BTC em divergências de tendências

BTC em divergências de tendências

A falta de força para cima ou para do Bitcoin (BTC) segue mantendo o sentimento cauteloso dos investidores. Alguns indicadores técnicos, inclusive, mostram que as tendências de curto e médio prazos estão divergentes, exigindo que a criptomoeda de referência faça uma recuperação consistente para que o movimento de alta seja mais nítido. Em contrapartida, a dominância do BTC no mercado de moedas digitais ultrapassou os 51% esta semana, apontando que o dinheiro segue fluindo para o Bitcoin.

 

De olho nos ciclos

A primeira semana de outubro apresentou uma dinâmica de preços interessante para o Bitcoin, com a criptomoeda operando em uma faixa de preço comprimida entre as linhas Tenkan e Kijun, bem como dentro das linhas que formam a “Nuvem” de Ichimoku. Embora o mês tenha começado com otimismo, a semana passada terminou com uma vela de indecisão, acompanhada por um volume de negociação muito semelhante ao da última semana de setembro.

Ao iniciarmos a semana atual, há uma expectativa de que a manutenção de uma sequência de alta no gráfico semanal possa levar as negociações para fora da região da “Nuvem”. No entanto, observamos que a Tenkan Sen, que representa o ponto de equilíbrio das últimas 9 semanas, aponta para baixo neste momento. A vela de indecisão da semana passada não trouxe informações decisivas para o mercado, apesar do movimento de alta que persiste desde a semana de 11 de setembro. 

Ao considerarmos a Chikou Span, que está plotada 26 semanas no passado, atualmente está na semana de 17 de abril. Nessa semana, os vendedores iniciaram um movimento de queda que se estendeu por um ciclo de 9 semanas até atingir a mínima na semana de 12 de junho. A “Senkou Span A”, que projeta 26 períodos no futuro, aponta levemente para baixo, sugerindo que, no contexto da estrutura do gráfico semanal, a “Demanda” está enfraquecida.

 

No caso de movimentos de alta, os investidores devem estar atentos à pressão exercida pelos vendedores, que entraram em ação na semana de 14 de agosto. Esses vendedores ainda dominam o mercado, estabelecendo uma resistência entre US$ 29 mil e US$ 30 mil.

Quando analisamos as movimentações de preço e volume, observamos dois momentos em que houve um volume significativamente elevado de negociações, ambos marcados pelo controle exercido pelos vendedores. O primeiro ocorreu durante a vela semanal de 14 de agosto, e o segundo movimento com pressão de vendedores aconteceu na semana de 28 de agosto. Nessas duas ocasiões, as barras de volume atingiram níveis elevados, e até o momento atual, nenhuma outra semana registrou um volume tão alto. Isso reforça a ideia de que os compradores, apesar de presentes, ainda enfrentam uma demanda fraca em relação ao movimento estrutural.

É importante destacar que a máxima atingida em 28 de agosto foi de US$ 28,1 mil, uma região de preços que já foi mencionada em relatórios anteriores como uma área de resistência complexa.

Para o futuro, é relevante considerar que o rompimento da máxima da semana passada poderá projetar o preço em direção à região de abertura da semana de 14 de agosto, em US$ 29,2 mil. Por outro lado, o rompimento da mínima da semana passada poderá projetar o preço em direção ao fechamento da semana de 11 de setembro, em US$ 26,5 mil.

 

 

Operando em estrutura

Na sequência de nosso relatório, continuaremos a análise da movimentação de preços do Bitcoin, focando na atual estrutura do mercado e nas forças em conflito que estão moldando o cenário.

É evidente que, dentro da estrutura do gráfico semanal, há uma pressão vendedora. No entanto, é igualmente importante observar que o movimento de preço atual caracteriza-se por uma extensa lateralização. Essa lateralização representa uma pausa no movimento de alta que se iniciou em novembro do ano passado.

 

O movimento de alta anterior e o otimismo no mercado a médio prazo são evidenciados no histórico da linha Senkou Span A, que indica uma significativa região de suporte móvel. Essa área pode ser vista como uma zona de defesa para os compradores que impulsionaram o preço para cima desde o início do ano.

Com o passar das semanas, estamos nos aproximando do possível encerramento da estrutura de preços. Essa tendência é motivada pela redução no volume de negociações ao longo do tempo.

A lateralização nos movimentos de preços ocorre devido à influência das duas principais forças do mercado financeiro: a Demanda e a Oferta. A consolidação de preços é essencialmente uma batalha entre essas duas forças, e com o tempo, uma delas começa a ganhar vantagem, reduzindo a quantidade de ativos disponíveis para negociação dentro da faixa de preço estabelecida na estrutura. Quando a disponibilidade de ativos em uma determinada faixa de preços diminui, o volume de negociações tende a diminuir, tornando mais fácil para a força dominante mover o preço em sua direção preferida.

No caso do Bitcoin, nosso objeto de estudo, o preço só subirá significativamente quando a oferta institucional for eliminada. Isso permitirá que o poder institucional dos compradores mova o preço para cima com maior facilidade.

No entanto, com base na análise apresentada até o momento, ainda é perceptível que a força da oferta está presente no mercado. Os investidores continuam otimistas a longo prazo, mas enquanto a demanda não absorver completamente a oferta disponível, o preço permanecerá dentro da estrutura determinada no gráfico semanal, representando as negociações a médio prazo no contexto histórico do Bitcoin.

É importante ressaltar que existem diferentes perfis de investidores e operadores no mercado financeiro. Os operadores de gráficos diários e day-traders continuam explorando oportunidades de curto prazo em todo o mercado, como veremos ao analisar timeframes menores mais adiante neste relatório.

 

 

Dominância em alta

Falaremos agora sobre a análise do Market Cap e da evolução da dominância do Bitcoin em relação ao mercado de criptomoedas. O gráfico semanal do Market Cap continua a apresentar entradas de capital e um aumento na dominância do Bitcoin superando 51%. Desde o início de maio de 2021, uma extensa estrutura foi construída, culminando com um rompimento significativo para cima em junho deste ano.

Uma observação interessante marca esse longo período de acumulação: a mínima da estrutura do Market Cap foi registrada em setembro de 2022, e desde então, os níveis de capitalização e dominância não retornaram a essa região.

Ao analisarmos o movimento no gráfico de preço do Bitcoin, notamos que após setembro de 2022, o preço continuou a cair e só começou a se recuperar a partir de novembro de 2022. Essa informação revela como o movimento institucional desempenha um papel crucial nos mercados financeiros. A partir de setembro do ano passado, grandes investidores já estavam acumulando compras e aproveitando as quedas de preço para aumentar suas posições.

Essa contextualização pode ser aplicada ao momento atual da movimentação do Bitcoin. Quando comparamos o gráfico do Market Cap com o gráfico de preços, observamos que, enquanto o preço está em uma região complexa de indecisão e resistências atualmente, o gráfico do Market Cap continua a sinalizar otimismo, seguindo uma linha de tendência que traçamos em estudos de relatórios anteriores.

 

Essa linha de tendência faz parte de um canal de alta, e sua próxima resistência está situada nos níveis de 52,15%, na região do topo anterior. Caso essa resistência seja ultrapassada, o próximo ponto de parada poderá ser o topo do canal.

Em resumo, o gráfico semanal do Market Cap continua a sinalizar otimismo para o Bitcoin, independentemente das flutuações no preço. A dominância do Bitcoin permanece forte, e a entrada de capital continua a impulsionar o otimismo do mercado cripto. A análise do Market Cap fornece uma perspectiva valiosa sobre a saúde e a tendência de longo prazo do mercado de criptomoedas, complementando a análise do preço do Bitcoin.

 

Sobe e desce de preços

Agora aprofundaremos nossa análise no gráfico diário do Bitcoin, focando em identificar níveis de preço relevantes e compreendendo os desafios enfrentados pelo preço nos últimos dias.

Este gráfico mostra que o preço continua a operar na parte superior da estrutura, com dificuldades para realizar um rompimento significativo para cima. No entanto, é perceptível que a cada movimento de queda nos últimos dias, o preço tem encontrado suporte no que é conhecido como “Order Block”, localizado na mesma região que examinamos anteriormente no rompimento do “AR”. Os níveis de preço mais relevantes que têm apoiado os movimentos de queda estão na região de US$ 27,2 mil.

Analisando a imagem a seguir, observamos que, olhando apenas para as movimentações de preço e volume, há uma região em US$ 29,1 mil que pode atuar como uma resistência, caso o preço supere os níveis de “UA.” Neste momento, “UA” representa uma área complexa onde os vendedores entram em ação, absorvendo a força compradora e revelando a presença ativa de vendedores que impedem a continuidade da alta.

 

 

Se contarmos as velas diárias, percebemos que o preço já atingiu a região de “UA” por pelo menos 5 dias e não obteve sucesso no rompimento. De acordo com a análise técnica, quando uma mesma região é testada repetidamente, ela pode enfraquecer. No caso do Bitcoin, sempre que o preço trabalha na região de US$ 28,1 mil, os compradores conseguem consumir parte da oferta disponível nesses níveis. Portanto, a cada novo teste, as chances de um rompimento aumentam.

Por outro lado, os investidores estão atentos para verificar se os compradores continuam fortes a cada novo teste. Essas regiões complexas de suporte e resistência, envolvendo conceitos de oferta e demanda, entram em uma batalha, e leva tempo para que um dos lados enfraqueça.

Até o momento presente, a pressão vendedora ainda é mais forte dentro da estrutura de preços semanal, como mencionado anteriormente. No entanto, observamos uma entrada constante de capital e um aumento na dominância do Bitcoin. Isso pode dar uma vantagem aos investidores que procuram pontos de entrada no gráfico diário.

 

 

Com que essa nuvem parece?

Também examinamos o gráfico diário do Bitcoin com foco nas linhas do Ichimoku e como podemos interpretar essas informações em termos de fractais de movimento de preços. Observamos que a criptomoeda está tentando se manter acima da região da “Nuvem” com as linhas Tenkan e Kijun operando de forma ascendente ao longo dos últimos dias. No entanto, a Senkou Span B segue um movimento inverso, o que adiciona complexidade à análise.

No contexto da teoria de fractais, sabemos que o mercado é fractal, o que significa que o preço se move em padrões repetitivos e auto-similares em diferentes escalas de tempo. Neste caso, podemos interpretar as linhas do Ichimoku da seguinte maneira:

Tenkan Sen: Oscilando de forma ascendente no gráfico diário, simboliza uma onda de um fractal menor.
Kijun: Representa uma onda base e, neste caso, uma onda de médio prazo, contabilizando assim dois fractais de ondas ascendentes.
Senkou Span B: Simboliza uma onda de um fractal maior, e, neste caso, ainda está descendente.

Essa interpretação explica a dificuldade dos dois fractais menores (representados por Tenkan Sen e Kijun) em promover o rompimento nas máximas da estrutura diária, uma vez que o fractal maior (representado por Senkou Span B) ainda está em uma tendência descendente.

Para que o fractal maior, representado por Senkou Span B, também sinalize alta, é necessário que a demanda se torne predominante dentro da estrutura. Isso requer tempo e pode envolver uma batalha entre compradores e vendedores.

 

No gráfico, destacamos três tipos de fractais: o menor (setas verdes), o mediano (seta vermelha) e o maior (seta laranja). Em resumo, o gráfico diário nos indica que mesmo que ocorra um rompimento de curto prazo das máximas anteriores, ainda estaremos confrontando o fractal maior descendente. Isso poderia resultar em um retorno rápido dos preços para os níveis de suporte representados pela “Nuvem” no gráfico diário. Portanto, entendemos que a região de US$ 29 mil poderá ser um novo ponto de inflexão caso o preço alcance esse patamar. No entanto, a “Nuvem” continua a operar como uma grande região de suporte.

A análise das linhas do Ichimoku vai além do estudo do equilíbrio; como vimos na análise do gráfico diário, essas linhas também podem ser interpretadas como ondas fractais que podem impulsionar ou retrair a movimentação de preços com maior ou menor intensidade.

É importante lembrar que a aplicação dessa metodologia pode variar de acordo com o contexto apresentado pelo ativo analisado.

 

 

Conclusão

Ao longo deste relatório, realizamos uma análise detalhada da movimentação de preços do Bitcoin em diferentes intervalos de tempo e com base em várias ferramentas analíticas, como o gráfico semanal, o Market Cap, o gráfico diário e as linhas do Ichimoku. Compreendemos que o mercado de criptomoedas é complexo e está sujeito a influências variadas.

No cenário semanal, observamos um mercado lateralizado e uma luta contínua entre a oferta e a demanda, com uma pressão vendedora dominante. No entanto, o Market Cap continua a demonstrar otimismo para o Bitcoin, sugerindo que a dominância da criptomoeda líder ainda é forte.

A análise do gráfico diário revelou desafios para o Bitcoin em romper resistências significativas, apesar de uma tentativa constante de permanecer acima da “Nuvem.” As linhas do Ichimoku destacaram a presença de fractais de movimento de preços, com Tenkan Sen e Kijun indicando ondas ascendentes de menor prazo, enquanto Senkou Span B representa um fractal maior ainda em tendência descendente. Isso explica a dificuldade em romper máximas anteriores.

A interação entre compradores e vendedores em níveis de suporte e resistência complexos tem sido um fator chave na movimentação de preços. A região de 29 mil dólares é vista como um ponto de inflexão potencial, e a “Nuvem” continua a operar como uma grande área de suporte.

Em resumo, o Bitcoin enfrenta um cenário desafiador no curto prazo, com a pressão vendedora predominante ainda presente na estrutura semanal de preços. No entanto, a entrada contínua de capital e a dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas mantêm um cenário otimista a médio e longo prazo.

A análise do Ichimoku demonstra a importância de considerar os fractais e as tendências em diferentes escalas de tempo para obter uma compreensão completa da movimentação de preços.

 

 

Agradecimento

 

Em um mercado tão dinâmico, a análise contínua e a adaptação são cruciais, e estamos aqui para apoiar sua jornada de investimento. Obrigado por sua atenção e confiança. Desejo a todos os investidores sucesso em suas estratégias e decisões futuras.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Derivativos aquecem o Bitcoin

Derivativos aquecem o Bitcoin

A cautela é o nome do jogo dos mercados para esta semana. Os dados do setor empregatício norte-americano deixaram os investidores perdidos e pouco confortáveis com a situação monetária dos Estados Unidos. Por isso, aumenta a pressão sobre os juros do país. Ao mesmo tempo, a retomada das negociações na China, pós-feriado, deve adicionar uma boa volatilidade às ações e criptomoedas, enquanto as tristes tensões geopolíticas em Israel podem conturbar o petróleo. Em meio a isso tudo, o Bitcoin briga na região dos US$ 28 mil, enquanto observa um crescimento da acumulação e, principalmente, do mercado de derivativos da criptomoeda.

 

 

Mais um triste capítulo

Pouco mais de um ano após o início da guerra na Ucrânia – que ainda não teve fim – o mundo está vivenciando mais um conflito importante, desta vez em Israel. É extremamente triste ver vidas sendo perdidas, enquanto grupos e governos se digladiam em suas guerras. Mas como uma discussão social e filosófica não é o objetivo do Satoshi Call, vou destacar, além do óbvio, as consequências econômicas que esse conflito pode trazer ao mundo. 

Neste caso, estamos falando do petróleo. Israel não é um grande produtor dessa base de energia global. Mas o Irã, que apoia o Hamas, sim! Embora os ataques não estejam ainda localizados nas regiões petrolíferas, especialistas começam a se questionar como a expansão e prolongamento da guerra pode afetar a produção local de combustíveis, assim como possíveis sanções econômicas levem o governo iraniano a fechar suas torneiras ao exterior. Esse receio já elevou o preço do barril em 4% esta manhã.

Com a valorização do petróleo, a tendência é que os custos dos transportes de matérias-primas e produtos finais se elevem, o que impacta diretamente na inflação. Essa pressão é semelhante ao que aconteceu quando a Rússia sofreu sanções econômicas, após invadir a Ucrânia. Como resposta, Vladimir Putin decidiu cortar alguns fornecimentos de gás, aumentando consideravelmente o preço da energia em muitos países europeus. 

 

 

 

Isso aqui tá certo?

A expectativa dos investidores em relação aos dados do mercado de trabalho norte-americano deram lugar a uma enxurrada de dúvidas. As informações apresentadas ao longo da semana foram bastante conflitantes, com o Payroll sendo o fiel da balança para “decidir” a situação.

Considerando os números divulgados, a situação empregatícia do país segue bastante aquecida, com quase o dobro – em relação às estimativas – de novos trabalhadores . Isso acaba colocando ainda mais pressão sobre o Federal Reserve, que pode usar a oportunidade para voltar a elevar os juros novamente.

 

  Setembro Projeção Agosto
Payroll 336 mil 170 mil 227 mil
Taxa de Desemprego 3,8% 3,7% 3,8%

 

Jerome Powell, inclusive, realizou um breve discurso na Pensilvânia, na última semana, reforçando que o foco do Banco Central é gerar uma “economia saudável” e um mercado de trabalho “forte”. Essa fala, entretanto, caminha ligeiramente na contramão do que os formuladores de política monetária discutem recentemente. As autoridades apontam que os resilientes empregos tem sido o principal catalisador para a manutenção do aperto monetário.

Apesar dos esforços para um “pouso suave” e evitação de uma estagflação, a realidade é que há poucos sinais de que a economia dos Estados Unidos, de fato, está andando. Os Índices Gerente de Compras (PMIs) Industrial, de Serviços e Composto até vieram em linha ou acima das expectativas dos analistas. Entretanto, não destacam uma melhora significativa e, em alguns casos, apontam um retrocesso. Mas se vale um ponto “positivo” nesta história, é que a desaceleração está justamente na área de Serviços, em que a pressão inflacionária tende a ser maior.

 

 

Na contramão de tudo

Na Zona do Euro, a economia está o oposto do que caminha a norte-americana. Enquanto os PMIs ainda apontam uma retração dos principais motores locais, o setor de Serviços permanece em expansão. Com isso, a inflação ao consumidor (CPI) pode ser pressionada para cima, enquanto os dados mostram que os preços ao produtor (PPI) permanecem em recuo.

 

  Setembro Projeção Agosto
PMI Serviços 48,7 48,4 47,9
PPI -11,5% -11,6% -7,6%

 

A taxa de desemprego no bloco também recuou, embora bem pouco. Mesmo assim, mostra que o mercado de trabalho pode estar ligeiramente aquecido. Ou seja, mais um problema para o Banco Central Europeu (BCE) analisar.

 

 

 

Que descanso, hein?

Após uma semana de feriado prolongado, a China, enfim, reabriu seus mercados na última noite, colocando mais lenha na fogueira do volátil mercado financeiro. As expectativas são distintas, com os investidores de olho em como os chineses vão reagir ao gigante rendimento dos títulos do tesouro norte-americano, a crise da incorporadora imobiliária Evergrande, e, claro, a guerra em Israel.

 

 

BACEN tá otimista

Os últimos dados econômicos têm mostrado uma certa flutuação no Brasil. O Índice Gerente de Compras Industrial, por exemplo, voltou ao território de contração, o que pode pressionar o setor e as perspectivas do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Em contrapartida, a produção industrial apontou alta de 0,5%, em agosto, contra -1,1% registrado no mês anterior.

Em evento na Associação Brasileira de Câmbio, o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, disse ver com bons olhos o comportamento dos preços de alimentos e bebidas no país. A autoridade monetária comentou ainda que o caminhar da inflação está relativamente dentro das metas do BACEN para este e os próximos anos.

 

 

Na luta pelos US$ 28 mil

Após um período de baixas, o Bitcoin esboçou uma recuperação de preços, seguindo até mesmo a perspectiva técnica apontada em Satoshi Calls anteriores. Mas a realidade, é que os US$ 28 mil seguem sendo uma pedra no sapato dos touros, que sentem a pressão dos vendedores neste nível. A narrativa, porém, de que a criptomoeda está operando cada vez mais dentro de seus próprios fundamentos se faz valer, em partes. Afinal, pelo menos até agora, nenhum movimento muito brusco aconteceu ao ativo, diante dos diversos eventos macroeconômicos e geopolíticos recentes.

 

 

Olhinho na rede

Dados on-chain mostram o comportamento da rede, a análise da distribuição de oferta mostra o interesse de três grandes grupos de detentores do ativo: carteiras com 10 a 100 BTCs, 100 a 1 mil moedas e 1 mil a 10 mil tokens. De acordo com a Santiment, essas carteiras têm acumulado ferozmente desde o início do mês passado. No total, os registram apontam que tubarões e baleias, juntas, adquiriram um combinado de US$ 1,17 bilhão em Bitcoin, no período.

 

 

Operações futuras

Outra forma de medir o apetite dos investidores está no mercado de derivativos. Desde agosto, há um aumento significativo no número de posições abertas de contratos futuros e também de opções. Embora não seja possível medir estratégias, como o mesmo investidor possuindo contratos de compra e venda para reduzir seus riscos, a realidade é que o setor está, de fato, mais aquecido, como aponta o gráfico abaixo.

Entretanto, há uma pequena pista para identificar se o mercado está mais posicionado para compra ou venda, que é o funding rate ou taxa de financiamento. Como mostra a imagem a seguir, a taxa atual está, em média, em 0,003. Isso aponta que os bears ainda são maioria, já que o nível está abaixo do tradicional 0,01%, considerado “neutro”. Mesmo assim, é possível notar que o movimento de alta do funding segue o mesmo comportamento do crescente volume de posições abertas. Assim, pode-se supor que os bulls estão começando a dar mais as caras pelos mercado.

 

 

O que dizem os gráficos?

As bandas de Bollinger seguem espremidas, apontando o atual cenário de baixa volatilidade para o Bitcoin. Entretanto, o padrão cup and handle ainda se faz valer, com o preço da criptomoeda estabelecido acima do canal de baixa responsável pela “alça” do desenho, mesmo com o mercado em queda nesta manhã. Em contrapartida, a mediana da banda atuou como uma resistência no fechamento da semana anterior, o que pode dificultar a vida dos bulls no curto prazo e levar o preço do ativo para baixo.

Fonte: TradingView, em 09/10, às 8h29min.

 

Nos indicadores adjacentes, o MACD continua com o movimento de aproximação de suas linhas, sugerindo que os compradores estão cada vez mais fortalecidos neste momento de mercado. Já o Índice de Força Relativa (RSI), mira os 51 pontos, acompanhando esse ligeiro crescimento dos touros.

 

 

Conclusão

O Bitcoin vem mostrando resiliência a certos eventos macroeconômicos. Mas nem por isso é possível se descuidar deles. A retomada das negociações na China pós-feriado, as tensões geopolíticas em Israel e dados inflacionários nos Estados Unidos estão à mão para bagunçar todo o mercado.

Entretanto, a perspectiva de acumulação pré-halving ainda está presente, com as carteiras seguindo seu viés de compras há meses. A retomada de uma situação mais especulativa, com o aumento de posições abertas no mercado de derivativos, pode ser a fagulha que faltava para dar uma movimentação maior no preço do Bitcoin – seja para cima ou para baixo.

Proof-of-Stake: O que é e diferenças para o Bitcoin

Proof-of-Stake: O que é e diferenças para o Bitcoin

Proof-of-Stake (PoS) é um protocolo técnico, que se tornou um dos mais famosos modelos de verificação de informações dentro de uma blockchain, por apresentar uma possível solução ao grande gasto energético de redes como o Bitcoin (BTC).

Apesar de diversas plataformas já aplicarem este “algoritmo de consenso”, a tecnologia ganhou destaque mesmo após a segunda maior blockchain do mundo, Ethereum (ETH), introduzir a metodologia em seus processamento de dados.

Com essa proposta de eficiência e sustentabilidade intrínseca, o que é, como funciona e o que diferencia o Proof-of-Stake do Proof-of-Work, método presente no Bitcoin.

Apresentação do Proof-of-Stake

O que é Proof-of-Stake (PoS)?

Proof-of-Stake é um algoritmo de consenso. Ele é um processo técnico baseado em códigos de computador que, a partir de uma análise conjunta dos participantes daquele sistema, consegue garantir que uma informação seja verdadeira pela maioria dos “votantes”.

“Os nodes – nós – presentes em uma blockchain depositam um valor pré-determinado da criptomoeda nativa, como o ETH, para realizar a verificação e classificar os dados como verídicos.

Esta é uma forma de o validador mostrar que vai trabalhar para manter a rede segura e, caso tente alguma ação fraudulenta, a blockchain pode recolher esses tokens e distribuir aos outros participantes.

Em contrapartida, se o validador das informações trabalhar de forma adequada e honesta, ele será recompensado com mais tokens nativos, em um processo conhecido como staking de criptomoedas.

O que é Algoritmo de Consenso?

Como comentado acima, Proof-of-Stake é um algoritmo de consenso. E para que o restante da leitura deste texto fique ainda mais fácil, vale a gente dar dois passos atrás para explicar o que é esse aspecto computacional.

Em sistemas distribuídos, como as blockchains, é essencial que todos os participantes concordem sobre a validade de uma transação ou a ordem em que as transações ocorrem. Neste caso, os algoritmos de consenso são protocolos responsáveis por garantir que a rede do sistema chegue a um acordo comum, mesmo na presença de operadores mal-intencionados.

Problema dos Generais Bizantinos

Para trazer um exemplo mais prático sobre esta situação, há um clássico modelo presente em teorias de computação e sistemas distribuídos que consegue ilustrar bem a dificuldade em se alcançar o consenso em um ambiente onde os participantes podem falhar ou agir de maneira mal-intencionada. Neste caso, estamos falando do  “Problema dos Generais Bizantinos”.

Por isso, imagine um grupo de generais bizantinos que cercam uma cidade inimiga. Primeiramente, eles precisam decidir coletivamente se atacam ou recuam do local. Além disso, é crucial que a decisão seja unânime, uma vez que um ataque parcial seria desastroso. Dessa forma, para comunicar suas decisões, os generais optam por enviar mensageiros entre si.

A complicação dessa decisão surge quando consideramos que alguns generais podem ser traidores e, assim, seriam capazes de enviar mensagens falsas para confundir suas tropas. Então, como os generais leais podem chegar a um consenso para garantir que todos tomem a mesma decisão, mesmo quando alguns generais estão tentando sabotar o plano?

Simulação do Problema dos Generais Bizantinos

Desafios dos Generais Bizantinos

No cenário descrito acima, o sentimento do exército é de dúvida e desconfiança. Por isso, os desafios são diversos, como vemos a seguir:

  • Corte de comunicação: Alguém pode capturar ou matar os mensageiros, fazendo com que algumas mensagens nunca sejam entregues
  • Traição: Alguns generais podem agir de má fé, enviando mensagens contraditórias para diferentes generais, tentando implantar a discórdia e impedir um consenso.
  • Unanimidade: Necessidade em chegar a um consenso completo entre todos os generais para que o ataque ou recuo sejam mais efetivos.

Os problemas enfrentados pelas blockchains e sistemas distribuídos é semelhante ao dos Generais Bizantinos. Os nodes de uma blockchain – equivalentes aos generais – precisam concordar sobre a validade e a ordem das transações. Com isso, assim como os generais traidores, alguns nós podem agir de má fé ou serem comprometidos.

Proof-of-Stake vs Proof-of-Work

Os algoritmos de consenso são soluções para resolver o problema dos generais bizantinos. Esses códigos e metodologias computacionais acarretam características distintas. Proof-of-Stake (PoS) e Proof-of-Work (PoW) são os dois processos mais conhecidos e, claro, possuem suas diferenças.

  • Proof-of-Stake: Os nós são escolhidos para validar transações com base na quantidade de moeda que “apostam” ou mantêm como garantia. Este modelo é considerado um dos mais eficientes em termos energéticos
  • Proof-of-Work: Algoritmo de Consenso utilizado pelo Bitcoin e várias outras criptomoedas. Os generais (nodes) resolvem problemas matemáticos complexos para validar transações e criar novos blocos. A segurança é garantida pela quantidade significativa de poder computacional necessária para alterar ou influenciar os dados de uma blockchain.
Diferenças entre PoS e PoW

História e evolução do Proof-of-Stake

O PoS foi proposto pela primeira vez em 2011 como uma solução para os problemas de escalabilidade e consumo de energia do PoW. Desde então, várias criptomoedas adotaram este algoritmo de consenso, mas cada uma com suas próprias implementações e características.

Com o tempo, o Proof-of-Stake evoluiu de simples sistemas de “apostas” para modelos mais sofisticados, como o Delegated Proof-of-Stake (DPoS). Nele, os detentores de moedas votam em um número limitado de “delegados” para validar transações em seu nome.

Vantagens do Proof-of-Stake

A principal vantagem do Proof-of-Stakes é sua eficiência energética. Ao eliminar a necessidade de poder computacional intensivo, o método reduz significativamente o consumo de eletricidade. Isso torna as redes mais ecológicas e reduz os custos associados à mineração.

Além disso, o PoS oferece maior segurança contra ataques de 51%, pois um atacante precisaria possuir a maioria das moedas para comprometer a rede. Já a recompensa aos validadores por “apostar” seus tokens incentiva a participação ativa na rede e a manutenção de moedas, o que pode levar a uma maior estabilidade de preços.

Desafios e Críticas ao Proof-of-Stake

Apesar das vantagens acima, o PoS não está isento de críticas. Por isso, uma das principais preocupações deste modelo é a potencial centralização da rede. Afinal, os detentores de grandes quantidades de moedas têm mais chances de validar blocos e, como resultado, concentrar o poder em um pequeno grupo.

Além disso, o Proof-of-Stake pode ser vulnerável a certos ataques, como o “Nothing at Stake”, em que os validadores podem ser incentivados a validar múltiplas versões da blockchain. Entretanto, muitas dessas preocupações estão sendo abordadas através de inovações e melhorias contínuas no protocolo PoS.

Criptomoedas que utilizam Proof-of-Stake

Diversas criptomoedas adotaram o Proof-of-Stake como seu mecanismo de consenso principal. Ethereum, uma das maiores blockchains do mundo, adotou a metodologia recentemente, após a atualização Ethereum 2.0. Cardano (ADA), Tezos (XTZ) e Polkadot (DOT) também utilizam variações deste algoritmo.

Leia também: Atualização The Merge do Ethereum

Para os investidores, o staking de criptomoedas pode ser uma forma atrativa de ganhar recompensas passivas, enquanto contribuem para a segurança e eficiência da rede.

O Futuro do Proof-of-Stake

Com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade de soluções de blockchain mais sustentáveis, o Proof-of-Stake está bem posicionado para desempenhar um papel crucial no futuro das criptomoedas.

À medida que a tecnologia se desenvolve, é provável que vejamos ainda mais inovações, como mecanismos de consenso híbridos que combinam elementos do PoW e PoS.

Investindo em Proof-of-Stake

Staking de criptomoedas é uma alternativa de investimento para quem quer ampliar a participação no mercado de moedas digitais.

Simulação de Staking de Criptomoedas

Os principais tokens Proof-of-Stake estão disponíveis para compra e venda na Foxbit Exchange e também para a realização de staking na Foxbit Earn.

Aproveite a oportunidade da tecnologia para acumular mais criptomoedas e aumentar a segurança das blockchains.

Cautela com a alta do Bitcoin

Cautela com a alta do Bitcoin

Apesar de ser possível encontrar alguns ciclos de desempenho consistentes no mercado de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) ainda reserva espaço para movimentos inesperados. O mais recente deles ocorreu na última semana, com um fechamento positivo em setembro. Este comportamento chama atenção, pois, até então, em apenas duas ocasiões a moeda digital havia encerrado o período com ganhos. Se por um lado a alta evidencia um apetite comprador, do outro, a análise técnica aponta que a pressão de venda ainda é marcante no mercado.

 

 

Setembro positivo

No último dia 30, presenciamos um cenário incomum em relação aos últimos anos, com o preço do Bitcoin fechando setembro com uma variação positiva. A negociação da criptomoeda saltou para os US$ 27 mil, impulsionado pela força compradora que se manifestou na semana passada. Isso resultou em um lucro de mais de 4% para os investidores que mantiveram suas posições desde o início do mês.

Este período também marcou o encerramento do terceiro trimestre de 2023. No entanto, este recorte registrou uma variação negativa de 11,3%, revertendo a tendência de alta observada no trimestre anterior. 

 

 

 

Amplitude de preços

Ao analisarmos o gráfico de três meses, podemos notar que o preço do Bitcoin se encontra abaixo do valor de abertura do trimestre iniciado em abril de 2023, que era de US$ 28,5 mil. É importante destacar que essa marca representa uma resistência significativa, que merece atenção especial à medida que adentramos o mês de outubro.

 

 

Ainda no gráfico trimestral, identificamos um suporte crucial no nível da máxima do trimestre iniciado em julho de 2022, coincidindo com a mesma região de mínima do trimestre iniciado em abril de 2023. Em prazos menores, essa região já foi mencionada em relatórios anteriores como a mínima de junho de 2023, situada em 24,7 mil dólares.

Além disso, observamos duas áreas que o mercado ainda não revisitou. A primeira delas está em US$ 24,7 mil, apontada como a mínima da estrutura local. A segunda encontra-se em S$ 21,5 mil, correspondendo à máxima do trimestre iniciado em outubro de 2022. Embora o preço esteja se afastando gradualmente dessas regiões, é importante ressaltar que esses espaços são conhecidos na análise técnica como “gaps”, caracterizados por uma concentração histórica de ordens.

Em suma, a análise técnica nos fornece informações valiosas para compreender a movimentação de preços do Bitcoin, mas não pode prever sua direção futura com certeza. No entanto, ao estar ciente desses pontos de referência e informações, os investidores estarão mais bem preparados, caso esses cenários se concretizem.

Mas ao longo de sua história, o gráfico trimestral do Bitcoin demonstrou uma tendência de alta consistente, com as quedas sendo, em sua maioria, correções temporárias para permitir novos impulsos de alta. Investidores de longo prazo têm obtido sucesso ao analisar gráficos com intervalos maiores, focando em ganhos exponenciais e não se preocupando com as flutuações de curto prazo.

 

 

Capitalização e dominância do Bitcoin

 

A capitalização e dominância do Bitcoin seguiram o padrão observado em anos anteriores, apresentando um leve aumento na entrada de capital em comparação com o mês anterior. Ao iniciar setembro com uma dominância de 49,15%, o Bitcoin encerrou os 30 dias com 49,82% de domínio. Esse aumento é um indicativo de que os investidores estavam otimistas durante o período, mesmo diante da incerteza em relação à direção dos preços.

Ao analisarmos o gráfico semanal do MarketCap do Bitcoin, podemos observar que o ativo se encontra atualmente em torno de 50,3%. Essa marca está localizada em uma região complexa de suporte, que corresponde a uma grande linha de tendência de alta. Além disso, o Bitcoin está posicionado acima dos equilíbrios de Tenkan e Kijun, indicando um cenário positivo.

No entanto, é importante estarmos preparados para diferentes cenários. Caso a linha de tendência seja rompida para baixo, o próximo ponto de suporte a ser observado estará na projeção de Kijun, situada em 47,57%, e posteriormente na área da “nuvem” de Ichimoku.

 

Uma análise adicional que podemos realizar é baseada na metodologia de Wyckoff, aplicada ao gráfico semanal do MarketCap do Bitcoin. Notamos que, atualmente, os níveis de dominância estão acima da estrutura estudada como possível acumulação. O próximo passo será observar se teremos uma retomada de alta na capitalização ou uma reentrada na área de valor da estrutura.

Em caso de retomada de alta, estaremos acompanhando a linha de tendência e os pontos de equilíbrio de Tenkan e Kijun como referências importantes. Por outro lado, se retornarmos à região de valor da estrutura, será necessário medir, em um momento oportuno, a intensidade da força com que os suportes serão testados.

Também adicionamos ao gráfico o espelhamento de um possível canal de alta, que nos auxilia na identificação de níveis de capitalização em que o movimento de alta pode ser retomado, caso o cenário de curto prazo envolva uma redução no MarketCap e a subsequente reentrada na estrutura.

Vale ressaltar que a linha inferior de nosso canal de alta coincide com a Senkou Span A, que é uma das linhas que compõem a “nuvem” de Ichimoku. As linhas de equilíbrio do Ichimoku Kinko Hyo sinalizam a possibilidade de uma lateralização no gráfico do MarketCap. As linhas “Tenkan,” “Kijun,” “Senkou Span A” e “Senkou Span B” estão planas, o que geralmente sugere consolidação, com a possibilidade de testes no topo anterior.

Em resumo, a dominância e a capitalização do Bitcoin mantiveram um padrão de leve aumento durante setembro, refletindo um otimismo por parte dos investidores. A análise técnica do MarketCap indica a importância de monitorar a linha de tendência de alta e os pontos de equilíbrio de Tenkan e Kijun, bem como estar preparado para diferentes cenários, incluindo a possibilidade de uma reentrada na estrutura anterior.

 

 

 

Comportamento dos comerciantes

Uma parte fundamental da análise da movimentação de preços do Bitcoin envolve a observação do gráfico mensal, permitindo-nos realizar um comparativo entre os comportamentos de preço e o volume de negociações. 

Em setembro, notamos um aumento nos preços, caracterizando um período de alta. No entanto, um detalhe intrigante é que esse mês apresentou um volume de negociações inferior tanto ao mês de agosto quanto ao mês de julho.

 

Ao descermos para timeframes menores, podemos identificar um aumento constante na entrada de capital e uma demanda significativa que surgiu no final de setembro e início de outubro. No entanto, é importante ressaltar que esses movimentos ainda não estão claramente evidenciados no gráfico mensal.

No “Variação de Mercado” da semana passada, mencionamos a utilidade do indicador Ichimoku Kinko Hyo na previsão de futuros movimentos das principais linhas de equilíbrio. Especificamente, destacamos que a Tenkan Sen subiria a partir de 1º de outubro e estaria posicionada na região dos US$ 25,7 mil.

Com satisfação, podemos confirmar que essa previsão se concretizou. O que agora observamos no gráfico mensal é um novo suporte mais alto na Tenkan Sen, situado na faixa dos mesmos US$ 25,7 mil.

 

 

Cruzamentos de médias

Na análise da movimentação de preços do Bitcoin no período semanal, incorporamos os indicadores MACD e Estocástico para fornecer uma visão mais abrangente da situação do mercado. 

 


MACD

O MACD continua a ser uma ferramenta valiosa para avaliar a dinâmica do mercado. Notamos que seu histograma vem fazendo mínimas mais altas desde a semana de 11 de setembro. Apesar de ainda se encontrar abaixo da linha zero, esse cenário é interpretado por grandes investidores como uma maneira de avaliar a pressão dos pullbacks (retrações) para procurar oportunidades de entrada nos gatilhos de retomada. 

Um exemplo disso ocorreu na semana de 18 de setembro, quando o mercado testou a Tenkan Sen e, em seguida, retraiu. Grandes investidores estavam aguardando uma diminuição na força dos vendedores no curto prazo, e quando o preço não conseguiu se manter abaixo da mínima anterior, os compradores retornaram com vigor, impulsionando o preço para a região de US$ 28 mil.

 

 

Indicador Estocástico

Desde a semana de 11 de setembro, o indicador Estocástico estava saindo de uma região de sobrevenda e se aproximando da marca de 50%. Esse movimento indica uma possível reversão da tendência de baixa e uma recuperação na demanda. O fato de o Estocástico mostrar esse comportamento ao mesmo tempo em que observamos o enfraquecimento dos vendedores é um sinal importante para os investidores, que aproveitaram essa oportunidade de alta.

 

No momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin estava operando na região de US$ 27,4 mil. Os indicadores técnicos “Tenkan Sen,” “Kijun Sen,” “Senkou Span A” e “Senkou Span B” no gráfico semanal estavam planos. O preço também permanecia dentro da Nuvem de Ichimoku, com a Chikou Span (linha verde) refletindo o movimento de 26 semanas atrás.

Uma informação importante fornecida pela Chikou Span é que aqueles que compraram Bitcoin na semana de 10 de abril e ainda não encerraram suas posições tiveram a oportunidade de entrar em território positivo. No entanto, a resistência representada pela linha Kijun Sen sugere que investidores que estavam presos em suas posições podem optar por encerrá-las, potencialmente provocando uma correção de preço. Portanto, é comum que investidores de curto prazo ajustem seus stops logo após realizar ganhos parciais.

Além disso, é crucial notar que a região de US$ 28 mil, que identificamos como um nível de atenção e resistência, também corresponde à marca de 50% de toda a estrutura lateral observada no gráfico semanal. Essa área provavelmente desempenhará um papel crucial nas decisões futuras dos investidores e na direção dos preços do Bitcoin.

 

 

 

Vai e vem da rede

Agora direcionamos nosso foco para uma análise detalhada dos dados on-chain, que fornecem insights valiosos sobre o comportamento dos investidores de Bitcoin, particularmente aqueles que possuem grandes quantidades do ativo.

O número de endereços com mais de 100 BTCs teve um aumento significativo na semana passada e agora estabilizou. Esse aumento justifica, em grande parte, o movimento de alta que impulsionou o preço do Bitcoin para a região de US$ 28 mil no início de outubro. O avanço no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoin sugere um interesse crescente por parte de investidores com posições substanciais.

 

Já os endereços com mais de 1000 BTCs também viram um leve crescimento nos últimos dias. Isso indica a possibilidade de que grandes investidores permanecem otimistas. Enquanto isso, carteiras com mais de 10 mil BTCs permaneceram estáveis desde a semana de 04 de setembro. 

Vale a pena mencionar que houve um aumento nessa faixa de endereços no início da última semana de setembro, seguido de uma redução no penúltimo dia do mês, trazendo novamente a estabilidade. Inclusive, acompanhamos esses movimentos no gráfico diário durante a semana no Telegram da Foxbit. Isso pode sugerir movimentações estratégicas por parte de grandes investidores nessa faixa.

O indicador SOPR fornece informações importantes sobre a relação entre os gastos recentes de Bitcoin e o preço no momento em que essas moedas foram adquiridas. No fechamento da semana passada, o SOPR conseguiu superar a marca da linha 1, indicando que os investidores que possuem Bitcoin estavam visualizando suas posições em território positivo. Porém após o início da semana a linha principal do indicador voltou a cair.

 

 

Distribuição e acumulação

No gráfico diário, continuamos a acompanhar a estrutura de preços de Wyckoff, apoiados pelos pontos de equilíbrio do indicador Ichimoku, que validam regiões cruciais da estrutura de mercado.

O forte impulso de alta registrado em 1º de outubro projetou o preço do Bitcoin para as máximas da estrutura, atingindo a marca de US$ 28 mil. Esse movimento também levou as linhas Tenkan e Kijun para níveis mais altos, o que significa que agora temos regiões de suporte com preços mais elevados.

 

Uma observação importante é a criação de um “Order Block” nos níveis de preços correspondentes à “AR” (Automatic Rally) da estrutura. Essa região está precisamente entre as linhas Tenkan e Kijun, e coincide com uma “Senkou Span A” do indicador Ichimoku, validando esse nível de preços como um suporte significativo.

Na última segunda-feira, observamos o preço do Bitcoin superando a região de Upthrust de AR (UA), rompendo a máxima da estrutura. No entanto, o mercado encontrou dificuldades em se manter acima desses níveis, indicando uma possível resistência nessa área.

Já na sessão seguinte, fechamos um ciclo temporal de 9 dias desde o início da retomada da alta. Conforme destacado na imagem gráfica, esse ciclo de 9 períodos equivale ao ciclo iniciado em 11 de setembro e encerrado em 19 de setembro. Segundo a teoria do tempo, estudada no Trade System Ichimoku, após a conclusão de ciclos equivalentes, devemos ficar atentos a uma tentativa de reversão ou aceleração do movimento anterior.

No cenário apresentado pelo gráfico diário do Bitcoin, com um volume de negociação mais elevado do que em dias anteriores, é possível que vejamos uma tentativa de “pulback” (retração) para testar o suporte do “Order Block,” onde estão localizados os pontos de equilíbrio de Tenkan e Kijun. Para uma retomada de alta saudável, o volume de negociação deve diminuir durante o movimento de retração de preços e aumentar durante a retomada de alta.

Em caso de continuação da alta, a próxima resistência relevante para o gráfico diário está na região de US$ 29 mil.

 

 

 

Conclusão

Ao longo deste relatório, conduzimos uma análise abrangente da movimentação de preços do Bitcoin, considerando múltiplos indicadores, gráficos de diferentes intervalos de tempo e dados on-chain. As informações apresentadas oferecem uma visão detalhada do cenário atual do mercado de Bitcoin e podem ser resumidas da seguinte forma:

Neste caso, o Bitcoin fechou setembro com uma variação positiva, alcançando a região de US$ 27 mil no final do mês. No entanto, o terceiro trimestre de 2023 apresentou uma variação negativa de 11,3%, revertendo parcialmente o movimento de alta do trimestre anterior. O preço da criptomoeda permanece abaixo da abertura do trimestre iniciado em abril de 2023, que foi de US$ 28,5 mil. A resistência em torno dessa região é um nível crucial a ser monitorado em outubro.

Enquanto isso, a capitalização do BTC aumentou ligeiramente durante o mês, refletindo um otimismo geral dos investidores, apesar da incerteza. A dominância permaneceu estável, encerrando o período em 49,82%. O comportamento desses indicadores é um sinal importante da confiança dos investidores no ativo.

Já a análise técnica semanal demonstra a importância das linhas Tenkan e Kijun como pontos de suporte e resistência. A superação da região de US$ 28 mil é um marco significativo. A presença de uma “Nuvem de Ichimoku” plana sugere possível consolidação no mercado, com a necessidade de testar resistências e suportes-chave.

As carteiras com mais de 100 BTCs refletem ainda um aumento no interesse de investidores com posições substanciais. Ao mesmo tempo, o indicador SOPR indica que os detentores do ativo estão atualmente em território positivo.

Na estrutura de Wyckoff, vemos o suporte dos pontos de equilíbrio do Ichimoku. A criação de um “Order Block” entre as linhas Tenkan e Kijun destaca um suporte relevante. O Bitcoin continua a ser influenciado por uma série de fatores, incluindo a dinâmica dos investidores, eventos macroeconômicos e mudanças regulatórias.

 

 

Agradecimento

Em nome da equipe responsável por este “Variação de Mercado”, gostaria de expressar um agradecimento a todos os leitores e interessados que dedicaram seu tempo para examinar estas análises detalhadas.

Sei que o mercado de criptomoedas é dinâmico e desafiador, e sua busca por informações e entendimento demonstra seu comprometimento. Espero que este relatório tenha sido útil e esclarecedor, auxiliando você a compreender melhor o cenário atual do Bitcoin.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Inédito setembro para o BTC e volta dos US$ 28 mil

Inédito setembro para o BTC e volta dos US$ 28 mil

O Bitcoin (BTC) marcou um raro – mas não inédito – setembro positivo. Nos últimos dez anos, esta foi a terceira vez em que a criptomoeda de referência apresentou ganhos neste mês. Este comportamento é conflitante com os temores associados à flexibilização do gasto público nos Estados Unidos e uma constante valorização do dólar norte-americano. O sinal de que o ativo digital está amadurecendo é cada vez mais nítido, e seus próximos fundamentos dão corpo ao movimento de preços, que não só retomou os US$ 28 mil, mas pode também manter sua alta no curto e médio prazos, seguindo a perspectiva técnica demonstrada em outros Satoshi Calls.

 

Salvos pela caneta!

Um velho conhecido bateu à porta dos Estados Unidos nas últimas semanas e só na noite deste sábado que uma resolução foi encontrada. Para evitar a paralisação de importantes serviços federais, o governo precisava remanejar seus gastos. A discussão entre deputados e senadores foi grande e até parlamentares da base do governo se opuseram ao modelo apresentado para salvar o mês.

Porém, mais uma vez, o “shutdown” foi evitado com a assinatura do projeto de lei por Joe Biden no lento – mas pontualmente veloz – capitólio. Quem “se deu mal” nessa foi a Ucrânia, que viu seu financiamento à guerra contra a Rússia ser retirado do documento. Entretanto, congressistas disseram que este assunto será tratado separadamente.

Apesar da vitória do governo, há pouco a se comemorar. Afinal, os US$ 16 bilhões liberados só dão fôlego ao país até 17 de novembro. Até lá, novas negociações devem ocorrer para que os Estados Unidos consigam flexibilizar suas contas.

Embora críticas possam ser feitas, a necessidade de projetos de leis momentâneos para manter o governo operando vem de tempos atrás. Desde a pandemia do novo coronavírus, por exemplo, parlamentares da base de Donald Trump também lutavam para conseguir verba e evitar um shutdown. Então, podemos esperar que a história e os receios se repitam mais vezes.

 

 

Um respiro econômico

Polêmicas e flexibilização de gastos à parte, os Estados Unidos viram seu Produto Interno Bruto (PIB Q2) avançar 2,1% no segundo trimestre deste ano, ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas. Ao mesmo tempo, o índice de preços PCE fortalece – mesmo que só um pouquinho – a narrativa positiva para um “pouso suave”.

 

Setembro Projeção Agosto
PIB Q2 2,1% 2,2% 2,0%
PCE 3,7% 3,7% 4,9%

 

Sinais menos pessimistas

A Zona do Euro é uma das regiões mais voláteis economicamente falando atualmente. Os índices de Confianças do Consumidor e Serviços recuaram novamente, mostrando que há pouco sinal de uma recuperação por lá. A indústria, porém, é uma luz no fim do túnel. Apesar de ainda estar em campo negativo, o setor vem melhorando mês a mês sua confiança no bloco. O alívio mesmo vem nas prévias da Inflação ao Consumidor (CPI), que apontam para uma desaceleração em setembro.

 

Setembro Projeção Agosto
CPI 4,3% 4,5% 5,2%
Núcleo CPI 4,5% 4,8% 5,3%

 

Um possível otimismo, entretanto, passa bem longe da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. A chefe monetária disse que as pressões domésticas sobre os preços continuam fortes, sinalizando que a inflação ainda é uma preocupação na região. Em outras palavras: nada de corte de juros!

 

Desabando paredes

Na China, outra velha conhecida deu as caras na última semana. A crise da Evergrande, uma das maiores incorporadoras imobiliárias do país, elevou as preocupações sobre a recuperação econômica chinesa.

Por se concentrar em um setor base da economia local, a situação da Evergrande tem potencial para impactar não só o mercado imobiliário, mas também outros segmentos, sejam eles nacionais ou internacionais. O efeito cascata sobre o calote da incorporadora e sua quebra são discutidos há mais de ano.

 

Não se animem com os juros

O recente corte de 0,5% na SELIC animou os investidores brasileiros, que viram a possibilidade de uma aceleração na redução dos juros. Entretanto, não é isso que a ata do Copom mostra. Na última reunião, o documento aponta que flexibilizações acima dos 50 pontos-base estão distantes, ainda mais considerando possíveis forças inflacionárias.

Essa perspectiva é compartilhada com os dados, em que o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,35% em setembro. Já a inflação de porta de fábrica (PPI) também subiu 0,92% em agosto, após seis quedas consecutivas. No entanto, há uma notícia positiva no front do emprego: a taxa de desemprego caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto.

 

 

Bitcoin contrariando a história

Setembro se encerrou em meio a um raro evento. O Bitcoin terminou o mês com alta de 3,99%. Para se ter uma ideia, nos últimos dez anos, apenas em três ocasiões – contando esta – que a criptomoeda de referência fechou o período com ganhos. Já na abertura de outubro, a tendência de alta permanece, com o mercado empurrando o ativo para próximo dos US$ 28,5 mil. Chamado também de uptober, este mês costuma ser positivo à moeda digital, segundo dados históricos. Assim, as oscilações macroeconômicas mais uma vez foram praticamente desconsideradas pelos investidores, com seus próprios fundamentos sendo responsáveis pela alta.

 

Beijinho no ombro e tchau!

Os quase inéditos ganhos em setembro contrastam com os avanços constantes do índice dólar (DXY). Apesar de uma alta de 2,45% da moeda norte-americana no último mês, o Bitcoin também seguiu no positivo.

Este movimento, de certa forma, pausa momentaneamente a famosa correlação inversa de desempenho entre esses dois ativos. Por conta desse paralelo histórico, é importante manter o dólar no radar para observar quanto tempo essa descorrelação vai durar.

 

Adiamentos e acúmulos

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adiou mais uma vez a decisão sobre os ETFs de Bitcoin propostos por BlackRock, Bitwise, Valkyrie, entre outros gestores. Não dá para dizer que este movimento é uma surpresa, afinal, os reguladores ainda não estão nem um pouco confortáveis em dar este passo em prol de uma demanda institucional por um ativo descentralizado.

Mesmo assim, a decisão negativa passou longe de afetar um dos maiores compradores corporativos de BTC. A MicroStrategy, liderada por Michael Saylor, comprou mais 5.445 Bitcoins, totalizando US$ 147,3 milhões.

 

De olho na rede

A falta de uma movimentação mais brusca para o preço do Bitcoin acompanha uma queda considerável no volume de troca da criptomoeda, que atingiu mínimas de 5 anos. Com isso, podemos entender que os detentores estão no modo HODL de suas moedas. 

 

 

O baixo número de trocas é observado também pelo cada vez menor volume de BTC disponível nas exchanges. Esse comportamento costuma indicar que as negociações estão restritas a contato direto, o que tende a reduzir as compras e vendas, assim como sugere uma falta de intenção de comercialização. Além disso, há sinais bullish, à medida que as baleias continuam a acumular, segundo a Chainlink.

 

 

Saindo da xícara

A análise técnica do último Satoshi Call caminha para uma confirmação nesta semana. Com os ganhos recentes, o Bitcoin está rompendo o canal da alça da xícara do padrão cup and handle. Caso o desenho se consolide mesmo, podemos observar uma alta de preços ainda mais consistente no curto e médio prazos, quebrando resistências importantes, como a região dos US$ 30 mil.

 

Já as bandas de Bollinger voltaram a um período lateral, acompanhando bem o momento de baixa volatilidade da criptomoeda. A mediana, em US$ 28 mil, é o nível de equilíbrio no momento. Em contrapartida, os US$ 24,3 mil são o suporte mais próximo, marcado pela linha inferior do indicador, assim como pelo meio do canal da alça e também pela última grande resistência rompida.

Nos indicadores adjacentes, o MACD mantém sua aproximação das linhas para um cruzamento para cima, mostrando a força dos touros neste momento. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) se posiciona acima dos 54 pontos, com o setor em equilíbrio, mas com leve vantagem dos compradores.

 

Conclusão

O amadurecimento do Bitcoin tem sido nítido nos últimos meses. As constantes oscilações marcadas pelos eventos macroeconômicos estão cada vez menores, tornando a criptomoeda um ativo mais autônomo e com suas próprias perspectivas. Claro que este crescimento ainda é algo volátil e movimentos externos nunca devem ser desconsiderados, afinal, eles afetam toda uma economia global extensa.

Mas como discutido em outros Satoshi Calls, o halving cada vez mais próximo tem colocado o Bitcoin em uma posição aparentemente favorável à acumulação. A baixa volatilidade e reservas da criptomoeda nas exchanges menores são comportamentos bem característicos destes períodos. 

Há ainda uma série de etapas a serem cumpridas e muitas resistências quebradas para que vejamos o potencial histórico do halving. Até lá, os padrões gráficos podem ajudar na tomada de decisão e potencializar as negociações e acúmulos da criptomoeda no curto e médio prazos.