrial e PMIs Composto e de Serviços.
Novas quedas a caminho?
O Bitcoin fechou agosto com uma queda de 11,29%, sendo este o pior mês para o desempenho da criptomoeda este ano e marcando a segunda retração consecutiva. Ao longo da semana passada, a criptomoeda de referência até esboçou uma recuperação aos US$ 28 mil, mas a volatilidade reverteu, colocando o mercado em baixa novamente. O receio dos investidores, portanto, está de volta ao jogo, com parte dos analistas esperando novas quedas no curto prazo, ainda mais que setembro costuma ser um mês negativo para a moeda digital. Apenas em quatro, dos últimos 13 anos, que o BTC encerrou o período em alta.
Checagem da rede
Apesar da queda de preços, a blockchain do Bitcoin está mais saudável do que nunca. A taxa de hash atingiu 400 th/s pela primeira vez na história, mesmo considerando o aumento dos custos de eletricidade em todo o mundo.
Especula-se que essa aceleração acompanhe um movimento de preparação pré-halving. Neste caso, os mineradores estariam aproveitando o momento para obter mais unidades da criptomoeda, antes que suas recompensas sejam reduzidas em meados do ano que vem.
Em contrapartida, o provável reajuste da dificuldade de mineração nesta semana está sendo possivelmente antecipado pela queda de BTC em estoque por este grupo.
Já os HODLErs permanecem dominantes no mercado. Não só o número de Bitcoins está avançando nesse tipo de carteira, como 40,53% de todo a oferta disponível não se movimenta há mais de três anos.
De olho nos institucionais
Com a tentativa da BlackRock em aprovar um ETF de Bitcoin à vista, o apetite dos investidores institucionais parece que foi reacendido ou, pelo menos, está mais evidente ao mercado.
As informações sugerem que aproximadamente 27,7 mil BTC foram transferidos de exchanges para carteiras de grande volume, indicando um possível interesse desse grupo de investidores. Só a Robinhood possui cerca de US$ 3 bilhões da criptomoeda armazenados em uma única carteira.
Esse acúmulo acompanha ainda uma série de decisões judiciais que estão aumentando as expectativas em relação a este setor. Uma delas deu vitória da GrayScale contra a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados (SEC), levando à revisão do pedido para alterar fundo GBTC em um ETF de BTC spot. Ao mesmo tempo, a X – antigo Twitter – também recebeu o aval legal para operar pagamentos em criptomoedas e outros serviços relacionados, como exchanges e wallets digitais.
Mesmo com esse otimismo, há ainda muitas incertezas pairando sobre os investimentos institucionais. Afinal, a SEC pode voltar a negar os pedidos, após suas revisões. Inclusive, os reguladores parecem estar esperando por algum sinal específico para atuar sobre esta situação, pois assim que perdeu o processo judicial contra a GrayScale, a instituição adiou a decisão sobre os ETFs da WisdomTree, Invesco e Valkyrie
Ainda dentro do suporte
Ao observar o gráfico semanal, o Bitcoin recuou rapidamente seu preço e foi buscar as mínimas da semana de 12 de junho. As bandas de Bollinger seguem sendo bons indicativos de preços, com a mediana servindo de resistência para a última tentativa de avanço. Já as extremidades abandonam a configuram mais paralela e começam a migrar para uma tendência de baixa.
Fonte: TradingView, em 04/09/2023, às 8h30min.
A linha azul, entretanto, em US$ 24,3 mil, marca a última barreira forte de preços, que manteve o BTC em alta no início do ano. Desta forma, mesmo que a correção pressione ainda mais o ativo, este nível pode servir de trampolim para os preços e uma consequente reversão de tendência.
Nos indicadores subjacentes, o MACD segue com suas linhas cruzadas para baixo, apontando a força dos bears neste mercado. Já o Índice de Força Relativa (RSI) vai para os 44 pontos, indicando o mercado mais vendido no momento.
Conclusão
A queda de preços do Bitcoin é, sim, um momento de ligar ainda mais o sinal de alerta para não se assustar com novos recuos. É nítido que a economia global capenga, e as divergências entre fato e comportamento devem manter os mercados cada vez mais voláteis e incertos.
Mesmo assim, os fundamentos das criptomoedas apontam para um cenário possivelmente otimista. Afinal, a pressão que a SEC está sofrendo com os pedidos de ETF de BTC à vista e as constantes perdas judiciais – vide Ripple Labs e GrayScale –, podem fazer com que o órgão regulador perca a queda de braço e abra espaço para um desenvolvimento mais facilitado ao desenvolvimento deste mercado.
Bem-vindos à mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.
Para começar o dia bem, deixa eu perguntar uma coisa? Você está pronto para ganhar dinheiro no mercado crypto?
Porque chegou um dos momentos mais aguardados do nosso mercado, a Altcoin Season ou também conhecida como, Alt Season.
Calma, que ela ainda não chegou, nem muito menos está perto, mas para você surfar a próxima Alt Season, você e eu precisamos nos preparar – e é isso que vamos fazer hoje!
É aqui que começamos a plantar para colher 10x, 20x, 50x em um determinado projeto.
Então, sem perder tempo, vamos começar e, no final desse report, vamos fazer um grande experimento para o próximo ciclo.
🤔 O que é uma Alt Season?
Alt Season é a festa das altcoins! É quando essas moedas – que não são Bitcoin – começam a valorizar muito, enquanto o BTC fica mais tranquilo ou até perde valor.
É como se fosse o carnaval das criptomoedas, em que as altcoins são as estrelas do desfile e deixam o mundo eufórico.
Geralmente, durante esses períodos, muitas altcoins valorizam absurdamente – algumas até mais de 1.000%. É um período de colocar uma boa grana no bolso, mas também tem muito risco, já que o que sobe rápido pode cair rápido também.
A Alt Season é um momento ímpar de especulação, mas para aproveitar a festa você precisa se adiantar ao mercado, comprar o ingresso e saber a hora de sair dessa especulação.
💡 Como identificamos uma Alt Season?
Estamos longe de uma Alt Season e isso é muito positivo, mas precisamos aprender a ler as informações corretas para surfar o momento certo.
Nesse momento você precisa olhar duas coisas básicas: a dominância do bitcoin, e o Alt Season Index.
O termo “dominância do Bitcoin” refere-se à porcentagem do mercado total de criptomoedas que é representada pelo Bitcoin. Em outras palavras, é uma métrica que mostra o peso relativo do Bitcoin em relação a todos os outros tokens combinados.
O gráfico abaixo mostra como a dominância do bitcoin está se comportando desde 2015.
Quando a dominância do Bitcoin está alta, significa que a criptomoeda está desempenhando um papel de liderança no mercado. Investidores e traders podem estar vendo o Bitcoin como um ativo mais seguro ou mais confiável em comparação com outras criptomoedas.
Uma dominância mais baixa indica que outras criptomoedas, ou altcoins, estão ganhando terreno. Pode ser um sinal de que o mercado está se diversificando e que outras moedas estão ganhando relevância.
De maneira prática, o mercado vê dinheiro entrando no Bitcoin e em algum momento indo para as altcoins rapidamente.
Já a Alt Season Index, é uma ferramenta que busca quantificar e indicar se o mercado de criptomoedas está em uma “Alt Season” ou em uma “Bitcoin Season” – Você pode encontrar ele aqui: Altseason Index.
A metodologia do Altseason Index compara o desempenho das 50 principais altcoins (todas as criptomoedas que não são Bitcoin) com o desempenho do próprio BTC ao longo de um período específico, como 90 dias, mensal e anual.
Eu sempre gosto de olhar grandes ciclos, então vamos usar o anual para analisar e entender melhor.
O índice é calculado com base em uma escala que vai de 0 a 100:
0 a 25: Indica que estamos em uma “Bitcoin Season”. Isso aponta que o Bitcoin está superando significativamente a maioria das altcoins em termos de desempenho de preço.
25 a 75: É uma zona intermediária, onde não há uma clara dominância do Bitcoin ou das altcoins.
75 a 100: Indica que estamos em uma “Alt Season”. Isso significa que a maioria das altcoins está superando o Bitcoin em termos de desempenho de preço.
Vamos facilitar e deixar prático o entendimento: precisamos aproveitar quando ele está entre 0 a 25 e vender quando ele estiver acima de 75. Não precisamos acertar topos e fundos, só precisamos acompanhar o fluxo de dinheiro.
💡 O momento é agora
De acordo com esses dados, o melhor momento para olhar as altcoins e bons projetos é agora.
Em 2020, fiz exatamente essa estratégia utilizando essas duas métricas cruciais – e mais algumas, mas essas duas já demonstraram muita coisa. Montei uma carteira com altcoins que acreditei terem um potencial significativo. E não foi uma jornada solitária – compartilhei cada passo, cada decisão e cada resultado no meu Instagram, permitindo que todos acompanhassem em tempo real.
O resultado? Quem esteve comigo e seguiu as movimentações viu movimentos incríveis. Foi um período de aprendizado, de altos e baixos, mas, acima de tudo, de validação de uma estratégia que se mostrou eficaz.
Agora, à medida que avançamos, sinto que é hora de repetir a receita. O mercado de criptomoedas está em constante evolução, e as oportunidades nunca cessam. Com a experiência adquirida e o histórico de sucesso, estou pronto para mais uma vez mergulhar nas análises, selecionar as altcoins promissoras e compartilhar essa jornada com todos vocês.
Para os que estiveram comigo em 2020 e 2021, sabem do que somos capazes juntos. Para os novos, convido-os a se juntarem a nós nesta emocionante aventura. Vamos aprender, crescer e, esperançosamente, prosperar juntos.
⚠️ Experimento no Foxbit PRO
Vou montar minha carteira e compartilhar no Instagram, mas também quero fazer um novo tipo de experimento, daqueles bem malucos.
Já que sabemos de tudo isso, vamos ficar um pouco mais skin the game. Vamos avaliar a precisão do uso dessas duas métricas na prática.
Metodologia:
Seleção de Moedas: Baseado no ranking atual de criptomoedas por capitalização de mercado, selecionaremos as 50 principais altcoins.
Investimento Inicial: Investiremos $10 em cada uma dessas 50 altcoins, totalizando um investimento inicial de $500.
Acompanhamento do Alt Season Index: Durante o próximo ciclo, monitoraremos regularmente o Alt Season Index e a dominância do Bitcoin para observar se estamos em uma “Alt Season” ou “Bitcoin Season”.
Registro de Desempenho: Uma vez por mês, registraremos o valor total do nosso portfólio, observando quais altcoins tiveram o melhor e o pior desempenho.
Comparação com Bitcoin: Paralelamente, investiremos $500 no Bitcoin para servir como um ponto de comparação. Isso nos permitirá avaliar se nosso portfólio de altcoins superou ou não o desempenho do Bitcoin durante o mesmo período.
Conclusão: Ao final do ciclo, analisaremos o retorno total do nosso investimento em altcoins em comparação com o investimento no Bitcoin. Isso nos dará uma ideia clara da eficácia do Alt Season Index como indicador de desempenho.
👀 Oportunidade ou risco?
Se isso é uma oportunidade ou um grande risco eu não sei, mas fiz no último ciclo e quero repetir novamente.
Entretanto, escolher altcoins para investir requer uma análise cuidadosa e criteriosa. Aqui estão algumas dicas essenciais para quem está considerando investir em alguns projetos e aproveitar o momento.
Pesquisa Fundamentalista: Antes de tudo, entenda o projeto por trás da altcoin. Qual é o problema que ele busca resolver? Há um mercado real para essa solução? A equipe por trás do projeto é experiente e confiável?
Tecnologia e Whitepaper: Analise o whitepaper do projeto. Ele deve ser claro, detalhado e tecnicamente sólido. A tecnologia por trás da moeda é inovadora e viável?
Histórico de Preços e Volume: Embora o desempenho passado não garanta resultados futuros, analisar o histórico de preços e volumes de negociação pode oferecer insights sobre a estabilidade e interesse na altcoin.
Narrativa: É isso que o mercado está falando nesse momento? Eu daria uma bela olhada em L2 (layer-2), DeFi (finanças descentralizadas) e AI (inteligência artificial);.
Competição: Analise o mercado e veja quem são os concorrentes diretos da altcoin. Como ela se compara em termos de tecnologia, uso e adoção?
⚠️ Gostou?
Espero que tenham gostado de mais uma news.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Em meio ao fechamento mensal, o Bitcoin (BTC) apresentou uma tendência de baixa predominante em agosto, apesar de um breve movimento de alta registrado ontem. O preço de abertura não se sustentou, levando à criptomoeda de referência a apontar perdas de acima de 12% no período. O movimento baixista pode se seguir, já que setembro costuma ser um mês de desempenho negativo para o BTC, segundo dados históricos. Entretanto, os dados de Oferta e Demanda apresentam uma perspectiva de possível reviravolta do mercado. Nesta disputa de compra e venda, vamos buscar indícios de quem pode levar a melhor e, assim, te ajudar a preparar suas negociações da próxima semana.
Um mês travado
No decorrer de agosto, o Bitcoin não resistiu à forte pressão de venda, e o valor da criptomoeda sofreu uma desvalorização que superou 12%, com a mínima sendo registrada em 17 de agosto. É interessante notar que este é o segundo mês consecutivo de declínio, após um breve período de otimismo gerado por um comportamento ascendente em junho. No entanto, esse movimento não conseguiu manter-se acima da máxima alcançada em abril, resultando em uma reversão significativa.
Acompanhar essa oscilação do ativo já é o ponto de partida para os nossos estudos, que ainda vão compor uma variedade de métodos, incluindo a análise de Oferta e Demanda, o uso do Trade System Ichimoku Kinko Hyo, além de dados On-Chain e outros indicadores técnicos. Combinadas, essas abordagens oferecem uma visão abrangente das forças que influenciam o mercado de criptomoedas.
Histórico fala alto
Para iniciar uma análise que auxilie na preparação das operações da próxima semana, é importante observar o que o mês de setembro costuma reservar para o mercado, considerando os dados de preços históricos disponíveis para nós.
Conforme apresentado na imagem acima, desde 2017, setembro, tradicionalmente, é um mês de queda nos preços do Bitcoin.
Em 2022, a primeira semana de setembro fez um movimento de alta e parecia que iria quebrar o padrão cíclico de anos anteriores, mas na segunda semana o preço voltou a cair e fechou novamente como um mês de queda para a criptomoeda, frustrando as expectativas e o otimismo de investidores naquele momento.
Tendo essa informação histórica da movimentação de preços, vamos aprofundar os estudos e análises para entender quais serão as probabilidades para o próximo mês.
Janela de desempenho
Ao examinarmos o gráfico mensal do Bitcoin, observamos um gap entre o preço de abertura de março, fixado em US$ 23,1 mil, e a mínima registrada em junho, que atingiu US$ 24,8 mil.
É crucial destacar que o preço de abertura de março encontra-se na mesma região de fechamento do mês de janeiro. O primeiro mês do ano marcou o início de um notável movimento de alta ao longo de 2023, impulsionado por uma entrada significativa de demanda. Apesar do preço ter ocasionalmente operado abaixo dessa região nos meses subsequentes, tanto a movimentação de preços de fevereiro quanto a de março não conseguiram manter-se abaixo desse nível.
Esse padrão nos fornece pistas sobre a relevância dessa faixa de preço e destaca a importância de monitorarmos atentamente a possibilidade de um teste nessa região, compreendida entre US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil.
A fim de fortalecer ainda mais a validade dessa região de suporte, traçamos a ferramenta de Fibonacci para analisar todo o movimento de alta que teve início na mínima de novembro de 2022 e atingiu o pico em agosto de 2023. Notavelmente, constatamos que o nível de 50% de retracement Fibonacci desse movimento cruza com os níveis de preço mencionados.
Com base nessas análises, é possível concluir que, caso setembro siga a tendência de baixa histórica, similar a padrões de anos anteriores, existe uma probabilidade de que os US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil possam funcionar como uma região sólida de suporte.
Essa informação se revela crucial para avaliar o potencial comportamento dos preços do Bitcoin no próximo mês, uma vez que a intersecção de eventos históricos e análise técnica oferece uma perspectiva valiosa para a tomada de decisões.
Oferta e Demanda
Vamos, agora, direcionar nossa atenção ao gráfico semanal do Bitcoin, a fim de explorar mais a fundo os aspectos de Oferta e Demanda que têm influenciado o comportamento da criptomoeda desde o início de 2023. Para essa análise, utilizaremos a ferramenta Volume Profile, a qual nos oferece insights sobre os níveis de preço nos quais as maiores atividades de negociação ocorreram.
O histograma gerado por este indicador, apresentado verticalmente no gráfico, revela um pico notável de negociações na região de preços em torno de 23,1 mil dólares, como ilustrado na imagem a seguir. Essa observação reforça ainda mais a importância dessa faixa de preço como um ponto de referência.
Entretanto, a análise não para por aí. A imagem apresentada destaca que o histograma do Volume Profile é dividido em duas tonalidades de azul: um azul mais intenso e outro mais suave.
A área de azul mais vibrante indica a região onde a maior atividade de negociação ocorreu, enquanto a tonalidade mais clara destaca os níveis de preço com menor interesse. Essas áreas são conhecidas como zonas de maior e menor valor de interesse. É interessante notar que o limite entre essas duas zonas está precisamente na região de gap entre US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil.
Essa análise oferece mais um ângulo para compreender a dinâmica da Oferta e Demanda, reforçando a relevância da faixa de preço mencionada
Confirmação de dados
Agora, aprofundaremos a observação realizada em nosso relatório anterior sobre a possibilidade de grandes investidores buscando liquidez abaixo dos níveis de preço correspondentes à mínima registrada em 12 de junho. Essa observação nos permite entender o contexto de maneira simplificada e examinar como devemos interpretá-lo.
Durante a semana do dia 12, antes de um novo impulso de alta que encerrou um movimento de retração, dois principais tipos de investidores desempenharam um papel significativo e deixaram pistas cruciais que podemos explorar neste Variação de Mercado.
O primeiro grupo consiste em compradores de longo prazo, que agora veem os preços retornando a essa região e têm a oportunidade de defender suas posições com novas compras, evitando entrar em uma posição de perda.
O segundo grupo inclui investidores que haviam ingressado no mercado vendendo contratos futuros, antecipando uma continuação da queda do Bitcoin. Agora, eles se encontram diante da possibilidade de encerrar suas posições em um ponto neutro ou mesmo com um pequeno lucro. Para desfazer suas posições vendidas, eles precisam comprar Bitcoin.
Caso esses investidores encerrem suas posições vendidas nos níveis de preço abaixo da mínima da semana de 12 de junho, existe a possibilidade de uma nova entrada de demanda e acumulação, uma vez que os compradores de longo prazo podem se mobilizar para defender suas posições.
É crucial destacar que essa análise possui uma dose de subjetividade, mas ela nos auxilia a entender um contexto possível e a interpretar o comportamento dos investidores no mercado financeiro.
Quando mencionamos a busca por liquidez abaixo da mínima de junho em nosso relatório anterior, estávamos nos referindo exatamente à possibilidade de uma reação de demanda nesses níveis de preço.
Vale ressaltar também que, ao observarmos o gráfico de contratos futuros do Bitcoin, na imagem acima, constatamos que o preço caiu US$ 200 abaixo da mínima da semana de 12 de junho. Com isso, já é possível identificar um indício de reação de demanda, visualizado pelo pavio na parte inferior da vela da semana de 14 de agosto e no movimento de alta desta semana. Essa pode ser uma pista de que, caso o preço continue a testar essa região de mínimas, uma defesa efetiva poderá ocorrer.
Deitado em nuvens
Agora, direcionaremos nossa atenção para o que o indicador Ichimoku Kinko Hyo nos revela sobre a faixa de preços em questão.
A análise do Ichimoku Kinko Hyo destaca que na região mencionada como possível suporte entre US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil, encontramos a linha Senkou Span A. Esta linha representa um ponto de equilíbrio que tem o potencial de sustentar o movimento de queda. Além disso, é importante notar que o preço do Bitcoin permanece dentro da região da Nuvem de Ichimoku no gráfico semanal.
Observamos também o rompimento para baixo da linha Tenkan Sen (a linha verde no gráfico), que serve como um ponto de equilíbrio para um período de 9 semanas. Nesta semana, estamos testemunhando o preço retornando para testar essa região da Tenkan Sen.
Durante esse período, o preço encontrou um suporte local na Kijun Sen (a linha vermelha no gráfico), que é um ponto de equilíbrio para um período de 26 semanas. A consideração de ciclos temporais de 26 semanas é uma parte essencial dos estudos aplicados no sistema de negociação Ichimoku Kinko Hyo.
A análise da linha Chikou Span, que atua como nossa linha de atraso, nos indica que, até esta semana, os compradores que atuaram nas últimas 26 semanas ainda estão em território de lucro, com suporte na mesma região do gap mencionado anteriormente.
A relação entre a Kijun Sen e a Chikou Span indica que, embora os compradores das últimas 26 semanas estejam em uma posição vantajosa, o fato de o preço ter se apoiado na Kijun Sen sugere que esses compradores estão em seu ponto de equilíbrio. Caso o preço comece a trabalhar na região do gap, esses compradores podem passar a operar em território negativo, o que, por sua vez, sugere a possibilidade de uma entrada de demanda. Isso pode ocorrer para que os compradores das últimas 26 semanas defendam suas posições no suporte, permitindo que o preço retorne ao equilíbrio.
Em um cenário de movimento altista antes de testar o suporte, nossa resistência estará situada na região da Tenkan Sen, que foi rompida para baixo e atualmente está sendo testada. Isso representa o ponto de equilíbrio para aqueles que venderam nas últimas 9 semanas.
Como mencionado em nosso relatório da semana anterior, essa situação aponta para uma possível construção de uma estrutura de Wyckoff. Portanto, após o teste das mínimas, é comum observarmos o preço tentando se recuperar, mesmo com a presença predominante de vendedores no contexto atual.
Lupa na rede
Para aprimorar ainda mais nossa análise, é importante explorar os dados de rede relacionados aos detentores de endereços com diferentes quantidades de Bitcoins, assim como o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio).
Focando nos detentores de endereços com mais de 100, 1000 e 10.000 Bitcoins, identificamos um padrão interessante em relação à movimentação de preços.
Os detentores de endereços com mais de 100 Bitcoins aproveitaram o declínio nos preços e, como resultado, observamos um aumento no número de endereços nesta categoria. O mesmo fenômeno é observado nos detentores de carteiras com mais de 1000 Bitcoins, em que o gráfico apresenta um aumento gradual deste grupo.
Da mesma forma, o número de endereços contendo mais de 10.000 Bitcoins registrou um crescimento na semana passada, embora já tenha ocorrido uma correção nesse movimento. Esses padrões nos conduzem a uma análise do SOPR.
Como mencionado em relatórios anteriores, quando o SOPR (Spent Output Profit Ratio) está abaixo da linha de 1, pode indicar que investidores varejistas estão sendo forçados a liquidar suas posições com prejuízo. Isso cria uma oportunidade para que os grandes investidores do mercado de criptomoedas absorvam essa liquidez do varejo e entrem comprando, resultando em um aumento no número de endereços de cada categoria mencionada.
Ao observar o gráfico, fica evidente que o movimento de queda na semana de 14 de agosto levou o SOPR a ficar abaixo da linha 1. Essa condição explica o aumento no número de endereços nas categorias mencionadas anteriormente.
Em resumo, enquanto o preço do Bitcoin estava em declínio, os grandes investidores parecem ter aproveitado a oportunidade para aumentar suas posições, conforme indicado pelos dados de rede e pelo padrão do SOPR.
Conclusão
O relatório de preços do Bitcoin referente a agosto de 2023 ofereceu uma análise abrangente das tendências e fatores que moldaram a movimentação dessa criptomoeda ao longo deste período.
Ao examinar os dados históricos, observamos que o mês foi marcado por uma tendência de queda nos preços do Bitcoin, sendo o segundo mês consecutivo de declínio após um breve período de otimismo em junho. Esse movimento de queda foi acompanhado por uma série de fatores técnicos e fundamentais que contribuíram para a dinâmica do mercado.
A análise técnica, incluindo o uso do Trade System Ichimoku Kinko Hyo, revelou que a faixa de preço entre US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil surge como uma região de possível suporte. Diversos indicadores, como a interseção de linhas do Ichimoku e o comportamento do Volume Profile, corroboram a relevância dessa faixa de preço.
Além disso, a análise do comportamento dos investidores, tanto os detentores de endereços de diferentes quantidades de Bitcoins quanto o indicador SOPR, sugeriu que grandes investidores estiveram ativos durante a queda, potencialmente acumulando em meio à volatilidade.
A observação dos dados de rede revelou que detentores de endereços com quantidades significativas de Bitcoins aproveitaram o movimento de queda para aumentar suas posições, o que se alinha com a análise técnica realizada.
No contexto dessa análise abrangente, é importante ressaltar que a movimentação do mercado de criptomoedas é complexa e sujeita a influências de diversos fatores, incluindo a volatilidade inerente a esse mercado. A conclusão deste relatório não visa prever movimentos futuros com certeza absoluta, mas sim oferecer uma análise embasada em múltiplas fontes de informação e indicadores técnicos.
Em suma, o mês de setembro se aproxima e apresenta uma oportunidade para observar se a tendência histórica de queda se mantém. Com base nas análises realizadas neste relatório, a faixa de preço entre US$ 23,1 mil e US$ 24,8 mil emerge como uma área crucial a ser monitorada. O comportamento dos investidores, a dinâmica técnica e a análise dos dados de rede fornecem pistas valiosas para compreender as possíveis tendências e cenários para o próximo mês.
Como sempre, a movimentação do mercado é influenciada por diversos fatores, e a análise contínua e cautelosa é essencial para tomar decisões e acompanhar a evolução das criptomoedas. Este relatório oferece uma perspectiva compreensiva, mas é importante manter-se atualizado e analisar múltiplas fontes de informação para tomar decisões no mercado volátil das criptomoedas.
A última semana foi bastante quente para o Bitcoin (BTC), que viu seu preço quase beliscar as mínimas de junho. Com 90% das carteiras de curto prazo no prejuízo atualmente, a ação para baixo pode ser mantida a partir de um pânico gerado entre os investidores diante das perdas ou pela má digestão causada pelas falas do presidente do Federal Reserve sobre a manutenção do aperto monetário nos Estados Unidos. Em contrapartida, a análise técnica pode oferecer ainda um respiro aos bulls, caso uma região específica de preços seja sustentada, enquanto o fluxo de moedas para as exchanges cai. Fato é que a economia global segue uma verdadeira incógnita, com o mercado atento para qualquer indício de aumento de volatilidade. Por isso, atenção à repercussão do que rolou e vai rolar nesta semana para você preparar suas operações com a maior assertividade possível.
Toda a atenção para ele
O tão aguardado 46º simpósio anual de Jackson Hole não trouxe muitas novidades para a política monetária norte-americana, mas serviu para manter o mercado alerta para a continuidade de ações restritivas. Em participação no evento, o presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, destacou a necessidade de mais progresso no controle da inflação, que ainda segue muito elevada, apesar do arrefecimento de seu pico.
A autoridade explicou que o aumento da taxa de juros, que começou em março de 2022, precisava – e ainda exige – uma “mãozinha” a partir da estabilização das “distorções sem precedentes” da oferta e demanda relacionadas à pandemia. Com isso, a proposta era de estreitar os pedidos para que a oferta conseguisse alcançar o atraso do período – algo que ainda segue em fluxo.
Papéis em alta
Os rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano de 10 anos aumentaram consideravelmente na última semana, mostrando que o mercado está mais “otimista” em relação ao futuro da economia local – ou mais especulativo com a possibilidade de novos aumentos de juros à frente.
Em relação ao ambiente corporativo, a fabricante de chips Nvidia se destacou, apontando um resultado trimestral acima do esperado, enquanto Ubisoft, deve receber os direitos de vários jogos da Microsoft, como parte do acordo para aquisição da Activision. Com isso, cerca de 95% do S&P 500 já divulgaram seus dados, com 4/5 superando as expectativas dos analistas.
Prevendo retração
No lado econômico, as prévias dos Índices Gerentes de Compras (PMI) dos Estados Unidos vieram abaixo das expectativas, indicando desafios para o crescimento local, mas sendo potencialmente benéfico para o controle da inflação.
Agosto
Projeção
Julho
PMI Industrial
47,0
49,3
49,0
PMI Serviços
51,0
52,3
52,3
PMI Composto
50,4
52,0
52,0
Já os pedidos de seguro-desemprego caíram para 230 mil, mostrando uma certa melhora no mercado de trabalho, que registrou 240 mil solicitações na semana anterior, mesmo volume esperado pelo mercado.
Equilibrando as contas
A China fez um corte inesperado em sua taxa básica de empréstimo de um ano, o que não animou muito os investidores por lá. Mesmo assim, o minério de ferro experimentou um aumento, refletindo esses e outros estímulos monetários do governo, em meio a uma demanda resiliente.
Agosto
Projeção
Julho
Taxa de Empréstimo
3,45%
3,40%
3,55%
Não é hoje que vai decolar
Enquanto China e Estados Unidos tentam como podem buscar o caminho da recuperação econômica, as prévias dos Índices Gerente de Compras da Zona do Euro mostram que a pavimentação ainda está em andamento no bloco.
Agosto
Projeção
Julho
PMI Industrial
43,7
42,6
42,7
PMI Serviços
48,3
50,5
50,9
PMI Composto
47,0
48,5
48,6
A baixa confiança do consumidor (prévia) na região também afeta o desenvolvimento econômico. Entretanto, se há alguma luz no fim do túnel sobre isto tudo, é que o possível consumo reduzido pode ser um catalisador para que a inflação do bloco siga desacelerando.
Agosto
Projeção
Julho
Confiança do Consumidor
-16,0
-14,3
-15,1
Ficou mais caro
Após meses de espera, enfim, a Câmara dos Deputados aprovou o novo arcabouço fiscal, que vai substituir o antigo teto de gastos. A nova lei permite maior flexibilidade ao governo em situações específicas da economia para remanejar recursos, quando necessário.
A semana também contou com uma série de reuniões do BRICS, bloco de países em que o Brasil é membro. Autoridades pediram a expansão do grupo, sugerindo a participação de novos integrantes, como Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Diretamente sobre a economia brasileira, o IPCA-15, que mede a inflação ao consumidor, acelerou em agosto, acima do esperado pelos analistas.
Agosto
Projeção
Julho
IPCA-15
4,24%
4,13%
3,19%
Volatilidade no radar
Esta semana trará uma série de dados econômicos importantes que podem influenciar a volatilidade do mercado em várias regiões. Nos Estados Unidos, serão divulgados a Confiança do Consumidor, Relatórios de Empregos e o núcleo de preços PCE, indicador favorito do FED para medir a inflação. Já na Zona do Euro, saem a Inflação ao Consumidor (CPI) e o sentimento dos principais setores econômicos. Na China, destaque para os PMIs Composto, Industrial e de Não-manufatura, enquanto o Brasil apresenta seus dados do mercado de trabalho.
Tensão no ar
O Bitcoin passou por uma semana ligeiramente mais volátil, após perder seu importante suporte de US$ 29 mil. A pressão de venda foi alta o suficiente para que a criptomoeda de referência atingisse os US$ 25,3 mil – nível muito próximo das mínimas de junho. Em contrapartida, houve força para um resgate aos US$ 26,8 mil, que durou pouco tempo. Assim, o mercado espera que o estreitamento de curto prazo quebra para um dos lados.
Os dados vão dizer
Com a recente queda de preços, os dados on-chain mostram que 90% das carteiras de curto prazo de Bitcoinvoltaram a apresentar prejuízo. O volume de posições abertas nas bolsas de derivativos também virou para uma intensa baixa, em um movimento visto apenas 11 vezes em toda a história da criptomoeda.
Entretanto, o número de BTCs que não se movimentaram nos últimos três a seis meses segue aumentando, apontando para uma baixa intenção de venda, pelo menos no curto prazo. Acompanha esta perspectiva a queda expressiva da oferta do ativo nas exchanges. Atualmente, apenas 5,8% do total de Bitcoin em circulação estão em corretoras. Enquanto isso, as baleias continuam agitadas, com transações superiores a US$ 100 mil.
De olho no halving?
Ainda olhando para os dados on-chain, o volume de BTCs armazenados nas carteiras dos mineradores permanece crescendo, assim como o staking de Ethereum também aponta em alta, mesmo com o mercado baixista. Apesar da recente queda de preços, este grupo segue com suas máquinas funcionando a todo vapor, reajustando a dificuldade e taxa de hash para uma nova máxima histórica.
O movimento de venda mais contido por parte dos mineradores parece acompanhar um sentimento otimista de acumulação, como uma espécie de preparação para o halving do Bitcoin, estimado para acontecer em meados do ano que vem.
Medo prevalece
A queda de preços recente colocou o índice Fear and Greed de volta ao ponto de medo, marcando os 39 pontos. O nível é o mesmo de março deste ano, quando ocorreu a quebra dos bancos norte-americanos.
Dentro do balanço fundamental
Além dos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, pressionaram o mercado de risco e o Bitcoin, o aumento do índice dólar (DXY). A tendência de alta recente zerou as perdas registradas em julho pela moeda. Enquanto isso, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) continua trazendo mais incertezas ao setor de criptomoedas no país, com novas acusações contra as principais exchanges.
Vamos aos gráficos
Na análise técnica do gráfico semanal, o Bitcoin ainda mantém a possibilidade de novas correções a partir da consolidação do topo duplo – marcado pelos dois círculos brancos na imagem abaixo. Por enquanto, a linha inferior da banda de Bollinger vai se comportando como um suporte, mas indica um movimento rumo à linha azul, em US$ 24,3 mil. O nível é importante, pois marca a última resistência enfrentada pelo mercado. Caso os compradores consigam resistir, este ponto pode ser o gatilho para uma retomada da alta. Senão, a descida deve ser ainda mais agressiva, com possíveis testes dos fundos locais.
Fonte: TradingView, em 28/08/2023, às 8h56min.
Nos indicadores subjacentes, o MACD permanece com suas médias cruzadas para baixo, apontando a força dos bears neste momento de mercado. Ao mesmo tempo, o Índice de Força Relativa (RSI), mira os 45 pontos, com compradores e vendedores muito próximo de um equilíbrio.
Conclusão
Apesar da queda de preços e a quebra da lateralização, o Bitcoin segue operando em um nível bastante crucial para determinar o futuro da sua tendência de preços. O mercado parece, novamente, estar reagindo mais emocionalmente aos eventos macroeconômicos, o que antes andava mais restrito.
A aproximação do halving, entretanto, costuma ser um momento conturbado para a criptomoeda historicamente e entender esses comportamentos pode ajudar a segurar o pânico de venda ou até mesmo encontrar as melhores posições para lucrar com o ativo. De certo mesmo é que os dados on-chain apontam para uma fase de acumulação interessante, com os investidores em busca de maior domínio sobre suas moedas. Esse movimento também é típico de períodos pré-halving.
Após semanas de muita lateralização e uma tendência de preços indefinida, a pressão exercida pelos vendedores dentro do mercado do Bitcoin (BTC), enfim, bateu seu martelo na última semana. Como resultado, o preço da criptomoeda de referência rompeu o suporte crucial de US$ 28 mil dólares e direcionou-se para testar a mínima registrada na semana de 12 de junho, que também coincide com a mínima do mesmo mês. Com a quebra deste nível, quais insights os gráficos nos apresentam, seja para uma possível continuação da proteção do portfólio ou um momento de acumulação da moeda digital?
Importância da história
Em análises prévias aqui no Variação de Mercado, enfatizamos repetidamente a relevância da região de US$ 28 mil e a possibilidade de o preço romper para baixo este nível, o que abriria espaço para a exploração de novas zonas de suporte. Isso tem um peso especialmente relevante para investidores com horizontes de tempo mais longos, que dependem dessas regiões como pontos de referência.
No relatório de 13 de junho, alertamos sobre a possibilidade de o preço atingir uma faixa situada entre US$ 23 mil e US$ 24 mil. Notavelmente, essa região ainda não foi alcançada e permanece como um ponto de interesse válido. Além disso, no “Variação de Mercado”, datado de 2 de agosto, destacamos a existência de um suporte ao preço em torno de US$ 25,8 mil.
Ao término da semana passada, o fechamento se deu na região de US$ 26,1 mil, ligeiramente acima do suporte mencionado anteriormente. Contudo, é importante apontar que a mínima observada no mercado à vista foi de IS$ 25,1 mil, enquanto em contratos futuros, o valor chegou a US$ 24,5 mil.
É crucial ressaltar que a região anteriormente identificada como suporte em US$ 28 mil agora assume um papel contrário, agora, como uma resistência significativa para a movimentação subsequente do Bitcoin.
No momento desta análise, a criptomoeda é negociada em torno de US 25,9 mil, indicando a continuidade da volatilidade e a necessidade de uma análise aprofundada para compreender melhor o cenário em evolução.
As faixas de preço discutidas até o momento desempenham um papel crucial em um contexto mais amplo. Agora, prosseguiremos detalhando a relevância estrutural dessas regiões, enquanto observamos os padrões no gráfico semanal.
É aqui que olhamos
Uma questão frequente entre meus alunos, geralmente investidores iniciantes, é sobre o melhor período de tempo gráfico para analisar um ativo. A resposta a essa pergunta tem sido consistente ao longo do tempo.
O melhor período gráfico é aquele que permite uma visão clara da estrutura e da movimentação de preços. Esta é a abordagem que eu, pessoalmente, encontro como a mais eficaz. No caso específico do Bitcoin, que estamos examinando, a temporalidade gráfica que oferece essa visão abrangente e nítida é o gráfico semanal.
Podemos analisar o gráfico semanal de duas maneiras distintas, que podem iluminar as probabilidades de movimentação e melhorar nossa compreensão tanto do Bitcoin quanto de todo o mercado de criptomoedas, dado que as oscilações no preço do BTC têm o potencial de influenciar diversas altcoins.
Vamos abordar a análise da estrutura de Wyckoff e os pontos de equilíbrio com o indicador Ichimoku Kinko Hyo no gráfico semanal.
No contexto do gráfico com Ichimoku, como pode ser observado na imagem a seguir, após um período de queda, o preço do Bitcoin encontrou suporte na Kijun Sen, que representa um ponto de equilíbrio com base em 26 semanas. Esse nível da Kijun Sen reflete o suporte mencionado anteriormente, a US$ 25,8 mil, tanto nesta análise quanto em relatórios anteriores.
Ao se ancorar nesse suporte, notamos que não apenas está dentro da Nuvem do indicador, mas também se encontra próximo à mínima registrada em 12 de junho.
Apesar da queda ocorrida na semana passada, a Chikou Span, que age como linha de atraso no sistema Ichimoku Kinko Hyo, permanece acima do preço atual, indicando que os compradores que entraram há 26 semanas ainda mantêm posições lucrativas.
Para esses investidores, o suporte inicial está estabelecido em US$ 23,5 mil. Traçando uma linha a partir da abertura da vela semanal datada de 27 de fevereiro, que é o suporte local para investidores de 26 semanas, observamos que essa linha coincide com a linha futura Senkou Span B, validando assim a importância dessa faixa de preços.
Ligeiramente abaixo, é possível considerar a região de abertura da semana de 06 de março, a US$ 22,5 mil, como um potencial suporte. No entanto, essa avaliação pode ganhar mais relevância na próxima semana, à medida que novos dados se desenrolam.
Até agora, identificamos áreas de preço críticas que podem atuar como suporte em caso de quedas contínuas. Em um cenário de alta, a mesma imagem anterior com o Ichimoku Kinko Hyo mostra a Tenkan Sen, um ponto de equilíbrio baseado em 9 semanas. Essa linha foi rompida para baixo e agora opera em torno de US$ 28 mil, estabelecendo assim uma região de resistência local.
Acumulação X Distribuição
Na nossa análise contínua, agora olharemos para a estrutura de Wyckoff, que está se desenvolvendo na movimentação de preços do Bitcoin.
No período que corresponde à semana de 10 de abril, o preço do Bitcoin alcançou uma nova máxima em US$ 31 mil, estabelecendo o que é conhecido como uma região de “Buy Climax” (BC). A partir desse ponto, os compradores não conseguiram mais sustentar o preço acima desse nível, o que marcou o início de uma estrutura particular.
Após a semana de 10 de abril, o preço passou por uma correção até a semana de 12 de junho, originando um “Automatic Rally” (AR). Posteriormente, o preço voltou a subir para realizar um teste (“Secondary Test” – ST) na máxima atingida em 10 de abril. No entanto, esse movimento foi concluído em 10 de julho, quando o preço rejeitou um rompimento acima da máxima anterior.
Atualmente, na estrutura em formação, estamos observando um movimento que visa testar a região de AR, e possivelmente uma tentativa de buscar liquidez abaixo da mínima estabelecida em 12 de junho. Essa estratégia é ilustrada na imagem a seguir.
Se o preço de fato buscar essa liquidez, poderíamos ver uma tendência em direção ao suporte mencionado anteriormente na região de abertura da semana de 27 de fevereiro.
Uma estrutura de Wyckoff é, em essência, um período de lateralização, com os movimentos sendo impulsionados pela relação entre oferta e demanda. Uma característica amplamente observada nesse tipo de movimento é a ocorrência de “testes de topo” e “testes de fundo”, muitas vezes acompanhados por falsos rompimentos da estrutura. Todos esses comportamentos vêm sendo executados em busca de liquidez.
Isso é exatamente o que parece estar ocorrendo no cenário atual do Bitcoin, à medida que observamos a intenção dos investidores de pressionar o preço para níveis mais baixos, principalmente à luz do indicador MACD que está situado abaixo da linha de zero.
Lucro ou perda
Outro fator que merece atenção é a análise do indicador de dados de rede conhecido como SOPR (Spent Output Profit Ratio).
No gráfico semanal, o SOPR se posicionou abaixo da linha 1, e historicamente, quando essa condição ocorre, os grandes investidores de longo prazo no mercado de criptomoedas tendem a aproveitar para aumentar seus investimentos.
Quando o SOPR fica abaixo da linha 1, isso indica que alguns investidores estão sendo forçados a encerrar suas posições com prejuízo. Nesse cenário, os chamados “Big Players” têm a oportunidade de absorver essa liquidez ao comprarem ativos que estão disponíveis nos “stops” daqueles que encerram com prejuízo.
Dessa forma, apesar de termos observado o indicador MACD abaixo da linha de zero, a análise do SOPR nos leva a considerar que os investidores que estão no mercado há 26 semanas e os “Big Players” podem estar preparados para defender o próximo nível de suporte conforme mencionado em nosso estudo.
O entendimento do SOPR, em conjunto com outros indicadores e análises técnicas, contribui para uma perspectiva mais completa da dinâmica atual do mercado de Bitcoin, auxiliando investidores.
Conclusão
A análise detalhada da movimentação de preços do Bitcoin ao longo das últimas semanas revela uma dinâmica complexa. A quebra do suporte chave em 28 mil dólares e a subsequente formação de estruturas de Wyckoff e oscilações nos indicadores técnicos sinalizam a intenção do movimento em buscar preços mais baratos.
A temporalidade gráfica semanal emergiu como a lente mais apropriada para observar essa evolução, permitindo-nos uma visão ampla da trajetória dos preços e das possíveis implicações para investidores de diferentes horizontes de tempo. A análise Ichimoku Kinko Hyo destacou pontos de equilíbrio, suportes e resistências cruciais, trazendo clareza sobre as faixas de preço a serem monitoradas.
A estrutura de Wyckoff em andamento aponta para a busca por liquidez e os jogos entre oferta e demanda, destacando a importância dos testes de topo e de fundo. Enquanto o indicador MACD sugere pressão de baixa, a análise do SOPR sinaliza a possibilidade de intervenção por parte de investidores de longo prazo e grandes players, em um esforço para proteger níveis de suporte críticos.
Em última análise, o cenário do Bitcoin permanece dinâmico e sujeito a mudanças rápidas. As informações e tendências exploradas neste relatório fornecem uma base para a tomada de decisões informadas, mas também ressaltam a importância da monitorização contínua do mercado e da adaptação às mudanças em tempo real.
A complexidade do mercado de criptomoedas exige uma abordagem holística, combinando análises técnicas, fundamentais e uma compreensão sólida das tendências globais. Investidores devem permanecer flexíveis e dispostos a ajustar suas estratégias conforme novas informações se desdobram, sempre lembrando que a volatilidade oferece tanto riscos quanto oportunidades.
Este relatório forneceu um panorama abrangente da movimentação recente do preço do Bitcoin, explorando estruturas, indicadores e tendências que estão moldando o mercado. No entanto, os mercados financeiros são intrinsecamente incertos, e é crucial buscar orientação adicional, se necessário, e manter-se atualizado sobre eventos que possam afetar significativamente os movimentos de preços.
Agradecimento
Por fim, gostaria de expressar meu sincero agradecimento a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório. O engajamento e o seu interesse em compreender as complexidades do mercado de criptomoedas são inestimáveis.
Espero que as informações compartilhadas tenham sido úteis e esclarecedoras para a sua compreensão.