O Bitcoin (BTC) abre a semana em busca de uma tendência de preços. A recuperação da última correção foi bastante expressiva e coloca a criptomoeda em um caminho bastante interessante para manter os ganhos. Porém, o mercado sobrecomprado dificulta o processo, podendo levar a criptomoeda também a uma lateralização no curto prazo. Tudo isso acontece em meio a diferentes eventos macroeconômicos e também a aproximação do halving do Bitcoin.
Status dos ETFs
A última semana mostrou um movimento inédito – embora não surpreendente – nos apenas primeiros três meses de negociações de ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Foram cinco dias consecutivos em que o saldo final entre entrada e saída dos fundos ficou no negativo.
O maior responsável foi o ETF da GrayScale (GBTC), que viu retiradas intensas, enquanto os fluxos de capital para outros produtos foram mais reduzidos. Este movimento de saída do GBTC acontece desde o lançamento dos ETFs, fazendo com que a empresa, agora, se posicione para melhorar suas taxas de administração.
Calmaria no derivativos
Depois de fortes liquidações, o volume de posições fechadas forçadamente por falta de margem voltaram para a casa dos U$ 200 milhões. Isto, claro, depois que alguns bilhões de dólares ficaram pelo caminho, diante do alto mercado especulativo.
Com os traders em modo de espera e aguardando sinais mais claros de tendência, a taxa de financiamento para manter as posições em aberto recuou para 0,02% 0,01%. Isso é bem próximo da região de neutralidade, indicando que boa parte da euforia ficou para trás, pelo menos momentaneamente.
Halving do Bitcoin está chegando
Enfim, estamos há menos de 30 dias do halving do Bitcoin. Ele costumava nos contar bastante coisa sobre o ciclo de mercado. Mas pode ser que desta vez a história seja diferente. Afinal, agora temos os ETFs de BTC no mercado, além de uma máxima histórica antes do previsto.
Fato é que a recompensa aos mineradores será reduzida pela metade em abril. Isso tem feito com que este grupo vendesse parte considerável de seu BTCs para realizar lucro e, assim, se adaptarem à nova política monetária da criptomoeda. Esta pressão de vendas, claro, ajudou a impedir novos avanços de preços do token.
Análise do gráfico do Bitcoin
No gráfico diário do Bitcoin, a criptomoeda testou o último pequeno canal lateral de preços, e o fundo da banda de Bollinger. A partir deste movimento corretivo, o BTC avançou seu preço, em busca do topo da banda.
Fonte: GoCharting, em 25/03/2024, às 11h43min.
Esta força do mercado no curto prazo é acompanhada também pelo MACD e Índice de Força Relativa (RSI), que recuperaram o ímpeto de alta. Com bastante atividade na região dos US$ 69,5 mil, este deverá ser o próximo ponto a ser rompido. Caso contrário, um reteste da região dos US$ 55 mil e US$ 52 mil podem entrar no radar.
Expandindo o tempo gráfico do Bitcoin
Ao se afastar um pouco, vemos que o gráfico semanal está em um importante momento de respiro. Este período pode acarretar em uma consolidação de preços, até que o mercado se ajuste novamente.
Apesar de amplas, as linhas da banda de Bollinger sugerem uma aproximação. Junto a isso, o MACD também dá sinais de um encosto das médias. Já o RSI se mantém em 84 pontos, indicando um mercado bastante sobrecomprado.
Isso pode levar o BTC ao fundo do canal atual, em US$ 63 mil ou até os US$ 50 mil, se a força vendedora for muito forte. Caso contrário, o topo da banda de Bollinger aponta os US$ 78 mil, um nível bastante possível para o momento de mercado comprador e próximo do halving.
Corte de juros ficou para depois
Como boa parte do mercado já previa, o Federal Reserve não cortou os juros nos Estados Unidos. Os dados inflacionários do início do ano não foram muito agradáveis, o que colocou dúvidas sobre se este seria o momento certo para reverter a política monetária.
Porém, o discurso do presidente do FED, Jerome Powell, foi bem mais otimista do que se esperava. Ele comentou que a alta dos preços preocupa, mas ela aparenta ser algo mais sazonal e não que veio para ficar. Ele confirmou ainda a intenção de realizar três cortes ainda este ano.
As prévias do Índice Gerente de Compras (PMIs) vieram com certo equilíbrio. Enquanto a Indústria mostrou bom crescimento, o setor de Serviços viu uma retração. Porém, ambos seguem em níveis considerados de expansão.
Inflação próxima da meta
Enquanto os Estado Unidos viram uma alta nos preços, a Zona do Euro segue com sua inflação arrefecendo. Em fevereiro, o índice desacelerou de 2,8% para 2,6%, se aproximando da meta de 2%.
Mesmo assim, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a perspectiva inflacionária precisa desacelerar mais, já que os salários permanecem elevados, assim como as margens de lucro e ausência do crescimento na produtividade do bloco.
Este posicionamento se faz realista quando olhamos para os números, já que as prévias dos PMIs mostraram dualidade nas informações. Se por um lado o setor de Serviços avançou e se cravou no território de expansão econômica, a perspectiva industrial recuou.
Conclusão
Diante dos eventos macroeconômicos, a correção do Bitcoin era mais do que esperada. Fora isso, a falta de força compradora de ETFs também colocou o mercado de volta a níveis mais estáveis de fluxo de capital.
Isso não quer dizer que os fundos negociados em bolsa morreram, mas, sim, que os investidores estão estudando novas realocações, depois da euforia dos primeiros três meses de negociação nos Estados Unidos.
O mercado de médio prazo ainda exige um pouco de cautela. Afinal, os níveis de sobrecompra permanecem, colocando dúvidas sobre até onde vai a extensão desta força. Em algum momento, uma nova realização de lucros deve acontecer. E isso pode ser antes ou depois do halving do Bitcoin ser acionado. Por isso, é importante acompanhar todos os fluxos de informações para identificar possíveis volatilidades.
Cosmos, no mundo da blockchain, não tem nada a ver com o universo. Mas se a gente pensar bem, também não está tão distante assim. Afinal, o propósito central desta blockchain é resolver um dos grandes desafios da tecnologia: a interoperabilidade. Ou, em outras palavras, criar um universo de várias redes conectadas.
A tecnologia é bastante atraente a desenvolvedores e investidores, que buscam na Cosmos e em seu token ATOM uma possibilidade de criar novos ecossistemas e também obter lucros. Considerando essa relevância, o artigo de hoje vai falar sobre:
O que é Cosmos?
Como a blockchain funciona?
Para que serve o token ATOM
Capitalização de mercado e cotação da ATOM
Onde comprar ATOM
Então, vamos agora conhecer um pouquinho sobre a “internet das blockchains”!
O que é Cosmos?
Cosmos se apresenta como a “internet das blockchains”. A ideia é que diferentes redes possam se conectar, compartilhar informações e realizar transações de forma segura e sem a necessidade de intermediários. Algo que, hoje, é bastante complexo de se fazer, quando olhamos para dois protocolos distintos.
A Cosmos se apoia no Tendermint Core. Ele é um mecanismo de consenso que oferece alta performance, segurança e escalabilidade. O modelo permite também que qualquer blockchain desenvolvida dentro do ecossistema Cosmos possa se beneficiar dessas características, superando limitações comuns encontradas em redes mais antigas.
Os fundadores da Cosmos
A Cosmos foi desenvolvida por Jae Kwon e Ethan Buchman. Eles justamente buscavam solucionar um dos desafios do chamado trilema da blockchain. Ou seja, como unir escalabilidade e interoperabilidade, sem comprometer a segurança.
Para colocar o projeto para rodar, o grupo lançou um ICO (Initial Coin Offering), em 2017, que arrecadou mais de US$ 17 milhões. Dois anos depois, a mainnet da Cosmos foi lançada ao público.
Como funciona a Cosmos?
Enquanto o Bitcoin tem como principal característica a transação de valores monetários a partir de seu token BTC, o Cosmos vai olhar para a interoperabilidade entre redes diferentes para que seja cada vez mais simples e seguro criar novas soluções.
Interoperabilidade: Vamos logo de cara com sua função principal. A interoperabilidade opera a partir da Inter-Blockchain Communication (IBC). Ela permite que tokens e informações sejam transacionadas entre blockchains independentes. Isso facilita muito a gerar um ambiente claro e seguro para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (dApps) e serviços financeiros descentralizados (DeFi).
Escalabilidade: Para validar as transações de forma mais veloz, a arquitetura da Cosmos se divide entre zonas e hubs. Com isso, cada blockchain (zonas) dentro do ecossistema pode se conectar aos hubs centrais, permitindo que essas redes independentes também processem dados de forma paralela. Isso alivia o fluxo de informações na rede principal, promovendo mais segurança, velocidade e descentralização.
Segurança: Lembra do Tendermint Core que falamos mais cedo? Pois é! Ele é um mecanismo de validação que utiliza o modelo Proof-of-Stakes (Pos), semelhante ao do Ethereum. A metodologia incentiva a honestidade da rede, sem exigir um grande processamento computacional, como acontece com o Bitcoin. Fora isso, a Cosmos utiliza uma arquitetura modular que permite a cada zona implementar suas próprias medidas de segurança adicionais, criando, assim, camadas de proteção uma sobre as outras.
Algumas redes e serviços importantes, inclusive, já utilizam algumas das soluções da Cosmos em suas operações, como:
Celestia
dYdX
Nomic
Osmosis
Penumbra
Stride, entre outras.
Para que serve a criptomoeda ATOM?
Uma das engrenagens que fazem este “universo” de blockchains funcionar é a criptomoeda ATOM. É a partir dela que todas as funções existentes dentro da rede são possíveis de serem executadas.
Portanto, ATOM é o token nativo da Cosmos, utilizado para facilitar as operações essenciais dentro da rede, incluindo a governança, segurança e interoperabilidade entre as diferentes blockchains conectadas ao ecossistema.
Isso quer dizer que os detentores de ATOM podem participar de votações relacionadas às propostas de atualizações e modificações do protocolo, tendo um papel ativo no futuro e desenvolvimento da rede.
Ao considerar o modelo Proof-of-Stakes da Cosmos, o token ATOM também é aplicado como staking de criptomoedas. Ou seja, os usuários podem usar suas moedas para dar garantia de que suas validações de transações serão verdadeiras. Como recompensa, esses participantes recebem mais tokens ATOM por manter a rede segura e funcional.
Cotação, preço e valor da ATOM hoje
A ATOM começou suas negociações a US$ 6,63, em março de 2019. Seu último topo histórico foi de US$ 44,28, em setembro de 2021. De lá pra cá, a criptomoeda seguiu em uma região próxima dos US$ 10.
No gráfico a seguir, você pode acompanhar o preço da ATOM em tempo real, no par com a stablecoin USDT.
Já a capitalização de mercado atingiu seu máximo em 2022, quando contou com um valor de US$ 11,19 bilhões. Atualmente, o CoinMarketCap coloca a Cosmos na 27ª posição de capitalização de mercado.
Onde comprar ATOM
Apesar de o Bitcoin ser a principal moeda digital do mundo, uma boa carteira de criptomoedas conta com vários tokens. Considerando a tecnologia e proposta relevantes da Cosmos, é interessante estudar e cogitar possuir ATOM em seu portfólio.
O token, inclusive, está disponível para negociação na Foxbit Exchange e também na Foxbit Pro, a plataforma internacional de trading avançado. Além disso, você pode participar do processo de validação da rede e acumular mais tokens ATOM a partir da Foxbit Earn!
Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.
Hoje vamos falar da Solana, que tem chamado atenção não apenas pela sua recuperação após o turbilhão causado pelo colapso da FTX, mas também pela sólida performance e inovação contínua que vem apresentando.
Fica até o final que tem indicação de projeto para você ficar de olho na Solana.
Então já sabe, vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
🚀 Vale das sombras da morte de crypto
A blockchain Solana experimentou um período desafiador recentemente, especialmente com as repercussões do colapso da FTX, que abalou o mercado de cripto em geral.
Se você chegou ao mercado agora, eu vou te contextualizar. Quando a FTX, uma das maiores exchanges do mercado, faliu, isso causou problemas em todo o mercado de cripto, incluindo para a Solana. A FTX e seu fundador tinham investido muito na Solana, comprando muito de sua moeda, a SOL, e apoiando projetos que usavam sua tecnologia. Esse apoio fez com que a Solana ficasse bastante popular, mas também a deixou vulnerável quando a FTX entrou em colapso.
Devido aos problemas da FTX, as pessoas começaram a perder a confiança na Solana e venderam suas moedas SOL em massa. A situação piorou porque a FTX, precisando de dinheiro, também começou a vender suas SOLs.
Isso quase matou o projeto, mas apesar disso, Solana mostrou resiliência e recuperação.
A prova disso está nos números recentes que destacam um crescimento impressionante do Valor Total Bloqueado (TVL), o que sinaliza uma confiança renovada dos investidores e usuários na plataforma. Essa recuperação é um indicador da robustez do ecossistema da Solana e da inovação contínua de seus desenvolvedores.
Com a recuperação, aparecem as oportunidades. Estou adotando uma tese de investimento que busca identificar oportunidades semelhantes ao Ethereum dentro do ecossistema Solana, encontrando projetos com modelos de negócio sólidos e comprovados, mas que também estejam alavancando as vantagens nativas da Solana.
O objetivo é encontrar “os Daaps do Ethereum da Solana”, ou seja, aqueles players que têm o potencial para escalar e replicar modelos bem-sucedidos adaptados às características únicas da blockchain Solana, como alta velocidade e baixo custo.
💰 4 projetos para você não perder de vista
Os projetos que vou mostrar, já estão estabelecidos e gerando receita. Isso é um divisor de águas para muitos ecossistemas.
Pega essa lista com esses 4 produtos que não podem sair da sua lista de interesse:
Raydium (DEXs no Ethereum)
É uma plataforma de troca de criptomoedas (DEX) e market maker automatizado no ecossistema Solana. Raydium tem $55m de receita e desempenha um papel crucial em facilitar as negociações e fornecer liquidez para diversos projetos na blockchain. A plataforma permite aos usuários realizar transações de maneira eficiente e a um custo baixo, contribuindo significativamente para a economia de Solana.
Solend (AAVE no Ethereum)
Esta é uma plataforma de empréstimos descentralizados que opera na Solana. Solend permite que os usuários emprestem ou tomem emprestado ativos digitais em um ambiente seguro e sem a necessidade de intermediários tradicionais, como bancos.
Com uma interface simples e acessível, a plataforma atrai tanto emprestadores quanto tomadores, gerando receitas através das taxas de juros.
Marinade (LIDO no Ethereum)
Com o maior TVL da Solana e receita de $3mi, Marinade oferece um serviço de staking, onde os detentores de SOL podem bloquear suas moedas para apoiar a rede e, em troca, recebem recompensas. O protocolo ajuda a garantir a segurança da rede Solana e, simultaneamente, proporciona aos usuários uma maneira de gerar renda passiva através de suas participações.
Lifinity (DEXs no Ethereum)
Como uma DEX, Lifinity procura oferecer um ambiente de negociação com baixo slippage, o que significa que os usuários podem realizar trocas de criptomoedas sem grandes perdas no valor. A plataforma é projetada para maximizar a eficiência do capital dos usuários e oferecer uma experiência de troca mais otimizada.
Conclusão
Ao examinar estes projetos dentro do ecossistema Solana, fica claro que há uma ênfase em não apenas replicar o sucesso do Ethereum, mas em evoluí-lo, aproveitando o ambiente único que Solana oferece.
Isso inclui a adoção de estratégias já testadas e aprovadas em outras blockchains, enquanto se adaptam e inovam para superar os desafios anteriores.
Projetos que conseguem essa façanha, demonstrando adaptabilidade, inovação e uma proposta de valor sólida, têm tudo para se destacar no mercado e representam oportunidades interessantes para investidores que compartilham dessa tese.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Após um aquecimento bastante amplo do mercado de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) sua atividade de negociação foi reduzida com certa intensidade, principalmente após o recorde de US$ 73,7 mil. O comportamento vendedor já era previsto e, apesar de a criptomoeda seguir em uma tendência de alta, há sinais de uma importante estabilização de preços.
Análise técnica do Bitcoin
Ao analisarmos o gráfico de preços do Bitcoin, notamos que a vela da semana passada provocou a quebra da máxima registrada em novembro de 2021, que era de US$ 69 mil, representando o pico mais alto do ciclo anterior e mantendo-se como uma região significativa de preço no gráfico.
No entanto, é importante observar que após esse movimento, o preço do Bitcoin demonstrou alguma fraqueza na continuação da tendência de alta, com a vela da semana passada fechando em forma de doji, sugerindo uma possível consolidação na região de topo.
Além disso, o fechamento desta vela ocorreu abaixo da máxima histórica anterior, indicando a presença de pelo menos dois grupos de investidores aguardando a oportunidade para tomar decisões.
O primeiro grupo, identificado através da análise de oferta e demanda, consiste em investidores menos experientes que compraram no topo de 2021 e que se encontravam em uma posição desconfortável. Muitos desses investidores aguardavam ansiosamente que o preço do Bitcoin retornasse ao ponto de compra para minimizar suas perdas e sair do mercado.
O outro grupo, também identificado através da análise de oferta e demanda, é composto por investidores que compraram durante a queda do ciclo anterior e continuaram a investir após o início da tendência de alta atual.
Esses investidores têm um entendimento mais sólido do mercado de criptomoedas e reconhecem que a região de topo histórico pode atuar como uma resistência relevante, dificultando a manutenção do preço acima desse nível.
Diante disso, esse grupo de investidores pode optar por realizar lucros parciais ou totais, antecipando uma possível retração de preço, considerando que, nos mesmos níveis de preço, a oferta de Bitcoin aumenta devido às decisões de venda de ambos os grupos de investidores.
A vela da semana passada, com sua formação em forma de doji, revela uma disputa intensa em busca do melhor preço de venda. Os compradores, que estavam dominando as negociações na tendência de alta, fizeram uma pausa enquanto aguardam por novas oportunidades em meio à euforia do mercado.
Em resumo, com base nas informações até o momento analisadas, podemos afirmar que a tendência de alta do Bitcoin permanece no cenário de longo prazo. No entanto, os níveis de preço atuais demandam cautela, pois durante as negociações da semana anterior, a oferta assumiu o controle, mantendo-se dominante no curto prazo, com realização de lucros e possíveis fechamentos de posições por parte de investidores menos experientes.
É importante notar também que, caso a intensidade da oferta diminua, os compradores podem reassumir o controle e impulsionar o preço do Bitcoin para níveis mais altos, dando continuidade à tendência de alta mencionada anteriormente.
Qual a tendência do Bitcoin?
Para a próxima fase da nossa análise, vamos integrar o Trade System Ichimoku ao gráfico, a fim de identificar as regiões de equilíbrio que podem servir como níveis de interesse. Ao fazermos isso, notamos que o preço do Bitcoin está sendo negociado acima das linhas de equilíbrio e além da “Nuvem”. Essa observação confirma a análise anterior, que apontava para uma tendência de alta.
Entretanto, é importante observar que as linhas de 9 e 26 períodos estão horizontalizadas no gráfico, indicando uma desaceleração no movimento de alta. Caso o movimento corretivo persista, a Tenkan Sen, que representa a linha de conversão do sistema e mede o equilíbrio de 9 semanas, pode atuar como o primeiro nível de suporte. Atualmente, a linha de conversão está situada na região entre US$ 55 mil e US$ 56 mil.
Olhando 26 períodos à frente, notamos que as linhas Senkou Span A e Senkou Span B também estão planas no gráfico, reforçando a possibilidade de uma pausa na intensidade das negociações de Bitcoin nos níveis de preço do topo histórico anterior.
Adicionando novas métricas
Outro indicador de análise técnica que pode ser útil para os investidores durante suas análises pré-decisão é o MACD. Apesar da consolidação que se observa na região de preço atual do Bitcoin, o histograma do indicador MACD permanece acima da linha zero, com máximas cada vez mais altas, sugerindo que os investidores estão buscando oportunidades de compra durante os períodos de correção de preço.
O MACD é uma ferramenta bastante abrangente dentro da análise técnica. Os traders que se aprofundam no estudo desse indicador conseguem extrair informações detalhadas sobre o comportamento dos investidores.
Um exemplo dessa observação pode ser visto no cenário atual do Bitcoin. Note que a linha azul do MACD, que representa o próprio indicador, está se afastando da linha de sinal, plotada no gráfico em laranja.
O afastamento entre essas duas linhas, especialmente quando estão distantes da linha zero, sugere a possibilidade de que as negociações do ativo estejam em níveis extremamente elevados e que uma correção do movimento anterior possa ocorrer para aliviar a pressão do indicador. No contexto atual do Bitcoin, essas informações do MACD indicam que uma consolidação ou um pullback podem estar próximos.
Resumindo, ao considerarmos todas as informações reveladas pelo MACD no gráfico semanal do Bitcoin, é possível identificar a probabilidade de um movimento corretivo no preço para aliviar a pressão entre as linhas de sinal (laranja) e a linha MACD (azul). No entanto, enquanto o histograma permanecer acima do nível zero, os investidores mantêm um viés otimista em relação a novos movimentos de alta.
Apesar da fraqueza observada no histograma durante a semana atual, com uma máxima mais baixa, é importante ressaltar que, no momento em que este relatório está sendo elaborado, as negociações da vela semanal ainda estão em andamento, sendo fundamental aguardar o fechamento da vela para uma análise mais precisa.
Se o histograma do MACD no período semanal começar a registrar máximas cada vez mais baixas, é provável que investidores mais experientes esperem por novas máximas no histograma antes de fazerem novos aportes.
Suportes e resistências
Para complementar nossa análise, vamos utilizar a ferramenta de Fibonacci para identificar possíveis níveis de preço que podem atuar como regiões de suporte e resistência no gráfico semanal.
Ancoramos a ferramenta na mínima de novembro de 2022 e na máxima de março de 2022, o que nos proporciona uma expansão do movimento com níveis de preço que podem ser utilizados como objetivos de realização de posições ou como indicadores de interesse por parte dos compradores.
Assim, observamos uma falha na busca pelo nível de 141,4% de Fibonacci, onde o objetivo estava em US$ 77 mil. Conforme a dinâmica de preços estabelecida pela teoria de Fibonacci, uma falha nesses níveis sugere um movimento corretivo para testar níveis de Fibonacci mais baixos.
Neste caso, se o preço do Bitcoin continuar sua correção, o nível de 111,8% de Fibonacci pode servir como primeiro suporte para a estrutura de movimento semanal. O preço nessa região está em torno de US$ 55 mil. É interessante observar que já havíamos identificado esse mesmo nível de preço ao analisar a linha de conversão do Ichimoku.
Portanto, encontramos uma convergência de informações indicando um ponto de suporte relevante. Agora, se os compradores retomarem o controle das negociações, mantemos um objetivo em US$ 77 mil, com a possibilidade de um movimento estendido até US$ 96 mil.
É importante destacar que a ferramenta de Fibonacci no gráfico de preços não deve ser usada para identificar pontos específicos de compra e venda, mas sim para localizar regiões que possam despertar o interesse dos investidores para realização de negociações.
Conclusão
Em conclusão, após analisar diversos indicadores técnicos e ferramentas de análise gráfica, é possível observar que o mercado do Bitcoin enfrenta um momento de consolidação em suas negociações. Embora a tendência de alta permaneça válida no cenário de longo prazo, é evidente que o movimento ascendente está desacelerando, conforme indicado por sinais como o enfraquecimento das linhas de equilíbrio no Ichimoku, a dinâmica do histograma no MACD e a falha na busca por níveis de Fibonacci mais elevados.
Isso sugere a possibilidade de um movimento corretivo no curto prazo, com potenciais níveis de suporte identificados em torno de US$ 55 mil, conforme indicado tanto pelo Ichimoku quanto pela análise de Fibonacci. No entanto, permanece a possibilidade de retomada do movimento de alta caso os compradores reassumam o controle das negociações.
Por fim, gostaria de agradecer sua atenção ao dedicar seu tempo em busca de informações através deste relatório.
Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.
Após uma semana de renovações de máximas históricas, o Bitcoin (BTC), enfim, parece ter encontrado sua resistência. Os US$ 73 mil se mostraram imbatíveis no curto prazo. Mas a disputa pode ter sido injusta, já que a inflação dos Estados Unidos acelerou e azedou o clima entre os investidores. Mesmo que já precificada, a semana reserva a decisão de juros pelo Federal Reserve, que pode trazer volatilidade ao mercado de criptomoedas mais uma vez. Enquanto isso, os fluxos para os ETFs de Bitcoin e o mercado de derivativos ditam o ritmo de um mercado ainda sobrecomprado, como mostra a análise técnica.
ETFs de Bitcoin estão com muito dinheiro
Mais uma semana se passou, e os ETFs de Bitcoin spot nos Estados Unidos continuam sendo o principal gatilho de alta para a criptomoeda, que viu seu pico bater nos US$ 73,7 mil na última quinta-feira.
Para se ter uma ideia do fluxo de dinheiro que está acontecendo nos nove fundos negociados em bolsa, em apenas um dia, foram mais de US$ 1 bilhão em entrada. No total, já são quase US$ 12 bilhões, em um produto que foi lançado em meados de janeiro. Este montante representa, simplesmente, mais de 4% de todo o fornecimento de Bitcoin.
Bulls x Bears: que briga, hein?
Além dos fatores macroeconômicos que pesaram no desempenho do Bitcoin na reta final da última semana, o mercado de derivativos também impactou bastante os preços da criptomoeda.
Os contratos futuros, sozinhos, estavam travando mais de US$ 35 bilhões. Este é o maior volume de posições abertas da história. Ao mesmo tempo, as taxas de financiamento para manter esses contratos ativos chegou a bater 0,1%, antes de recuar para 0,04%. Mesmo assim, o funding ainda está bem acima do 0,01% considerado neutro.
Este cenário mostra que não só há um grande número de investidores neste mercado, como também há uma boa dose de alavancagem. Não à toa, as liquidações voltaram com tudo, registrando valores próximos a US$ 1 bilhão por dia, sendo a maioria das posições encerradas compostas por contratos de compra.
Mineradores no pré-halving
Fora isso, claro, os mineradores estão realizando o máximo de lucros possível, antes que o halving fatie pela metade a quantidade de Bitcoins que eles recebem por validar os blocos na rede.
Como mostra a imagem, o fluxo de BTC deste grupo para as exchanges cresceu. Isso indica que há uma pressão de vendas considerável, o que pode impactar o preço da criptomoeda.
Gráfico do Bitcoin mostra alívio no curto prazo
No prazo diário, o gráfico do Bitcoin mostra que a divergência entre tendência de candles e índice de força relativa (RSI) indicava uma possível correção mais acentuada de preços. A falta de força do mercado neste momento tornou a região dos US$ 73 mil um ponto de resistência importante, levando o ativo à parte inferior da banda de Bollinger adaptada com uma média de oito dias.
Fonte: GoCharting, em 18/03/2024, às 9h51min.
O MACD, agora, também cruza suas linhas para baixo, sinalizando que o momento é de respirar. Enquanto isso, o RSI desce para 60 pontos, trazendo alívio ao mercado bastante sobrecomprado nas últimas semanas.
Agora, há um ponto de suporte ligeiramente relevante em US$ 63 mil, enquanto há um outro nível mais fortalecido em US$ 52 mil. Caso contrário, podemos ver novas quebras de máximas, se os compradores retomarem sua dominância.
Bagunça no gráfico semanal do Bitcoin
Quando aumentamos o prazo, o gráfico do Bitcoin sinaliza um mercado ainda bastante aquecido e com poucos sinais de folga. Foram praticamente seis semanas consecutivas de ganhos até a primeira correção, que foi tão tímida quanto a de meados de fevereiro.
Fonte: GoCharting, em 18/03/2024, às 9h53min.
A banda de Bollinger – também adaptada – mostra que o BTC encontrou resistência em seu topo, mas ainda pode continuar subindo, com os US$ 76,5 mil sendo um próximo ponto no radar. Em caso de correção, há três níveis de suporte importantes:
Região dos US$ 60 mil, que marca o topo do canal de alta
Mediana da banda de Bollinger, em US$ 54 mil
Topo do último canal lateral, em US$ 44 mil.
Enquanto isso, o MACD está com suas linhas avançadas e distantes, enquanto o RSI indica os 86 pontos. Este é um sinal importante de que o mercado está sobrecomprado na perspectiva semanal. Porém, ao contrário do gráfico diário, não vemos uma divergência entre o indicador e o candles.
Inflação dos Estados Unidos volta a subir
O clima deu aquela “azedada” para os investidores de risco e criptomoedas na última semana e isso pode seguir repercutindo nos próximos dias também. Não que não fosse esperado, mas a inflação norte-americana acelerou um pouco além do que o mercado gostaria.
A inflação ao consumidor (CPI) avançou 3,2%, no acumulado de 12 meses, 0,1% acima do estimado pelos analistas. O comportamento dos investidores, inclusive, foi meio de “finge que não tá vendo, sabe? Porém, a paulada veio mesmo com a inflação ao produtor (PPI). O indicador avançou para 0,6% em fevereiro – 0,3% além do previsto.
Esse movimento contrasta com a perspectiva de boa parte do mercado, que apostava em um corte de juros ainda no primeiro semestre deste ano. Mas com a inflação neste ritmo, pode ser que isso demore um pouquinho mais.
Se há alguma coisa boa, pelo menos, foi a produção industrial, que subiu 0,1% no país. Mesmo que tímido, o desempenho superou a projeção de estabilidade e mostrou que a economia norte-americana está bastante resiliente diante dos juros mais elevados.
A bateria vem aí
A semana passada reservou poucas novidades econômicas para o resto do mundo. A China anunciou a manutenção da taxa de empréstimos de médio prazo, enquanto a zona do Euro viu sua produção industrial recuar 3,2% – contra -1,8% esperados.
Porém, a segunda-feira já abriu uma bateria de dados econômicos importantes nestas duas regiões.
A começar pela China, a produção industrial avançou 7%, bem além dos 5,3% esperados. Já as vendas no varejo desaceleraram, mas muito próximo do que os analistas previam. Isso mostra que a economia chinesa está em busca da sua recuperação.
Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor apresentou um leve recuo de 0,2%, seguindo o montante estimado pelos analistas. O movimento de queda da inflação sugere que a política monetária está fazendo efeito neste caso, mas também pode estar impactando o desempenho econômico do bloco.
Conclusão
O ciclo de alta do Bitcoin está em pleno andamento. E dificilmente a gente vai encontrar respostas de até onde a criptomoeda pode ir, por meio apenas das narrativas passadas. Afinal, o halving atual, que deve acontecer em abril, está bem diferente desta vez.
Entretanto, há muitos fundamentos a serem observados. Sabemos que o mercado gosta de uma especulação, e é isso que os derivativos estão mostrando. Neste caso, é importante entender que oscilações bruscas de preços podem estar carregadas, apenas, de uma cascata de liquidação intensa, e não de eventos de fato marcantes.
Ao mesmo tempo, o não corte de juros nos Estados Unidos esta semana já está precificado. Porém, sempre há um ou outro desavisado que acaba indo para o lado vendedor do jogo. Ou seja, este é mais um elemento para acompanhar.
Fato mesmo é que temos os fluxos de ETFs que deram uma amenizada, mas ainda estão em um nível bem intenso de compra. E isso, claro, acaba refletindo nos indicadores técnicos de que o mercado está em níveis consideráveis de sobrecompra. Então, a cautela com novas quedas e correções de preços devem permanecer em seu radar até que o mercado se reajuste.