Bitcoin sobe 12% e vê indicadores mistos na análise técnica

Bitcoin sobe 12% e vê indicadores mistos na análise técnica

Em um movimento forte e rápido, o Bitcoin (BTC) abriu a última semana de fevereiro com uma valorização de 12%, superando os US$ 57 mil. Os compradores mostraram que estão dominando as ações do mercado, mas indicadores técnicos sugerem que o ativo está em território de sobrecompra. Com um order block pairando as máximas, a análise vai nos dizer se há mais probabilidade para uma correção ou a continuação da tendência de alta.

 

Gráfico do Bitcoin tem bulls na dominância

No início desta semana, investidores que atuam no lado da compra de Bitcoin promoveram um novo movimento ascendente, inicialmente visando a região de US$ 56 mil, o qual foi superado na terça-feira (27).

A vela da semana passada foi um doji, indicando indecisão e mantendo o mercado lateralizado por vários dias. Isso gerou incertezas para investidores de curto prazo, levando à realização de lucros. Entretanto, uma nova entrada de capital fez com que esses investidores retomassem suas posições, agora alinhando-se a um grupo de investidores com horizontes temporais mais extensos.

O aumento na atividade de negócios de Bitcoin, juntamente com compradores dominando a estrutura de preços, resultou em uma valorização de mais de 12% nos dois primeiros dias desta semana, elevando o preço da criptomoeda para US$ 57,4 mil.

Embora a estrutura de curto prazo na semana passada sugerisse a possibilidade de correções, é crucial ressaltar que, nos estudos de análise técnica, os períodos gráficos mais longos que formam estruturas de longo prazo predominam. Dentro desse contexto, nossos relatórios “Variação de Mercado” indicam que a estrutura do gráfico semanal oferece condições para a continuidade do movimento de alta.

Um dado relevante é que o preço atual do Bitcoin está em uma região de “Order Block”, que foi dominada por vendedores em novembro de 2021. Essas regiões podem atuar como níveis de resistência, exigindo maior atenção dos investidores.

 

 

Desde novembro de 2022, o preço do Bitcoin oscila dentro de um canal ascendente, rompido para cima na primeira semana de fevereiro deste ano. Isso levou analistas a espelharem o canal para avaliar possíveis obstáculos. Identificamos uma linha de 50% do canal superior de alta, posicionada na região central do mencionado “Order Block”, entre US$ 56 mil e US$ 57,5 mil. Essa área é considerada uma possível resistência ou ponto de realização de lucros.

O movimento de valorização do Bitcoin mantém-se forte no gráfico semanal, sugerindo projeções de preço entre US$ 59,4 mil e US$ 64,3 mil.

Para a projeção de preços, utilizamos a mínima da semana de 11 de setembro de 2023 e a máxima da semana de 08 de janeiro deste ano. Isso nos permitiu visualizar níveis que podem atuar como importantes alvos, todos compreendidos dentro do canal superior de alta.

Ao analisar o gráfico de preços do Bitcoin, é crucial considerar fatores externos que contribuem para a valorização atual. A busca por ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, destacando-se no início deste ano, superou as expectativas. Outro fator significativo é o Halving previsto para meados de abril, historicamente impulsionando a valorização da maior criptomoeda devido ao aumento da escassez.

 

 

Ação do preço do Bitcoin

Dando sequência à análise, a imagem gráfica a seguir apresenta detalhes sobre a estrutura e o Price Action do Bitcoin nos últimos 2 anos, destacando uma grande queda no final de 2021, seguida por uma expressiva alta que estamos observando atualmente.

Para complementar as informações do Price Action, incluímos em nossas análises gráficas alguns indicadores que podem proporcionar maior clareza aos investidores.

Começando com as informações do Trade System Ichimoku, notamos que as linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos estão ascendendo, indicando que os ciclos de curto prazo retomaram a trajetória ascendente. Da mesma forma, as linhas que formam a “nuvem” futura do preço também estão deslocando-se para cima, sugerindo que suportes de longo prazo estão se estabelecendo em níveis de preços mais elevados.

O indicador MACD também fornece dados que indicam a continuação da alta dos preços nesta semana. O histograma do indicador está registrando máximas mais altas acima da linha zero. A linha de sinal mantém sua ascensão, e a linha MACD, que teve uma pausa durante as semanas de janeiro, retomou sua trajetória ascendente.

Por outro lado, o indicador Estocástico Lento encontra-se em uma região de sobrecompra. Contudo, é notável que na última semana de janeiro ocorreu um repique na linha representativa do indicador, levando o movimento para a região de 50%, seguido por uma retomada de alta.

Conforme mencionado em relatórios anteriores, em movimentos robustos de alta, é comum que a linha do Estocástico permaneça por longos períodos em regiões de sobrecompra, utilizando os níveis de 80% como suporte.

Em resumo, os indicadores analisados corroboram as informações do Price Action, sugerindo a possibilidade de continuidade do movimento ascendente, levando o preço do Bitcoin a patamares mais elevados.

 

Conclusão

A análise da movimentação de preços do Bitcoin revela um cenário otimista e fundamentado. O ressurgimento do movimento ascendente, evidenciado pelo Price Action e corroborado pelos indicadores técnicos como o Trade System Ichimoku, MACD e Estocástico Lento, sugere uma tendência de alta consistente.

A superação da marca de US$ 56 mil nesta semana, impulsionada por investidores com horizontes temporais mais longos, indica uma mudança significativa nas dinâmicas do mercado. A presença de suportes de longo prazo em níveis mais elevados, conforme indicado pelas análises Ichimoku, fortalece a confiança na sustentabilidade do movimento ascendente.

Os indicadores técnicos, como o MACD, evidenciam a força do impulso de alta, enquanto o Estocástico Lento, embora em região de sobrecompra, revela resiliência e indica a possibilidade de manutenção nesse estado durante períodos prolongados, especialmente em movimentos robustos.

Além disso, fatores externos, como a busca por ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos e a proximidade do Halving em abril, contribuem para o ambiente favorável ao Bitcoin. Esses elementos adicionam um contexto sólido à análise técnica, reforçando as perspectivas de valorização.

Diante desse panorama, a projeção de preço entre US$ 59,4 mil e US$ 64,3 mil parece estar respaldada pelos diversos elementos analisados. No entanto, é importante que os investidores mantenham uma vigilância cautelosa, especialmente nas regiões de resistência identificadas, como o “Order Block” mencionado anteriormente.

Em resumo, o cenário para o Bitcoin é promissor, respaldado por uma análise técnica sólida e fatores externos favoráveis. Acompanhar de perto as interações entre os indicadores e os níveis de resistência destacados será crucial para tomar decisões informadas e adaptativas diante da dinâmica do mercado de criptomoedas.

 

 

Agradecimento

Para finalizar, agradeço a todos que dedicaram tempo para ler estas informações. Que sua busca por conhecimento se transforme em decisões assertivas no mercado de criptomoedas.
Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.
Um forte abraço e até a próxima!

Como aproveitar os ciclos?

Como aproveitar os ciclos?

Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.

Depois de uma série de 4 relatórios sobre narrativas, vamos nos aprofundar para aproveitar os melhores momentos para surfar e investir nos momentos certos do ciclo.

Não basta investir, tem que ser no momento certo.

O mercado de criptomoedas é conhecido por seus ciclos acentuados, que geralmente incluem uma subida rápida nos preços, seguida por uma queda. Esses ciclos são influenciados por uma série de fatores como avanços tecnológicos, mudanças na regulamentação, sentimento dos investidores e tendências macroeconômicas.

Hoje você vai descobrir esses momentos de aproveitar cada coisa, então, vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

💰 Fluxo, timing e ciclos

Os melhores momentos para investir em Bitcoin em comparação com altcoins podem ser deduzidos a partir dos ciclos de mercado históricos. O Bitcoin atua como um estabilizador e ponto de entrada no mercado de cripto, especialmente para novos investidores ou durante condições incertas do mercado. Para ficar mais claro como o bitcoin atua como esse estabilizador, é esse o fluxo que o dinheiro passa no mercado: Stablecoins > Bitcoin > Ethereum > Altcoins.

Nesse fluxo, o mercado passa por 2 etapas dentro do grande ciclo: a Phase 1, onde o Bitcoin reina e a Phase 2, onde as altcoins tomam conta da festa.

 


Phase 1 – BTC e agora o ETH

Esta fase é caracterizada por um crescimento significativo na capitalização total do mercado de criptomoedas (a linha branca), enquanto a participação de mercado das altcoins (a linha amarela) não cresce na mesma proporção ou até diminui. Isto sugere que o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), as duas maiores criptomoedas por capitalização de mercado, estão liderando o rali. Durante esta fase, o investimento e o interesse tendem a se concentrar no Bitcoin e no Ethereum, já que muitos investidores os veem como investimentos mais seguros ou fundamentais dentro do espaço das criptomoedas. Isso pode ser devido à sua maior liquidez, reconhecimento de marca, e percepção de serem “portos seguros” comparativamente dentro do ecossistema volátil das criptomoedas.

Phase 2 – Altcoins

A “Phase 2” mostra um aumento na participação de mercado das altcoins. Este é o período em que as altcoins ganham tração e começam a capturar uma parte maior do mercado. A capitalização de mercado total pode continuar a crescer, se estabilizar ou mesmo cair, mas o que é notável aqui é que as altcoins estão aumentando sua presença relativa. Isso pode ser devido a uma variedade de fatores, como o lançamento de novos projetos de altcoins com tecnologias ou parcerias promissoras, um apetite crescente por risco entre os investidores, ou uma busca por retornos potencialmente mais altos comparados aos do Bitcoin e do Ethereum.  A “Phase 2” pode ser vista como uma fase de “busca por risco”, onde o dinheiro começa a fluir para ativos mais especulativos dentro do espaço das criptomoedas.

Cada um no seu momento

Quando falamos de investimento em criptomoedas, é importante entender que o Bitcoin e as altcoins muitas vezes não se movem em sincronia e trazem retornos bem diferentes.

 

No ciclo de 2015-2018, observamos que o Bitcoin cresceu 6 vezes, enquanto as altcoins tiveram um crescimento de 4 vezes. Na “Fase 1” desse ciclo, o Bitcoin dominou, representando 89% do crescimento total do mercado. No entanto, durante a “Fase 2”, as altcoins dispararam, apresentando um impressionante crescimento de 239 vezes, sugerindo que elas ganharam uma tremenda atenção e investimento, representando 67% do crescimento nesse período. O crescimento total combinado para esse ciclo foi de 106 vezes, com as altcoins representando 65% do crescimento total.

Avançando para o ciclo de 2018-2021, vemos que o Bitcoin teve um crescimento considerável de 11 vezes, mas é na “Fase 2” que as altcoins brilham novamente com um crescimento de 7 vezes. Aqui, a contribuição do Bitcoin para o crescimento do mercado caiu para 77% na “Fase 1” e para apenas 33% na “Fase 2”. O crescimento total do mercado foi de 23 vezes, com as altcoins tomando uma fatia maior de 55% do crescimento total. No mais recente ciclo, de 2022 a 2023, tanto o Bitcoin quanto as altcoins tiveram um crescimento mais modesto, de 3 e 2 vezes, respectivamente. O Bitcoin manteve uma maior parcela do crescimento na “Fase 1” com 67%. 

Mas e a “Fase 2”? Ela está começando agora.

 

Analisando os principais projetos do ciclo passado 

 

No auge de 2017, Bitcoin (BTC) e Ripple (XRP) estavam entre as duas principais criptomoedas, seguidas pelo Ethereum (ETH). Já em 2021, enquanto o Bitcoin continuou liderando, o Ethereum subiu para a segunda posição e o Binance Coin (BNB) entrou em terceiro, mostrando o crescimento e a relevância que a plataforma Binance adquiriu no espaço de criptomoedas. Nota-se também a entrada de novos jogadores como Solana (SOL) e Cardano (ADA), que escalaram significativamente nas posições. Essas mudanças refletem os ciclos de inovação e adoção dentro do ecossistema de criptomoedas.

Novas tecnologias, melhorias em escalabilidade e segurança, além de adoção mais ampla, podem impulsionar algumas criptomoedas, enquanto outras podem perder terreno por não acompanharem o ritmo das inovações ou por mudanças na percepção e confiança dos investidores. Atualmente, a lista mostra que, enquanto algumas criptomoedas mantiveram suas posições de liderança, como Bitcoin e Ethereum, outras sofreram mudanças significativas.

Por exemplo, Ripple (XRP), que estava em segundo lugar em 2017, desceu na lista, e vemos o surgimento de novos nomes como Polkadot (DOT) e Avalanche (AVAX), que não estavam presentes no pico anterior. Essa movimentação ilustra como o ciclo de mercado não só afeta os preços das criptomoedas, mas também sua popularidade e adoção. Criptomoedas que se mantêm no topo por vários ciclos tendem a ter fundamentos sólidos, uma comunidade forte e desenvolvimento contínuo.

No entanto, o aparecimento de novos projetos com propostas inovadoras e resolução de problemas existentes no mercado pode rapidamente ganhar a atenção dos investidores e aumentar em valor e classificação. Por isso é muito importante você aprender a se posicionar em bons projetos para o longo prazo! No fim, só isso que importa.
Vale sempre lembrar que todos esses projetos são startups e o cemitério de startups é gigantesco, coloque seu dinheiro onde realmente vale a pena investir.

 

Conclusão

Os ciclos de mercado de criptomoedas demonstram um padrão onde, durante a ‘Fase 1’, o Bitcoin e o Ethereum tendem a liderar o crescimento do mercado. Isso é evidenciado pelo aumento substancial na capitalização de mercado, com a maior parte desse crescimento sendo atribuída ao Bitcoin.

No entanto, conforme o mercado se aquece e o interesse se expande, entramos na ‘Fase 2’, onde as altcoins começam a ter um desempenho excepcional. Isso é frequentemente impulsionado pela busca dos investidores por retornos mais elevados, a exploração de novas tecnologias emergentes e a diversificação de portfólio para além das duas principais criptomoedas. Se for se posicionar em altcoins, essa pode ser a última oportunidade. Faça isso, faça rápido e de maneira inteligente. Os fortes e que assumem riscos vão surfar esse grande ciclo de alta.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas. Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Até a próxima edição!

Apesar da dominância de otimismo, Bitcoin vê período de consolidação.

Apesar da dominância de otimismo, Bitcoin vê período de consolidação.

A recente alta do Bitcoin (BTC) colocou a criptomoeda em uma já esperada faixa de consolidação de preços. Entretanto, os dados on-chain e a análise técnica semanal apontam que as ações do mercado e até mesmo o sentimento estão ainda na ponta compradora. Porém, a capitalização de mercado parece não estar acompanhando esse ânimo todo, o que pode levar a possíveis buscas de suportes.

 

Transparência on-chain

O pontapé inicial do relatório desta semana vai ser a partir das informações relacionadas ao valor de Mercado do Bitcoin, através do indicador MVRV. Esse indicador proporciona transparência aos dados on-chain, medindo o valor de mercado com base no preço atual do Bitcoin multiplicado pelo número de moedas em circulação, ponderado pelo valor realizado que considera o preço do Bitcoin quando foi movido pela última vez.

 

Ao analisarmos um gráfico no intervalo semanal, identificamos regiões onde a movimentação do MVRV pode encontrar níveis de suporte e resistência. Nesse contexto, observamos um deslocamento ascendente no Valor de Mercado do Bitcoin desde dezembro de 2022, sendo possível mapear esse movimento através de um canal de alta. Destacamos que a linha de 50% desse canal ascendente tem exercido uma influência significativa no deslocamento da linha do indicador, e, no momento atual, a pontuação do MVRV está em 2.21, aproximadamente.


Um nível de resistência relevante, marcado em nosso gráfico semanal, sugere que a pontuação em torno de 2.16 demanda uma atenção especial historicamente nos momentos que antecedem o Halving. Na semana passada, esse nível foi ultrapassado, gerando otimismo entre os investidores que analisam essa métrica regularmente antes de tomar decisões.

 

É importante ressaltar que as informações do MVRV geralmente são utilizadas por investidores de longo prazo. Atualmente, esses investidores compreendem que o indicador já visitou sua zona de compra nas mínimas abaixo do nível 1 e pode, ao longo de um prazo mais estendido, alcançar os níveis de venda acima de 3.7. Essa faixa representa, ao longo dos anos, uma região onde esses investidores costumam realizar lucros.

 

Capitalização de mercado do Bitcoin

Outra métrica amplamente utilizada, que pode complementar as informações do MVRV, é o Market Cap do Bitcoin. O gráfico de capitalização e dominância, no intervalo semanal, mantém-se em movimento ascendente, apesar do movimento corretivo observado nas últimas duas semanas.

 

Observa-se que a dominância do Bitcoin enfrenta dificuldades para ultrapassar e permanece acima dos 54%. No entanto, os níveis de capitalização continuam operando dentro de um amplo canal de alta no gráfico semanal.

 

As linhas de equilíbrio do Ichimoku permanecem planas, sugerindo que, a curto prazo, o cenário é de lateralidade, com o ciclo de 26 períodos indicando a possibilidade de retomada de alta.

 

Um ponto positivo adicional para a capitalização do Bitcoin é que os níveis permanecem acima das linhas que compõem a “Nuvem”. Além disso, mantêm-se acima da linha base do sistema que mede o equilíbrio das últimas 26 semanas. Em outras palavras, a estrutura gráfica do Market Cap continua fornecendo informações que permitem a identificação da continuação da tendência de alta no longo prazo.

 

Identificou-se também que na semana passada houve um alto volume durante a formação da vela semanal com variação negativa. No entanto, apesar da intensidade elevada de negociações, o spread da vela foi relativamente pequeno quando comparado ao da semana anterior.

 

Essas informações nos conduzem a estudos de VSA (Volume Spread Analysis), sugerindo, nesse caso, que ocorreu um esforço significativo com resultados limitados na tentativa de impulsionar a dominância para baixo. Adicionalmente, no início desta semana, foi notada uma recuperação após um teste na linha de equilíbrio de 9 semanas.

 

 

Hora da ação

Passaremos agora à análise da estrutura do preço do Bitcoin, examinando o Price Action no intervalo semanal para identificar pontos de referência cruciais avaliados por diferentes tipos de investidores antes de tomarem decisões.

 

É notável que o movimento de alta, iniciado na semana de 22 de janeiro, resultou no rompimento da máxima de dois anos registrada em março de 2022. Essa quebra ocorreu com a vela da semana de 05 de fevereiro fechando as negociações do período próximo de sua máxima.

 

O encerramento dessa vela sugeriu a possibilidade de continuidade na movimentação de alta, confirmando-se na vela da semana passada, cujo fechamento também ocorreu próximo da máxima.

 

Diante desses eventos, é plausível acreditar que os investidores que atuam na ponta da compra continuam a dominar as negociações, promovendo uma entrada de demanda capaz de deslocar os preços de forma ascendente.

 

Apesar de um início de semana que apresentou uma pausa na intensidade das negociações, as informações de longo prazo ainda indicam a possibilidade de cenários nos quais o preço do Bitcoin continua a subir.

 

Uma resistência a ser considerada pode ser encontrada na linha de 50% do canal de alta traçado no gráfico semanal. Essa região inclui um nível de “Order Block” que favoreceu os vendedores em novembro de 2021. Naturalmente, este ponto no gráfico requer atenção, abrangendo uma faixa de preços entre US$ 55 mil e US$ 56 mil.

 

Dentro desse contexto, também observamos que o indicador MACD mantém máximas mais altas em seu histograma acima da linha zero, revelando que a percepção da movimentação do preço ainda é ascendente.

 

 

Período de consolidação

Diante da robustez no movimento ascendente no gráfico semanal, procederemos à avaliação de um intervalo mais curto, utilizando as informações do período diário para identificar possíveis níveis de suporte, caso o preço do Bitcoin experimente alguma correção.

 

Nesse contexto, recorreremos às informações das linhas de equilíbrio do Ichimoku, considerando que, ao longo da história, os estudos de análise identificaram que o movimento do preço tende a não se distanciar muito desses níveis de equilíbrio.

 

No cenário atual do Bitcoin, observamos que as negociações no intervalo diário se concentram em uma lateralidade estreita. Caso o preço busque valores mais baixos, a região da mínima do dia 13 de fevereiro pode atuar como o primeiro suporte relevante em US$ 48,3 mil.

 

Em seguida, o próximo ponto de apoio poderá ser encontrado em US$ 47 mil. Essa região compreende a mínima do dia 10 de fevereiro e pode representar um local de estabilização da linha base nos próximos dias, caso o preço não rompa a última máxima.

 

Conclusão

Após analisar o cenário atual das negociações de Bitcoin, é possível concluir que os investidores que atuam em prazos mais estendidos permanecem otimistas, observando a estrutura do preço por meio de um gráfico semanal onde foi identificada uma tendência ascendente.

 

Essas informações encontraram respaldo no estudo dos dados de rede, envolvendo a métrica MVRV, e na avaliação da capitalização e dominância do Bitcoin.

 

Por outro lado, observamos que investidores de curto prazo podem estar aproveitando a oportunidade do atual movimento de alta para realizar lucros, resultando em uma estagnação nos preços em timeframes menores, com a possibilidade de correções. 

 

A intenção desses investidores é encontrar oportunidades de compra durante os movimentos corretivos, impulsionando a liquidez do mercado e permitindo que investidores de longo prazo realizem novos aportes.

 

 

Para encerrar, expresso meu agradecimento a todos que acompanharam as informações compartilhadas aqui. Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.

 

Um forte abraço e até a próxima!

 

Atenciosamente,

Emerson Antunes

Bitcoin está menos especulativo, mas mais sobrecomprado

Bitcoin está menos especulativo, mas mais sobrecomprado

O Carnaval acabou, então, podemos dizer que o ano, de fato, começou? Bom, para o Bitcoin (BTC), sim! A moeda digital aproveitou o feriado para disparar aos US$ 52 mil. O comportamento dos investidores mostra ainda que a recente alta é muito mais saudável do ponto de vista especulativo, se comparado ao visto no final do ano passado. A volta da pressão inflacionária parece estar passando despercebida, mas é aquela história: cuidado nunca é demais. Fato mesmo é que o halving está cada vez mais próximo, e a tendência de acumulação segue positiva no mercado de criptomoedas.

 

ETFs de Bitcoin e a queda da especulação

Ainda é muito cedo para dizer isso, mas não deixa de ser interessante ver como os ETFs de Bitcoin à vista parecem ter deixado o mercado de criptomoedas menos especulativo. Em relação aos derivativos, a atual taxa de financiamento para manter um contrato futuro perpétuo em aberto está, em média, em 0,25%, apesar do salto para US$ 52 mil. Isso é bem menor do que o altamente alavancado cenário do final do ano, quando o chamado funding estava batendo o 1%, e o ativo em US$ 40 mil.

Pode ser uma coincidência? Sim! Mas o que os dados on-chain da CryptoQuant mostram é que cerca de 75% dos novos investimentos em Bitcoin vieram dos ETFs de BTC à vista. De fato, os fundos tendem a levar um controle menor do investidor sobre o ativo, fazendo com que uma possível venda de pânico aconteça. Porém, este é um comportamento a ser analisado por mais tempo.

Comprar e não vender Bitcoin

Investir em Bitcoin parece estar seguindo uma política bem simples: comprar e segurar. Com a aproximação do halving – cerca de dois meses de distância –, as perspectivas para o mercado de criptomoedas seguem bastante otimistas. E isso reflete, claro, no comportamento dos compradores.

Métricas de rede apontam que investidores de médio prazo enviaram cerca de 49,5 mil BTCs diariamente às exchanges, indicando uma tendência vendedora. Em contrapartida, os detentores de longo prazo enviaram apenas 2 mil unidades do ativo. Nem mesmo este movimento mais “agressivo” pressionou o saldo de Bitcoin das corretoras. Atualmente, existem cerca de 2,34 milhões depositados nas plataformas de negociação – o menor nível dos últimos SEIS anos!

 

Gráfico do Bitcoin diário

Analisando o dia a dia, o gráfico do Bitcoin dá sinais muito positivos para o mercado de criptomoedas. O insistente canal lateral foi rompido com grande força, com o preço do ativo encostando, agora, no topo da banda de Bollinger. Apesar de não ser uma resistência das mais poderosas, é sempre bom ficar de olho, pois os investidores costumam realizar seus lucros por aqui.


Fonte: GoCharting, em 19/02/2024, às 7h30min.

Com isso, o mercado pode estar em direção a um salto baixo para os US$ 56 mil ou, então, uma correção para a região da mediana da Bollinger Bands ou até mesmo o topo superior do canal lateral, em US$ 45,8 mil e US$ 44,9 mil, respectivamente.

Nos indicadores adjacentes, o MACD não só evitou um cruzamento para baixo de suas linhas, como ainda afastou as médias móveis, mostrando a força do mercado nos últimos dias. O RSI, em contrapartida, aponta os 80 pontos. E, como bem sabemos, este é um grande território de sobrecompra. Com isso, podemos esperar uma correção ou, pelo menos, uma lateralidade nas negociações até que as métricas se normalizem.

Gráfico do Bitcoin na semana

A análise de curto prazo ganha ainda mais corpo quando a gente vê o gráfico do Bitcoin no período semanal. Aqui, o canal lateral também foi quebrado para cima, com o preço indo em direção ao topo da banda de Bollinger. Coincidentemente, porém, o topo do indicador combina com o mesmo nível do ombro maior do último grande ombro-cabeça-ombro (OCO), de 2021. Portanto, esta região se confirma como uma importante resistência.

Fonte: GoCharting, em 19/02/2024, às 7h30min.

Aqui, o MACD também reverteu seu cruzamento para baixo e voltou a afastar suas linhas, em um claro acompanhamento da força dos investidores. Essa força também é vista no RSI, que mira os 79 pontos, também uma região intensa de sobrecompra.

Com isso, podemos esperar que o Bitcoin supere o nível atual em direção aos US$ 56 mil e US$ 57 mil. Caso contrário, é possível uma descida até o topo do canal lateral, em US$ 44,1 mil e a mediana da Bollinger Bands, em US$ 39,5 mil. Em um caso mais extremo, os US$ 36,3 mil, onde marca o “Suporte 2” no gráfico, é um bom ponto de parada.

Corte de juros nos Estados Unidos: Não vai ser dessa vez

É, amigos… Se você estava esperando um corte de juros nos Estados Unidos, melhor se deitar. Não que seja impossível, mas os dados inflacionários do país simplesmente não vieram legais, o que deve manter a política monetária mais restritiva por lá.

A inflação ao consumidor (CPI) subiu de forma inesperada e acima do esperado pelos analistas. O mesmo vale para Inflação ao produtor (PPI). Com os preços voltando a subir, é bem provável que o Federal Reserve não corte os juros na próxima reunião do mês que vem.

Aliada ao aumento de juros, está a queda nas vendas no varejo e produção industrial norte-americanos. Por um lado, isso pode levar a um arrefecimento dos preços, já que a demanda é menor. Por outro, isso acende mais uma vez os receios sobre a saúde econômica do país.

Esperança na Zona do Euro

Dá até medo de falar e “zicar”, mas a economia da Zona do Euro voltou a dar uma certa esperança. Contrariando as projeções de retração, o Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2023 avançou.

A produção industrial também saltou forte: 2,6%, em dezembro, na comparação com dezembro. Isso é importante, pois mostra que o setor produtivo está aquecido, o que ajuda a aumentar o estoque das empresas e, consequentemente, reduz a inflação.

Em relação aos juros, nada de novo no horizonte. Pelo menos por enquanto. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, simplesmente descartou um corte de juros no curto prazo, mesmo com a inflação mais controlada. O fiel da balança aqui pode ser justamente esse bom desempenho da economia local.

Conclusão

É natural que há cerca de dois meses do halving do Bitcoin, o mercado de criptomoedas apresente certa euforia. O processo de acumulação, claro, está acontecendo, como mostram os dados on-chain. Porém, investidores de menor prazo podem se assustar com uma volatilidade acentuada ou até mesmo um novo período de lateralização.

Tudo isso porque há muitos sinais na análise técnica de que o BTC está em fortes níveis de sobrecompra. E como já apontado em Satoshi Calls anteriores, os 80 pontos costumam ser o ponto de parada da alta, pelo menos momentaneamente.

Entretanto, a menor especulação do mercado alivia um possível salto ou queda abrupta de preços, já que a maior parte dos investimentos está vindo dos ETFs de Bitcoin à vista, que costumam dar menos controle do ativo ao investidor.

Com o cenário macroeconômico ligeiramente definido – pelo menos em relação aos juros – os dados on-chain e outros fundamentos do mercado de criptomoedas tendem a te dar vantagem neste período de alta intensa.

Preço do Bitcoin renova máxima de dois anos, mas pede cautela

Preço do Bitcoin renova máxima de dois anos, mas pede cautela

O período lateral do Bitcoin (BTC) deu eUsar o Construtor Divispaço para um avanço rápido de preços, colocando a criptomoeda acima dos US$ 50 mil, enquanto renova suas máximas dos últimos dois anos. Este movimento parece estar sendo apoiado pelo crescimento dos ETFs do ativo nos Estados Unidos e a aproximação do halving. A análise técnica sugere que o preço da moeda digital ainda pode alcançar os US$ 56 mil, porém, a entrada de dinheiro neste mercado pode sofrer com algumas resistências.

 

Máxima dos últimos dois anos

Nas últimas semanas, observou-se uma retomada nas negociações do Bitcoin, com seu preço alcançando a marca de US$ 50 mil. Esse movimento foi impulsionado pela demanda de investidores que buscam participar de uma possível tendência de longo prazo para a criptomoeda.

Ao atingir os US 50 mil, o preço do Bitcoin superou a máxima registrada nos últimos dois anos, ocorrida entre fevereiro e março de 2022. Naquela época, essa marca desencadeou uma significativa queda nos preços, levando o Bitcoin a atingir a mínima de menos de US$ 16 mil em novembro de 2022.

O otimismo recente pode ser atribuído, em parte, a movimentos institucionais que estimularam uma mudança no sentimento dos investidores, aumentando o apetite ao risco, especialmente nos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Um exemplo que podemos citar é a transformação do Grayscale Bitcoin Trust em um ETF, atraindo aproximadamente US$ 9 bilhões em investimentos e indicando uma aceitação mais ampla da principal criptomoeda.

Outro fator catalisador para o aumento no preço do Bitcoin é o iminente processo de redução da recompensa para os mineradores, programado para meados de abril deste ano.

 

 

Meses atrás, em um de nossos relatórios de “Variação de Mercado”, destacamos o indicador Stock to Flow. Essa ferramenta de Dados on Chain estima o preço com base no número de Bitcoins disponíveis em relação à quantidade minerada a cada ano. Segundo esse indicador, agora com informações atualizadas, existe a possibilidade de o preço do Bitcoin ultrapassar os US$ 51 mil antes do Halving.

Além disso, o Stock to Flow sugere que após o evento de redução de recompensas, o preço do Bitcoin poderá entrar em um ciclo de tendência de alta ao longo de 2024, podendo superar os US$ 400 mil a partir de maio de 2025.

Embora seja claro que essas informações tenham um caráter subjetivo, já que prever eventos futuros é impossível, investidores de longo prazo reconhecem o potencial de crescimento substancial da principal criptomoeda, especialmente quando acompanhado de um gerenciamento de risco adequado.

Vale ressaltar que, durante as formações de estruturas de preços em tendência, correções profundas podem ocorrer. Portanto, é essencial que os investidores estejam atentos à importância de um gerenciamento de risco alinhado com a quantidade de capital investido.

 

Validando o Stock to Flow

Para uma análise mais aprofundada do atual cenário de movimentação de preços do Bitcoin e para validar as informações do Stock to Flow, vamos explorar o que a análise técnica revela no intervalo semanal da criptomoeda.

O ímpeto de alta observado na semana passada resultou em uma vela semanal cujo fechamento ocorreu próximo à máxima das negociações da semana, rompendo a linha superior de um canal ascendente que monitoramos desde novembro de 2022.

Diante desse desenvolvimento, replicamos o mencionado canal um nível acima da estrutura atual, com o intuito de identificar possíveis pontos de resistência que poderiam ser considerados como áreas para realização de lucros a curto prazo.

Essa análise revelou uma convergência de informações nos níveis entre US$ 55 mil e US$ 56 mil. Nessa faixa, identificamos a presença de uma linha correspondente a 50% do canal ascendente replicado.

Além disso, notamos a existência de um “Order Block” formado em novembro de 2021, que poderia oferecer resistência ao movimento de alta. Um pouco abaixo desse “Order Block”, encontramos um pequeno Fair Value Gap em US$ 52,5 mil, que parece corroborar as informações do Stock to Flow analisado anteriormente.

Nesse contexto, as regiões de preços em US$ 52,5 mil e, posteriormente, entre US$ 55 mil e US$ 56 mil, podem desempenhar um papel significativo como resistência a curto prazo, embora, teoricamente, com base nas informações coletadas até o momento, possam ser superadas ao longo de 2024.

O movimento acima de US$ 50 mil também pode indicar uma busca por liquidez além da máxima registrada na semana de 28 de março de 2022. Como resultado, os investidores que atuam na ponta de compra podem enfrentar desafios ao tentar ultrapassar os níveis de resistência mencionados.

Quanto ao suporte relevante na estrutura semanal do Bitcoin, podemos mencionar a máxima das negociações registrada na semana de 04 de dezembro, que ficou em US$ 44,7 mil. Destaca-se que, pela primeira vez em 10 semanas, as negociações da semana passada encerraram acima desse patamar, elevando a importância desse nível como suporte.

 

 

Capitalização de mercado do Bitcoin

O aumento dos preços do Bitcoin está intrinsecamente ligado à entrada de capital e ao aumento da dominância, elementos cruciais para validar a sequência de valorização. Portanto, direcionaremos nossa atenção ao gráfico do Market Cap no intervalo semanal, a fim de analisar o comportamento dos investidores nas últimas semanas.

Desde a semana de 22 de janeiro, notamos que as velas semanais apresentaram movimentos acima da linha inferior do canal de alta superior, encerrando próximo de suas respectivas máximas.

É relevante salientar, ao observar esse gráfico, que completamos pelo menos 10 semanas sem que qualquer vela tenha fechado acima da máxima registrada em 23 de outubro. Essa informação destaca a possível resistência significativa em torno dos 54% de dominância.

Além disso, a estrutura gráfica semanal do Market Cap indica um cenário de lateralidade, sugerindo a possibilidade de que investidores de curto prazo iniciem um processo de realização de lucros. Esse movimento pode potencializar a relevância das regiões de resistência identificadas no gráfico de preços.

As linhas do Trade System Ichimoku permanecem planas, corroborando o cenário de lateralidade, com os níveis de dominância mantendo-se acima da linha de equilíbrio por 9 semanas.

As linhas de 9 e 26 períodos podem oferecer suporte nos níveis de 52,5%, onde também identificamos a linha inferior do canal superior de alta.

Uma observação positiva no gráfico do Market Cap é que as negociações ocorrem acima das linhas que compõem a “Nuvem” de Ichimoku, com os ciclos de 26, 51, 65 e 76 períodos sinalizando a possibilidade de movimentos ascendentes a longo prazo.

 

 

Conclusão

Ao analisarmos as informações do Stock to Flow, o gráfico de preços semanal e a dinâmica de capitalização e dominância do Bitcoin por meio do gráfico do Market Cap com a utilização do Trade System Ichimoku, podemos concluir que o cenário atual do Bitcoin vive um momento singular no mercado de criptomoedas.

A iminência do Halving e o estímulo institucional proporcionado pelos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos geram otimismo entre os investidores, que enxergam oportunidades de investimento em um mercado cuja adoção cresce a cada dia.

Embora a possibilidade de realização de lucros em regiões específicas de preço possa resultar em movimentos corretivos interpretados, por ora, como oscilações diárias, esses eventos também indicam que, a longo prazo, a tendência do Bitcoin permanece ascendente.

Mesmo diante da lateralidade observada no gráfico de capitalização, identificamos um espaço para o aumento na dominância do Bitcoin, indicando que o crescimento da adoção pode atrair novos influxos de capital.

 

 

Para concluir, expresso meu agradecimento a você, que dedicou parte de seu valioso tempo para aprofundar seus conhecimentos na estrutura de movimentação de preços do Bitcoin por meio deste relatório.

Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.

Um forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 4

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 4

Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.

Vamos para quarta e última edição sobre narrativas que você precisa ficar de olho para o próximo ciclo.

Se você não leu ou caiu nessa edição de paraquedas, deixo o link da PART 1, PARTE 2 e PARTE 3 para sua leitura.

Já falamos de DEX, Defi, Gamblefi, Interoperabilidade e muitas outras coisas nessas últimas semanas. Hoje é dia de falar sobre a última narrativa: OS GAMES!

Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

💰 Narrativa que volta dos mortos: Gamefi

No momento atual do mercado, o setor de GameFi desponta como um território de oportunidades, diferenciando-se significativamente do entusiasmo efêmero dos ciclos anteriores. 

Este setor, que cruza as fronteiras dos jogos com finanças descentralizadas, está se estabelecendo com uma proposta de valor inovadora que vai além do entretenimento, prometendo um modelo de investimento sustentável e um caminho para o avanço tecnológico na Web3.

A indústria global de jogos está projetada para alcançar receitas de US$ 184 bilhões em 2022, marcando um crescimento modesto ano a ano de +2,6%, apesar de desafios econômicos. 

Com um foco particular no blockchain gaming, o mercado já é avaliado em mais de US$ 3 bilhões e tem uma projeção impressionante de crescimento para US$ 65 bilhões a US$ 90 bilhões até 2030​​. Esta expansão está sendo impulsionada por investimentos crescentes, adoção de NFTs e modelos de negócios inovadores que estão redefinindo as economias in-game.

O setor de GameFi tem visto um aumento contínuo no volume de investimentos, refletindo um voto de confiança dos investidores nas possibilidades que ele oferece. Jogos como ‘Alien Worlds’, ‘Farmers World’ e ‘Splinterlands’ lideram as tabelas com centenas de milhares de endereços ativos diariamente, apesar de um declínio geral desde o pico em 2021. 

Mas o setor não morreu, ele só estava dormindo.

10 insights valiosos

O estudo “State of GameFi 2022” realizado pela Chainplay.gg no final de 2022, forneceu uma série de insights sobre o setor de GameFi e as tendências dos investidores nessa área. 

Separei os melhores insights na minha opinião.

  1. Adoção de GameFi como Porta de Entrada para Crypto: 3/4 dos investidores entraram no mercado de criptomoedas por causa do GameFi. Isso sugere que o GameFi é um fator significativo na atração de novos investidores para o espaço cripto.
  2. Motivação Principal – Lucro: Mais da metade dos investidores apontaram o lucro como sua principal motivação ao se juntarem ao GameFi. No entanto, uma grande proporção de investidoras femininas participam do GameFi por curiosidade.
  3. Adoção por Gerações: Os investidores da Geração Z são os mais receptivos ao GameFi, alocando em média 52% de seu patrimônio líquido nesse setor.
  4. Diminuição dos Lucros: Uma grande maioria dos investidores de criptomoedas viram seus lucros com GameFi diminuírem nos últimos seis meses, com muitos perdendo mais de 50% de seus lucros.
  5. Desafios de Design Econômico: A má concepção da economia dentro dos jogos é citada como a principal razão para a queda nos lucros, apontada por 58% dos investidores.
  6. Redução do Tempo de Participação: O tempo médio diário gasto pelos investidores em atividades de GameFi caiu 43% em comparação com 2021.
  7. Medo de Fraudes: Cerca de 73% dos respondentes evitam investir em GameFi devido ao medo de esquemas fraudulentos, como rug pulls e esquemas de pirâmide.
  8. Priorizando a Diversão: Uma maioria expressiva de investidores de GameFi prioriza o fator diversão em relação aos ganhos em projetos futuros de GameFi.
  9. Fatores-chave para o Crescimento: A entrada de empresas tradicionais de jogos no mercado de GameFi e o lançamento de jogos AAA são vistos como impulsionadores do crescimento do setor em 2022.
  10. Expectativas para o Futuro: Os investidores gostariam de ver uma melhoria no gameplay, melhores gráficos, construção de jogos com uma reputação mais sólida e um design de economia in-game mais bem estruturado.

O foco é em infra, não nos jogos

O verdadeiro ouro pode estar não nos ativos voláteis dos jogos em si, mas na infraestrutura subjacente que os sustenta. 

Ao contrário dos jogos, que podem flutuar dramaticamente em popularidade e rentabilidade, a infraestrutura é a espinha dorsal sobre a qual toda a indústria de GameFi se apoia. 

Um exemplo emblemático da volatilidade dos jogos é a relação entre o token AXS do jogo Axie Infinity e a blockchain Ronin (RON), na qual o jogo é construído. Enquanto AXS sofreu com a oscilação do mercado, a RON permaneceu uma aposta mais estável devido à sua ampla utilidade.

Investir em infraestrutura de GameFi é apostar em uma base que suportará múltiplos jogos e serviços, fornecendo um terreno fértil para o crescimento e inovação contínuos no espaço. A seguir, exploramos quatro projetos de infraestrutura GameFi que merecem atenção especial dos investidores.

Vocês querem presente? Então pega esses 4 projetos para você ficar de olho.

Immutable X (IMX)

Immutable X é uma plataforma de camada 2 para NFTs no Ethereum, oferecendo transações instantâneas e sem taxas de gás. Como um mercado e um sistema para jogos e aplicativos, IMX representa uma solução poderosa para escalar jogos blockchain sem comprometer a segurança.

 

Ronin (RON)

Ronin é uma blockchain Ethereum sidechain criada especificamente para Axie Infinity. Com taxas de transação baixas e tempos de processamento rápidos, Ronin provou ser um ambiente propício para jogos e está expandindo seu alcance para suportar mais títulos e aplicações.

Avalanche (AVAX)

Avalanche é uma blockchain de camada 1 conhecida por sua velocidade e capacidade de escalar, tornando-a uma escolha popular para desenvolvedores de GameFi. Com um ecossistema em rápido crescimento, AVAX está se posicionando como uma infraestrutura chave para o futuro dos jogos descentralizados.

Gala Games (GALA)

Gala Games é uma plataforma que busca revolucionar o espaço de jogos, dando poder aos jogadores em relação à propriedade de ativos in-game e à influência nas decisões de desenvolvimento do jogo. GALA, seu token nativo, é usado para facilitar transações dentro do seu ecossistema de jogos.

Conclusão

Os projetos de infraestrutura, como IMX, RON, AVAX e GALA, estão na vanguarda da inovação em GameFi e oferecem uma oportunidade de investimento mais segura e potencialmente mais recompensadora do que apostar em jogos individuais. 

Enquanto o futuro de qualquer jogo específico é incerto, a infraestrutura que suporta toda a indústria tem uma chance muito maior de ser utilizada a longo prazo e por uma variedade de jogos e aplicações. Portanto, para investidores que procuram uma exposição mais estável ao crescente mercado de GameFi, a infraestrutura pode ser a aposta mais inteligente.

Uma coisa é certa: O setor de games nunca será mais o mesmo!

Essa série fica por aqui, mas vamos continuar acompanhando esses setores nas próximas semanas. Eles vão trazer grandes retornos nesse ciclo.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

Bitcoin segue lateral e vê possibilidade de novas correções

Bitcoin segue lateral e vê possibilidade de novas correções

Nem mesmo a virada do mês foi capaz de colocar o Bitcoin (BTC) em uma tendência de preços mais definida. Até é possível localizar uma certa volatilidade, mas, fato, é que o mercado está se movimentando de lado novamente. Dados de negociação apontam que a região dos US$ 37 mil é um potencial suporte, enquanto os US$ 43 mil estão segurando avanços mais significativos. Para onde a criptomoeda pode ir no curto prazo, então?

 

Momento pré-halving

O fechamento da vela semanal do Bitcoin referente à semana passada ficou abaixo de US$ 43 mil, com os compradores enfraquecidos em uma região de topo de canal de alta. Mais uma semana se passou sem que o preço do Bitcoin conseguisse fechar acima da máxima da semana de 04 de dezembro.

A linha de equilíbrio de 9 semanas do Ichimoku atuou como resistência na mesma região da abertura da vela da semana de 08 de janeiro, que foi um período de intensa realização de lucros. Os investidores, atuando na ponta da venda, dominaram a estrutura de preços no gráfico semanal.

 

Como mencionado em relatórios anteriores, ao analisar os dados de rede, observamos que este período que antecede o Halving de 2024 se assemelha aos movimentos de estruturas de preços de 2016. Naquela ocasião, tivemos um fechamento para o mês de fevereiro com variação negativa na cotação do Bitcoin.

Este ano, ao observarmos o gráfico semanal, a estrutura de preços sugere que as próximas semanas poderão apresentar desafios significativos para os investidores que atuam na ponta da compra. As negociações ocorrem no topo de um canal de alta, enfrentando a resistência na linha de equilíbrio de 9 semanas, podendo projetar o preço do Bitcoin para a linha base do Ichimoku, situada na região de US$ 37 mil.

Ao utilizar a ferramenta Volume Profile no gráfico, identificamos que US$ 37 mil foi uma região de intensa negociação. Nesse nível, os compradores conseguiram projetar o preço para valores mais altos. É possível que esses investidores defendam suas posições, tornando a região de US$ 37 mil um potencial suporte significativo dentro da estrutura ascendente apresentada pelo gráfico semanal.

Vale lembrar que essa região compreende a linha de 50% do canal de alta monitorado desde novembro de 2022. Ao analisarmos as informações baseadas nas teorias do Trade System Ichimoku, os ciclos temporais sugerem a possibilidade de o preço do Bitcoin recuar novamente abaixo de US$ 40 mil nas próximas semanas.

As linhas de equilíbrio, Tenkan Sen (representando o equilíbrio de 9 semanas), Kijun Sen (representando o equilíbrio de 26 semanas) e Senkou Span B (inserida no gráfico 26 semanas no futuro, representando o equilíbrio de 52 semanas) estão planas, indicando um cenário de lateralidade. Nessa estrutura, a probabilidade de o preço do Bitcoin não ter impulso suficiente para romper as máximas, apresentando debilidade na entrada de demanda, é sugerida.

O indicador MACD, amplamente utilizado no mercado de criptomoedas, está se posicionando nos limites da linha zero, com seu histograma apresentando máximas cada vez mais baixas. A linha MACD (azul) está ultrapassando de cima para baixo a linha de sinal (laranja), corroborando as informações que revelam a fraqueza dos investidores atuando na ponta da compra.

Em um cenário onde o histograma do indicador MACD se posicione abaixo da linha zero, é possível que os investidores aguardem algumas semanas antes de montarem novas posições, esperando que o histograma do MACD inicie o processo de produzir mínimas mais altas.

As linhas que representam o Ichimoku no gráfico semanal sinalizam que uma retomada de alta poderá ocorrer no Bitcoin após a segunda semana do mês de abril deste ano. Coincidentemente, nesse mesmo período, teremos o Halving, o evento mais aguardado pelos investidores em Bitcoin.

Vale lembrar que mesmo após o Halving, é possível que o preço do Bitcoin apresente oscilações com variação negativa considerável, devido à alta volatilidade que o ativo poderá apresentar no momento de euforia do mercado de criptomoedas.

Em resumo, a análise do gráfico de preços no intervalo semanal sugere que o preço do Bitcoin encontra dificuldade para renovar máximas, com indicadores propondo a possibilidade de um movimento corretivo promovido por realização de lucros de investidores de curto prazo.

Por outro lado, observamos um grande canal que revela uma tendência de alta no longo prazo, sinalizando que investidores que aceitam segurar suas moedas por um período maior estão cientes dessas pequenas oscilações negativas e aguardam que o preço se posicione em níveis chave de suporte para novos aportes.

Inclusive, no gráfico semanal, é possível identificar níveis de interesse institucional na base do canal de alta, na região de preços em torno de US$ 32 mil.

A tese que sustenta a possibilidade de queda no preço do Bitcoin também é sugerida pelas informações do indicador Estocástico Lento, que faz um movimento descendente, buscando no intervalo semanal a região de 50% do indicador.

A ferramenta Volume Profile apresenta o ponto de controle (POC) nos níveis de preço em torno de US$ 35 mil, e essa região também tem sido analisada por investidores de longo prazo como um ponto para montagem de posições, caso o preço alcance esses níveis e apresente debilidade na oferta.

 

 

Estruturas laterais

Passamos agora para o exame do gráfico no intervalo diário do Bitcoin para obter insights mais detalhados sobre as ações dos investidores de curto prazo. Observamos que o preço do Bitcoin tem operado em uma estrutura lateral por mais de 65 dias, consolidando-se nesse padrão.

Entre os dias 08 e 11 de janeiro, os formadores de mercado buscaram a liquidez acima de US$ 44 mil e, em seguida, promoveram um movimento de queda que atravessou toda a estrutura lateral, projetando o preço do Bitcoin abaixo de US$ 40 mil.

Esse movimento também pode ser interpretado como uma busca por liquidez abaixo das mínimas estruturais. Um detalhe importante sobre essa queda abaixo de US$ 40 mil é que as linhas de equilíbrio do Ichimoku se tornaram resistências significativas após o movimento descendente.

A linha base, referente a um ponto de equilíbrio de 26 dias, atuou desde o dia 30 de janeiro como um nível de preços onde a demanda não conseguiu superar, permitindo a entrada de investidores que atuam na ponta da venda.

No gráfico diário, também incorporamos a ferramenta do Volume Profile e notamos que o ponto de controle (POC) está posicionado na mesma região da linha base, reforçando a importância dessa área.

Nos primeiros dias desta semana, o histograma do MACD também revelou máximas mais baixas, indicando uma fraqueza na demanda. Em resumo, até o momento da redação deste relatório, a movimentação de preços do Bitcoin no intervalo diário corrobora com as informações do período semanal, sugerindo a possibilidade de novos testes abaixo de US$ 40 mil.

 

 

Conclusão

Em conclusão, a análise da movimentação de preços do Bitcoin revela um cenário desafiador, marcado por uma consolidação prolongada e resistências significativas em torno de US$ 44 mil. Tanto no intervalo semanal quanto diário, observamos a persistência da lateralidade, com indicadores como as linhas de equilíbrio do Ichimoku e o Volume Profile destacando regiões críticas.

A fraqueza na demanda, evidenciada pelo histograma decrescente do MACD, sugere a possibilidade de novos testes abaixo de US$ 40 mil, enquanto existe a expectativa por um impulso de alta após a segunda semana de abril, coincidindo com o Halving, que adiciona um elemento de destaque no horizonte.

No curto prazo, investidores podem enfrentar desafios, mas a visão de longo prazo, delineada pelo canal de alta no gráfico semanal, continua a indicar uma tendência ascendente.

 

 

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube (https://www.youtube.com/@emerson_antunes) e em meu perfil no Instagram (@emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin segue lateral… E tá tudo bem!

Bitcoin segue lateral… E tá tudo bem!

Com a abertura de fevereiro, o mercado de criptomoedas viu um janeiro bem menos generoso ao Bitcoin (BTC) do que em 2023. Isto mostra o quanto os investidores estão em equilíbrio, buscando oportunidades mais claras para suas compras e vendas. A indefinição sobre a valorização não parece repercutir nos ETFs de BTC à vista, enquanto a análise técnica sugere que a consolidação de preços pode continuar por mais algum tempo.

 

Indefinição de tendência

O Bitcoin encerrou janeiro com uma alta bem tímida de 0,71%. A volatilidade, porém, colocou o preço em uma oscilação de cerca de 20%, com mínima em US$ 38,5 mil e máxima de US$ 49 mil. Com a negociação, agora, travada no meio deste movimento, o mercado confirma sua indefinição.

Inclusive, pode-se dizer que o Bitcoin está em um período inclusive lateral, apesar dessa oscilação brusca momentânea. Desde o final de dezembro de 2023, a criptomoeda de referência flutua entre os US$ 40 mil e US$ 45 mil. Sendo este mais um sinal de falta de tendência.

 

Nos ETFs, está tudo bem!

Se o mercado varejista está desconfortável, os ETFs de Bitcoin à vista tem zero preocupações sobre a tendência futura do ativo. Segundo a BitcoinMaganize, mais de 3% de todos os BTCs em circulação estão nos fundos norte-americanos. Esta atitude acompanha ainda o comportamento dos HODLErs, que seguem sacando suas moedas das exchanges.

Talvez até por isso que o indicador on-chain MVRV esteja apontando um Bitcoin bem abaixo do que seria considerado o “valor justo” de negociação no atual momento de mercado. A estimativa da informação é que o BTC está US$ 20 mil abaixo do preço que deveria estar.

 

Lateral até no gráfico

O gráfico do Bitcoin segue o mesmo caminho de lateralidade visto nos dados on-chain. Afinal, a banda de Bollinger voltou a afunilar suas linhas, que caminham, agora, de maneira paralela. Com isso, a negociação voltou para dentro do antigo canal horizontal, com as setas azuis mostrando os desequilíbrios quase que simetricamente perfeitos. Com isso, não podemos dizer que a consolidação de preços foi encerrada.

Fonte: GoCharting, em 05/02/2024, às 8h30min.

 

Nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mas ainda muito próximas entre si. Já o índice de força relativa (RSI) aponta os 53 pontos, com um mercado muito bem equilibrado.

 

Confirmando a tendência

No gráfico do Bitcoin semanal também não há grandes novidades. O canal lateral segue intacto. Porém, agora, a criptomoeda está sendo negociada na parte superior da banda, o que pode trazer bons ventos para os investidores. Há, porém, uma forte resistência em US$ 43,2 mil, que corresponde ao antigo ombro-cabeça-ombro.

Fonte: GoCharting, em 05/02/2024, às 8h30min.

O MACD está em direção para um cruzamento para baixo de suas linhas, o que sugere a extensão do período de consolidação ou até mesmo uma nova correção, que poderia levar a criptomoeda aos US$ 37 mil e US$ 36 mil. O RSI se comporta quase como uma linha reta, sobrevivendo muito perto dos 70 pontos, sugerindo que ainda há uma persistência da sobrecompra.

 

Tão perto, mas também tão longe!

A falta de emoção do mercado, claro, esbarrou na famosa semana de decisão de juros nos Estados Unidos. Embora o mercado já soubesse que o Federal Reserve iria manter os juros como estão, é sempre bom ouvir isso das vozes oficiais. Jerome Powell, presidente do FED, até disse que um corte deve ocorrer ainda este ano, mas dificilmente isso será em março.

Até porque, ainda há uma grande preocupação inflacionária, por conta do mercado de trabalho. Os dados do payroll mostraram que o país criou 353 mil novas vagas de trabalho, muito além das 180 mil previstas. Com mais empregos, o poder de consumo aumenta, o que também pressiona os preços.

 

No balanço

A Zona do Euro segue no seu constante balanço para evitar uma recessão. E, por enquanto, vem conseguindo. Bem no limite, diga-se de passagem. A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2023 avançou em 0,1% na base anual. É pouco? Sim, mas é um avanço! Ainda mais se considerarmos que a Inflação ao Consumidor (CPI) recuou 2,8% em janeiro, mantendo seu processo de desaceleração e indo em direção rapidamente à meta de 2%. O mesmo movimento de queda é vista na Inflação ao Produtor (PPI), que caiu 10,6% na base anual.

Porém, a taxa de desemprego em 6,4% segue em seus mínimos históricos, o que fez com que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, indicasse que o próximo movimento dos reguladores será um corte de juros, mas ainda não há nenhuma data para isso acontecer.

 

Conclusão

O mercado de criptomoedas está em uma fase que, para muitos, é “chata”. Essa consolidação de preços tira a coragem de muitos investidores em se posicionar no mercado, considerando a possível volatilidade que pode atingir os ativos.

Fato é que o vimos um 2023 de grandes altas e acumulamos ainda a quinta vela mensal positiva consecutiva. Um momento de respiro para tirar o mercado de sobrecompra vem sendo exigido há muito tempo. Os bulls, estão segurando essa realização de lucros mais intensa, enquanto os bears, também não conseguem empurrar a criptomoeda mais abaixo para recomprá-las mais barato.

Um dos lados vai precisar ceder e, talvez, o mercado se movimente assim até o halving do Bitcoin, em abril. Até lá, vale ficar atento às oscilações naturais que este mercado oferece para embolsar alguns possíveis ganhos.

De lado, Bitcoin mira níveis de preços para indicar tendência

De lado, Bitcoin mira níveis de preços para indicar tendência

Apesar de ainda vivenciar um período de correção, a força compradora manteve o Bitcoin (BTC) acima dos US$ 40 mil. Agora, em um equilíbrio de forças, a criptomoeda vira para operar de forma lateral, buscando uma tendência mais definida no curto prazo. Para tempos maiores, porém, o ativo segue em alta desde setembro do ano passado. Porém, para confirmar esses movimentos, alguns níveis importantes de suporte e resistência devem ser mantidos, como você vai ver no Variação de Mercado de hoje.

 

Andando de lado

Ao analisarmos a evolução dos preços do Bitcoin durante o mês de janeiro, observamos um cenário de lateralização, caracterizado por sombras nas partes superior e inferior da vela. Nos últimos dias do mês, o ativo foi negociado próximo à região de abertura, apresentando uma vela de indefinição conhecida como “doji”.

Apesar de identificarmos uma tendência ascendente de longo prazo ao estudar a principal criptomoeda, é natural que o mercado busque liquidez em níveis de preços mais baixos, resultando em retrações na estrutura, preparando-se para futuras retomadas de alta.

O indicador MACD no gráfico mensal exibe um histograma com máximas crescentes, indicando que o controle das negociações de longo prazo está nas mãos de investidores que preferem aguardar períodos mais extensos para realizar lucros, não se deixando influenciar por pequenas oscilações.

Esses investidores encontram motivação no fato de que o ano de 2024 marca a ocorrência do halving, um dos eventos mais aguardados pelo mercado de criptomoedas, programado para ocorrer em meados de abril.

Então, ao analisarmos o gráfico no período mensal, notamos que o movimento de alta persiste desde setembro do ano passado, com os investidores na ponta compradora renovando as máximas mensais em cada período. Segundo as análises técnicas disponíveis, a movimentação de preços do Bitcoin no gráfico mensal sugere que estamos em uma onda ascendente, apontando para uma possível conclusão na região dos US$ 51 mil.

 

 

Nada sobe em linha reta

Entretanto, como sabemos, o mercado não constrói sua estrutura ascendente exclusivamente em um movimento de alta, e correções podem ocorrer ao longo desse processo de valorização.

Dessa forma, vamos diminuir a escala temporal para o intervalo semanal a fim de examinar minuciosamente as características que a movimentação de preços está revelando. Vamos também incorporar as linhas de equilíbrio do Ichimoku no gráfico para identificar possíveis áreas de suporte e resistência com base em pontos de equilíbrio.

O primeiro ponto de análise no gráfico semanal refere-se ao ponto de equilíbrio de 9 semanas, posicionado acima do preço atual. Este ponto sugere que a resistência para o movimento de alta pode estar na mesma região onde ocorreu a máxima na semana de 04 de dezembro de 2023, registrada em US$ 44,7 mil.

Importante notar que desde a semana de 04 de dezembro, nenhuma vela semanal fechou acima desses níveis, indicando que as sombras das velas acima dessa região podem ser interpretadas como fornecimento de liquidez para os Market Makers desenvolverem a estrutura de preços. Nessa mesma região, também observamos a presença da linha superior do canal de alta, inserida no gráfico desde novembro de 2022, que já se mostrou como um nível de preço relevante.

Na semana passada, a vela realizou uma varredura na liquidez abaixo de US$ 40 mil, e o preço apresentou uma recuperação significativa nos últimos dias, sugerindo que investidores na ponta compradora estão aproveitando a queda para montar posições. No entanto, é importante destacar que o indicador MACD no intervalo semanal apresenta seu histograma registrando máximas cada vez mais baixas, aproximando-se dos limites da linha zero.

Agora que identificamos uma possível resistência em torno de US$ 44,7 mil, é crucial avaliar onde podemos encontrar um suporte caso o preço do Bitcoin retorne a ser negociado abaixo de US$ 40 mil. Uma região considerada por investidores pode ser o ponto de equilíbrio de 26 períodos, atualmente situado em US$ 37 mil. No entanto, ao utilizar a ferramenta para analisar o perfil de volume, identificamos uma área de interesse adicional em torno de US$ 35 mil.

O último ponto de apoio para a estrutura de alta apresentada pelo gráfico semanal encontra-se na região do fundo do canal de alta, marcado em US$ 32 mil.

 

 

Capitalização em alta

O movimento ascendente nos preços do Bitcoin nesta semana está alinhado com a entrada de capital, evidenciada pelo gráfico do Market Cap. A dominância do Bitcoin retornou a patamares superiores a 52%, e a vela que representa esse movimento no gráfico voltou ao canal de alta superior que temos acompanhado há vários meses.

Essa entrada de capital pode ser justificada pelo movimento de investidores que aproveitam os preços abaixo de US$ 40 mil para estabelecer posições ou realizar novos aportes. O movimento ascendente registrado ao longo das últimas duas semanas e nos primeiros dias da semana atual no gráfico do Market Cap tem como objetivo reverter todo o declínio observado na semana de 08 de janeiro e atingir a máxima da semana de 23 de outubro.

É importante notar que nenhuma vela semanal fechou acima da máxima da semana de 23 de outubro, o que confere a essa região um nível significativo de resistência. Apesar de estar abaixo da linha zero, o histograma do indicador MACD está registrando mínimas mais altas, indicando que compradores estão influenciando a estrutura de preços do Bitcoin.

A linha de equilíbrio de 9 semanas no gráfico do Market Cap está acima de 53% de dominância e permanece plana, podendo atrair a movimentação em direção à máxima da semana de 23 de outubro, alcançando níveis próximos a 54%.

 

 

Conclusão

A análise da movimentação de preços do Bitcoin revela um panorama marcado por diferentes sinais e tendências em diversos intervalos temporais. No cenário mensal, a presença de uma tendência ascendente desde setembro do ano passado sugere uma trajetória de alta de longo prazo, alimentada pela expectativa do halving programado para abril de 2024.

Ao examinar o intervalo semanal, identificamos uma possível resistência em torno de US$ 44,7 mil, com a presença de linhas de equilíbrio do Ichimoku e a observação das sombras das velas, indicando o fornecimento de liquidez. A dinâmica do mercado semanal também destaca a importância de áreas como US$ 40 mil como suporte, com investidores aproveitando quedas para montar posições.

No que diz respeito ao Market Cap, a recente entrada de capital, evidenciada pela dominância do Bitcoin acima de 52%, sugere um movimento ascendente em busca de reverter quedas anteriores e atingir máximas significativas. A resistência na máxima da semana de 23 de outubro no gráfico semanal do Market Cap é notável, enquanto o indicador MACD, apesar de estar abaixo da linha zero, registra mínimas mais altas, indicando atividade compradora.

Em suma, o cenário atual do Bitcoin reflete a interação dinâmica entre diferentes fatores. Os investidores devem continuar monitorando de perto esses indicadores, adaptando suas estratégias conforme a evolução do mercado e considerando os níveis de suporte e resistência identificados.

 

 

Agradecimento

 

Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as análises e insights apresentados possam fornecer uma compreensão mais aprofundada do cenário atual da criptomoeda. Se houver alguma dúvida ou necessidade de esclarecimento adicional, não hesitem em entrar em contato. Obrigado pela atenção e interesse neste estudo.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Nem subir ou descer: é hora do Bitcoin consolidar preço

Nem subir ou descer: é hora do Bitcoin consolidar preço

Após um bom momento para as ações de risco e big techs, o Bitcoin (BTC) manteve sua estagnação de preços, apesar de ter conseguido se recuperar bem depois do descenso aos US$ 38 mil. As políticas monetárias ainda muito especulativas também não ajudam os investidores a tomarem decisões mais arrojadas. Com o mercado de criptomoedas tentando retomar o equilíbrio, o BTC segue sua perspectiva de consolidação de preços até que uma tendência de alta ou baixa seja definida.

 

Cadê a correlação?

O mercado de criptomoedas está vivenciando um período diferente do visto nos últimos anos. Era comum a gente ver o Bitcoin e várias altcoins valorizando lado a lado com as ações de risco, principalmente as das big techs. Porém, não foi isso que aconteceu na última semana.

As principais bolsas de valores, inclusive as de tecnologia, dos Estados Unidos renovaram suas máximas históricas por vários dias consecutivos. Enquanto isso, o BTC e boa parte do setor corrigiam. 

Porém, é importante especular que a criptomoeda já havia atingido seu topo anual de US$ 49 mil, antes deste movimento agressivo do mercado tradicional. Então, é até natural que a realização de lucros tenha levado para do capital para as big techs. Mesmo assim, não é um evento que estamos super acostumados a ver.

 

 

Pressão vendedora

A realocação de posição também acontece entre os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. A antes dominadora GrayScale está vendo agora boa parte de seus recursos saírem do mercado ou migrarem para a BlackRock. Como se isso já não fosse ruído o suficiente para o setor, os gestores de falência da extinta FTX venderam 22 milhões de ações GBTC (GrayScale), inundando o mercado com essas ações.

Mesmo assim, o saldo dos ETFs seguem positivos. Só na primeira semana completa de negociação, foram acumulados mais de 100 mil BTCs – cerca de US$ 4 bilhões. Um feito bastante impressionante para um mercado que ainda está em construção.

 

Ainda especulativo

No mercado de derivativos é onde a bagunça acontece. Vendedores e compradores disputam cada espacinho do mercado para determinar a tendência de um ativo. No caso do Bitcoin, boa parte desse setor estava bastante alavancada recentemente, com liquidações de contratos futuros na casa dos US$ 200 milhões por dia.

Agora, as bolsas viram uma redução no ímpeto especulativo… Pelo menos pelos bulls. Investidores posicionados com contratos de venda estão começando a se acumular e a retomada dos US$ 40 mil pode levar ao chamado “short-squeezy”, quando uma grande volume de posições vendidas são liquidadas, elevando rapidamente o preço do ativo.

 

Gráfico do Bitcoin

A análise técnica mostra leituras interessantes para o gráfico do Bitcoin. No aspecto diário, o movimento coloca a criptomoeda operando novamente no antigo e persistente canal lateral de preços, após o desequilíbrio que a levou aos US$ 38 mil.

Fonte: GoCharting, em 29/01/2024, às 9h43min.

 

A retomada renova a perspectiva mais otimista, ainda mais olhando para os indicadores adjacentes. O MACD, por exemplo, aproxima suas linhas para um possível cruzamento para cima. Já o índice de força relativa (RSI), mira os 49 pontos, mostrando o equilíbrio atual do mercado e um possível momento de consolidação, já comentado em outros Satoshi Calls.

Aqui, os US$ 37,9 mil seguem como um importante suporte da tendência de alta, enquanto os US$ 42,2 mil e US$ 43 mil se posicionam como resistências de curto prazo importantes para que o mercado volte a cogitar novos arranques.

 

 

Dentro da caixinha

O gráfico semanal é menos “volátil”, com o Bitcoin operando em um belo de um retângulo. Os longos pavios deixados para trás mostram que esta é uma forte zona de liquidez e, consequente, liquidez. Assim, os bulls vão precisar disputar essa região pelo menos mais uma vez antes de romper os preços para cima, enquanto os bears vão precisar despejar ainda mais moedas para forçar a negociação para baixo.

Fonte: GoCharting, em 29/01/2024, às 9h45min.

 

A resistência mais próxima se posiciona, agora, no meio do canal lateral, em US$ 42,1 mil, seguida pelo topo, em US$ 44,2 mil. Para baixo, os US$ 40 mil são o fundo do canal, podendo segurar o preço. Depois, temos a mediana da banda de Bollinger e o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO), em US$ 36,2 mil.

Essa falta de força do mercado é vista pelo comportamento do MACD que está sugerindo um cruzamento para baixo de suas linhas. Enquanto isso, o RSI, em 67 pontos, mostra que o mercado ainda não passou por uma grande desalavancagem e novas correções de preços podem surgir nas próximas semanas.

 

Tá chegando a hora?

Você provavelmente já deve estar cansado de ouvir falar sobre os juros nos Estados Unidos. Mas não tem jeito, essa pauta é importante demais para deixar passar. Ainda mais em uma semana em que o indicador inflacionário favorito do Federal Reserve foi divulgado: índice de gastos pessoais – famoso “Preços PCE”.

Segundo os últimos dados, o indicador subiu 0,2% em dezembro, acumulando 2,9% nos últimos 12 meses. Porém, quando a gente olha para o acumulado de 3 e 6 meses, o índice mira 1,5% e 1,9%, respectivamente. Sabe o que isso quer dizer? Que em um prazo considerável, a inflação norte-americana está dentro da meta de 2%, o que coloca em pauta mais uma vez a discussão sobre um corte de juros.

O tal do pouso suave da economia também parece estar traçado. Afinal, a prévia dos três principais Índices Gerente de Compras (PMI) – Indústria, Serviços e Composto – avançaram ou se consolidaram para além dos 50 pontos, o que indica expansão econômica. A indústria, inclusive, bateu sua maior atividade dos últimos 15 meses. E aí, FED, vai cortar esses juros?

 

 

Na volta a gente corta

Sem grandes surpresas, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa de juros estável entre 4% e 4,75%. A ata da reunião que decidiu a política monetária segue não muito diferente das anteriores, afirmando que o dinheiro ficará restrito pelo tempo que for necessário. Porém, os reguladores estão otimistas com a queda “encorajadora” e “disseminada” dos preços.

Então, eu ouvi um corte de juros? Mais ou menos! A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que ainda é meio cedo para discutir uma redução das taxas e, quem sabe, lá pelo verão europeu o bloco possa começar a estudar esta possibilidade. Até porque, ao contrário dos Estados Unidos, a situação econômica da Zona do Euro não é a das mais estáveis.

Na semana passada, as prévias do PMI não trouxeram grandes novidades. Todos os setores seguem em território de contração econômica, com Serviços e Composto apresentando um avanço, mas bem tímido se comparada à necessidade do bloco

 

Joga combustível na máquina

Na contramão de Estados Unidos e Europa, o Banco Central da China bateu na mesa e decidiu cortar em 0,5% a taxa de seus empréstimos compulsórios, de olho no aquecimento da economia local. A proposta deve injetar quase US$ 150 bilhões. 

O grande foco dos reguladores aqui é estimular setores que estão com dificuldades atualmente, como o imobiliário. Até o presidente do BC, Pan Gongsheng, disse que novos estímulos podem ser anunciados em breve para colocar este setor nos trilhos novamente.

 

Conclusão

Apesar da recente correção de preços, a realidade é que o mercado de criptomoedas permanece ainda muito aquecido. A tentativa dos bears em jogar o BTC para abaixo dos US$ 40 mil não foi bem sucedida e só serviu para a famosa “compra com desconto” da criptomoeda.

Este, porém, pode ser o momento ideal para que o mercado se consolide de forma lateral, criando oportunidades mais encaixotadas durante os períodos de negociação. Vale sempre lembrar, porém, que o halving está chegando – abril – e isso tende a realizar movimentos menos específicos do mercado, pois há muita especulação em torno do ativo. Até lá, novidades macroeconômicas podem surgir, o que pode apimentar ainda mais essa relação de compra e venda sem muitos fundamentos.