Bitcoin sente pressão após sete meses de alta

Bitcoin sente pressão após sete meses de alta

Mês de baixa

Encerramos o mês de abril com o preço do Bitcoin no início desta semana apresentando uma variação mensal negativa de aproximadamente -11%, o que acendeu um sinal de alerta para investidores de curto prazo.

A expectativa em torno do halving ocorrido em 19 de abril motivou muitos participantes do mercado de criptomoedas com menos conhecimento sobre as estruturas de preços a abrir posições de compra, esperando uma valorização rápida do ativo. No entanto, o que ocorreu foi uma correção para varrer a liquidez em regiões de preços mais baixos.

Investidores que compraram supostamente no topo, executaram ordens tanto no mercado à vista quanto no mercado de contratos futuros com posições alavancadas. Como resultado, houve uma liquidação de mais de R$ 1,3 bilhão em posições alavancadas na semana passada, acelerando o movimento de queda.

Quem abriu posições de compra no mercado à vista precisará ter paciência, já que a tendência de longo prazo para o preço do Bitcoin é ascendente.

 

 

Estruturas mensais

Ao analisar a estrutura de preço do Bitcoin em uma perspectiva mensal, observamos que o fechamento de abril abaixo do antigo topo histórico de US$ 69 mil pode indicar um movimento de “trap”. Esse padrão na análise técnica, quando ocorre no topo de uma estrutura, sugere a possibilidade de movimentos corretivos no intervalo gráfico em que se verifica.

No entanto, vale ressaltar que, quando se trata de Bitcoin, é importante aprofundar a análise, pois o ativo se torna mais escasso a cada novo ciclo, o que naturalmente aumenta seu valor.

Outro ponto a considerar é que estamos analisando um intervalo mensal, ou seja, um período extenso sujeito a diversos fatores externos, como eventos geopolíticos que podem influenciar o comportamento dos participantes do mercado de criptomoedas.

Enquanto aguardamos a confirmação ou não de um possível “trap”, que na prática é uma armadilha para investidores com menos conhecimento, é necessário considerar a possibilidade de um movimento contrário à expectativa de correção caso a tendência de alta seja retomada ao longo de maio.

Esse cenário pode ser avaliado em nossos estudos caso a máxima de março seja rompida para cima, com continuidade de movimento. Nesse caso, o movimento de queda registrado em abril seria reconhecido como uma vela vermelha ignorada, um padrão amplamente estudado em gráficos de análise técnica.

O que determinará se a tendência de alta do Bitcoin continuará a partir de maio será a relação entre oferta e demanda no mercado.

Para entender melhor esse conceito e obter insights para prazos mais curtos, precisamos reduzir o intervalo temporal dos gráficos e buscar informações que possam esclarecer a possível direção dos preços.

 

 

Volume de negociação

Para avaliar a relação entre oferta e demanda de Bitcoins no mercado de criptomoedas, vamos reduzir o intervalo de tempo para o gráfico diário e recorrer à ferramenta Volume Profile.

Analisamos o período dos últimos três meses, abrangendo fevereiro, março e abril, e utilizamos o Volume Profile para capturar informações sobre diferentes aspectos.

Quando olhamos o perfil de volume dos meses de março e abril, observamos que o ponto de maior interesse em abril, também conhecido como POC (Ponto de Controle), ficou em US$ 64,3 mil. Este valor está abaixo do ponto de controle de março, registrado em US$ 67,1 mil.

Isso indica que, durante abril, os participantes do mercado de criptomoedas que atuam na venda de Bitcoins aceitaram negociar com maior intensidade por um preço mais baixo do que o registrado no mês anterior.

A mesma avaliação também sugere que os investidores que atuam na ponta compradora tiveram dificuldades para elevar o preço.

Em resumo, a dinâmica entre oferta e demanda de Bitcoins revela que, enquanto houver investidores com grande quantidade de moedas em suas carteiras dispostos a negociar por preços mais baixos, o Ponto de Controle do Volume Profile permanecerá abaixo do intervalo anterior, sugerindo que a oferta supera a demanda.

A ferramenta Volume Profile permite coletar várias informações, incluindo a observação de áreas de maior e menor interesse.

No gráfico, as áreas estão divididas em duas cores distintas: a região cinza representa os níveis de preço de maior interesse dos participantes do mercado, enquanto a região azul mostra níveis de preço com menor intensidade de negociações, indicando áreas de menor interesse.

À direita da imagem gráfica, incluímos o Volume Profile, abrangendo fevereiro, março e abril. Assim, identificamos que os níveis de preço acima de US$ 67,1 mil tiveram menor interesse de negócios durante o período analisado.

Portanto, essa região de preços atua como um potencial nível de resistência para as negociações.

Ao observar apenas março e abril, identificamos que a área de menor interesse está entre os níveis de preço de US$ 62,3 mil e US$ 59,7 mil, aproximadamente, servindo como uma região de suporte local para as negociações de Bitcoin.

Por outro lado, a quebra desses níveis para baixo pode desencadear uma aceleração na queda, com o preço podendo alcançar a próxima região de maior interesse registrada em fevereiro, entre US$ 53 mil e US$ 52 mil, onde também temos um ponto de controle referente aos últimos três meses analisados em nosso estudo.

Para ter sucesso no mercado financeiro, o investidor deve avaliar diferentes cenários e estar preparado para qualquer eventualidade. Assim, não podemos negligenciar a possibilidade de queda no preço do ativo, mas é importante entender que o estudo da relação entre oferta e demanda indica a presença de investidores que podem defender suas posições nas mínimas da estrutura lateral, entre US$ 62,3 mil e US$ 59,7 mil.

Esses investidores podem reverter o cenário de queda ao adicionar mais moedas em suas carteiras, acreditando na possibilidade de o preço retornar às máximas estruturais devido ao otimismo gerado pela escassez de Bitcoins no mercado.

Se este cenário se concretizar, poderemos identificá-lo antecipadamente observando o aumento nas barras de volume na base do gráfico, juntamente com um movimento ascendente nos preços.

Por enquanto, até o momento em que este relatório foi elaborado, as barras de volume no intervalo diário indicavam um movimento descendente desde 24 de abril, sugerindo que as negociações de Bitcoins estão menos intensas, com investidores operando em uma faixa de preço comprimida, porém em um nível de suporte.

 

 

Conclusão

Concluímos que o mercado de criptomoedas, especialmente o mercado de Bitcoin, apresentou uma tendência negativa ao longo do mês de abril. A euforia em torno do halving em 19 de abril levou muitos investidores a abrir posições de compra, esperando uma valorização rápida do ativo. No entanto, o que se observou foi um movimento de correção para varrer a liquidez em regiões de preços mais baixos, resultando em uma liquidação de mais de 1,3 bilhão de reais em posições alavancadas.

A análise da relação entre oferta e demanda por Bitcoin com base nos dados do Volume Profile mostra que houve uma aceitação de negociação em abril por preços mais baixos do que em março, sugerindo uma oferta maior do que a demanda. Os níveis de preço entre US$ 62,3 mil e US$ 59,7 mil podem atuar como suporte local, com investidores defendendo suas posições nesta faixa.

A possibilidade de uma aceleração na queda permanece caso haja uma quebra dos níveis de suporte, o que poderia levar o preço a uma nova região de maior interesse, entre US$ 53 mil e US$ 52 mil. No entanto, investidores podem adicionar mais moedas às suas carteiras se acreditarem na retomada da tendência de alta devido à escassez de Bitcoins no mercado.

 

 

Para finalizar, agradeço a você por dedicar seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Como sempre, espero que as informações apresentadas tenham sido úteis e proporcionem uma visão mais clara do mercado de criptomoedas. Fique atento a futuras atualizações e não hesite em compartilhar suas dúvidas ou sugestões. Obrigado!

Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube () e meu perfil no Instagram.

Um forte abraço e até a próxima!

Sem gatilhos, Bitcoin segue lateral

Sem gatilhos, Bitcoin segue lateral

O mercado segue oscilando entre recuperação e tendência de baixa. Isso tem colocado pressão na volatilidade do Bitcoin (BTC), que permaneceu baixa nos últimos dias. A falta de tendência acompanha não só uma queda no influxo de capital aos ETFs spot, mas também a uma série de fatores macroeconômicos que não são controlados pelos investidores.

 

O halving aconteceu, e agora?

Cade o BTC a US$ 300 mil? De fato, o halving do Bitcoin foi acionado no último dia 20. E sabe o que isso significou no preço do ativo? Nada! Mas calma, porque a história não é bem assim.

O halving é responsável por reduzir pela metade a emissão de novos BTCs. Ou seja, dos 6,25 BTCs, agora, são gerados “apenas” 3,125 BTCs. A expectativa de aumento de preços é justamente o choque entre oferta e demanda. Mas isso leva tempo. Afinal, é preciso gerar uma falta de tokens no mercado para, então, esses efeitos serem sentidos.

 

 

Pouco especulativo

E essa “morosidade” do Bitcoin acompanha o comportamento dos investidores de derivativos. Afinal, se algum lugar é capaz de gerar uma volatilidade rápida, é essa galera aí.

A taxa de financiamento, paga regularmente para que as posições fiquem abertas nas bolsas, chegou até a ficar negativa ao longo da semana. Isso indica que havia mais vendedores do que compradores e uma menor alavancagem.

Com isso, o apetite ao risco estava meio cabisbaixo, o que impede nova subidas de preços de forma rápida e agressiva.

 

ETFs x FOMO

Nesse meio do caminho, os ETFs de Bitcoin spot também não performaram muito bem. Apesar da tentativa de recuperação, os saldos negativos voltaram a aparecer, com os saques agressivos do fundo da GrayScale.

Em contrapartida, parece haver uma espécie de FOMO (fear of missing out) entre alguns grandes players do mercado. Carteiras que possuem entre 1 mil BTCs e 10 mil BTCs reduziram a distribuição e aumentaram a acumulação da criptomoeda.

 

 

Gráfico do Bitcoin

A análise técnica pouco mudou da última semana para cá. O que vemos ainda é um BTC operando dentro de sua faixa de negociação, acompanhando, inclusive, o estreitamento da banda de Bollinger.

Fonte: GoCharting, em 29/04/2024, às 8h34min.

 

O suporte imediato, de US$ 61 mil, tem sido bastante respeitado. Porém, um teste dos US$ 71 mil ainda não aconteceu. Caso rompa este nível para cima, podemos ver a renovação das máximas históricas. Senão, os US$ 52 mil podem ser o próximo ponto de parada.

Essa falta de força é vista nos indicadores adjacentes. O MACD não conseguiu virar suas médias, enquanto o índice de força relativa (RSI) aponta os 40 pontos, em meio a um mercado mais vendido.

 

 

Quem não precificou, precifica agora

Se a inflação mais elevada já havia azedado o clima de corte de juros nos Estados Unidos, a última semana colocou a famosa pá de cal. Os preços de bens de consumo, indicador preferido do FED para medir a inflação, ficou na estabilidade e até um pouquinho acima do que esperavam os analistas.

Fora isso, a situação econômica do país também não agradou. Os Índices Gerente de Compras (PMIs) retraíram, mostrando que é preciso ter preocupações ainda sobre aquele pouso suave. 

Mas vale um disclaimer aqui também. De fato, este foi um mês “ruim”, mas é um mês. No acumulado, a economia norte-americana não está em frangalhos. Mas o mercado gosta de especular e sentir que o FED está pressionado para o corte de juros. E por mais que seja estranho, vai de encontro com o que pensa a secretária do tesouro, Janet Yellen.

 

Uma eterna gangorra

Do outro lado do oceano, a China manteve sua taxa de juros intacta, algo já esperado pelos analistas, considerando as dificuldades da economia chinesa em engatar a recuperação.

Já na Zona do Euro, os PMIs mostraram discrepância. De um lado o setor de Serviços cresceu, o que ajudou a elevar a confiança do consumidor, que segue ainda bem abalada. Do outro, a Indústria recuou, se mantendo em território de retração. Ou seja, há um caminho importante a ser trilhado por aí.

 

 

Conclusão

O mercado está andando lateral e parece estar bem com isso. De fato, há muita informação a ser digerida ainda entre os investidores e é sempre bom confirmar que as tensões geopolíticas no Oriente Médio cessaram, assim como o posicionamento do FED de não cortar juros. Vamos ver o que Jerome Powell diz!

Até lá, o Bitcoin vai depender de suas próprias pernas: seja através de seu próprio desenvolvimento tecnológico (Runes e Ordinals), por meio do próprio choque entre oferta e demanda ou, então, pela retomada dos fluxos intensos aos ETFs à vista.

 

Render (RDNR): o que é, funcionalidade e como a NVIDIA pode turbinar o token

Render (RDNR): o que é, funcionalidade e como a NVIDIA pode turbinar o token

Render (RNDR) se tornou uma das novidades mais interessantes do mercado de criptomoedas em 2023. Com a proposta de ser um marketplace descentralizado de renderização gráfica, a plataforma se apoiou na Inteligência Artificial (IA) para trazer ainda mais eficiência a seus processos.

Com uma proposta bastante atrativa e uma possível parceria com a gigante de tecnologia NVIDIA, o token apresentou uma valorização de mais de 1.000% sem seu lançamento. Por ser um ativo frequentemente analisado por investidores que querem diversificar seu portfólio de criptomoedas, o artigo de hoje fala sobre:

  • O que é Render?
  • Como a Render funciona?
  • Potenciais e desafios do projeto
  • Como investir e comprar RNDR.

Para saber mais sobre a criptomoeda Render, continue com a gente aqui no Blog!

Banner com logo da Render

O que é Render?

Render é uma plataforma que se apoia na tecnologia blockchain para descentralizar a renderização de gráficos por computador. Para isso, ela reúne usuários que estão dispostos a vender o poder de processamento ocioso de suas GPUs (Unidades de Processamento Gráfico).

A plataforma foi lançada ao mercado em 2017 para justamente resolver problemas constantes da indústria de animação e efeitos visuais, especialmente aqueles relacionados à acessibilidade e ao custo de renderização de alta qualidade via hardwares de computador.
Com essa proposta, a abordagem da Render não só maximiza o uso de recursos de hardware já existentes, mas também oferece uma forma mais ecológica de renderização, ao reduzir a necessidade de hardware adicional.

Como funciona a Render?

As soluções da Render mudaram o jogo em relação ao processamento gráfico. Neste caso, em vez de depender de centros de dados centralizados, que muitas vezes resultam em gargalos de processamento e altos custos, a Render permite que indivíduos e empresas compartilhem seus recursos de GPU ociosos com a rede.

Na prática, o processo dentro da Render começa quando um usuário submete um trabalho de renderização à rede. Este trabalho é, então, dividido em várias pequenas tarefas que podem ser processadas simultaneamente por GPUs disponíveis na rede. 

Os usuários que fornecem seu poder de GPU – conhecidos como “nodes de renderização”– recebem tokens RNDR como pagamento pelo seu serviço. 
Este sistema não só acelera significativamente o processo de renderização, mas também o torna mais acessível para criadores de conteúdo que podem não ter acesso a equipamentos de renderização de alta potência.

Vantagens de se investir em Render

Ao comprar RNDR, é como se você estivesse investindo em uma startup do setor de animação e design gráfico. Um setor que, sozinho, consegue movimentar muito capital e gerar produções que escalam os volumes financeiros. 

Mas além disso, há outras vantagens em se investir em Render, como:

Suporte: Uma das principais empresas de tecnologia atualmente, a NVIDIA convidou a Render para participar de seu congresso, estreitando as relações com a big tech e criando espaço para possíveis parcerias. Inteligência artificial: A Render utiliza algoritmos de inteligência artificial para trazer eficiência e garantias às renderizações gráficas. Assim, a plataforma não só atua como um forte marketplace, mas também em um setor de amplo desenvolvimento, como é o caso da IA.

Possível parceria entre Render e NVIDIA

Desafios da Render

Apesar de todas essas vantagens, Render enfrenta seus desafios próprios, como:

Adoção: Conquistar novos usuários é uma grande dificuldade do protocolo. Afinal, não só é preciso pessoas que necessitam deste serviço, como quem esteja disposto a oferecer o poder de processamento.

Volatilidade: Apesar de ser um token de utilidade, a RNDR também passa pela alta volatilidade do mercado de criptomoedas. Só em 20223, o ativo valorizou em mais de 1.000%.

Escalabilidade: Justamente por conta da volatilidade do mercado, a plataforma pode ver uma inconsistência ou demora para escalar sua rede, o que pode aumentar os custos da renderização. Garantias: Por ter como produto a “prestação de serviços” descentralizada, é importante que os participantes consigam garantir a qualidade das renderizações, mantendo a credibilidade da plataforma.

Capitalização de mercado da RenderRNDR é, hoje, a 116ª criptomoeda com maior marketcap do mercado de criptomoedas. Em março de 2024, a capitalização de mercado da RNDR atingiu sua máxima histórica, em US$ 5 bilhões. Sua mínima aconteceu em setembro de 2020, registrando US$ 11 milhões, segundo o portal CoinMarketCap.

Gráfico de capitalização de mercado da Render

Como comprar RNDR

Para quem acompanha o mercado de criptomoedas, comprar RNDR é algo comum de se estar em pauta. Afinal, o token tem fundamentos bastante interessantes para promover não só um ambiente tecnológico útil, como também oportunidades para os investidores.

Por isso, se você quer investir em RNDR, você pode fazer isso diretamente pela plataforma da Foxbit Exchange!
Faça suas análises e veja se Render vai estar em sua carteira neste momento!

Pós-halving, a tendência do Bitcoin é… Lateral!?

Pós-halving, a tendência do Bitcoin é… Lateral!?

Na primeira semana pós-halving do Bitcoin (BTC), o mercado parece ainda tatear como a tendência de preços vai se comportar. Apesar de muitos indicadores sinalizarem que os ganhos podem vir no médio prazo, a lateralização pode persistir por mais alguns bons dias antes que uma força compradora – ou vendedora – possa impactar no desempenho da criptomoeda.

 

Recuperação pós-halving

Na primeira semana após o evento de Halving, o preço do Bitcoin começou a apresentar sinais de recuperação, com negociações acima de US$ 66 mil na segunda-feira (22).

A análise da estrutura de preços em um intervalo semanal revela que, após uma queda abaixo de US$ 60 mil na semana passada, a linha de conversão do Trade System Ichimoku, que mede o equilíbrio das últimas 9 semanas, serviu como suporte, levando as negociações para um fechamento semanal próximo de US$ 65 mil.

O padrão de velas no gráfico semanal sugere uma lateralidade desde a semana de 4 de março. Isso faz com que os investidores considerem a possibilidade de um novo teste do topo da estrutura, acima de US$ 72 mil, o que pode ser um objetivo de preço para aqueles que se posicionaram na faixa de US$ 60 mil.

A linha base está fazendo um movimento ascendente nesta semana e oferece um possível suporte na faixa de US$ 54 mil. Esta linha representa o equilíbrio das últimas 26 semanas e, no cenário atual, indica que os níveis de equilíbrio e suporte estão se elevando, trazendo otimismo para investidores que podem ajustar seus “stops” para níveis mais altos, aumentando a perspectiva de ganhos.

 

 

As linhas no gráfico projetadas 26 períodos no futuro, que formam a “Nuvem” de Ichimoku, também favorecem um cenário ascendente, com a Senkou Span A apontando para cima, indicando que a tendência de alta no gráfico semanal permanece ativa, mesmo com possíveis correções de preço como observado na semana passada.

Em resumo, a análise semanal utilizando o Trade System Ichimoku sugere que o preço do Bitcoin pode testar o topo da lateralidade, podendo ser negociado na faixa acima de US$ 72 mil nas próximas semanas.

 

Barreira à frente

A lateralidade observada no intervalo semanal pode ser melhor compreendida quando se reduz o intervalo gráfico para o período diário.

Neste gráfico, nota-se que a queda abaixo de US$ 60 mil na semana passada serviu para uma varredura de liquidez abaixo da mínima de 20 de março, quando houve uma tentativa de pullback mais profunda após o movimento de alta que renovou a máxima histórica para a região de US$ 73,7 mil.

Após essa busca por liquidez, as negociações de Bitcoin, analisadas pelo gráfico diário, se concentraram em uma região entre as linhas de Ichimoku que formam a “Nuvem”, com a linha de conversão de curto prazo cruzando de cima para baixo a linha base, indicando uma onda de queda em andamento.

Na última sexta-feira, dia 19 de abril, o evento de Halving trouxe otimismo para os participantes do mercado de criptomoedas, levando o preço do Bitcoin a reagir positivamente em direção à ruptura da parte superior da “Nuvem”, voltando para a faixa de US$ 67 mil.

No entanto, este é um nível de preço que oferece certa resistência para compradores, pois a linha do Ichimoku que representa o preço atual deslocado 26 períodos no passado permanece abaixo das velas. Esta linha, denominada “Chikou Span” e destacada na cor amarela, traz informações de momentum na análise técnica.

Observa-se também a presença da linha base do Ichimoku, que mede o equilíbrio dos últimos 26 períodos de negociações, sugerindo que o nível de US$ 67 mil pode apresentar intensa disputa de preço.

Outro fator que fortalece a faixa de US$ 67 mil como uma forte resistência é que a linha de conversão estava posicionada abaixo da linha base no início da semana. Essas informações sugerem que investidores que atuam na ponta compradora devem ter cautela ao observar a estrutura de preços.

Apesar da resistência mencionada, é importante destacar que, caso esse nível de preço seja rompido para cima, essa mesma região pode se tornar um suporte, o que ressalta a importância de observar detalhadamente quando as negociações se concentram nesses níveis.

 

 

O rompimento ascendente desse nível de preço oferece um objetivo de preço no topo da estrutura lateral observada no gráfico semanal. 

No mesmo gráfico, o indicador MACD foi inserido para avaliar informações que possam corroborar um possível rompimento dos níveis de resistência. Percebemos que o histograma do MACD no intervalo diário está registrando mínimas cada vez mais altas, sugerindo que o indicador pode iniciar as operações acima do nível zero.

Enquanto este relatório estava sendo redigido, as linhas de sinal e linha MACD, também parte do indicador, estavam prestes a apresentar um cruzamento que pode favorecer os compradores.

 

Espaço para crescer mais

Agora que o evento do Halving já ocorreu, é importante analisar as informações do MVRV, que mede o valor de mercado pelo valor realizado do Bitcoin.

Ao monitorar este gráfico, percebemos que o valor de mercado está passando por um movimento corretivo desde 12 de março, deslocando-se até a região de 2.16, uma antiga resistência que foi rompida e que agora funciona como um nível de suporte.

Vale ressaltar que essa redução no valor de mercado do Bitcoin pode ser apenas uma retração, já que, em um cenário mais amplo, identificamos uma grande tendência de alta na linha do indicador.

Essa tendência começou em dezembro de 2022 e permanece ativa, delimitada por um canal de alta que atualmente oferece suporte na base do canal, o mesmo nível de 2.16 mencionado anteriormente.

Apesar da queda no valor de mercado do Bitcoin a curto prazo, investidores de grande porte visualizam uma forte tendência de alta com níveis acima de 3.7 do MVRV, o que intensificará a realização de lucros.

O aumento da escassez de Bitcoin no mercado de criptomoedas promovido pelo Halving é o combustível do otimismo para investidores de longo prazo, que baseiam suas decisões nas informações do MVRV.

Dentro deste contexto, podemos reforçar o que já mencionamos em relatórios anteriores de “Variação de Mercado”: os movimentos de queda observados nos preços são pequenas correções dentro de uma grande estrutura de tendência de alta que estamos acompanhando. Essas informações também encontram confluência com os dados do MVRV.

 

 

Conclusão

Em conclusão, as informações apresentadas indicam um cenário otimista para o mercado de Bitcoin nas próximas semanas. O evento do Halving trouxe otimismo para os participantes do mercado, e análises técnicas, como o sistema Ichimoku e o indicador MACD, sugerem que o Bitcoin pode testar os níveis mais altos de resistência. Além disso, as observações do MVRV indicam que, embora haja correções de curto prazo, a tendência de alta de longo prazo permanece forte, especialmente com a escassez de Bitcoin promovida pelo Halving.

Investidores devem, portanto, estar atentos aos níveis de suporte e resistência identificados e considerar as tendências mais amplas na tomada de decisões. A continuidade de uma grande tendência de alta oferece oportunidades para investidores que estão preparados para se beneficiar do potencial crescimento do mercado de Bitcoin.

 

 

Espero que as informações apresentadas tenham sido úteis para entender a movimentação de preços do Bitcoin. Obrigado por sua atenção e confiança.

Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.

Um forte abraço e até a próxima!

Bem-vindo, halving do Bitcoin

Bem-vindo, halving do Bitcoin

O mercado de criptomoedas abre mais uma semana, depois de dias, no mínimo, instáveis. A tendência de baixa do Bitcoin (BTC) deu espaço para uma recuperação forte na véspera do halving, que foi acionado na madrugada da última sexta para sábado. Os investidores também já parecem ter precificado boa parte das tensões geopolíticas e dados econômicos fracos, o que permitiu um respiro e a busca por ativos “baratos”.

 

Enfim, o halving!

Pode comemorar, torcedor brasileiro! O halving foi acionado. Este é o quarto evento que corta pela metade a recompensa paga aos mineradores e o volume de emissão do token no mercado. Dos 6,25 BTC, agora, serão gerados apenas 3,125.

A expectativa para os próximos meses cresce, já que, historicamente, o halving costuma renovar as máximas históricas e trazer oportunidades muito grandes para os investidores. Mas é sempre bom lembrar que, apesar do corte, o choque entre oferta e demanda é construído, por isso, o mercado sempre deve observar o desempenho de médio prazo.

Entretanto, podemos estar vendo um ciclo diferente. Afinal, esta foi a primeira vez que o Bitcoin atingiu sua máxima histórica antes do halving. Isso nos faz pensar sobre a intensidade e até mesmo duração deste novo momento de mercado.

 

Em busca de interesses

O otimismo em torno do halving contrasta com uma semana bem morosa para o Bitcoin. A começar pelo fluxo bem menor para os ETFs à vista nos Estados Unidos. O saldo semanal ficou no negativo, com a GrayScale puxando a fila dos saques.

Ao mesmo tempo, o mercado de derivativos não parecia muito animado. Afinal, a taxa de financiamento paga regularmente para manter os contratos futuros abertos ficou temporariamente negativa. Ou seja, havia mais posições de vendas do que compras abertas.

 

Gráfico do Bitcoin

Em uma espiada no gráfico diário, o Bitcoin passou a operar na parte superior da banda de Bollinger, depois de testar um importante nível de suporte. O rebote pode leva a criptomoeda a experimentar a resistência dos US$ 71,6 mil. Caso contrário, os US$ 52,4 mil entram como possibilidade.

Fonte: GoCharting, em 22/04/2024, às 10h06min

 

Nos indicadores adjascentes, o índice de força relativa (RSI) entra na casa dos 50 pontos mais uma vez, indicando um equilíbrio entre compradores e vendedores. POrém, o MACD sugere que esse cabo de guerra pode ser vencido pelos bulls, conforme eles aumentam sua força.

 

Tensão no Oriente Médio

As tensões geopolíticas persistem no Oriente Médio. Nos últimos dias, Israel realizou um ataque ao Irã, em resposta ao lançamento de mísseis em seu território. Mesmo assim, Irã colocou panos quentes e afirmou que não iria reagir ao ataque.

Apesar dessa redução no conflito, parte dos investidores ficam de olho nos possíveis desdobramentos, ainda mais considerando o potencial de impactar os preços do petróleo e, respectivamente, a inflação global.

 

Dobra e passa para o próximo

A última semana trouxe poucas novidades econômicas para os Estados Unidos. A produção industrial manteve sua estabilidade, enquanto as vendas no varejo tiveram avanço, o que pode ter influenciado nas leituras recentes de uma inflação mais aquecida por lá.

O que o mercado já havia precificado e agora pode praticamente bater o martelo é que os juros não devem ser cortados este semestre. O presidente e outros representantes do FED reafirmaram os receios com a inflação e também apresentaram uma leitura de que o crédito restrito não tem impactado de forma severa a economia.

 

Em crescimento ou nem tanto?

Falando em dados econômicos, a China viu seu Produto Interno Bruto (PIB) avançar consideravelmente no último mês. Porém, tanto a produção industrial quanto as vendas no varejo recuaram.

Este cenário incita mais dúvidas dentro do mercado sobre se a recuperação chinesa está de fato acontecendo. A leitura dúbia das informações coloca que apenas alguns setores estão caminhando bem.

 

Tudo sob controle

Com uma semana bem mais lenta na Zona do Euro, o mercado precisou lidar com a queda da produção industrial, mostrando que a economia por lá ainda está longe de entrar nos trilhos para sua recuperação.

Entretanto, a inflação ao consumidor (CPI) ficou estável, o que dá uma noção de maior controle do Banco Central Europeu (BCE) em comparação com os dados norte-americanos, por exemplo.