O desempenho do Bitcoin (BTC) se destacou nas últimas semanas, colocando o mercado de criptomoedas novamente dentro de um cenário de otimismo, não visto há bons meses. Com o preço acima dos US$ 34 mil, os investidores de maior prazo podem se sentir confortáveis com suas posições em HODL. Entretanto, traders de curto prazo talvez devam ligar seu sinal de alerta, com os dados on-chain e indicadores técnicos mostrando que uma correção de preços pode afetar a criptomoeda nos próximos dias.
Para o alto e… além?
O mês de outubro de 2023 foi marcado por um desempenho significativo do Bitcoin. A criptomoeda iniciou o período de negociações com um valor de US$ 26,9 mil e encerrou com uma valorização expressiva, ultrapassando a marca de US$ 34 mil. Esse salto representou uma variação superior a 25%, proporcionando resultados importantes para os investidores que compraram o ativo no início do mês.
Uma análise da ação do preço no gráfico mensal revelou a existência de uma linha de tendência de alta. Essa linha conecta as mínimas registradas em março de 2020 e novembro de 2022, indicando uma tendência de crescimento de longo prazo.
Observando o spread de cada vela mensal ao longo dos últimos meses, fica evidente que os compradores têm estado ativos desde janeiro deste ano, impulsionando constantemente o preço do Bitcoin para patamares cada vez mais elevados. Em um período de 10 meses, apenas 3 deles tiveram fechamentos mensais negativos, enquanto um mês foi de indecisão e 6 meses registraram fechamentos positivos.
Dentre os meses em que os compradores se destacaram, vale mencionar janeiro, março e outubro. Tanto outubro quanto janeiro apresentaram valorizações superiores a 30% ao considerar as mínimas e máximas de cada mês, e o movimento de preço em outubro foi comparável ao de janeiro em termos de spread da vela. Além disso, tanto outubro de 2023 quanto janeiro deste ano resultaram no rompimento das máximas registradas nos três meses anteriores.
Um fator relevante a considerar é que após o movimento de janeiro de 2023, que superou as máximas de 3 meses anteriores, o preço do Bitcoin continuou a subir. O que aumenta o otimismo atual entre os investidores em relação ao potencial de longo prazo da criptomoeda é que o mês de outubro também superou as máximas de 3 meses anteriores e a expectativa é de continuidade de alta.
Durante o mês de outubro, a demanda foi dominante, e a análise técnica do gráfico mensal revela a formação de 3 ondas ascendentes, com um alvo inicial projetado na faixa de US$ 38 mil. Esse nível coincide com a mínima de março de 2022, que representou uma última tentativa de alta antes do grande movimento de queda observado no ano anterior.
No contexto do gráfico mensal, dois níveis de preço se destacam como possíveis suporte. O primeiro está em torno de US$ 31,8 mil, correspondendo ao rompimento da máxima estrutural da primeira onda de alta. O segundo nível de suporte está na região de US$ 30,2 mil, representando a máxima de agosto, que foi o último mês em que os vendedores conseguiram manter um fechamento mensal com variação negativa.
De olho no curto prazo
Após uma minuciosa análise do gráfico mensal, é oportuno adentrar na dinâmica semanal do preço do Bitcoin. A observação em uma janela de tempo mais curta revela informações valiosas sobre a trajetória da criptomoeda.
O movimento de alta, que teve início em novembro de 2022, pode ser interpretado como uma retração do amplo movimento de queda que começou em novembro de 2021. Essa possibilidade é respaldada pelo fato de que, ao aplicarmos a ferramenta de Fibonacci, observamos que o movimento ascendente iniciado em novembro de 2022 ainda não atingiu a marca de 50% de todo o declínio previamente registrado. Para alcançar a retração de 50%, o preço do Bitcoin deve ser negociado na faixa de US$ 42 mil.
Nesse contexto, recorremos ao Volume Profile como uma ferramenta adicional para identificar as áreas de maior interesse nas negociações. Configuramos o Volume Profile a partir da semana de 8 de novembro de 2022 até a semana atual, o que resultou em um gráfico com duas áreas coloridas distintas. O azul mais escuro denota uma concentração significativa de interesse, enquanto o azul mais claro representa uma região de interesse mais moderado.
Identificamos que o limiar entre essas áreas se situa em torno de US$ 30,2 mil, uma região que já havíamos destacado na análise do gráfico mensal como um suporte relevante.
No momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin estava acima da marca de US$ 34 mil, que coincide com a região de menor interesse do Volume Profile (coloração azul mais clara). Isso indica que o preço superou a zona considerada de maior interesse e entrou em uma área na qual as negociações anteriormente foram menos intensas.
Segundo a análise técnica e com base nos dados de preço e volume obtidos através do Volume Profile, é comum que, ao sair de uma região de alto interesse e adentrar uma área de menor interesse, ocorra um teste nos níveis que separam essas duas áreas. Caso o preço teste essa região e não consiga retornar a área de maior valor, isso pode sinalizar um controle dos compradores no cenário atual do Bitcoin, em que a demanda parece ser o principal impulsionador dos movimentos ascendentes.
No entanto, investidores que se baseiam na análise do perfil de volume acreditam que, caso o preço volte a operar abaixo de US$ 30,2 mil, isso indicaria uma rejeição do movimento ascendente. Portanto, os níveis em torno de US$ 30,2 mil desempenham um papel crucial na defesa dos compradores.
O Volume Profile também nos fornece informações sobre os “nós” de alto e baixo volume, que são áreas que testemunharam uma intensidade significativamente maior ou menor de negociações. Esses “nós” podem ser utilizados como potenciais níveis de suporte e resistência e oferecem sugestões para metas de preço.
Ao analisar o gráfico semanal do Bitcoin, notamos que o preço atual ultrapassou uma região de “nó” de baixo volume. Caso o interesse da demanda persista, as negociações podem ser projetadas em direção ao próximo nó, que corresponde a uma área de alto volume, situada por volta de US$ 38 mil. Importante ressaltar que, conforme destacamos na análise do gráfico mensal, o preço de US$ 38 mil também foi identificado como uma possível resistência para o Bitcoin.
Em resumo, as análises com base em gráficos semanais sugerem que é necessário paciência e tempo para que as estruturas de preço se ajustem em resposta às dinâmicas da oferta e da demanda.
Rumo às compras?
Voltaremos nossa atenção agora ao MarketCap e às tendências de volume, bem como a análise técnica da dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas. No nosso “Variação de Mercado,” anterior, observamos a tendência de declínio no volume de negociações no gráfico do MarketCap.
Salientamos, inclusive, a importância de um retorno do volume ascendente no gráfico do MarketCap como um indicativo de vitalidade do mercado. Porém, reexaminando a capitalização de mercado no gráfico semanal, notamos um aumento no volume nas últimas duas semanas. Esse desenvolvimento aumenta a probabilidade de que o MarketCap continue a renovar suas máximas, buscando a parte superior do canal de alta que descrevemos em nossa análise gráfica.
Enquanto redigimos este relatório, a dominância do Bitcoin estava em torno de 53,6%, após ter ultrapassado a marca de 54%. Notamos ainda que as linhas do Ichimoku, incluindo a Tenkan, Kijun, Senkou Span A e Senkou Span B, apresentavam um comportamento plano, sugerindo a possibilidade de uma correção no gráfico para testar esses pontos de equilíbrio.
No entanto, destaca-se que a Chikou Span permanece acima das velas que representam o movimento ascendente da capitalização, indicando que o viés de alta ainda prevalece no mercado, apesar das perspectivas de correção.
Ao longo do período desde setembro de 2022, temos observado uma formação gráfica com topos e fundos ascendentes, refletindo o otimismo dos investidores. Na semana passada, testemunhamos mais um rompimento de um topo, resultando em uma nova máxima. Agora, os investidores estão atentos para verificar se haverá um novo fundo mais alto para manter a continuidade desse movimento.
Portanto, caso ocorra uma correção no gráfico do MarketCap, os investidores podem considerar o reposicionamento de níveis de “stops” de proteção em patamares mais elevados na estrutura de preço, visando manter um gerenciamento saudável de suas posições.
Essa análise reforça a importância de acompanhar não apenas o preço do Bitcoin, mas também a saúde geral do mercado de criptomoedas, pois o desempenho do Bitcoin frequentemente têm um impacto significativo em todo o ecossistema.
Indicadores à prova
Continuando nossa análise, agora vamos utilizar os indicadores MACD e Estocástico Lento para fornecer uma perspectiva adicional sobre a possível correção no preço do Bitcoin nos próximos dias. É importante lembrar que o mercado é dinâmico e pode mudar sua direção a qualquer momento, portanto, devemos considerar várias ferramentas de análise.
Ao examinar o gráfico semanal, notamos que o indicador MACD ultrapassou a linha 0 e está operando em território positivo, com máximas mais altas em seu histograma. Isso aumenta o otimismo dos investidores de longo prazo, sugerindo a continuidade da tendência de alta.
No entanto, ao observar o gráfico diário, notamos que, embora o MACD esteja acima da linha 0, o histograma do indicador está produzindo máximas mais baixas. Essa divergência entre os gráficos semanais e diários sugere um possível movimento de exaustão na tendência de alta diária.
Essa divergência também se reflete nas linhas do MACD e na linha de sinal. No gráfico semanal, ambas as linhas apontam para cima, sinalizando a continuidade da tendência de alta no médio prazo. Porém, no gráfico diário, a linha MACD, que estava em ascensão, agora apresenta uma curva sugerindo correção.
Investidores que negociam com base em gráficos semanais do Bitcoin, ao perceberem a possibilidade de um movimento exaustivo no gráfico diário, podem preferir aguardar até que novos sinais de compra sejam produzidos. Eles costumam procurar pontos de compra no gráfico diário quando o histograma do MACD está produzindo máximas mais altas, com a linha MACD e a linha de sinal apontando para cima preferencialmente.
Essa análise do MACD fornece informações adicionais que respaldam a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo.
No que diz respeito ao indicador Estocástico Lento, notamos que ele entrou em uma região de sobrecompra no gráfico semanal duas semanas atrás. No entanto, como mencionamos em nosso relatório anterior, em tendências muito fortes, o Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos nessas regiões, usando a linha limite de 80% e 50% do indicador como suporte.
Um exemplo disso é o gráfico diário, que mostrou uma tendência forte nos últimos dias e manteve o Estocástico Lento operando acima de um nível de sobrecompra, usando a região de 80% do indicador como suporte.
No entanto, dado que observamos o indicador MACD mostrando um histograma com máximas mais baixas no gráfico diário, seria prudente aguardar que o Estocástico Lento visite pelo menos a região de 50% do indicador para uma nova análise e busca por pontos de compra.
Essas análises combinadas do MACD e do Estocástico Lento fornecem informações adicionais para os investidores que desejam entender a dinâmica do mercado de Bitcoin considerando a possível correção no preço no curto prazo.
O que se passa na rede?
Além das análises técnicas tradicionais, é fundamental considerar os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, que podem fornecer informações importantes sobre a dinâmica da criptomoeda. Exploraremos, por exemplo, o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio) para obter uma análise mais abrangente.
Na semana passada, os dados de rede nos forneceram as seguintes informações:
O número de endereços com mais de 100 Bitcoins teve uma pausa no movimento ascendente que vinha sendo sustentado desde a última semana de setembro.
O número de endereços com mais de 1000 Bitcoins continuou aumentando desde o início da segunda quinzena de outubro e agora também fez uma pausa.
O número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins também registrou um leve movimento de alta seguido por uma pausa.
Essas informações revelam que investidores, especialmente aqueles com um alto poder de capital, estão cada vez mais confiantes no potencial de crescimento e valorização do Bitcoin no longo prazo. É possível que a preparação para o Halving do próximo ano esteja sendo vista como um evento que pode trazer excelentes resultados para investidores, o que é refletido no aumento do número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins.
O indicador SOPR, que está acima da linha 1 no gráfico semanal, indica que, de modo geral, os investidores estão em lucro caso optem por encerrar suas posições neste momento. No entanto, é importante observar que o SOPR geralmente não se afasta da linha 1 por muito tempo. Isso sugere que realizações de lucro podem acontecer para equilibrar a relação entre a oferta e a demanda, que influenciam as dinâmicas das estruturas de preço.
Essa análise dos dados de rede e do indicador SOPR fornece um contexto importante para entender o sentimento e as decisões dos investidores no Bitcoin. É fundamental observar esses dados em conjunto com as análises técnicas para obter uma visão mais completa da situação atual.
Conclusão
O relatório de movimentação de preços do Bitcoin referente ao mês de outubro de 2023 fornece uma visão abrangente do desempenho da criptomoeda e das tendências que moldam seu mercado. Ao longo das várias partes deste relatório, destacamos observações essenciais que ajudam a compreender o cenário atual do Bitcoin.
No início do mês, o Bitcoin apresentou um desempenho excelente, com uma valorização superior a 25% e um rompimento de máximas anteriores, sugerindo uma tendência de crescimento de longo prazo. Contudo, análises técnicas mais detalhadas revelam sinais de possível exaustão na tendência de alta no curto prazo, destacando a importância de estratégias de gerenciamento de risco.
Além disso, exploramos os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, incluindo o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR. Observamos um aumento no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins, indicando uma crescente confiança no potencial de valorização da criptomoeda. O SOPR, acima da linha 1 no gráfico semanal, sugere que, em geral, os investidores estão em lucro, mas a sua proximidade à linha 1 sugere possíveis realizações de lucro.
Também consideramos as análises de indicadores técnicos, como o MACD e o Estocástico Lento, que forneceram informações relevantes sobre a dinâmica do mercado. A divergência entre os gráficos semanais e diários do MACD sugere a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo. O Estocástico Lento, embora em uma região de sobrecompra, também requer atenção, especialmente à luz da possível exaustão.
Em resumo, o Bitcoin continua a oferecer oportunidades de crescimento, mas é crucial adotar uma abordagem cautelosa, considerando as análises técnicas, os dados de rede e a gestão de riscos. O cenário permanece dinâmico, e a vigilância constante é fundamental. À medida que o Bitcoin continua a desempenhar um papel significativo no cenário das criptomoedas, os investidores devem manter-se atualizados com as tendências e eventos que afetam seu valor e sua dinâmica de mercado.
Agradecimento
Agradeço a você investidor por disponibilizar o seu tempo para a leitura das informações contidas neste relatório. Seus esforços em compreender as complexidades desse ecossistema são valiosos e essenciais.
Desejo a todos os leitores sucesso e sabedoria em suas atividades relacionadas ao Bitcoin e ao mercado de criptomoedas.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
Após uma semana agitada e bem favorável aos bulls, como será que o Bitcoin (BTC) vai se sair nos próximos dias? A tendência é mista, afinal, há uma pressão importante vindo da economia norte-americana que não dá para ignorar. Ao mesmo tempo, o otimismo com o ETF da criptomoeda é maior do que nunca. Os gráficos jogam o mercado em uma variação entre US$ 30 mil e US$ 42 mil. Algum deles será que vem? Vamos tentar descobrir!
Problemas para o Bitcoin?
Não é de hoje que os Estados Unidos mostram uma evolução em sua economia. E também não é hoje que isso vai parar. Embora não sejam dados consolidados, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMIs) estão se firmando na zona de expansão. Isso significa que tanto o setor de serviços quanto o industrial estão acelerando.
Ao mesmo tempo, as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) do país estão marcando avanço de 4,9%. Janet Yellen, a voz por trás do Tesouro norte-americano, comentou que esse crescimento econômico no terceiro trimestre foi “um número bom e forte”. Mas, e sempre tem um “mas”, ela deu a dica de que isso pode manter os rendimentos dos títulos lá em cima.
Enquanto isso, a inflação geral se manteve estável. Se isso é bom ou não… Difícil saber. Os formuladores de política monetária do Federal Reserve podem simplesmente elevar os juros novamente ou, então, sentar em cima da vantagem que ganharam neste mês. Tudo isso para dizer que: nem tudo são flores!
Afinal, para o Bitcoin, a economia dos EUA fortalecida pode levar a uma valorização da moeda local. Tudo bem que a correlação entre a criptomoeda de referência e o índice dólar (DXY) está mais fraca nos últimos. Mas é aquela história: Ninguém quer pagar para ver. Mais do que isso, a pressão pode vir também dos altos rendimentos dos títulos do tesouro. Até porque, quem não quer bons ganhos com ativos super seguros, não é? Então, pode ser que o mercado de criptomoedas – e acionário – veja uma fuga de capital no curto prazo para o reajuste de posições.
Falando em ações, inclusive, as big techs não estão lá essas coisas. Parte das maiores empresas de tecnologia do mundo apontaram resultados trimestrais bem decepcionantes. Desde o início da pandemia, havia uma correlação bem forte entre papéis de tech e o Bitcoin. Assim como o dólar, apesar da breve descorrelação, é sempre importante manter essa informação por perto e jogar com o regulamento embaixo do braço.
Em busca de refúgio
O desempenho da Zona do Euro é que pode ser o fiel da balança nesta situação e favorecer o Bitcoin. Mais uma vez, os PMIs recuaram novamente, não só fincando os dois pés no chão, mas praticamente deitando o bloco no território de retração econômica. Para se ter uma ideia, excluindo os meses da pandemia, foi a leitura mais baixa desde março de 2013.
Na política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa de juros acima dos 4% ao ano – o nível mais alto da história! Christine Lagarde, a presidente do BCE, subiu ao palanque e disse que os alimentos e a energia vão pesar nos preços nos próximos meses. Esse freio nos juros, porém, não necessariamente acompanham uma perspectiva positiva em relação à inflação. A autoridade monetária máxima acredita que a inflação vai continuar elevada por um bom tempo, com as pressões domésticas nos preços ainda muito fortes.
Para o Bitcoin, a perda de força do Euro e as dificuldades de consumo podem fazer o efeito contrário à criptomoedas na comparação com o dólar. Neste caso, as pessoas e empresas podem buscar refúgio nas criptomoedas para escapar da depreciação monetária. Ou seja, se de um lado do oceano o volume pode cair, do outro, ele pode aumentar.
Gerando oportunidades
Pelo Brasil, o IPCA-15 – prévia da inflação oficial – subiu 0,21% em outubro, praticamente em linha com o esperado. Boa parte desse aumento é culpa das passagens aéreas que “decolaram” 23,75%. Na mesma tendência, os preços de “porta de fábrica” ou ao produtor subiram 1,11%. Mas calma. No acumulado de 12 meses, a inflação ainda registra queda de 7,92%.
Com isso, o país parece bem posicionado em uma economia mais estável, criando oportunidades interessantes para investidores sentirem um pouco mais o gostinho do risco. Até mesmo as perspectivas de novos recuos na taxa SELIC, de certa forma, “afasta” o mercado das rendas fixas. Com isso, o Bitcoin pode se tornar uma alternativa nesta reta final de ano para aqueles que querem fazer trading ou até mesmo segurar a criptomoeda por mais tempo.
Sai daqui, resistência!
Os investidores de Bitcoin simplesmente apertaram o botão de comprar e esperaram as reações no mercado. Só na última segunda-feira, a criptomoeda disparou mais de 14%, no par com o dólar. Na parte final da semana, é claro, o ativo corrigiu. Afinal, foram sete dias consecutivos de alta, com um topo em US$ 35,2 mil. Então, é natural e justo que uma parte dos traders realizem lucros.
Mas o que de fato “bombeou” o BTC para cima foi que o ETF de Bitcoin à vista foi listado no chamado Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC). Isso dá a entender que uma aprovação do produto de investimento pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) pode estar chegando. O otimismo respingou até no analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, que disse acreditar que essa listagem é um sinal positivo para uma aprovação da SEC.
Esta foi uma notícia comemorada pelos bulls, mas lamentada e muito pelos bears. Após a notícia, cerca de US$ 400 milhões em contratos futuros foram liquidados e, claro, a maioria era de shorts – vendidos. Péssima hora para os ursos.
De qualquer forma, a euforia, claro, foi instalada. O índice Fear and Greed chegou a bater os 72 pontos. Este nível de otimismo não era visto no ativo desde meados de 2021, antes do token atingir sua última máxima histórica de US$ 69 mil. Além disso, o carro-chefe do mercado de criptomoedas segue com sua majestade. A dominância do BTC em relação a todo o setor atingiu 54%, o nível mais alto nos últimos 2 anos e meio.
Tá na rede
Os dados on-chain continuam narrando a mesma história. Acumulação de Bitcoin! Os saques da criptomoeda para fora das corretoras seguem crescendo. Embora não seja possível dizer com total certeza, este costuma ser um movimento que sugere que os investidores não querem vender suas moedas tão cedo. Assim, menos BTCs no mercado, em meio a grande oferta… Sobe, preço!
Fonte: Gráfico de reserva de BTC nas exchanges, Crypto Quant
Acompanha esta perspectiva que mais de 3/4 do suprimento total de Bitcoin está nas mãos dos detentores de longo prazo. Ou seja, aqueles que estão adivinhem – acumulando o ativo para uma possível valorização pós-halving.
Olha que interessante
Como sempre, é hora de dar aquela olhada no gráfico semanal. E há coisas bem interessantes a serem analisadas. Na imagem abaixo, o padrão cup and handle está praticamente consolidado, embora a alta tenha uma tendência de ser mais alta neste tipo de desenho. Mas calma, temos tempo ainda para isso.
Fonte: GoCharting, em 30/10/2023, às 8h33min.
Por isso, é importante olhar as projeções. Para baixo, talvez seria importante o Bitcoin testar os US$ 30 mil para mostrar que aquele nível está superado. Uma alta, porém, poderia levar a criptomoeda para a região dos US$ 42 mil. Mas por que?
O canal laranja é uma formação “blocada” de uma região chamada de decote, criada após a formação de um padrão de ombro-cabeça-ombro (marcado em azul, no canto esquerdo da tela). Neste caso, o decote por si mesmo atua nos US$ 36 mil, justamente um ponto que serviu como resistência para a recente alta. Ao abranger os pavios dos candles e ampliar essa área, os US$ 42 mil não seriam uma insanidade para o mercado atual, ainda mais se o tal ETF sair.
Nos indicadores adjacentes, enfim, cruzou suas linhas para cima, se mantendo acima do nível zero do histograma. Já o índice de força relativa (RSI) mira os 70 pontos. E vale um destaque aqui. Da mesma forma que um mercado sobrevendido pode antecipar um volume alto de compras, o contrário também é verdadeiro. Por isso, muita cautela com o comportamento dos investidores esta semana, pois estamos em um território bem intenso de touros.
Conclusão
Com o Bitcoin rompendo resistências importantes, é natural o otimismo tomar conta dos investidores. Mas como costumo destacar, é no bull market que muitos podem ser pegos de surpresa! As altas rentabilidades dos títulos do tesouro norte-americano e um possível ‘pump’ do dólar podem se transformar em dor de cabeça no curto prazo, assim como esse RSI elevado.
Por isso, o ideal é analisar bastante qual a história que o mercado está nos contando, e se ela é ou não convincente para nós. A análise técnica ajuda muito a eliminar certos ruídos e, por isso, deve sempre ser considerada. Enquanto isso, um olho atento sempre nos eventos macroeconômicos para não se assustar com possíveis volatilidades ao longo das semanas!
Após semanas laterais, o ímpeto de alta do Bitcoin (BTC) prevaleceu no mercado, levando a criptomoeda de referência a romper importantes níveis de resistência. A liquidação de contratos futuros foi um dos grandes catalisadores para o movimento, que viu a pressão de vendas ser diluída. Agora, o salto para os US$ 34 mil animou os investidores, que aguardam a continuação dos ganhos. Mesmo assim, vale ficar atento aos detalhes técnicos, com indicadores mostrando que correções podem estar a caminho, antes de uma nova subida de preços.
Estimando os ganhos
Na semana passada, observamos uma mudança na dinâmica das negociações de Bitcoin. Os compradores assumiram o controle da estrutura lateral do gráfico semanal, promovendo um rompimento ascendente que levou a criptomoeda a ser operada na região de US$ 35,1 mil no início da semana atual. Este movimento representou um aumento de mais de 10% entre a abertura e o fechamento da vela da semana anterior. No entanto, desde o início do movimento de alta iniciado em 11 de setembro, a valorização do Bitcoin supera os 35%.
Esse processo de valorização permitiu que o BTC quebrasse resistências significativas, alcançando a região de US$ 31,8 mil, que representava o ponto alto da estrutura lateral de preços e se tornou o principal ponto de atenção, marcando o topo das negociações em toda a estrutura lateral.
A movimentação de preços do ativo digital na semana passada evidenciou claramente a relação e o comportamento da oferta e da demanda no mercado. Aconteceu que, quando uma notícia equivocada liquidou a maioria dos investidores que esperavam uma queda na segunda-feira (16), o mercado eliminou a pressão dos vendedores, permitindo que a demanda assumisse o controle e impulsionasse os preços para cima.
Durante esse movimento ascendente, os compradores encontraram poucas resistências, e o preço rapidamente atingiu a primeira barreira mencionada em nosso relatório anterior, “Variação de Mercado”, em US$ 30,2 mil. A partir desse ponto, o controle estava firmemente nas mãos dos compradores.
A imagem gráfica a seguir mostra que o nível de preço na região de US$ 30,2 mil marcava o fechamento da vela semanal de 10 de abril. Visualmente, identificamos que desde então, o preço não havia conseguido manter-se acima desses níveis. No entanto, nesta semana, vemos que o preço ultrapassou essa região, indicando otimismo no mercado de criptomoedas.
Na mesma imagem, destacamos referências importantes para possíveis suportes, observando que, uma vez que os vendedores das semanas de 02/10 e 09/10 não conseguiram derrubar o preço, uma nova área de “Order Block” se formou na região de 50% de Fibonacci. Dentro desses níveis de preço do referido “Order Block,” o nível de US$ 28 mil, anteriormente uma resistência significativa, agora pode atuar como um suporte fundamental.
Embora o otimismo tenha retornado ao mercado com os movimentos recentes, é essencial manter em mente que o gráfico semanal ainda mostrava uma tendência lateral. Portanto, a cautela deve ser exercida em cada ponto de análise do gráfico. Agora que o preço superou a essa morosidade, é possível que as negociações voltem aos níveis de rompimento para efetuar um teste. Dado que estamos observando o preço na parte alta da estrutura, o gerenciamento de risco deve ser uma consideração central.
Aprofundando as linhas
Ao observar o gráfico semanal a seguir com as linhas de equilíbrio do Ichimoku, notamos que a Tenkan Sen, que representa as negociações das últimas 9 semanas, aponta para cima. Esse movimento sugere que o equilíbrio das negociações de curto prazo está em ascensão. Assim, este cenário é positivo, pois não apenas representa um equilíbrio nas últimas 9 semanas, mas também simboliza um fractal menor dentro da estrutura, indicando que os compradores não apenas dominam as negociações, mas também tentam manter o preço acima das máximas da lateralidade que foi rompida.
Da mesma forma, a linha base do sistema, conhecida como Kijun Sen, também aponta para cima, elevando o ponto de equilíbrio das negociações das últimas 26 semanas. Agora, somamos dois fractais do Ichimoku, tanto de curto quanto de médio prazo, evidenciando o domínio da demanda.
Também examinamos as informações da Chikou Span, que está deslocada no gráfico 26 semanas no passado. Atualmente, ela representa as negociações dos investidores da semana de 01 de maio. Naquela ocasião, os vendedores estavam iniciando um movimento de preço para baixo que durou pelo menos 3 semanas antes de uma nova entrada de compradores.
As informações das negociações da semana de 1º de maio são relevantes dentro do sistema de Ichimoku, uma vez que representam as negociações de um ciclo de 26 semanas, parte da teoria do tempo proposta por Goichi Hosoda, o criador do indicador.
Analisando esta semana de 1º de maio, entendemos que seu fechamento estava na mesma região onde observamos o posicionamento plano de Kijun até a semana passada, em US$ 28,2 mil, que faz parte do mesmo nível de preços mencionado anteriormente como um suporte relevante.
Ao analisar as negociações desta mesma semana de maio, a relação entre oferta e demanda sugere que vendedores que atuaram no mercado de derivativos neste período e ainda não encerraram suas posições agora estão em prejuízo e aguardam o preço retornar a esses níveis para liquidar suas negociações, criando assim um nível de preços em US$ 28 mil com alta liquidez.
Conforme mencionado anteriormente neste relatório, há um “Order Block” na mesma região, o que confirma a possibilidade de uma defesa por parte dos compradores, que buscam manter o preço acima de Kijun.
Olhando para o futuro, a Senkou Span A também está apontando para cima, ajudando a formar uma nuvem futura com uma espessura mais densa. Isso sugere a possibilidade de continuação do movimento atual de alta. A Senkou Span B também aponta para cima, e neste caso, identificamos que o fractal maior das ondas está mudando sua orientação de plana para ascendente. Ou seja, temos os três fractais apontando na mesma direção.
No contexto atual da movimentação de preços, acredita-se que após o rompimento da região de US$ 31,8 mil, o preço do Bitcoin possa ser projetado para os níveis de US$ 36 mil, que agora atua como o próximo nível de resistência, caso a demanda permaneça no controle da estrutura.
Além disso, o preço está acima da região da “nuvem” do Ichimoku, com a Chikou Span acima do preço no passado, sugerindo a possibilidade de continuidade da tendência de alta. Isso corrobora o otimismo atual no mercado de Bitcoin, embora seja importante manter uma análise constante do cenário e gerenciar os riscos adequadamente.
É importante examinar ainda o comportamento de indicadores-chave, como o MACD (Moving Average Convergence Divergence) e o Estocástico, a fim de obter uma visão mais completa da tendência atual d Bitcoin e identificar potenciais gatilhos.
Com a movimentação da semana passada e o início desta semana, observamos que o histograma do MACD se posicionou acima da linha zero, colocando as informações deste indicador em território positivo. Essa mudança é um sinal de força e otimismo, sugerindo que o ímpeto de alta está se construindo.
No entanto, o Estocástico está atualmente posicionado em uma região de sobrecompra. É importante lembrar que, em geral, todo movimento de preço impulsivo está sujeito a correções. Neste contexto, onde vários indicadores e informações apontam para uma tendência de alta otimista, é vital estar ciente da possibilidade de correções e sua intensidade.
Uma correção na movimentação de preços faria com que o indicador Estocástico saísse da zona de sobrecompra e buscasse, pelo menos, a região de 50% do indicador. Os investidores monitoram essa situação para identificar novos pontos de entrada ou possíveis reversões de tendência.
É relevante destacar que há momentos no mercado em que o Estocástico pode permanecer na zona de sobrecompra por períodos prolongados. Portanto, a análise da estrutura de preços e do contexto é fundamental. O fato de o Estocástico estar sobrecomprado não é necessariamente um sinal de reversão iminente, mas um indicativo de que uma correção pode estar se aproximando.
No conjunto de informações fornecidas pelos indicadores MACD e Estocástico, o Bitcoin permanece em alta, com os compradores tentando impulsionar o preço para novos patamares e desafiando resistências adicionais. No entanto, a análise técnica deve ser complementada por uma avaliação abrangente de todos os fatores. A atenção ao contexto do mercado, bem como ao gerenciamento de risco, é fundamental em qualquer estratégia de negociação.
O que acontece na rede?
Uma análise dos dados on-chain fornece informações valiosas sobre a tendência atual do Bitcoin, especialmente em relação à distribuição da moeda e às oportunidades de negociação.
Primeiramente, observamos que o número de endereços com mais de 100 Bitcoins tem apresentado um movimento crescente desde a última semana de setembro. Isso sugere que investidores ou detentores de Bitcoin com quantidades substanciais da criptomoeda estão aumentando suas posições. Esse aumento na quantidade de endereços com mais de 100 Bitcoins pode ser um indicativo de confiança no ativo e otimismo em relação à sua valorização futura.
Em relação aos endereços com mais de 1 mil Bitcoins, observamos oscilações em sua linha indicativa desde o mês de março, mas uma consolidação se tornou evidente a partir da primeira semana de outubro. Nas últimas três semanas, notamos um leve aumento nessa categoria de endereços. Isso pode indicar que investidores institucionais ou detentores de grande volume de Bitcoins estão demonstrando interesse crescente na criptomoeda.
Na segunda semana de outubro, houve um aumento no número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins, sugerindo que investidores de alto patrimônio estão se envolvendo no mercado. Embora tenha havido uma pequena redução na semana passada, esse movimento destaca o interesse de grandes players.
Um indicador adicional a ser observado é o SOPR (Spent Output Profit Ratio), que se posicionou acima da linha 1 na última semana de setembro. Após uma leve oscilação na segunda semana de outubro, o SOPR voltou a subir. Isso indica que os investidores têm a oportunidade de realizar suas posições com lucro, o que pode levar a uma maior liquidez no mercado e reforçar a perspectiva otimista.
Considerando o contexto geral dos dados on-chain analisados, incluindo o aumento no número de endereços e o comportamento do SOPR, podemos concluir que o movimento atual dos preços do Bitcoin favorece os investidores que estão ativos na ponta da compra. A presença de investidores com grandes posições, juntamente com a oportunidade de realização de lucro indicada pelo SOPR, adiciona confiança ao cenário de alta do Bitcoin.
Puxando a fila
Para consolidar o otimismo do mercado de criptomoedas em relação ao Bitcoin, também é fundamental analisar o gráfico da dominância e a capitalização de mercado da principal criptomoeda.
Nesta semana, observamos que a dominância do Bitcoin ultrapassou os níveis de 54%. A última vez que atingimos esses níveis foi em abril de 2021, ou seja, há mais de dois anos. Esse aumento na dominância indica que o Bitcoin está retomando sua posição de destaque no mercado de criptomoedas.
Ao longo das últimas dez semanas, temos testemunhado um fluxo contínuo de capital em direção ao Bitcoin. Os níveis de dominância operam acima das resistências locais, com as linhas de equilíbrio do Ichimoku apontando para o alto. Isso é um indicativo de que a tendência atual é favorável ao BTC, e os investidores estão demonstrando uma preferência clara por essa criptomoeda.
Agora, um canal de alta está se formando, com um alvo na região de 56%. Além disso, há uma linha de tendência que representa a região de 50% do canal de alta e sugere a continuação do movimento. Desde setembro de 2022, o gráfico da capitalização do Bitcoin apresenta topos e fundos ascendentes, apoiados principalmente pelas linhas que formam a “Nuvem de Ichimoku”.
No entanto, é importante observar que, ao longo da estrutura, o volume de entrada de capital tem diminuído. Para manter a confiança na continuação dessa tendência de alta, seria crucial que, a partir deste mês de outubro, o volume voltasse a subir ou, pelo menos, se mantivesse em níveis estáveis. Isso aumentaria a probabilidade de que o preço do Bitcoin permanecesse acima da estrutura lateral que foi recentemente rompida.
Medindo os volumes
A análise da dominância e da capitalização do Bitcoin reforça a perspectiva otimista em relação ao preço da criptomoeda. O Bitcoin está retomando sua posição dominante no mercado, e os indicadores apontam para uma tendência de alta. No entanto, o comportamento do volume de entrada de capital deve ser monitorado de perto, pois ele desempenha um papel crítico na sustentação da atual tendência.
A análise do gráfico diário fornece uma visão mais detalhada da movimentação recente do Bitcoin e nos permite avaliar a confirmação do rompimento para cima da estrutura que foi objeto de estudo em relatórios anteriores.
Com essa confirmação, o preço do Bitcoin iniciou uma tendência de alta no gráfico diário. No entanto, é importante notar que o fim dessa tendência de alta será marcado por uma correção profunda, que ainda não ocorreu. No momento em que escrevemos este “Variação de Mercado”, o preço estava pairando acima dos níveis de resistência na região de US$ 34 mil.
As linhas de equilíbrio do Ichimoku apontam para cima, sugerindo a continuidade do movimento de alta. No entanto, é digno de nota que a cada nova máxima, o preço está se afastando progressivamente do equilíbrio de 9 dias (Tenkan Sen). Com base em estudos do Ichimoku, é importante observar que o preço normalmente não permanece afastado da Tenkan Sen por muito tempo, o que aumenta a probabilidade de ocorrer uma retração ou uma pausa no movimento até que os pontos de equilíbrio se ajustem dentro da estrutura principal de preços.
Os principais suportes para o gráfico diário estão localizados entre as regiões de US$ 31,8 mil e US$ 30,2 mil. Esses níveis marcaram o posicionamento de um “Order Block” que foi superado durante o movimento de alta. Esses suportes representam zonas onde os compradores podem intervir e tentar manter o preço acima desses níveis, caso ocorram correções.
Conclusão
Este relatório de análise do Bitcoin proporcionou uma visão abrangente da movimentação de preços e dos principais indicadores que influenciam o mercado de criptomoedas. Os dados analisados refletem a dinâmica atual do Bitcoin e fornecem insights importantes para investidores e traders.
Observamos que o Bitcoin experimentou uma forte tendência de alta nas últimas semanas, com um aumento notável na dominância do mercado de criptomoedas. O número de endereços com quantidades significativas de Bitcoin tem crescido, sugerindo um crescente interesse por parte dos investidores em manter e adquirir a criptomoeda. Além disso, o indicador SOPR aponta para oportunidades de realização de lucro, o que pode influenciar a liquidez do mercado.
A análise técnica, com base no Ichimoku, revelou uma tendência de alta bem estabelecida, embora seja importante observar que o preço está se distanciando da linha de equilíbrio de 9 dias. Isso sugere a possibilidade de uma retração ou pausa no movimento de alta para que os pontos de equilíbrio se ajustem.
No gráfico diário, foi confirmado um rompimento para cima, marcando o início de uma tendência de alta. No entanto, é crucial reconhecer que o fim dessa tendência será caracterizado por uma correção profunda, que ainda não ocorreu. Suportes significativos foram identificados nas faixas de 31,8 mil a 30,2 mil dólares, marcando níveis onde os compradores podem atuar para manter o preço durante possíveis correções.
Em resumo, o cenário atual do Bitcoin é otimista, com vários indicadores e dados apontando para um movimento de alta contínua. No entanto, a análise técnica também destaca a necessidade de cautela, considerando a possibilidade de correções no curto prazo. O gerenciamento de riscos continua sendo uma parte essencial de qualquer estratégia de investimento em criptomoedas, e a atenção constante às mudanças do mercado é fundamental. O mercado de criptomoedas é altamente volátil, e os investidores devem estar preparados para diferentes cenários e ajustar suas estratégias conforme necessário.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório de análise do Bitcoin. Espero que as informações e insights compartilhados tenham sido úteis e informativos.
Lembre-se de que o mercado de criptomoedas é dinâmico e está sempre evoluindo, portanto, a busca constante por conhecimento e análise cuidadosa é fundamental.
Obrigado mais uma vez pela sua leitura e interesse!
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
As divergências e incertezas seguem rondando os mercados globais. As principais potências não conseguem cravar uma recuperação econômica forte, oscilando seus desempenhos semana após semana. Com isso, nem mesmo os Bancos Centrais sabem muito bem como reagir e há poucas pistas no radar sobre como a política monetária será impactada. Fato mesmo é que o Bitcoin (BTC) vai novamente à luta para romper os US$ 31 mil, com um possível fim da pressão de venda por parte dos mineradores e a acentuação da acumulação pré-halving.
Crescimento estável
Considerando as dificuldades macroeconômicas enfrentadas pelas principais economias do mundo e os incessantes conflitos na Ucrânia e Israel, há quem prefira observar uma economia estável do que em recuperação. Para os que enxergam vantagens neste cenário, os Estados Unidos se tornaram uma importante referência.
Os dados do país apresentaram uma certa divergência. A produção industrial, por exemplo, subiu 0,3%. A aceleração foi relativamente maior do que o aumento de 0,1% esperado pelos analistas. Assim, o setor parece bem resiliente no atual momento global.
Em contrapartida, a publicação do Livro Bege – documento com o status da economia norte-americana – indicou que a maioria dos 12 distritos analisados pelo Federal Reserve (FED) viu pouco ou até mesmo nenhuma mudança em suas atividades econômicas em setembro e início de outubro. Assim, há uma espécie de estabilidade no desenvolvimento do país, mesmo com todas as incertezas que rondam o mundo.
Ao mesmo tempo, o relatório destacou melhorias na contratação e retenção de funcionários em vários distritos, um sinal positivo para o mercado de trabalho. Porém, este é um setor bastante mapeado pelos formuladores de política monetária. Afinal, as autoridades esperam uma queda nos empregos para, então, ver uma redução do consumo e, assim, arrefecer com mais precisão a inflação.
Títulos acertam os juros
Em discurso na última semana, o presidente do FED, Jerome Powell, sinalizou que os crescentes rendimentos dos títulos poderiam ajudar o Fed a desacelerar a economia. Isso é crucial, pois os rendimentos dos títulos têm implicações diretas sobre os custos de empréstimos e, por extensão, sobre o investimento e o consumo.
Com o rendimento do Tesouro de 10 anos se aproximando de 5%, um nível não visto desde 2007, há uma clara indicação de que os investidores estão antecipando uma política monetária mais restritiva. Como consequência, o dinheiro pode começar a fluir das ações de risco e criptomoedas para os títulos nacionais.
Sobre a inflação, Powell reconheceu que os preços estão desacelerando. No entanto, ele também sinalizou que o Fed ainda pode tomar medidas adicionais, dependendo do desempenho econômico nos próximos meses. Isso sugere que, enquanto a economia dos EUA mostra sinais de estabilidade, o Fed permanece cauteloso e pronto para intervir se necessário.
Quase de volta à estaca zero
Nas últimas semanas, o mercado passou a ficar animado com a China, quando viu alguns dados econômicos se recuperarem rapidamente. Entretanto, as divergências e instabilidade da atividade local voltou em cheio ao país, retomando as dúvidas na cabeça dos investidores.
O Produto Interno Bruto (PIB) da região avançou 4,9% no terceiro trimestre deste ano. Apesar de acima do esperado pelos analistas, o volume é bem abaixo dos 6,3% registrados no trimestre anterior. Embora isso não seja o fim do mundo para o país, a oscilação mostra que os chineses ainda estão em fase de transição de uma economia orientada para a exportação para uma mais centrada no consumo interno.
Suporta, porém, uma visão de estabilidade, a manutenção da atividade industrial no país. Em setembro, a China conseguiu ver o setor crescer 4,5%, acima dos 4,3% esperados e igual aos 4,5% do último mês. Com isso, pode-se entender que os chineses estão conseguindo manter seu ritmo produtivo, apesar das complicações macroeconômicas e geopolíticas.
Esse ritmo até que “acelerado” faz um bom equilíbrio com o aumento de 5,5% das vendas no varejo, no mês passado. O dado não apenas sugere que a confiança do consumidor está em alta, mas que a própria inflação pode não ser tão impactada pelo aumento do consumo.
Um toque de cuidado
Pelo Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central – considerado uma prévia do PIB – recuou 0,77% em agosto, após dois meses de crescimento consecutivo. A desaceleração chamou a atenção de analistas, que ligaram um sinal de alerta não pela correção, mas, sim, pela intensidade do recuo do indicador. Na comparação anual, entretanto, o cenário é mais otimista, com um crescimento de 1,28% em relação a agosto do ano anterior.
Embora as perspectivas apontem caminhos diferentes, elas mostram que o país está sofrendo impactos mais imediatos dos conflitos geopolíticos e incerteza macroeconômicas. Mesmo assim, a projeção de longo prazo da economia brasileiro permanece em crescimento.
Andando sozinho
Após bons dias sem grandes oscilações de preço, o Bitcoin (BTC), enfim, se encaminha para realizar um novo teste de força para os bulls. A criptomoeda rompeu rapidamente os US$ 28 mil, se posicionando, agora, muito próximo dos US$ 31 mil. Apesar da persistente pressão de vendas, o ativo digital segue na luta para avançar para além da resistência de preços.
Preparados para o halving do Bitcoin
Os dados on-chain têm sido um bom termômetro para o mercado medir o comportamento dos investidores da criptomoeda de referência. Segundo a Glassnode, os investidores de longo prazo (HODLers) detém mais de 76% do suprimento total de BTC em circulação atualmente.
Na mesma linha, a dominância do próprio Bitcoin em relação a todo o setor de moedas digitais está em alta. Com um pico próximo dos 23%, o principal ativo digital do mercado se alinha com seus níveis de abril de 2021 e 2019.
Fonte: TradingView, em 23/10/2023, às 9h13min.
Este comportamento sugere que os investidores estão em busca de criptomoedas deflacionárias e mais consolidadas do mercado. Além disso, aumenta também a narrativa de acumulação constante e intensa em momentos pré-halving – estimado para acontecer em abril do ano que vem.
Olá, verão!
Em um relatório recente, o banco Morgan Stanley indicou que o mercado de baixa cíclico do Bitcoin, também conhecido como “inverno cripto”, pode estar chegando ao fim. Esse tipo de comentário aponta um otimismo crescente em relação à criptomoeda, com expectativas de um possível retorno de um mercado de alta.
As perspectivas positivas em relação ao setor acompanham ainda uma reviravolta na disputa judicial entre a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a Ripple Labs. Desta vez, o órgão regulador solicitou o arquivamento do caso contra os executivos da empresa responsável pela emissão do token XRP. Embora não esteja diretamente correlacionado, o mercado enxergou a decisão como uma espécie de flexibilização, cogitando, agora, que os ETFs de Bitcoin à vista possam andar mais rapidamente nas mãos das autoridades.
Segurando a onda
Embora ainda persistente, a pressão de vendas pode ver um descanso no curto prazo. Ao acompanhar os dados de rede, o volume de BTCs enviado às exchanges por mineradores vem caindo, após o pico em meados de setembro.
A redução das transações sugere que a famosa “capitulação” dos mineradores está indo para seus menores níveis, podendo fornecer caminho mais livre que os compradores sigam acumulando e elevando o preço da criptomoeda.
Padrão quase em confirmação
Ao olhar para o gráfico semanal do Bitcoin, o padrão cup and handle destacado em outros Satoshi Calls vai ganhando cada vez mais corpo. A aproximação do preço com o topo do canal de baixa (apontado pela seta) indica que o nível dos US$ 26,3 mil não era mais atraente para os compradores, que defenderam suas posições.
Fonte: Gocharting, em 23/10/2023, às 9h15min.
Porém, para que o padrão de xícara seja completo, a criptomoeda precisa romper os US$ 31 mil. Caso contrário, novos testes do suporte imediato dos US$ 28 mil podem ser observados nos próximos dias. Esta região, inclusive, pode segurar bem os preços do ativo, já que além da linha horizontal, há ainda a mediana da banda de Bollinger sinalizando uma barreira.
Nos indicadores adjacentes, o MACD está muito próximo de cruzar suas linhas para cima, mostrando a dominância dos bulls neste momento de mercado. Da mesma forma, o índice de força relativa (RSI) em 60 pontos também aponta que o mercado está mais comprado.
Conclusão
Embora ainda não seja possível cravar, é notável que a correlação entre o Bitcoin e o mercado tradicional está diminuindo. Mesmo com todos os percalços macroeconômicos e geopolíticos e até mesmo o aumento considerável dos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, a criptomoeda de referência segue seu caminhar “tranquilo”, em torno de seus próprios fundamentos.
Enquanto nenhuma faísca maior, como a aprovação dos ETFs, acontece, os dados on-chain se tornam uma ferramenta imprescindível para analisar o comportamento dos investidores. Em um cenário bem receptivo ao halving do Bitcoin, a acumulação parece estar dando o tom do mercado, enquanto os compradores tentam alavancar o preço da moeda digital.
A perspectiva técnica segue válida, mostrando que um salto para além dos US$ 31 mil é bastante razoável e factível. Entretanto, é sempre bom ficar alerta em relação a possíveis recuos, já que ainda há muitas incertezas rondando todo o setor macroeconômico global.
Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano das criptomoedas.
Hoje, vamos mergulhar fundo em um tópico que tem dado o que falar: o Ethereum. Mas não é só isso! Vamos explorar o fascinante mundo do “staking” e entender como o projeto Lido está sacudindo as estruturas desse universo.
Se você já se perguntou como o Ethereum está mudando o jogo ou por que todos estão falando sobre Lido e staking, você está no lugar certo!
Prepare-se para uma viagem repleta de insights, descobertas e, claro, muita informação sobre o mundo crypto. Pegue sua bebida favorita, acomode-se e vamos nessa! 🌌🌍💡
🤔 O que é o Ethereum?
Ethereum é uma plataforma de blockchain descentralizada que permite a criação e execução de contratos inteligentes – Eu estou sendo legal e fazendo uma introdução, mas eu imagino que você saiba o que é Ethereum.
Ele é uma rede pública que tem sua própria criptomoeda, o Ether (ETH). Ethereum foi proposto em 2013 e o desenvolvimento foi financiado por uma venda pública online em 2014, com a rede entrando em operação em 30 de julho de 2015.
Originalmente, o Ethereum operava com um sistema de prova de trabalho (PoW), semelhante ao Bitcoin. Mas com o objetivo de melhorar a eficiência e a sustentabilidade, o Ethereum iniciou uma transição para um sistema de prova de participação (PoS).
O que é Staking?
Staking refere-se ao ato de participar na validação de transações em uma blockchain proof-of-stake (PoS). – Vamos passar rápido por essas introduções.
Em vez de depender de mineradores em um sistema proof-of-work (PoW), redes PoS dependem de stakers. Estes stakers bloqueiam ou “apostam” suas moedas como garantia para serem selecionados para validar e criar novos blocos.
Em troca, eles recebem recompensas na forma de moedas adicionais da rede.
Hoje a rede do ETH está com essas estatísticas:
~27,262,280 ETH Staked 🥩
22.68% Staked Share of ETH Supply 🍰
852,034 Validators ✅
32.23% Staked Through Lido 💧
💡 A Lido e o mercado de staking
Quando o Ethereum limitou o staking a 32 ETH, isso criou um mercado para o que é conhecido como “Liquid Staking”.
Lido surgiu como uma resposta direta às mudanças no Ethereum. A plataforma Lido foi projetada para permitir que os detentores de ETH ganhassem recompensas de staking sem ter que trancar seus fundos ou configurar seus próprios nós.
Isso é feito através de uma solução que gera “stETH”, um token que representa o ETH apostado na plataforma Lido. O stETH pode ser negociado, usado em DeFi ou convertido de volta para ETH a qualquer momento. Lido, portanto, traz mais liquidez ao ecossistema Ethereum.
Com o tempo, Lido começou a dominar o mercado de Liquid Staking, centralizando, em certo grau, o staking do Ethereum.
É aí que começa todo um problema!
⚠️ Nova atualização do ETH
A introdução do EIP-7514 foi uma resposta ao domínio crescente de plataformas como a Lido. EIP-7514 é a mais recente Proposta de Melhoria do Ethereum lançada em 7 de setembro.
O Ethereum está enfrentando um desafio: o crescimento acelerado da taxa de staking do ETH.
Se continuarmos nesse ritmo, até dezembro de 2024, praticamente todo ETH estaria sendo usado para staking. Isso pode parecer bom para o preço do ETH, mas traz pressão para a camada de consenso do Ethereum. Mais validadores podem significar mais validadores mal-intencionados, aumentando os custos de manutenção de segurança da rede.
Duas razões principais levaram a esse crescimento acelerado:
Após uma atualização chamada Shapella, o Ethereum permitiu que os stakers retirassem seu ETH apostado.
As recompensas de staking do ETH são atraentes, incentivando muitos a apostar seu ETH.
Para resolver isso, o Ethereum está pensando em ajustar as recompensas de staking. Mas isso leva tempo e discussões detalhadas. Então, entrou o EIP-7514 como uma solução temporária.
EIP-7514 introduz uma mudança importante: fixa o “Epoch Churn Limit” em 8. Mas o que é isso? Basicamente, é uma ferramenta que controla quantos validadores podem entrar e sair do sistema em um determinado período (chamado de “epoch”, que dura cerca de 6,4 minutos). Antes, esse limite era dinâmico e dependia do número de validadores ativos. Mas, com o EIP-7514, esse número é fixo.
Isso é importante porque, sem controlar esse limite, a taxa de staking do ETH aumentaria rapidamente, chegando a 100% em pouco tempo.
Com o EIP-7514, o aumento diário no ETH apostado será de 57.600 ETH. Isso pode atrasar o tempo para a taxa de staking do ETH atingir 50% em quase 8 meses e adiar a taxa de 100% em pelo menos dois anos.
⚠️ O que essa atualização muda para o investidor?
Se você é investidor do Ethereum, com o rápido crescimento da taxa de staking do ETH, a rede pode enfrentar desafios de segurança e sustentabilidade. Então, o EIP-7514 foi introduzido como uma solução temporária para controlar o rápido crescimento da taxa de staking e manter o equilíbrio no ecossistema.
Já se você investe e usa a Lido, com a introdução do EIP-7514 e outras atualizações potenciais do Ethereum, a Lido pode ter seus próprios desafios. A atualização pode ser vista como uma tentativa de limitar o poder de plataformas como a Lido, e a Lido terá que se adaptar a essas mudanças.
O mercado de staking vai continuar crescendo, mas em passos pequenos.
⚠️ Gostou?
Espero que tenham gostado de mais uma news.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Apesar das movimentações macroeconômicas e geopolíticas intensas e rumores sobre a aprovação de um ETF à vista nos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) respeitou os comportamentos técnicos e manteve seu movimento coerente com a teoria dos ciclos. De volta aos US$ 28 mil de forma relativamente rápida, o mercado de derivativos pode ser o grande fiel da balança, com investidores que possuem posições de venda tentando defender seus contratos futuros. Caso percam a batalha, entretanto, é possível que uma onda de recompra domine o setor e coloque o BTC em um cenário de possível enfrentamento de resistências.
Pressão vendedora presente
A análise do Bitcoin no gráfico semanal evidenciou uma vez mais a presença dominante de vendedores, que controlaram a movimentação de preços durante a primeira quinzena do mês de outubro. Na semana passada, observamos uma vela de baixa que resultou em uma queda semanal de 2,63% entre a abertura e o fechamento.
Uma explicação lógica para essa queda pode ser rastreada até a semana de 14 de agosto, nove semanas atrás, a partir da semana passada. Nesse período, vendedores entraram agressivamente no mercado, empurrando o preço da criptomoeda para baixo. O movimento de queda que presenciamos nos dias anteriores pode ter sido influenciado pelos bears da semana de 14 de agosto, que provavelmente defenderam suas posições, impedindo que o preço mantivesse a sequência de alta iniciada em 11 de setembro.
Além disso, observamos que na semana passada, o preço do Bitcoin sofreu a influência do ciclo temporal de 26 semanas, com os vendedores da semana de 17 de abril defendendo suas posições. Tanto os vendedores de nove semanas atrás quanto os de 26 semanas permaneceram no lucro, consolidando seu domínio sobre a estrutura do mercado.
Ao analisar detalhadamente o gráfico semanal, podemos notar que a partir da semana de 11 de setembro, cada tentativa de alta foi frustrada pela presença de vendedores com oferta superior à demanda nas regiões de preço da metade inferior da estrutura semanal. Nesta semana, uma nova tentativa de alta está em curso, porém, também está enfrentando dificuldades em evoluir.
Linhas de suporte e resistência
Primeiramente, traçamos uma ferramenta de Fibonacci dentro da nossa estrutura lateral macro do gráfico semanal. Nela, notamos que o movimento de alta iniciado na semana de 11 de setembro foi interrompido quando o preço atingiu os níveis de preço correspondentes a 50% de toda a estrutura.
Em seguida, na semana de 18 de setembro, os compradores tentaram dar continuidade ao movimento de alta iniciado na semana do dia 11. No entanto, a vela dessa semana teve um fechamento negativo, deixando um enorme pavio na parte superior, sinalizando a presença de vendedores.
É importante ressaltar que o mercado financeiro muitas vezes age de forma contrária às expectativas da maioria dos pequenos investidores. Portanto, estudar minuciosamente cada movimento individualmente é essencial.
Enquanto muitos esperavam uma queda contínua, o movimento se inverteu, e o preço subiu de US$ 26 mil para alcançar US$ 28 mil na semana de 25 de setembro. Nesse período, vendedores fortes e experientes se retiraram do mercado, antecipando a possibilidade de vender seus ativos a preços mais altos. Isso resultou em um aumento tranquilo de preço durante a última semana de setembro.
Na primeira semana de outubro, o preço atingiu os níveis de 50% da estrutura e, mais uma vez, os vendedores mais fortes entraram em ação, interrompendo a sequência de alta e retomando vendas agressivas. Eles também absorveram as negociações de compradores que esperavam elevar o preço para patamares mais altos.
Essa disputa na região de 50% da estrutura de Fibonacci evoluiu para uma vela semanal em forma de doji. Velas doji sinalizam indefinição na direção dos preços, e muitos investidores aguardam o rompimento para um dos lados para determinar quem foi o vencedor dessa batalha.
Considerando a semana passada, houve o rompimento para baixo da vela doji da primeira semana de outubro, indicando que os vendedores estavam no controle. Com base nessa análise, podemos concluir que, dentro da estrutura de movimentação de preços do Bitcoin no gráfico semanal, a pressão durante a primeira quinzena de outubro estava do lado dos vendedores, e a presença dos compradores foi absorvida durante o movimento.
No início da semana atual, observamos um impulso de alta significativo impulsionado por rumores infundados de que a BlackRock havia recebido aprovação para criar um ETF de Bitcoin. Posteriormente, descobriu-se que essa informação estava equivocada, e o preço retornou rapidamente à região de equilíbrio.
Independentemente das razões que motivaram esse movimento de alta e subsequente queda, é crucial que os investidores estejam atentos à formação estrutural que a oferta e a demanda estão construindo no mercado.
Em meio a isso, é fundamental destacar um nível crítico de preços na região de US$ 26 mil dólares, que inicialmente pode ser interpretado como um suporte significativo. No entanto, investidores estão atentos a esse nível por vários fatores que merecem nossa atenção:
Primeiramente, os níveis de preços nessa região abrigam uma grande quantidade de pequenos investidores de curto prazo que estão presos em posições de venda. Eles inicialmente acreditavam que o rompimento da vela da semana de 18 de setembro teria continuidade, levando o preço do Bitcoin a níveis mais baixos.
O movimento surpreendente de alta na última semana de setembro pegou muitos desses investidores desprevenidos. Agora, aqueles que venderam na mínima daquela semana e não foram liquidados pelo subsequente movimento de alta estão ansiosos para que o preço retorne a essa região para encerrar suas posições. Encerrar essas posições requer recomprar seus ativos, o que adicionará demanda significativa a essa região de preços. Esse é um comportamento típico de investidores que ficaram presos em suas posições.
Além disso, outro fator que demonstra a importância da atenção aos níveis de preço em US$ 26 mil é o fato de que existe um grupo de investidores que comprou durante a última semana de setembro e estabeleceu stops de proteção abaixo da mínima da vela semanal daquela semana, ou seja, estão com posições de “oferta” nesta região.
Quando somamos a presença de ordens de investidores que ficaram presos com a presença de ordens de stops de proteção na zona dos US$ 26 mil, entendemos que este é um nível do mercado que possui alta liquidez. E onde há alta liquidez, também existe o interesse de grandes investidores profissionais.
Caso o preço do Bitcoin opere na região de US$ 26 mil, é possível que tenhamos alta volatilidade no mercado, com a presença do “dinheiro inteligente” absorvendo um dos lados da negociação.
Considerando que o preço atualmente está em um grande período de lateralização no gráfico semanal, é difícil prever exatamente o que o futuro reserva em termos de movimentação de preços. No entanto, esses elementos, como a concentração de pequenos investidores presos em posições e os stops de proteção na região de 26 mil dólares, oferecem pistas valiosas para nossa análise.
Olho na oferta e demanda
Como destacamos em relatórios anteriores, o movimento de preços no mercado de criptomoedas, assim como em outros mercados financeiros, é impulsionado pela relação entre oferta e demanda. Para confirmar o contexto de lateralidade que temos observado, é crucial considerar duas informações importantes.
Primeiramente, dentro da estrutura do gráfico semanal, percebemos que a “oferta” está no controle. Essas são as negociações de curto prazo que frequentemente levam a oscilações de preço. Por outro lado, no contexto macro, observamos que investidores profissionais continuam acumulando ativos desde o início da alta, que teve início em novembro do ano passado.
Com base nessas observações, chegamos a uma conclusão inicial de que, assim como em qualquer mercado, o setor das criptomoedas abriga diferentes tipos de investidores, cada um com seus objetivos específicos.
Temos, por exemplo, os investidores de longo prazo, que estão mais focados em cenários macroeconômicos e não se preocupam com as flutuações de curto prazo. Eles continuam acumulando ativos e aproveitam momentos de queda para aumentar suas posições. Também podemos concluir que investidores de curto prazo, que geralmente possuem informações mais atualizadas e uma abordagem de curto prazo, identificam os principais pontos de liquidez no mercado para realizar suas negociações.
Dentro do contexto semanal que analisamos até o momento, é plausível que os investidores de longo prazo estejam absorvendo a oferta gerada pelos investidores de curto prazo. Esse comportamento é comum em mercados financeiros, onde os investidores de longo prazo aproveitam as oportunidades apresentadas por investidores de curto prazo, permitindo-lhes acumular ativos a preços favoráveis.
Essa dinâmica entre diferentes tipos de investidores pode contribuir para a estabilidade do mercado em períodos de lateralização, como o que temos observado recentemente. Contudo, é importante destacar que a volatilidade ainda pode estar presente, especialmente em cenários macroeconômicos ou eventos imprevistos que afetam o mercado global das criptomoedas.
Barreiras a serem enfrentadas
A seguir, detalharemos os principais suportes e resistências que influenciam o gráfico semanal do Bitcoin:
Suportes de preços
US$ 26 mil: Este nível de preço representa o próximo suporte significativo no gráfico semanal do Bitcoin. Como explicado anteriormente neste relatório, é uma área de concentração de ordens de compra e venda que pode gerar alta volatilidade nos preços, especialmente em timeframes menores.
US$ 24,6 mil: Outra região importante a considerar como suporte está localizada em US$ 24,6 mil. Além de ser o ponto de equilíbrio de 50% do desequilíbrio criado pelos compradores na semana de 13 de março, também está abaixo da mínima de toda a estrutura lateral do gráfico semanal.
US$ 22,6 mil: Embora este nível esteja um pouco mais distante do preço atual, ele também é relevante dentro do contexto geral da movimentação do Bitcoin. Este valor marca o início do deslocamento da vela semanal de 13 de março e corresponde à máxima da vela da semana de 06 de março. A semana de 06 de março foi testemunha de uma das defesas mais significativas dos compradores na estrutura de alta iniciada em novembro do ano passado. Uma possível defesa dos compradores pode estar na máxima da vela da semana de 06 de março, situada em US$ 22,6 mil. Embora não seja possível prever se o preço alcançará esses níveis, essa informação é valiosa para tomar decisões informadas, caso esse cenário se concretize.
Resistências de preços
US$ 30,2 mil: O primeiro nível de resistência significativa está situado em US$ 30,2 mil, correspondendo à região de abertura da vela semanal de 17 de abril. Vale destacar que, desde a semana de 10 de abril, o preço não conseguiu se manter acima dessa marca. Mesmo o movimento de alta observado no início da semana atual não conseguiu superar essa região.
US$ 31,8 mil: O último ponto avaliado como resistência neste relatório está localizado em US$ 31,8 mil. Essa marca representa a máxima da estrutura e é uma região com alta liquidez. O rompimento acima desse nível pode indicar a retomada de um grande movimento de alta para o Bitcoin.
Com base na análise dos suportes e resistências, fica claro que o mercado está em um período crítico de lateralidade. A evolução dos preços dependerá da interação entre a oferta e a demanda, bem como de fatores macroeconômicos e eventos imprevistos que possam afetar o mercado das criptomoedas.
Análise de curto prazo
A análise do gráfico diário do Bitcoin oferece informações adicionais sobre a movimentação recente dos preços: O demonstrativo a seguir mostra que o movimento de alta observado na segunda-feira (16) encontrou uma resistência em um “Order Block” criado em 14 de agosto. Além disso, o preço alcançou uma linha de canal traçada com base nas duas máximas anteriores.
É importante observar que o movimento de segunda-feira representa uma terceira puxada de alta. De acordo com a análise técnica, após três movimentos de alta com rompimento do topo local anterior, é possível que o preço inicie uma retração.
Apesar de, esse movimento de alta ter sido impulsionado por uma notícia equivocada, ele gerou otimismo entre os investidores. Muitos vendedores que acreditavam na continuação da queda foram liquidados, reduzindo a pressão de venda no gráfico diário e dando aos compradores um maior poder dentro da estrutura.
No entanto, é crucial notar que dentro de uma estrutura maior, esses compradores têm enfrentado dificuldades para deslocar o preço para níveis mais elevados.
Resumidamente, com base na metodologia de Wyckoff, podemos inicialmente considerar esse movimento de alta como um “Upthrust” (UT) da estrutura. Para confirmar a retomada de alta, é necessário que o preço rejeite o movimento de queda a partir desta semana. Uma linha de tendência foi adicionada ao gráfico, conectando os dois últimos fundos da estrutura diária. Essa linha poderá atuar como suporte caso os compradores assumam o controle das negociações.
No entanto, se o preço não conseguir manter esse suporte e romper abaixo da linha de tendência, podemos considerar que a estrutura de preços ainda não está totalmente finalizada. Isso poderia abrir a possibilidade de preços mais baixos, testando os suportes mencionados anteriormente.
Conclusão
Neste “Variação de Mercado”, exploramos minuciosamente a movimentação de preços do Bitcoin, considerando o gráfico semanal e diário. O objetivo foi fornecer uma análise abrangente que ajudasse a entender os principais fatores que influenciam o mercado nesse momento.
No gráfico semanal, observamos um cenário de lateralidade que tem persistido nas últimas semanas. O controle da “Oferta” é evidente no curto prazo, enquanto investidores profissionais continuam acumulando ativos a longo prazo. Essa divergência de horizontes de investimento entre os dois grupos de investidores cria um ambiente complexo de negociações. Investidores de longo prazo estão de olho no pós-halving de 2024 e continuam acumulando, aproveitando as quedas para aumentar suas posições. Por outro lado, investidores de curto prazo estão atentos aos pontos de liquidez para suas negociações.
Os principais suportes e resistências foram identificados para o gráfico semanal, com o suporte em US$ 26 mil e a resistência em US$ 30,2 mil dólares e US$ 31,8 mil. Essas regiões representam níveis críticos que podem desencadear movimentos significativos no preço do Bitcoin.
A análise do gráfico diário revela que o movimento de alta observado na segunda-feira, embora tenha sido impulsionado por uma notícia equivocada, deixou os investidores otimistas. No entanto, esse movimento de alta encontrou resistência em um “Order Block” criado em 14 de agosto e atingiu uma linha de canal traçada com base nas duas máximas anteriores. De acordo com a análise técnica, este pode ser um “Upthrust” da estrutura, o que sugere a possibilidade de uma retração.
A manutenção de uma linha de tendência ligando os dois últimos fundos da estrutura diária é crucial para a confirmação da retomada de alta. A falha em manter essa linha pode indicar que a estrutura de preços ainda não está completa e que preços mais baixos podem ser testados, incluindo os suportes mencionados anteriormente.
Os investidores de curto e longo prazo têm objetivos distintos, o que cria um ambiente de negociação complexo. Os níveis de suporte e resistência desempenham um papel fundamental na determinação do próximo movimento de preços. A evolução do mercado dependerá da interação entre a oferta e a demanda, bem como de eventos futuros que possam influenciar o cenário das criptomoedas.
Obrigado por sua atenção e interesse. Desejo a todos sucesso e sabedoria em suas atividades de investimento no mundo das criptomoedas.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
O otimismo parece ter batido à porta do mercado de criptomoedas nesta segunda-feira, com o Bitcoin (BTC) apontando uma alta rápida de preços. Porém, os eventos geopolíticos e macroeconômicos podem ser uma barreira para os ventos favoráveis à moeda digital. Afinal, os próprios fundamentos do setor sugerem volatilidade, como a constante postergação dos ETFs de BTC à vista nos Estados Unidos. A realidade é que dados on-chain apontam para um caminho de lucro para a maioria dos detentores do ativo. Em contrapartida, o comportamento gráfico sinaliza que há muito o que se fazer antes de comemorar a recente alta.
No rastro dos preços
A gente começa este relatório falando dela: Inflação. Os preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos avançaram acima do esperado pelos analistas. O aumento recente foi impulsionado, em parte, pelos custos mais elevados da energia. Já a inflação ao Consumidor (CPI) desacelerou na base mensal e se manteve estável na perspectiva anual, com gasolina e moradia sendo os principais itens a contribuírem para o índice atual.
Setembro
Projeção
Agosto
PPI
2,2%
1,6%
2,0%
CPI
3,7%
3,6%
3,7%
Apesar de um avanço não tão agressivo e até mesmo uma estagnação nos índices inflacionários, o mercado segue monitorando de perto o comportamento dos formuladores de política monetária do Federal Reserve (FED), acreditando que o aperto da política monetária pode se prolongar por mais tempo.
Falando neles
O clima é, no mínimo, de divergência entre os membros votantes da política monetária norte-americana. O presidente do FED da Filadélfia, Patrick Harker, disse que a faixa entre 5,25% e 5,5% pode ser o teto do aperto, “salvo uma mudança radical nos dados”.
Entretanto, a ata da última reunião do FOMC revelou que a maioria dos participantes vê a trajetória futura da economia dos EUA como “altamente incerta”. E apesar de manterem da optaram pela pausa no aumento da taxa, 12 dos 19 membros do comitê indicaram a possibilidade de mais um ajuste até o final do ano.
Essas incertezas acompanham os voláteis indicadores econômicos, potenciais choques no preço do petróleo e impactos de greves sindicais no país. A força das commodities e do mercado imobiliário também podem acentuar a inflação, enquanto desacelerações no crescimento global, guerras e outros conflitos recentes podem desacelerar o avanço econômico.
Luz no fim do túnel
Parte da volatilidade econômica citada anteriormente vem da China. O país não sabe se vai para lá ou para cá. Mas a realidade é que, após semanas de dados corretivos sobre o desempenho do país, a última semana marcou um possível otimismo sobre a retomada da economia.
Um dos pontos principais foi a melhora nas relações comerciais. Apesar das importações e exportações ainda apontarem o campo negativo, a contração ocorreu em um ritmo mais lento, sugerindo uma possível estabilização do país. Além disso, os números vieram melhor ou muito próximos das perspectivas do mercado. Mesmo assim, o fantasma da atual crise do setor imobiliário segue mantendo os investidores em cautela.
Setembro
Projeção
Agosto
Exportações
-6,2%
-7,6%
-8,8%
Importações
-6,2%
-6,0%
-7,3%
Mas além dos dados comerciais, a inflação no país também está em recuo, mostrando que este pode ser um problema já “resolvido” ou pelo momentaneamente controlado pelas autoridades monetárias chinesas.
Setembro
Projeção
Agosto
CPI
0,0%
0,2%
0,1%
PPI
-2,5%
-2,4%
-3,0%
Uma hora vai
Entre as grandes potências globais, a Zona do Euro segue ainda capengando – e muito. Os dados não são animadores há certo tempo, embora a inflação até esteja arrefecendo. Porém, preocupam os investidores o fato da Produção Industrial do bloco estar desacelerando, o que dificulta a retomada de estoques das empresas, mantendo a oferta de produtos apertada e, consequentemente, o risco de um aumento de preços iminente.
Agosto
Projeção
Julho
Produção Industrial
-5,1%
-3,5%
-2,2%
No controle
Falando em inflação, o Brasil divulgou seu Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador registrou avanço, com “Transportes” puxando a fila, por conta do aumento do preço da gasolina. Em contrapartida, “Alimentação e bebidas” apontaram queda de 0,71% no período, marcando o quarto mês consecutivo de baixas. Mesmo assim, a aceleração do IPCA veio consideravelmente abaixo do esperado pelos analistas.
Setembro
Projeção
Agosto
IPCA
0,26%
0,34%
0,23%
Gostinho de volatilidade
O Bitcoin não segurou os US$ 28 mil da última semana. Entretanto, quem esperava uma correção forte se deparou com uma queda branda, seguida por uma espécie de recuperação. O fundo em US$ 26,5 mil foi a mínima que a criptomoeda de referência chegou, mantendo a cautela dos investidores no curto prazo sobre o desempenho do ativo. Entretanto, a abertura desta segunda-feira reservou espaço para um fôlego que retomou o BTC de volta aos US$ 27,7 mil.
Comportamento dos investidores
É nítido que a luta entre compradores e vendedores é intensa. O volume de negociação não é o suficiente para dar vantagem a nenhum dos lados neste momento de mercado. Acompanha essa morosidade ainda uma queda significativa na atividade da rede. Isso aponta que houve menos aportes ou retiradas, resultando em menos liquidez. Mas mais do que isso, boa parte dos BTCs já foram sacados das exchanges, no que parece um processo de proteção e HODL intenso pré-halving.
É interessante observar ainda que o índice Fear and Greed está em 47 pontos. Embora este seja o território de medo, pode quase ser considerado como neutro (50 pontos), levando em conta que a oscilação do mercado está nessa faixa de sentimento.
Fonte: Alternative.me
No martelo
A emoção reduzida dos últimos dias acompanhou também uma pendência importante. A decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sobre o pedido da GrayScale para um fundo de Bitcoin à vista. A ideia da empresa é transformar seu atual fundo da criptomoeda em um ETF regulamentado.
Além deste pedido, a própria GrayScale já entrou com uma solicitação para um ETF de Ethereum (ETH) spot, enquanto BlackRock e outras gestoras globais aguardam uma resposta do regulador norte-americano.
Acumulação
Se a movimentação de curto prazo é lenta e com pouca emoção, os HODLErs de longo prazo parecem saber muito bem o que estão fazendo. Segundo dados on-chain, este grupo de investidores continuam comprando Bitcoin em um ritmo acelerado. São cerca de 50.000 BTCs por mês – em torno de US$ 1,35 bilhão. Com isso, o número total de Bitcoins sob posse dos está em 14,859 milhões de unidades – cerca de 76% da oferta circulante atual e uma nova máxima histórica.
Ligeiras perdas no caminho
Os principais indicadores on-chain não sinalizam ainda grandes mudanças. O SOPR, que avalia se a maioria das carteiras estão no lucro ou prejuízo, retomou ao 1 ponto, com uma pequena porcentagem dos endereços registrando ganhos no momento.
Fonte: CryptoQuant
História nos gráficos
A tendência, entretanto, é um pouco mais lateral para o Bitcoin, como observa-se no gráfico semanal. A realidade é que há testes importantes no último canal rompido em 25 de setembro. Caso a criptomoeda retome esta faixa de baixa, os US$ 24,3 mil – última grande resistência vencida – pode ser um nível a ser visitado. Esta região, além de possuir uma linha horizontal expressiva de barreira, ainda acompanha a linha inferior da banda de Bollinger.
O contrário, entretanto, também é verdadeiro. A atual resistência dos US$ 28 mil não só bate com outra linha horizontal importante, mas também com a mediana do indicador de Bollinger. Em ambos os casos, mostram-se a força desses dois níveis de preços para o mercado.
Fonte: GoCharting, em 16/10/2023, às 8h44min
Nos indicadores adjacentes, o MACD segue fazendo topos maiores e aproximando suas médias. Com isso, os bulls vão fortalecendo sua vantagem. O RSI pausa a queda, mirando os 52 pontos, apontando um mercado ligeiramente mais comprado, mas bem próximo de um equilíbrio.
Conclusão
.O mercado de criptomoedas parece estar cada vez mais aquecido. Mas como de costume em períodos pré-halving, o movimento de preços é lento e cada etapa parece estar sendo construída tijolinho a tijolinho. Há um certo afastamento do Bitcoin em relação aos eventos macroeconômicos, mas que, claro, nunca devem ser desconsiderados, pois a correlação ainda é presente.
O que os investidores devem ter em mente é que as quedas e subidas de preços estão ainda encaixotadas em uma disputa ferrenha entre bulls e bears. Assim, é difícil medir com exatidão a força de cada um. Este equilíbrio é persistente e apenas movimentos mais agudos de preços vão sinalizar efetivamente para qual lado está a verdadeira tendência do BTC.
A falta de força para cima ou para do Bitcoin (BTC) segue mantendo o sentimento cauteloso dos investidores. Alguns indicadores técnicos, inclusive, mostram que as tendências de curto e médio prazos estão divergentes, exigindo que a criptomoeda de referência faça uma recuperação consistente para que o movimento de alta seja mais nítido. Em contrapartida, a dominância do BTC no mercado de moedas digitais ultrapassou os 51% esta semana, apontando que o dinheiro segue fluindo para o Bitcoin.
De olho nos ciclos
A primeira semana de outubro apresentou uma dinâmica de preços interessante para o Bitcoin, com a criptomoeda operando em uma faixa de preço comprimida entre as linhas Tenkan e Kijun, bem como dentro das linhas que formam a “Nuvem” de Ichimoku. Embora o mês tenha começado com otimismo, a semana passada terminou com uma vela de indecisão, acompanhada por um volume de negociação muito semelhante ao da última semana de setembro.
Ao iniciarmos a semana atual, há uma expectativa de que a manutenção de uma sequência de alta no gráfico semanal possa levar as negociações para fora da região da “Nuvem”. No entanto, observamos que a Tenkan Sen, que representa o ponto de equilíbrio das últimas 9 semanas, aponta para baixo neste momento. A vela de indecisão da semana passada não trouxe informações decisivas para o mercado, apesar do movimento de alta que persiste desde a semana de 11 de setembro.
Ao considerarmos a Chikou Span, que está plotada 26 semanas no passado, atualmente está na semana de 17 de abril. Nessa semana, os vendedores iniciaram um movimento de queda que se estendeu por um ciclo de 9 semanas até atingir a mínima na semana de 12 de junho. A “Senkou Span A”, que projeta 26 períodos no futuro, aponta levemente para baixo, sugerindo que, no contexto da estrutura do gráfico semanal, a “Demanda” está enfraquecida.
No caso de movimentos de alta, os investidores devem estar atentos à pressão exercida pelos vendedores, que entraram em ação na semana de 14 de agosto. Esses vendedores ainda dominam o mercado, estabelecendo uma resistência entre US$ 29 mil e US$ 30 mil.
Quando analisamos as movimentações de preço e volume, observamos dois momentos em que houve um volume significativamente elevado de negociações, ambos marcados pelo controle exercido pelos vendedores. O primeiro ocorreu durante a vela semanal de 14 de agosto, e o segundo movimento com pressão de vendedores aconteceu na semana de 28 de agosto. Nessas duas ocasiões, as barras de volume atingiram níveis elevados, e até o momento atual, nenhuma outra semana registrou um volume tão alto. Isso reforça a ideia de que os compradores, apesar de presentes, ainda enfrentam uma demanda fraca em relação ao movimento estrutural.
É importante destacar que a máxima atingida em 28 de agosto foi de US$ 28,1 mil, uma região de preços que já foi mencionada em relatórios anteriores como uma área de resistência complexa.
Para o futuro, é relevante considerar que o rompimento da máxima da semana passada poderá projetar o preço em direção à região de abertura da semana de 14 de agosto, em US$ 29,2 mil. Por outro lado, o rompimento da mínima da semana passada poderá projetar o preço em direção ao fechamento da semana de 11 de setembro, em US$ 26,5 mil.
Operando em estrutura
Na sequência de nosso relatório, continuaremos a análise da movimentação de preços do Bitcoin, focando na atual estrutura do mercado e nas forças em conflito que estão moldando o cenário.
É evidente que, dentro da estrutura do gráfico semanal, há uma pressão vendedora. No entanto, é igualmente importante observar que o movimento de preço atual caracteriza-se por uma extensa lateralização. Essa lateralização representa uma pausa no movimento de alta que se iniciou em novembro do ano passado.
O movimento de alta anterior e o otimismo no mercado a médio prazo são evidenciados no histórico da linha Senkou Span A, que indica uma significativa região de suporte móvel. Essa área pode ser vista como uma zona de defesa para os compradores que impulsionaram o preço para cima desde o início do ano.
Com o passar das semanas, estamos nos aproximando do possível encerramento da estrutura de preços. Essa tendência é motivada pela redução no volume de negociações ao longo do tempo.
A lateralização nos movimentos de preços ocorre devido à influência das duas principais forças do mercado financeiro: a Demanda e a Oferta. A consolidação de preços é essencialmente uma batalha entre essas duas forças, e com o tempo, uma delas começa a ganhar vantagem, reduzindo a quantidade de ativos disponíveis para negociação dentro da faixa de preço estabelecida na estrutura. Quando a disponibilidade de ativos em uma determinada faixa de preços diminui, o volume de negociações tende a diminuir, tornando mais fácil para a força dominante mover o preço em sua direção preferida.
No caso do Bitcoin, nosso objeto de estudo, o preço só subirá significativamente quando a oferta institucional for eliminada. Isso permitirá que o poder institucional dos compradores mova o preço para cima com maior facilidade.
No entanto, com base na análise apresentada até o momento, ainda é perceptível que a força da oferta está presente no mercado. Os investidores continuam otimistas a longo prazo, mas enquanto a demanda não absorver completamente a oferta disponível, o preço permanecerá dentro da estrutura determinada no gráfico semanal, representando as negociações a médio prazo no contexto histórico do Bitcoin.
É importante ressaltar que existem diferentes perfis de investidores e operadores no mercado financeiro. Os operadores de gráficos diários e day-traders continuam explorando oportunidades de curto prazo em todo o mercado, como veremos ao analisar timeframes menores mais adiante neste relatório.
Dominância em alta
Falaremos agora sobre a análise do Market Cap e da evolução da dominância do Bitcoin em relação ao mercado de criptomoedas. O gráfico semanal do Market Cap continua a apresentar entradas de capital e um aumento na dominância do Bitcoin superando 51%. Desde o início de maio de 2021, uma extensa estrutura foi construída, culminando com um rompimento significativo para cima em junho deste ano.
Uma observação interessante marca esse longo período de acumulação: a mínima da estrutura do Market Cap foi registrada em setembro de 2022, e desde então, os níveis de capitalização e dominância não retornaram a essa região.
Ao analisarmos o movimento no gráfico de preço do Bitcoin, notamos que após setembro de 2022, o preço continuou a cair e só começou a se recuperar a partir de novembro de 2022. Essa informação revela como o movimento institucional desempenha um papel crucial nos mercados financeiros. A partir de setembro do ano passado, grandes investidores já estavam acumulando compras e aproveitando as quedas de preço para aumentar suas posições.
Essa contextualização pode ser aplicada ao momento atual da movimentação do Bitcoin. Quando comparamos o gráfico do Market Cap com o gráfico de preços, observamos que, enquanto o preço está em uma região complexa de indecisão e resistências atualmente, o gráfico do Market Cap continua a sinalizar otimismo, seguindo uma linha de tendência que traçamos em estudos de relatórios anteriores.
Essa linha de tendência faz parte de um canal de alta, e sua próxima resistência está situada nos níveis de 52,15%, na região do topo anterior. Caso essa resistência seja ultrapassada, o próximo ponto de parada poderá ser o topo do canal.
Em resumo, o gráfico semanal do Market Cap continua a sinalizar otimismo para o Bitcoin, independentemente das flutuações no preço. A dominância do Bitcoin permanece forte, e a entrada de capital continua a impulsionar o otimismo do mercado cripto. A análise do Market Cap fornece uma perspectiva valiosa sobre a saúde e a tendência de longo prazo do mercado de criptomoedas, complementando a análise do preço do Bitcoin.
Sobe e desce de preços
Agora aprofundaremos nossa análise no gráfico diário do Bitcoin, focando em identificar níveis de preço relevantes e compreendendo os desafios enfrentados pelo preço nos últimos dias.
Este gráfico mostra que o preço continua a operar na parte superior da estrutura, com dificuldades para realizar um rompimento significativo para cima. No entanto, é perceptível que a cada movimento de queda nos últimos dias, o preço tem encontrado suporte no que é conhecido como “Order Block”, localizado na mesma região que examinamos anteriormente no rompimento do “AR”. Os níveis de preço mais relevantes que têm apoiado os movimentos de queda estão na região de US$ 27,2 mil.
Analisando a imagem a seguir, observamos que, olhando apenas para as movimentações de preço e volume, há uma região em US$ 29,1 mil que pode atuar como uma resistência, caso o preço supere os níveis de “UA.” Neste momento, “UA” representa uma área complexa onde os vendedores entram em ação, absorvendo a força compradora e revelando a presença ativa de vendedores que impedem a continuidade da alta.
Se contarmos as velas diárias, percebemos que o preço já atingiu a região de “UA” por pelo menos 5 dias e não obteve sucesso no rompimento. De acordo com a análise técnica, quando uma mesma região é testada repetidamente, ela pode enfraquecer. No caso do Bitcoin, sempre que o preço trabalha na região de US$ 28,1 mil, os compradores conseguem consumir parte da oferta disponível nesses níveis. Portanto, a cada novo teste, as chances de um rompimento aumentam.
Por outro lado, os investidores estão atentos para verificar se os compradores continuam fortes a cada novo teste. Essas regiões complexas de suporte e resistência, envolvendo conceitos de oferta e demanda, entram em uma batalha, e leva tempo para que um dos lados enfraqueça.
Até o momento presente, a pressão vendedora ainda é mais forte dentro da estrutura de preços semanal, como mencionado anteriormente. No entanto, observamos uma entrada constante de capital e um aumento na dominância do Bitcoin. Isso pode dar uma vantagem aos investidores que procuram pontos de entrada no gráfico diário.
Com que essa nuvem parece?
Também examinamos o gráfico diário do Bitcoin com foco nas linhas do Ichimoku e como podemos interpretar essas informações em termos de fractais de movimento de preços. Observamos que a criptomoeda está tentando se manter acima da região da “Nuvem” com as linhas Tenkan e Kijun operando de forma ascendente ao longo dos últimos dias. No entanto, a Senkou Span B segue um movimento inverso, o que adiciona complexidade à análise.
No contexto da teoria de fractais, sabemos que o mercado é fractal, o que significa que o preço se move em padrões repetitivos e auto-similares em diferentes escalas de tempo. Neste caso, podemos interpretar as linhas do Ichimoku da seguinte maneira:
Tenkan Sen: Oscilando de forma ascendente no gráfico diário, simboliza uma onda de um fractal menor. Kijun: Representa uma onda base e, neste caso, uma onda de médio prazo, contabilizando assim dois fractais de ondas ascendentes. Senkou Span B: Simboliza uma onda de um fractal maior, e, neste caso, ainda está descendente.
Essa interpretação explica a dificuldade dos dois fractais menores (representados por Tenkan Sen e Kijun) em promover o rompimento nas máximas da estrutura diária, uma vez que o fractal maior (representado por Senkou Span B) ainda está em uma tendência descendente.
Para que o fractal maior, representado por Senkou Span B, também sinalize alta, é necessário que a demanda se torne predominante dentro da estrutura. Isso requer tempo e pode envolver uma batalha entre compradores e vendedores.
No gráfico, destacamos três tipos de fractais: o menor (setas verdes), o mediano (seta vermelha) e o maior (seta laranja). Em resumo, o gráfico diário nos indica que mesmo que ocorra um rompimento de curto prazo das máximas anteriores, ainda estaremos confrontando o fractal maior descendente. Isso poderia resultar em um retorno rápido dos preços para os níveis de suporte representados pela “Nuvem” no gráfico diário. Portanto, entendemos que a região de US$ 29 mil poderá ser um novo ponto de inflexão caso o preço alcance esse patamar. No entanto, a “Nuvem” continua a operar como uma grande região de suporte.
A análise das linhas do Ichimoku vai além do estudo do equilíbrio; como vimos na análise do gráfico diário, essas linhas também podem ser interpretadas como ondas fractais que podem impulsionar ou retrair a movimentação de preços com maior ou menor intensidade.
É importante lembrar que a aplicação dessa metodologia pode variar de acordo com o contexto apresentado pelo ativo analisado.
Conclusão
Ao longo deste relatório, realizamos uma análise detalhada da movimentação de preços do Bitcoin em diferentes intervalos de tempo e com base em várias ferramentas analíticas, como o gráfico semanal, o Market Cap, o gráfico diário e as linhas do Ichimoku. Compreendemos que o mercado de criptomoedas é complexo e está sujeito a influências variadas.
No cenário semanal, observamos um mercado lateralizado e uma luta contínua entre a oferta e a demanda, com uma pressão vendedora dominante. No entanto, o Market Cap continua a demonstrar otimismo para o Bitcoin, sugerindo que a dominância da criptomoeda líder ainda é forte.
A análise do gráfico diário revelou desafios para o Bitcoin em romper resistências significativas, apesar de uma tentativa constante de permanecer acima da “Nuvem.” As linhas do Ichimoku destacaram a presença de fractais de movimento de preços, com Tenkan Sen e Kijun indicando ondas ascendentes de menor prazo, enquanto Senkou Span B representa um fractal maior ainda em tendência descendente. Isso explica a dificuldade em romper máximas anteriores.
A interação entre compradores e vendedores em níveis de suporte e resistência complexos tem sido um fator chave na movimentação de preços. A região de 29 mil dólares é vista como um ponto de inflexão potencial, e a “Nuvem” continua a operar como uma grande área de suporte.
Em resumo, o Bitcoin enfrenta um cenário desafiador no curto prazo, com a pressão vendedora predominante ainda presente na estrutura semanal de preços. No entanto, a entrada contínua de capital e a dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas mantêm um cenário otimista a médio e longo prazo.
A análise do Ichimoku demonstra a importância de considerar os fractais e as tendências em diferentes escalas de tempo para obter uma compreensão completa da movimentação de preços.
Agradecimento
Em um mercado tão dinâmico, a análise contínua e a adaptação são cruciais, e estamos aqui para apoiar sua jornada de investimento. Obrigado por sua atenção e confiança. Desejo a todos os investidores sucesso em suas estratégias e decisões futuras.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
A cautela é o nome do jogo dos mercados para esta semana. Os dados do setor empregatício norte-americano deixaram os investidores perdidos e pouco confortáveis com a situação monetária dos Estados Unidos. Por isso, aumenta a pressão sobre os juros do país. Ao mesmo tempo, a retomada das negociações na China, pós-feriado, deve adicionar uma boa volatilidade às ações e criptomoedas, enquanto as tristes tensões geopolíticas em Israel podem conturbar o petróleo. Em meio a isso tudo, o Bitcoin briga na região dos US$ 28 mil, enquanto observa um crescimento da acumulação e, principalmente, do mercado de derivativos da criptomoeda.
Mais um triste capítulo
Pouco mais de um ano após o início da guerra na Ucrânia – que ainda não teve fim – o mundo está vivenciando mais um conflito importante, desta vez em Israel. É extremamente triste ver vidas sendo perdidas, enquanto grupos e governos se digladiam em suas guerras. Mas como uma discussão social e filosófica não é o objetivo do Satoshi Call, vou destacar, além do óbvio, as consequências econômicas que esse conflito pode trazer ao mundo.
Neste caso, estamos falando do petróleo. Israel não é um grande produtor dessa base de energia global. Mas o Irã, que apoia o Hamas, sim! Embora os ataques não estejam ainda localizados nas regiões petrolíferas, especialistas começam a se questionar como a expansão e prolongamento da guerra pode afetar a produção local de combustíveis, assim como possíveis sanções econômicas levem o governo iraniano a fechar suas torneiras ao exterior. Esse receio já elevou o preço do barril em 4% esta manhã.
Com a valorização do petróleo, a tendência é que os custos dos transportes de matérias-primas e produtos finais se elevem, o que impacta diretamente na inflação. Essa pressão é semelhante ao que aconteceu quando a Rússia sofreu sanções econômicas, após invadir a Ucrânia. Como resposta, Vladimir Putin decidiu cortar alguns fornecimentos de gás, aumentando consideravelmente o preço da energia em muitos países europeus.
Isso aqui tá certo?
A expectativa dos investidores em relação aos dados do mercado de trabalho norte-americano deram lugar a uma enxurrada de dúvidas. As informações apresentadas ao longo da semana foram bastante conflitantes, com o Payroll sendo o fiel da balança para “decidir” a situação.
Considerando os números divulgados, a situação empregatícia do país segue bastante aquecida, com quase o dobro – em relação às estimativas – de novos trabalhadores . Isso acaba colocando ainda mais pressão sobre o Federal Reserve, que pode usar a oportunidade para voltar a elevar os juros novamente.
Setembro
Projeção
Agosto
Payroll
336 mil
170 mil
227 mil
Taxa de Desemprego
3,8%
3,7%
3,8%
Jerome Powell, inclusive, realizou um breve discurso na Pensilvânia, na última semana, reforçando que o foco do Banco Central é gerar uma “economia saudável” e um mercado de trabalho “forte”. Essa fala, entretanto, caminha ligeiramente na contramão do que os formuladores de política monetária discutem recentemente. As autoridades apontam que os resilientes empregos tem sido o principal catalisador para a manutenção do aperto monetário.
Apesar dos esforços para um “pouso suave” e evitação de uma estagflação, a realidade é que há poucos sinais de que a economia dos Estados Unidos, de fato, está andando. Os Índices Gerente de Compras (PMIs) Industrial, de Serviços e Composto até vieram em linha ou acima das expectativas dos analistas. Entretanto, não destacam uma melhora significativa e, em alguns casos, apontam um retrocesso. Mas se vale um ponto “positivo” nesta história, é que a desaceleração está justamente na área de Serviços, em que a pressão inflacionária tende a ser maior.
Na contramão de tudo
Na Zona do Euro, a economia está o oposto do que caminha a norte-americana. Enquanto os PMIs ainda apontam uma retração dos principais motores locais, o setor de Serviços permanece em expansão. Com isso, a inflação ao consumidor (CPI) pode ser pressionada para cima, enquanto os dados mostram que os preços ao produtor (PPI) permanecem em recuo.
Setembro
Projeção
Agosto
PMI Serviços
48,7
48,4
47,9
PPI
-11,5%
-11,6%
-7,6%
A taxa de desemprego no bloco também recuou, embora bem pouco. Mesmo assim, mostra que o mercado de trabalho pode estar ligeiramente aquecido. Ou seja, mais um problema para o Banco Central Europeu (BCE) analisar.
Que descanso, hein?
Após uma semana de feriado prolongado, a China, enfim, reabriu seus mercados na última noite, colocando mais lenha na fogueira do volátil mercado financeiro. As expectativas são distintas, com os investidores de olho em como os chineses vão reagir ao gigante rendimento dos títulos do tesouro norte-americano, a crise da incorporadora imobiliária Evergrande, e, claro, a guerra em Israel.
BACEN tá otimista
Os últimos dados econômicos têm mostrado uma certa flutuação no Brasil. O Índice Gerente de Compras Industrial, por exemplo, voltou ao território de contração, o que pode pressionar o setor e as perspectivas do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Em contrapartida, a produção industrial apontou alta de 0,5%, em agosto, contra -1,1% registrado no mês anterior.
Em evento na Associação Brasileira de Câmbio, o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, disse ver com bons olhos o comportamento dos preços de alimentos e bebidas no país. A autoridade monetária comentou ainda que o caminhar da inflação está relativamente dentro das metas do BACEN para este e os próximos anos.
Na luta pelos US$ 28 mil
Após um período de baixas, o Bitcoin esboçou uma recuperação de preços, seguindo até mesmo a perspectiva técnica apontada em Satoshi Calls anteriores. Mas a realidade, é que os US$ 28 mil seguem sendo uma pedra no sapato dos touros, que sentem a pressão dos vendedores neste nível. A narrativa, porém, de que a criptomoeda está operando cada vez mais dentro de seus próprios fundamentos se faz valer, em partes. Afinal, pelo menos até agora, nenhum movimento muito brusco aconteceu ao ativo, diante dos diversos eventos macroeconômicos e geopolíticos recentes.
Olhinho na rede
Dados on-chain mostram o comportamento da rede, a análise da distribuição de oferta mostra o interesse de três grandes grupos de detentores do ativo: carteiras com 10 a 100 BTCs, 100 a 1 mil moedas e 1 mil a 10 mil tokens. De acordo com a Santiment, essas carteiras têm acumulado ferozmente desde o início do mês passado. No total, os registram apontam que tubarões e baleias, juntas, adquiriram um combinado de US$ 1,17 bilhão em Bitcoin, no período.
Operações futuras
Outra forma de medir o apetite dos investidores está no mercado de derivativos. Desde agosto, há um aumento significativo no número de posições abertas de contratos futuros e também de opções. Embora não seja possível medir estratégias, como o mesmo investidor possuindo contratos de compra e venda para reduzir seus riscos, a realidade é que o setor está, de fato, mais aquecido, como aponta o gráfico abaixo.
Entretanto, há uma pequena pista para identificar se o mercado está mais posicionado para compra ou venda, que é o funding rate ou taxa de financiamento. Como mostra a imagem a seguir, a taxa atual está, em média, em 0,003. Isso aponta que os bears ainda são maioria, já que o nível está abaixo do tradicional 0,01%, considerado “neutro”. Mesmo assim, é possível notar que o movimento de alta do funding segue o mesmo comportamento do crescente volume de posições abertas. Assim, pode-se supor que os bulls estão começando a dar mais as caras pelos mercado.
O que dizem os gráficos?
As bandas de Bollinger seguem espremidas, apontando o atual cenário de baixa volatilidade para o Bitcoin. Entretanto, o padrão cup and handle ainda se faz valer, com o preço da criptomoeda estabelecido acima do canal de baixa responsável pela “alça” do desenho, mesmo com o mercado em queda nesta manhã. Em contrapartida, a mediana da banda atuou como uma resistência no fechamento da semana anterior, o que pode dificultar a vida dos bulls no curto prazo e levar o preço do ativo para baixo.
Fonte: TradingView, em 09/10, às 8h29min.
Nos indicadores adjacentes, o MACD continua com o movimento de aproximação de suas linhas, sugerindo que os compradores estão cada vez mais fortalecidos neste momento de mercado. Já o Índice de Força Relativa (RSI), mira os 51 pontos, acompanhando esse ligeiro crescimento dos touros.
Conclusão
O Bitcoin vem mostrando resiliência a certos eventos macroeconômicos. Mas nem por isso é possível se descuidar deles. A retomada das negociações na China pós-feriado, as tensões geopolíticas em Israel e dados inflacionários nos Estados Unidos estão à mão para bagunçar todo o mercado.
Entretanto, a perspectiva de acumulação pré-halving ainda está presente, com as carteiras seguindo seu viés de compras há meses. A retomada de uma situação mais especulativa, com o aumento de posições abertas no mercado de derivativos, pode ser a fagulha que faltava para dar uma movimentação maior no preço do Bitcoin – seja para cima ou para baixo.
Apesar de ser possível encontrar alguns ciclos de desempenho consistentes no mercado de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) ainda reserva espaço para movimentos inesperados. O mais recente deles ocorreu na última semana, com um fechamento positivo em setembro. Este comportamento chama atenção, pois, até então, em apenas duas ocasiões a moeda digital havia encerrado o período com ganhos. Se por um lado a alta evidencia um apetite comprador, do outro, a análise técnica aponta que a pressão de venda ainda é marcante no mercado.
Setembro positivo
No último dia 30, presenciamos um cenário incomum em relação aos últimos anos, com o preço do Bitcoin fechando setembro com uma variação positiva. A negociação da criptomoeda saltou para os US$ 27 mil, impulsionado pela força compradora que se manifestou na semana passada. Isso resultou em um lucro de mais de 4% para os investidores que mantiveram suas posições desde o início do mês.
Este período também marcou o encerramento do terceiro trimestre de 2023. No entanto, este recorte registrou uma variação negativa de 11,3%, revertendo a tendência de alta observada no trimestre anterior.
Amplitude de preços
Ao analisarmos o gráfico de três meses, podemos notar que o preço do Bitcoin se encontra abaixo do valor de abertura do trimestre iniciado em abril de 2023, que era de US$ 28,5 mil. É importante destacar que essa marca representa uma resistência significativa, que merece atenção especial à medida que adentramos o mês de outubro.
Ainda no gráfico trimestral, identificamos um suporte crucial no nível da máxima do trimestre iniciado em julho de 2022, coincidindo com a mesma região de mínima do trimestre iniciado em abril de 2023. Em prazos menores, essa região já foi mencionada em relatórios anteriores como a mínima de junho de 2023, situada em 24,7 mil dólares.
Além disso, observamos duas áreas que o mercado ainda não revisitou. A primeira delas está em US$ 24,7 mil, apontada como a mínima da estrutura local. A segunda encontra-se em S$ 21,5 mil, correspondendo à máxima do trimestre iniciado em outubro de 2022. Embora o preço esteja se afastando gradualmente dessas regiões, é importante ressaltar que esses espaços são conhecidos na análise técnica como “gaps”, caracterizados por uma concentração histórica de ordens.
Em suma, a análise técnica nos fornece informações valiosas para compreender a movimentação de preços do Bitcoin, mas não pode prever sua direção futura com certeza. No entanto, ao estar ciente desses pontos de referência e informações, os investidores estarão mais bem preparados, caso esses cenários se concretizem.
Mas ao longo de sua história, o gráfico trimestral do Bitcoin demonstrou uma tendência de alta consistente, com as quedas sendo, em sua maioria, correções temporárias para permitir novos impulsos de alta. Investidores de longo prazo têm obtido sucesso ao analisar gráficos com intervalos maiores, focando em ganhos exponenciais e não se preocupando com as flutuações de curto prazo.
Capitalização e dominância do Bitcoin
A capitalização e dominância do Bitcoin seguiram o padrão observado em anos anteriores, apresentando um leve aumento na entrada de capital em comparação com o mês anterior. Ao iniciar setembro com uma dominância de 49,15%, o Bitcoin encerrou os 30 dias com 49,82% de domínio. Esse aumento é um indicativo de que os investidores estavam otimistas durante o período, mesmo diante da incerteza em relação à direção dos preços.
Ao analisarmos o gráfico semanal do MarketCap do Bitcoin, podemos observar que o ativo se encontra atualmente em torno de 50,3%. Essa marca está localizada em uma região complexa de suporte, que corresponde a uma grande linha de tendência de alta. Além disso, o Bitcoin está posicionado acima dos equilíbrios de Tenkan e Kijun, indicando um cenário positivo.
No entanto, é importante estarmos preparados para diferentes cenários. Caso a linha de tendência seja rompida para baixo, o próximo ponto de suporte a ser observado estará na projeção de Kijun, situada em 47,57%, e posteriormente na área da “nuvem” de Ichimoku.
Uma análise adicional que podemos realizar é baseada na metodologia de Wyckoff, aplicada ao gráfico semanal do MarketCap do Bitcoin. Notamos que, atualmente, os níveis de dominância estão acima da estrutura estudada como possível acumulação. O próximo passo será observar se teremos uma retomada de alta na capitalização ou uma reentrada na área de valor da estrutura.
Em caso de retomada de alta, estaremos acompanhando a linha de tendência e os pontos de equilíbrio de Tenkan e Kijun como referências importantes. Por outro lado, se retornarmos à região de valor da estrutura, será necessário medir, em um momento oportuno, a intensidade da força com que os suportes serão testados.
Também adicionamos ao gráfico o espelhamento de um possível canal de alta, que nos auxilia na identificação de níveis de capitalização em que o movimento de alta pode ser retomado, caso o cenário de curto prazo envolva uma redução no MarketCap e a subsequente reentrada na estrutura.
Vale ressaltar que a linha inferior de nosso canal de alta coincide com a Senkou Span A, que é uma das linhas que compõem a “nuvem” de Ichimoku. As linhas de equilíbrio do Ichimoku Kinko Hyo sinalizam a possibilidade de uma lateralização no gráfico do MarketCap. As linhas “Tenkan,” “Kijun,” “Senkou Span A” e “Senkou Span B” estão planas, o que geralmente sugere consolidação, com a possibilidade de testes no topo anterior.
Em resumo, a dominância e a capitalização do Bitcoin mantiveram um padrão de leve aumento durante setembro, refletindo um otimismo por parte dos investidores. A análise técnica do MarketCap indica a importância de monitorar a linha de tendência de alta e os pontos de equilíbrio de Tenkan e Kijun, bem como estar preparado para diferentes cenários, incluindo a possibilidade de uma reentrada na estrutura anterior.
Comportamento dos comerciantes
Uma parte fundamental da análise da movimentação de preços do Bitcoin envolve a observação do gráfico mensal, permitindo-nos realizar um comparativo entre os comportamentos de preço e o volume de negociações.
Em setembro, notamos um aumento nos preços, caracterizando um período de alta. No entanto, um detalhe intrigante é que esse mês apresentou um volume de negociações inferior tanto ao mês de agosto quanto ao mês de julho.
Ao descermos para timeframes menores, podemos identificar um aumento constante na entrada de capital e uma demanda significativa que surgiu no final de setembro e início de outubro. No entanto, é importante ressaltar que esses movimentos ainda não estão claramente evidenciados no gráfico mensal.
No “Variação de Mercado” da semana passada, mencionamos a utilidade do indicador Ichimoku Kinko Hyo na previsão de futuros movimentos das principais linhas de equilíbrio. Especificamente, destacamos que a Tenkan Sen subiria a partir de 1º de outubro e estaria posicionada na região dos US$ 25,7 mil.
Com satisfação, podemos confirmar que essa previsão se concretizou. O que agora observamos no gráfico mensal é um novo suporte mais alto na Tenkan Sen, situado na faixa dos mesmos US$ 25,7 mil.
Cruzamentos de médias
Na análise da movimentação de preços do Bitcoin no período semanal, incorporamos os indicadores MACD e Estocástico para fornecer uma visão mais abrangente da situação do mercado.
MACD
O MACD continua a ser uma ferramenta valiosa para avaliar a dinâmica do mercado. Notamos que seu histograma vem fazendo mínimas mais altas desde a semana de 11 de setembro. Apesar de ainda se encontrar abaixo da linha zero, esse cenário é interpretado por grandes investidores como uma maneira de avaliar a pressão dos pullbacks (retrações) para procurar oportunidades de entrada nos gatilhos de retomada.
Um exemplo disso ocorreu na semana de 18 de setembro, quando o mercado testou a Tenkan Sen e, em seguida, retraiu. Grandes investidores estavam aguardando uma diminuição na força dos vendedores no curto prazo, e quando o preço não conseguiu se manter abaixo da mínima anterior, os compradores retornaram com vigor, impulsionando o preço para a região de US$ 28 mil.
Indicador Estocástico
Desde a semana de 11 de setembro, o indicador Estocástico estava saindo de uma região de sobrevenda e se aproximando da marca de 50%. Esse movimento indica uma possível reversão da tendência de baixa e uma recuperação na demanda. O fato de o Estocástico mostrar esse comportamento ao mesmo tempo em que observamos o enfraquecimento dos vendedores é um sinal importante para os investidores, que aproveitaram essa oportunidade de alta.
No momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin estava operando na região de US$ 27,4 mil. Os indicadores técnicos “Tenkan Sen,” “Kijun Sen,” “Senkou Span A” e “Senkou Span B” no gráfico semanal estavam planos. O preço também permanecia dentro da Nuvem de Ichimoku, com a Chikou Span (linha verde) refletindo o movimento de 26 semanas atrás.
Uma informação importante fornecida pela Chikou Span é que aqueles que compraram Bitcoin na semana de 10 de abril e ainda não encerraram suas posições tiveram a oportunidade de entrar em território positivo. No entanto, a resistência representada pela linha Kijun Sen sugere que investidores que estavam presos em suas posições podem optar por encerrá-las, potencialmente provocando uma correção de preço. Portanto, é comum que investidores de curto prazo ajustem seus stops logo após realizar ganhos parciais.
Além disso, é crucial notar que a região de US$ 28 mil, que identificamos como um nível de atenção e resistência, também corresponde à marca de 50% de toda a estrutura lateral observada no gráfico semanal. Essa área provavelmente desempenhará um papel crucial nas decisões futuras dos investidores e na direção dos preços do Bitcoin.
Vai e vem da rede
Agora direcionamos nosso foco para uma análise detalhada dos dados on-chain, que fornecem insights valiosos sobre o comportamento dos investidores de Bitcoin, particularmente aqueles que possuem grandes quantidades do ativo.
O número de endereços com mais de 100 BTCs teve um aumento significativo na semana passada e agora estabilizou. Esse aumento justifica, em grande parte, o movimento de alta que impulsionou o preço do Bitcoin para a região de US$ 28 mil no início de outubro. O avanço no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoin sugere um interesse crescente por parte de investidores com posições substanciais.
Já os endereços com mais de 1000 BTCs também viram um leve crescimento nos últimos dias. Isso indica a possibilidade de que grandes investidores permanecem otimistas. Enquanto isso, carteiras com mais de 10 mil BTCs permaneceram estáveis desde a semana de 04 de setembro.
Vale a pena mencionar que houve um aumento nessa faixa de endereços no início da última semana de setembro, seguido de uma redução no penúltimo dia do mês, trazendo novamente a estabilidade. Inclusive, acompanhamos esses movimentos no gráfico diário durante a semana no Telegram da Foxbit. Isso pode sugerir movimentações estratégicas por parte de grandes investidores nessa faixa.
O indicador SOPR fornece informações importantes sobre a relação entre os gastos recentes de Bitcoin e o preço no momento em que essas moedas foram adquiridas. No fechamento da semana passada, o SOPR conseguiu superar a marca da linha 1, indicando que os investidores que possuem Bitcoin estavam visualizando suas posições em território positivo. Porém após o início da semana a linha principal do indicador voltou a cair.
Distribuição e acumulação
No gráfico diário, continuamos a acompanhar a estrutura de preços de Wyckoff, apoiados pelos pontos de equilíbrio do indicador Ichimoku, que validam regiões cruciais da estrutura de mercado.
O forte impulso de alta registrado em 1º de outubro projetou o preço do Bitcoin para as máximas da estrutura, atingindo a marca de US$ 28 mil. Esse movimento também levou as linhas Tenkan e Kijun para níveis mais altos, o que significa que agora temos regiões de suporte com preços mais elevados.
Uma observação importante é a criação de um “Order Block” nos níveis de preços correspondentes à “AR” (Automatic Rally) da estrutura. Essa região está precisamente entre as linhas Tenkan e Kijun, e coincide com uma “Senkou Span A” do indicador Ichimoku, validando esse nível de preços como um suporte significativo.
Na última segunda-feira, observamos o preço do Bitcoin superando a região de Upthrust de AR (UA), rompendo a máxima da estrutura. No entanto, o mercado encontrou dificuldades em se manter acima desses níveis, indicando uma possível resistência nessa área.
Já na sessão seguinte, fechamos um ciclo temporal de 9 dias desde o início da retomada da alta. Conforme destacado na imagem gráfica, esse ciclo de 9 períodos equivale ao ciclo iniciado em 11 de setembro e encerrado em 19 de setembro. Segundo a teoria do tempo, estudada no Trade System Ichimoku, após a conclusão de ciclos equivalentes, devemos ficar atentos a uma tentativa de reversão ou aceleração do movimento anterior.
No cenário apresentado pelo gráfico diário do Bitcoin, com um volume de negociação mais elevado do que em dias anteriores, é possível que vejamos uma tentativa de “pulback” (retração) para testar o suporte do “Order Block,” onde estão localizados os pontos de equilíbrio de Tenkan e Kijun. Para uma retomada de alta saudável, o volume de negociação deve diminuir durante o movimento de retração de preços e aumentar durante a retomada de alta.
Em caso de continuação da alta, a próxima resistência relevante para o gráfico diário está na região de US$ 29 mil.
Conclusão
Ao longo deste relatório, conduzimos uma análise abrangente da movimentação de preços do Bitcoin, considerando múltiplos indicadores, gráficos de diferentes intervalos de tempo e dados on-chain. As informações apresentadas oferecem uma visão detalhada do cenário atual do mercado de Bitcoin e podem ser resumidas da seguinte forma:
Neste caso, o Bitcoin fechou setembro com uma variação positiva, alcançando a região de US$ 27 mil no final do mês. No entanto, o terceiro trimestre de 2023 apresentou uma variação negativa de 11,3%, revertendo parcialmente o movimento de alta do trimestre anterior. O preço da criptomoeda permanece abaixo da abertura do trimestre iniciado em abril de 2023, que foi de US$ 28,5 mil. A resistência em torno dessa região é um nível crucial a ser monitorado em outubro.
Enquanto isso, a capitalização do BTC aumentou ligeiramente durante o mês, refletindo um otimismo geral dos investidores, apesar da incerteza. A dominância permaneceu estável, encerrando o período em 49,82%. O comportamento desses indicadores é um sinal importante da confiança dos investidores no ativo.
Já a análise técnica semanal demonstra a importância das linhas Tenkan e Kijun como pontos de suporte e resistência. A superação da região de US$ 28 mil é um marco significativo. A presença de uma “Nuvem de Ichimoku” plana sugere possível consolidação no mercado, com a necessidade de testar resistências e suportes-chave.
As carteiras com mais de 100 BTCs refletem ainda um aumento no interesse de investidores com posições substanciais. Ao mesmo tempo, o indicador SOPR indica que os detentores do ativo estão atualmente em território positivo.
Na estrutura de Wyckoff, vemos o suporte dos pontos de equilíbrio do Ichimoku. A criação de um “Order Block” entre as linhas Tenkan e Kijun destaca um suporte relevante. O Bitcoin continua a ser influenciado por uma série de fatores, incluindo a dinâmica dos investidores, eventos macroeconômicos e mudanças regulatórias.
Agradecimento
Em nome da equipe responsável por este “Variação de Mercado”, gostaria de expressar um agradecimento a todos os leitores e interessados que dedicaram seu tempo para examinar estas análises detalhadas.
Sei que o mercado de criptomoedas é dinâmico e desafiador, e sua busca por informações e entendimento demonstra seu comprometimento. Espero que este relatório tenha sido útil e esclarecedor, auxiliando você a compreender melhor o cenário atual do Bitcoin.
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