BTC repete seu ciclo

BTC repete seu ciclo

Apesar das movimentações macroeconômicas e geopolíticas intensas e rumores sobre a aprovação de um ETF à vista nos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) respeitou os comportamentos técnicos e manteve seu movimento coerente com a teoria dos ciclos. De volta aos US$ 28 mil de forma relativamente rápida, o mercado de derivativos pode ser o grande fiel da balança, com investidores que possuem posições de venda tentando defender seus contratos futuros. Caso percam a batalha, entretanto, é possível que uma onda de recompra domine o setor e coloque o BTC em um cenário de possível enfrentamento de resistências.

 

 

Pressão vendedora presente

A análise do Bitcoin no gráfico semanal evidenciou uma vez mais a presença dominante de vendedores, que controlaram a movimentação de preços durante a primeira quinzena do mês de outubro. Na semana passada, observamos uma vela de baixa que resultou em uma queda semanal de 2,63% entre a abertura e o fechamento.

Uma explicação lógica para essa queda pode ser rastreada até a semana de 14 de agosto, nove semanas atrás, a partir da semana passada. Nesse período, vendedores entraram agressivamente no mercado, empurrando o preço da criptomoeda para baixo. O movimento de queda que presenciamos nos dias anteriores pode ter sido influenciado pelos bears da semana de 14 de agosto, que provavelmente defenderam suas posições, impedindo que o preço mantivesse a sequência de alta iniciada em 11 de setembro.

 

Além disso, observamos que na semana passada, o preço do Bitcoin sofreu a influência do ciclo temporal de 26 semanas, com os vendedores da semana de 17 de abril defendendo suas posições. Tanto os vendedores de nove semanas atrás quanto os de 26 semanas permaneceram no lucro, consolidando seu domínio sobre a estrutura do mercado.

Ao analisar detalhadamente o gráfico semanal, podemos notar que a partir da semana de 11 de setembro, cada tentativa de alta foi frustrada pela presença de vendedores com oferta superior à demanda nas regiões de preço da metade inferior da estrutura semanal. Nesta semana, uma nova tentativa de alta está em curso, porém, também está enfrentando dificuldades em evoluir.

 

 

 

Linhas de suporte e resistência

Primeiramente, traçamos uma ferramenta de Fibonacci dentro da nossa estrutura lateral macro do gráfico semanal. Nela, notamos que o movimento de alta iniciado na semana de 11 de setembro foi interrompido quando o preço atingiu os níveis de preço correspondentes a 50% de toda a estrutura.

 

Em seguida, na semana de 18 de setembro, os compradores tentaram dar continuidade ao movimento de alta iniciado na semana do dia 11. No entanto, a vela dessa semana teve um fechamento negativo, deixando um enorme pavio na parte superior, sinalizando a presença de vendedores.

É importante ressaltar que o mercado financeiro muitas vezes age de forma contrária às expectativas da maioria dos pequenos investidores. Portanto, estudar minuciosamente cada movimento individualmente é essencial. 

Enquanto muitos esperavam uma queda contínua, o movimento se inverteu, e o preço subiu de US$ 26 mil para alcançar US$ 28 mil na semana de 25 de setembro. Nesse período, vendedores fortes e experientes se retiraram do mercado, antecipando a possibilidade de vender seus ativos a preços mais altos. Isso resultou em um aumento tranquilo de preço durante a última semana de setembro.

Na primeira semana de outubro, o preço atingiu os níveis de 50% da estrutura e, mais uma vez, os vendedores mais fortes entraram em ação, interrompendo a sequência de alta e retomando vendas agressivas. Eles também absorveram as negociações de compradores que esperavam elevar o preço para patamares mais altos.

Essa disputa na região de 50% da estrutura de Fibonacci evoluiu para uma vela semanal em forma de doji. Velas doji sinalizam indefinição na direção dos preços, e muitos investidores aguardam o rompimento para um dos lados para determinar quem foi o vencedor dessa batalha.

Considerando a semana passada, houve o rompimento para baixo da vela doji da primeira semana de outubro, indicando que os vendedores estavam no controle. Com base nessa análise, podemos concluir que, dentro da estrutura de movimentação de preços do Bitcoin no gráfico semanal, a pressão durante a primeira quinzena de outubro estava do lado dos vendedores, e a presença dos compradores foi absorvida durante o movimento.

No início da semana atual, observamos um impulso de alta significativo impulsionado por rumores infundados de que a BlackRock havia recebido aprovação para criar um ETF de Bitcoin. Posteriormente, descobriu-se que essa informação estava equivocada, e o preço retornou rapidamente à região de equilíbrio.

Independentemente das razões que motivaram esse movimento de alta e subsequente queda, é crucial que os investidores estejam atentos à formação estrutural que a oferta e a demanda estão construindo no mercado. 

Em meio a isso, é fundamental destacar um nível crítico de preços na região de US$ 26 mil dólares, que inicialmente pode ser interpretado como um suporte significativo. No entanto, investidores estão atentos a esse nível por vários fatores que merecem nossa atenção:

 

Primeiramente, os níveis de preços nessa região abrigam uma grande quantidade de pequenos investidores de curto prazo que estão presos em posições de venda. Eles inicialmente acreditavam que o rompimento da vela da semana de 18 de setembro teria continuidade, levando o preço do Bitcoin a níveis mais baixos. 

O movimento surpreendente de alta na última semana de setembro pegou muitos desses investidores desprevenidos. Agora, aqueles que venderam na mínima daquela semana e não foram liquidados pelo subsequente movimento de alta estão ansiosos para que o preço retorne a essa região para encerrar suas posições. Encerrar essas posições requer recomprar seus ativos, o que adicionará demanda significativa a essa região de preços. Esse é um comportamento típico de investidores que ficaram presos em suas posições.

Além disso, outro fator que demonstra a importância da atenção aos níveis de preço em US$ 26 mil é o fato de que existe um grupo de investidores que comprou durante a última semana de setembro e estabeleceu stops de proteção abaixo da mínima da vela semanal daquela semana, ou seja, estão com posições de “oferta” nesta região.

Quando somamos a presença de ordens de investidores que ficaram presos com a presença de ordens de stops de proteção na zona dos US$ 26 mil, entendemos que este é um nível do mercado que possui alta liquidez. E onde há alta liquidez, também existe o interesse de grandes investidores profissionais.

Caso o preço do Bitcoin opere na região de US$ 26 mil, é possível que tenhamos alta volatilidade no mercado, com a presença do “dinheiro inteligente” absorvendo um dos lados da negociação.

Considerando que o preço atualmente está em um grande período de lateralização no gráfico semanal, é difícil prever exatamente o que o futuro reserva em termos de movimentação de preços. No entanto, esses elementos, como a concentração de pequenos investidores presos em posições e os stops de proteção na região de 26 mil dólares, oferecem pistas valiosas para nossa análise.

 

 

 

Olho na oferta e demanda

Como destacamos em relatórios anteriores, o movimento de preços no mercado de criptomoedas, assim como em outros mercados financeiros, é impulsionado pela relação entre oferta e demanda. Para confirmar o contexto de lateralidade que temos observado, é crucial considerar duas informações importantes.

Primeiramente, dentro da estrutura do gráfico semanal, percebemos que a “oferta” está no controle. Essas são as negociações de curto prazo que frequentemente levam a oscilações de preço. Por outro lado, no contexto macro, observamos que investidores profissionais continuam acumulando ativos desde o início da alta, que teve início em novembro do ano passado.

Com base nessas observações, chegamos a uma conclusão inicial de que, assim como em qualquer mercado, o setor das criptomoedas abriga diferentes tipos de investidores, cada um com seus objetivos específicos. 

Temos, por exemplo, os investidores de longo prazo, que estão mais focados em cenários macroeconômicos e não se preocupam com as flutuações de curto prazo. Eles continuam acumulando ativos e aproveitam momentos de queda para aumentar suas posições. Também podemos concluir que investidores de curto prazo, que geralmente possuem informações mais atualizadas e uma abordagem de curto prazo, identificam os principais pontos de liquidez no mercado para realizar suas negociações.

Dentro do contexto semanal que analisamos até o momento, é plausível que os investidores de longo prazo estejam absorvendo a oferta gerada pelos investidores de curto prazo. Esse comportamento é comum em mercados financeiros, onde os investidores de longo prazo aproveitam as oportunidades apresentadas por investidores de curto prazo, permitindo-lhes acumular ativos a preços favoráveis.

Essa dinâmica entre diferentes tipos de investidores pode contribuir para a estabilidade do mercado em períodos de lateralização, como o que temos observado recentemente. Contudo, é importante destacar que a volatilidade ainda pode estar presente, especialmente em cenários macroeconômicos ou eventos imprevistos que afetam o mercado global das criptomoedas.

 

 

Barreiras a serem enfrentadas

A seguir, detalharemos os principais suportes e resistências que influenciam o gráfico semanal do Bitcoin:

 

Suportes de preços

US$ 26 mil: Este nível de preço representa o próximo suporte significativo no gráfico semanal do Bitcoin. Como explicado anteriormente neste relatório, é uma área de concentração de ordens de compra e venda que pode gerar alta volatilidade nos preços, especialmente em timeframes menores.

US$ 24,6 mil: Outra região importante a considerar como suporte está localizada em US$ 24,6 mil. Além de ser o ponto de equilíbrio de 50% do desequilíbrio criado pelos compradores na semana de 13 de março, também está abaixo da mínima de toda a estrutura lateral do gráfico semanal.

 

US$ 22,6 mil: Embora este nível esteja um pouco mais distante do preço atual, ele também é relevante dentro do contexto geral da movimentação do Bitcoin. Este valor marca o início do deslocamento da vela semanal de 13 de março e corresponde à máxima da vela da semana de 06 de março. A semana de 06 de março foi testemunha de uma das defesas mais significativas dos compradores na estrutura de alta iniciada em novembro do ano passado. Uma possível defesa dos compradores pode estar na máxima da vela da semana de 06 de março, situada em US$ 22,6 mil. Embora não seja possível prever se o preço alcançará esses níveis, essa informação é valiosa para tomar decisões informadas, caso esse cenário se concretize.

 

 

Resistências de preços

US$ 30,2 mil: O primeiro nível de resistência significativa está situado em US$ 30,2 mil, correspondendo à região de abertura da vela semanal de 17 de abril. Vale destacar que, desde a semana de 10 de abril, o preço não conseguiu se manter acima dessa marca. Mesmo o movimento de alta observado no início da semana atual não conseguiu superar essa região.

US$ 31,8 mil: O último ponto avaliado como resistência neste relatório está localizado em US$ 31,8 mil. Essa marca representa a máxima da estrutura e é uma região com alta liquidez. O rompimento acima desse nível pode indicar a retomada de um grande movimento de alta para o Bitcoin.

Com base na análise dos suportes e resistências, fica claro que o mercado está em um período crítico de lateralidade. A evolução dos preços dependerá da interação entre a oferta e a demanda, bem como de fatores macroeconômicos e eventos imprevistos que possam afetar o mercado das criptomoedas.

 

 

 

Análise de curto prazo

A análise do gráfico diário do Bitcoin oferece informações adicionais sobre a movimentação recente dos preços: O demonstrativo a seguir mostra que o movimento de alta observado na segunda-feira (16) encontrou uma resistência em um “Order Block” criado em 14 de agosto. Além disso, o preço alcançou uma linha de canal traçada com base nas duas máximas anteriores.

 

É importante observar que o movimento de segunda-feira representa uma terceira puxada de alta. De acordo com a análise técnica, após três movimentos de alta com rompimento do topo local anterior, é possível que o preço inicie uma retração.

Apesar de, esse movimento de alta ter sido impulsionado por uma notícia equivocada, ele gerou otimismo entre os investidores. Muitos vendedores que acreditavam na continuação da queda foram liquidados, reduzindo a pressão de venda no gráfico diário e dando aos compradores um maior poder dentro da estrutura.

No entanto, é crucial notar que dentro de uma estrutura maior, esses compradores têm enfrentado dificuldades para deslocar o preço para níveis mais elevados.

Resumidamente, com base na metodologia de Wyckoff, podemos inicialmente considerar esse movimento de alta como um “Upthrust” (UT) da estrutura. Para confirmar a retomada de alta, é necessário que o preço rejeite o movimento de queda a partir desta semana. Uma linha de tendência foi adicionada ao gráfico, conectando os dois últimos fundos da estrutura diária. Essa linha poderá atuar como suporte caso os compradores assumam o controle das negociações.

No entanto, se o preço não conseguir manter esse suporte e romper abaixo da linha de tendência, podemos considerar que a estrutura de preços ainda não está totalmente finalizada. Isso poderia abrir a possibilidade de preços mais baixos, testando os suportes mencionados anteriormente.

 

 

Conclusão

 

Neste “Variação de Mercado”, exploramos minuciosamente a movimentação de preços do Bitcoin, considerando o gráfico semanal e diário. O objetivo foi fornecer uma análise abrangente que ajudasse a entender os principais fatores que influenciam o mercado nesse momento.

No gráfico semanal, observamos um cenário de lateralidade que tem persistido nas últimas semanas. O controle da “Oferta” é evidente no curto prazo, enquanto investidores profissionais continuam acumulando ativos a longo prazo. Essa divergência de horizontes de investimento entre os dois grupos de investidores cria um ambiente complexo de negociações. Investidores de longo prazo estão de olho no pós-halving de 2024 e continuam acumulando, aproveitando as quedas para aumentar suas posições. Por outro lado, investidores de curto prazo estão atentos aos pontos de liquidez para suas negociações.

Os principais suportes e resistências foram identificados para o gráfico semanal, com o suporte em US$ 26 mil e a resistência em US$ 30,2 mil dólares e US$ 31,8 mil. Essas regiões representam níveis críticos que podem desencadear movimentos significativos no preço do Bitcoin.

A análise do gráfico diário revela que o movimento de alta observado na segunda-feira, embora tenha sido impulsionado por uma notícia equivocada, deixou os investidores otimistas. No entanto, esse movimento de alta encontrou resistência em um “Order Block” criado em 14 de agosto e atingiu uma linha de canal traçada com base nas duas máximas anteriores. De acordo com a análise técnica, este pode ser um “Upthrust” da estrutura, o que sugere a possibilidade de uma retração.

A manutenção de uma linha de tendência ligando os dois últimos fundos da estrutura diária é crucial para a confirmação da retomada de alta. A falha em manter essa linha pode indicar que a estrutura de preços ainda não está completa e que preços mais baixos podem ser testados, incluindo os suportes mencionados anteriormente.

Os investidores de curto e longo prazo têm objetivos distintos, o que cria um ambiente de negociação complexo. Os níveis de suporte e resistência desempenham um papel fundamental na determinação do próximo movimento de preços. A evolução do mercado dependerá da interação entre a oferta e a demanda, bem como de eventos futuros que possam influenciar o cenário das criptomoedas.

 

 

Obrigado por sua atenção e interesse. Desejo a todos sucesso e sabedoria em suas atividades de investimento no mundo das criptomoedas.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin está mesmo em recuperação?

Bitcoin está mesmo em recuperação?

O otimismo parece ter batido à porta do mercado de criptomoedas nesta segunda-feira, com o Bitcoin (BTC) apontando uma alta rápida de preços. Porém, os eventos geopolíticos e macroeconômicos podem ser uma barreira para os ventos favoráveis à moeda digital. Afinal, os próprios fundamentos do setor sugerem volatilidade, como a constante postergação dos ETFs de BTC à vista nos Estados Unidos. A realidade é que dados on-chain apontam para um caminho de lucro para a maioria dos detentores do ativo. Em contrapartida, o comportamento gráfico sinaliza que há muito o que se fazer antes de comemorar a recente alta.

 

 

No rastro dos preços

A gente começa este relatório falando dela: Inflação. Os preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos avançaram acima do esperado pelos analistas. O aumento recente foi impulsionado, em parte, pelos custos mais elevados da energia. Já a inflação ao Consumidor (CPI) desacelerou na base mensal e se manteve estável na perspectiva anual, com gasolina e moradia sendo os principais itens a contribuírem para o índice atual.

 

Setembro Projeção Agosto
PPI 2,2% 1,6% 2,0%
CPI 3,7% 3,6% 3,7%

 

Apesar de um avanço não tão agressivo e até mesmo uma estagnação nos índices inflacionários, o mercado segue monitorando de perto o comportamento dos formuladores de política monetária do Federal Reserve (FED), acreditando que o aperto da política monetária pode se prolongar por mais tempo.

 

 

 

Falando neles

O clima é, no mínimo, de divergência entre os membros votantes da política monetária norte-americana. O presidente do FED da Filadélfia, Patrick Harker, disse que a faixa entre 5,25% e 5,5% pode ser o teto do aperto, “salvo uma mudança radical nos dados”.

Entretanto, a ata da última reunião do FOMC revelou que a maioria dos participantes vê a trajetória futura da economia dos EUA como “altamente incerta”. E apesar de manterem da optaram pela pausa no aumento da taxa, 12 dos 19 membros do comitê indicaram a possibilidade de mais um ajuste até o final do ano. 

Essas incertezas acompanham os voláteis indicadores econômicos, potenciais choques no preço do petróleo e impactos de greves sindicais no país. A força das commodities e do mercado imobiliário também podem acentuar a inflação, enquanto desacelerações no crescimento global, guerras e outros conflitos recentes podem desacelerar o avanço econômico.

 

 

Luz no fim do túnel

Parte da volatilidade econômica citada anteriormente vem da China. O país não sabe se vai para lá ou para cá. Mas a realidade é que, após semanas de dados corretivos sobre o desempenho do país, a última semana marcou um possível otimismo sobre a retomada da economia.

Um dos pontos principais foi a melhora nas relações comerciais. Apesar das importações e exportações ainda apontarem o campo negativo, a contração ocorreu em um ritmo mais lento, sugerindo uma possível estabilização do país. Além disso, os números vieram melhor ou muito próximos das perspectivas do mercado. Mesmo assim, o fantasma da atual crise do setor imobiliário segue mantendo os investidores em cautela.

 

Setembro Projeção Agosto
Exportações -6,2% -7,6% -8,8%
Importações -6,2% -6,0% -7,3%

 

Mas além dos dados comerciais, a inflação no país também está em recuo, mostrando que este pode ser um problema já “resolvido” ou pelo momentaneamente controlado pelas autoridades monetárias chinesas.

 

Setembro Projeção Agosto
CPI 0,0% 0,2% 0,1%
PPI -2,5% -2,4% -3,0%

 

 

 

Uma hora vai

Entre as grandes potências globais, a Zona do Euro segue ainda capengando – e muito. Os dados não são animadores há certo tempo, embora a inflação até esteja arrefecendo. Porém, preocupam os investidores o fato da Produção Industrial do bloco estar desacelerando, o que dificulta a retomada de estoques das empresas, mantendo a oferta de produtos apertada e, consequentemente, o risco de um aumento de preços iminente.

 

Agosto Projeção Julho
Produção Industrial -5,1% -3,5% -2,2%

 

 

No controle

Falando em inflação, o Brasil divulgou seu Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador registrou avanço, com “Transportes” puxando a fila, por conta do aumento do preço da gasolina. Em contrapartida, “Alimentação e bebidas” apontaram queda de 0,71% no período, marcando o quarto mês consecutivo de baixas. Mesmo assim, a aceleração do IPCA veio consideravelmente abaixo do esperado pelos analistas. 

 

Setembro Projeção Agosto
IPCA 0,26% 0,34% 0,23%

 

 

 

Gostinho de volatilidade

O Bitcoin não segurou os US$ 28 mil da última semana. Entretanto, quem esperava uma correção forte se deparou com uma queda branda, seguida por uma espécie de recuperação. O fundo em US$ 26,5 mil foi a mínima que a criptomoeda de referência chegou, mantendo a cautela dos investidores no curto prazo sobre o desempenho do ativo. Entretanto, a abertura desta segunda-feira reservou espaço para um fôlego que retomou o BTC de volta aos US$ 27,7 mil.

 

 

Comportamento dos investidores

É nítido que a luta entre compradores e vendedores é intensa. O volume de negociação não é o suficiente para dar vantagem a nenhum dos lados neste momento de mercado. Acompanha essa morosidade ainda uma queda significativa na atividade da rede. Isso aponta que houve menos aportes ou retiradas, resultando em menos liquidez. Mas mais do que isso, boa parte dos BTCs já foram sacados das exchanges, no que parece um processo de proteção e HODL intenso pré-halving.

É interessante observar ainda que o índice Fear and Greed está em 47 pontos. Embora este seja o território de medo, pode quase ser considerado como neutro (50 pontos), levando em conta que a oscilação do mercado está nessa faixa de sentimento.

Fonte: Alternative.me

 

 

No martelo

A emoção reduzida dos últimos dias acompanhou também uma pendência importante. A decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sobre o pedido da GrayScale para um fundo de Bitcoin à vista. A ideia da empresa é transformar seu atual fundo da criptomoeda em um ETF regulamentado.

Além deste pedido, a própria GrayScale já entrou com uma solicitação para um ETF de Ethereum (ETH) spot, enquanto BlackRock e outras gestoras globais aguardam uma resposta do regulador norte-americano.

 

 

Acumulação

Se a movimentação de curto prazo é lenta e com pouca emoção, os HODLErs de longo prazo parecem saber muito bem o que estão fazendo. Segundo dados on-chain, este grupo de investidores continuam comprando Bitcoin em um ritmo acelerado. São cerca de 50.000 BTCs por mês – em torno de US$ 1,35 bilhão. Com isso, o número total de Bitcoins sob posse dos está em 14,859 milhões de unidades – cerca de 76% da oferta circulante atual e uma nova máxima histórica.

 

 

Ligeiras perdas no caminho

Os principais indicadores on-chain não sinalizam ainda grandes mudanças. O SOPR, que avalia se a maioria das carteiras estão no lucro ou prejuízo, retomou ao 1 ponto, com uma pequena porcentagem dos endereços registrando ganhos no momento.

Fonte: CryptoQuant

 

 

História nos gráficos

A tendência, entretanto, é um pouco mais lateral para o Bitcoin, como observa-se no gráfico semanal. A realidade é que há testes importantes no último canal rompido em 25 de setembro. Caso a criptomoeda retome esta faixa de baixa, os US$ 24,3 mil – última grande resistência vencida – pode ser um nível a ser visitado. Esta região, além de possuir uma linha horizontal expressiva de barreira, ainda acompanha a linha inferior da banda de Bollinger.

O contrário, entretanto, também é verdadeiro. A atual resistência dos US$ 28 mil não só bate com outra linha horizontal importante, mas também com a mediana do indicador de Bollinger. Em ambos os casos, mostram-se a força desses dois níveis de preços para o mercado.

Fonte: GoCharting, em 16/10/2023, às 8h44min

 

Nos indicadores adjacentes, o MACD segue fazendo topos maiores e aproximando suas médias. Com isso, os bulls vão fortalecendo sua vantagem. O RSI pausa a queda, mirando os 52 pontos, apontando um mercado ligeiramente mais comprado, mas bem próximo de um equilíbrio.

 

 

Conclusão

.O mercado de criptomoedas parece estar cada vez mais aquecido. Mas como de costume em períodos pré-halving, o movimento de preços é lento e cada etapa parece estar sendo construída tijolinho a tijolinho. Há um certo afastamento do Bitcoin em relação aos eventos macroeconômicos, mas que, claro, nunca devem ser desconsiderados, pois a correlação ainda é presente.

O que os investidores devem ter em mente é que as quedas e subidas de preços estão ainda encaixotadas em uma disputa ferrenha entre bulls e bears. Assim, é difícil medir com exatidão a força de cada um. Este equilíbrio é persistente e apenas movimentos mais agudos de preços vão sinalizar efetivamente para qual lado está a verdadeira tendência do BTC.

BTC em divergências de tendências

BTC em divergências de tendências

A falta de força para cima ou para do Bitcoin (BTC) segue mantendo o sentimento cauteloso dos investidores. Alguns indicadores técnicos, inclusive, mostram que as tendências de curto e médio prazos estão divergentes, exigindo que a criptomoeda de referência faça uma recuperação consistente para que o movimento de alta seja mais nítido. Em contrapartida, a dominância do BTC no mercado de moedas digitais ultrapassou os 51% esta semana, apontando que o dinheiro segue fluindo para o Bitcoin.

 

De olho nos ciclos

A primeira semana de outubro apresentou uma dinâmica de preços interessante para o Bitcoin, com a criptomoeda operando em uma faixa de preço comprimida entre as linhas Tenkan e Kijun, bem como dentro das linhas que formam a “Nuvem” de Ichimoku. Embora o mês tenha começado com otimismo, a semana passada terminou com uma vela de indecisão, acompanhada por um volume de negociação muito semelhante ao da última semana de setembro.

Ao iniciarmos a semana atual, há uma expectativa de que a manutenção de uma sequência de alta no gráfico semanal possa levar as negociações para fora da região da “Nuvem”. No entanto, observamos que a Tenkan Sen, que representa o ponto de equilíbrio das últimas 9 semanas, aponta para baixo neste momento. A vela de indecisão da semana passada não trouxe informações decisivas para o mercado, apesar do movimento de alta que persiste desde a semana de 11 de setembro. 

Ao considerarmos a Chikou Span, que está plotada 26 semanas no passado, atualmente está na semana de 17 de abril. Nessa semana, os vendedores iniciaram um movimento de queda que se estendeu por um ciclo de 9 semanas até atingir a mínima na semana de 12 de junho. A “Senkou Span A”, que projeta 26 períodos no futuro, aponta levemente para baixo, sugerindo que, no contexto da estrutura do gráfico semanal, a “Demanda” está enfraquecida.

 

No caso de movimentos de alta, os investidores devem estar atentos à pressão exercida pelos vendedores, que entraram em ação na semana de 14 de agosto. Esses vendedores ainda dominam o mercado, estabelecendo uma resistência entre US$ 29 mil e US$ 30 mil.

Quando analisamos as movimentações de preço e volume, observamos dois momentos em que houve um volume significativamente elevado de negociações, ambos marcados pelo controle exercido pelos vendedores. O primeiro ocorreu durante a vela semanal de 14 de agosto, e o segundo movimento com pressão de vendedores aconteceu na semana de 28 de agosto. Nessas duas ocasiões, as barras de volume atingiram níveis elevados, e até o momento atual, nenhuma outra semana registrou um volume tão alto. Isso reforça a ideia de que os compradores, apesar de presentes, ainda enfrentam uma demanda fraca em relação ao movimento estrutural.

É importante destacar que a máxima atingida em 28 de agosto foi de US$ 28,1 mil, uma região de preços que já foi mencionada em relatórios anteriores como uma área de resistência complexa.

Para o futuro, é relevante considerar que o rompimento da máxima da semana passada poderá projetar o preço em direção à região de abertura da semana de 14 de agosto, em US$ 29,2 mil. Por outro lado, o rompimento da mínima da semana passada poderá projetar o preço em direção ao fechamento da semana de 11 de setembro, em US$ 26,5 mil.

 

 

Operando em estrutura

Na sequência de nosso relatório, continuaremos a análise da movimentação de preços do Bitcoin, focando na atual estrutura do mercado e nas forças em conflito que estão moldando o cenário.

É evidente que, dentro da estrutura do gráfico semanal, há uma pressão vendedora. No entanto, é igualmente importante observar que o movimento de preço atual caracteriza-se por uma extensa lateralização. Essa lateralização representa uma pausa no movimento de alta que se iniciou em novembro do ano passado.

 

O movimento de alta anterior e o otimismo no mercado a médio prazo são evidenciados no histórico da linha Senkou Span A, que indica uma significativa região de suporte móvel. Essa área pode ser vista como uma zona de defesa para os compradores que impulsionaram o preço para cima desde o início do ano.

Com o passar das semanas, estamos nos aproximando do possível encerramento da estrutura de preços. Essa tendência é motivada pela redução no volume de negociações ao longo do tempo.

A lateralização nos movimentos de preços ocorre devido à influência das duas principais forças do mercado financeiro: a Demanda e a Oferta. A consolidação de preços é essencialmente uma batalha entre essas duas forças, e com o tempo, uma delas começa a ganhar vantagem, reduzindo a quantidade de ativos disponíveis para negociação dentro da faixa de preço estabelecida na estrutura. Quando a disponibilidade de ativos em uma determinada faixa de preços diminui, o volume de negociações tende a diminuir, tornando mais fácil para a força dominante mover o preço em sua direção preferida.

No caso do Bitcoin, nosso objeto de estudo, o preço só subirá significativamente quando a oferta institucional for eliminada. Isso permitirá que o poder institucional dos compradores mova o preço para cima com maior facilidade.

No entanto, com base na análise apresentada até o momento, ainda é perceptível que a força da oferta está presente no mercado. Os investidores continuam otimistas a longo prazo, mas enquanto a demanda não absorver completamente a oferta disponível, o preço permanecerá dentro da estrutura determinada no gráfico semanal, representando as negociações a médio prazo no contexto histórico do Bitcoin.

É importante ressaltar que existem diferentes perfis de investidores e operadores no mercado financeiro. Os operadores de gráficos diários e day-traders continuam explorando oportunidades de curto prazo em todo o mercado, como veremos ao analisar timeframes menores mais adiante neste relatório.

 

 

Dominância em alta

Falaremos agora sobre a análise do Market Cap e da evolução da dominância do Bitcoin em relação ao mercado de criptomoedas. O gráfico semanal do Market Cap continua a apresentar entradas de capital e um aumento na dominância do Bitcoin superando 51%. Desde o início de maio de 2021, uma extensa estrutura foi construída, culminando com um rompimento significativo para cima em junho deste ano.

Uma observação interessante marca esse longo período de acumulação: a mínima da estrutura do Market Cap foi registrada em setembro de 2022, e desde então, os níveis de capitalização e dominância não retornaram a essa região.

Ao analisarmos o movimento no gráfico de preço do Bitcoin, notamos que após setembro de 2022, o preço continuou a cair e só começou a se recuperar a partir de novembro de 2022. Essa informação revela como o movimento institucional desempenha um papel crucial nos mercados financeiros. A partir de setembro do ano passado, grandes investidores já estavam acumulando compras e aproveitando as quedas de preço para aumentar suas posições.

Essa contextualização pode ser aplicada ao momento atual da movimentação do Bitcoin. Quando comparamos o gráfico do Market Cap com o gráfico de preços, observamos que, enquanto o preço está em uma região complexa de indecisão e resistências atualmente, o gráfico do Market Cap continua a sinalizar otimismo, seguindo uma linha de tendência que traçamos em estudos de relatórios anteriores.

 

Essa linha de tendência faz parte de um canal de alta, e sua próxima resistência está situada nos níveis de 52,15%, na região do topo anterior. Caso essa resistência seja ultrapassada, o próximo ponto de parada poderá ser o topo do canal.

Em resumo, o gráfico semanal do Market Cap continua a sinalizar otimismo para o Bitcoin, independentemente das flutuações no preço. A dominância do Bitcoin permanece forte, e a entrada de capital continua a impulsionar o otimismo do mercado cripto. A análise do Market Cap fornece uma perspectiva valiosa sobre a saúde e a tendência de longo prazo do mercado de criptomoedas, complementando a análise do preço do Bitcoin.

 

Sobe e desce de preços

Agora aprofundaremos nossa análise no gráfico diário do Bitcoin, focando em identificar níveis de preço relevantes e compreendendo os desafios enfrentados pelo preço nos últimos dias.

Este gráfico mostra que o preço continua a operar na parte superior da estrutura, com dificuldades para realizar um rompimento significativo para cima. No entanto, é perceptível que a cada movimento de queda nos últimos dias, o preço tem encontrado suporte no que é conhecido como “Order Block”, localizado na mesma região que examinamos anteriormente no rompimento do “AR”. Os níveis de preço mais relevantes que têm apoiado os movimentos de queda estão na região de US$ 27,2 mil.

Analisando a imagem a seguir, observamos que, olhando apenas para as movimentações de preço e volume, há uma região em US$ 29,1 mil que pode atuar como uma resistência, caso o preço supere os níveis de “UA.” Neste momento, “UA” representa uma área complexa onde os vendedores entram em ação, absorvendo a força compradora e revelando a presença ativa de vendedores que impedem a continuidade da alta.

 

 

Se contarmos as velas diárias, percebemos que o preço já atingiu a região de “UA” por pelo menos 5 dias e não obteve sucesso no rompimento. De acordo com a análise técnica, quando uma mesma região é testada repetidamente, ela pode enfraquecer. No caso do Bitcoin, sempre que o preço trabalha na região de US$ 28,1 mil, os compradores conseguem consumir parte da oferta disponível nesses níveis. Portanto, a cada novo teste, as chances de um rompimento aumentam.

Por outro lado, os investidores estão atentos para verificar se os compradores continuam fortes a cada novo teste. Essas regiões complexas de suporte e resistência, envolvendo conceitos de oferta e demanda, entram em uma batalha, e leva tempo para que um dos lados enfraqueça.

Até o momento presente, a pressão vendedora ainda é mais forte dentro da estrutura de preços semanal, como mencionado anteriormente. No entanto, observamos uma entrada constante de capital e um aumento na dominância do Bitcoin. Isso pode dar uma vantagem aos investidores que procuram pontos de entrada no gráfico diário.

 

 

Com que essa nuvem parece?

Também examinamos o gráfico diário do Bitcoin com foco nas linhas do Ichimoku e como podemos interpretar essas informações em termos de fractais de movimento de preços. Observamos que a criptomoeda está tentando se manter acima da região da “Nuvem” com as linhas Tenkan e Kijun operando de forma ascendente ao longo dos últimos dias. No entanto, a Senkou Span B segue um movimento inverso, o que adiciona complexidade à análise.

No contexto da teoria de fractais, sabemos que o mercado é fractal, o que significa que o preço se move em padrões repetitivos e auto-similares em diferentes escalas de tempo. Neste caso, podemos interpretar as linhas do Ichimoku da seguinte maneira:

Tenkan Sen: Oscilando de forma ascendente no gráfico diário, simboliza uma onda de um fractal menor.
Kijun: Representa uma onda base e, neste caso, uma onda de médio prazo, contabilizando assim dois fractais de ondas ascendentes.
Senkou Span B: Simboliza uma onda de um fractal maior, e, neste caso, ainda está descendente.

Essa interpretação explica a dificuldade dos dois fractais menores (representados por Tenkan Sen e Kijun) em promover o rompimento nas máximas da estrutura diária, uma vez que o fractal maior (representado por Senkou Span B) ainda está em uma tendência descendente.

Para que o fractal maior, representado por Senkou Span B, também sinalize alta, é necessário que a demanda se torne predominante dentro da estrutura. Isso requer tempo e pode envolver uma batalha entre compradores e vendedores.

 

No gráfico, destacamos três tipos de fractais: o menor (setas verdes), o mediano (seta vermelha) e o maior (seta laranja). Em resumo, o gráfico diário nos indica que mesmo que ocorra um rompimento de curto prazo das máximas anteriores, ainda estaremos confrontando o fractal maior descendente. Isso poderia resultar em um retorno rápido dos preços para os níveis de suporte representados pela “Nuvem” no gráfico diário. Portanto, entendemos que a região de US$ 29 mil poderá ser um novo ponto de inflexão caso o preço alcance esse patamar. No entanto, a “Nuvem” continua a operar como uma grande região de suporte.

A análise das linhas do Ichimoku vai além do estudo do equilíbrio; como vimos na análise do gráfico diário, essas linhas também podem ser interpretadas como ondas fractais que podem impulsionar ou retrair a movimentação de preços com maior ou menor intensidade.

É importante lembrar que a aplicação dessa metodologia pode variar de acordo com o contexto apresentado pelo ativo analisado.

 

 

Conclusão

Ao longo deste relatório, realizamos uma análise detalhada da movimentação de preços do Bitcoin em diferentes intervalos de tempo e com base em várias ferramentas analíticas, como o gráfico semanal, o Market Cap, o gráfico diário e as linhas do Ichimoku. Compreendemos que o mercado de criptomoedas é complexo e está sujeito a influências variadas.

No cenário semanal, observamos um mercado lateralizado e uma luta contínua entre a oferta e a demanda, com uma pressão vendedora dominante. No entanto, o Market Cap continua a demonstrar otimismo para o Bitcoin, sugerindo que a dominância da criptomoeda líder ainda é forte.

A análise do gráfico diário revelou desafios para o Bitcoin em romper resistências significativas, apesar de uma tentativa constante de permanecer acima da “Nuvem.” As linhas do Ichimoku destacaram a presença de fractais de movimento de preços, com Tenkan Sen e Kijun indicando ondas ascendentes de menor prazo, enquanto Senkou Span B representa um fractal maior ainda em tendência descendente. Isso explica a dificuldade em romper máximas anteriores.

A interação entre compradores e vendedores em níveis de suporte e resistência complexos tem sido um fator chave na movimentação de preços. A região de 29 mil dólares é vista como um ponto de inflexão potencial, e a “Nuvem” continua a operar como uma grande área de suporte.

Em resumo, o Bitcoin enfrenta um cenário desafiador no curto prazo, com a pressão vendedora predominante ainda presente na estrutura semanal de preços. No entanto, a entrada contínua de capital e a dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas mantêm um cenário otimista a médio e longo prazo.

A análise do Ichimoku demonstra a importância de considerar os fractais e as tendências em diferentes escalas de tempo para obter uma compreensão completa da movimentação de preços.

 

 

Agradecimento

 

Em um mercado tão dinâmico, a análise contínua e a adaptação são cruciais, e estamos aqui para apoiar sua jornada de investimento. Obrigado por sua atenção e confiança. Desejo a todos os investidores sucesso em suas estratégias e decisões futuras.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Derivativos aquecem o Bitcoin

Derivativos aquecem o Bitcoin

A cautela é o nome do jogo dos mercados para esta semana. Os dados do setor empregatício norte-americano deixaram os investidores perdidos e pouco confortáveis com a situação monetária dos Estados Unidos. Por isso, aumenta a pressão sobre os juros do país. Ao mesmo tempo, a retomada das negociações na China, pós-feriado, deve adicionar uma boa volatilidade às ações e criptomoedas, enquanto as tristes tensões geopolíticas em Israel podem conturbar o petróleo. Em meio a isso tudo, o Bitcoin briga na região dos US$ 28 mil, enquanto observa um crescimento da acumulação e, principalmente, do mercado de derivativos da criptomoeda.

 

 

Mais um triste capítulo

Pouco mais de um ano após o início da guerra na Ucrânia – que ainda não teve fim – o mundo está vivenciando mais um conflito importante, desta vez em Israel. É extremamente triste ver vidas sendo perdidas, enquanto grupos e governos se digladiam em suas guerras. Mas como uma discussão social e filosófica não é o objetivo do Satoshi Call, vou destacar, além do óbvio, as consequências econômicas que esse conflito pode trazer ao mundo. 

Neste caso, estamos falando do petróleo. Israel não é um grande produtor dessa base de energia global. Mas o Irã, que apoia o Hamas, sim! Embora os ataques não estejam ainda localizados nas regiões petrolíferas, especialistas começam a se questionar como a expansão e prolongamento da guerra pode afetar a produção local de combustíveis, assim como possíveis sanções econômicas levem o governo iraniano a fechar suas torneiras ao exterior. Esse receio já elevou o preço do barril em 4% esta manhã.

Com a valorização do petróleo, a tendência é que os custos dos transportes de matérias-primas e produtos finais se elevem, o que impacta diretamente na inflação. Essa pressão é semelhante ao que aconteceu quando a Rússia sofreu sanções econômicas, após invadir a Ucrânia. Como resposta, Vladimir Putin decidiu cortar alguns fornecimentos de gás, aumentando consideravelmente o preço da energia em muitos países europeus. 

 

 

 

Isso aqui tá certo?

A expectativa dos investidores em relação aos dados do mercado de trabalho norte-americano deram lugar a uma enxurrada de dúvidas. As informações apresentadas ao longo da semana foram bastante conflitantes, com o Payroll sendo o fiel da balança para “decidir” a situação.

Considerando os números divulgados, a situação empregatícia do país segue bastante aquecida, com quase o dobro – em relação às estimativas – de novos trabalhadores . Isso acaba colocando ainda mais pressão sobre o Federal Reserve, que pode usar a oportunidade para voltar a elevar os juros novamente.

 

  Setembro Projeção Agosto
Payroll 336 mil 170 mil 227 mil
Taxa de Desemprego 3,8% 3,7% 3,8%

 

Jerome Powell, inclusive, realizou um breve discurso na Pensilvânia, na última semana, reforçando que o foco do Banco Central é gerar uma “economia saudável” e um mercado de trabalho “forte”. Essa fala, entretanto, caminha ligeiramente na contramão do que os formuladores de política monetária discutem recentemente. As autoridades apontam que os resilientes empregos tem sido o principal catalisador para a manutenção do aperto monetário.

Apesar dos esforços para um “pouso suave” e evitação de uma estagflação, a realidade é que há poucos sinais de que a economia dos Estados Unidos, de fato, está andando. Os Índices Gerente de Compras (PMIs) Industrial, de Serviços e Composto até vieram em linha ou acima das expectativas dos analistas. Entretanto, não destacam uma melhora significativa e, em alguns casos, apontam um retrocesso. Mas se vale um ponto “positivo” nesta história, é que a desaceleração está justamente na área de Serviços, em que a pressão inflacionária tende a ser maior.

 

 

Na contramão de tudo

Na Zona do Euro, a economia está o oposto do que caminha a norte-americana. Enquanto os PMIs ainda apontam uma retração dos principais motores locais, o setor de Serviços permanece em expansão. Com isso, a inflação ao consumidor (CPI) pode ser pressionada para cima, enquanto os dados mostram que os preços ao produtor (PPI) permanecem em recuo.

 

  Setembro Projeção Agosto
PMI Serviços 48,7 48,4 47,9
PPI -11,5% -11,6% -7,6%

 

A taxa de desemprego no bloco também recuou, embora bem pouco. Mesmo assim, mostra que o mercado de trabalho pode estar ligeiramente aquecido. Ou seja, mais um problema para o Banco Central Europeu (BCE) analisar.

 

 

 

Que descanso, hein?

Após uma semana de feriado prolongado, a China, enfim, reabriu seus mercados na última noite, colocando mais lenha na fogueira do volátil mercado financeiro. As expectativas são distintas, com os investidores de olho em como os chineses vão reagir ao gigante rendimento dos títulos do tesouro norte-americano, a crise da incorporadora imobiliária Evergrande, e, claro, a guerra em Israel.

 

 

BACEN tá otimista

Os últimos dados econômicos têm mostrado uma certa flutuação no Brasil. O Índice Gerente de Compras Industrial, por exemplo, voltou ao território de contração, o que pode pressionar o setor e as perspectivas do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Em contrapartida, a produção industrial apontou alta de 0,5%, em agosto, contra -1,1% registrado no mês anterior.

Em evento na Associação Brasileira de Câmbio, o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, disse ver com bons olhos o comportamento dos preços de alimentos e bebidas no país. A autoridade monetária comentou ainda que o caminhar da inflação está relativamente dentro das metas do BACEN para este e os próximos anos.

 

 

Na luta pelos US$ 28 mil

Após um período de baixas, o Bitcoin esboçou uma recuperação de preços, seguindo até mesmo a perspectiva técnica apontada em Satoshi Calls anteriores. Mas a realidade, é que os US$ 28 mil seguem sendo uma pedra no sapato dos touros, que sentem a pressão dos vendedores neste nível. A narrativa, porém, de que a criptomoeda está operando cada vez mais dentro de seus próprios fundamentos se faz valer, em partes. Afinal, pelo menos até agora, nenhum movimento muito brusco aconteceu ao ativo, diante dos diversos eventos macroeconômicos e geopolíticos recentes.

 

 

Olhinho na rede

Dados on-chain mostram o comportamento da rede, a análise da distribuição de oferta mostra o interesse de três grandes grupos de detentores do ativo: carteiras com 10 a 100 BTCs, 100 a 1 mil moedas e 1 mil a 10 mil tokens. De acordo com a Santiment, essas carteiras têm acumulado ferozmente desde o início do mês passado. No total, os registram apontam que tubarões e baleias, juntas, adquiriram um combinado de US$ 1,17 bilhão em Bitcoin, no período.

 

 

Operações futuras

Outra forma de medir o apetite dos investidores está no mercado de derivativos. Desde agosto, há um aumento significativo no número de posições abertas de contratos futuros e também de opções. Embora não seja possível medir estratégias, como o mesmo investidor possuindo contratos de compra e venda para reduzir seus riscos, a realidade é que o setor está, de fato, mais aquecido, como aponta o gráfico abaixo.

Entretanto, há uma pequena pista para identificar se o mercado está mais posicionado para compra ou venda, que é o funding rate ou taxa de financiamento. Como mostra a imagem a seguir, a taxa atual está, em média, em 0,003. Isso aponta que os bears ainda são maioria, já que o nível está abaixo do tradicional 0,01%, considerado “neutro”. Mesmo assim, é possível notar que o movimento de alta do funding segue o mesmo comportamento do crescente volume de posições abertas. Assim, pode-se supor que os bulls estão começando a dar mais as caras pelos mercado.

 

 

O que dizem os gráficos?

As bandas de Bollinger seguem espremidas, apontando o atual cenário de baixa volatilidade para o Bitcoin. Entretanto, o padrão cup and handle ainda se faz valer, com o preço da criptomoeda estabelecido acima do canal de baixa responsável pela “alça” do desenho, mesmo com o mercado em queda nesta manhã. Em contrapartida, a mediana da banda atuou como uma resistência no fechamento da semana anterior, o que pode dificultar a vida dos bulls no curto prazo e levar o preço do ativo para baixo.

Fonte: TradingView, em 09/10, às 8h29min.

 

Nos indicadores adjacentes, o MACD continua com o movimento de aproximação de suas linhas, sugerindo que os compradores estão cada vez mais fortalecidos neste momento de mercado. Já o Índice de Força Relativa (RSI), mira os 51 pontos, acompanhando esse ligeiro crescimento dos touros.

 

 

Conclusão

O Bitcoin vem mostrando resiliência a certos eventos macroeconômicos. Mas nem por isso é possível se descuidar deles. A retomada das negociações na China pós-feriado, as tensões geopolíticas em Israel e dados inflacionários nos Estados Unidos estão à mão para bagunçar todo o mercado.

Entretanto, a perspectiva de acumulação pré-halving ainda está presente, com as carteiras seguindo seu viés de compras há meses. A retomada de uma situação mais especulativa, com o aumento de posições abertas no mercado de derivativos, pode ser a fagulha que faltava para dar uma movimentação maior no preço do Bitcoin – seja para cima ou para baixo.

Proof-of-Stake: O que é e diferenças para o Bitcoin

Proof-of-Stake: O que é e diferenças para o Bitcoin

Proof-of-Stake (PoS) é um protocolo técnico, que se tornou um dos mais famosos modelos de verificação de informações dentro de uma blockchain, por apresentar uma possível solução ao grande gasto energético de redes como o Bitcoin (BTC).

Apesar de diversas plataformas já aplicarem este “algoritmo de consenso”, a tecnologia ganhou destaque mesmo após a segunda maior blockchain do mundo, Ethereum (ETH), introduzir a metodologia em seus processamento de dados.

Com essa proposta de eficiência e sustentabilidade intrínseca, o que é, como funciona e o que diferencia o Proof-of-Stake do Proof-of-Work, método presente no Bitcoin.

Apresentação do Proof-of-Stake

O que é Proof-of-Stake (PoS)?

Proof-of-Stake é um algoritmo de consenso. Ele é um processo técnico baseado em códigos de computador que, a partir de uma análise conjunta dos participantes daquele sistema, consegue garantir que uma informação seja verdadeira pela maioria dos “votantes”.

“Os nodes – nós – presentes em uma blockchain depositam um valor pré-determinado da criptomoeda nativa, como o ETH, para realizar a verificação e classificar os dados como verídicos.

Esta é uma forma de o validador mostrar que vai trabalhar para manter a rede segura e, caso tente alguma ação fraudulenta, a blockchain pode recolher esses tokens e distribuir aos outros participantes.

Em contrapartida, se o validador das informações trabalhar de forma adequada e honesta, ele será recompensado com mais tokens nativos, em um processo conhecido como staking de criptomoedas.

O que é Algoritmo de Consenso?

Como comentado acima, Proof-of-Stake é um algoritmo de consenso. E para que o restante da leitura deste texto fique ainda mais fácil, vale a gente dar dois passos atrás para explicar o que é esse aspecto computacional.

Em sistemas distribuídos, como as blockchains, é essencial que todos os participantes concordem sobre a validade de uma transação ou a ordem em que as transações ocorrem. Neste caso, os algoritmos de consenso são protocolos responsáveis por garantir que a rede do sistema chegue a um acordo comum, mesmo na presença de operadores mal-intencionados.

Problema dos Generais Bizantinos

Para trazer um exemplo mais prático sobre esta situação, há um clássico modelo presente em teorias de computação e sistemas distribuídos que consegue ilustrar bem a dificuldade em se alcançar o consenso em um ambiente onde os participantes podem falhar ou agir de maneira mal-intencionada. Neste caso, estamos falando do  “Problema dos Generais Bizantinos”.

Por isso, imagine um grupo de generais bizantinos que cercam uma cidade inimiga. Primeiramente, eles precisam decidir coletivamente se atacam ou recuam do local. Além disso, é crucial que a decisão seja unânime, uma vez que um ataque parcial seria desastroso. Dessa forma, para comunicar suas decisões, os generais optam por enviar mensageiros entre si.

A complicação dessa decisão surge quando consideramos que alguns generais podem ser traidores e, assim, seriam capazes de enviar mensagens falsas para confundir suas tropas. Então, como os generais leais podem chegar a um consenso para garantir que todos tomem a mesma decisão, mesmo quando alguns generais estão tentando sabotar o plano?

Simulação do Problema dos Generais Bizantinos

Desafios dos Generais Bizantinos

No cenário descrito acima, o sentimento do exército é de dúvida e desconfiança. Por isso, os desafios são diversos, como vemos a seguir:

  • Corte de comunicação: Alguém pode capturar ou matar os mensageiros, fazendo com que algumas mensagens nunca sejam entregues
  • Traição: Alguns generais podem agir de má fé, enviando mensagens contraditórias para diferentes generais, tentando implantar a discórdia e impedir um consenso.
  • Unanimidade: Necessidade em chegar a um consenso completo entre todos os generais para que o ataque ou recuo sejam mais efetivos.

Os problemas enfrentados pelas blockchains e sistemas distribuídos é semelhante ao dos Generais Bizantinos. Os nodes de uma blockchain – equivalentes aos generais – precisam concordar sobre a validade e a ordem das transações. Com isso, assim como os generais traidores, alguns nós podem agir de má fé ou serem comprometidos.

Proof-of-Stake vs Proof-of-Work

Os algoritmos de consenso são soluções para resolver o problema dos generais bizantinos. Esses códigos e metodologias computacionais acarretam características distintas. Proof-of-Stake (PoS) e Proof-of-Work (PoW) são os dois processos mais conhecidos e, claro, possuem suas diferenças.

  • Proof-of-Stake: Os nós são escolhidos para validar transações com base na quantidade de moeda que “apostam” ou mantêm como garantia. Este modelo é considerado um dos mais eficientes em termos energéticos
  • Proof-of-Work: Algoritmo de Consenso utilizado pelo Bitcoin e várias outras criptomoedas. Os generais (nodes) resolvem problemas matemáticos complexos para validar transações e criar novos blocos. A segurança é garantida pela quantidade significativa de poder computacional necessária para alterar ou influenciar os dados de uma blockchain.
Diferenças entre PoS e PoW

História e evolução do Proof-of-Stake

O PoS foi proposto pela primeira vez em 2011 como uma solução para os problemas de escalabilidade e consumo de energia do PoW. Desde então, várias criptomoedas adotaram este algoritmo de consenso, mas cada uma com suas próprias implementações e características.

Com o tempo, o Proof-of-Stake evoluiu de simples sistemas de “apostas” para modelos mais sofisticados, como o Delegated Proof-of-Stake (DPoS). Nele, os detentores de moedas votam em um número limitado de “delegados” para validar transações em seu nome.

Vantagens do Proof-of-Stake

A principal vantagem do Proof-of-Stakes é sua eficiência energética. Ao eliminar a necessidade de poder computacional intensivo, o método reduz significativamente o consumo de eletricidade. Isso torna as redes mais ecológicas e reduz os custos associados à mineração.

Além disso, o PoS oferece maior segurança contra ataques de 51%, pois um atacante precisaria possuir a maioria das moedas para comprometer a rede. Já a recompensa aos validadores por “apostar” seus tokens incentiva a participação ativa na rede e a manutenção de moedas, o que pode levar a uma maior estabilidade de preços.

Desafios e Críticas ao Proof-of-Stake

Apesar das vantagens acima, o PoS não está isento de críticas. Por isso, uma das principais preocupações deste modelo é a potencial centralização da rede. Afinal, os detentores de grandes quantidades de moedas têm mais chances de validar blocos e, como resultado, concentrar o poder em um pequeno grupo.

Além disso, o Proof-of-Stake pode ser vulnerável a certos ataques, como o “Nothing at Stake”, em que os validadores podem ser incentivados a validar múltiplas versões da blockchain. Entretanto, muitas dessas preocupações estão sendo abordadas através de inovações e melhorias contínuas no protocolo PoS.

Criptomoedas que utilizam Proof-of-Stake

Diversas criptomoedas adotaram o Proof-of-Stake como seu mecanismo de consenso principal. Ethereum, uma das maiores blockchains do mundo, adotou a metodologia recentemente, após a atualização Ethereum 2.0. Cardano (ADA), Tezos (XTZ) e Polkadot (DOT) também utilizam variações deste algoritmo.

Leia também: Atualização The Merge do Ethereum

Para os investidores, o staking de criptomoedas pode ser uma forma atrativa de ganhar recompensas passivas, enquanto contribuem para a segurança e eficiência da rede.

O Futuro do Proof-of-Stake

Com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade de soluções de blockchain mais sustentáveis, o Proof-of-Stake está bem posicionado para desempenhar um papel crucial no futuro das criptomoedas.

À medida que a tecnologia se desenvolve, é provável que vejamos ainda mais inovações, como mecanismos de consenso híbridos que combinam elementos do PoW e PoS.

Investindo em Proof-of-Stake

Staking de criptomoedas é uma alternativa de investimento para quem quer ampliar a participação no mercado de moedas digitais.

Simulação de Staking de Criptomoedas

Os principais tokens Proof-of-Stake estão disponíveis para compra e venda na Foxbit Exchange e também para a realização de staking na Foxbit Earn.

Aproveite a oportunidade da tecnologia para acumular mais criptomoedas e aumentar a segurança das blockchains.