ETF de Ethereum: O que é, riscos e vantagens do fundo recém-aprovado pela SEC

maio 29, 2024 | Ethereum, Finanças

Na reta final de maio de 2024, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovou o primeiro ETF de Ethereum à vista do país. Assim como aconteceu com o Bitcoin, há uma grande perspectiva de entrada de capital institucional e consequente valorização da criptomoeda no médio prazo.

Como este é um assunto importante para o mercado de criptomoedas, separamos algumas coisas importantes para falarmos hoje sobre o ETF de Ethereum, como:

  • O que é o ETF de Ethereum
  • Como este produto financeiro funciona
  • Riscos envolvidos nos ETFs de criptomoedas
  • Expectativas sobre os novos fundos

Introdução feita, é hora de você seguir com a gente e aprender mais sobre os ETFs de Ethereum!

O que é o ETF de Ethereum

O ETF de Ethereum é um produto financeiro que permite o investimento em ETH, sem que seja preciso comprar ou armazenar diretamente a criptomoeda em sua carteira ou exchange. Algo semelhante ao que acontece aos fundos de índices.

Apesar de ser bastante fácil comprar Ethereum por uma corretora atualmente, há muitas pessoas que não se sentem à vontade com a tecnologia e preferem delegar a função de investimento para uma gestora de confiança.

Neste cenário, o ETF de Ethereum resolveria esta situação. Mas como eles funcionam?

Como funciona o ETF de Ethereum

Um dos grandes pontos de destaque é que o ETF de Ethereum recém-aprovado pela SEC é o que chamamos de ETF spot ou à vista. Isso quer dizer que o fundo necessariamente precisa comprar e armazenar a criptomoeda dos clientes. 

Isso é bem diferente dos ETFs de contratos futuros, em que as gestoras apenas negociavam contratos de compra ou venda da criptomoeda, sem se conectar diretamente com o ativo em si.

Portanto, o ETF de Ethereum funciona da seguinte forma:

  • Compra e armazenamento de ETH no produto financeiro
  • Negociações das cotas diretamente na bolsa de valores
  • Custódia realizada por empresas terceirizadas
  • Produto regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos

Como a gente pode ver, a estrutura do ETF de Ethereum é perfeita para quem não quer qualquer dor de cabeça ou preocupação na hora de investir em criptomoedas. É simplesmente delegar para uma empresa de confiança este aplicação e ser feliz.

Mas se de um lado há todas essas vantagens, do outro, há, sim, alguns comprometimentos, como vamos discutir no próximo tópico.

Riscos do ETF de Ethereum

O ETF de Ethereum é um produto bastante acessível, principalmente para grandes empresas, que querem apenas comprar cotas de um fundo na bolsa de valores e aumentar sua exposição ao mercado de criptomoedas.

Porém, toda essa acessibilidade e tranquilidade que vimos até aqui acaba cobrando um preço que precisa ser muito bem balanceado. E aqui vão alguns dos riscos do ETF.

Taxas: Ao comprar criptomoedas em uma exchange, geralmente há uma pequena taxa que é cobrada apenas nos momentos da compra e da venda dos tokens. Mesmo que você deixe seu Ethereum parado por 5 anos em uma corretora, você está livre de taxas. Não é isso que acontece em um ETF de Ethereum, que incide uma taxa de administração mensal ou anual, a depender da estrutura do fundo. E isso independente do desempenho do ETF.

Custódia: Este talvez seja um dos maiores riscos do ETF de Ethereum. Aqui, você está não só delegando a compra de seus ativos a uma empresa, como está incluindo mais uma terceira parte que será responsável por armazenar seus ETHs. Ou seja, o controle sobre seus próprios ativos é praticamente zero e, em caso de problemas com a gestora, será preciso enfrentar processos judiciais para reaver suas criptomoedas.

Liquidez: Em uma exchange, a liquidez é praticamente imediata. Basta indicar uma ordem de compra e venda e pronto. No caso de um ETF de Ethereum, mesmo que negociado em bolsa, pode haver demora para liquidar a posição ou até mesmo em acessar as criptomoedas novamente.

Regulamentação: Este não é necessariamente um risco, mas é importante ficar de olho. Os Estados Unidos ainda não possuem uma regra clara sobre o mercado de criptomoedas e, por isso, o ETF de Ethereum está sob o guarda-chuva da SEC, sendo gerido como um produto financeiro tradicional. Se de um lado isso traz segurança aos investidores, por outro, força as moedas digitais a cumprirem regras que não necessariamente são as mais adequadas ou adaptadas às particularidades do setor.

Como a gente comentou há pouco, o ETF de Ethereum está longe de ser um produto ruim. Ao contrário, ele traz muita acessibilidade às pessoas do mercado tradicional, principalmente ao investidor institucional.

Porém, há um preço a ser pago por essa facilidade que precisa ser avaliado, de acordo com seu perfil e expectativas com a criptomoeda.

O que esperar do ETF de Ethereum

Em 23 de maio de 2024, a SEC aprovou 8 ETFs de Ethereum spot. O destaque fica para os fundos da BlackRock e Fidelity, que, desde o ano passado, fizeram uma boa pressão para que a Comissão aceitasse também o ETF de Bitcoin à vista.

Estas foram as empresas que tiveram o ETF de Ethereum aprovados:

  • BlackRock – iShares Ethereum Trust
  • Fidelity
  • VanEck
  • Grayscale
  • Bitwise
  • ARK Invest & 21Shares
  • Invesco & Galaxy Digital
  • Franklin Templeton

Mesmo assim, vale dizer que o ETF de Ethereum ainda não está disponível para negociação. A aprovação da SEC foi feita sobre o formulário 19b-4. 

Isso quer dizer que a Comissão acatou o pedido de adição de novos ativos à gestora. Em outras palavras, foi dado o sinal verde para que essas empresas incluíssem a criptomoeda Ethereum em seu portfólio de negociações.

Agora, falta a aprovação das assinaturas do formulário S-1. Este sim, de fato, permite o início das negociações do ETF de Ethereum, que pode levar alguns dias, semanas ou até meses.

Fato é que há uma grande expectativa de entrada de capital institucional, assim como tem acontecido com o Bitcoin.

Gráfico da The Block com o volume negociado via ETF de Bitcoin spot

Fonte: TheBlock

No período que rondou a aprovação do ETF de Ethereum, os fundos de BTC acumularam mais de US$ 2 bilhões em capital em apenas 10 dias. Isso mostra o quanto o mercado financeiro tradicional está engajado também nas criptomoedas.

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