Há espaço para mais valorização do BTC?

Há espaço para mais valorização do BTC?

A valorização de quase 6% do Bitcoin (BTC) e o pico em US$ 38 mil na última semana evidenciaram a atual e considerável tendência de alta. O preço, porém, se mostra como um nível interessante para os investidores realizarem lucro. Ao mesmo tempo, indicadores técnicos e a teoria de ciclos temporais sinalizam que a correção de valores pode não ser o fim desta alta, com o mercado de criptomoedas podendo ver o BTC renovando suas máximas locais.

 

 

Dinâmica de preços

O ímpeto ascendente do Bitcoin tem chamado a atenção nas últimas semanas, com a criptomoeda de referência chegando a operar próxima dos US$ 40 mil. Ao observar a dinâmica do preço, por exemplo, destaca-se que o fechamento semanal ultrapassou consideravelmente a região de 50% do spread da vela, indicando uma predominância dos compradores no mercado de criptomoedas, com a intenção de buscar a extremidade superior do canal de alta.

Entretanto, à medida que o preço do Bitcoin se eleva e se aproxima da linha superior do canal, há uma diminuição notável no volume de negociações. Esta redução sugere uma escassez na oferta de BTCs nessas faixas de preço, possivelmente desencadeando a realização de lucros por parte dos investidores.

É crucial compreender, então, a interdependência entre oferta e demanda para a continuidade do movimento ascendente da moeda digital. A presença de compradores e vendedores ativos é fundamental para sustentar o equilíbrio do mercado. Quando o volume de negociações diminui, parte dos investidores que estavam focados na compra pode passar a vender para equilibrar essa relação.

Nesse sentido, a análise de ciclos temporais nos dados de preço e volume de negociações se torna crucial. A compreensão dessa tríade – Tempo, Preço e Volume – revela padrões e comportamentos fundamentais do mercado para os investidores.

 

 

Um exemplo desses ciclos temporais pode ser visualizado no gráfico semanal acima, destacando períodos de 10 semanas. Desde novembro de 2022, esses ciclos têm sido observados, marcando momentos significativos de reversão no movimento do preço do Bitcoin. Estes pontos de virada são essenciais para a saúde estrutural do mercado, quando a contraparte enfraquece, levando os formadores de mercado a ajustarem suas posições.

O primeiro ciclo de 10 semanas, iniciado em novembro de 2022, testemunhou um movimento ascendente seguido por uma correção de duas semanas. O segundo ciclo de 10 semanas dentro da estrutura semanal foi um movimento de correção e iniciou na semana de 10 de abril seguindo até a semana de 12 de junho quando o movimento de queda fez uma pausa e os compradores novamente entraram no mercado com o objetivo de retomar a tendência de alta. Porém a tentativa novamente teve redução de volume e o movimento do preço não evoluiu.

Já o terceiro ciclo, a partir de julho de 2023, também refletiu uma fase corretiva que se estendeu até setembro de 2023. A retomada da tendência ascendente foi notada a partir da semana de 11 de setembro. Atualmente estamos na décima semana do ciclo, evidenciando uma redução no volume de negociações.

Persistindo a redução na oferta de Bitcoins, é possível que os formadores de mercado precisem reajustar suas posições, enquanto os investidores buscam realizar lucros, potencialmente desencadeando um movimento corretivo.

A interconexão entre tempo, preço e volume é essencial na análise técnica. Embora não seja possível prever completamente a dinâmica entre oferta e demanda, a compreensão dos ciclos temporais, preço e volume pode preparar os investidores para possíveis correções no mercado.

É relevante ressaltar que, tal como observado no início do movimento ascendente em novembro do ano passado, os ciclos temporais exibiram três ondas de alta em um período de 10 semanas. Atualmente, estamos na sexta semana da terceira onda de alta, e aqui vemos que há uma semelhança com o início dessa tendência em novembro de 2022.

Adicionalmente, na semana passada, completou-se um ciclo de 51 semanas desde a mínima de novembro do ano anterior. Os números 51 e 52 são significativos na teoria do tempo no mercado financeiro, essenciais para a construção do Trade System Ichimoku Kinko Hyo.

Considerando o exposto até o momento neste relatório, é plausível esperar a renovação da máxima de preço do Bitcoin para completar os ciclos de 6 e 10 semanas, possivelmente alcançando os US$ 39 mil, marcando a resistência da linha superior do canal de alta. Contudo, é pertinente antecipar um possível movimento corretivo subsequente.

 

 

Possível realização de lucros

Em caso de possíveis movimentos corretivos no preço do Bitcoin, é imperativo analisar os principais níveis de suporte para compreendermos onde o mercado de criptomoedas poderia reagir significativamente. Para essa avaliação, recorremos à ferramenta de perfil de volume conhecida como Volume Profile, incorporada em nosso gráfico semanal.

Dividimos o Volume Profile em dois grupos de velas, abrangendo as últimas 10 semanas do ciclo temporal atual e as 6 semanas que constituem a terceira onda de alta, conforme mencionado anteriormente.

O uso do Volume Profile proporciona insights sobre os níveis de preço onde ocorreram as negociações com maior intensidade durante esses períodos. Identificamos o Ponto de Controle (POC) das últimas 6 semanas, posicionado em US$ 34,6 mil, que se configura como o primeiro nível de suporte. Essa região de preços coincide com a mínima da semana anterior.

Logo abaixo, em US$ 34 mil, encontramos nosso segundo nível de suporte, representando o limite entre as áreas de maior e menor valor durante o período de 10 semanas. Este nível também corresponde à mínima observada duas semanas atrás.

O próximo ponto de suporte é em torno de US$ 32 mil, que se correlaciona com 50% de um Fair Value Gap (FVG). O FVG indica um desequilíbrio nos preços, favorecendo os compradores, e geralmente atua como uma zona de defesa potencial. Os níveis em torno de US$ 32 mil têm ainda mais relevância devido a ser o último topo significativo rompido durante o movimento do FVG, o que os torna uma referência essencial.

Olhando adiante, a base do Fair Value Gap (FVG) em US$ 30 mil surge como um possível nível de suporte. Essa região não apenas representa a base do FVG, mas também se alinha com os limites entre as áreas de maior e menor valor do Volume Profile das últimas seis semanas.

Esses níveis de preços identificados como potenciais suportes refletem áreas de interesse considerável para as negociações. São regiões onde os investidores podem encontrar um preço considerado justo para a troca de ativos. Em caso de uma correção no preço do Bitcoin, é provável que compradores estejam interessados em defender suas posições nessas áreas.

 

 

 

Até onde o BTC pode ir?

Após identificar os principais níveis de suporte, passamos agora a examinar possíveis níveis de resistência no movimento do preço do Bitcoin, detalhando os pontos críticos que podem influenciar o comportamento do mercado.

O primeiro nível de possível resistência identificado no gráfico semanal está situado em US$ 39 mil. Este patamar corresponde à linha superior do canal de alta, que tem sido observado desde novembro do ano passado. Essa região também coincide com um “nó” de alto volume, identificado por meio da ferramenta de perfil de volume desde a semana de 08 de novembro de 2021 até a presente semana. Este conjunto de dados permite avaliar áreas de interesse para negociações desde o início do grande movimento de queda.

O segundo nível de possível resistência pode ser considerado em US$ 42,2 mil. Esta área representa um nível de retração de 50% de Fibonacci, calculado desde o início da queda na semana de 08 de novembro de 2021 até a mínima registrada na semana de 21 de novembro de 2022. O ponto de retração de 50% deste movimento corresponde a US$ 42,2 mil, também coincidindo com o limite superior do “nó” de alto volume.

O terceiro nível de possível resistência antecipado está em US$ 47,3 mil. Embora esse ponto pareça distante do preço atual, é crucial ter uma visão abrangente do movimento do preço do Bitcoin. Investidores profissionais já estão monitorando essa região devido ao considerável número de confluências de informações presentes nesse nível de preço.

Esse nível de resistência em US$ 47,3 mil se destaca por várias razões. Primeiramente, representa a formação de um topo significativo dentro da estrutura de queda, ocorrido na semana de 28 de março de 2023, gerando um “Order Block” que favoreceu os vendedores naquela ocasião. Além disso, esse ponto específico registra um “nó” de alto volume no Volume Profile, e, não menos relevante, há indícios de possível liquidez e confluências de informações nessa área.

Historicamente, regiões com presença de liquidez tendem a funcionar como pontos de atração para o preço. Investidores profissionais consideram esses estudos de análise técnica para antecipar movimentos e estarem preparados para tomar decisões caso esses cenários se materializem.

 

 

Capitalização de mercado do Bitcoin

Ao analisar o gráfico semanal da capitalização de mercado e da dominância do Bitcoin, observamos uma discrepância importante em comparação com o gráfico semanal de preços.

Notamos que o gráfico do Market Cap teve duas semanas consecutivas de declínio, enquanto o preço do Bitcoin subiu nas últimas duas semanas. Essa discrepância sugere que o aumento no preço do Bitcoin não foi sustentado por um influxo correspondente de capital.

Considerando as reflexões anteriores neste relatório sobre o fechamento dos ciclos temporais e a aproximação do preço ao topo do canal, espera-se que a semana atual ofereça informações importantes para uma definição de preços, especialmente porque os níveis de capitalização e dominância operam em regiões de suporte.

O primeiro fator relevante para a definição de suporte para o Market Cap reside na linha de tendência de alta, parte integrante da base de um amplo canal. O segundo fator é que essa região também coincide com a mesma área que anteriormente servia como um topo resistente, mas foi rompida para cima.

Ademais, a linha Tenkan Sen, representativa do equilíbrio das últimas 9 semanas, também atua nessa mesma região de suporte.

Apesar das duas semanas consecutivas de declínio na capitalização do Bitcoin, o cenário macroeconômico permanece otimista, e correções dessa natureza são consideradas movimentos habituais do mercado.

O desempenho do gráfico do Market Cap nesta semana será crucial para auxiliar na direção do preço do Bitcoin. Os investidores estão atentos para determinar se o fechamento do ciclo de preço será acompanhado por entrada ou saída de capital.

A linha Chikou Span, traçada no gráfico há 26 semanas, apesar de apontar para baixo, continua posicionada acima das velas da capitalização, o que sugere otimismo para o mercado.

Destaca-se que na semana passada, observamos uma vela de queda com um volume de negociações maior do que o visto em semanas anteriores. Se houver a quebra abaixo da mínima do Market Cap da semana passada, a dominância pode buscar os níveis de equilíbrio de 26 semanas na linha Kijun Sen, aproximadamente em 51% de dominância.

A análise se dará em relação ao rompimento ou não, devido ao alto volume de negociações observado. A intensa atividade de negociações na semana passada levanta a questão sobre quem realmente saiu vitorioso dessa batalha, e os movimentos desta semana poderão esclarecer esse ponto.

Através do gráfico de capitalização, identificamos a importância da semana atual no contexto da movimentação de preços.

 

 

 

Divergência de tempos

A divergência identificada em nosso relatório Variação de Mercado da semana passada persiste ao comparar os gráficos diário e semanal, especialmente ao observar os indicadores MACD e Estocástico Lento.

No gráfico semanal, o histograma do MACD permanece acima da linha zero, registrando máximas cada vez mais altas. Entretanto, no gráfico diário, a situação é oposta: o histograma está abaixo da linha zero, mostrando mínimas cada vez mais baixas em intervalos diários.

A linha do Estocástico Lento no gráfico diário sugere a possibilidade de uma busca pela linha de 50% do indicador em um movimento descendente. Enquanto isso, no gráfico semanal, o indicador permanece em uma região de sobrecompra, sugerindo a possível utilização dos níveis de 80 como suporte.

Outro aspecto relevante na comparação entre os dois períodos é o volume de negociações. Enquanto observamos uma diminuição no volume no gráfico semanal, conforme mencionado anteriormente, no gráfico diário, percebemos um aumento no volume na segunda-feira (13) com pressão vendedora.

Essa alta no volume na segunda-feira foi impulsionada por vendedores que possivelmente acreditam em uma correção no preço do Bitcoin. O que merece atenção é se esses vendedores manterão sua influência nos próximos dias ou se a pressão inicial de venda no gráfico diário será contrabalançada por compradores que apostam na continuidade da tendência de alta, podendo levar os preços em direção às resistências previamente mencionadas.

Independentemente disso, até o momento deste relatório, os compradores têm mantido uma postura predominante na estrutura de preços. Uma correção no gráfico diário pode ser interpretada como um movimento natural do mercado dentro desse contexto.

 

Mercado de criptomoedas em alta

Ao analisar o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio), nota-se que a linha principal do indicador está apresentando oscilações consistentes acima da linha 1.

Essas oscilações sugerem que investidores podem estar realizando lucros com suas posições de Bitcoin. É importante observar que o indicador SOPR oferece insights relevantes sobre o comportamento dos investidores, especialmente no que diz respeito à realização de lucros ou perdas em suas negociações.

Uma análise significativa a ser feita nas próximas semanas está relacionada à possibilidade de o indicador produzir movimentos abaixo da linha 1. Isso indicaria uma potencial entrada de nova demanda no mercado, sinalizando uma continuidade da tendência de alta.

O posicionamento atual da linha principal do indicador SOPR, combinado com a análise técnica do preço, pode fornecer esclarecimentos sobre o comportamento dos investidores. Isso é particularmente relevante, considerando a divergência nos movimentos observados nos gráficos de preços em períodos semanais e diários.

Até o momento, com base no SOPR, sugere-se que o mercado está em uma fase onde os investidores estão realizando lucros. Este dado pode ser uma das peças-chave para entender o contexto atual do mercado de Bitcoin.

 

 

Conclusão

A análise abrangente da movimentação do preço do Bitcoin ao longo das últimas semanas revela um panorama complexo e multifacetado. A valorização de aproximadamente 6% na última semana impulsionou o preço para uma nova máxima em torno de 38 mil dólares. No entanto, observamos uma série de divergências e indicadores que sugerem possíveis desafios à tendência de alta.

Ao examinar a ação do preço, identificamos um fechamento semanal acima da região de 50% do spread da vela, indicando uma predominância dos compradores e um possível movimento em direção ao topo do canal de alta. Entretanto, a redução no volume de negociações sugere uma diminuição na oferta de Bitcoins nessas faixas de preço, o que poderia desencadear realizações de lucro por parte dos investidores.

A análise de ciclos temporais revela a recorrência de movimentos em períodos de 10 semanas desde novembro de 2022, delineando ciclos de alta e correção. Estamos atualmente na décima semana do ciclo, com a diminuição do volume de negociações indicando um possível momento de inflexão.

Ao considerar os níveis de suporte e resistência, o Volume Profile aponta para áreas-chave de interesse para negociação. Os níveis de suporte em torno de US$ 34,6 mil, US$ 34 mil e US$ 32 mil foram identificados, enquanto as resistências potenciais situam-se em US$ 39 mil, US$ 42,2 mil e US$ 47,3 mil, coincidindo com pontos relevantes de volume e histórico de preços.

A análise comparativa entre os gráficos diário e semanal, juntamente com indicadores como MACD, Estocástico Lento e SOPR, revela divergências notáveis. Enquanto o gráfico semanal sugere uma possível continuidade da tendência de alta, o gráfico diário indica sinais de realização de lucros por parte dos investidores.

Em resumo, a semana atual desempenha um papel crítico na definição dos movimentos futuros do Bitcoin. A divergência entre os prazos e indicadores sugere uma fase de indecisão no mercado. É vital monitorar o comportamento do volume de negociações e a reação dos investidores diante dos níveis de suporte e resistência para determinar a direção provável dos preços.

Neste contexto, embora os compradores ainda mantenham a estrutura predominante, é essencial considerar a possibilidade de correções naturais do mercado. A observação atenta dos próximos movimentos será crucial para a tomada de decisões estratégicas no cenário do Bitcoin.

 

 

Agradecimento

 

Gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos os leitores deste relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Agradeço por dedicar seu tempo e atenção para analisar e considerar as informações detalhadas aqui apresentadas.

Compreendo a importância de se manter informado e atualizado sobre o mercado de criptomoedas, e espero que este relatório tenha sido uma fonte útil.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

ETF esquenta BTC, que vê sinais de correção

ETF esquenta BTC, que vê sinais de correção

O otimismo prevalece pelos lados do Bitcoin (BTC), que subiu quase 6% no fechamento da última semana e inicia esta segunda-feira (13) negociado a US$ 36,8 mil. Apesar dos conturbados movimentos econômicos dos Bancos Centrais, os ETFs dominaram as ações dos investidores, que passaram a ver uma possível entrada robusta de capital institucional. Com a bolsa de Chicago (CME) se tornando o maior mercado de derivativos da criptomoeda do mundo, o apetite de grandes empresas se torna inegável, colocando o BTC em uma posição privilegiada há poucos meses do próximo halving.

 

 

Riscos e volta atrás

As constantes flexibilizações de gastos e a impressão de dinheiro estão cobrando seus custos. A agência de classificação de risco Moody’s cortou sua expectativa sobre o crédito norte-americano de estável para negativa. Afinal, o país vai precisar de uma nova rodada de discussões para evitar uma nova paralisação dos serviços federais essenciais já no próximo dia 17. A corda, portanto, segue puxando, criando dúvidas sobre como o governo vai arcar com seus compromissos.

Já o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, teve seus famosos “5 minutos”. Nas últimas declarações, o mandatário do Banco Central norte-americano havia dito que a política monetária do país talvez já estivesse suficientemente apertada e por isso, era bem provável que novos aumentos de juros não fossem mais necessários. 

O mercado, claro, comemorou, com a famosa garrafa de puro investimento de risco. Nem mesmo o posicionamento de outros representantes do FED contradizendo Powell foi o suficiente para encerrar a festa. Porém, com a caixa de som ainda bombando, ninguém esperava que tudo isso mudaria em apenas dois dias.

Em um debate sobre a situação econômica dos Estados Unidos, na última quinta-feira, Jerome Powell simplesmente mudou o discurso. Agora, ele citou a necessidade de cautela e que o FED não vai se privar em subir os juros se julgar necessário. Acha pouco? Ele disse ainda que talvez a política monetária do país não esteja restrita o bastante.

Mudar de opinião faz parte. Porém, não teve nenhum dado relevante que alterasse tanto o discurso. A realidade é que a volatilidade que a gente vê nas criptomoedas parece estar presente também nos representantes monetários norte-americanos. 

Para o Bitcoin, o tom mais dovish – flexível – foi positivo, abrindo espaço para uma especulação de preços mais agressiva. Mas, apesar da correção com o fim da euforia e o “sentença” hawkish – restritiva –, a criptomoeda teve uma correção muito pequena de preços. Ao mesmo tempo, o ativo digital pouco se movimentou com o risco sobre a economia norte-americana. Com isso, pode-se entender que o mercado de criptomoedas está mais maduro e resiliente a essas pressões – inclusive, falaremos sobre isso mais à frente.

 

 

 

Falta muita força

Quem está pouco volátil, mas com uma tendência de baixa significativa é a economia da Zona do Euro. O bloco viu seu Índice Gerente de Compras (PMI) recuar para 46,5 – o menor nível dos últimos três anos. O indicador praticamente crava os pés em território de retração, ligando um bom sinal de alerta. Mas calma, pois nem tudo são problemas. Afinal, se tem algo que está mostrando sinais de controle é a inflação ao produtor (PPI), que segue em retração.

É interessante observar que, em relação às criptomoedas, a Europa não é a região que mais se destaca. Mas a falta de força da economia local – coincidentemente ou não – acompanha um crescente desenvolvimento e procura por fundos regulamentados que envolvam Bitcoin e outros ativos digitais. Assim, enquanto os Estados Unidos arrastam seu ETF, integrantes da Zona do Euro parecem mais avançados neste sentido, o que pode indicar uma preferência por outra classe de ativos no atual momento de fragilidade.

 

 

Pausa para respirar

Responsável pela produção de boa parte da matéria-prima do mundo, a China vem sentindo a pressão dos mercados externos, com mais uma contração em suas exportações. Na contramão, porém, as importações subiram no último mês. Essa redução na demanda, porém, parece estar beneficiando a inflação ao produtor (PPI), que recuou 2,6% no último mês.

Sendo a segunda maior economia do mundo e também segundo maior mercado ativo de criptomoedas, a China é um grande impulsionador ou depressor dos preços do Bitcoin. A situação econômica relativamente mais estável – principalmente comparada à Europa – tem mantido um equilíbrio entre renda fixa e participação de riscos. Mesmo com a proibição das criptomoedas por lá, as exchanges descentralizadas continuam mantendo o país como um dos maiores expoentes do setor cripto.

 

 

 

Recuperando terreno

Pelo Brasil, a economia mostrou que os últimos dados de baixa podem não ter passado de um respiro. O PMI de Serviços se recuperou da queda em setembro e alcançou 51,0 em outubro, totalmente em território de expansão, mesmo que modesta. Já a inflação deu avançou 0,24%, acumulando 4,82% nos últimos 12 meses. O grande responsável? As passagens aéreas. Porém, a queda nos preços da gasolina ajudaram a frear um pouco o avanço.

 

Para além dos indicadores, o Senado aprovou a reforma tributária. Entre as mudanças, estão a unificação de tributos, uma trava para impedir um aumento da carga e até cashback para famílias de baixa rende. Agora, o congresso vota a sequência do documento.

 

Uma pesquisa recente da Chainalisys mostrou que o Brasil ocupa a nona colocação no ranking global de adoção das criptomoedas. De fato, este mercado está aquecido no país, com as stablecoins apresentando um papel importante para a economia. Em relação à movimentação do Bitcoin, nosso país ainda não tem força para movimentar de forma substanciosa os preços. Mesmo assim, a economia controlada abre a chance para investimentos mais arrojados.

 

 

Primavera cripto

O mercado de criptomoedas vem apresentando um desenvolvimento interessante. O Bitcoin disparou seu preço, triscando os US$ 38 mil – valor não visto desde maio de 2022. O desempenho positivo parece sustentar bem a tendência de alta da criptomoeda de referência. O que de um lado positivo, pois mantém os investidores animados, mas levanta o tradicional alerta para correções, já que nenhum mercado sobe em linha reta.

 

 

ETFs vem ou não?

Se tem alguém que está ajudando o Bitcoin são os ETFs. A Bloomberg divulgou o calendário da Comissão de Valores Mobiliário dos Estados Unidos (SEC) com os próximos deadlines para a decisão dos 12 pedidos do fundo regulamentado em bolsa da criptomoeda. Todos eles estão marcados, no máximo, até a próxima sexta-feira (17).

 

O otimismo, porém, merece uma dose de racionalidade. E desculpem por isso! Mas como observamos na imagem, há ainda a possibilidade de mais dois deadlines, caso os reguladores norte-americanos assim desejarem. Então, muito bacana, temos datas, mas digamos que a galera de lá não está no maior dos piques para analisar estes documentos. Ou pelo menos não estavam.

Fato é que além do ETF de Bitcoin à vista, a BlackRock também jogou mais lenha na fogueira, com um fundo exclusivo para Ethereum (ETH). O produto ainda está com análise pendente, mas foi o suficiente para colocar o ETH acima dos US$ 2 mil mais uma vez e trazer mais capital para o mercado de criptomoedas.

 

 

 

Institucionais nos derivativos

Os ganhos recentes do Bitcoin também seguem uma perspectiva interessante no mercado de derivativos. Para se ter uma ideia, a bolsa de valores de Chicago (CME) se tornou o maior mercado de negociação de contratos futuros de Bitcoin do mundo, superando qualquer outra bolsa, inclusive exchanges de criptomoedas. 

Alguns especialistas, inclusive, destacaram que este, sim, é o verdadeiro marco da adoção institucional dos criptoativos. A narrativa se faz valer com os dados da glassnode, que colocaram o mercado norte-americano como o maior consumidor e negociador de criptomoedas do mundo, seguido por Ásia e Europa.

 

 

Transações cautelosas

Apesar da alta de preços, uma dose de cautela não faz mal a ninguém. Até porque, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, correções não só são processos naturais, como muito saudáveis para o mercado. Ao olhar para os dados on-chain, essa perspectiva de cuidado ganha mais corpo.

A reserva de Bitcoin nas exchanges segue seu viés de baixa de meses atrás, mas mostrou um pico de alta interessante. Este salto pode indicar que alguns investidores estão esperando a oportunidade para realizar seus lucros.

Fonte: CryptoQuant

 

Parte deste aumento nos depósitos pode estar vindo dos mineradores, que viram suas reservas caírem nos últimos dias. Este tipo de comportamento é comum para períodos pré-halving, enquanto os mineradores tentam aproveitar ao máximo a oportunidade para empilhar a criptomoeda e preparar as contas para um período em que menos BTCs estarão disponíveis.

Fonte: CryptoQuant

 

 

 

Entre suportes e resistências

Na análise gráfica semanal, o Bitcoin fechou sua quarta semana consecutiva de ganhos, rompendo o decote mais baixo do último padrão de ombro-cabeça-ombro (linhas azuis pontilhadas). Ao mesmo tempo, o preço rasgou a média superior da banda de Bollinger, o que pode coincidir com a necessidade de um ajuste de preços.

Caso se sustente acima dos US$ 37 mil, o próximo alvo seria a região dos US$ 42 mil e US$ 43 mil, o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro. Caso os bulls percam força, um teste próximo à última grande resistência (linha preta e topo do cup and handle) e da mediana da banda de Bollinger, em US$ 30 mil, poderia ser a válvula de escape.

Fonte: GoCharting, em 13/11/2023, às 8h45min.

 

Já nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mostrando a força dos bulls nas últimas semanas. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta os 73 pontos, praticamente dentro do território de sobrecompra.

 

 

Conclusão

O amadurecimento do mercado de criptomoedas é evidente, e o apetite institucional está maior do que nunca. Com os volumes mais altos de negociação e a expectativa de uma entrada de capital cada vez maior, o Bitcoin vai se posicionando de maneira muito positiva para o próximo halving, estimado para abril do ano que vem.

Mais uma vez, porém, nenhum mercado sobe em linha reta. Por isso, cautela nas operações. Correções são normais e devem fazer parte do gerenciamento de risco de cada investidor. Como a análise técnica mostra, há espaço para o preço do BTC se desenvolver para ambos os lados. E é essa dualidade que pode pegar traders de surpresa.

O que podemos aprender com VC

O que podemos aprender com VC

Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano azul das criptomoedas.

Hoje, nós vamos falar de um tema que tem capturado nossa atenção no mercado crypto: o investimento de capital de risco – famoso VC.

À medida que a era digital se desdobra diante de nossos olhos, duas frentes têm se destacado notavelmente: o capital de risco (VC) e as criptomoedas. Mas, o que acontece quando traçamos paralelos entre essas duas dinâmicas?

Vamos desvendar e entender como os VCs investem em estágios cruciais, como Anjo, Seed e Pré-Seed, e lançar luz sobre as lições que os investidores de criptomoedas podem extrair dessas estratégias.

Afinal, quando investimos em criptomoedas e tokens, estamos investindo em startups em seus estágios iniciais.

Respire fundo, abra sua mente e vamos juntos nesta imersão! 🌐💼🚀

🤔 Vamos começar do começo

Se você não entendeu nada, vou traçar um raciocínio. No mundo das startups, o investimento de capital de risco (VC) é um elemento fundamental. Startups inovadoras, frequentemente recorrem ao capital de risco para financiar suas operações, crescer e atingir a maturidade. 

Tradicionalmente, investir em startups promissoras nas fases Anjo, Seed ou Pré-Seed tem sido um privilégio reservado para um círculo seleto: os investidores qualificados. 

Estes são indivíduos ou entidades que possuem a experiência, conhecimento e, muitas vezes, o capital substancial necessário para mergulhar nas águas, às vezes turbulentas, das startups em estágio inicial. 

Essa exclusividade muitas vezes deixa de fora pequenos investidores, que são igualmente apaixonados por inovação e desejam contribuir para o nascimento de novas soluções tecnológicas.

Então, entra o revolucionário mundo das criptomoedas.

 

✏️ Tokenização já começou e faz tempo!

Com o surgimento da Oferta Inicial de Moedas (ICO), e seus sucessores, como a Oferta Inicial de Exchange (IEO) e a Oferta Inicial Descentralizada (IDO), as barreiras tradicionais começaram a ser desafiadas. 

Estes mecanismos inovadores de financiamento introduziram uma abordagem democratizada ao investimento, permitindo que uma gama mais ampla de investidores participasse do nascimento e crescimento de projetos inovadores. 

Por meio da tokenização, empresas e projetos podem levantar capital vendendo tokens ou moedas, muitas vezes representando uma participação ou direito no projeto, para um público global.

Esta disrupção não apenas ampliou o acesso ao financiamento para startups em estágio inicial, mas também abriu as portas para que entusiastas, pequenos investidores e a comunidade em geral tivessem um papel ativo no suporte e direcionamento de inovações futuras. 

Em essência, o mundo das criptomoedas está redefinindo o que significa ser um “investidor” e como o capital é levantado e distribuído na era digital. A democratização do investimento, trazida pela revolução das criptomoedas, é, sem dúvida, uma faca de dois gumes. 

Por um lado, oferece oportunidades sem precedentes para investidores que anteriormente eram excluídos do círculo interno do capital de risco. Por outro, levanta uma questão pertinente: como o investidor médio, sem a experiência de investir em startups, pode navegar com segurança neste terreno notoriamente volátil e complexo?

💡 Vamos aprender com quem já fez

Para entender como os VCs operam, primeiro é importante reconhecer as fases de investimento:

  • Investimento Anjo: São os primeiros investidores de uma startup. Normalmente, são indivíduos que oferecem capital em troca de participação acionária ou dívida conversível.
  • Seed (Semente): Esta é a fase inicial, onde a startup já tem um protótipo ou MVP (Produto Mínimo Viável) e precisa de financiamento para desenvolvê-lo mais.
  • Pré-Seed: Uma fase ainda mais prematura que a Seed. Pode nem haver um produto, apenas uma ideia ou conceito.

 

Temos outras diversas fases como Series A, B, C, IPO, mas não cabe nesse momento. Vamos focar nesses 3 estágios iniciais.

Após conversas aprofundadas com diversos VCs e investidores especializados em fases iniciais, entendi suas estratégias centrais que guiam suas decisões de investimento. 

E, ao que parece, o sucesso no mundo do capital de risco não é fruto do acaso, mas sim de uma combinação meticulosa de princípios e táticas. Aqui estão as principais estratégias que eles enfatizaram:

 

  1. Diversificação: Como o antigo ditado diz, “não coloque todos os seus ovos em uma única cesta”. A diversificação é essencial para mitigar riscos. Ao espalhar investimentos por várias startups e setores, os investidores podem aumentar a probabilidade de ter pelo menos algumas apostas vencedoras que compensam aquelas que não vingam. A regra “1 em 10”: de 10 investimento apenas 1, dará retornos expressivos.
  2. Pesquisa: O investimento em startups não é um jogo de adivinhação. Exige uma análise rigorosa, diligência prévia e uma compreensão profunda do mercado-alvo, da solução proposta e do cenário competitivo. Muitos VCs investem quantidades significativas de tempo e recursos para entender completamente o potencial de uma startup antes de comprometer capital.
  3. Timing: Entrar muito cedo pode ser arriscado, mas entrar tarde demais pode significar perder uma oportunidade dourada. O timing é tudo. Determinar o momento certo para investir – quando uma startup está posicionada para crescer, mas ainda não atingiu seu pico de valorização – é uma arte que os melhores VCs dominam.
  4. Pessoas: No final das contas, as startups são feitas por pessoas. E é a equipe por trás de uma ideia que frequentemente determina seu sucesso ou fracasso. Investidores experientes olham não apenas para o produto ou serviço, mas também para a equipe fundadora, sua visão, paixão, experiência e capacidade de adaptar-se e superar desafios.

 

Aí fica a pergunta: Você está fazendo isso?

Além disso, os fundos também olham a inovação da tecnologia, o tamanho e a potencial adoção do mercado são considerados, o cenário competitivo e entender o diferencial do projeto entre muitas outras informações.

 

⚠️ Alguns fundos e suas teses


1. Sequoia Capital

Grandes Investimentos: Apple, Google, Oracle, PayPal, LinkedIn, WhatsApp, Airbnb e muitos outros.

Lógica do Investimento: A Sequoia costuma procurar empresas que estão definindo ou redefinindo uma indústria. Eles têm um foco intenso na equipe fundadora, acreditando que grandes times constroem grandes empresas.

 

2. Andreessen Horowitz (a16z)

Grandes Investimentos: Facebook, Pinterest, Lyft, Slack, Coinbase, entre outros.

Lógica do Investimento: a16z busca inovação tecnológica e disrupção. Eles também são conhecidos por oferecer serviços de valor agregado aos fundadores, como ajuda com contratações, marketing e estratégia.

 

3. Accel Partners

Grandes Investimentos: Facebook, Spotify, Dropbox, Flipkart, Slack, entre outros.

Lógica do Investimento: Accel foca em startups que têm o potencial de se tornar marcas líderes. Eles acreditam em um enfoque hands-on, construindo parcerias profundas com fundadores para ajudá-los a crescer.

 

4. Benchmark

Grandes Investimentos: eBay, Twitter, Uber, Snapchat, WeWork, entre outros.

Lógica do Investimento: Benchmark procura empresas que têm potencial para dominar uma categoria. Eles valorizam a simplicidade e buscam startups que possuem uma proposta de valor clara.

 

5. Kleiner Perkins

Grandes Investimentos: Amazon, AOL, Compaq, Electronic Arts, Google, Netscape, Sun Microsystems, entre outros.

Lógica do Investimento: Kleiner Perkins procura inovações que vão mudar o mundo. Eles buscam mercados grandes que estão prontos para uma transformação tecnológica.

 

⚠️ Fundos cryptos para você monitorar

 

Vale lembrar que muitos fundos de VC estão agora ativamente investindo no mercado crypto e se um projeto passou pela due diligence deles, você deveria olhar. 

Vou deixar uma lista para você fazer o trabalho de casa e acompanhar esses players.

Pantera Capital: Focado principalmente em ativos digitais e blockchain, é um dos fundos mais antigos e respeitados neste nicho.

Andreessen Horowitz (a16z): Um dos primeiros a adotar o mercado crypto. Seu fundo crypto se concentra em projetos inovadores em blockchain e criptomoedas.

Polychain Capital: Conhecido por investir em projetos inovadores no espaço de cripto.

Paradigm: Fundado por ex-membros da Coinbase e Sequoia Capital, este fundo foca em criptomoedas e blockchains.

Galaxy Digital: Fundado por Mike Novogratz, este é um banco de comerciantes dedicado a ativos digitais.

Blockchain Capital: Como o nome sugere, eles se concentram em projetos e empresas que operam no espaço blockchain.

Placeholder: Um fundo de capital de risco que investe em redes descentralizadas e protocolos de informação.

Electric Capital: Este fundo se concentra em moedas digitais e empresas em estágio inicial no espaço blockchain.

Dragonfly Capital Partners: Focado em investimentos em ativos digitais em todo o mundo.

CoinFund: Um fundo diversificado que investe em tecnologias de blockchain, moedas digitais e outros projetos relacionados.

Sequoia Capital: Outro fundo líder, investindo em várias startups de alto potencial.

Union Square Ventures: Investe tanto em startups tradicionais quanto em empresas blockchain.

 

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news. Nesta edição exploramos a intersecção entre o mundo das criptomoedas e o investimento de capital de risco, destacando as estratégias e práticas que têm moldado o cenário de startups e inovações tecnológicas. 

Ao entender como os VCs operam e ao observar as tendências emergentes no mercado de criptomoedas, os investidores estão melhor posicionados para tomar decisões informadas e capitalizar oportunidades. 

À medida que o mundo digital continua a evoluir, é essencial permanecer atualizado, adaptar-se às mudanças e aprender com os líderes do setor. A jornada no universo das criptomoedas é repleta de desafios, mas também de oportunidades inigualáveis. 

Mantenha-se informado, invista com sabedoria e continue navegando pelas águas dinâmicas do mercado crypto.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Até a próxima edição!

 

 

 

Bulls com patas de diamante

Bulls com patas de diamante

Os bulls estão mostrando sua força na reta final de 2023, mantendo o Bitcoin (BTC) acima dos US$ 35 mil e impedindo uma típica correção de preços de períodos de forte alta. Com isso, o mercado pode se deparar com a difícil decisão de ser otimista ou pessimista demais. É nesses momentos que a análise técnica e on-chain ajudam a guiar você para decisões mais embasadas, mitigando os riscos e posicionando suas operações de forma mais assertiva.

 

 

A tendência é de alta

Desde novembro de 2022, uma tendência de alta tem se desenvolvido no Bitcoin, criando um canal ascendente de movimentação de preços. Para identificar a formação deste espaço, traçamos uma linha conectando as mínimas da semana de 21 de novembro de 2022 com a mínima da semana de 11 de setembro de 2023. Já a linha superior do canal foi projetada a partir da máxima da semana de 31 de outubro de 2022 e se alinhou de forma precisa com a máxima da semana de 19 de junho de 2023.

Essa ferramenta de canal nos fornece um nível de 50% entre as mínimas e máximas selecionadas. Após a aplicação do canal de alta, observamos que o nível de 50% atuou como suporte e resistência intermediária ao longo da tendência de alta.

Recentemente, o nível de 50% que atuava como resistência foi rompido de forma agressiva, aumentando a probabilidade de que o preço seja projetado para o topo do canal, onde encontramos uma região de preços de aproximadamente US$ 39 mil. Teoricamente, a linha do topo do canal pode funcionar como uma resistência significativa, uma vez que historicamente tem sido respeitada.

De acordo com os princípios da análise técnica, um rompimento da linha superior do canal pode sugerir que o preço está sobrecomprado, levando alguns investidores a realizarem lucros, o que por sua vez poderia resultar em um recuo na movimentação de preços. Isso foi evidenciado anteriormente no histórico deste canal, como visto entre as semanas de 13 de março e 17 de abril deste ano.

Como suporte inicial dentro desta estrutura, podemos considerar a linha de 50% do canal de alta, pois esses níveis de preço foram relevantes em várias ocasiões durante a tendência ascendente.

 

 

 

Lado a lado

 

Também observamos semelhanças entre a ação do preço atual e a ação do preço no início do canal. Em novembro de 2022, quando a alta começou, foram necessários três movimentos ondulares para que o preço alcançasse os níveis de preço no topo do canal. Um padrão semelhante foi observado no início da atual tendência de alta, que começou na semana de 11 de setembro.

Ao analisar a ação de preços, é fundamental levar em consideração o volume de negociação. Em ambos os períodos comparados, notamos um aumento no volume no início de cada terceira onda, com as velas apresentando movimentos de preços significativamente maiores em comparação com as ondas 1 e 2.

Neste contexto, também podemos observar a possível influência de um ciclo temporal, relacionando os dois períodos analisados. Por exemplo, na onda 1 no início do canal, tivemos um padrão de quatro velas entre a mínima e a máxima do movimento. A onda 2 foi composta por duas velas entre a máxima e a mínima, e a onda 3 durou seis velas antes de uma correção no preço. 

No movimento atual, observamos que as ondas 1 e 2 são semelhantes em termos de períodos temporais. Dessa forma, a onda 3 do movimento atual, que atualmente está em sua quinta vela, pode se estender até seis velas, sugerindo uma possível continuação da tendência de alta na próxima semana.

 

 

Em busca de equilíbrio

Se o canal está construído, vamos, agora, analisar as informações das linhas de equilíbrio do Ichimoku no gráfico semanal, fornecendo insights sobre a tendência de preços do Bitcoin.

Uma observação inicial do gráfico revela que o preço está atualmente posicionado acima da região da “Nuvem” do Ichimoku, o que sugere um cenário positivo para o Bitcoin. A “Nuvem”, representada na coloração azul claro na imagem, é formada por duas linhas de equilíbrio essenciais.

 

A primeira delas é a Senkou Span B, que avalia os últimos 52 períodos, a partir da semana atual. A Senkou Span B, projetada para 26 períodos no futuro, continuará apontando para cima se o preço renovar as máximas da estrutura atual. Esse sinal indicaria um domínio total dos compradores sobre o mercado. Caso contrário, se o preço não atingir novas máximas, a Senkou Span B deve permanecer plana, marcando um nível de suporte na região de US$ 25,7 mil.

A segunda linha que compõe a “Nuvem” futura é a Senkou Span A, que avalia o equilíbrio entre 9 e 26 períodos de Tenkan e Kijun. Esta linha também aponta para cima, confirmando a tendência de alta da “Nuvem” futura. Essa indicação sugere que, em um contexto mais amplo, o cenário é favorável para investidores que estão posicionados para a compra a longo prazo.

O movimento ascendente da Senkou Span A é reflexo de toda a alta de preços que começou em março de 2023. A imagem a seguir ilustra esse reflexo. Nesse contexto, os operadores de Ichimoku devem interpretar que qualquer movimento de queda nos preços pode ser considerado uma correção da tendência de alta vista no gráfico semanal. 

Para que essa retração seja avaliada como uma possível reversão de tendência, a Senkou Span A deve ser rompida para baixo. No entanto, antes de considerar uma reversão de tendência, será necessário realizar uma análise mais aprofundada da estrutura de preços.

As linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos (Tenkan e Kijun) estão atualmente planas, mas caso o preço renove as máximas da estrutura de preços, essas linhas apontarão para cima. Atualmente, elas estão se movendo em uma mesma região de preços. Enquanto o valor do ativo continuar a estabelecer novas máximas na estrutura local, os pontos de equilíbrio de 9 e 26 períodos continuarão a se renovar para cima, sinalizando que os compradores não apenas renovam máximas, mas também conseguem ajustar seus níveis de suporte para cima, mantendo assim uma gestão saudável.

A linha Chikou Span do Ichimoku, que representa o preço atual deslocado 26 períodos no passado, permanece dentro da “Nuvem.” Nesse cenário, a Chikou Span enfrenta uma resistência da Senkou Span B que precisa ser superada para que o preço atual tenha maior liberdade de movimento ascendente.

Apesar de vários indicadores sinalizarem continuidade na tendência de alta do preço do Bitcoin, a Chikou Span permanece em uma zona que sugere uma correção de curto prazo.

 

 

 

Possível descapitalização

Para uma análise mais aprofundada, vamos examinar o movimento ascendente do Market Cap do Bitcoin e considerar a possibilidade de uma correção em meio à entrada e saída contínua de capital. Embora o cenário permaneça positivo, é natural que ocorram períodos de correção em um mercado volátil como o das criptomoedas.

A linha de 50% do canal de alta, que temos acompanhado em relatórios anteriores, continua sendo um nível significativo de suporte. Esta região coincide com os mesmos níveis de dominância que foram recentemente rompidos para cima.

De acordo com a análise técnica, quando uma região de suporte ou resistência é rompida, é comum esperar um teste dos mesmos níveis para confirmar o sucesso do rompimento. No contexto atual do Market Cap do Bitcoin, o que estamos observando pode ser uma correção destinada a realizar esse teste mencionado.

É fundamental que os investidores estejam vigilantes no caso de um rompimento na direção oposta ao movimento anterior, pois isso poderia resultar no acompanhamento do preço do Bitcoin pelas consequências de uma queda na capitalização de mercado.

No entanto, ainda existem razões para otimismo e confiança entre os investidores. As linhas de equilíbrio do Ichimoku estão atualmente abaixo dos níveis de dominância e podem atuar como suporte relevante. Além disso, a “Nuvem” projetada no futuro no gráfico semanal do Market Cap ainda é positiva, com a Chikou Span acima dos níveis de capitalização. Todos esses fatores sugerem a possibilidade de uma retomada na entrada de capital.

É importante destacar que a redução na dominância do Bitcoin tem impulsionado o mercado de altcoins, proporcionando um cenário de alta em várias delas. Portanto, mesmo com uma pausa no movimento de alta do Bitcoin, o mercado de criptomoedas como um todo continua dinâmico e aquecido.

 

 

Limpando arestas

Vamos expandir nossa análise ao examinar o gráfico diário e verificar se o contexto de movimentação de preços está alinhado com o que observamos em períodos mais longos. Realizar uma comparação entre os gráficos diário e semanal nos proporciona uma visão mais abrangente da situação atual.

Enquanto identificamos um domínio de investidores que atuam na compra no gráfico semanal, observamos que, no intervalo diário, o indicador MACD (Moving Average Convergence Divergence) posicionou seu histograma abaixo da linha 0. Essa informação do MACD indica que o preço do Bitcoin no gráfico diário está consolidando e enfrentando dificuldades para superar as máximas da estrutura.

Simultaneamente, o indicador estocástico lento, que mede as oscilações de preço, iniciou um movimento descendente no gráfico diário, saindo de uma região de sobrecompra e se aproximando dos níveis de 50% do indicador. Vale ressaltar que tanto o MACD quanto o estocástico lento no gráfico semanal continuam a apontar para cenários positivos. Portanto, investidores estão monitorando de perto as reações de preço quando a linha do estocástico lento se aproximar dos níveis de 50%. Esse será o primeiro ponto de interesse na ferramenta de análise técnica. 

O segundo ponto relevante a ser observado no estocástico será quando a linha do indicador se posicionar abaixo de 20, indicando uma região de sobrevenda. A análise desses dois momentos deve ser feita em conjunto com a ação do preço. Na prática, os investidores estarão procurando por gatilhos de entrada na compra com base nessas análises.

Em resumo, ao examinar os dois intervalos de tempo, notamos uma clara divergência entre o gráfico semanal e o diário. Enquanto o gráfico semanal sugere um cenário de alta contínua, o gráfico diário apresenta sinais de consolidação e possíveis correções. Essa divergência pode ser um ponto de atenção para os investidores, uma vez que a sincronia entre os diferentes prazos pode afetar o deslocamento do preço.

 

 

 

Rede pré-halving

A partir de agora, iremos explorar o indicador MVRV (Market Value to Realized Value) para obter informações sobre os dados de rede do Bitcoin, especificamente em relação ao valor de mercado em comparação ao valor realizado. 

Atualmente, o MVRV está operando em torno de 1,69, com uma tendência ascendente. Um ponto de destaque no gráfico MVRV é a possível resistência que poderá ser encontrada nos níveis de 2,16. Ao comparar o período atual com os momentos que antecederam os halvings de 2016 e 2020, encontramos algumas similaridades dignas de destaque neste relatório.

No período anterior ao Halving de 2016, a linha do MVRV subiu até atingir os níveis de 2,16, seguido por uma correção mais acentuada antes de uma retomada de alta que culminou em um pico em 4,21 em 2017.

No período que antecedeu o Halving de 2020, observou-se um movimento semelhante ao de 2016, com uma ascensão que alcançou a resistência em 2,16. Em seguida, ocorreu uma correção mais profunda, em parte devido ao impacto da pandemia. Após essa correção, houve um novo impulso de alta, resultando na máxima de 3,96 em 2021.

Ao trazer esse contexto para o momento atual, observamos que a linha do indicador MVRV ainda não registrou uma correção tão profunda quanto a observada em períodos anteriores. Portanto, é importante que os investidores estejam atentos quando o MVRV se aproximar dos níveis de 2,16.

É claro que, além de monitorar o indicador MVRV, também será fundamental avaliar a ação do preço quando esses níveis de valor de mercado pelo valor realizado forem atingidos. Isso fornecerá informações adicionais.

A análise do MVRV oferece dados sobre a avaliação dos investidores em relação ao valor atual do Bitcoin em relação ao seu valor realizado, e a comparação com períodos anteriores pode ser uma ferramenta útil para identificar possíveis tendências de mercado.

 

 

Conclusão

 

Este relatório abrange uma análise da movimentação de preços do Bitcoin, considerando uma variedade de indicadores técnicos, informações do gráfico, dados on-chain e comparações com períodos anteriores. Nossa intenção é fornecer uma visão detalhada do estado atual do mercado de criptomoedas e suas possíveis direções futuras.

Ao examinarmos o gráfico semanal, observamos uma tendência de alta que se originou em novembro de 2022, com a construção de um canal ascendente. A linha do topo do canal é projetada para atuar como resistência relevante, e os investidores devem estar atentos a um possível rompimento dessa linha, o que poderia indicar uma sobrecompra e uma reversão de preços.

A análise do Ichimoku no gráfico semanal revela que o preço permanece acima da “Nuvem” e que as linhas de equilíbrio apontam para cima, sugerindo um cenário favorável a longo prazo. No entanto, a Chikou Span sugere a possibilidade de uma correção de curto prazo.

No Market Cap, observamos sinais de exaustão na movimentação ascendente, embora o cenário geral ainda seja positivo. A linha de 50% do canal de alta continua atuando como suporte significativo.

No que diz respeito à comparação entre os gráficos semanal e diário, observamos uma divergência. Enquanto o gráfico semanal sugere uma tendência de alta contínua, o gráfico diário mostra sinais de consolidação e possíveis correções. Esta divergência pode influenciar as decisões de investimento e requer monitoramento contínuo.

Além disso, ao analisar o indicador MVRV e compará-lo com períodos anteriores que antecederam os halvings de 2016 e 2020, notamos que o MVRV ainda não passou por uma correção tão profunda quanto observada em períodos anteriores. Investidores devem estar cientes desses níveis de resistência e considerar a ação do preço quando o MVRV se aproximar de 2,16.

Em resumo, o mercado de criptomoedas, com foco no Bitcoin, continua dinâmico e sujeito a movimentações significativas. A análise técnica e os indicadores oferecem orientação valiosa, mas é fundamental lembrar que o mercado é influenciado por uma variedade de fatores e pode mudar rapidamente.

 

 

Agradecimento

Gostaria de agradecer a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as informações e análises fornecidas tenham sido úteis.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no YouTube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin não sobe em linha reta

Bitcoin não sobe em linha reta

O desenrolar da macroeconomia tem alimentado os investidores famintos pelo risco. Já que os juros norte-americanos podem estar equilibrados, e os títulos do tesouro podem perder parte de sua atratividade no curto prazo, o mercado se volta às ações e criptomoedas para aumentar a emoção. Para o Bitcoin (BTC), o ativo inicia novembro em busca do terceiro mês consecutivo de alta. Mas para os desavisados, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, entender o fluxo do ativo pode ajudar você a tomar decisões precipitadas.

 

 

Chegamos ao fim do túnel?

Nem preciso dizer que a política monetária norte-americana foi e segue sendo o destaque no mercado, não é mesmo? Na última semana, o Federal Reserve confirmou a expectativa dos analistas, que apostavam na manutenção dos juros entre 5,25% e 5,5%. O discurso cauteloso do presidente do FED, Jerome Powell era também mais do que esperado. O mandatário deixou claro que cortar os juros não está nos planos agora.

Esse discurso era meio que esperado. Afinal, Powell não seria louco de sair por aí confirmando suas cartadas. Mas, desta vez, como um bom suspense, ele deixou um mistério no ar. A autoridade monetária comentou que, apesar da falta de discussão sobre um possível corte nas taxas, novos aumentos nos juros podem simplesmente não ocorrer mais. Fica a dúvida aí no ar agora!

Toda essa coragem do presidente do banco central por ter sido uma “previsão” dos dados do payroll – o status do mercado de trabalho do cidadão urbano norte-americano. Segundo o relatório, foram criadas 150 mil novas vagas de emprego, contra quase 300 mil esperadas. Isso pode ser um sinal de que o tão esperado desaquecimento do setor empregatício, enfim, está acontecendo.

Para o mercado de criptomoedas e o Bitcoin, temos notícias bastante importantes, portanto, para os próximos dias. Afinal, com uma queda nos juros, os títulos do tesouro dos Estados Unidos começam a pagar cada vez menos, conforme o dólar deva passar a se consolidar. Este é o cenário que os investidores de maior risco estavam esperando para sair de posições menos especulativas. Desta forma, podemos ver um fluxo maior de entrada de capital para o setor cripto e, consequentemente, um desempenho positivo dos ativos digitais.

 

 

 

Estável, mas daquele jeito

Enquanto a situação econômica é mais definida nos Estados Unidos, a Zona do Euro está longe de trafegar pelas famosas rodovias alemãs. A realidade é que há sinais de estabilidade no que se refere ao sentimento econômico dentro do bloco, indicando até um ligeiro otimismo. A confiança do consumidor também sua lateralidade, suportando a ideia de que este setor ainda está aquecido.

O respiro, porém, pode vir na forma de desaceleração da inflação. Galhau, um dos representantes do Banco Central Europeu (BCE), destacou a subida de 2,9%, em outubro, dos preços ao consumidor (CPI), contra 4,3% no mês anterior. Essa “trégua”, inclusive, coloca o BCE em uma posição semelhante ao Federal Reserve de que, talvez, os juros já estejam em um patamar elevado o suficiente para segurar os índices inflacionários.

Ao contrário dos norte-americanos, que talvez estejam mais interessados pelo risco, os investidores europeus podem se apoiar nas criptomoedas, mas principalmente no Bitcoin, como uma forma de proteger parte de seus patrimônios das oscilações governamentais e os conflitos geopolíticos atuais.

 

 

De olho na meta

Pelo Brasil, a discussão da vez é a meta fiscal para 2024. Entre a meta “zero” estipulada pelo governo, algumas divergências tomaram conta das análises, abrindo brechas para um possível “esticadinha” para 0,75% ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa flexibilidade é vista como necessária por alguns, mas tenebrosa para outros.

De certo mesmo é que a SELIC segue seu recuo. O Banco Central brasileiro divulgou, na última semana, o corte dos juros em 0,5%, totalizando, agora, 12,25%. Este patamar mantém o país ainda em um ambiente monetário bastante restritivo, mas algo que parece que não vai durar por tanto tempo assim.

Se isso já anima os investidores a começarem a se mostrar mais para ações de risco, a queda para 7,7% da taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro é um tempero extra para aumentar esse apetite. 

Apesar da SELIC ainda ser alta, as criptomoedas têm sido um item de interesse dentro do mercado nacional. Com o cenário em expansão por aqui e uma economia mostrando sinais bons de equilíbrio, o brasileiro pode estar diante de um bom momento para fazer o famoso buy and HODL.

 

 

 

Vem novembro!

Agora, especificamente sobre o mercado de criptomoedas, o Bitcoin cravou seu tradicional “uptober”, acumulando ganhos de quase 29% no último mês. A abertura de novembro, por enquanto, está trazendo poucas novidades. “Apenas” um teste para romper os US$ 36 mil, mas que não está se sustentando por muito tempo. Com essa falta de força momentânea dos compradores, será que o mercado vai ter forças para engatar a terceira alta mensal consecutiva?

Fato é que as baleias de Bitcoin – investidores com alto volume de BTCs – estão mais ativas do que nunca. A quantidade de transações acima de US$ 100 mil atingiu seu pico anual. Isso aconteceu quando o preço da criptomoeda ultrapassou os US$ 35 mil recentemente, mostrando que as baleias podem estar otimistas ou, então, simplesmente organizando suas posições.

Para além da atividade dentro da rede, os dados on-chain ainda apontam que o cenário não poderia ser mais otimista aos HODLErs. No momento, mais de 80% dos detentores de curto e longo prazos de BTC estão registrando lucros. Porém, vale um alerta. Se tem ganhos, tem chances de realização, ou seja, venda. Para onde a pressão vai pender, difícil afirmar com certeza.

Um termômetro secundário importante vem do mercado de derivativos. A volatilidade recente levou a uma série de liquidações de ambos os lados, sejam de posições compradas ou vendidas. Essa maior instabilidade mostra que muitos investidores não só estão operando de forma alavancada, como também estão especulando de forma intensa a criptomoeda. Portanto, é importante ficar ligado a possíveis pavios nos candles do Bitcoin.

 

 

 

Gráfico grita alguns cuidados

No gráfico semanal do Bitcoin, os investidores precisam ficar bastante alertas para possíveis correções. O primeiro ponto é que a banda de Bollinger simplesmente está sendo ignorada, com o preço da criptomoeda acima da linha superior do indicador. Embora não seja algo tão raro assim, ou a banda ou o preço vão precisar se ajustar em algum momento.

Fonte: GoCharting, em 06/11/2023, às 8h42min.

Outro ponto que demonstra uma possível resistência é que os US$ 36 mil marcou o ponto mais baixo do decote do ombro-cabeça-ombro do último all-time high. Como o preço voltou rapidamente, este é um sinal de que os vendedores estavam bem posicionados nesta região.

Entretanto, correções são bem-vindas no atual momento de mercado. Inclusive, um teste dos US$ 31 mil não seria nada mal para dar mais corpo para a tendência de alta recente. Mesmo assim, os US$ 42 mil continuam como meta, caso os bulls consigam manter o controle das ações.

Entre os indicadores adjacentes, o MACD vai para sua terceira semana consecutiva com as linhas cruzadas para cima, sinalizando o domínio dos compradores. Enquanto isso, o índice de força relativa (RSI) encontrou equilíbrio nos 70 pontos, mas ainda em uma região muito próxima de sobrecompra.

 

 

Conclusão

Com o cenário macroeconômico cada vez mais desenvolvido, o apetite ao risco volta para o radar dos investidores, que enxergam nas criptomoedas uma boa oportunidade para diversificar o portfólio. O atual momento de alta do Bitcoin, inclusive, é um dos catalisadores para atrair ainda mais os investidores, no chamado período pré-halving.

Entretanto, como mostra o gráfico, nenhum mercado sobe em linha reta. Correções e testes de suportes fazem parte de um mercado saudável. Os derivativos, porém, podem ser responsáveis por alavancar a volatilidade e deixar a vida do investidor mais caótica. Porém, o aquecimento deste setor também é parte integrante da euforia dos momentos de ganhos. Por isso, take it easy nos próximos dias!

Divergências de preços do Bitcoin

Divergências de preços do Bitcoin

O desempenho do Bitcoin (BTC) se destacou nas últimas semanas, colocando o mercado de criptomoedas novamente dentro de um cenário de otimismo, não visto há bons meses. Com o preço acima dos US$ 34 mil, os investidores de maior prazo podem se sentir confortáveis com suas posições em HODL. Entretanto, traders de curto prazo talvez devam ligar seu sinal de alerta, com os dados on-chain e indicadores técnicos mostrando que uma correção de preços pode afetar a criptomoeda nos próximos dias.

 

 

Para o alto e… além?

O mês de outubro de 2023 foi marcado por um desempenho significativo do Bitcoin. A criptomoeda iniciou o período de negociações com um valor de US$ 26,9 mil e encerrou com uma valorização expressiva, ultrapassando a marca de US$ 34 mil. Esse salto representou uma variação superior a 25%, proporcionando resultados importantes para os investidores que compraram o ativo no início do mês.

Uma análise da ação do preço no gráfico mensal revelou a existência de uma linha de tendência de alta. Essa linha conecta as mínimas registradas em março de 2020 e novembro de 2022, indicando uma tendência de crescimento de longo prazo.

Observando o spread de cada vela mensal ao longo dos últimos meses, fica evidente que os compradores têm estado ativos desde janeiro deste ano, impulsionando constantemente o preço do Bitcoin para patamares cada vez mais elevados. Em um período de 10 meses, apenas 3 deles tiveram fechamentos mensais negativos, enquanto um mês foi de indecisão e 6 meses registraram fechamentos positivos.

 

Dentre os meses em que os compradores se destacaram, vale mencionar janeiro, março e outubro. Tanto outubro quanto janeiro apresentaram valorizações superiores a 30% ao considerar as mínimas e máximas de cada mês, e o movimento de preço em outubro foi comparável ao de janeiro em termos de spread da vela. Além disso, tanto outubro de 2023 quanto janeiro deste ano resultaram no rompimento das máximas registradas nos três meses anteriores.

Um fator relevante a considerar é que após o movimento de janeiro de 2023, que superou as máximas de 3 meses anteriores, o preço do Bitcoin continuou a subir. O que aumenta o otimismo atual entre os investidores em relação ao potencial de longo prazo da criptomoeda é que o mês de outubro também superou as máximas de 3 meses anteriores e a expectativa é de continuidade de alta.

Durante o mês de outubro, a demanda foi dominante, e a análise técnica do gráfico mensal revela a formação de 3 ondas ascendentes, com um alvo inicial projetado na faixa de US$ 38 mil. Esse nível coincide com a mínima de março de 2022, que representou uma última tentativa de alta antes do grande movimento de queda observado no ano anterior.

No contexto do gráfico mensal, dois níveis de preço se destacam como possíveis suporte. O primeiro está em torno de US$ 31,8 mil, correspondendo ao rompimento da máxima estrutural da primeira onda de alta. O segundo nível de suporte está na região de US$ 30,2 mil, representando a máxima de agosto, que foi o último mês em que os vendedores conseguiram manter um fechamento mensal com variação negativa.

 

 

 

De olho no curto prazo

Após uma minuciosa análise do gráfico mensal, é oportuno adentrar na dinâmica semanal do preço do Bitcoin. A observação em uma janela de tempo mais curta revela informações valiosas sobre a trajetória da criptomoeda.

O movimento de alta, que teve início em novembro de 2022, pode ser interpretado como uma retração do amplo movimento de queda que começou em novembro de 2021. Essa possibilidade é respaldada pelo fato de que, ao aplicarmos a ferramenta de Fibonacci, observamos que o movimento ascendente iniciado em novembro de 2022 ainda não atingiu a marca de 50% de todo o declínio previamente registrado. Para alcançar a retração de 50%, o preço do Bitcoin deve ser negociado na faixa de US$ 42 mil.

Nesse contexto, recorremos ao Volume Profile como uma ferramenta adicional para identificar as áreas de maior interesse nas negociações. Configuramos o Volume Profile a partir da semana de 8 de novembro de 2022 até a semana atual, o que resultou em um gráfico com duas áreas coloridas distintas. O azul mais escuro denota uma concentração significativa de interesse, enquanto o azul mais claro representa uma região de interesse mais moderado.

 

Identificamos que o limiar entre essas áreas se situa em torno de US$ 30,2 mil, uma região que já havíamos destacado na análise do gráfico mensal como um suporte relevante.

No momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin estava acima da marca de US$ 34 mil, que coincide com a região de menor interesse do Volume Profile (coloração azul mais clara). Isso indica que o preço superou a zona considerada de maior interesse e entrou em uma área na qual as negociações anteriormente foram menos intensas.

Segundo a análise técnica e com base nos dados de preço e volume obtidos através do Volume Profile, é comum que, ao sair de uma região de alto interesse e adentrar uma área de menor interesse, ocorra um teste nos níveis que separam essas duas áreas. Caso o preço teste essa região e não consiga retornar a área de maior valor, isso pode sinalizar um controle dos compradores no cenário atual do Bitcoin, em que a demanda parece ser o principal impulsionador dos movimentos ascendentes.

No entanto, investidores que se baseiam na análise do perfil de volume acreditam que, caso o preço volte a operar abaixo de US$ 30,2 mil, isso indicaria uma rejeição do movimento ascendente. Portanto, os níveis em torno de US$ 30,2 mil desempenham um papel crucial na defesa dos compradores.

O Volume Profile também nos fornece informações sobre os “nós” de alto e baixo volume, que são áreas que testemunharam uma intensidade significativamente maior ou menor de negociações. Esses “nós” podem ser utilizados como potenciais níveis de suporte e resistência e oferecem sugestões para metas de preço.

Ao analisar o gráfico semanal do Bitcoin, notamos que o preço atual ultrapassou uma região de “nó” de baixo volume. Caso o interesse da demanda persista, as negociações podem ser projetadas em direção ao próximo nó, que corresponde a uma área de alto volume, situada por volta de US$ 38 mil. Importante ressaltar que, conforme destacamos na análise do gráfico mensal, o preço de US$ 38 mil também foi identificado como uma possível resistência para o Bitcoin.

Em resumo, as análises com base em gráficos semanais sugerem que é necessário paciência e tempo para que as estruturas de preço se ajustem em resposta às dinâmicas da oferta e da demanda.

 

 

 

Rumo às compras?

Voltaremos nossa atenção agora ao MarketCap e às tendências de volume, bem como a análise técnica da dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas. No nosso “Variação de Mercado,” anterior, observamos a tendência de declínio no volume de negociações no gráfico do MarketCap. 

Salientamos, inclusive, a importância de um retorno do volume ascendente no gráfico do MarketCap como um indicativo de vitalidade do mercado. Porém, reexaminando a capitalização de mercado no gráfico semanal, notamos um aumento no volume nas últimas duas semanas. Esse desenvolvimento aumenta a probabilidade de que o MarketCap continue a renovar suas máximas, buscando a parte superior do canal de alta que descrevemos em nossa análise gráfica.

Enquanto redigimos este relatório, a dominância do Bitcoin estava em torno de 53,6%, após ter ultrapassado a marca de 54%. Notamos ainda que as linhas do Ichimoku, incluindo a Tenkan, Kijun, Senkou Span A e Senkou Span B, apresentavam um comportamento plano, sugerindo a possibilidade de uma correção no gráfico para testar esses pontos de equilíbrio.

No entanto, destaca-se que a Chikou Span permanece acima das velas que representam o movimento ascendente da capitalização, indicando que o viés de alta ainda prevalece no mercado, apesar das perspectivas de correção.

 

Ao longo do período desde setembro de 2022, temos observado uma formação gráfica com topos e fundos ascendentes, refletindo o otimismo dos investidores. Na semana passada, testemunhamos mais um rompimento de um topo, resultando em uma nova máxima. Agora, os investidores estão atentos para verificar se haverá um novo fundo mais alto para manter a continuidade desse movimento.

Portanto, caso ocorra uma correção no gráfico do MarketCap, os investidores podem considerar o reposicionamento de níveis de “stops” de proteção em patamares mais elevados na estrutura de preço, visando manter um gerenciamento saudável de suas posições.

Essa análise reforça a importância de acompanhar não apenas o preço do Bitcoin, mas também a saúde geral do mercado de criptomoedas, pois o desempenho do Bitcoin frequentemente têm um impacto significativo em todo o ecossistema.

 

 

Indicadores à prova

Continuando nossa análise, agora vamos utilizar os indicadores MACD e Estocástico Lento para fornecer uma perspectiva adicional sobre a possível correção no preço do Bitcoin nos próximos dias. É importante lembrar que o mercado é dinâmico e pode mudar sua direção a qualquer momento, portanto, devemos considerar várias ferramentas de análise.

Ao examinar o gráfico semanal, notamos que o indicador MACD ultrapassou a linha 0 e está operando em território positivo, com máximas mais altas em seu histograma. Isso aumenta o otimismo dos investidores de longo prazo, sugerindo a continuidade da tendência de alta.

 

No entanto, ao observar o gráfico diário, notamos que, embora o MACD esteja acima da linha 0, o histograma do indicador está produzindo máximas mais baixas. Essa divergência entre os gráficos semanais e diários sugere um possível movimento de exaustão na tendência de alta diária.

Essa divergência também se reflete nas linhas do MACD e na linha de sinal. No gráfico semanal, ambas as linhas apontam para cima, sinalizando a continuidade da tendência de alta no médio prazo. Porém, no gráfico diário, a linha MACD, que estava em ascensão, agora apresenta uma curva sugerindo correção.

Investidores que negociam com base em gráficos semanais do Bitcoin, ao perceberem a possibilidade de um movimento exaustivo no gráfico diário, podem preferir aguardar até que novos sinais de compra sejam produzidos. Eles costumam procurar pontos de compra no gráfico diário quando o histograma do MACD está produzindo máximas mais altas, com a linha MACD e a linha de sinal apontando para cima preferencialmente.

Essa análise do MACD fornece informações adicionais que respaldam a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo.

No que diz respeito ao indicador Estocástico Lento, notamos que ele entrou em uma região de sobrecompra no gráfico semanal duas semanas atrás. No entanto, como mencionamos em nosso relatório anterior, em tendências muito fortes, o Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos nessas regiões, usando a linha limite de 80% e 50% do indicador como suporte.

Um exemplo disso é o gráfico diário, que mostrou uma tendência forte nos últimos dias e manteve o Estocástico Lento operando acima de um nível de sobrecompra, usando a região de 80% do indicador como suporte.

No entanto, dado que observamos o indicador MACD mostrando um histograma com máximas mais baixas no gráfico diário, seria prudente aguardar que o Estocástico Lento visite pelo menos a região de 50% do indicador para uma nova análise e busca por pontos de compra.

Essas análises combinadas do MACD e do Estocástico Lento fornecem informações adicionais para os investidores que desejam entender a dinâmica do mercado de Bitcoin considerando a possível correção no preço no curto prazo.

 

 

 

O que se passa na rede?

Além das análises técnicas tradicionais, é fundamental considerar os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, que podem fornecer informações importantes sobre a dinâmica da criptomoeda. Exploraremos, por exemplo, o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio) para obter uma análise mais abrangente.

 

Na semana passada, os dados de rede nos forneceram as seguintes informações:

  • O número de endereços com mais de 100 Bitcoins teve uma pausa no movimento ascendente que vinha sendo sustentado desde a última semana de setembro.
  • O número de endereços com mais de 1000 Bitcoins continuou aumentando desde o início da segunda quinzena de outubro e agora também fez uma pausa.
  • O número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins também registrou um leve movimento de alta seguido por uma pausa.

 

Essas informações revelam que investidores, especialmente aqueles com um alto poder de capital, estão cada vez mais confiantes no potencial de crescimento e valorização do Bitcoin no longo prazo. É possível que a preparação para o Halving do próximo ano esteja sendo vista como um evento que pode trazer excelentes resultados para investidores, o que é refletido no aumento do número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins.

O indicador SOPR, que está acima da linha 1 no gráfico semanal, indica que, de modo geral, os investidores estão em lucro caso optem por encerrar suas posições neste momento. No entanto, é importante observar que o SOPR geralmente não se afasta da linha 1 por muito tempo. Isso sugere que realizações de lucro podem acontecer para equilibrar a relação entre a oferta e a demanda, que influenciam as dinâmicas das estruturas de preço.

Essa análise dos dados de rede e do indicador SOPR fornece um contexto importante para entender o sentimento e as decisões dos investidores no Bitcoin. É fundamental observar esses dados em conjunto com as análises técnicas para obter uma visão mais completa da situação atual.

 

 

Conclusão

O relatório de movimentação de preços do Bitcoin referente ao mês de outubro de 2023 fornece uma visão abrangente do desempenho da criptomoeda e das tendências que moldam seu mercado. Ao longo das várias partes deste relatório, destacamos observações essenciais que ajudam a compreender o cenário atual do Bitcoin.

No início do mês, o Bitcoin apresentou um desempenho excelente, com uma valorização superior a 25% e um rompimento de máximas anteriores, sugerindo uma tendência de crescimento de longo prazo. Contudo, análises técnicas mais detalhadas revelam sinais de possível exaustão na tendência de alta no curto prazo, destacando a importância de estratégias de gerenciamento de risco.

Além disso, exploramos os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, incluindo o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR. Observamos um aumento no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins, indicando uma crescente confiança no potencial de valorização da criptomoeda. O SOPR, acima da linha 1 no gráfico semanal, sugere que, em geral, os investidores estão em lucro, mas a sua proximidade à linha 1 sugere possíveis realizações de lucro.

Também consideramos as análises de indicadores técnicos, como o MACD e o Estocástico Lento, que forneceram informações relevantes sobre a dinâmica do mercado. A divergência entre os gráficos semanais e diários do MACD sugere a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo. O Estocástico Lento, embora em uma região de sobrecompra, também requer atenção, especialmente à luz da possível exaustão.

Em resumo, o Bitcoin continua a oferecer oportunidades de crescimento, mas é crucial adotar uma abordagem cautelosa, considerando as análises técnicas, os dados de rede e a gestão de riscos. O cenário permanece dinâmico, e a vigilância constante é fundamental. À medida que o Bitcoin continua a desempenhar um papel significativo no cenário das criptomoedas, os investidores devem manter-se atualizados com as tendências e eventos que afetam seu valor e sua dinâmica de mercado.

 

Agradecimento

 

Agradeço a você investidor por disponibilizar o seu tempo para a leitura das informações contidas neste relatório. Seus esforços em compreender as complexidades desse ecossistema são valiosos e essenciais.

Desejo a todos os leitores sucesso e sabedoria em suas atividades relacionadas ao Bitcoin e ao mercado de criptomoedas.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin em US$ 42 mil? E a sobrecompra?

Bitcoin em US$ 42 mil? E a sobrecompra?

Após uma semana agitada e bem favorável aos bulls, como será que o Bitcoin (BTC) vai se sair nos próximos dias? A tendência é mista, afinal, há uma pressão importante vindo da economia norte-americana que não dá para ignorar. Ao mesmo tempo, o otimismo com o ETF da criptomoeda é maior do que nunca. Os gráficos jogam o mercado em uma variação entre US$ 30 mil e US$ 42 mil. Algum deles será que vem? Vamos tentar descobrir!

 

 

Problemas para o Bitcoin?

Não é de hoje que os Estados Unidos mostram uma evolução em sua economia. E também não é hoje que isso vai parar. Embora não sejam dados consolidados, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMIs) estão se firmando na zona de expansão. Isso significa que tanto o setor de serviços quanto o industrial estão acelerando.

Ao mesmo tempo, as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) do país estão marcando avanço de 4,9%. Janet Yellen, a voz por trás do Tesouro norte-americano, comentou que esse crescimento econômico no terceiro trimestre foi “um número bom e forte”. Mas, e sempre tem um “mas”, ela deu a dica de que isso pode manter os rendimentos dos títulos lá em cima. 

Enquanto isso, a inflação geral se manteve estável. Se isso é bom ou não… Difícil saber. Os formuladores de política monetária do Federal Reserve podem simplesmente elevar os juros novamente ou, então, sentar em cima da vantagem que ganharam neste mês. Tudo isso para dizer que: nem tudo são flores!

Afinal, para o Bitcoin, a economia dos EUA fortalecida pode levar a uma valorização da moeda local. Tudo bem que a correlação entre a criptomoeda de referência e o índice dólar (DXY) está mais fraca nos últimos. Mas é aquela história: Ninguém quer pagar para ver. Mais do que isso, a pressão pode vir também dos altos rendimentos dos títulos do tesouro. Até porque, quem não quer bons ganhos com ativos super seguros, não é? Então, pode ser que o mercado de criptomoedas – e acionário – veja uma fuga de capital no curto prazo para o reajuste de posições.

Falando em ações, inclusive, as big techs não estão lá essas coisas. Parte das maiores empresas de tecnologia do mundo apontaram resultados trimestrais bem decepcionantes. Desde o início da pandemia, havia uma correlação bem forte entre papéis de tech e o Bitcoin. Assim como o dólar, apesar da breve descorrelação, é sempre importante manter essa informação por perto e jogar com o regulamento embaixo do braço.

 

 

 

Em busca de refúgio

O desempenho da Zona do Euro é que pode ser o fiel da balança nesta situação e favorecer o Bitcoin. Mais uma vez, os PMIs recuaram novamente, não só fincando os dois pés no chão, mas praticamente deitando o bloco no território de retração econômica. Para se ter uma ideia, excluindo os meses da pandemia, foi a leitura mais baixa desde março de 2013. 

Na política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa de juros acima dos 4% ao ano – o nível mais alto da história! Christine Lagarde, a presidente do BCE, subiu ao palanque e disse que os alimentos e a energia vão pesar nos preços nos próximos meses. Esse freio nos juros, porém, não necessariamente acompanham uma perspectiva positiva em relação à inflação. A autoridade monetária máxima acredita que a inflação vai continuar elevada por um bom tempo, com as pressões domésticas nos preços ainda muito fortes.

Para o Bitcoin, a perda de força do Euro e as dificuldades de consumo podem fazer o efeito contrário à criptomoedas na comparação com o dólar. Neste caso, as pessoas e empresas podem buscar refúgio nas criptomoedas para escapar da depreciação monetária. Ou seja, se de um lado do oceano o volume pode cair, do outro, ele pode aumentar.

 

 

Gerando oportunidades

Pelo Brasil, o IPCA-15 – prévia da inflação oficial – subiu 0,21% em outubro, praticamente em linha com o esperado. Boa parte desse aumento é culpa das passagens aéreas que “decolaram” 23,75%. Na mesma tendência, os preços de “porta de fábrica” ou ao produtor subiram 1,11%. Mas calma. No acumulado de 12 meses, a inflação ainda registra queda de 7,92%.

Com isso, o país parece bem posicionado em uma economia mais estável, criando oportunidades interessantes para investidores sentirem um pouco mais o gostinho do risco. Até mesmo as perspectivas de novos recuos na taxa SELIC, de certa forma, “afasta” o mercado das rendas fixas. Com isso, o Bitcoin pode se tornar uma alternativa nesta reta final de ano para aqueles que querem fazer trading ou até mesmo segurar a criptomoeda por mais tempo.

 

 

 

Sai daqui, resistência!

Os investidores de Bitcoin simplesmente apertaram o botão de comprar e esperaram as reações no mercado. Só na última segunda-feira, a criptomoeda disparou mais de 14%, no par com o dólar. Na parte final da semana, é claro, o ativo corrigiu. Afinal, foram sete dias consecutivos de alta, com um topo em US$ 35,2 mil. Então, é natural e justo que uma parte dos traders realizem lucros.

Mas o que de fato “bombeou” o BTC para cima foi que o ETF de Bitcoin à vista foi listado no chamado Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC). Isso dá a entender que uma aprovação do produto de investimento pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) pode estar chegando. O otimismo respingou até no analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, que disse acreditar que essa listagem é um sinal positivo para uma aprovação da SEC.

Esta foi uma notícia comemorada pelos bulls, mas lamentada e muito pelos bears. Após a notícia, cerca de US$ 400 milhões em contratos futuros foram liquidados e, claro, a maioria era de shorts – vendidos. Péssima hora para os ursos.

De qualquer forma, a euforia, claro, foi instalada. O índice Fear and Greed chegou a bater os 72 pontos. Este nível de otimismo não era visto no ativo desde meados de 2021, antes do token atingir sua última máxima histórica de US$ 69 mil. Além disso, o carro-chefe do mercado de criptomoedas segue com sua majestade. A dominância do BTC em relação a todo o setor atingiu 54%, o nível mais alto nos últimos 2 anos e meio.

 

 

Tá na rede

Os dados on-chain continuam narrando a mesma história. Acumulação de Bitcoin! Os saques da criptomoeda para fora das corretoras seguem crescendo. Embora não seja possível dizer com total certeza, este costuma ser um movimento que sugere que os investidores não querem vender suas moedas tão cedo. Assim, menos BTCs no mercado, em meio a grande oferta… Sobe, preço!

 

Fonte: Gráfico de reserva de BTC nas exchanges, Crypto Quant

 

Acompanha esta perspectiva que mais de 3/4 do suprimento total de Bitcoin está nas mãos dos detentores de longo prazo. Ou seja, aqueles que estão  adivinhem – acumulando o ativo para uma possível valorização pós-halving.

 

 

 

Olha que interessante

Como sempre, é hora de dar aquela olhada no gráfico semanal. E há coisas bem interessantes a serem analisadas. Na imagem abaixo, o padrão cup and handle está praticamente consolidado, embora a alta tenha uma tendência de ser mais alta neste tipo de desenho. Mas calma, temos tempo ainda para isso.

 

Fonte: GoCharting, em 30/10/2023, às 8h33min.

 

Por isso, é importante olhar as projeções. Para baixo, talvez seria importante o Bitcoin testar os US$ 30 mil para mostrar que aquele nível está superado. Uma alta, porém, poderia levar a criptomoeda para a região dos US$ 42 mil. Mas por que?

O canal laranja é uma formação “blocada” de uma região chamada de decote, criada após a formação de um padrão de ombro-cabeça-ombro (marcado em azul, no canto esquerdo da tela). Neste caso, o decote por si mesmo atua nos US$ 36 mil, justamente um ponto que serviu como resistência para a recente alta. Ao abranger os pavios dos candles e ampliar essa área, os US$ 42 mil não seriam uma insanidade para o mercado atual, ainda mais se o tal ETF sair.

Nos indicadores adjacentes, enfim, cruzou suas linhas para cima, se mantendo acima do nível zero do histograma. Já o índice de força relativa (RSI) mira os 70 pontos. E vale um destaque aqui. Da mesma forma que um mercado sobrevendido pode antecipar um volume alto de compras, o contrário também é verdadeiro. Por isso, muita cautela com o comportamento dos investidores esta semana, pois estamos em um território bem intenso de touros.

 

 

Conclusão

Com o Bitcoin rompendo resistências importantes, é natural o otimismo tomar conta dos investidores. Mas como costumo destacar, é no bull market que muitos podem ser pegos de surpresa! As altas rentabilidades dos títulos do tesouro norte-americano e um possível ‘pump’ do dólar podem se transformar em dor de cabeça no curto prazo, assim como esse RSI elevado.

Por isso, o ideal é analisar bastante qual a história que o mercado está nos contando, e se ela é ou não convincente para nós. A análise técnica ajuda muito a eliminar certos ruídos e, por isso, deve sempre ser considerada. Enquanto isso, um olho atento sempre nos eventos macroeconômicos para não se assustar com possíveis volatilidades ao longo das semanas!

Bitcoin atropelando resistências

Bitcoin atropelando resistências

Após semanas laterais, o ímpeto de alta do Bitcoin (BTC) prevaleceu no mercado, levando a criptomoeda de referência a romper importantes níveis de resistência. A liquidação de contratos futuros foi um dos grandes catalisadores para o movimento, que viu a pressão de vendas ser diluída. Agora, o salto para os US$ 34 mil animou os investidores, que aguardam a continuação dos ganhos. Mesmo assim, vale ficar atento aos detalhes técnicos, com indicadores mostrando que correções podem estar a caminho, antes de uma nova subida de preços.

 

Estimando os ganhos

Na semana passada, observamos uma mudança na dinâmica das negociações de Bitcoin. Os compradores assumiram o controle da estrutura lateral do gráfico semanal, promovendo um rompimento ascendente que levou a criptomoeda a ser operada na região de US$ 35,1 mil no início da semana atual. Este movimento representou um aumento de mais de 10% entre a abertura e o fechamento da vela da semana anterior. No entanto, desde o início do movimento de alta iniciado em 11 de setembro, a valorização do Bitcoin supera os 35%.

Esse processo de valorização permitiu que o BTC quebrasse resistências significativas, alcançando a região de US$ 31,8 mil, que representava o ponto alto da estrutura lateral de preços e se tornou o principal ponto de atenção, marcando o topo das negociações em toda a estrutura lateral.

A movimentação de preços do ativo digital na semana passada evidenciou claramente a relação e o comportamento da oferta e da demanda no mercado. Aconteceu que, quando uma notícia equivocada liquidou a maioria dos investidores que esperavam uma queda na segunda-feira (16), o mercado eliminou a pressão dos vendedores, permitindo que a demanda assumisse o controle e impulsionasse os preços para cima.

Durante esse movimento ascendente, os compradores encontraram poucas resistências, e o preço rapidamente atingiu a primeira barreira mencionada em nosso relatório anterior, “Variação de Mercado”, em US$ 30,2 mil. A partir desse ponto, o controle estava firmemente nas mãos dos compradores.

A imagem gráfica a seguir mostra que o nível de preço na região de US$ 30,2 mil marcava o fechamento da vela semanal de 10 de abril. Visualmente, identificamos que desde então, o preço não havia conseguido manter-se acima desses níveis. No entanto, nesta semana, vemos que o preço ultrapassou essa região, indicando otimismo no mercado de criptomoedas.

 

Na mesma imagem, destacamos referências importantes para possíveis suportes, observando que, uma vez que os vendedores das semanas de 02/10 e 09/10 não conseguiram derrubar o preço, uma nova área de “Order Block” se formou na região de 50% de Fibonacci. Dentro desses níveis de preço do referido “Order Block,” o nível de US$ 28 mil, anteriormente uma resistência significativa, agora pode atuar como um suporte fundamental.

Embora o otimismo tenha retornado ao mercado com os movimentos recentes, é essencial manter em mente que o gráfico semanal ainda mostrava uma tendência lateral. Portanto, a cautela deve ser exercida em cada ponto de análise do gráfico. Agora que o preço superou a essa morosidade, é possível que as negociações voltem aos níveis de rompimento para efetuar um teste. Dado que estamos observando o preço na parte alta da estrutura, o gerenciamento de risco deve ser uma consideração central.

 

 

 

Aprofundando as linhas

Ao observar o gráfico semanal a seguir com as linhas de equilíbrio do Ichimoku, notamos que a Tenkan Sen, que representa as negociações das últimas 9 semanas, aponta para cima. Esse movimento sugere que o equilíbrio das negociações de curto prazo está em ascensão. Assim, este cenário é positivo, pois não apenas representa um equilíbrio nas últimas 9 semanas, mas também simboliza um fractal menor dentro da estrutura, indicando que os compradores não apenas dominam as negociações, mas também tentam manter o preço acima das máximas da lateralidade que foi rompida.

 

Da mesma forma, a linha base do sistema, conhecida como Kijun Sen, também aponta para cima, elevando o ponto de equilíbrio das negociações das últimas 26 semanas. Agora, somamos dois fractais do Ichimoku, tanto de curto quanto de médio prazo, evidenciando o domínio da demanda.

Também examinamos as informações da Chikou Span, que está deslocada no gráfico 26 semanas no passado. Atualmente, ela representa as negociações dos investidores da semana de 01 de maio. Naquela ocasião, os vendedores estavam iniciando um movimento de preço para baixo que durou pelo menos 3 semanas antes de uma nova entrada de compradores.

As informações das negociações da semana de 1º de maio são relevantes dentro do sistema de Ichimoku, uma vez que representam as negociações de um ciclo de 26 semanas, parte da teoria do tempo proposta por Goichi Hosoda, o criador do indicador.

Analisando esta semana de 1º de maio, entendemos que seu fechamento estava na mesma região onde observamos o posicionamento plano de Kijun até a semana passada, em US$ 28,2 mil, que faz parte do mesmo nível de preços mencionado anteriormente como um suporte relevante.

Ao analisar as negociações desta mesma semana de maio, a relação entre oferta e demanda sugere que vendedores que atuaram no mercado de derivativos neste período e ainda não encerraram suas posições agora estão em prejuízo e aguardam o preço retornar a esses níveis para liquidar suas negociações, criando assim um nível de preços em US$ 28 mil com alta liquidez.

Conforme mencionado anteriormente neste relatório, há um “Order Block” na mesma região, o que confirma a possibilidade de uma defesa por parte dos compradores, que buscam manter o preço acima de Kijun. 

Olhando para o futuro, a Senkou Span A também está apontando para cima, ajudando a formar uma nuvem futura com uma espessura mais densa. Isso sugere a possibilidade de continuação do movimento atual de alta. A Senkou Span B também aponta para cima, e neste caso, identificamos que o fractal maior das ondas está mudando sua orientação de plana para ascendente. Ou seja, temos os três fractais apontando na mesma direção.

No contexto atual da movimentação de preços, acredita-se que após o rompimento da região de US$ 31,8 mil, o preço do Bitcoin possa ser projetado para os níveis de US$ 36 mil, que agora atua como o próximo nível de resistência, caso a demanda permaneça no controle da estrutura.

Além disso, o preço está acima da região da “nuvem” do Ichimoku, com a Chikou Span acima do preço no passado, sugerindo a possibilidade de continuidade da tendência de alta. Isso corrobora o otimismo atual no mercado de Bitcoin, embora seja importante manter uma análise constante do cenário e gerenciar os riscos adequadamente.

 

 

É importante examinar ainda o comportamento de indicadores-chave, como o MACD (Moving Average Convergence Divergence) e o Estocástico, a fim de obter uma visão mais completa da tendência atual d Bitcoin e identificar potenciais gatilhos.

Com a movimentação da semana passada e o início desta semana, observamos que o histograma do MACD se posicionou acima da linha zero, colocando as informações deste indicador em território positivo. Essa mudança é um sinal de força e otimismo, sugerindo que o ímpeto de alta está se construindo.

 

No entanto, o Estocástico está atualmente posicionado em uma região de sobrecompra. É importante lembrar que, em geral, todo movimento de preço impulsivo está sujeito a correções. Neste contexto, onde vários indicadores e informações apontam para uma tendência de alta otimista, é vital estar ciente da possibilidade de correções e sua intensidade.

Uma correção na movimentação de preços faria com que o indicador Estocástico saísse da zona de sobrecompra e buscasse, pelo menos, a região de 50% do indicador. Os investidores monitoram essa situação para identificar novos pontos de entrada ou possíveis reversões de tendência.

É relevante destacar que há momentos no mercado em que o Estocástico pode permanecer na zona de sobrecompra por períodos prolongados. Portanto, a análise da estrutura de preços e do contexto é fundamental. O fato de o Estocástico estar sobrecomprado não é necessariamente um sinal de reversão iminente, mas um indicativo de que uma correção pode estar se aproximando.

No conjunto de informações fornecidas pelos indicadores MACD e Estocástico, o Bitcoin permanece em alta, com os compradores tentando impulsionar o preço para novos patamares e desafiando resistências adicionais. No entanto, a análise técnica deve ser complementada por uma avaliação abrangente de todos os fatores. A atenção ao contexto do mercado, bem como ao gerenciamento de risco, é fundamental em qualquer estratégia de negociação.

 

 

 

O que acontece na rede?

Uma análise dos dados on-chain fornece informações valiosas sobre a tendência atual do Bitcoin, especialmente em relação à distribuição da moeda e às oportunidades de negociação.

Primeiramente, observamos que o número de endereços com mais de 100 Bitcoins tem apresentado um movimento crescente desde a última semana de setembro. Isso sugere que investidores ou detentores de Bitcoin com quantidades substanciais da criptomoeda estão aumentando suas posições. Esse aumento na quantidade de endereços com mais de 100 Bitcoins pode ser um indicativo de confiança no ativo e otimismo em relação à sua valorização futura.

Em relação aos endereços com mais de 1 mil Bitcoins, observamos oscilações em sua linha indicativa desde o mês de março, mas uma consolidação se tornou evidente a partir da primeira semana de outubro. Nas últimas três semanas, notamos um leve aumento nessa categoria de endereços. Isso pode indicar que investidores institucionais ou detentores de grande volume de Bitcoins estão demonstrando interesse crescente na criptomoeda.

 

Na segunda semana de outubro, houve um aumento no número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins, sugerindo que investidores de alto patrimônio estão se envolvendo no mercado. Embora tenha havido uma pequena redução na semana passada, esse movimento destaca o interesse de grandes players.

Um indicador adicional a ser observado é o SOPR (Spent Output Profit Ratio), que se posicionou acima da linha 1 na última semana de setembro. Após uma leve oscilação na segunda semana de outubro, o SOPR voltou a subir. Isso indica que os investidores têm a oportunidade de realizar suas posições com lucro, o que pode levar a uma maior liquidez no mercado e reforçar a perspectiva otimista.

Considerando o contexto geral dos dados on-chain analisados, incluindo o aumento no número de endereços e o comportamento do SOPR, podemos concluir que o movimento atual dos preços do Bitcoin favorece os investidores que estão ativos na ponta da compra. A presença de investidores com grandes posições, juntamente com a oportunidade de realização de lucro indicada pelo SOPR, adiciona confiança ao cenário de alta do Bitcoin.

 

 

Puxando a fila

Para consolidar o otimismo do mercado de criptomoedas em relação ao Bitcoin, também é fundamental analisar o gráfico da dominância e a capitalização de mercado da principal criptomoeda.

Nesta semana, observamos que a dominância do Bitcoin ultrapassou os níveis de 54%. A última vez que atingimos esses níveis foi em abril de 2021, ou seja, há mais de dois anos. Esse aumento na dominância indica que o Bitcoin está retomando sua posição de destaque no mercado de criptomoedas.

Ao longo das últimas dez semanas, temos testemunhado um fluxo contínuo de capital em direção ao Bitcoin. Os níveis de dominância operam acima das resistências locais, com as linhas de equilíbrio do Ichimoku apontando para o alto. Isso é um indicativo de que a tendência atual é favorável ao BTC, e os investidores estão demonstrando uma preferência clara por essa criptomoeda.

Agora, um canal de alta está se formando, com um alvo na região de 56%. Além disso, há uma linha de tendência que representa a região de 50% do canal de alta e sugere a continuação do movimento. Desde setembro de 2022, o gráfico da capitalização do Bitcoin apresenta topos e fundos ascendentes, apoiados principalmente pelas linhas que formam a “Nuvem de Ichimoku”.

No entanto, é importante observar que, ao longo da estrutura, o volume de entrada de capital tem diminuído. Para manter a confiança na continuação dessa tendência de alta, seria crucial que, a partir deste mês de outubro, o volume voltasse a subir ou, pelo menos, se mantivesse em níveis estáveis. Isso aumentaria a probabilidade de que o preço do Bitcoin permanecesse acima da estrutura lateral que foi recentemente rompida.

 

 

 

Medindo os volumes

A análise da dominância e da capitalização do Bitcoin reforça a perspectiva otimista em relação ao preço da criptomoeda. O Bitcoin está retomando sua posição dominante no mercado, e os indicadores apontam para uma tendência de alta. No entanto, o comportamento do volume de entrada de capital deve ser monitorado de perto, pois ele desempenha um papel crítico na sustentação da atual tendência.

 

A análise do gráfico diário fornece uma visão mais detalhada da movimentação recente do Bitcoin e nos permite avaliar a confirmação do rompimento para cima da estrutura que foi objeto de estudo em relatórios anteriores.

Com essa confirmação, o preço do Bitcoin iniciou uma tendência de alta no gráfico diário. No entanto, é importante notar que o fim dessa tendência de alta será marcado por uma correção profunda, que ainda não ocorreu. No momento em que escrevemos este “Variação de Mercado”, o preço estava pairando acima dos níveis de resistência na região de US$ 34 mil.

 

As linhas de equilíbrio do Ichimoku apontam para cima, sugerindo a continuidade do movimento de alta. No entanto, é digno de nota que a cada nova máxima, o preço está se afastando progressivamente do equilíbrio de 9 dias (Tenkan Sen). Com base em estudos do Ichimoku, é importante observar que o preço normalmente não permanece afastado da Tenkan Sen por muito tempo, o que aumenta a probabilidade de ocorrer uma retração ou uma pausa no movimento até que os pontos de equilíbrio se ajustem dentro da estrutura principal de preços.

Os principais suportes para o gráfico diário estão localizados entre as regiões de US$ 31,8 mil e US$ 30,2 mil. Esses níveis marcaram o posicionamento de um “Order Block” que foi superado durante o movimento de alta. Esses suportes representam zonas onde os compradores podem intervir e tentar manter o preço acima desses níveis, caso ocorram correções.

 

 

Conclusão

Este relatório de análise do Bitcoin proporcionou uma visão abrangente da movimentação de preços e dos principais indicadores que influenciam o mercado de criptomoedas. Os dados analisados refletem a dinâmica atual do Bitcoin e fornecem insights importantes para investidores e traders.

Observamos que o Bitcoin experimentou uma forte tendência de alta nas últimas semanas, com um aumento notável na dominância do mercado de criptomoedas. O número de endereços com quantidades significativas de Bitcoin tem crescido, sugerindo um crescente interesse por parte dos investidores em manter e adquirir a criptomoeda. Além disso, o indicador SOPR aponta para oportunidades de realização de lucro, o que pode influenciar a liquidez do mercado.

A análise técnica, com base no Ichimoku, revelou uma tendência de alta bem estabelecida, embora seja importante observar que o preço está se distanciando da linha de equilíbrio de 9 dias. Isso sugere a possibilidade de uma retração ou pausa no movimento de alta para que os pontos de equilíbrio se ajustem.

No gráfico diário, foi confirmado um rompimento para cima, marcando o início de uma tendência de alta. No entanto, é crucial reconhecer que o fim dessa tendência será caracterizado por uma correção profunda, que ainda não ocorreu. Suportes significativos foram identificados nas faixas de 31,8 mil a 30,2 mil dólares, marcando níveis onde os compradores podem atuar para manter o preço durante possíveis correções.

Em resumo, o cenário atual do Bitcoin é otimista, com vários indicadores e dados apontando para um movimento de alta contínua. No entanto, a análise técnica também destaca a necessidade de cautela, considerando a possibilidade de correções no curto prazo. O gerenciamento de riscos continua sendo uma parte essencial de qualquer estratégia de investimento em criptomoedas, e a atenção constante às mudanças do mercado é fundamental. O mercado de criptomoedas é altamente volátil, e os investidores devem estar preparados para diferentes cenários e ajustar suas estratégias conforme necessário.

 

 

Agradecimento

Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório de análise do Bitcoin. Espero que as informações e insights compartilhados tenham sido úteis e informativos.

Lembre-se de que o mercado de criptomoedas é dinâmico e está sempre evoluindo, portanto, a busca constante por conhecimento e análise cuidadosa é fundamental.

Obrigado mais uma vez pela sua leitura e interesse!

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Desta vez o BTC rompe os US$ 31 mil?

Desta vez o BTC rompe os US$ 31 mil?

As divergências e incertezas seguem rondando os mercados globais. As principais potências não conseguem cravar uma recuperação econômica forte, oscilando seus desempenhos semana após semana. Com isso, nem mesmo os Bancos Centrais sabem muito bem como reagir e há poucas pistas no radar sobre como a política monetária será impactada. Fato mesmo é que o Bitcoin (BTC) vai novamente à luta para romper os US$ 31 mil, com um possível fim da pressão de venda por parte dos mineradores e a acentuação da acumulação pré-halving.

 

 

Crescimento estável

Considerando as dificuldades macroeconômicas enfrentadas pelas principais economias do mundo e os incessantes conflitos na Ucrânia e Israel, há quem prefira observar uma economia estável do que em recuperação. Para os que enxergam vantagens neste cenário, os Estados Unidos se tornaram uma importante referência.

Os dados do país apresentaram uma certa divergência. A produção industrial, por exemplo, subiu 0,3%. A aceleração foi relativamente maior do que o aumento de 0,1% esperado pelos analistas. Assim, o setor parece bem resiliente no atual momento global.

Em contrapartida, a publicação do Livro Bege – documento com o status da economia norte-americana – indicou que a maioria dos 12 distritos analisados pelo Federal Reserve (FED) viu pouco ou até mesmo nenhuma mudança em suas atividades econômicas em setembro e início de outubro. Assim, há uma espécie de estabilidade no desenvolvimento do país, mesmo com todas as incertezas que rondam o mundo.

Ao mesmo tempo, o relatório destacou melhorias na contratação e retenção de funcionários em vários distritos, um sinal positivo para o mercado de trabalho. Porém, este é um setor bastante mapeado pelos formuladores de política monetária. Afinal, as autoridades esperam uma queda nos empregos para, então, ver uma redução do consumo e, assim, arrefecer com mais precisão a inflação.

 

 

 

Títulos acertam os juros

Em discurso na última semana, o presidente do FED, Jerome Powell, sinalizou que os crescentes rendimentos dos títulos poderiam ajudar o Fed a desacelerar a economia. Isso é crucial, pois os rendimentos dos títulos têm implicações diretas sobre os custos de empréstimos e, por extensão, sobre o investimento e o consumo. 

Com o rendimento do Tesouro de 10 anos se aproximando de 5%, um nível não visto desde 2007, há uma clara indicação de que os investidores estão antecipando uma política monetária mais restritiva. Como consequência, o dinheiro pode começar a fluir das ações de risco e criptomoedas para os títulos nacionais.

Sobre a inflação, Powell reconheceu que os preços estão desacelerando. No entanto, ele também sinalizou que o Fed ainda pode tomar medidas adicionais, dependendo do desempenho econômico nos próximos meses. Isso sugere que, enquanto a economia dos EUA mostra sinais de estabilidade, o Fed permanece cauteloso e pronto para intervir se necessário.

 

 

Quase de volta à estaca zero

Nas últimas semanas, o mercado passou a ficar animado com a China, quando viu alguns dados econômicos se recuperarem rapidamente. Entretanto, as divergências e instabilidade da atividade local voltou em cheio ao país, retomando as dúvidas na cabeça dos investidores.

O Produto Interno Bruto (PIB) da região avançou 4,9% no terceiro trimestre deste ano. Apesar de acima do esperado pelos analistas, o volume é bem abaixo dos 6,3% registrados no trimestre anterior. Embora isso não seja o fim do mundo para o país, a oscilação mostra que os chineses ainda estão em fase de transição de uma economia orientada para a exportação para uma mais centrada no consumo interno.

Suporta, porém, uma visão de estabilidade, a manutenção da atividade industrial no país. Em setembro, a China conseguiu ver o setor crescer 4,5%, acima dos 4,3% esperados e igual aos 4,5% do último mês. Com isso, pode-se entender que os chineses estão conseguindo manter seu ritmo produtivo, apesar das complicações macroeconômicas e geopolíticas.

Esse ritmo até que “acelerado” faz um bom equilíbrio com o aumento de 5,5% das vendas no varejo, no mês passado. O dado não apenas sugere que a confiança do consumidor está em alta, mas que a própria inflação pode não ser tão impactada pelo aumento do consumo.

 

 

 

Um toque de cuidado

Pelo Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central – considerado uma prévia do PIB – recuou 0,77% em agosto, após dois meses de crescimento consecutivo. A desaceleração chamou a atenção de analistas, que ligaram um sinal de alerta não pela correção, mas, sim, pela intensidade do recuo do indicador. Na comparação anual, entretanto, o cenário é mais otimista, com um crescimento de 1,28% em relação a agosto do ano anterior. 

Embora as perspectivas apontem caminhos diferentes, elas mostram que o país está sofrendo impactos mais imediatos dos conflitos geopolíticos e incerteza macroeconômicas. Mesmo assim, a projeção de longo prazo da economia brasileiro permanece em crescimento.

 

 

Andando sozinho

Após bons dias sem grandes oscilações de preço, o Bitcoin (BTC), enfim, se encaminha para realizar um novo teste de força para os bulls. A criptomoeda rompeu rapidamente os US$ 28 mil, se posicionando, agora, muito próximo dos US$ 31 mil. Apesar da persistente pressão de vendas, o ativo digital segue na luta para avançar para além da resistência de preços.

 

 

Preparados para o halving do Bitcoin

Os dados on-chain têm sido um bom termômetro para o mercado medir o comportamento dos investidores da criptomoeda de referência. Segundo a Glassnode, os investidores de longo prazo (HODLers) detém mais de 76% do suprimento total de BTC em circulação atualmente.

Na mesma linha, a dominância do próprio Bitcoin em relação a todo o setor de moedas digitais está em alta. Com um pico próximo dos 23%, o principal ativo digital do mercado se alinha com seus níveis de abril de 2021 e 2019.

 

Fonte: TradingView, em 23/10/2023, às 9h13min.

 

Este comportamento sugere que os investidores estão em busca de criptomoedas deflacionárias e mais consolidadas do mercado. Além disso, aumenta também a narrativa de acumulação constante e intensa em momentos pré-halving – estimado para acontecer em abril do ano que vem.

 

 

 

Olá, verão!

Em um relatório recente, o banco Morgan Stanley indicou que o mercado de baixa cíclico do Bitcoin, também conhecido como “inverno cripto”, pode estar chegando ao fim. Esse tipo de comentário aponta um otimismo crescente em relação à criptomoeda, com expectativas de um possível retorno de um mercado de alta.

As perspectivas positivas em relação ao setor acompanham ainda uma reviravolta na disputa judicial entre a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a Ripple Labs. Desta vez, o órgão regulador solicitou o arquivamento do caso contra os executivos da empresa responsável pela emissão do token XRP. Embora não esteja diretamente correlacionado, o mercado enxergou a decisão como uma espécie de flexibilização, cogitando, agora, que os ETFs de Bitcoin à vista possam andar mais rapidamente nas mãos das autoridades.

 

 

Segurando a onda

Embora ainda persistente, a pressão de vendas pode ver um descanso no curto prazo. Ao acompanhar os dados de rede, o volume de BTCs enviado às exchanges por mineradores vem caindo, após o pico em meados de setembro.

 

A redução das transações sugere que a famosa “capitulação” dos mineradores está indo para seus menores níveis, podendo fornecer caminho mais livre que os compradores sigam acumulando e elevando o preço da criptomoeda.

 

 

Padrão quase em confirmação

Ao olhar para o gráfico semanal do Bitcoin, o padrão cup and handle destacado em outros Satoshi Calls vai ganhando cada vez mais corpo. A aproximação do preço com o topo do canal de baixa (apontado pela seta) indica que o nível dos US$ 26,3 mil não era mais atraente para os compradores, que defenderam suas posições.

 

Fonte: Gocharting, em 23/10/2023, às 9h15min.

 

Porém, para que o padrão de xícara seja completo, a criptomoeda precisa romper os US$ 31 mil. Caso contrário, novos testes do suporte imediato dos US$ 28 mil podem ser observados nos próximos dias. Esta região, inclusive, pode segurar bem os preços do ativo, já que além da linha horizontal, há ainda a mediana da banda de Bollinger sinalizando uma barreira.

Nos indicadores adjacentes, o MACD está muito próximo de cruzar suas linhas para cima, mostrando a dominância dos bulls neste momento de mercado. Da mesma forma, o índice de força relativa (RSI) em 60 pontos também aponta que o mercado está mais comprado.

 

 

 

Conclusão

Embora ainda não seja possível cravar, é notável que a correlação entre o Bitcoin e o mercado tradicional está diminuindo. Mesmo com todos os percalços macroeconômicos e geopolíticos e até mesmo o aumento considerável dos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, a criptomoeda de referência segue seu caminhar “tranquilo”, em torno de seus próprios fundamentos.

Enquanto nenhuma faísca maior, como a aprovação dos ETFs, acontece, os dados on-chain se tornam uma ferramenta imprescindível para analisar o comportamento dos investidores. Em um cenário bem receptivo ao halving do Bitcoin, a acumulação parece estar dando o tom do mercado, enquanto os compradores tentam alavancar o preço da moeda digital.

A perspectiva técnica segue válida, mostrando que um salto para além dos US$ 31 mil é bastante razoável e factível. Entretanto, é sempre bom ficar alerta em relação a possíveis recuos, já que ainda há muitas incertezas rondando todo o setor macroeconômico global.

Atualização do Ethereum, Staking e LIDO

Atualização do Ethereum, Staking e LIDO

Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano das criptomoedas.

Hoje, vamos mergulhar fundo em um tópico que tem dado o que falar: o Ethereum. Mas não é só isso! Vamos explorar o fascinante mundo do “staking” e entender como o projeto Lido está sacudindo as estruturas desse universo.

Se você já se perguntou como o Ethereum está mudando o jogo ou por que todos estão falando sobre Lido e staking, você está no lugar certo!

Prepare-se para uma viagem repleta de insights, descobertas e, claro, muita informação sobre o mundo crypto. Pegue sua bebida favorita, acomode-se e vamos nessa! 🌌🌍💡

🤔 O que é o Ethereum?

Ethereum é uma plataforma de blockchain descentralizada que permite a criação e execução de contratos inteligentes – Eu estou sendo legal e fazendo uma introdução, mas eu imagino que você saiba o que é Ethereum.

Ele é uma rede pública que tem sua própria criptomoeda, o Ether (ETH). Ethereum foi proposto em 2013 e o desenvolvimento foi financiado por uma venda pública online em 2014, com a rede entrando em operação em 30 de julho de 2015. 

Originalmente, o Ethereum operava com um sistema de prova de trabalho (PoW), semelhante ao Bitcoin. Mas com o objetivo de melhorar a eficiência e a sustentabilidade, o Ethereum iniciou uma transição para um sistema de prova de participação (PoS).

 

O que é Staking?

Staking refere-se ao ato de participar na validação de transações em uma blockchain proof-of-stake (PoS). – Vamos passar rápido por essas introduções.

Em vez de depender de mineradores em um sistema proof-of-work (PoW), redes PoS dependem de stakers. Estes stakers bloqueiam ou “apostam” suas moedas como garantia para serem selecionados para validar e criar novos blocos. 

Em troca, eles recebem recompensas na forma de moedas adicionais da rede. 

Hoje a rede do ETH está com essas estatísticas:

  • ~27,262,280 ETH Staked 🥩
  • 22.68% Staked Share of ETH Supply 🍰
  • 852,034 Validators ✅
  • 32.23% Staked Through Lido 💧

💡 A Lido e o mercado de staking

Quando o Ethereum limitou o staking a 32 ETH, isso criou um mercado para o que é conhecido como “Liquid Staking”.

Lido surgiu como uma resposta direta às mudanças no Ethereum. A plataforma Lido foi projetada para permitir que os detentores de ETH ganhassem recompensas de staking sem ter que trancar seus fundos ou configurar seus próprios nós. 

 

 

Isso é feito através de uma solução que gera “stETH”, um token que representa o ETH apostado na plataforma Lido. O stETH pode ser negociado, usado em DeFi ou convertido de volta para ETH a qualquer momento. Lido, portanto, traz mais liquidez ao ecossistema Ethereum. 

Com o tempo, Lido começou a dominar o mercado de Liquid Staking, centralizando, em certo grau, o staking do Ethereum.

É aí que começa todo um problema!

 

⚠️ Nova atualização do ETH

A introdução do EIP-7514 foi uma resposta ao domínio crescente de plataformas como a Lido. EIP-7514 é a mais recente Proposta de Melhoria do Ethereum lançada em 7 de setembro. 

O Ethereum está enfrentando um desafio: o crescimento acelerado da taxa de staking do ETH. 

Se continuarmos nesse ritmo, até dezembro de 2024, praticamente todo ETH estaria sendo usado para staking. Isso pode parecer bom para o preço do ETH, mas traz pressão para a camada de consenso do Ethereum. Mais validadores podem significar mais validadores mal-intencionados, aumentando os custos de manutenção de segurança da rede.

Duas razões principais levaram a esse crescimento acelerado:

  1. Após uma atualização chamada Shapella, o Ethereum permitiu que os stakers retirassem seu ETH apostado.
  2. As recompensas de staking do ETH são atraentes, incentivando muitos a apostar seu ETH.

Para resolver isso, o Ethereum está pensando em ajustar as recompensas de staking. Mas isso leva tempo e discussões detalhadas. Então, entrou o EIP-7514 como uma solução temporária.

EIP-7514 introduz uma mudança importante: fixa o “Epoch Churn Limit” em 8. Mas o que é isso? Basicamente, é uma ferramenta que controla quantos validadores podem entrar e sair do sistema em um determinado período (chamado de “epoch”, que dura cerca de 6,4 minutos). Antes, esse limite era dinâmico e dependia do número de validadores ativos. Mas, com o EIP-7514, esse número é fixo.

Isso é importante porque, sem controlar esse limite, a taxa de staking do ETH aumentaria rapidamente, chegando a 100% em pouco tempo.

Com o EIP-7514, o aumento diário no ETH apostado será de 57.600 ETH. Isso pode atrasar o tempo para a taxa de staking do ETH atingir 50% em quase 8 meses e adiar a taxa de 100% em pelo menos dois anos.

 

⚠️ O que essa atualização muda para o investidor?

Se você é investidor do Ethereum, com o rápido crescimento da taxa de staking do ETH, a rede pode enfrentar desafios de segurança e sustentabilidade. Então, o EIP-7514 foi introduzido como uma solução temporária para controlar o rápido crescimento da taxa de staking e manter o equilíbrio no ecossistema.

Já se você investe e usa a Lido, com a introdução do EIP-7514 e outras atualizações potenciais do Ethereum, a Lido pode ter seus próprios desafios. A atualização pode ser vista como uma tentativa de limitar o poder de plataformas como a Lido, e a Lido terá que se adaptar a essas mudanças.

O mercado de staking vai continuar crescendo, mas em passos pequenos.

 

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news. 

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!