O desenrolar da macroeconomia tem alimentado os investidores famintos pelo risco. Já que os juros norte-americanos podem estar equilibrados, e os títulos do tesouro podem perder parte de sua atratividade no curto prazo, o mercado se volta às ações e criptomoedas para aumentar a emoção. Para o Bitcoin (BTC), o ativo inicia novembro em busca do terceiro mês consecutivo de alta. Mas para os desavisados, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, entender o fluxo do ativo pode ajudar você a tomar decisões precipitadas.
Chegamos ao fim do túnel?
Nem preciso dizer que a política monetária norte-americana foi e segue sendo o destaque no mercado, não é mesmo? Na última semana, o Federal Reserve confirmou a expectativa dos analistas, que apostavam na manutenção dos juros entre 5,25% e 5,5%. O discurso cauteloso do presidente do FED, Jerome Powell era também mais do que esperado. O mandatário deixou claro que cortar os juros não está nos planos agora.
Esse discurso era meio que esperado. Afinal, Powell não seria louco de sair por aí confirmando suas cartadas. Mas, desta vez, como um bom suspense, ele deixou um mistério no ar. A autoridade monetária comentou que, apesar da falta de discussão sobre um possível corte nas taxas, novos aumentos nos juros podem simplesmente não ocorrer mais. Fica a dúvida aí no ar agora!
Toda essa coragem do presidente do banco central por ter sido uma “previsão” dos dados do payroll – o status do mercado de trabalho do cidadão urbano norte-americano. Segundo o relatório, foram criadas 150 mil novas vagas de emprego, contra quase 300 mil esperadas. Isso pode ser um sinal de que o tão esperado desaquecimento do setor empregatício, enfim, está acontecendo.
Para o mercado de criptomoedas e o Bitcoin, temos notícias bastante importantes, portanto, para os próximos dias. Afinal, com uma queda nos juros, os títulos do tesouro dos Estados Unidos começam a pagar cada vez menos, conforme o dólar deva passar a se consolidar. Este é o cenário que os investidores de maior risco estavam esperando para sair de posições menos especulativas. Desta forma, podemos ver um fluxo maior de entrada de capital para o setor cripto e, consequentemente, um desempenho positivo dos ativos digitais.
Estável, mas daquele jeito
Enquanto a situação econômica é mais definida nos Estados Unidos, a Zona do Euro está longe de trafegar pelas famosas rodovias alemãs. A realidade é que há sinais de estabilidade no que se refere ao sentimento econômico dentro do bloco, indicando até um ligeiro otimismo. A confiança do consumidor também sua lateralidade, suportando a ideia de que este setor ainda está aquecido.
O respiro, porém, pode vir na forma de desaceleração da inflação. Galhau, um dos representantes do Banco Central Europeu (BCE), destacou a subida de 2,9%, em outubro, dos preços ao consumidor (CPI), contra 4,3% no mês anterior. Essa “trégua”, inclusive, coloca o BCE em uma posição semelhante ao Federal Reserve de que, talvez, os juros já estejam em um patamar elevado o suficiente para segurar os índices inflacionários.
Ao contrário dos norte-americanos, que talvez estejam mais interessados pelo risco, os investidores europeus podem se apoiar nas criptomoedas, mas principalmente no Bitcoin, como uma forma de proteger parte de seus patrimônios das oscilações governamentais e os conflitos geopolíticos atuais.
De olho na meta
Pelo Brasil, a discussão da vez é a meta fiscal para 2024. Entre a meta “zero” estipulada pelo governo, algumas divergências tomaram conta das análises, abrindo brechas para um possível “esticadinha” para 0,75% ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa flexibilidade é vista como necessária por alguns, mas tenebrosa para outros.
De certo mesmo é que a SELIC segue seu recuo. O Banco Central brasileiro divulgou, na última semana, o corte dos juros em 0,5%, totalizando, agora, 12,25%. Este patamar mantém o país ainda em um ambiente monetário bastante restritivo, mas algo que parece que não vai durar por tanto tempo assim.
Se isso já anima os investidores a começarem a se mostrar mais para ações de risco, a queda para 7,7% da taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro é um tempero extra para aumentar esse apetite.
Apesar da SELIC ainda ser alta, as criptomoedas têm sido um item de interesse dentro do mercado nacional. Com o cenário em expansão por aqui e uma economia mostrando sinais bons de equilíbrio, o brasileiro pode estar diante de um bom momento para fazer o famoso buy and HODL.
Vem novembro!
Agora, especificamente sobre o mercado de criptomoedas, o Bitcoin cravou seu tradicional “uptober”, acumulando ganhos de quase 29% no último mês. A abertura de novembro, por enquanto, está trazendo poucas novidades. “Apenas” um teste para romper os US$ 36 mil, mas que não está se sustentando por muito tempo. Com essa falta de força momentânea dos compradores, será que o mercado vai ter forças para engatar a terceira alta mensal consecutiva?
Fato é que as baleias de Bitcoin – investidores com alto volume de BTCs – estão mais ativas do que nunca. A quantidade de transações acima de US$ 100 mil atingiu seu pico anual. Isso aconteceu quando o preço da criptomoeda ultrapassou os US$ 35 mil recentemente, mostrando que as baleias podem estar otimistas ou, então, simplesmente organizando suas posições.
Para além da atividade dentro da rede, os dados on-chain ainda apontam que o cenário não poderia ser mais otimista aos HODLErs. No momento, mais de 80% dos detentores de curto e longo prazos de BTC estão registrando lucros. Porém, vale um alerta. Se tem ganhos, tem chances de realização, ou seja, venda. Para onde a pressão vai pender, difícil afirmar com certeza.
Um termômetro secundário importante vem do mercado de derivativos. A volatilidade recente levou a uma série de liquidações de ambos os lados, sejam de posições compradas ou vendidas. Essa maior instabilidade mostra que muitos investidores não só estão operando de forma alavancada, como também estão especulando de forma intensa a criptomoeda. Portanto, é importante ficar ligado a possíveis pavios nos candles do Bitcoin.
Gráfico grita alguns cuidados
No gráfico semanal do Bitcoin, os investidores precisam ficar bastante alertas para possíveis correções. O primeiro ponto é que a banda de Bollinger simplesmente está sendo ignorada, com o preço da criptomoeda acima da linha superior do indicador. Embora não seja algo tão raro assim, ou a banda ou o preço vão precisar se ajustar em algum momento.
Fonte: GoCharting, em 06/11/2023, às 8h42min.
Outro ponto que demonstra uma possível resistência é que os US$ 36 mil marcou o ponto mais baixo do decote do ombro-cabeça-ombro do último all-time high. Como o preço voltou rapidamente, este é um sinal de que os vendedores estavam bem posicionados nesta região.
Entretanto, correções são bem-vindas no atual momento de mercado. Inclusive, um teste dos US$ 31 mil não seria nada mal para dar mais corpo para a tendência de alta recente. Mesmo assim, os US$ 42 mil continuam como meta, caso os bulls consigam manter o controle das ações.
Entre os indicadores adjacentes, o MACD vai para sua terceira semana consecutiva com as linhas cruzadas para cima, sinalizando o domínio dos compradores. Enquanto isso, o índice de força relativa (RSI) encontrou equilíbrio nos 70 pontos, mas ainda em uma região muito próxima de sobrecompra.
Conclusão
Com o cenário macroeconômico cada vez mais desenvolvido, o apetite ao risco volta para o radar dos investidores, que enxergam nas criptomoedas uma boa oportunidade para diversificar o portfólio. O atual momento de alta do Bitcoin, inclusive, é um dos catalisadores para atrair ainda mais os investidores, no chamado período pré-halving.
Entretanto, como mostra o gráfico, nenhum mercado sobe em linha reta. Correções e testes de suportes fazem parte de um mercado saudável. Os derivativos, porém, podem ser responsáveis por alavancar a volatilidade e deixar a vida do investidor mais caótica. Porém, o aquecimento deste setor também é parte integrante da euforia dos momentos de ganhos. Por isso, take it easy nos próximos dias!
O desempenho do Bitcoin (BTC) se destacou nas últimas semanas, colocando o mercado de criptomoedas novamente dentro de um cenário de otimismo, não visto há bons meses. Com o preço acima dos US$ 34 mil, os investidores de maior prazo podem se sentir confortáveis com suas posições em HODL. Entretanto, traders de curto prazo talvez devam ligar seu sinal de alerta, com os dados on-chain e indicadores técnicos mostrando que uma correção de preços pode afetar a criptomoeda nos próximos dias.
Para o alto e… além?
O mês de outubro de 2023 foi marcado por um desempenho significativo do Bitcoin. A criptomoeda iniciou o período de negociações com um valor de US$ 26,9 mil e encerrou com uma valorização expressiva, ultrapassando a marca de US$ 34 mil. Esse salto representou uma variação superior a 25%, proporcionando resultados importantes para os investidores que compraram o ativo no início do mês.
Uma análise da ação do preço no gráfico mensal revelou a existência de uma linha de tendência de alta. Essa linha conecta as mínimas registradas em março de 2020 e novembro de 2022, indicando uma tendência de crescimento de longo prazo.
Observando o spread de cada vela mensal ao longo dos últimos meses, fica evidente que os compradores têm estado ativos desde janeiro deste ano, impulsionando constantemente o preço do Bitcoin para patamares cada vez mais elevados. Em um período de 10 meses, apenas 3 deles tiveram fechamentos mensais negativos, enquanto um mês foi de indecisão e 6 meses registraram fechamentos positivos.
Dentre os meses em que os compradores se destacaram, vale mencionar janeiro, março e outubro. Tanto outubro quanto janeiro apresentaram valorizações superiores a 30% ao considerar as mínimas e máximas de cada mês, e o movimento de preço em outubro foi comparável ao de janeiro em termos de spread da vela. Além disso, tanto outubro de 2023 quanto janeiro deste ano resultaram no rompimento das máximas registradas nos três meses anteriores.
Um fator relevante a considerar é que após o movimento de janeiro de 2023, que superou as máximas de 3 meses anteriores, o preço do Bitcoin continuou a subir. O que aumenta o otimismo atual entre os investidores em relação ao potencial de longo prazo da criptomoeda é que o mês de outubro também superou as máximas de 3 meses anteriores e a expectativa é de continuidade de alta.
Durante o mês de outubro, a demanda foi dominante, e a análise técnica do gráfico mensal revela a formação de 3 ondas ascendentes, com um alvo inicial projetado na faixa de US$ 38 mil. Esse nível coincide com a mínima de março de 2022, que representou uma última tentativa de alta antes do grande movimento de queda observado no ano anterior.
No contexto do gráfico mensal, dois níveis de preço se destacam como possíveis suporte. O primeiro está em torno de US$ 31,8 mil, correspondendo ao rompimento da máxima estrutural da primeira onda de alta. O segundo nível de suporte está na região de US$ 30,2 mil, representando a máxima de agosto, que foi o último mês em que os vendedores conseguiram manter um fechamento mensal com variação negativa.
De olho no curto prazo
Após uma minuciosa análise do gráfico mensal, é oportuno adentrar na dinâmica semanal do preço do Bitcoin. A observação em uma janela de tempo mais curta revela informações valiosas sobre a trajetória da criptomoeda.
O movimento de alta, que teve início em novembro de 2022, pode ser interpretado como uma retração do amplo movimento de queda que começou em novembro de 2021. Essa possibilidade é respaldada pelo fato de que, ao aplicarmos a ferramenta de Fibonacci, observamos que o movimento ascendente iniciado em novembro de 2022 ainda não atingiu a marca de 50% de todo o declínio previamente registrado. Para alcançar a retração de 50%, o preço do Bitcoin deve ser negociado na faixa de US$ 42 mil.
Nesse contexto, recorremos ao Volume Profile como uma ferramenta adicional para identificar as áreas de maior interesse nas negociações. Configuramos o Volume Profile a partir da semana de 8 de novembro de 2022 até a semana atual, o que resultou em um gráfico com duas áreas coloridas distintas. O azul mais escuro denota uma concentração significativa de interesse, enquanto o azul mais claro representa uma região de interesse mais moderado.
Identificamos que o limiar entre essas áreas se situa em torno de US$ 30,2 mil, uma região que já havíamos destacado na análise do gráfico mensal como um suporte relevante.
No momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin estava acima da marca de US$ 34 mil, que coincide com a região de menor interesse do Volume Profile (coloração azul mais clara). Isso indica que o preço superou a zona considerada de maior interesse e entrou em uma área na qual as negociações anteriormente foram menos intensas.
Segundo a análise técnica e com base nos dados de preço e volume obtidos através do Volume Profile, é comum que, ao sair de uma região de alto interesse e adentrar uma área de menor interesse, ocorra um teste nos níveis que separam essas duas áreas. Caso o preço teste essa região e não consiga retornar a área de maior valor, isso pode sinalizar um controle dos compradores no cenário atual do Bitcoin, em que a demanda parece ser o principal impulsionador dos movimentos ascendentes.
No entanto, investidores que se baseiam na análise do perfil de volume acreditam que, caso o preço volte a operar abaixo de US$ 30,2 mil, isso indicaria uma rejeição do movimento ascendente. Portanto, os níveis em torno de US$ 30,2 mil desempenham um papel crucial na defesa dos compradores.
O Volume Profile também nos fornece informações sobre os “nós” de alto e baixo volume, que são áreas que testemunharam uma intensidade significativamente maior ou menor de negociações. Esses “nós” podem ser utilizados como potenciais níveis de suporte e resistência e oferecem sugestões para metas de preço.
Ao analisar o gráfico semanal do Bitcoin, notamos que o preço atual ultrapassou uma região de “nó” de baixo volume. Caso o interesse da demanda persista, as negociações podem ser projetadas em direção ao próximo nó, que corresponde a uma área de alto volume, situada por volta de US$ 38 mil. Importante ressaltar que, conforme destacamos na análise do gráfico mensal, o preço de US$ 38 mil também foi identificado como uma possível resistência para o Bitcoin.
Em resumo, as análises com base em gráficos semanais sugerem que é necessário paciência e tempo para que as estruturas de preço se ajustem em resposta às dinâmicas da oferta e da demanda.
Rumo às compras?
Voltaremos nossa atenção agora ao MarketCap e às tendências de volume, bem como a análise técnica da dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas. No nosso “Variação de Mercado,” anterior, observamos a tendência de declínio no volume de negociações no gráfico do MarketCap.
Salientamos, inclusive, a importância de um retorno do volume ascendente no gráfico do MarketCap como um indicativo de vitalidade do mercado. Porém, reexaminando a capitalização de mercado no gráfico semanal, notamos um aumento no volume nas últimas duas semanas. Esse desenvolvimento aumenta a probabilidade de que o MarketCap continue a renovar suas máximas, buscando a parte superior do canal de alta que descrevemos em nossa análise gráfica.
Enquanto redigimos este relatório, a dominância do Bitcoin estava em torno de 53,6%, após ter ultrapassado a marca de 54%. Notamos ainda que as linhas do Ichimoku, incluindo a Tenkan, Kijun, Senkou Span A e Senkou Span B, apresentavam um comportamento plano, sugerindo a possibilidade de uma correção no gráfico para testar esses pontos de equilíbrio.
No entanto, destaca-se que a Chikou Span permanece acima das velas que representam o movimento ascendente da capitalização, indicando que o viés de alta ainda prevalece no mercado, apesar das perspectivas de correção.
Ao longo do período desde setembro de 2022, temos observado uma formação gráfica com topos e fundos ascendentes, refletindo o otimismo dos investidores. Na semana passada, testemunhamos mais um rompimento de um topo, resultando em uma nova máxima. Agora, os investidores estão atentos para verificar se haverá um novo fundo mais alto para manter a continuidade desse movimento.
Portanto, caso ocorra uma correção no gráfico do MarketCap, os investidores podem considerar o reposicionamento de níveis de “stops” de proteção em patamares mais elevados na estrutura de preço, visando manter um gerenciamento saudável de suas posições.
Essa análise reforça a importância de acompanhar não apenas o preço do Bitcoin, mas também a saúde geral do mercado de criptomoedas, pois o desempenho do Bitcoin frequentemente têm um impacto significativo em todo o ecossistema.
Indicadores à prova
Continuando nossa análise, agora vamos utilizar os indicadores MACD e Estocástico Lento para fornecer uma perspectiva adicional sobre a possível correção no preço do Bitcoin nos próximos dias. É importante lembrar que o mercado é dinâmico e pode mudar sua direção a qualquer momento, portanto, devemos considerar várias ferramentas de análise.
Ao examinar o gráfico semanal, notamos que o indicador MACD ultrapassou a linha 0 e está operando em território positivo, com máximas mais altas em seu histograma. Isso aumenta o otimismo dos investidores de longo prazo, sugerindo a continuidade da tendência de alta.
No entanto, ao observar o gráfico diário, notamos que, embora o MACD esteja acima da linha 0, o histograma do indicador está produzindo máximas mais baixas. Essa divergência entre os gráficos semanais e diários sugere um possível movimento de exaustão na tendência de alta diária.
Essa divergência também se reflete nas linhas do MACD e na linha de sinal. No gráfico semanal, ambas as linhas apontam para cima, sinalizando a continuidade da tendência de alta no médio prazo. Porém, no gráfico diário, a linha MACD, que estava em ascensão, agora apresenta uma curva sugerindo correção.
Investidores que negociam com base em gráficos semanais do Bitcoin, ao perceberem a possibilidade de um movimento exaustivo no gráfico diário, podem preferir aguardar até que novos sinais de compra sejam produzidos. Eles costumam procurar pontos de compra no gráfico diário quando o histograma do MACD está produzindo máximas mais altas, com a linha MACD e a linha de sinal apontando para cima preferencialmente.
Essa análise do MACD fornece informações adicionais que respaldam a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo.
No que diz respeito ao indicador Estocástico Lento, notamos que ele entrou em uma região de sobrecompra no gráfico semanal duas semanas atrás. No entanto, como mencionamos em nosso relatório anterior, em tendências muito fortes, o Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos nessas regiões, usando a linha limite de 80% e 50% do indicador como suporte.
Um exemplo disso é o gráfico diário, que mostrou uma tendência forte nos últimos dias e manteve o Estocástico Lento operando acima de um nível de sobrecompra, usando a região de 80% do indicador como suporte.
No entanto, dado que observamos o indicador MACD mostrando um histograma com máximas mais baixas no gráfico diário, seria prudente aguardar que o Estocástico Lento visite pelo menos a região de 50% do indicador para uma nova análise e busca por pontos de compra.
Essas análises combinadas do MACD e do Estocástico Lento fornecem informações adicionais para os investidores que desejam entender a dinâmica do mercado de Bitcoin considerando a possível correção no preço no curto prazo.
O que se passa na rede?
Além das análises técnicas tradicionais, é fundamental considerar os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, que podem fornecer informações importantes sobre a dinâmica da criptomoeda. Exploraremos, por exemplo, o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio) para obter uma análise mais abrangente.
Na semana passada, os dados de rede nos forneceram as seguintes informações:
O número de endereços com mais de 100 Bitcoins teve uma pausa no movimento ascendente que vinha sendo sustentado desde a última semana de setembro.
O número de endereços com mais de 1000 Bitcoins continuou aumentando desde o início da segunda quinzena de outubro e agora também fez uma pausa.
O número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins também registrou um leve movimento de alta seguido por uma pausa.
Essas informações revelam que investidores, especialmente aqueles com um alto poder de capital, estão cada vez mais confiantes no potencial de crescimento e valorização do Bitcoin no longo prazo. É possível que a preparação para o Halving do próximo ano esteja sendo vista como um evento que pode trazer excelentes resultados para investidores, o que é refletido no aumento do número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins.
O indicador SOPR, que está acima da linha 1 no gráfico semanal, indica que, de modo geral, os investidores estão em lucro caso optem por encerrar suas posições neste momento. No entanto, é importante observar que o SOPR geralmente não se afasta da linha 1 por muito tempo. Isso sugere que realizações de lucro podem acontecer para equilibrar a relação entre a oferta e a demanda, que influenciam as dinâmicas das estruturas de preço.
Essa análise dos dados de rede e do indicador SOPR fornece um contexto importante para entender o sentimento e as decisões dos investidores no Bitcoin. É fundamental observar esses dados em conjunto com as análises técnicas para obter uma visão mais completa da situação atual.
Conclusão
O relatório de movimentação de preços do Bitcoin referente ao mês de outubro de 2023 fornece uma visão abrangente do desempenho da criptomoeda e das tendências que moldam seu mercado. Ao longo das várias partes deste relatório, destacamos observações essenciais que ajudam a compreender o cenário atual do Bitcoin.
No início do mês, o Bitcoin apresentou um desempenho excelente, com uma valorização superior a 25% e um rompimento de máximas anteriores, sugerindo uma tendência de crescimento de longo prazo. Contudo, análises técnicas mais detalhadas revelam sinais de possível exaustão na tendência de alta no curto prazo, destacando a importância de estratégias de gerenciamento de risco.
Além disso, exploramos os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, incluindo o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR. Observamos um aumento no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins, indicando uma crescente confiança no potencial de valorização da criptomoeda. O SOPR, acima da linha 1 no gráfico semanal, sugere que, em geral, os investidores estão em lucro, mas a sua proximidade à linha 1 sugere possíveis realizações de lucro.
Também consideramos as análises de indicadores técnicos, como o MACD e o Estocástico Lento, que forneceram informações relevantes sobre a dinâmica do mercado. A divergência entre os gráficos semanais e diários do MACD sugere a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo. O Estocástico Lento, embora em uma região de sobrecompra, também requer atenção, especialmente à luz da possível exaustão.
Em resumo, o Bitcoin continua a oferecer oportunidades de crescimento, mas é crucial adotar uma abordagem cautelosa, considerando as análises técnicas, os dados de rede e a gestão de riscos. O cenário permanece dinâmico, e a vigilância constante é fundamental. À medida que o Bitcoin continua a desempenhar um papel significativo no cenário das criptomoedas, os investidores devem manter-se atualizados com as tendências e eventos que afetam seu valor e sua dinâmica de mercado.
Agradecimento
Agradeço a você investidor por disponibilizar o seu tempo para a leitura das informações contidas neste relatório. Seus esforços em compreender as complexidades desse ecossistema são valiosos e essenciais.
Desejo a todos os leitores sucesso e sabedoria em suas atividades relacionadas ao Bitcoin e ao mercado de criptomoedas.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
Após uma semana agitada e bem favorável aos bulls, como será que o Bitcoin (BTC) vai se sair nos próximos dias? A tendência é mista, afinal, há uma pressão importante vindo da economia norte-americana que não dá para ignorar. Ao mesmo tempo, o otimismo com o ETF da criptomoeda é maior do que nunca. Os gráficos jogam o mercado em uma variação entre US$ 30 mil e US$ 42 mil. Algum deles será que vem? Vamos tentar descobrir!
Problemas para o Bitcoin?
Não é de hoje que os Estados Unidos mostram uma evolução em sua economia. E também não é hoje que isso vai parar. Embora não sejam dados consolidados, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMIs) estão se firmando na zona de expansão. Isso significa que tanto o setor de serviços quanto o industrial estão acelerando.
Ao mesmo tempo, as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) do país estão marcando avanço de 4,9%. Janet Yellen, a voz por trás do Tesouro norte-americano, comentou que esse crescimento econômico no terceiro trimestre foi “um número bom e forte”. Mas, e sempre tem um “mas”, ela deu a dica de que isso pode manter os rendimentos dos títulos lá em cima.
Enquanto isso, a inflação geral se manteve estável. Se isso é bom ou não… Difícil saber. Os formuladores de política monetária do Federal Reserve podem simplesmente elevar os juros novamente ou, então, sentar em cima da vantagem que ganharam neste mês. Tudo isso para dizer que: nem tudo são flores!
Afinal, para o Bitcoin, a economia dos EUA fortalecida pode levar a uma valorização da moeda local. Tudo bem que a correlação entre a criptomoeda de referência e o índice dólar (DXY) está mais fraca nos últimos. Mas é aquela história: Ninguém quer pagar para ver. Mais do que isso, a pressão pode vir também dos altos rendimentos dos títulos do tesouro. Até porque, quem não quer bons ganhos com ativos super seguros, não é? Então, pode ser que o mercado de criptomoedas – e acionário – veja uma fuga de capital no curto prazo para o reajuste de posições.
Falando em ações, inclusive, as big techs não estão lá essas coisas. Parte das maiores empresas de tecnologia do mundo apontaram resultados trimestrais bem decepcionantes. Desde o início da pandemia, havia uma correlação bem forte entre papéis de tech e o Bitcoin. Assim como o dólar, apesar da breve descorrelação, é sempre importante manter essa informação por perto e jogar com o regulamento embaixo do braço.
Em busca de refúgio
O desempenho da Zona do Euro é que pode ser o fiel da balança nesta situação e favorecer o Bitcoin. Mais uma vez, os PMIs recuaram novamente, não só fincando os dois pés no chão, mas praticamente deitando o bloco no território de retração econômica. Para se ter uma ideia, excluindo os meses da pandemia, foi a leitura mais baixa desde março de 2013.
Na política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa de juros acima dos 4% ao ano – o nível mais alto da história! Christine Lagarde, a presidente do BCE, subiu ao palanque e disse que os alimentos e a energia vão pesar nos preços nos próximos meses. Esse freio nos juros, porém, não necessariamente acompanham uma perspectiva positiva em relação à inflação. A autoridade monetária máxima acredita que a inflação vai continuar elevada por um bom tempo, com as pressões domésticas nos preços ainda muito fortes.
Para o Bitcoin, a perda de força do Euro e as dificuldades de consumo podem fazer o efeito contrário à criptomoedas na comparação com o dólar. Neste caso, as pessoas e empresas podem buscar refúgio nas criptomoedas para escapar da depreciação monetária. Ou seja, se de um lado do oceano o volume pode cair, do outro, ele pode aumentar.
Gerando oportunidades
Pelo Brasil, o IPCA-15 – prévia da inflação oficial – subiu 0,21% em outubro, praticamente em linha com o esperado. Boa parte desse aumento é culpa das passagens aéreas que “decolaram” 23,75%. Na mesma tendência, os preços de “porta de fábrica” ou ao produtor subiram 1,11%. Mas calma. No acumulado de 12 meses, a inflação ainda registra queda de 7,92%.
Com isso, o país parece bem posicionado em uma economia mais estável, criando oportunidades interessantes para investidores sentirem um pouco mais o gostinho do risco. Até mesmo as perspectivas de novos recuos na taxa SELIC, de certa forma, “afasta” o mercado das rendas fixas. Com isso, o Bitcoin pode se tornar uma alternativa nesta reta final de ano para aqueles que querem fazer trading ou até mesmo segurar a criptomoeda por mais tempo.
Sai daqui, resistência!
Os investidores de Bitcoin simplesmente apertaram o botão de comprar e esperaram as reações no mercado. Só na última segunda-feira, a criptomoeda disparou mais de 14%, no par com o dólar. Na parte final da semana, é claro, o ativo corrigiu. Afinal, foram sete dias consecutivos de alta, com um topo em US$ 35,2 mil. Então, é natural e justo que uma parte dos traders realizem lucros.
Mas o que de fato “bombeou” o BTC para cima foi que o ETF de Bitcoin à vista foi listado no chamado Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC). Isso dá a entender que uma aprovação do produto de investimento pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) pode estar chegando. O otimismo respingou até no analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, que disse acreditar que essa listagem é um sinal positivo para uma aprovação da SEC.
Esta foi uma notícia comemorada pelos bulls, mas lamentada e muito pelos bears. Após a notícia, cerca de US$ 400 milhões em contratos futuros foram liquidados e, claro, a maioria era de shorts – vendidos. Péssima hora para os ursos.
De qualquer forma, a euforia, claro, foi instalada. O índice Fear and Greed chegou a bater os 72 pontos. Este nível de otimismo não era visto no ativo desde meados de 2021, antes do token atingir sua última máxima histórica de US$ 69 mil. Além disso, o carro-chefe do mercado de criptomoedas segue com sua majestade. A dominância do BTC em relação a todo o setor atingiu 54%, o nível mais alto nos últimos 2 anos e meio.
Tá na rede
Os dados on-chain continuam narrando a mesma história. Acumulação de Bitcoin! Os saques da criptomoeda para fora das corretoras seguem crescendo. Embora não seja possível dizer com total certeza, este costuma ser um movimento que sugere que os investidores não querem vender suas moedas tão cedo. Assim, menos BTCs no mercado, em meio a grande oferta… Sobe, preço!
Fonte: Gráfico de reserva de BTC nas exchanges, Crypto Quant
Acompanha esta perspectiva que mais de 3/4 do suprimento total de Bitcoin está nas mãos dos detentores de longo prazo. Ou seja, aqueles que estão adivinhem – acumulando o ativo para uma possível valorização pós-halving.
Olha que interessante
Como sempre, é hora de dar aquela olhada no gráfico semanal. E há coisas bem interessantes a serem analisadas. Na imagem abaixo, o padrão cup and handle está praticamente consolidado, embora a alta tenha uma tendência de ser mais alta neste tipo de desenho. Mas calma, temos tempo ainda para isso.
Fonte: GoCharting, em 30/10/2023, às 8h33min.
Por isso, é importante olhar as projeções. Para baixo, talvez seria importante o Bitcoin testar os US$ 30 mil para mostrar que aquele nível está superado. Uma alta, porém, poderia levar a criptomoeda para a região dos US$ 42 mil. Mas por que?
O canal laranja é uma formação “blocada” de uma região chamada de decote, criada após a formação de um padrão de ombro-cabeça-ombro (marcado em azul, no canto esquerdo da tela). Neste caso, o decote por si mesmo atua nos US$ 36 mil, justamente um ponto que serviu como resistência para a recente alta. Ao abranger os pavios dos candles e ampliar essa área, os US$ 42 mil não seriam uma insanidade para o mercado atual, ainda mais se o tal ETF sair.
Nos indicadores adjacentes, enfim, cruzou suas linhas para cima, se mantendo acima do nível zero do histograma. Já o índice de força relativa (RSI) mira os 70 pontos. E vale um destaque aqui. Da mesma forma que um mercado sobrevendido pode antecipar um volume alto de compras, o contrário também é verdadeiro. Por isso, muita cautela com o comportamento dos investidores esta semana, pois estamos em um território bem intenso de touros.
Conclusão
Com o Bitcoin rompendo resistências importantes, é natural o otimismo tomar conta dos investidores. Mas como costumo destacar, é no bull market que muitos podem ser pegos de surpresa! As altas rentabilidades dos títulos do tesouro norte-americano e um possível ‘pump’ do dólar podem se transformar em dor de cabeça no curto prazo, assim como esse RSI elevado.
Por isso, o ideal é analisar bastante qual a história que o mercado está nos contando, e se ela é ou não convincente para nós. A análise técnica ajuda muito a eliminar certos ruídos e, por isso, deve sempre ser considerada. Enquanto isso, um olho atento sempre nos eventos macroeconômicos para não se assustar com possíveis volatilidades ao longo das semanas!
Algorand (ALGO) é uma das agradáveis surpresas no mercado das criptomoedas, principalmente em relação ao desenvolvimento de soluções para a escalabilidade, descentralização e segurança das blockchains.
Ocupando a 48º posição do CoinMarketCap, o token ALGO pode ser uma opção interessante para quem quer diversificar o portfólio de ativos digitais. Por isso, neste artigo, você vai ver os detalhes sobre o que é a Algorand, como ela funciona, gráfico de preços e até mesmo alguns desafios enfrentados pela plataforma.
O que é Algorand?
Algorand é uma plataforma blockchain de código aberto projetada para criar uma economia descentralizada e sem fronteiras. Sua missão é desenvolver uma rede que consiga superar as limitações de desempenho, eficiência e segurança vistas nas cadeias de primeira geração.
Na mesma linha do Ethereum (ETH) e na contramão do Bitcoin (BTC), a Algorand utiliza o proof-of-stake (PoS) como algoritmo de consenso para validar as transações na plataforma e garantir a segurança dos dados.
Mais recentemente, a Algorand Foundation – responsável pelo projeto – anunciou a “doação” de US$ 10 milhões à Applied Blockchain para desenvolver a chamada London Bridge. A tecnologia deve ser responsável por conectar a rede Algorand com a blockchain do Ethereum.
A expectativa é de que, após a conexão, a plataforma consiga validar informações de outras redes a partir de smart contracts, trazendo maior liquidez ao protocolo.
Origem do protocolo Algorand
O trilema da blockchain segue sendo uma das maiores dores de cabeça dos desenvolvedores. Afinal, como construir uma rede totalmente descentralizada, segura e escalável ao mesmo tempo? Essa luta continua, mas foi a partir deste contexto que Silvio Micali e sua equipe – idealizadores do projeto – criaram a Algorand.
Lançada oficialmente em 2019, a rede ganhou um rápido reconhecimento na comunidade justamente por trazer uma abordagem diferente para resolver o trilema, a partir da conexão com outras redes.
Como funciona a Algorand?
Como comentado anteriormente, a Algorand é uma blockchain que utiliza o método de consenso Proof-of-Stake. Neste caso, os validadores precisam travar uma quantia pré-definida do token ALGO nas carteiras como garantia de que irão trabalhar em prol da rede.
Com esta tecnologia, a tendência é que as transações sejam mais velozes e, principalmente, mais baratas. Afinal, o custo energético é muito menor do que o utilizado pelo Bitcoin e outras cadeias baseadas em Proof-of-Work (PoW).
A Algorand também foi projetada para ser tanto uma criptomoeda quanto uma plataforma para construir aplicações descentralizadas (dApps) e ativos digitais. Sua flexibilidade e escalabilidade o tornam ideal para uma variedade de aplicações, desde finanças descentralizadas (DeFi) até soluções empresariais.
Velocidade e escalabilidade
Uma das maiores vantagens do Algorand é sua capacidade de processar um grande número de transações em um curto período de tempo. A rede é capaz de confirmar essas operações em menos de 5 segundos, tornando-a uma das blockchains mais rápidas disponíveis atualmente.
Além disso, Algorand se apresenta como altamente escalável, podendo lidar com milhares de transações por segundo (TPS), o que é essencial para atender às demandas de um ecossistema financeiro global, além de enfrentar um grande desafio da tecnologia.
Segurança e transações
Embora o modelo PoW seja extremamente seguro, a escolha pelo mecanismo PoS também traz um grande nível de segurança. Afinal, para um possível ataque de 51%, o agente malicioso precisa de uma quantidade muito grande de tokens para alterar as transações.
Ao mesmo tempo, uma vez que uma transação é confirmada, ela é finalizada e não pode ser revertida. Isso elimina a possibilidade de bifurcações na rede, garantindo a integridade e a confiabilidade das transações.
Descentralização
Ao contrário de algumas blockchains que podem ser dominadas por um pequeno grupo de mineradores ou validadores, a Algorand garante uma descentralização. Qualquer usuário com tokens ALGO pode participar do processo de validação, promovendo uma distribuição equitativa do poder e garantindo que nenhum grupo único possa controlar a rede.
Interoperabilidade
Os responsáveis pela rede reconhecem ainda a importância da interoperabilidade no mundo das criptomoedas. A plataforma foi desenhada para se integrar facilmente a outras redes e sistemas, facilitando a troca de informações e a colaboração entre diferentes blockchains.
Token ALGO
ALGO é o token nativo da blockchain Algorand. Seu uso vai além do investimento no varejo. Isso quer dizer que a criptomoeda desempenha um papel crucial em sua economia e funcionamento.
É a partir da ALGO que os validadores apostam suas moedas e são remunerados pelo trabalho oferecido dentro da blockchain. Ela também é utilizada para adquirir o direito de votação em possíveis mudanças ou atualizações do protocolo.
Sua emissão também é fixada em 10 bilhões de unidades. Assim, a rede consegue manter sua inflação controlada, preservando o valor do token a longo prazo.
Desafios da Algorand
Como qualquer tecnologia emergente, Algorand enfrenta sua parcela de desafios e críticas. Embora a plataforma tenha sido bastante elogiada por suas inovações e abordagem técnica, também existem áreas de preocupação e pontos de debate dentro da comunidade cripto.
Centralização de recursos
Uma das críticas frequentes ao Algorand é a percepção de que, embora a plataforma seja descentralizada em termos de validação de transações, uma quantidade significativa de tokens ALGO está nas mãos de um pequeno grupo de detentores iniciais e investidores. Isso levanta preocupações sobre a distribuição equitativa de poder e influência dentro da rede.
Adoção e reconhecimento
Apesar de suas características técnicas interessantes, a rede ainda está atrás de outras blockchains em termos de adoção e reconhecimento no mercado. Plataformas como Ethereum e BSC têm uma base de usuários maior e mais dApps construídos em suas redes.
Competição intensa
O espaço blockchain é altamente competitivo, com muitas plataformas buscando resolver os mesmos problemas de escalabilidade, segurança e descentralização. A Algorand enfrenta a difícil tarefa de se destacar em um mercado aquecido e convencer desenvolvedores e usuários de sua superioridade técnica.
Onde comprar Algorand?
Apesar de toda essa competição, a Algorand já é uma rede conhecida, e seu token é comercializado em uma porção considerável de exchanges. No Brasil, você pode utilizar a plataforma da Foxbit Pro para fazer suas negociações de ALGO de forma rápida e segura.
Os primeiros dados de negociação do token ALGO são de junho de 2019, segundo o CoinMarketCap. Na ocasião, a cotação do ativo era de US$ 3,15. De lá para cá, o ativo seguiu o movimento cíclico do mercado de criptomoedas, atingindo uma alta de US$ 2,38, em 2021, para acompanhar a entrada no período de bear-market do ano seguinte.
Fonte: CoinMarketCap
Com mais de US$ 800 milhões em capitalização de mercado, a moeda da Algorand ocupa o 48º lugar do setor cripto.
Algorand não está na lista das criptomoedas com maior valor de mercado. Porém, sua tecnologia apresenta soluções interessantes para o setor cripto, tentando resolver os problemas de segurança, escalabilidade e descentralização.
A cada ano, a rede tenta se consolidar mais para se tornar um dos grandes players criptográficos. Não à toa, as atualizações de ponte com o Ethereum são tão esperadas pela comunidade.
Por isso, o token ALGO se torna uma opção a ser estudada para quem pretende diversificar o portfólio com uma criptomoeda acessível!
Após semanas laterais, o ímpeto de alta do Bitcoin (BTC) prevaleceu no mercado, levando a criptomoeda de referência a romper importantes níveis de resistência. A liquidação de contratos futuros foi um dos grandes catalisadores para o movimento, que viu a pressão de vendas ser diluída. Agora, o salto para os US$ 34 mil animou os investidores, que aguardam a continuação dos ganhos. Mesmo assim, vale ficar atento aos detalhes técnicos, com indicadores mostrando que correções podem estar a caminho, antes de uma nova subida de preços.
Estimando os ganhos
Na semana passada, observamos uma mudança na dinâmica das negociações de Bitcoin. Os compradores assumiram o controle da estrutura lateral do gráfico semanal, promovendo um rompimento ascendente que levou a criptomoeda a ser operada na região de US$ 35,1 mil no início da semana atual. Este movimento representou um aumento de mais de 10% entre a abertura e o fechamento da vela da semana anterior. No entanto, desde o início do movimento de alta iniciado em 11 de setembro, a valorização do Bitcoin supera os 35%.
Esse processo de valorização permitiu que o BTC quebrasse resistências significativas, alcançando a região de US$ 31,8 mil, que representava o ponto alto da estrutura lateral de preços e se tornou o principal ponto de atenção, marcando o topo das negociações em toda a estrutura lateral.
A movimentação de preços do ativo digital na semana passada evidenciou claramente a relação e o comportamento da oferta e da demanda no mercado. Aconteceu que, quando uma notícia equivocada liquidou a maioria dos investidores que esperavam uma queda na segunda-feira (16), o mercado eliminou a pressão dos vendedores, permitindo que a demanda assumisse o controle e impulsionasse os preços para cima.
Durante esse movimento ascendente, os compradores encontraram poucas resistências, e o preço rapidamente atingiu a primeira barreira mencionada em nosso relatório anterior, “Variação de Mercado”, em US$ 30,2 mil. A partir desse ponto, o controle estava firmemente nas mãos dos compradores.
A imagem gráfica a seguir mostra que o nível de preço na região de US$ 30,2 mil marcava o fechamento da vela semanal de 10 de abril. Visualmente, identificamos que desde então, o preço não havia conseguido manter-se acima desses níveis. No entanto, nesta semana, vemos que o preço ultrapassou essa região, indicando otimismo no mercado de criptomoedas.
Na mesma imagem, destacamos referências importantes para possíveis suportes, observando que, uma vez que os vendedores das semanas de 02/10 e 09/10 não conseguiram derrubar o preço, uma nova área de “Order Block” se formou na região de 50% de Fibonacci. Dentro desses níveis de preço do referido “Order Block,” o nível de US$ 28 mil, anteriormente uma resistência significativa, agora pode atuar como um suporte fundamental.
Embora o otimismo tenha retornado ao mercado com os movimentos recentes, é essencial manter em mente que o gráfico semanal ainda mostrava uma tendência lateral. Portanto, a cautela deve ser exercida em cada ponto de análise do gráfico. Agora que o preço superou a essa morosidade, é possível que as negociações voltem aos níveis de rompimento para efetuar um teste. Dado que estamos observando o preço na parte alta da estrutura, o gerenciamento de risco deve ser uma consideração central.
Aprofundando as linhas
Ao observar o gráfico semanal a seguir com as linhas de equilíbrio do Ichimoku, notamos que a Tenkan Sen, que representa as negociações das últimas 9 semanas, aponta para cima. Esse movimento sugere que o equilíbrio das negociações de curto prazo está em ascensão. Assim, este cenário é positivo, pois não apenas representa um equilíbrio nas últimas 9 semanas, mas também simboliza um fractal menor dentro da estrutura, indicando que os compradores não apenas dominam as negociações, mas também tentam manter o preço acima das máximas da lateralidade que foi rompida.
Da mesma forma, a linha base do sistema, conhecida como Kijun Sen, também aponta para cima, elevando o ponto de equilíbrio das negociações das últimas 26 semanas. Agora, somamos dois fractais do Ichimoku, tanto de curto quanto de médio prazo, evidenciando o domínio da demanda.
Também examinamos as informações da Chikou Span, que está deslocada no gráfico 26 semanas no passado. Atualmente, ela representa as negociações dos investidores da semana de 01 de maio. Naquela ocasião, os vendedores estavam iniciando um movimento de preço para baixo que durou pelo menos 3 semanas antes de uma nova entrada de compradores.
As informações das negociações da semana de 1º de maio são relevantes dentro do sistema de Ichimoku, uma vez que representam as negociações de um ciclo de 26 semanas, parte da teoria do tempo proposta por Goichi Hosoda, o criador do indicador.
Analisando esta semana de 1º de maio, entendemos que seu fechamento estava na mesma região onde observamos o posicionamento plano de Kijun até a semana passada, em US$ 28,2 mil, que faz parte do mesmo nível de preços mencionado anteriormente como um suporte relevante.
Ao analisar as negociações desta mesma semana de maio, a relação entre oferta e demanda sugere que vendedores que atuaram no mercado de derivativos neste período e ainda não encerraram suas posições agora estão em prejuízo e aguardam o preço retornar a esses níveis para liquidar suas negociações, criando assim um nível de preços em US$ 28 mil com alta liquidez.
Conforme mencionado anteriormente neste relatório, há um “Order Block” na mesma região, o que confirma a possibilidade de uma defesa por parte dos compradores, que buscam manter o preço acima de Kijun.
Olhando para o futuro, a Senkou Span A também está apontando para cima, ajudando a formar uma nuvem futura com uma espessura mais densa. Isso sugere a possibilidade de continuação do movimento atual de alta. A Senkou Span B também aponta para cima, e neste caso, identificamos que o fractal maior das ondas está mudando sua orientação de plana para ascendente. Ou seja, temos os três fractais apontando na mesma direção.
No contexto atual da movimentação de preços, acredita-se que após o rompimento da região de US$ 31,8 mil, o preço do Bitcoin possa ser projetado para os níveis de US$ 36 mil, que agora atua como o próximo nível de resistência, caso a demanda permaneça no controle da estrutura.
Além disso, o preço está acima da região da “nuvem” do Ichimoku, com a Chikou Span acima do preço no passado, sugerindo a possibilidade de continuidade da tendência de alta. Isso corrobora o otimismo atual no mercado de Bitcoin, embora seja importante manter uma análise constante do cenário e gerenciar os riscos adequadamente.
É importante examinar ainda o comportamento de indicadores-chave, como o MACD (Moving Average Convergence Divergence) e o Estocástico, a fim de obter uma visão mais completa da tendência atual d Bitcoin e identificar potenciais gatilhos.
Com a movimentação da semana passada e o início desta semana, observamos que o histograma do MACD se posicionou acima da linha zero, colocando as informações deste indicador em território positivo. Essa mudança é um sinal de força e otimismo, sugerindo que o ímpeto de alta está se construindo.
No entanto, o Estocástico está atualmente posicionado em uma região de sobrecompra. É importante lembrar que, em geral, todo movimento de preço impulsivo está sujeito a correções. Neste contexto, onde vários indicadores e informações apontam para uma tendência de alta otimista, é vital estar ciente da possibilidade de correções e sua intensidade.
Uma correção na movimentação de preços faria com que o indicador Estocástico saísse da zona de sobrecompra e buscasse, pelo menos, a região de 50% do indicador. Os investidores monitoram essa situação para identificar novos pontos de entrada ou possíveis reversões de tendência.
É relevante destacar que há momentos no mercado em que o Estocástico pode permanecer na zona de sobrecompra por períodos prolongados. Portanto, a análise da estrutura de preços e do contexto é fundamental. O fato de o Estocástico estar sobrecomprado não é necessariamente um sinal de reversão iminente, mas um indicativo de que uma correção pode estar se aproximando.
No conjunto de informações fornecidas pelos indicadores MACD e Estocástico, o Bitcoin permanece em alta, com os compradores tentando impulsionar o preço para novos patamares e desafiando resistências adicionais. No entanto, a análise técnica deve ser complementada por uma avaliação abrangente de todos os fatores. A atenção ao contexto do mercado, bem como ao gerenciamento de risco, é fundamental em qualquer estratégia de negociação.
O que acontece na rede?
Uma análise dos dados on-chain fornece informações valiosas sobre a tendência atual do Bitcoin, especialmente em relação à distribuição da moeda e às oportunidades de negociação.
Primeiramente, observamos que o número de endereços com mais de 100 Bitcoins tem apresentado um movimento crescente desde a última semana de setembro. Isso sugere que investidores ou detentores de Bitcoin com quantidades substanciais da criptomoeda estão aumentando suas posições. Esse aumento na quantidade de endereços com mais de 100 Bitcoins pode ser um indicativo de confiança no ativo e otimismo em relação à sua valorização futura.
Em relação aos endereços com mais de 1 mil Bitcoins, observamos oscilações em sua linha indicativa desde o mês de março, mas uma consolidação se tornou evidente a partir da primeira semana de outubro. Nas últimas três semanas, notamos um leve aumento nessa categoria de endereços. Isso pode indicar que investidores institucionais ou detentores de grande volume de Bitcoins estão demonstrando interesse crescente na criptomoeda.
Na segunda semana de outubro, houve um aumento no número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins, sugerindo que investidores de alto patrimônio estão se envolvendo no mercado. Embora tenha havido uma pequena redução na semana passada, esse movimento destaca o interesse de grandes players.
Um indicador adicional a ser observado é o SOPR (Spent Output Profit Ratio), que se posicionou acima da linha 1 na última semana de setembro. Após uma leve oscilação na segunda semana de outubro, o SOPR voltou a subir. Isso indica que os investidores têm a oportunidade de realizar suas posições com lucro, o que pode levar a uma maior liquidez no mercado e reforçar a perspectiva otimista.
Considerando o contexto geral dos dados on-chain analisados, incluindo o aumento no número de endereços e o comportamento do SOPR, podemos concluir que o movimento atual dos preços do Bitcoin favorece os investidores que estão ativos na ponta da compra. A presença de investidores com grandes posições, juntamente com a oportunidade de realização de lucro indicada pelo SOPR, adiciona confiança ao cenário de alta do Bitcoin.
Puxando a fila
Para consolidar o otimismo do mercado de criptomoedas em relação ao Bitcoin, também é fundamental analisar o gráfico da dominância e a capitalização de mercado da principal criptomoeda.
Nesta semana, observamos que a dominância do Bitcoin ultrapassou os níveis de 54%. A última vez que atingimos esses níveis foi em abril de 2021, ou seja, há mais de dois anos. Esse aumento na dominância indica que o Bitcoin está retomando sua posição de destaque no mercado de criptomoedas.
Ao longo das últimas dez semanas, temos testemunhado um fluxo contínuo de capital em direção ao Bitcoin. Os níveis de dominância operam acima das resistências locais, com as linhas de equilíbrio do Ichimoku apontando para o alto. Isso é um indicativo de que a tendência atual é favorável ao BTC, e os investidores estão demonstrando uma preferência clara por essa criptomoeda.
Agora, um canal de alta está se formando, com um alvo na região de 56%. Além disso, há uma linha de tendência que representa a região de 50% do canal de alta e sugere a continuação do movimento. Desde setembro de 2022, o gráfico da capitalização do Bitcoin apresenta topos e fundos ascendentes, apoiados principalmente pelas linhas que formam a “Nuvem de Ichimoku”.
No entanto, é importante observar que, ao longo da estrutura, o volume de entrada de capital tem diminuído. Para manter a confiança na continuação dessa tendência de alta, seria crucial que, a partir deste mês de outubro, o volume voltasse a subir ou, pelo menos, se mantivesse em níveis estáveis. Isso aumentaria a probabilidade de que o preço do Bitcoin permanecesse acima da estrutura lateral que foi recentemente rompida.
Medindo os volumes
A análise da dominância e da capitalização do Bitcoin reforça a perspectiva otimista em relação ao preço da criptomoeda. O Bitcoin está retomando sua posição dominante no mercado, e os indicadores apontam para uma tendência de alta. No entanto, o comportamento do volume de entrada de capital deve ser monitorado de perto, pois ele desempenha um papel crítico na sustentação da atual tendência.
A análise do gráfico diário fornece uma visão mais detalhada da movimentação recente do Bitcoin e nos permite avaliar a confirmação do rompimento para cima da estrutura que foi objeto de estudo em relatórios anteriores.
Com essa confirmação, o preço do Bitcoin iniciou uma tendência de alta no gráfico diário. No entanto, é importante notar que o fim dessa tendência de alta será marcado por uma correção profunda, que ainda não ocorreu. No momento em que escrevemos este “Variação de Mercado”, o preço estava pairando acima dos níveis de resistência na região de US$ 34 mil.
As linhas de equilíbrio do Ichimoku apontam para cima, sugerindo a continuidade do movimento de alta. No entanto, é digno de nota que a cada nova máxima, o preço está se afastando progressivamente do equilíbrio de 9 dias (Tenkan Sen). Com base em estudos do Ichimoku, é importante observar que o preço normalmente não permanece afastado da Tenkan Sen por muito tempo, o que aumenta a probabilidade de ocorrer uma retração ou uma pausa no movimento até que os pontos de equilíbrio se ajustem dentro da estrutura principal de preços.
Os principais suportes para o gráfico diário estão localizados entre as regiões de US$ 31,8 mil e US$ 30,2 mil. Esses níveis marcaram o posicionamento de um “Order Block” que foi superado durante o movimento de alta. Esses suportes representam zonas onde os compradores podem intervir e tentar manter o preço acima desses níveis, caso ocorram correções.
Conclusão
Este relatório de análise do Bitcoin proporcionou uma visão abrangente da movimentação de preços e dos principais indicadores que influenciam o mercado de criptomoedas. Os dados analisados refletem a dinâmica atual do Bitcoin e fornecem insights importantes para investidores e traders.
Observamos que o Bitcoin experimentou uma forte tendência de alta nas últimas semanas, com um aumento notável na dominância do mercado de criptomoedas. O número de endereços com quantidades significativas de Bitcoin tem crescido, sugerindo um crescente interesse por parte dos investidores em manter e adquirir a criptomoeda. Além disso, o indicador SOPR aponta para oportunidades de realização de lucro, o que pode influenciar a liquidez do mercado.
A análise técnica, com base no Ichimoku, revelou uma tendência de alta bem estabelecida, embora seja importante observar que o preço está se distanciando da linha de equilíbrio de 9 dias. Isso sugere a possibilidade de uma retração ou pausa no movimento de alta para que os pontos de equilíbrio se ajustem.
No gráfico diário, foi confirmado um rompimento para cima, marcando o início de uma tendência de alta. No entanto, é crucial reconhecer que o fim dessa tendência será caracterizado por uma correção profunda, que ainda não ocorreu. Suportes significativos foram identificados nas faixas de 31,8 mil a 30,2 mil dólares, marcando níveis onde os compradores podem atuar para manter o preço durante possíveis correções.
Em resumo, o cenário atual do Bitcoin é otimista, com vários indicadores e dados apontando para um movimento de alta contínua. No entanto, a análise técnica também destaca a necessidade de cautela, considerando a possibilidade de correções no curto prazo. O gerenciamento de riscos continua sendo uma parte essencial de qualquer estratégia de investimento em criptomoedas, e a atenção constante às mudanças do mercado é fundamental. O mercado de criptomoedas é altamente volátil, e os investidores devem estar preparados para diferentes cenários e ajustar suas estratégias conforme necessário.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório de análise do Bitcoin. Espero que as informações e insights compartilhados tenham sido úteis e informativos.
Lembre-se de que o mercado de criptomoedas é dinâmico e está sempre evoluindo, portanto, a busca constante por conhecimento e análise cuidadosa é fundamental.
Obrigado mais uma vez pela sua leitura e interesse!
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