On-chain prevê resistência do BTC

On-chain prevê resistência do BTC

Após beirar os US$ 38 mil, o Bitcoin (BTC) viu seu preço flutuar sem uma direção muito definida, mantendo os investidores cautelosos sobre o próximo comportamento do ativo. Com a expectativa cada vez maior de uma correção, os dados on-chain corroboram com a perspectiva de que há muito lucro a ser realizado no mercado atual, mas que não necessariamente precisa se cumprir no curto prazo. Assim, os US$ 42 mil ainda permanecem no radar, caso os compradores mantenham seu domínio.

 

 

Compra ou venda

A análise da dinâmica do Bitcoin nesta semana inicia-se ao examinar o indicador MVRV (Market-Value-to-Realized-Value), uma ferramenta que avalia o valor de mercado em relação ao valor realizado. O indicador atualmente se encontra em 1,78 e próximo a um nível de resistência em 2.16, historicamente reconhecido como um ponto influente na interação entre compradores e vendedores.

Antes de aprofundarmos nesse nível de resistência, é fundamental observar que o MVRV tem se movido dentro de um canal de alta desde dezembro de 2022, atingindo sua máxima em abril deste ano e recuando para o fundo do canal até o mês de setembro de 2023.

 

A linha do indicador MVRV enfrentou uma resistência anterior em 1.8, marcando a região de 50% do canal de alta. Entretanto, antes de alcançar essa resistência, houve um rompimento ascendente de um nível significativo em 1.64. Quando olhamos para o histórico no gráfico, observamos que em agosto de 2020 e julho de 2021, esse ponto atuou como suporte, mas posteriormente, em janeiro de 2022, ocorreu um rompimento para baixo, transformando o que antes era um suporte em uma resistência. Essa resistência foi respeitada em março de 2022, antes de uma nova queda nos preços do Bitcoin.

Considerando o rompimento ascendente desse nível de 1.64, é natural observarmos esse ponto como um suporte local para o MVRV dentro do canal de alta.

Se a trajetória da linha do MVRV se mantiver dentro dos limites do canal, é possível encontrar uma resistência mais robusta em 2.16, que se estabeleceu como uma região crítica em momentos prévios ao halving.

Nos períodos prévios aos halvings, como em 2016 e 2020, quando o MVRV atingiu 2.16, presenciamos correções mais acentuadas no movimento do Bitcoin. Em 2020, por exemplo, houve um pullback profundo antes da significativa retomada de alta que projetou o preço para US$ 69 mil naquela ocasião.

Neste contexto, investidores estão atentos à dinâmica do MVRV em paralelo com o movimento de preços, buscando identificar possíveis padrões futuros.

Embora o MVRV seja uma ferramenta valiosa na análise de mercado, é fundamental enfatizar que não é um indicador conclusivo e deve ser considerado em conjunto com outras métricas e análises.

O MVRV compara o valor de mercado atual do Bitcoin com seu valor “realizado”, baseado no preço pelo qual as moedas foram adquiridas pela última vez durante suas transações na blockchain. Sua fórmula utilizada é: MVRV= RealizedCap / MarketCap

Uma informação importante sobre o MVRV é que quando atinge níveis altos, acima de 3.7, pode sugerir que o Bitcoin está sobrevalorizado em relação ao seu valor “realizado”, indicando um possível momento de venda. Por outro lado, quando o MVRV é baixo, abaixo de 1, pode indicar que o Bitcoin está subvalorizado em relação ao seu valor “realizado”, o que pode representar uma oportunidade de compra.

 

 

Resistências dentro da rede

O indicador NUPL, conhecido como Net Unrealized Profit/Loss, é uma métrica essencial que oferece insights relevantes sobre o sentimento dos investidores em relação ao Bitcoin. Assim como o MVRV, o NUPL se baseia nos dados de rede do Bitcoin para medir a relação entre o valor de mercado e os lucros ou prejuízos dos investidores. A representação gráfica do NUPL é dividida em quatro partes distintas. A linha divisória entre essas partes revela o sentimento predominante dos investidores ao longo do tempo.

Na porção mais baixa do gráfico, identificamos uma área de capitulação em azul claro. Logo acima, há uma faixa branca. Estudos demonstram que entre essas duas regiões, é comum os investidores mostrarem algum nível de esperança quanto a uma possível retomada de alta nos preços. Isso porque o mercado interpreta que o preço pode ter atingido um ponto de fundo durante a capitulação, o que poderia sinalizar uma recuperação iminente.

 

No entanto, persiste um sentimento de medo, uma vez que ainda há a possibilidade de novas quedas devido à pressão contínua dos vendedores.

À medida que o indicador, representado por uma linha azul, ultrapassa essa fase de esperança e medo, desloca-se para a próxima região, destacada em laranja no gráfico. Nesse estágio, observamos que os investidores começam a manifestar uma ansiedade crescente. Isso ocorre à medida que o preço se eleva e muitos investidores temem perder oportunidades de entrada.

Essa ansiedade é acompanhada de otimismo, pois a entrada de capital nesse ponto é constante, impulsionando o preço de forma substancial para cima. Com base nas informações atuais do indicador NUPL, estamos atualmente vivenciando essa fase de otimismo e ansiedade. Há uma expectativa de que o preço do Bitcoin possa alcançar novos patamares nos próximos meses.

É importante observar no gráfico que a linha azul do NUPL está atravessando toda a região em branco e se dirigindo para os próximos níveis na área laranja. Quando o indicador adentrar essa região laranja e continuar sua trajetória ascendente, é provável que surja um sentimento de crença entre os investidores, confirmando a possibilidade de rompimentos de máximas históricas ou, pelo menos, testes em topos relevantes anteriores. 

Se o indicador persistir nesse movimento ascendente, é esperado que entrem em cena sentimentos de euforia e ganância. Esse período é propenso a induzir grandes investidores a realizarem lucros substanciais, dando início a movimentos cíclicos opostos aos observados anteriormente.

Essas métricas são cuidadosamente monitoradas por investidores de longo prazo, que buscam posicionar-se estrategicamente antes que os sentimentos de mercado influenciem suas decisões.

Considerando o contexto apresentado pelo indicador NUPL, a linha do indicador continua apontando para cima, refletindo o otimismo predominante nas negociações do Bitcoin. É fundamental associar as informações fornecidas pelo NUPL com os dados do MVRV e realizar uma análise de preço para verificar possíveis confluências antes de tomar decisões estratégicas.

Além de analisar a movimentação de preço do Bitcoin a longo prazo, é importante explorar dados de rede que também possam oferecer reflexos sobre o comportamento de curto prazo. Nesse contexto, voltamos nossa atenção ao indicador AASI (Active Address Sentiment Indicator), que fornece insights sobre o sentimento dos endereços ativos no curto prazo.

Este indicador compara a variação percentual do preço do Bitcoin nos últimos 28 dias com a mudança nos endereços ativos no mesmo período, estabelecendo limites de volatilidade entre uma banda superior e uma banda inferior.

Na representação gráfica, observamos uma linha laranja que retrata os dados do indicador. Sua interpretação é realizada da seguinte maneira: Quando a linha laranja se aproxima do limite inferior da banda, indica um sentimento pessimista do mercado, sugerindo uma região de sobrevenda. Esse cenário pode criar oportunidades para uma valorização do preço do Bitcoin no curto prazo.

O oposto também é verdadeiro: quando a linha laranja atinge os limites da banda superior, denota um otimismo extremo no mercado, indicando que o mercado pode estar superaquecido. Isso pode oferecer aos investidores chances de realizar lucros. Além disso, quando a linha laranja se encontra no limite superior da banda, é possível que o preço do Bitcoin esteja em uma região de sobrecompra, podendo resultar em uma correção no curto prazo.

Observa-se no gráfico do indicador AASI que desde a última semana de outubro, a linha laranja estava próxima ao limite superior da banda. Isso coincidiu com uma dificuldade do Bitcoin em manter sua tendência ascendente na semana passada.

No momento presente, constatamos que a linha do indicador voltou a operar dentro das bandas e está em direção descendente. Essa observação sugere aos investidores a possibilidade de que uma retomada de alta no curto prazo, pode ocorrer somente após a linha do indicador alcançar a região de sobrevenda nos limites da banda inferior.

Até a data da redação deste relatório, o indicador AASI indicava que, até 20 de novembro de 2023, a variação nos endereços ativos nos últimos 28 dias registrava uma leve alta de 1,69%, enquanto o preço do Bitcoin apresentava um aumento de 13,52% durante o mesmo período.

É importante ressaltar, nos estudos de análise técnica, que a movimentação de preço frequentemente segue padrões ondulares, oscilando entre ondas ascendentes e descendentes. Portanto, o indicador AASI pode auxiliar os investidores na identificação do possível fim de um movimento de curto prazo.

Embora esses indicadores forneçam insights interessantes, é a interação entre oferta e demanda que confirma essas informações. Por isso, é fundamental que todas as análises sejam complementadas pelo próprio movimento do preço. Investidores buscam informações convergentes antes de tomar decisões, tanto no curto quanto no longo prazo.

 

 

 

Fluxo de capital

Vamos agora direcionar nosso estudo para o gráfico semanal do Market Cap do Bitcoin. Após atingir uma dominância de 54,3%, a criptomoeda começou um movimento de retração, registrando três semanas consecutivas com máximas mais baixas do que as semanas anteriores. Esse declínio na entrada de capital contribuiu para dificultar a continuidade da tendência de alta no movimento do preço do Bitcoin.

Apesar disso, uma visão macro do gráfico semanal do Market Cap ainda evidencia uma tendência dominada por compradores dentro de um amplo canal. Esta tendência é respaldada por uma região de suporte na máxima de um movimento de alta anterior. Nesses mesmos níveis, onde observamos a atual capitalização, também identificamos uma linha de tendência de alta que faz parte de uma região de 50% do grande canal de alta mencionado em relatórios anteriores, conforme ilustrado na imagem a seguir.

Um aspecto que identificamos em todo o movimento ascendente é que desde o cruzamento da linha de equilíbrio de 9 semanas (Tenkan) acima da linha de equilíbrio de 26 semanas (Kijun) em 9 de janeiro deste ano, todas as correções foram compostas por 3 ondas.

Na imagem a seguir, o cruzamento das linhas Tenkan e Kijun, seguido pela primeira correção iniciada na semana de 23 de janeiro. Essa correção se desenvolveu em 3 ondas antes de retomar o movimento de alta.

A seguinte correção em 3 ondas ocorreu após o segundo impulso de alta, iniciando na semana de 24 de abril deste ano, seguida por um segundo impulso de alta após o cruzamento de Tenkan e Kijun.

O terceiro movimento corretivo em 3 ondas aconteceu após a semana de 26 de junho deste ano. Este movimento registrou um pullback mais profundo que os dois anteriores, sinalizando uma possível fraqueza na tendência. No entanto, após a semana de 21 de agosto, observamos um novo impulso de alta que alcançou a máxima da estrutura atual em 54,3% de dominância.

Este último impulso de alta da estrutura atual deu início a um movimento corretivo na semana de 23 de outubro e, desde então, registramos pelo menos 3 semanas com máximas mais baixas.

Investidores profissionais estão atentos a essas informações do Market Cap, pois esse declínio na capitalização pode ser apenas a primeira onda de um movimento corretivo, caso os ciclos anteriores se repitam. Dentro desse contexto, caso haja uma nova entrada de capital no Bitcoin, é possível que seja um movimento limitado. Esta expectativa, no entanto, é subjetiva. A atenção agora está voltada para o rompimento ou rejeição do topo anterior.

É válido recordar que, em dezembro de 2020, a dominância do Bitcoin atingiu 73%, o que sugere espaço para um movimento de alta, embora seja natural, entre as ondas de impulso ascendente, a ocorrência de movimentos corretivos, possivelmente em três ondas.

Também é essencial ressaltar que uma nova entrada de capital, mesmo que limitada, poderá projetar o preço do Bitcoin para as próximas resistências discutidas no relatório Variação de Mercado da semana passada. Afinal, a tendência macro nos gráficos semanais, tanto do Market Cap quanto de preços, é ascendente.

 

 

 

Para onde o BTC pode ir?

No gráfico semanal de preços, continuamos a observar o movimento dentro de um canal de alta. Na semana anterior, o preço do Bitcoin enfrentou dificuldades para ultrapassar a região do último topo local, situado em US$ 38 mil. A expectativa de quebrar essa marca poderia projetar o preço para o topo do canal, estipulado anteriormente em US$ 39 mil. Entretanto, diante da ausência de confirmação do movimento de continuação após vários dias, podemos ajustar nossa perspectiva para uma nova região de resistência.

Caso, nesta semana, o preço consiga ultrapassar os US$ 38 mil, o topo do canal permanece uma resistência, agora estimada em US$ 39,8 mil. O preço está adentrando uma região de alto volume do Volume Profile. Se mantiver uma trajetória ascendente, a próxima zona que poderá limitar o movimento está em torno de US$ 42,2 mil, marcando uma retração de 50% desde uma queda iniciada em novembro de 2021.

A linha Chikou Span do indicador Ichimoku, traçada há 26 semanas, conseguiu superar a área da “Nuvem”, aumentando o otimismo entre os investidores. No entanto, o preço, na cotação atual, está distante das linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun, que representam os equilíbrios das últimas 9 e 26 semanas, respectivamente.

De acordo com estudos históricos com base nas linhas de equilíbrio do Ichimoku Kinko Hyo, o preço geralmente não permanece afastado por muito tempo das linhas Tenkan e Kijun. Isso pode resultar em alguma correção, especialmente se houver atividade significativa de vendedores nas regiões de resistência.

Estamos agora na 11ª semana de um movimento de alta que teve início em setembro. Observamos que, à medida que o preço se aproxima da região superior do canal, o volume de negociação está diminuindo, indicando possíveis sinais de exaustão no movimento ascendente.

Apesar desses indícios, e considerando tudo o que foi examinado até o momento, ainda é possível que os investidores mantenham uma perspectiva otimista, acreditando na possibilidade de o preço do Bitcoin alcançar pelo menos as resistências mais próximas antes de uma possível correção mais significativa.

 

 

 

Conclusão

A análise aprofundada dos indicadores de mercado, bem como a observação detalhada dos gráficos semanais do Bitcoin, e os estudos de indicadores que analisam as informações da Blockchain, oferecem uma perspectiva abrangente do atual cenário da criptomoeda.

Ao longo das últimas semanas, o Bitcoin tem enfrentado resistência ao tentar ultrapassar regiões-chave de preços, demonstrando sinais de esgotamento em seu movimento de alta. A dificuldade em romper certos patamares, como a marca de US$ 38 mil, tem limitado a continuidade desse ímpeto ascendente, apesar do otimismo persistente entre os investidores.

A análise técnica, incluindo o Trade System Ichimoku Kinko Hyo e o Volume Profile, ofereceu importantes sobre possíveis resistências futuras e pontos críticos de reversão. O distanciamento do preço em relação às linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun sugere a possibilidade de uma correção em face de um possível enfraquecimento do movimento de alta.

Por outro lado, há uma perspectiva cautelosamente otimista, visto que os investidores continuam a acreditar na possibilidade de o Bitcoin alcançar níveis mais elevados antes de uma eventual correção mais acentuada. A expectativa de novas resistências em torno de US$ 39,8 mil e, potencialmente, em US$ 42,2 mil, ressalta a importância desses níveis para o futuro do preço do Bitcoin.

A presença de um volume de negociação reduzido próximo à região superior do canal sugere um possível enfraquecimento do movimento de alta atual. Diante dessa análise, é fundamental manter uma abordagem detalhada de todas as informações. Embora a possibilidade de correções seja uma realidade, a tendência macro ainda indica um viés ascendente tanto no gráfico semanal de preços quanto no Market Cap, deixando espaço para movimentos adicionais de valorização.

 

 

Agradecimento

Para finalizar, gostaria de agradecer a todos os leitores deste relatório. Espero que as informações tenham sido úteis para aprimorar seu conhecimento sobre a movimentação de preço do Bitcoin.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente, Emerson Antunes

ETF de Bitcoin: O que é e como ele impacta o preço do BTC

ETF de Bitcoin: O que é e como ele impacta o preço do BTC

A aprovação do ETF de Bitcoin tem sido um evento muito esperado pelos investidores. Afinal, caso o fundo regulamentado em bolsa seja aprovado, a expectativa é de que a entrada de capital institucional no mercado de criptomoedas seja ainda maior do que atualmente.

Com o mundo de olho no comportamento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que pode mudar a perspectiva dos ativos digitais, vamos analisar um pouco mais o que é o ETF de Bitcoin, como ele vai impactar o preço do BTC e o que dizem os especialistas.

Banner com logo das empresas que entraram com pedido de ETF de Bitcoin na SEC

O que é o ETF de Bitcoin?

ETF de Bitcoin é um instrumento financeiro que permite aos investidores ficarem expostos à volatilidade de preços do Bitcoin, sem a necessidade de comprar ou até mesmo armazenar a criptomoeda diretamente.

Basicamente, ele funciona como um fundo de investimento que possui Bitcoins e divide a propriedade desse portfólio em ações negociáveis. Algo semelhante aos fundos imobiliários ou outros produtos deste tipo. No caso do ETF de Bitcoin, os investidores compram e vendem essas ações no mercado tradicional, bem parecido com o que fariam com papéis de empresas. 

A flexibilidade deste método adiciona mais segurança ao investimento em criptomoedas, já que oferece uma regulamentação e elimina algumas barreiras, como posse do ativo e até possíveis complexidades da gestão de mais de uma carteira de Bitcoin.

Como funciona um ETF?

Os ETFs são fundos regulamentados em bolsa que rastreiam o desempenho de um índice, commodity ou ativo. No caso de um ETF de Bitcoin, o fundo compra uma quantidade significativa da criptomoeda e cria ações que refletem a fração do valor desses Bitcoins.

Leia também: Como investir em criptomoedas?

Quando o preço da moeda digital sobe ou desce, o valor dessas ações também muda proporcionalmente. Isso oferece aos investidores uma forma relativamente passiva de investir em Bitcoin, com a possibilidade de negociar as ações através de plataformas de corretagem tradicionais, aproveitando a regulação e a proteção que acompanham os produtos financeiros convencionais.

Impactos do ETF de Bitcoin no mercado de criptomoedas

A introdução do ETF de Bitcoin é vista como um marco para o mercado de criptomoedas. Ele é visto como um sinal de que o setor está maduro e há uma crescente aceitação do ativo digital entre os formadores de mercado, como as grandes empresas.

Por isso, ao facilitar o acesso dos investidores institucionais e de varejo ao Bitcoin, o ETF pode aumentar significativamente a liquidez e a estabilidade do ativo, impactando diretamente e – possivelmente positivamente – no preço do token. 

Além disso, o ETF promove uma espécie de “selo”, gerando um indicativo de confiança regulatória na criptomoeda, que pode incentivar mais investimentos e desenvolvimentos a partir desta tecnologia.

ETF de Bitcoin pode atrair investidores institucionais e alavancar preço do BTC

Quando sai o ETF de Bitcoin?

Já existem alguns ETFs de Bitcoin mundo afora. No Brasil, por exemplo, estes fundos estão disponíveis na B3 – responsável pela bolsa de valores –. O mais famoso deles e também o primeiro é o da Hashdex. Há alternativas também para quem quer investir em Ethereum no país.

Mas a expectativa maior está mesmo nos Estados Unidos, a principal economia do mundo e um dos maiores formadores de mercado. Por lá, só existem ETFs de Bitcoin a partir de contratos futuros, o que coloca os investidores em um mercado mais especulativo. Por isso, o ânimo maior dos investidores é que seja aprovado um fundo chamado ETF de Bitcoin spot ou à vista.

A Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (SEC) tem adiado muitos dos pedidos, inclusive de grandes gestores, como BlackRock e Fidelity. Segundo um calendário da SEC, repostado pela Bloomberg, 17/11/2023 marca o segundo deadline de pelo menos 12 solicitações de ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.

Calendário da SEC para aprovação do ETF de Bitcoin

Porém, os reguladores podem ainda estender este prazo, jogando a decisão para os primeiros meses de 2024.

Diferença entre ETF de Bitcoin futuro e ETF de Bitcoin spot

Um ETF de Bitcoin spot – ou à vista – tem como referência o BTC. O desempenho do fundo financeiro está diretamente ligado ao valor real da criptomoeda negociada no mercado. Assim, os investidores estão comprando ações que representam uma participação direta na moeda digital, mesmo que não a possuam diretamente.

Saiba mais: Halving do Bitcoin vai ser em 2024

Já o ETF de Bitcoin futuro realiza investimentos em contratos futuros de BTC. Este tipo de contrato funciona como acordos em que você pode comprar ou vender a criptomoeda a um preço predeterminado em uma data futura. Com isso, este tipo de ETF permite que os investidores especulem mais sobre os movimentos futuros dos preços do Bitcoin, também sem a necessidade de possuir a criptomoeda diretamente

Expectativas sobre o ETF de Bitcoin

A maioria dos analistas está otimista sobre o lançamento do ETF de Bitcoin no mercado de criptomoedas. A previsão é que o fundo vai oferecer uma nova via de acesso aos ativos digitais, trazendo um capital novo e diversificado, seja de investidores de varejo ou institucionais.

Embora este processo leve tempo, no futuro, a perspectiva é de que o setor conte maior liquidez e veja a volatilidade do BTC reduzir, a partir de uma aceitação maior da criptomoeda como um investimento.

Mercado de criptomoedas maduro

O ETF de Bitcoin representa uma maturidade nunca antes vista pelo mercado de criptomoedas. Caso aprovados, os fundos vão marcar uma espécie de último passo da tecnologia para participar de vez do setor financeiro tradicional – pelo menos na ala dos investimentos.

Com este produto acessível e regulado nos Estados Unidos, muitas novidades e outros fundos semelhantes podem surgir mundo afora, evidenciando ainda mais essa classe de ativos digitais. 

Para os investidores, ficar atento aos desdobramentos do ETF de Bitcoin pode te dar vantagem na hora de decidir por comprar ou vender criptomoedas. E você pode fazer isso diretamente aqui na Foxbit!

Mesmo sem ETF, BTC sustenta preço

Mesmo sem ETF, BTC sustenta preço

Há algum tempo, a alegria e frustração estão andando juntas no mercado de criptomoedas, com os investidores ansiosos pela aprovação de um ETF de Bitcoin (BTC) à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Porém, como esperado e indicado no último Satoshi Call, as chances de que as autoridades empurrassem para frente a análise era grande. E dito e feito! Agora, é hora de colocar um pouquinho de lado esta perspectiva mais especulativa e olhar de perto como o cenário macroeconômico está se desenvolvendo e como o comportamento gráfico do Bitcoin pode estar mostrando uma pausa necessária.

 

 

Trégua a caminho

Depois daquela bagunça gigantesca que foi o posicionamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última semana, o mercado parece que entrou no modo: “deixa o cara falar e tá tudo certo”. De fato, os números mostraram que a primeira versão de Powell, aquela mais amena, estava mais próxima da realidade.

Apesar de a inflação ao Produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) terem avançado em outubro, ambas vieram abaixo do registrado em setembro. Ou seja, os preços estão desacelerando por lá. Isso mostra que a política monetária mais restritiva está, de fato, sendo eficiente. 

O que pode pressionar este movimento é a queda da produção industrial no último mês. Afinal, uma das metas do governo é pressionar o consumo, enquanto as empresas restabelecem seus estoques. Com a produção baixa, podemos ter um caminho um pouco mais travado até atingir este objetivo.

Seja no mercado de criptomoedas ou acionário, os investidores gostaram dessa queda na inflação e não se importaram muito com a atividade industrial dos Estados Unidos. Neste ritmo, os temores da influência da política monetária rígida estão ficando de lado, com cada setor reagindo aos seus próprios fundamentos. Fato é que os indicadores aumentam as perspectivas de que o Federal Reserve encerrou mesmo o aperto monetário no país, mas pistas mais claras podem surgir ainda hoje à tarde, com a ata da última reunião do Banco Central norte-americano..

 

 

 

Balanço complexo

A Zona do Euro está começando a seguir um caminho bastante parecido ao dos Estados Unidos – apesar do seu atraso. No bloco, mesmo com alta, a inflação ao consumidor desacelerou para 2,9%, colocando os preços cada vez mais próximos da meta. O que pesa para os europeus, porém, é que a produção industrial reverteu o último quadro de alta em outubro, colocando pressão sobre o setor.

Considerado o terceiro maior mercado de criptomoedas, os investidores não deram sinais de abalo em relação ao desempenho econômico mais fraco. Com isso, pode-se entender que a especulação em torno dos ETFs de Bitcoin estão mais atraentes do que qualquer pseudo novidade que possa aparecer por lá.

 

 

Motor ligado e nos trilhos

Após uma certa patinada, a China está vendo sua economia crescer novamente. No mês passado, a produção industrial e vendas no varejo avançaram, mostrando que consumo e estoques estão caminhando lado a lado, o que ajuda a segurar a inflação. Há, porém, uma atenção nisso tudo. Aumentaram em 2,9% os investimentos em ativos fixos este ano, ligeiramente abaixo dos 3,1% esperados. Isso pode ser um sinal de que os investidores estão animados, pero no mucho!

Mesmo assim, a queda na procura por estes produtos financeiros pode também indicar que os investidores estão com apetite ao risco, deixando opções menos voláteis para trás e buscando ativos com retornos mais expressivos. A Ásia é o segundo maior mercado de criptomoedas e, apesar das proibições chinesas, a região e o próprio país movimentam bilhões de dólares via exchanges descentralizadas. Com isso, eles proporcionam um mercado forte e responsável por grandes flutuações de preços globais no Bitcoin e em outras moedas digitais.

 

 

 

ETF de Bitcoin: Jura que a SEC adiou?

Ah, o Bitcoin! Que semaninha foi essa última, hein, meus amigos? Quem esperava que a criptomoeda fosse perder força, se enganou. Mas quem também apostava na sequência de alta do ativo, pouco saiu na frente. A realidade é que o vencedor mesmo foi a volatilidade, que manteve o BTC entre US$ 35 mil e US$ 38 mil, criando um bloco até que interessante de operação.

As quedas e altas estão fortemente ligadas ao viés especulativo em cima das possíveis aprovações dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Porém, algo que já havia sido sinalizado aqui no Satoshi Call, era de que, embora o prazo final para a avaliação fosse a última sexta-feira, era muito provável que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adiasse o processo.

 

Dito e feito! As autoridades jogaram para janeiro de 2024 um feedback sobre os fundos regulamentados em bolsa. Lembrando que é possível ainda mais um adiamento, desta vez até maio, caso eles julguem  necessário.

Mesmo assim, a especulação está em alta, com a bolsa internacional Deribit registrando um pico histórico de US$ 15 bilhões em posições abertas com contratos de opções. Isso quer dizer que o mercado de criptomoedas está super aquecido, mas é difícil medir o quanto os investidores estão, na realidade, cautelosos, utilizando este tipo de produto para compra e venda ao mesmo tempo, se protegendo de possíveis variações e tendências divididas de preços do Bitcoin.

 

 

Preços X Saldos

A volatilidade mais acentuada de preços na última semana acompanhou uma intensidade maior no spread do saldo de Bitcoin disponível nas exchanges. Como mostra o gráfico da CryptoQuant – já comentado no último Satoshi Call –, houve uma baixa muito rápida, seguida de uma forte recuperação. Esse desequilíbrio alimentou essa oscilação de queda e valorização da criptomoeda em pouco tempo.

Fonte: CryptoQuant, em 21/11/2023, às 8h33min.

 

Agora, o mercado inicia a semana com uma linha meio lateral, mas com um toque de queda, que sustenta a intensa tendência de baixa de 2023, mas deixa dúvidas no ar se, de fato, essa pressão de vendas vinda dos depósitos de BTC nas corretoras acabou ou será continuada.

 

 

Análise técnica do Bitcoin

Na tradicional análise técnica, o gráfico semanal está respeitando – e muito – os níveis apresentados nos últimos Satoshi Calls. Apesar do pavio para baixo, o Bitcoin rompeu a “Resistência 1”, que mira o decote mais baixo do último “ombro-cabeça-ombro”. Porém, é nítido que há uma pressão vendedora, com os bulls esperando a moeda digital em preços mais baixos do que o atual.

Fonte: GoCharting, em 21/11/2023, às 8h27min.

 

Claro que não há como cravar nada e tampouco isso aqui é uma recomendação de investimento. Mas parece que, no momento, os bulls estão com um pulso um pouco mais firme para buscar a região dos US$ 43 mil, do que os bear os US$ 31 mil. Porém, tem muita água para rolar por baixo desta ponte e basta um comentário infeliz de Jerome Powell ou da SEC para tudo isso ir para o vinagre.

Nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mostrando que a força dominante, de fato, ainda é dos touros em prazos um pouco maiores. O Índice de Força Relativa (RSI) desceu ligeiramente para 74 pontos, algo muito bem-vindo para um mercado que estava no limite da sobrecompra, mas muito pouco para se afastar desta região. Por isso, este nível ainda exige cautela, com os investidores podendo estar de olho em pequenas oportunidades para a realização de lucros.

 

 

Por isso, vale a gente dar uma espiada no gráfico diário, para tentar limpar – ou não – possíveis ruídos de prazos maiores. Neste caso, temos algumas informações interessantes. Há um canal de alta que começou em meados de outubro. Porém, o mercado perdeu força, operando, nas últimas semanas, abaixo da média desta faixa de negociação. As duas tentativas de romper os US$ 38 mil apontam uma resistência que converge com a mediana do canal e o topo da banda de Bollinger. Com isso, a seta laranja mostra um possível momento em que o canal pode ser quebrado para cima ou para baixo.

Fonte: GoCharting, em 21/11/2023, às 8h29min.

 

Neste processo todo, o volume de negociação entrou em tendência de baixa, o que ajuda na falta de força dos bulls em conseguir dar uma sequência mais agressiva aos preços do Bitcoin. Ao mesmo tempo, o respiro do RSI visto no gráfico semanal também aparece aqui, mirando os 62 pontos – nível bem mais equilibrado. Já o MACD está com suas médias cruzadas para baixo, confirmando que os bears tiveram vantagem recentemente.

 

 

Conclusão

Mesmo que o Bitcoin e o mercado de criptomoedas estejam em uma tendência de alta bastante definida e até certo ponto alheios ao que está acontecendo na macroeconomia, é natural que realizações de lucro e correções aconteçam. É difícil medir ainda a frustração dos investidores sobre uma possível negativa da SEC em relação aos ETFs de BTC à vista. Por isso, é sempre bom manter esse noticiário em mãos.

A perspectiva gráfica mostra que um respiro está sendo muito bem-vindo, já que os indicadores estavam bem saturados nas últimas semanas. Por isso, aproximar o zoom e olhar períodos menores pode ajudar a limpar esses ruídos e manter os investidores com o pé no chão. A prudência diz que é hora de esperar um pouco essa poeira baixar e ver como os especuladores vão reagir a partir do comportamento da SEC.

Há espaço para mais valorização do BTC?

Há espaço para mais valorização do BTC?

A valorização de quase 6% do Bitcoin (BTC) e o pico em US$ 38 mil na última semana evidenciaram a atual e considerável tendência de alta. O preço, porém, se mostra como um nível interessante para os investidores realizarem lucro. Ao mesmo tempo, indicadores técnicos e a teoria de ciclos temporais sinalizam que a correção de valores pode não ser o fim desta alta, com o mercado de criptomoedas podendo ver o BTC renovando suas máximas locais.

 

 

Dinâmica de preços

O ímpeto ascendente do Bitcoin tem chamado a atenção nas últimas semanas, com a criptomoeda de referência chegando a operar próxima dos US$ 40 mil. Ao observar a dinâmica do preço, por exemplo, destaca-se que o fechamento semanal ultrapassou consideravelmente a região de 50% do spread da vela, indicando uma predominância dos compradores no mercado de criptomoedas, com a intenção de buscar a extremidade superior do canal de alta.

Entretanto, à medida que o preço do Bitcoin se eleva e se aproxima da linha superior do canal, há uma diminuição notável no volume de negociações. Esta redução sugere uma escassez na oferta de BTCs nessas faixas de preço, possivelmente desencadeando a realização de lucros por parte dos investidores.

É crucial compreender, então, a interdependência entre oferta e demanda para a continuidade do movimento ascendente da moeda digital. A presença de compradores e vendedores ativos é fundamental para sustentar o equilíbrio do mercado. Quando o volume de negociações diminui, parte dos investidores que estavam focados na compra pode passar a vender para equilibrar essa relação.

Nesse sentido, a análise de ciclos temporais nos dados de preço e volume de negociações se torna crucial. A compreensão dessa tríade – Tempo, Preço e Volume – revela padrões e comportamentos fundamentais do mercado para os investidores.

 

 

Um exemplo desses ciclos temporais pode ser visualizado no gráfico semanal acima, destacando períodos de 10 semanas. Desde novembro de 2022, esses ciclos têm sido observados, marcando momentos significativos de reversão no movimento do preço do Bitcoin. Estes pontos de virada são essenciais para a saúde estrutural do mercado, quando a contraparte enfraquece, levando os formadores de mercado a ajustarem suas posições.

O primeiro ciclo de 10 semanas, iniciado em novembro de 2022, testemunhou um movimento ascendente seguido por uma correção de duas semanas. O segundo ciclo de 10 semanas dentro da estrutura semanal foi um movimento de correção e iniciou na semana de 10 de abril seguindo até a semana de 12 de junho quando o movimento de queda fez uma pausa e os compradores novamente entraram no mercado com o objetivo de retomar a tendência de alta. Porém a tentativa novamente teve redução de volume e o movimento do preço não evoluiu.

Já o terceiro ciclo, a partir de julho de 2023, também refletiu uma fase corretiva que se estendeu até setembro de 2023. A retomada da tendência ascendente foi notada a partir da semana de 11 de setembro. Atualmente estamos na décima semana do ciclo, evidenciando uma redução no volume de negociações.

Persistindo a redução na oferta de Bitcoins, é possível que os formadores de mercado precisem reajustar suas posições, enquanto os investidores buscam realizar lucros, potencialmente desencadeando um movimento corretivo.

A interconexão entre tempo, preço e volume é essencial na análise técnica. Embora não seja possível prever completamente a dinâmica entre oferta e demanda, a compreensão dos ciclos temporais, preço e volume pode preparar os investidores para possíveis correções no mercado.

É relevante ressaltar que, tal como observado no início do movimento ascendente em novembro do ano passado, os ciclos temporais exibiram três ondas de alta em um período de 10 semanas. Atualmente, estamos na sexta semana da terceira onda de alta, e aqui vemos que há uma semelhança com o início dessa tendência em novembro de 2022.

Adicionalmente, na semana passada, completou-se um ciclo de 51 semanas desde a mínima de novembro do ano anterior. Os números 51 e 52 são significativos na teoria do tempo no mercado financeiro, essenciais para a construção do Trade System Ichimoku Kinko Hyo.

Considerando o exposto até o momento neste relatório, é plausível esperar a renovação da máxima de preço do Bitcoin para completar os ciclos de 6 e 10 semanas, possivelmente alcançando os US$ 39 mil, marcando a resistência da linha superior do canal de alta. Contudo, é pertinente antecipar um possível movimento corretivo subsequente.

 

 

Possível realização de lucros

Em caso de possíveis movimentos corretivos no preço do Bitcoin, é imperativo analisar os principais níveis de suporte para compreendermos onde o mercado de criptomoedas poderia reagir significativamente. Para essa avaliação, recorremos à ferramenta de perfil de volume conhecida como Volume Profile, incorporada em nosso gráfico semanal.

Dividimos o Volume Profile em dois grupos de velas, abrangendo as últimas 10 semanas do ciclo temporal atual e as 6 semanas que constituem a terceira onda de alta, conforme mencionado anteriormente.

O uso do Volume Profile proporciona insights sobre os níveis de preço onde ocorreram as negociações com maior intensidade durante esses períodos. Identificamos o Ponto de Controle (POC) das últimas 6 semanas, posicionado em US$ 34,6 mil, que se configura como o primeiro nível de suporte. Essa região de preços coincide com a mínima da semana anterior.

Logo abaixo, em US$ 34 mil, encontramos nosso segundo nível de suporte, representando o limite entre as áreas de maior e menor valor durante o período de 10 semanas. Este nível também corresponde à mínima observada duas semanas atrás.

O próximo ponto de suporte é em torno de US$ 32 mil, que se correlaciona com 50% de um Fair Value Gap (FVG). O FVG indica um desequilíbrio nos preços, favorecendo os compradores, e geralmente atua como uma zona de defesa potencial. Os níveis em torno de US$ 32 mil têm ainda mais relevância devido a ser o último topo significativo rompido durante o movimento do FVG, o que os torna uma referência essencial.

Olhando adiante, a base do Fair Value Gap (FVG) em US$ 30 mil surge como um possível nível de suporte. Essa região não apenas representa a base do FVG, mas também se alinha com os limites entre as áreas de maior e menor valor do Volume Profile das últimas seis semanas.

Esses níveis de preços identificados como potenciais suportes refletem áreas de interesse considerável para as negociações. São regiões onde os investidores podem encontrar um preço considerado justo para a troca de ativos. Em caso de uma correção no preço do Bitcoin, é provável que compradores estejam interessados em defender suas posições nessas áreas.

 

 

 

Até onde o BTC pode ir?

Após identificar os principais níveis de suporte, passamos agora a examinar possíveis níveis de resistência no movimento do preço do Bitcoin, detalhando os pontos críticos que podem influenciar o comportamento do mercado.

O primeiro nível de possível resistência identificado no gráfico semanal está situado em US$ 39 mil. Este patamar corresponde à linha superior do canal de alta, que tem sido observado desde novembro do ano passado. Essa região também coincide com um “nó” de alto volume, identificado por meio da ferramenta de perfil de volume desde a semana de 08 de novembro de 2021 até a presente semana. Este conjunto de dados permite avaliar áreas de interesse para negociações desde o início do grande movimento de queda.

O segundo nível de possível resistência pode ser considerado em US$ 42,2 mil. Esta área representa um nível de retração de 50% de Fibonacci, calculado desde o início da queda na semana de 08 de novembro de 2021 até a mínima registrada na semana de 21 de novembro de 2022. O ponto de retração de 50% deste movimento corresponde a US$ 42,2 mil, também coincidindo com o limite superior do “nó” de alto volume.

O terceiro nível de possível resistência antecipado está em US$ 47,3 mil. Embora esse ponto pareça distante do preço atual, é crucial ter uma visão abrangente do movimento do preço do Bitcoin. Investidores profissionais já estão monitorando essa região devido ao considerável número de confluências de informações presentes nesse nível de preço.

Esse nível de resistência em US$ 47,3 mil se destaca por várias razões. Primeiramente, representa a formação de um topo significativo dentro da estrutura de queda, ocorrido na semana de 28 de março de 2023, gerando um “Order Block” que favoreceu os vendedores naquela ocasião. Além disso, esse ponto específico registra um “nó” de alto volume no Volume Profile, e, não menos relevante, há indícios de possível liquidez e confluências de informações nessa área.

Historicamente, regiões com presença de liquidez tendem a funcionar como pontos de atração para o preço. Investidores profissionais consideram esses estudos de análise técnica para antecipar movimentos e estarem preparados para tomar decisões caso esses cenários se materializem.

 

 

Capitalização de mercado do Bitcoin

Ao analisar o gráfico semanal da capitalização de mercado e da dominância do Bitcoin, observamos uma discrepância importante em comparação com o gráfico semanal de preços.

Notamos que o gráfico do Market Cap teve duas semanas consecutivas de declínio, enquanto o preço do Bitcoin subiu nas últimas duas semanas. Essa discrepância sugere que o aumento no preço do Bitcoin não foi sustentado por um influxo correspondente de capital.

Considerando as reflexões anteriores neste relatório sobre o fechamento dos ciclos temporais e a aproximação do preço ao topo do canal, espera-se que a semana atual ofereça informações importantes para uma definição de preços, especialmente porque os níveis de capitalização e dominância operam em regiões de suporte.

O primeiro fator relevante para a definição de suporte para o Market Cap reside na linha de tendência de alta, parte integrante da base de um amplo canal. O segundo fator é que essa região também coincide com a mesma área que anteriormente servia como um topo resistente, mas foi rompida para cima.

Ademais, a linha Tenkan Sen, representativa do equilíbrio das últimas 9 semanas, também atua nessa mesma região de suporte.

Apesar das duas semanas consecutivas de declínio na capitalização do Bitcoin, o cenário macroeconômico permanece otimista, e correções dessa natureza são consideradas movimentos habituais do mercado.

O desempenho do gráfico do Market Cap nesta semana será crucial para auxiliar na direção do preço do Bitcoin. Os investidores estão atentos para determinar se o fechamento do ciclo de preço será acompanhado por entrada ou saída de capital.

A linha Chikou Span, traçada no gráfico há 26 semanas, apesar de apontar para baixo, continua posicionada acima das velas da capitalização, o que sugere otimismo para o mercado.

Destaca-se que na semana passada, observamos uma vela de queda com um volume de negociações maior do que o visto em semanas anteriores. Se houver a quebra abaixo da mínima do Market Cap da semana passada, a dominância pode buscar os níveis de equilíbrio de 26 semanas na linha Kijun Sen, aproximadamente em 51% de dominância.

A análise se dará em relação ao rompimento ou não, devido ao alto volume de negociações observado. A intensa atividade de negociações na semana passada levanta a questão sobre quem realmente saiu vitorioso dessa batalha, e os movimentos desta semana poderão esclarecer esse ponto.

Através do gráfico de capitalização, identificamos a importância da semana atual no contexto da movimentação de preços.

 

 

 

Divergência de tempos

A divergência identificada em nosso relatório Variação de Mercado da semana passada persiste ao comparar os gráficos diário e semanal, especialmente ao observar os indicadores MACD e Estocástico Lento.

No gráfico semanal, o histograma do MACD permanece acima da linha zero, registrando máximas cada vez mais altas. Entretanto, no gráfico diário, a situação é oposta: o histograma está abaixo da linha zero, mostrando mínimas cada vez mais baixas em intervalos diários.

A linha do Estocástico Lento no gráfico diário sugere a possibilidade de uma busca pela linha de 50% do indicador em um movimento descendente. Enquanto isso, no gráfico semanal, o indicador permanece em uma região de sobrecompra, sugerindo a possível utilização dos níveis de 80 como suporte.

Outro aspecto relevante na comparação entre os dois períodos é o volume de negociações. Enquanto observamos uma diminuição no volume no gráfico semanal, conforme mencionado anteriormente, no gráfico diário, percebemos um aumento no volume na segunda-feira (13) com pressão vendedora.

Essa alta no volume na segunda-feira foi impulsionada por vendedores que possivelmente acreditam em uma correção no preço do Bitcoin. O que merece atenção é se esses vendedores manterão sua influência nos próximos dias ou se a pressão inicial de venda no gráfico diário será contrabalançada por compradores que apostam na continuidade da tendência de alta, podendo levar os preços em direção às resistências previamente mencionadas.

Independentemente disso, até o momento deste relatório, os compradores têm mantido uma postura predominante na estrutura de preços. Uma correção no gráfico diário pode ser interpretada como um movimento natural do mercado dentro desse contexto.

 

Mercado de criptomoedas em alta

Ao analisar o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio), nota-se que a linha principal do indicador está apresentando oscilações consistentes acima da linha 1.

Essas oscilações sugerem que investidores podem estar realizando lucros com suas posições de Bitcoin. É importante observar que o indicador SOPR oferece insights relevantes sobre o comportamento dos investidores, especialmente no que diz respeito à realização de lucros ou perdas em suas negociações.

Uma análise significativa a ser feita nas próximas semanas está relacionada à possibilidade de o indicador produzir movimentos abaixo da linha 1. Isso indicaria uma potencial entrada de nova demanda no mercado, sinalizando uma continuidade da tendência de alta.

O posicionamento atual da linha principal do indicador SOPR, combinado com a análise técnica do preço, pode fornecer esclarecimentos sobre o comportamento dos investidores. Isso é particularmente relevante, considerando a divergência nos movimentos observados nos gráficos de preços em períodos semanais e diários.

Até o momento, com base no SOPR, sugere-se que o mercado está em uma fase onde os investidores estão realizando lucros. Este dado pode ser uma das peças-chave para entender o contexto atual do mercado de Bitcoin.

 

 

Conclusão

A análise abrangente da movimentação do preço do Bitcoin ao longo das últimas semanas revela um panorama complexo e multifacetado. A valorização de aproximadamente 6% na última semana impulsionou o preço para uma nova máxima em torno de 38 mil dólares. No entanto, observamos uma série de divergências e indicadores que sugerem possíveis desafios à tendência de alta.

Ao examinar a ação do preço, identificamos um fechamento semanal acima da região de 50% do spread da vela, indicando uma predominância dos compradores e um possível movimento em direção ao topo do canal de alta. Entretanto, a redução no volume de negociações sugere uma diminuição na oferta de Bitcoins nessas faixas de preço, o que poderia desencadear realizações de lucro por parte dos investidores.

A análise de ciclos temporais revela a recorrência de movimentos em períodos de 10 semanas desde novembro de 2022, delineando ciclos de alta e correção. Estamos atualmente na décima semana do ciclo, com a diminuição do volume de negociações indicando um possível momento de inflexão.

Ao considerar os níveis de suporte e resistência, o Volume Profile aponta para áreas-chave de interesse para negociação. Os níveis de suporte em torno de US$ 34,6 mil, US$ 34 mil e US$ 32 mil foram identificados, enquanto as resistências potenciais situam-se em US$ 39 mil, US$ 42,2 mil e US$ 47,3 mil, coincidindo com pontos relevantes de volume e histórico de preços.

A análise comparativa entre os gráficos diário e semanal, juntamente com indicadores como MACD, Estocástico Lento e SOPR, revela divergências notáveis. Enquanto o gráfico semanal sugere uma possível continuidade da tendência de alta, o gráfico diário indica sinais de realização de lucros por parte dos investidores.

Em resumo, a semana atual desempenha um papel crítico na definição dos movimentos futuros do Bitcoin. A divergência entre os prazos e indicadores sugere uma fase de indecisão no mercado. É vital monitorar o comportamento do volume de negociações e a reação dos investidores diante dos níveis de suporte e resistência para determinar a direção provável dos preços.

Neste contexto, embora os compradores ainda mantenham a estrutura predominante, é essencial considerar a possibilidade de correções naturais do mercado. A observação atenta dos próximos movimentos será crucial para a tomada de decisões estratégicas no cenário do Bitcoin.

 

 

Agradecimento

 

Gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos os leitores deste relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Agradeço por dedicar seu tempo e atenção para analisar e considerar as informações detalhadas aqui apresentadas.

Compreendo a importância de se manter informado e atualizado sobre o mercado de criptomoedas, e espero que este relatório tenha sido uma fonte útil.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

ETF esquenta BTC, que vê sinais de correção

ETF esquenta BTC, que vê sinais de correção

O otimismo prevalece pelos lados do Bitcoin (BTC), que subiu quase 6% no fechamento da última semana e inicia esta segunda-feira (13) negociado a US$ 36,8 mil. Apesar dos conturbados movimentos econômicos dos Bancos Centrais, os ETFs dominaram as ações dos investidores, que passaram a ver uma possível entrada robusta de capital institucional. Com a bolsa de Chicago (CME) se tornando o maior mercado de derivativos da criptomoeda do mundo, o apetite de grandes empresas se torna inegável, colocando o BTC em uma posição privilegiada há poucos meses do próximo halving.

 

 

Riscos e volta atrás

As constantes flexibilizações de gastos e a impressão de dinheiro estão cobrando seus custos. A agência de classificação de risco Moody’s cortou sua expectativa sobre o crédito norte-americano de estável para negativa. Afinal, o país vai precisar de uma nova rodada de discussões para evitar uma nova paralisação dos serviços federais essenciais já no próximo dia 17. A corda, portanto, segue puxando, criando dúvidas sobre como o governo vai arcar com seus compromissos.

Já o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, teve seus famosos “5 minutos”. Nas últimas declarações, o mandatário do Banco Central norte-americano havia dito que a política monetária do país talvez já estivesse suficientemente apertada e por isso, era bem provável que novos aumentos de juros não fossem mais necessários. 

O mercado, claro, comemorou, com a famosa garrafa de puro investimento de risco. Nem mesmo o posicionamento de outros representantes do FED contradizendo Powell foi o suficiente para encerrar a festa. Porém, com a caixa de som ainda bombando, ninguém esperava que tudo isso mudaria em apenas dois dias.

Em um debate sobre a situação econômica dos Estados Unidos, na última quinta-feira, Jerome Powell simplesmente mudou o discurso. Agora, ele citou a necessidade de cautela e que o FED não vai se privar em subir os juros se julgar necessário. Acha pouco? Ele disse ainda que talvez a política monetária do país não esteja restrita o bastante.

Mudar de opinião faz parte. Porém, não teve nenhum dado relevante que alterasse tanto o discurso. A realidade é que a volatilidade que a gente vê nas criptomoedas parece estar presente também nos representantes monetários norte-americanos. 

Para o Bitcoin, o tom mais dovish – flexível – foi positivo, abrindo espaço para uma especulação de preços mais agressiva. Mas, apesar da correção com o fim da euforia e o “sentença” hawkish – restritiva –, a criptomoeda teve uma correção muito pequena de preços. Ao mesmo tempo, o ativo digital pouco se movimentou com o risco sobre a economia norte-americana. Com isso, pode-se entender que o mercado de criptomoedas está mais maduro e resiliente a essas pressões – inclusive, falaremos sobre isso mais à frente.

 

 

 

Falta muita força

Quem está pouco volátil, mas com uma tendência de baixa significativa é a economia da Zona do Euro. O bloco viu seu Índice Gerente de Compras (PMI) recuar para 46,5 – o menor nível dos últimos três anos. O indicador praticamente crava os pés em território de retração, ligando um bom sinal de alerta. Mas calma, pois nem tudo são problemas. Afinal, se tem algo que está mostrando sinais de controle é a inflação ao produtor (PPI), que segue em retração.

É interessante observar que, em relação às criptomoedas, a Europa não é a região que mais se destaca. Mas a falta de força da economia local – coincidentemente ou não – acompanha um crescente desenvolvimento e procura por fundos regulamentados que envolvam Bitcoin e outros ativos digitais. Assim, enquanto os Estados Unidos arrastam seu ETF, integrantes da Zona do Euro parecem mais avançados neste sentido, o que pode indicar uma preferência por outra classe de ativos no atual momento de fragilidade.

 

 

Pausa para respirar

Responsável pela produção de boa parte da matéria-prima do mundo, a China vem sentindo a pressão dos mercados externos, com mais uma contração em suas exportações. Na contramão, porém, as importações subiram no último mês. Essa redução na demanda, porém, parece estar beneficiando a inflação ao produtor (PPI), que recuou 2,6% no último mês.

Sendo a segunda maior economia do mundo e também segundo maior mercado ativo de criptomoedas, a China é um grande impulsionador ou depressor dos preços do Bitcoin. A situação econômica relativamente mais estável – principalmente comparada à Europa – tem mantido um equilíbrio entre renda fixa e participação de riscos. Mesmo com a proibição das criptomoedas por lá, as exchanges descentralizadas continuam mantendo o país como um dos maiores expoentes do setor cripto.

 

 

 

Recuperando terreno

Pelo Brasil, a economia mostrou que os últimos dados de baixa podem não ter passado de um respiro. O PMI de Serviços se recuperou da queda em setembro e alcançou 51,0 em outubro, totalmente em território de expansão, mesmo que modesta. Já a inflação deu avançou 0,24%, acumulando 4,82% nos últimos 12 meses. O grande responsável? As passagens aéreas. Porém, a queda nos preços da gasolina ajudaram a frear um pouco o avanço.

 

Para além dos indicadores, o Senado aprovou a reforma tributária. Entre as mudanças, estão a unificação de tributos, uma trava para impedir um aumento da carga e até cashback para famílias de baixa rende. Agora, o congresso vota a sequência do documento.

 

Uma pesquisa recente da Chainalisys mostrou que o Brasil ocupa a nona colocação no ranking global de adoção das criptomoedas. De fato, este mercado está aquecido no país, com as stablecoins apresentando um papel importante para a economia. Em relação à movimentação do Bitcoin, nosso país ainda não tem força para movimentar de forma substanciosa os preços. Mesmo assim, a economia controlada abre a chance para investimentos mais arrojados.

 

 

Primavera cripto

O mercado de criptomoedas vem apresentando um desenvolvimento interessante. O Bitcoin disparou seu preço, triscando os US$ 38 mil – valor não visto desde maio de 2022. O desempenho positivo parece sustentar bem a tendência de alta da criptomoeda de referência. O que de um lado positivo, pois mantém os investidores animados, mas levanta o tradicional alerta para correções, já que nenhum mercado sobe em linha reta.

 

 

ETFs vem ou não?

Se tem alguém que está ajudando o Bitcoin são os ETFs. A Bloomberg divulgou o calendário da Comissão de Valores Mobiliário dos Estados Unidos (SEC) com os próximos deadlines para a decisão dos 12 pedidos do fundo regulamentado em bolsa da criptomoeda. Todos eles estão marcados, no máximo, até a próxima sexta-feira (17).

 

O otimismo, porém, merece uma dose de racionalidade. E desculpem por isso! Mas como observamos na imagem, há ainda a possibilidade de mais dois deadlines, caso os reguladores norte-americanos assim desejarem. Então, muito bacana, temos datas, mas digamos que a galera de lá não está no maior dos piques para analisar estes documentos. Ou pelo menos não estavam.

Fato é que além do ETF de Bitcoin à vista, a BlackRock também jogou mais lenha na fogueira, com um fundo exclusivo para Ethereum (ETH). O produto ainda está com análise pendente, mas foi o suficiente para colocar o ETH acima dos US$ 2 mil mais uma vez e trazer mais capital para o mercado de criptomoedas.

 

 

 

Institucionais nos derivativos

Os ganhos recentes do Bitcoin também seguem uma perspectiva interessante no mercado de derivativos. Para se ter uma ideia, a bolsa de valores de Chicago (CME) se tornou o maior mercado de negociação de contratos futuros de Bitcoin do mundo, superando qualquer outra bolsa, inclusive exchanges de criptomoedas. 

Alguns especialistas, inclusive, destacaram que este, sim, é o verdadeiro marco da adoção institucional dos criptoativos. A narrativa se faz valer com os dados da glassnode, que colocaram o mercado norte-americano como o maior consumidor e negociador de criptomoedas do mundo, seguido por Ásia e Europa.

 

 

Transações cautelosas

Apesar da alta de preços, uma dose de cautela não faz mal a ninguém. Até porque, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, correções não só são processos naturais, como muito saudáveis para o mercado. Ao olhar para os dados on-chain, essa perspectiva de cuidado ganha mais corpo.

A reserva de Bitcoin nas exchanges segue seu viés de baixa de meses atrás, mas mostrou um pico de alta interessante. Este salto pode indicar que alguns investidores estão esperando a oportunidade para realizar seus lucros.

Fonte: CryptoQuant

 

Parte deste aumento nos depósitos pode estar vindo dos mineradores, que viram suas reservas caírem nos últimos dias. Este tipo de comportamento é comum para períodos pré-halving, enquanto os mineradores tentam aproveitar ao máximo a oportunidade para empilhar a criptomoeda e preparar as contas para um período em que menos BTCs estarão disponíveis.

Fonte: CryptoQuant

 

 

 

Entre suportes e resistências

Na análise gráfica semanal, o Bitcoin fechou sua quarta semana consecutiva de ganhos, rompendo o decote mais baixo do último padrão de ombro-cabeça-ombro (linhas azuis pontilhadas). Ao mesmo tempo, o preço rasgou a média superior da banda de Bollinger, o que pode coincidir com a necessidade de um ajuste de preços.

Caso se sustente acima dos US$ 37 mil, o próximo alvo seria a região dos US$ 42 mil e US$ 43 mil, o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro. Caso os bulls percam força, um teste próximo à última grande resistência (linha preta e topo do cup and handle) e da mediana da banda de Bollinger, em US$ 30 mil, poderia ser a válvula de escape.

Fonte: GoCharting, em 13/11/2023, às 8h45min.

 

Já nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mostrando a força dos bulls nas últimas semanas. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta os 73 pontos, praticamente dentro do território de sobrecompra.

 

 

Conclusão

O amadurecimento do mercado de criptomoedas é evidente, e o apetite institucional está maior do que nunca. Com os volumes mais altos de negociação e a expectativa de uma entrada de capital cada vez maior, o Bitcoin vai se posicionando de maneira muito positiva para o próximo halving, estimado para abril do ano que vem.

Mais uma vez, porém, nenhum mercado sobe em linha reta. Por isso, cautela nas operações. Correções são normais e devem fazer parte do gerenciamento de risco de cada investidor. Como a análise técnica mostra, há espaço para o preço do BTC se desenvolver para ambos os lados. E é essa dualidade que pode pegar traders de surpresa.