Abreviação de “Decentralized Finance”, DeFi são finanças descentralizadas. É um conceito amplo que abrange toda tecnologia disruptiva que remove a necessidade de intermediários em aplicações financeiras.
Além do Bitcoin, o blockchain trouxe diversas possibilidades de inovação, permitindo não só a tokenização de praticamente tudo, mas também a descentralização de processos como empréstimos ou mesmo a corretagem de ativos.
Visão geral sobre DeFi
A recriação de serviços financeiros bancários sem centralização e intermediários tradicionais começou com o Bitcoin. Sem um organizador central para emissão de moeda, o bitcoin é o primeiro e grande exemplo DeFi.
Mas o conceito evoluiu, principalmente com o Ethereum e seus contratos inteligentes mais abrangentes e flexíveis que os encontrados no Bitcoin. Como resultado, uma série de aplicações, antes somente efetuadas no mercado financeiro tradicional e centralizado, começaram a surgir usando blockchain.
“O objetivo do DeFi é reconstruir o sistema bancário para todo o mundo desta forma aberta e sem permissão”, diz Alex Pack, sócio-gerente da Dragonfly Capital.
Usos e principais projetos DeFi
A reconstrução do sistema bancário abarca empréstimos via blockchain, corretoras, tokens sintéticos, sistemas de pagamentos, derivativos e uma miríade de produtos estão sendo desenvolvidos nesse novo ambiente.
Utilizando o site DeFi Pulse, podemos ver os projetos mais usados pelos investidores. Abaixo, temos uma lista de projetos com maior quantidade de tokens em dólares travados nas aplicações.
Um dos exemplos é o Maker Dao, uma plataforma de crédito descentralizado que suporta a stablecoin DAI – cujo valor tentar ficar indexado com o dólar usando contratos inteligentes.
Outro experimento é o DeFi Synthetix, uma plataforma de derivativos no Ethereum usada para criar ativos sintéticos, ou seja, ativos com valor indexado em ações, cotação do ouro e outros tokens no blockchain.
Desafios do DeFi
Há centenas de protocolos tentando os mais diversos usos para o blockchain. Contudo, é preciso tomar alguns cuidados antes de se aventurar em DeFis.
Por ser um conceito novo, muitos investidores estão aportando grandes valores em projetos sem nenhuma auditoria de segurança ou até mesmo que não são descentralizados o suficiente. O que pode resultar na perda completa dos fundos.
A falta de descentralização é outro desafio de segurança enfrentado por diversos projetos, o que pode abrir portas para censura e problemas relacionados a finanças tradicionais. Antes de investir, pesquise e estudo o projeto para evitar perda de fundos ou resultados inesperados.
A ideia de substituir serviços centralizados é muito bem-vinda, mas há ainda grandes desafios e as inovações no movimento DeFi prometem superá-los e dar mais descentralização e transparência para nosso sistema financeiro.