Nem mesmo a virada do mês foi capaz de colocar o Bitcoin (BTC) em uma tendência de preços mais definida. Até é possível localizar uma certa volatilidade, mas, fato, é que o mercado está se movimentando de lado novamente. Dados de negociação apontam que a região dos US$ 37 mil é um potencial suporte, enquanto os US$ 43 mil estão segurando avanços mais significativos. Para onde a criptomoeda pode ir no curto prazo, então?
Momento pré-halving
O fechamento da vela semanal do Bitcoin referente à semana passada ficou abaixo de US$ 43 mil, com os compradores enfraquecidos em uma região de topo de canal de alta. Mais uma semana se passou sem que o preço do Bitcoin conseguisse fechar acima da máxima da semana de 04 de dezembro.
A linha de equilíbrio de 9 semanas do Ichimoku atuou como resistência na mesma região da abertura da vela da semana de 08 de janeiro, que foi um período de intensa realização de lucros. Os investidores, atuando na ponta da venda, dominaram a estrutura de preços no gráfico semanal.
Como mencionado em relatórios anteriores, ao analisar os dados de rede, observamos que este período que antecede o Halving de 2024 se assemelha aos movimentos de estruturas de preços de 2016. Naquela ocasião, tivemos um fechamento para o mês de fevereiro com variação negativa na cotação do Bitcoin.
Este ano, ao observarmos o gráfico semanal, a estrutura de preços sugere que as próximas semanas poderão apresentar desafios significativos para os investidores que atuam na ponta da compra. As negociações ocorrem no topo de um canal de alta, enfrentando a resistência na linha de equilíbrio de 9 semanas, podendo projetar o preço do Bitcoin para a linha base do Ichimoku, situada na região de US$ 37 mil.
Ao utilizar a ferramenta Volume Profile no gráfico, identificamos que US$ 37 mil foi uma região de intensa negociação. Nesse nível, os compradores conseguiram projetar o preço para valores mais altos. É possível que esses investidores defendam suas posições, tornando a região de US$ 37 mil um potencial suporte significativo dentro da estrutura ascendente apresentada pelo gráfico semanal.
Vale lembrar que essa região compreende a linha de 50% do canal de alta monitorado desde novembro de 2022. Ao analisarmos as informações baseadas nas teorias do Trade System Ichimoku, os ciclos temporais sugerem a possibilidade de o preço do Bitcoin recuar novamente abaixo de US$ 40 mil nas próximas semanas.
As linhas de equilíbrio, Tenkan Sen (representando o equilíbrio de 9 semanas), Kijun Sen (representando o equilíbrio de 26 semanas) e Senkou Span B (inserida no gráfico 26 semanas no futuro, representando o equilíbrio de 52 semanas) estão planas, indicando um cenário de lateralidade. Nessa estrutura, a probabilidade de o preço do Bitcoin não ter impulso suficiente para romper as máximas, apresentando debilidade na entrada de demanda, é sugerida.
O indicador MACD, amplamente utilizado no mercado de criptomoedas, está se posicionando nos limites da linha zero, com seu histograma apresentando máximas cada vez mais baixas. A linha MACD (azul) está ultrapassando de cima para baixo a linha de sinal (laranja), corroborando as informações que revelam a fraqueza dos investidores atuando na ponta da compra.
Em um cenário onde o histograma do indicador MACD se posicione abaixo da linha zero, é possível que os investidores aguardem algumas semanas antes de montarem novas posições, esperando que o histograma do MACD inicie o processo de produzir mínimas mais altas.
As linhas que representam o Ichimoku no gráfico semanal sinalizam que uma retomada de alta poderá ocorrer no Bitcoin após a segunda semana do mês de abril deste ano. Coincidentemente, nesse mesmo período, teremos o Halving, o evento mais aguardado pelos investidores em Bitcoin.
Vale lembrar que mesmo após o Halving, é possível que o preço do Bitcoin apresente oscilações com variação negativa considerável, devido à alta volatilidade que o ativo poderá apresentar no momento de euforia do mercado de criptomoedas.
Em resumo, a análise do gráfico de preços no intervalo semanal sugere que o preço do Bitcoin encontra dificuldade para renovar máximas, com indicadores propondo a possibilidade de um movimento corretivo promovido por realização de lucros de investidores de curto prazo.
Por outro lado, observamos um grande canal que revela uma tendência de alta no longo prazo, sinalizando que investidores que aceitam segurar suas moedas por um período maior estão cientes dessas pequenas oscilações negativas e aguardam que o preço se posicione em níveis chave de suporte para novos aportes.
Inclusive, no gráfico semanal, é possível identificar níveis de interesse institucional na base do canal de alta, na região de preços em torno de US$ 32 mil.
A tese que sustenta a possibilidade de queda no preço do Bitcoin também é sugerida pelas informações do indicador Estocástico Lento, que faz um movimento descendente, buscando no intervalo semanal a região de 50% do indicador.
A ferramenta Volume Profile apresenta o ponto de controle (POC) nos níveis de preço em torno de US$ 35 mil, e essa região também tem sido analisada por investidores de longo prazo como um ponto para montagem de posições, caso o preço alcance esses níveis e apresente debilidade na oferta.
Estruturas laterais
Passamos agora para o exame do gráfico no intervalo diário do Bitcoin para obter insights mais detalhados sobre as ações dos investidores de curto prazo. Observamos que o preço do Bitcoin tem operado em uma estrutura lateral por mais de 65 dias, consolidando-se nesse padrão.
Entre os dias 08 e 11 de janeiro, os formadores de mercado buscaram a liquidez acima de US$ 44 mil e, em seguida, promoveram um movimento de queda que atravessou toda a estrutura lateral, projetando o preço do Bitcoin abaixo de US$ 40 mil.
Esse movimento também pode ser interpretado como uma busca por liquidez abaixo das mínimas estruturais. Um detalhe importante sobre essa queda abaixo de US$ 40 mil é que as linhas de equilíbrio do Ichimoku se tornaram resistências significativas após o movimento descendente.
A linha base, referente a um ponto de equilíbrio de 26 dias, atuou desde o dia 30 de janeiro como um nível de preços onde a demanda não conseguiu superar, permitindo a entrada de investidores que atuam na ponta da venda.
No gráfico diário, também incorporamos a ferramenta do Volume Profile e notamos que o ponto de controle (POC) está posicionado na mesma região da linha base, reforçando a importância dessa área.
Nos primeiros dias desta semana, o histograma do MACD também revelou máximas mais baixas, indicando uma fraqueza na demanda. Em resumo, até o momento da redação deste relatório, a movimentação de preços do Bitcoin no intervalo diário corrobora com as informações do período semanal, sugerindo a possibilidade de novos testes abaixo de US$ 40 mil.
Conclusão
Em conclusão, a análise da movimentação de preços do Bitcoin revela um cenário desafiador, marcado por uma consolidação prolongada e resistências significativas em torno de US$ 44 mil. Tanto no intervalo semanal quanto diário, observamos a persistência da lateralidade, com indicadores como as linhas de equilíbrio do Ichimoku e o Volume Profile destacando regiões críticas.
A fraqueza na demanda, evidenciada pelo histograma decrescente do MACD, sugere a possibilidade de novos testes abaixo de US$ 40 mil, enquanto existe a expectativa por um impulso de alta após a segunda semana de abril, coincidindo com o Halving, que adiciona um elemento de destaque no horizonte.
No curto prazo, investidores podem enfrentar desafios, mas a visão de longo prazo, delineada pelo canal de alta no gráfico semanal, continua a indicar uma tendência ascendente.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube (https://www.youtube.com/@emerson_antunes) e em meu perfil no Instagram (@emerson_anttunes).
Com a abertura de fevereiro, o mercado de criptomoedas viu um janeiro bem menos generoso ao Bitcoin (BTC) do que em 2023. Isto mostra o quanto os investidores estão em equilíbrio, buscando oportunidades mais claras para suas compras e vendas. A indefinição sobre a valorização não parece repercutir nos ETFs de BTC à vista, enquanto a análise técnica sugere que a consolidação de preços pode continuar por mais algum tempo.
Indefinição de tendência
O Bitcoin encerrou janeiro com uma alta bem tímida de 0,71%. A volatilidade, porém, colocou o preço em uma oscilação de cerca de 20%, com mínima em US$ 38,5 mil e máxima de US$ 49 mil. Com a negociação, agora, travada no meio deste movimento, o mercado confirma sua indefinição.
Inclusive, pode-se dizer que o Bitcoin está em um período inclusive lateral, apesar dessa oscilação brusca momentânea. Desde o final de dezembro de 2023, a criptomoeda de referência flutua entre os US$ 40 mil e US$ 45 mil. Sendo este mais um sinal de falta de tendência.
Nos ETFs, está tudo bem!
Se o mercado varejista está desconfortável, os ETFs de Bitcoin à vista tem zero preocupações sobre a tendência futura do ativo. Segundo a BitcoinMaganize, mais de 3% de todos os BTCs em circulação estão nos fundos norte-americanos. Esta atitude acompanha ainda o comportamento dos HODLErs, que seguem sacando suas moedas das exchanges.
Talvez até por isso que o indicador on-chain MVRV esteja apontando um Bitcoin bem abaixo do que seria considerado o “valor justo” de negociação no atual momento de mercado. A estimativa da informação é que o BTC está US$ 20 mil abaixo do preço que deveria estar.
Lateral até no gráfico
O gráfico do Bitcoin segue o mesmo caminho de lateralidade visto nos dados on-chain. Afinal, a banda de Bollinger voltou a afunilar suas linhas, que caminham, agora, de maneira paralela. Com isso, a negociação voltou para dentro do antigo canal horizontal, com as setas azuis mostrando os desequilíbrios quase que simetricamente perfeitos. Com isso, não podemos dizer que a consolidação de preços foi encerrada.
Fonte: GoCharting, em 05/02/2024, às 8h30min.
Nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mas ainda muito próximas entre si. Já o índice de força relativa (RSI) aponta os 53 pontos, com um mercado muito bem equilibrado.
Confirmando a tendência
No gráfico do Bitcoin semanal também não há grandes novidades. O canal lateral segue intacto. Porém, agora, a criptomoeda está sendo negociada na parte superior da banda, o que pode trazer bons ventos para os investidores. Há, porém, uma forte resistência em US$ 43,2 mil, que corresponde ao antigo ombro-cabeça-ombro.
Fonte: GoCharting, em 05/02/2024, às 8h30min.
O MACD está em direção para um cruzamento para baixo de suas linhas, o que sugere a extensão do período de consolidação ou até mesmo uma nova correção, que poderia levar a criptomoeda aos US$ 37 mil e US$ 36 mil. O RSI se comporta quase como uma linha reta, sobrevivendo muito perto dos 70 pontos, sugerindo que ainda há uma persistência da sobrecompra.
Tão perto, mas também tão longe!
A falta de emoção do mercado, claro, esbarrou na famosa semana de decisão de juros nos Estados Unidos. Embora o mercado já soubesse que o Federal Reserve iria manter os juros como estão, é sempre bom ouvir isso das vozes oficiais. Jerome Powell, presidente do FED, até disse que um corte deve ocorrer ainda este ano, mas dificilmente isso será em março.
Até porque, ainda há uma grande preocupação inflacionária, por conta do mercado de trabalho. Os dados do payroll mostraram que o país criou 353 mil novas vagas de trabalho, muito além das 180 mil previstas. Com mais empregos, o poder de consumo aumenta, o que também pressiona os preços.
No balanço
A Zona do Euro segue no seu constante balanço para evitar uma recessão. E, por enquanto, vem conseguindo. Bem no limite, diga-se de passagem. A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2023 avançou em 0,1% na base anual. É pouco? Sim, mas é um avanço! Ainda mais se considerarmos que a Inflação ao Consumidor (CPI) recuou 2,8% em janeiro, mantendo seu processo de desaceleração e indo em direção rapidamente à meta de 2%. O mesmo movimento de queda é vista na Inflação ao Produtor (PPI), que caiu 10,6% na base anual.
Porém, a taxa de desemprego em 6,4% segue em seus mínimos históricos, o que fez com que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, indicasse que o próximo movimento dos reguladores será um corte de juros, mas ainda não há nenhuma data para isso acontecer.
Conclusão
O mercado de criptomoedas está em uma fase que, para muitos, é “chata”. Essa consolidação de preços tira a coragem de muitos investidores em se posicionar no mercado, considerando a possível volatilidade que pode atingir os ativos.
Fato é que o vimos um 2023 de grandes altas e acumulamos ainda a quinta vela mensal positiva consecutiva. Um momento de respiro para tirar o mercado de sobrecompra vem sendo exigido há muito tempo. Os bulls, estão segurando essa realização de lucros mais intensa, enquanto os bears, também não conseguem empurrar a criptomoeda mais abaixo para recomprá-las mais barato.
Um dos lados vai precisar ceder e, talvez, o mercado se movimente assim até o halving do Bitcoin, em abril. Até lá, vale ficar atento às oscilações naturais que este mercado oferece para embolsar alguns possíveis ganhos.
Apesar de ainda vivenciar um período de correção, a força compradora manteve o Bitcoin (BTC) acima dos US$ 40 mil. Agora, em um equilíbrio de forças, a criptomoeda vira para operar de forma lateral, buscando uma tendência mais definida no curto prazo. Para tempos maiores, porém, o ativo segue em alta desde setembro do ano passado. Porém, para confirmar esses movimentos, alguns níveis importantes de suporte e resistência devem ser mantidos, como você vai ver no Variação de Mercado de hoje.
Andando de lado
Ao analisarmos a evolução dos preços do Bitcoin durante o mês de janeiro, observamos um cenário de lateralização, caracterizado por sombras nas partes superior e inferior da vela. Nos últimos dias do mês, o ativo foi negociado próximo à região de abertura, apresentando uma vela de indefinição conhecida como “doji”.
Apesar de identificarmos uma tendência ascendente de longo prazo ao estudar a principal criptomoeda, é natural que o mercado busque liquidez em níveis de preços mais baixos, resultando em retrações na estrutura, preparando-se para futuras retomadas de alta.
O indicador MACD no gráfico mensal exibe um histograma com máximas crescentes, indicando que o controle das negociações de longo prazo está nas mãos de investidores que preferem aguardar períodos mais extensos para realizar lucros, não se deixando influenciar por pequenas oscilações.
Esses investidores encontram motivação no fato de que o ano de 2024 marca a ocorrência do halving, um dos eventos mais aguardados pelo mercado de criptomoedas, programado para ocorrer em meados de abril.
Então, ao analisarmos o gráfico no período mensal, notamos que o movimento de alta persiste desde setembro do ano passado, com os investidores na ponta compradora renovando as máximas mensais em cada período. Segundo as análises técnicas disponíveis, a movimentação de preços do Bitcoin no gráfico mensal sugere que estamos em uma onda ascendente, apontando para uma possível conclusão na região dos US$ 51 mil.
Nada sobe em linha reta
Entretanto, como sabemos, o mercado não constrói sua estrutura ascendente exclusivamente em um movimento de alta, e correções podem ocorrer ao longo desse processo de valorização.
Dessa forma, vamos diminuir a escala temporal para o intervalo semanal a fim de examinar minuciosamente as características que a movimentação de preços está revelando. Vamos também incorporar as linhas de equilíbrio do Ichimoku no gráfico para identificar possíveis áreas de suporte e resistência com base em pontos de equilíbrio.
O primeiro ponto de análise no gráfico semanal refere-se ao ponto de equilíbrio de 9 semanas, posicionado acima do preço atual. Este ponto sugere que a resistência para o movimento de alta pode estar na mesma região onde ocorreu a máxima na semana de 04 de dezembro de 2023, registrada em US$ 44,7 mil.
Importante notar que desde a semana de 04 de dezembro, nenhuma vela semanal fechou acima desses níveis, indicando que as sombras das velas acima dessa região podem ser interpretadas como fornecimento de liquidez para os Market Makers desenvolverem a estrutura de preços. Nessa mesma região, também observamos a presença da linha superior do canal de alta, inserida no gráfico desde novembro de 2022, que já se mostrou como um nível de preço relevante.
Na semana passada, a vela realizou uma varredura na liquidez abaixo de US$ 40 mil, e o preço apresentou uma recuperação significativa nos últimos dias, sugerindo que investidores na ponta compradora estão aproveitando a queda para montar posições. No entanto, é importante destacar que o indicador MACD no intervalo semanal apresenta seu histograma registrando máximas cada vez mais baixas, aproximando-se dos limites da linha zero.
Agora que identificamos uma possível resistência em torno de US$ 44,7 mil, é crucial avaliar onde podemos encontrar um suporte caso o preço do Bitcoin retorne a ser negociado abaixo de US$ 40 mil. Uma região considerada por investidores pode ser o ponto de equilíbrio de 26 períodos, atualmente situado em US$ 37 mil. No entanto, ao utilizar a ferramenta para analisar o perfil de volume, identificamos uma área de interesse adicional em torno de US$ 35 mil.
O último ponto de apoio para a estrutura de alta apresentada pelo gráfico semanal encontra-se na região do fundo do canal de alta, marcado em US$ 32 mil.
Capitalização em alta
O movimento ascendente nos preços do Bitcoin nesta semana está alinhado com a entrada de capital, evidenciada pelo gráfico do Market Cap. A dominância do Bitcoin retornou a patamares superiores a 52%, e a vela que representa esse movimento no gráfico voltou ao canal de alta superior que temos acompanhado há vários meses.
Essa entrada de capital pode ser justificada pelo movimento de investidores que aproveitam os preços abaixo de US$ 40 mil para estabelecer posições ou realizar novos aportes. O movimento ascendente registrado ao longo das últimas duas semanas e nos primeiros dias da semana atual no gráfico do Market Cap tem como objetivo reverter todo o declínio observado na semana de 08 de janeiro e atingir a máxima da semana de 23 de outubro.
É importante notar que nenhuma vela semanal fechou acima da máxima da semana de 23 de outubro, o que confere a essa região um nível significativo de resistência. Apesar de estar abaixo da linha zero, o histograma do indicador MACD está registrando mínimas mais altas, indicando que compradores estão influenciando a estrutura de preços do Bitcoin.
A linha de equilíbrio de 9 semanas no gráfico do Market Cap está acima de 53% de dominância e permanece plana, podendo atrair a movimentação em direção à máxima da semana de 23 de outubro, alcançando níveis próximos a 54%.
Conclusão
A análise da movimentação de preços do Bitcoin revela um panorama marcado por diferentes sinais e tendências em diversos intervalos temporais. No cenário mensal, a presença de uma tendência ascendente desde setembro do ano passado sugere uma trajetória de alta de longo prazo, alimentada pela expectativa do halving programado para abril de 2024.
Ao examinar o intervalo semanal, identificamos uma possível resistência em torno de US$ 44,7 mil, com a presença de linhas de equilíbrio do Ichimoku e a observação das sombras das velas, indicando o fornecimento de liquidez. A dinâmica do mercado semanal também destaca a importância de áreas como US$ 40 mil como suporte, com investidores aproveitando quedas para montar posições.
No que diz respeito ao Market Cap, a recente entrada de capital, evidenciada pela dominância do Bitcoin acima de 52%, sugere um movimento ascendente em busca de reverter quedas anteriores e atingir máximas significativas. A resistência na máxima da semana de 23 de outubro no gráfico semanal do Market Cap é notável, enquanto o indicador MACD, apesar de estar abaixo da linha zero, registra mínimas mais altas, indicando atividade compradora.
Em suma, o cenário atual do Bitcoin reflete a interação dinâmica entre diferentes fatores. Os investidores devem continuar monitorando de perto esses indicadores, adaptando suas estratégias conforme a evolução do mercado e considerando os níveis de suporte e resistência identificados.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as análises e insights apresentados possam fornecer uma compreensão mais aprofundada do cenário atual da criptomoeda. Se houver alguma dúvida ou necessidade de esclarecimento adicional, não hesitem em entrar em contato. Obrigado pela atenção e interesse neste estudo.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
Após um bom momento para as ações de risco e big techs, o Bitcoin (BTC) manteve sua estagnação de preços, apesar de ter conseguido se recuperar bem depois do descenso aos US$ 38 mil. As políticas monetárias ainda muito especulativas também não ajudam os investidores a tomarem decisões mais arrojadas. Com o mercado de criptomoedas tentando retomar o equilíbrio, o BTC segue sua perspectiva de consolidação de preços até que uma tendência de alta ou baixa seja definida.
Cadê a correlação?
O mercado de criptomoedas está vivenciando um período diferente do visto nos últimos anos. Era comum a gente ver o Bitcoin e várias altcoins valorizando lado a lado com as ações de risco, principalmente as das big techs. Porém, não foi isso que aconteceu na última semana.
As principais bolsas de valores, inclusive as de tecnologia, dos Estados Unidos renovaram suas máximas históricas por vários dias consecutivos. Enquanto isso, o BTC e boa parte do setor corrigiam.
Porém, é importante especular que a criptomoeda já havia atingido seu topo anual de US$ 49 mil, antes deste movimento agressivo do mercado tradicional. Então, é até natural que a realização de lucros tenha levado para do capital para as big techs. Mesmo assim, não é um evento que estamos super acostumados a ver.
Pressão vendedora
A realocação de posição também acontece entre os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. A antes dominadora GrayScale está vendo agora boa parte de seus recursos saírem do mercado ou migrarem para a BlackRock. Como se isso já não fosse ruído o suficiente para o setor, os gestores de falência da extinta FTX venderam 22 milhões de ações GBTC (GrayScale), inundando o mercado com essas ações.
Mesmo assim, o saldo dos ETFs seguem positivos. Só na primeira semana completa de negociação, foram acumulados mais de 100 mil BTCs – cerca de US$ 4 bilhões. Um feito bastante impressionante para um mercado que ainda está em construção.
Ainda especulativo
No mercado de derivativos é onde a bagunça acontece. Vendedores e compradores disputam cada espacinho do mercado para determinar a tendência de um ativo. No caso do Bitcoin, boa parte desse setor estava bastante alavancada recentemente, com liquidações de contratos futuros na casa dos US$ 200 milhões por dia.
Agora, as bolsas viram uma redução no ímpeto especulativo… Pelo menos pelos bulls. Investidores posicionados com contratos de venda estão começando a se acumular e a retomada dos US$ 40 mil pode levar ao chamado “short-squeezy”, quando uma grande volume de posições vendidas são liquidadas, elevando rapidamente o preço do ativo.
Gráfico do Bitcoin
A análise técnica mostra leituras interessantes para o gráfico do Bitcoin. No aspecto diário, o movimento coloca a criptomoeda operando novamente no antigo e persistente canal lateral de preços, após o desequilíbrio que a levou aos US$ 38 mil.
Fonte: GoCharting, em 29/01/2024, às 9h43min.
A retomada renova a perspectiva mais otimista, ainda mais olhando para os indicadores adjacentes. O MACD, por exemplo, aproxima suas linhas para um possível cruzamento para cima. Já o índice de força relativa (RSI), mira os 49 pontos, mostrando o equilíbrio atual do mercado e um possível momento de consolidação, já comentado em outros Satoshi Calls.
Aqui, os US$ 37,9 mil seguem como um importante suporte da tendência de alta, enquanto os US$ 42,2 mil e US$ 43 mil se posicionam como resistências de curto prazo importantes para que o mercado volte a cogitar novos arranques.
Dentro da caixinha
O gráfico semanal é menos “volátil”, com o Bitcoin operando em um belo de um retângulo. Os longos pavios deixados para trás mostram que esta é uma forte zona de liquidez e, consequente, liquidez. Assim, os bulls vão precisar disputar essa região pelo menos mais uma vez antes de romper os preços para cima, enquanto os bears vão precisar despejar ainda mais moedas para forçar a negociação para baixo.
Fonte: GoCharting, em 29/01/2024, às 9h45min.
A resistência mais próxima se posiciona, agora, no meio do canal lateral, em US$ 42,1 mil, seguida pelo topo, em US$ 44,2 mil. Para baixo, os US$ 40 mil são o fundo do canal, podendo segurar o preço. Depois, temos a mediana da banda de Bollinger e o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO), em US$ 36,2 mil.
Essa falta de força do mercado é vista pelo comportamento do MACD que está sugerindo um cruzamento para baixo de suas linhas. Enquanto isso, o RSI, em 67 pontos, mostra que o mercado ainda não passou por uma grande desalavancagem e novas correções de preços podem surgir nas próximas semanas.
Tá chegando a hora?
Você provavelmente já deve estar cansado de ouvir falar sobre os juros nos Estados Unidos. Mas não tem jeito, essa pauta é importante demais para deixar passar. Ainda mais em uma semana em que o indicador inflacionário favorito do Federal Reserve foi divulgado: índice de gastos pessoais – famoso “Preços PCE”.
Segundo os últimos dados, o indicador subiu 0,2% em dezembro, acumulando 2,9% nos últimos 12 meses. Porém, quando a gente olha para o acumulado de 3 e 6 meses, o índice mira 1,5% e 1,9%, respectivamente. Sabe o que isso quer dizer? Que em um prazo considerável, a inflação norte-americana está dentro da meta de 2%, o que coloca em pauta mais uma vez a discussão sobre um corte de juros.
O tal do pouso suave da economia também parece estar traçado. Afinal, a prévia dos três principais Índices Gerente de Compras (PMI) – Indústria, Serviços e Composto – avançaram ou se consolidaram para além dos 50 pontos, o que indica expansão econômica. A indústria, inclusive, bateu sua maior atividade dos últimos 15 meses. E aí, FED, vai cortar esses juros?
Na volta a gente corta
Sem grandes surpresas, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa de juros estável entre 4% e 4,75%. A ata da reunião que decidiu a política monetária segue não muito diferente das anteriores, afirmando que o dinheiro ficará restrito pelo tempo que for necessário. Porém, os reguladores estão otimistas com a queda “encorajadora” e “disseminada” dos preços.
Então, eu ouvi um corte de juros? Mais ou menos! A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que ainda é meio cedo para discutir uma redução das taxas e, quem sabe, lá pelo verão europeu o bloco possa começar a estudar esta possibilidade. Até porque, ao contrário dos Estados Unidos, a situação econômica da Zona do Euro não é a das mais estáveis.
Na semana passada, as prévias do PMI não trouxeram grandes novidades. Todos os setores seguem em território de contração econômica, com Serviços e Composto apresentando um avanço, mas bem tímido se comparada à necessidade do bloco
Joga combustível na máquina
Na contramão de Estados Unidos e Europa, o Banco Central da China bateu na mesa e decidiu cortar em 0,5% a taxa de seus empréstimos compulsórios, de olho no aquecimento da economia local. A proposta deve injetar quase US$ 150 bilhões.
O grande foco dos reguladores aqui é estimular setores que estão com dificuldades atualmente, como o imobiliário. Até o presidente do BC, Pan Gongsheng, disse que novos estímulos podem ser anunciados em breve para colocar este setor nos trilhos novamente.
Conclusão
Apesar da recente correção de preços, a realidade é que o mercado de criptomoedas permanece ainda muito aquecido. A tentativa dos bears em jogar o BTC para abaixo dos US$ 40 mil não foi bem sucedida e só serviu para a famosa “compra com desconto” da criptomoeda.
Este, porém, pode ser o momento ideal para que o mercado se consolide de forma lateral, criando oportunidades mais encaixotadas durante os períodos de negociação. Vale sempre lembrar, porém, que o halving está chegando – abril – e isso tende a realizar movimentos menos específicos do mercado, pois há muita especulação em torno do ativo. Até lá, novidades macroeconômicas podem surgir, o que pode apimentar ainda mais essa relação de compra e venda sem muitos fundamentos.
Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.
Estou focado em apresentar as melhores narrativas para vocês, meus caros leitores, para tirar o melhor proveito do mercado quando a bull começar.
Então vamos ao que importa: caçar projetos com potencial gigantesco de valorização para o próximo ciclo.
Como você percebeu no título, estamos na PARTE 3 – Então se não leu a 1ª e 2ª parte, corre lá antes de começar essa – e já apresentamos 4 narrativas e alguns projetos.
Hoje vou tentar manter o ritmo – e acelerar por que não temos muito tempo até o halving – e te mostrar mais 3 setores que eu particularmente estou muito de olho. Ficou curioso?
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
💰 Narrativas fortes que valem a pena
Mas se você está chegando de paraquedas nessa análise, vou te introduzir brevemente sobre narrativas.
Como expliquei no primeiro artigo e no segundo artigo, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.
Hoje vamos falar sobre Interoperabilidade, Inteligência Artificial e LSD/LSD L2 que nos últimos meses foram os grandes assuntos do mercado.
1# Interoperabilidade
A interoperabilidade em blockchain refere-se à capacidade de diferentes sistemas blockchain e protocolos trabalharem juntos e compartilharem informações de maneira eficiente.
Esta narrativa está focada em resolver o problema de “silos” isolados no ecossistema blockchain, permitindo que diferentes redes comuniquem e colaborem entre si, aumentando a utilidade e a eficiência do espaço cripto como um todo.
Estou de olho em 2 projetos nesse momento com essa narrativa: BICO e a FLUX.
A Biconomy (BICO) foca na interoperabilidade ao nível das transações, facilitando uma experiência de usuário mais suave entre diferentes blockchains. Eles procuram reduzir a complexidade das transações em diferentes redes, tornando-as mais acessíveis aos usuários comuns.
A Flux está construindo uma infraestrutura descentralizada que visa suportar a próxima geração de aplicativos Web3. Sua abordagem para interoperabilidade envolve a criação de uma rede robusta e escalável que pode suportar várias blockchains e aplicativos descentralizados (dApps).
2# Liquidity Staked Derivatives (LSD)
Você já deve saber o que é Staking né? Se não sabe, vou deixar esse texto do blog da Foxbit para você se aprofundar porque não dá para falar de LSD sem saber o básico de Staking.
O LSD é um derivativo que representa tokens bloqueados em protocolos de staking. A ideia é permitir que os usuários mantenham a liquidez e o acesso aos seus ativos, mesmo enquanto estão bloqueados. Isto resolve o problema da iliquidez dos ativos bloqueados em staking, permitindo maior flexibilidade e eficiência para os detentores de tokens.
LSD L2 expande o conceito de LSD para blockchains de segunda camada (Layer 2), que são projetadas para escalar as capacidades de blockchains de primeira camada (Layer 1) como o Ethereum. O foco é combinar os benefícios de staking líquido com as vantagens de escalabilidade e eficiência das soluções Layer 2.
A Lido é a maior do mercado e um dos principais projetos, oferecendo staking líquido para Ethereum. Lido permite que os usuários façam staking de seus ETH e recebam em troca tokens stETH, que podem ser usados em outras atividades de DeFi, mantendo a liquidez.
A Frax Share é parte do ecossistema Frax, um protocolo de stablecoin parcialmente colateralizado. FXS desempenha um papel chave no mecanismo de governança e estabilização da stablecoin FRAX, oferecendo uma abordagem inovadora no contexto de LSD.
Já a Pendle se concentra em permitir a negociação e gestão de rendimentos de tokens de yield e LSD em ambientes Layer 2. O projeto proporciona uma plataforma onde os usuários podem otimizar suas estratégias de rendimento em um ambiente de baixo custo e alta eficiência.
3# Inteligência Artificial
A narrativa em torno da Inteligência Artificial no espaço cripto se concentra em integrar capacidades de IA para melhorar a análise de dados, a automação de processos e a criação de novos tipos de aplicativos e serviços.
Isso inclui desde a análise de mercado até a governança descentralizada e a personalização de experiências de usuário.
Essa narrativa vem mantendo uma atração interessante ao longo do bear market e teve seus momentos de glória com a explosão do ChatGPT e outras IAs. Vamos olhar alguns tokens que eu estou de olho nessa narrativa.
A SingularityNET é uma plataforma descentralizada para serviços de IA, permitindo que qualquer um crie, compartilhe e monetize serviços de IA na blockchain.
A segunda é a The Graph que usa tecnologias de IA para otimizar a indexação e a consulta de dados em blockchains, facilitando o desenvolvimento de dApps mais eficientes e poderosos.
Já a Ocean Protocol foca na democratização do acesso a dados e serviços de IA. Eles permitem que usuários compartilhem e monetizem dados de forma segura, incentivando a criação de um ecossistema de dados e IA mais aberto e conectado.
Conclusão
O mercado não para de crescer e é bom ficar antenado. Olhando para as 3 narrativas essa é minha visão resumida do que apresentei.
A interoperabilidade surge como uma área de forte interesse, indicando que os usuários e investidores estão buscando por mais flexibilidade e eficiência na interação entre diferentes blockchains. Isso pode sinalizar um movimento em direção a uma maior adoção de plataformas e protocolos multi-cadeia.
As LSD e LSD L2 também são pontos de destaque, refletindo a demanda contínua por soluções que permitam aos detentores de criptoativos manterem a liquidez e participarem ativamente no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), mesmo durante o período de staking. Este interesse sugere que a comunidade cripto está buscando maneiras de otimizar os rendimentos e a utilização de seus investimentos.
Embora a IA não domine ainda o mercado, sua presença indica um investimento progressivo e um olhar atento para as inovações que a IA pode trazer para o espaço cripto, seja na melhoria de processos, na análise de dados ou na criação de novos serviços.
Vamos continuar acompanhando esses setores nas próximas semanas. Eles vão trazer grandes retornos nesse ciclo.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
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