Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.
Estou focado em apresentar as melhores narrativas para vocês, meus caros leitores, para tirar o melhor proveito do mercado quando a bull começar.
Então vamos ao que importa: caçar projetos com potencial gigantesco de valorização para o próximo ciclo.
Como você percebeu no título, estamos na PARTE 3 – Então se não leu a 1ª e 2ª parte, corre lá antes de começar essa – e já apresentamos 4 narrativas e alguns projetos.
Hoje vou tentar manter o ritmo – e acelerar por que não temos muito tempo até o halving – e te mostrar mais 3 setores que eu particularmente estou muito de olho. Ficou curioso?
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
💰 Narrativas fortes que valem a pena
Mas se você está chegando de paraquedas nessa análise, vou te introduzir brevemente sobre narrativas.
Como expliquei no primeiro artigo e no segundo artigo, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.
Hoje vamos falar sobre Interoperabilidade, Inteligência Artificial e LSD/LSD L2 que nos últimos meses foram os grandes assuntos do mercado.
1# Interoperabilidade
A interoperabilidade em blockchain refere-se à capacidade de diferentes sistemas blockchain e protocolos trabalharem juntos e compartilharem informações de maneira eficiente.
Esta narrativa está focada em resolver o problema de “silos” isolados no ecossistema blockchain, permitindo que diferentes redes comuniquem e colaborem entre si, aumentando a utilidade e a eficiência do espaço cripto como um todo.
Estou de olho em 2 projetos nesse momento com essa narrativa: BICO e a FLUX.
A Biconomy (BICO) foca na interoperabilidade ao nível das transações, facilitando uma experiência de usuário mais suave entre diferentes blockchains. Eles procuram reduzir a complexidade das transações em diferentes redes, tornando-as mais acessíveis aos usuários comuns.
A Flux está construindo uma infraestrutura descentralizada que visa suportar a próxima geração de aplicativos Web3. Sua abordagem para interoperabilidade envolve a criação de uma rede robusta e escalável que pode suportar várias blockchains e aplicativos descentralizados (dApps).
2# Liquidity Staked Derivatives (LSD)
Você já deve saber o que é Staking né? Se não sabe, vou deixar esse texto do blog da Foxbit para você se aprofundar porque não dá para falar de LSD sem saber o básico de Staking.
O LSD é um derivativo que representa tokens bloqueados em protocolos de staking. A ideia é permitir que os usuários mantenham a liquidez e o acesso aos seus ativos, mesmo enquanto estão bloqueados. Isto resolve o problema da iliquidez dos ativos bloqueados em staking, permitindo maior flexibilidade e eficiência para os detentores de tokens.
LSD L2 expande o conceito de LSD para blockchains de segunda camada (Layer 2), que são projetadas para escalar as capacidades de blockchains de primeira camada (Layer 1) como o Ethereum. O foco é combinar os benefícios de staking líquido com as vantagens de escalabilidade e eficiência das soluções Layer 2.
A Lido é a maior do mercado e um dos principais projetos, oferecendo staking líquido para Ethereum. Lido permite que os usuários façam staking de seus ETH e recebam em troca tokens stETH, que podem ser usados em outras atividades de DeFi, mantendo a liquidez.
A Frax Share é parte do ecossistema Frax, um protocolo de stablecoin parcialmente colateralizado. FXS desempenha um papel chave no mecanismo de governança e estabilização da stablecoin FRAX, oferecendo uma abordagem inovadora no contexto de LSD.
Já a Pendle se concentra em permitir a negociação e gestão de rendimentos de tokens de yield e LSD em ambientes Layer 2. O projeto proporciona uma plataforma onde os usuários podem otimizar suas estratégias de rendimento em um ambiente de baixo custo e alta eficiência.
3# Inteligência Artificial
A narrativa em torno da Inteligência Artificial no espaço cripto se concentra em integrar capacidades de IA para melhorar a análise de dados, a automação de processos e a criação de novos tipos de aplicativos e serviços.
Isso inclui desde a análise de mercado até a governança descentralizada e a personalização de experiências de usuário.
Essa narrativa vem mantendo uma atração interessante ao longo do bear market e teve seus momentos de glória com a explosão do ChatGPT e outras IAs. Vamos olhar alguns tokens que eu estou de olho nessa narrativa.
A SingularityNET é uma plataforma descentralizada para serviços de IA, permitindo que qualquer um crie, compartilhe e monetize serviços de IA na blockchain.
A segunda é a The Graph que usa tecnologias de IA para otimizar a indexação e a consulta de dados em blockchains, facilitando o desenvolvimento de dApps mais eficientes e poderosos.
Já a Ocean Protocol foca na democratização do acesso a dados e serviços de IA. Eles permitem que usuários compartilhem e monetizem dados de forma segura, incentivando a criação de um ecossistema de dados e IA mais aberto e conectado.
Conclusão
O mercado não para de crescer e é bom ficar antenado. Olhando para as 3 narrativas essa é minha visão resumida do que apresentei.
A interoperabilidade surge como uma área de forte interesse, indicando que os usuários e investidores estão buscando por mais flexibilidade e eficiência na interação entre diferentes blockchains. Isso pode sinalizar um movimento em direção a uma maior adoção de plataformas e protocolos multi-cadeia.
As LSD e LSD L2 também são pontos de destaque, refletindo a demanda contínua por soluções que permitam aos detentores de criptoativos manterem a liquidez e participarem ativamente no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), mesmo durante o período de staking. Este interesse sugere que a comunidade cripto está buscando maneiras de otimizar os rendimentos e a utilização de seus investimentos.
Embora a IA não domine ainda o mercado, sua presença indica um investimento progressivo e um olhar atento para as inovações que a IA pode trazer para o espaço cripto, seja na melhoria de processos, na análise de dados ou na criação de novos serviços.
Vamos continuar acompanhando esses setores nas próximas semanas. Eles vão trazer grandes retornos nesse ciclo.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
A volatilidade do Bitcoin (BTC) voltou a ficar bastante acentuada nas últimas semanas, principalmente após a euforia por trás da aprovação do ETF da criptomoeda nos Estados Unidos. A queda, porém, levantou o pânico de muitos investidores, e abriu dúvidas sobre uma possível recuperação de preços. A análise técnica mostra que, sim, um período mais estendido de correção é possível, assim como um momento de consolidação lateral de preços. Fato é que a tendência de preços está indefinida, e o mercado precisa estar preparado para mais volatilidade.
Um cenário complexo
O mercado de criptomoedas, especialmente o Bitcoin, tem sido alvo de intensas análises nas últimas semanas, revelando nuances interessantes e desafiadoras para os investidores.
Durante a última semana, observamos um retorno do preço do Bitcoin para dentro do canal de alta, situando-se abaixo da linha de equilíbrio de 9 períodos do gráfico semanal. A vela da última semana, caracterizada como um doji, sugeriu uma possível indefinição no mercado, apontando para a necessidade de uma análise mais profunda para compreender os possíveis cenários futuros.
Uma observação importante no gráfico de preços semanal é a concentração das negociações na parte superior de um canal de alta. Nesse contexto, é possível que o preço do Bitcoin busque a linha base do Ichimoku, localizada na região de US$ 37 mil.
Interessante notar que este ponto coincide com a linha de 50% do canal de alta, conferindo uma relevância adicional a essa região como um potencial suporte.
É de suma importância destacar que, antes de atingir a linha base, há um desequilíbrio a favor dos compradores registrado na semana de 27 de novembro, por onde o preço do Bitcoin pode encontrar novos aportes. Apesar da tendência de alta observada no Bitcoin desde setembro de 2023, é natural que ocorram movimentos corretivos para ajustar a trajetória ascendente.
O movimento atual do preço, caracterizado pela intensa realização de lucros, pode ser interpretado como uma correção na tendência de alta. Na semana de 08 de janeiro, o Bitcoin alcançou sua máxima estrutural, completando um movimento de 18 semanas e encerrando um ciclo de 17 semanas. Diante desse cenário, é razoável esperar uma correção para testar regiões importantes de suporte dentro da tendência de alta.
Ao analisar o gráfico semanal, é possível observar que a linha Senkou Span B, projetada para 26 semanas no futuro, está plana, sugerindo um enfraquecimento da tendência de alta.
Da mesma forma, a linha base, que mede o equilíbrio de 26 períodos, também permanece plana, indicando desafios para os investidores que buscam manter os preços em patamares mais elevados.
A linha Chikou Span, que representa o preço atual deslocado 26 semanas no passado, ainda sugere a possibilidade de um movimento corretivo adicional, prevendo mais 4 a 5 semanas antes do início de um novo ciclo.
O preço de fechamento da vela da semana passada ficou abaixo da linha Tenkan Sen, que representa o equilíbrio dos últimos 9 períodos, operando como um primeiro nível de resistência a ser superado. Dentro do contexto do movimento lateral desde a semana de 04 de dezembro, a vela da semana de 08 de janeiro buscou liquidez sobre as máximas da estrutura lateral.
Agora, observamos o movimento do preço buscando liquidez abaixo das mínimas da estrutura, aumentando a atenção dos investidores para as principais regiões de suporte em torno de US$ 37 mil.
Caso o preço do Bitcoin atinja essas regiões, os investidores estarão atentos à força do movimento, buscando gatilhos para uma retomada da tendência de alta. A análise técnica sugere que uma busca por liquidez no fundo da estrutura é saudável para a manutenção de uma tendência de alta.
Nesse sentido, torna-se imperativo que os investidores monitorem de perto os indicadores técnicos, estejam preparados para ajustar suas estratégias conforme a evolução do cenário e compreendam a importância da análise de múltiplos cenários.
Além disso, a análise fundamentalista do Bitcoin, considerando fatores macroeconômicos, regulatórios e eventos geopolíticos, torna-se relevante para uma visão abrangente do mercado.
Dentro deste contexto podemos citar por exemplo a criação do ETF de Bitcoin a vista nos Estados Unidos, autorizado pela SEC, mas que ainda não trouxe reflexos significativos para a movimentação de preços.
O que aconteceu na verdade, foi que após a criação do ETF de Bitcoin nos Estados Unidos, investidores visualizaram a oportunidade de realização de lucros diante da euforia criada em torno da aprovação do referido produto.
Uma questão a ser observada, é que a realização de lucros, em torno da euforia do mercado, foi maior que a demanda presente naquele momento e isso fez com que uma oferta maior promovesse a queda no preço do Bitcoin.
No cenário global, a aceitação institucional das criptomoedas e o desenvolvimento de infraestrutura para sua adoção massiva também desempenham um papel importante. E de certa forma, esta aprovação do ETF de Bitcoin a vista poderá contribuir para uma alavancagem na adoção do mercado de criptomoedas como um todo.
Também vale ressaltar, que é necessário um certo tempo para que eventos como este apresentem resultados, e mais uma vez o mercado está revelando que investidores pacientes e munidos de informações poderão ter resultados melhores do que aqueles que tentam aproveitar de momentos meramente de euforia.
Em suma, o atual cenário do Bitcoin apresenta desafios e oportunidades, com uma clara necessidade de os investidores permanecerem vigilantes diante das complexidades do mercado de criptomoedas.
A interseção entre análise técnica e fundamentalista torna-se essencial para uma compreensão holística, permitindo que os investidores ajustem suas estratégias de acordo com a dinâmica em constante evolução.
Indicadores subjacentes
O universo dinâmico do mercado de criptomoedas, particularmente o Bitcoin, revela-se como uma arena de constante transformação, onde investidores buscam compreender os movimentos de preço e antecipar as tendências por meio de análises técnicas sofisticadas.
Além da observação da movimentação de preço com base na relação entre oferta e demanda, utilizando as linhas de equilíbrio do Ichimoku, é vital a análise de indicadores técnicos adicionais para corroborar as informações analisadas. Neste contexto, a atenção recai sobre os indicadores MACD (Convergência/Divergência de Médias Móveis) e Estocástico Lento, cujas interpretações podem fornecer insights importantes sobre o provável curso futuro do Bitcoin.
Até o momento, nossa análise indicou a possibilidade de que o movimento corretivo no preço do Bitcoin possa persistir por mais algum tempo no gráfico semanal. Diante dessa perspectiva, é imperativo explorar as informações fornecidas pelos indicadores supracitados, começando pelo MACD.
Ao observar o indicador MACD, notamos que, embora esteja acima da linha 0, seu histograma vem produzindo máximas cada vez menores desde a semana de 11 de dezembro.
Essa dinâmica sinaliza uma possível pausa na tendência de alta, com investidores atentos à proximidade do histograma do MACD com a linha 0. A ultrapassagem do histograma de cima para baixo pode indicar uma extensão do movimento de queda, tornando a análise das regiões de suporte uma prioridade.
O MACD, sendo uma ferramenta valiosa na análise técnica, não se limita ao histograma. As duas linhas que o compõem, conhecidas como linha MACD e linha de sinal, oferecem informações cruciais sobre a movimentação da estrutura de preços e o comportamento dos investidores.
A análise das direções dessas linhas e seus cruzamentos revelam dados importantes sobre as possíveis trajetórias do mercado. Na análise do gráfico semanal, a linha MACD, representada em azul, está em declínio, acompanhando a tendência do histograma e sugerindo uma possível continuação na retração do preço.
Por outro lado, a linha de sinal, em laranja, levemente ainda aponta para cima, indicando uma divergência com a linha MACD e o histograma. Essa divergência pode promover o cruzamento das duas linhas revelando um cenário a favor dos vendedores.
A combinação desses elementos leva os investidores a interpretar que o cenário de lateralidade proposto pela estrutura semanal desde a semana de 04 de dezembro, sugere um enfraquecimento dos compradores após a busca por liquidez no topo da estrutura.
Como resultado dessas informações temos uma busca por liquidez abaixo das mínimas da estrutura, conforme discutido anteriormente em relação à oferta e demanda e às linhas de equilíbrio do Ichimoku.
Além do MACD, a análise também se estende ao indicador Estocástico Lento, outra ferramenta valiosa que auxilia os investidores na compreensão dos níveis de sobrecompra e sobrevenda.
No intervalo semanal do Bitcoin, observamos as linhas do Estocástico Lento saindo de uma região de sobrecompra, deslocando-se em direção aos níveis de 50% do indicador, onde encontramos um primeiro nível de suporte.
Caso o movimento de queda se intensifique e haja uma ruptura desses níveis de 50%, os investidores podem aguardar até que as linhas do Estocástico Lento se posicionem abaixo dos níveis de 20, indicando possíveis regiões de sobrevenda. A partir desse ponto, os investidores que atuam na ponta da compra iniciarão a busca por gatilhos no movimento de preço, confirmando uma possível retomada da tendência.
Ao analisar as informações do MACD e do Estocástico Lento de maneira conjunta, surge uma confluência de dados indicando a possibilidade de que a correção de preços do Bitcoin possa se estender por mais algum tempo.
No entanto, é crucial ressaltar que todas as informações fornecidas por esses indicadores derivam do movimento de preço e da relação entre oferta e demanda. Assim, a entrada de uma demanda significativa pode alterar esse cenário de possível movimento de queda.
Em vista disso, é de extrema importância que os investidores acompanhem de perto a dinâmica dos preços e utilizem as informações dos indicadores técnicos como uma base para entender as possibilidades, sempre considerando a natureza volátil e imprevisível do mercado de criptomoedas.
A análise técnica, quando utilizada com discernimento, pode ser uma ferramenta poderosa, mas a vigilância constante e a capacidade de adaptação são cruciais para o sucesso no ambiente altamente dinâmico das criptomoedas.
Para onde vão os lucros?
Após uma análise minuciosa da movimentação de preços no gráfico semanal do Bitcoin, surge a identificação de uma possível correção no horizonte. É relevante ressaltar que, embora essa correção tenha sido identificada no gráfico semanal, há indícios de que possa se tratar de um movimento de curto prazo.
Enquanto os investidores de curto prazo ajustam suas estratégias diante dessa possível correção, os investidores de longo prazo mantêm uma visão otimista, focando no crescimento do Bitcoin em um período mais estendido.
A perspectiva de crescimento a longo prazo é alimentada, em grande parte, pela iminência do halving neste ano. Historicamente, esse evento impulsiona uma valorização significativa do Bitcoin, afetando positivamente todo o mercado de criptoativos.
Para embasar essa visão de longo prazo, voltamo-nos para o indicador The Puell Multiple, que oferece uma análise detalhada do lado da oferta da economia de Bitcoin, considerando os mineradores e suas receitas.
Ao longo dos anos, compreendemos que o Bitcoin atravessa ciclos marcados, especialmente, pelo evento do Halving. A métrica fornecida pelo The Puell Multiple explora esses ciclos a partir da perspectiva das receitas dos mineradores, que, em determinados momentos, precisam cobrir seus custos de mineração, influenciando diretamente a movimentação de preço. Essas vendas de Bitcoin por parte dos mineradores geralmente provocam retrações na cotação.
A imagem gráfica do indicador revela dois níveis principais demarcados: uma faixa vermelha na parte superior e uma faixa verde na parte inferior. Investidores de longo prazo que monitoram esse indicador buscam adquirir novas moedas quando a linha laranja está dentro da faixa verde, realizando lucros quando atinge a faixa vermelha.
No entanto, entre essas faixas, há regiões identificadas como pontos de retração, gerando oportunidades para investidores que possam ter perdido o ponto inicial.
A retração, historicamente observada entre as faixas, tem coincidido com os momentos que antecedem o halving. Ao analisar o The Puell Multiple no cenário atual, percebemos que a linha laranja está na região central entre as faixas, indicando uma lateralidade.
Comparando esse momento com períodos anteriores de halving, identificamos pausas e retrações antes de novos impulsos de alta.
Nos halvings de 2012 e 2016, houve pausas e retrações antes das retomadas de alta. Em 2019, antes do halving de 2020, uma breve pausa semelhante ao movimento de 2012 precedeu uma correção e a subsequente retomada de alta que culminou na máxima histórica do Bitcoin.
No período atual, estamos no pré-halving deste ano. A pausa na movimentação da linha laranja do The Puell Multiple indica lateralidade, assemelhando-se ao período que antecedeu o halving de 2016, sugerindo a possibilidade de uma correção antes de uma retomada de alta.
De acordo com as informações deste indicador, essa pausa está resultando em uma retração abaixo dos 40 mil dólares e pode ser uma oportunidade para investidores identificarem os gatilhos no preço, visando uma possível alta pós-halving.
A análise do The Puell Multiple sugere que essa retração pode ser uma busca por liquidez nas mínimas antes de uma retomada da tendência de alta.
Assim, torna-se evidente a importância de avaliar o mercado com informações que vão além do gráfico de preços. O mercado de criptomoedas oferece a transparência dos dados de rede, permitindo uma análise mais abrangente para corroborar com as informações derivadas do movimento de preço.
Neste cenário complexo, os investidores são desafiados a integrar diversas fontes de dados para tomadas de decisões mais informadas e alinhadas com as nuances do mercado de criptoativos.
Conclusão
Em um panorama dinâmico, a análise do Bitcoin, revela-se fundamental para os investidores enfrentarem os desafios e aproveitar possíveis oportunidades no mercado de criptomoedas.
Ao longo desta análise, foram examinados diversos aspectos, desde a movimentação de preços no gráfico semanal até indicadores técnicos e fundamentais, proporcionando uma visão holística do cenário atual.
Inicialmente, o retorno do preço do Bitcoin para dentro do canal de alta nas últimas semanas e a formação de um doji sinalizando indefinição indicaram a necessidade de uma análise mais aprofundada.
A concentração das negociações na parte superior do canal sugeriu a possibilidade de uma busca pela linha base do Ichimoku na região de US$ 37 mil, coincidindo com a linha de 50% do canal de alta. O desequilíbrio favorável aos compradores e a realização de lucros podem ser interpretados como uma correção na tendência de alta.
A análise técnica do gráfico semanal destaca a planicidade das linhas Senkou Span B e linha base do Ichimoku, indicando um enfraquecimento na tendência de alta. A linha Chikou Span sugere a possibilidade de um movimento corretivo adicional antes de um novo ciclo. Os indicadores técnicos, como o MACD e o Estocástico Lento, complementam a análise, indicando uma possível extensão do movimento corretivo.
A interseção entre análise técnica e fundamentalista se mostra vital, sendo necessário considerar fatores macroeconômicos, regulatórios e eventos geopolíticos. O recente lançamento do ETF de Bitcoin nos Estados Unidos, apesar de não ter gerado reflexos imediatos nos preços, destaca a importância da aceitação institucional das criptomoedas. A realização de lucros em torno da euforia do mercado após o lançamento do ETF evidencia a influência dos eventos macroeconômicos na dinâmica dos preços.
A análise do indicador The Puell Multiple ofereceu uma perspectiva a longo prazo, considerando os ciclos relacionados ao halving do Bitcoin. A pausa e retração antes de impulsos de alta observadas nos períodos de halving anteriores sugerem que a atual lateralidade no indicador pode preceder uma correção antes de uma retomada de alta.
A retração abaixo dos 40 mil dólares pode representar uma busca por liquidez antes do halving, conforme indicado pelo The Puell Multiple.
Em síntese, o cenário atual do Bitcoin apresenta desafios e oportunidades. A análise técnica, aliada à compreensão dos eventos macroeconômicos e aos insights fornecidos por indicadores específicos, permite aos investidores ajustarem suas estratégias em um ambiente altamente dinâmico.
A transparência dos dados de rede no mercado de criptomoedas reforça a importância de considerar diversas fontes de informações para decisões mais informadas. Assim, a vigilância constante e a capacidade de adaptação permanecem como elementos-chave para o sucesso nesse universo em constante evolução.
Agradecimento
Caros investidores,
Para finalizar, gostaria de agradecer a todos que dedicaram tempo e atenção à leitura do presente relatório.
A compreensão e análise das nuances do mercado de criptomoedas, especialmente do Bitcoin, demandam um comprometimento significativo, e é gratificante contar com uma audiência tão dedicada.
Acredito que a busca por conhecimento e a compreensão aprofundada das complexidades desse universo são fundamentais para os investidores, e sua disposição em explorar as análises aqui apresentadas reflete esse compromisso.
O cenário dinâmico das criptomoedas exige uma abordagem ampla e a consideração de diversas variáveis, e espero que o relatório tenha contribuído para aprimorar a compreensão de todos sobre o atual momento do Bitcoin.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
O mercado de criptomoedas vive um momento “chatinho”. É quase que uma punição para quem esperou tanto tempo para comprar Bitcoin (BTC). Porém, a paciência costuma ser recompensada aos investidores mais calmos e analíticos. A subida rápida aos US$ 49 mil e a euforia em torno de um mercado sobrecomprado exigia que a moeda digital visse seu preço cair um pouco. Esse comportamento é visto desde os mineradores aos especuladores. Agora, o mercado sinaliza que boa parte deste processo já acabou, mas isso não é motivo para descuidos.
Mineradores de Bitcoin minerando lucros
Só agora o movimento de realização de lucros do mercado de criptomoedas está começando a dar uma esfriada. A semana foi bastante intensa, com os investidores vendendo suas posições para embolsar os ganhos. E boa parte da pressão veio dos mineradores, que colocaram no mercado mais de 10,3 mil unidades da criptomoeda em apenas um dia. A ação levou esses big players a acumularem “apenas” 1,83 milhão de BTCs em suas reservas, o menor nível desde julho de 2021.
Vocês gostam de especular, hein!?
O mercado de derivativos também ajudou bastante a puxar o Bitcoin e todo o mercado de criptomoedas para baixo nos últimos dias. As liquidações na casa dos US$ 240 milhões em contratos futuros foram comuns recentemente. Isso gerou a famosa venda de pânico, com 88 mil BTCs sendo vendidos abaixo do preço de compra.
Um sobe, o outro desce
A correlação inversa entre o desempenho do Bitcoin e do índice dólar (DXY) ataca novamente. Coincidentemente – ou não – a última semana de queda da criptomoeda de referência acompanhou uma recuperação importante para a moeda norte-americana. Isso acarretou ainda no aumento dos rendimentos dos títulos do tesouro dos Estados Unidos, fazendo com que os investidores tirassem parte de suas posições do mercado de risco e a colocassem nos papéis federais.
Tudo dentro do esperado… Por enquanto
A análise do gráfico do Bitcoin no tempo diário mostra que os compradores estão tentando estancar parte das perdas e uma possível continuação da queda. Na imagem, é possível ver como o fundo do canal lateral está gerando pavios de preços, apesar da recente quebra para baixo. Caso isso se consolide, a queda deve se estender por mais tempo.
Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h46min.
O MACD traduz bem essa disputa entre compradores e vendedores, com suas médias móveis se aproximando e se distanciando constantemente. O Índice de Força Relativa (RSI) segue em baixa, mirando os 40 pontos, com o mercado ainda mais sob controle dos bears.
Já a banda de Bollinger começa a abrir lentamente, sugerindo que o mercado pode ver uma ampliação da volatilidade. Então, caso o suporte de US$ 40 mil seja perdido, os US$ 38 mil devem ser a próxima parada. Senão, será necessário aguardar um reteste do topo do canal lateral.
Se acalmando aos poucos
Quando aumentamos o prazo no gráfico semanal do Bitcoin, vemos a formação de um canal lateral, indicando que o mercado está ainda no processo de realização de lucros e reacomodação de seus suportes. Ainda mais considerando que, por muito tempo, o mercado estava em um nível de forte sobrecompra. Como apontado no último Satoshi Call, inclusive, a perspectiva histórica mostrava que a correção era iminente.
Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h50min.
Fato é que o canal de negociação é até que semelhante ao observado no gráfico diário, com a faixa entre US$ 44 mil e US$ 40 mil como volatilidade padrão. As linhas do MACD estão se direcionando para cruzar para baixo, sinalizando a força da recente realização de lucros. Já o RSI desceu para os 63 pontos, o que é bom, mas poderia ser melhor se caísse um pouco mais.
Neste prazo maior, as perspectivas seguem parecidas. Se subir, podemos ver o Bitcoin rompendo os US$ 50 mil. Caso o movimento seja contrário, os suportes estão em US$ 36 mil e US$ 31 mil.
Riscos cada vez menores
Na balança entre queda da inflação e possível recessão econômica, parece que os Estados Unidos estão conseguindo manobrar bem a nave. Os recentes dados de vendas no varejo mostram bem isso. A atividade subiu 0,6% no mês passado. Na mesma pegada, a produção industrial avançou 0,1%. Porém, nem tudo são flores, né? O quarto trimestre terminou no negativo, sugerindo que ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo setor. Fato é que esse desempenho vem reduzindo os receios da famosa estagflação – quando a inflação sobe, e o crescimento econômico perde força.
Já quem estava esperando que o Federal Reserve iria cortar os juros em breve, pode ter um sustinho no meio do caminho. Representantes do Banco Central dos Estados Unidos falaram na última semana e ninguém quis bancar essa primeira “fatiada” na bola. Alguns deles não descartam a possibilidade de manter os juros assim por mais tempo para controlar os preços internos.
Decolagem suave
Apesar dos conflitos geopolíticos com Taiwan – e possível envolvimento dos Estados Unidos –, a atividade econômica da China parece caminhar sem grandes problemas, após alguns meses de instabilidade. O país divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de 2023 cresceu 5,2%, acima da meta de 5%.
O dado é “confirmado” pela produção industrial, que avançou 6,8% em dezembro, para além dos 6,5% esperados. Quem deixou um pouco a desejar foram as vendas no varejo, que subiram 7,4%, pouco abaixo da expectativa de 7,7%.
Uma hora vai, só não se sabe quando
A Zona do Euro segue ainda “catando cavaco”. A produção industrial do país recuou 0,3% em novembro, e 6,8% na base anual. Já a inflação de curto prazo mostrou uma aceleração, mas a perspectiva de ano a ano continua apontando para uma situação ainda bem controlada.
Nessa busca por equilíbrio entre economia e aumento de preços, a maior preocupação do Banco Central Europeu (BCE) parece ser exatamente o segundo ponto. Na ata da última reunião, as autoridades monetárias disseram que os preços estão caindo na região de forma “encorajadora e disseminada”. Por isso, a política deve ser mantida por mais um tempo para que a meta seja alcançada, deixando no ar que novos aumentos de juros estão fora do escopo de trabalho neste momento.
Conclusão
Embora frustrante para muitos investidores – principalmente os iniciantes –, a correção de preços é algo natural e importante para qualquer ativo. Afinal, é neste movimento de sobe e desce que o Bitcoin e qualquer outra aplicação constrói pontos de suporte importantes e permitem entradas cada vez mais assertivas.
O Bitcoin, enfim, encontrou sua correção de preços. O mercado de criptomoedas até sugere que parte dela já foi concluída. Mas, como sempre, há espaço para mais quedas, ainda mais olhando para prazos mais extensos. Porém, podemos estar vendo também um período de consolidação, igualmente importante, após uma alta expressiva como a observada nos últimos tempos.
Bem-vindos a segunda edição do ano do: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.
Agora vamos ao que realmente importa: caçar projetos com potencial gigantesco de valorização para o próximo ciclo.
Hoje vou te mostrar 3 setores – para quem não viu a parte 1, fica aqui o link – do mercado que vão pegar fogo em 2024 e se você estiver bem posicionado nele, com certeza vai surfar uma bela onda. Ficou curioso?
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
💰 A narrativa mais bem consolidada
Na primeira parte dessa análise, expliquei as narrativas DePIN, GambleFi e Desci, além de apontar alguns tokens que eu estou olhando dentro de cada uma.
Mas se você está chegando de paraquedas nessa análise, vou te introduzir brevemente sobre narrativas.
Como expliquei no primeiro artigo, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.
Dentre todas as narrativas do mercado, uma se sobressai: DEXs.
Depois do que aconteceu com a FTX, essa narrativa ganhou mais força e com base nos dados, a narrativa das exchanges descentralizadas (DEXs) – uma subcategoria do DeFi – mantém uma presença significativa tanto em volume quanto em número de transações.
Vamos dar uma olhada nos dados?
O gráfico da esquerda destaca a porcentagem do volume de negociação atribuído a diferentes tendências.
Perceba que a categoria DEX e DeFI Blueship mantêm uma fatia consistente do mercado ao longo de 2023, indicando sua resiliência e importância contínua para os investidores.
Por exemplo, em janeiro de 2024, as DEXs representavam aproximadamente 7,1% e DeFI 10,2% do volume total de negociações, superando outras categorias como LSD L2 e LSD, que são variantes de soluções de escalabilidade.
No gráfico da direita, a porcentagem de transações destaca a atividade do usuário, com as DEXs demonstrando um fluxo constante de transações.
Em janeiro de 2024, a porcentagem de transações dentro da narrativa DEX era de 18,9%, DeFI 6,4% e Perp 8,6%, significando um alto nível de engajamento dos usuários em comparação com outras categorias como RWA e LSD.
Outro ponto dessa narrativa é que os produtos já estão rodando no mercado, são bons geradores de receita e tem um modelo de negócio que para de pé.
Resumindo, tem tudo para brilhar nos próximos meses. Agora, vamos dar uma olhada em 3 setores dentro de DEXs que eu, Isac, estou olhando muito.
1# Os protocolos DEXs
O primeiro são as próprias exchanges descentralizadas (DEXs), que representam um avanço significativo na autonomia e acessibilidade das finanças.
Dentre elas, plataformas como CRV (Curve Finance), GRAIL, JOE (Trader Joe), SUSHI (SushiSwap) e UNI (Uniswap) estão se destacando por produtos, desenvolvimento e usuários.
A CRV (Curve Finance) é notável por sua especialização em trocas de stablecoins, proporcionando liquidez profunda e baixo slippage. GRAIL vem ganhando atenção pela sua abordagem inovadora, enquanto JOE (Trader Joe) combina funcionalidades de DEX com outras ofertas soluções DeFi em Avalanche. A SUSHI (SushiSwap), inicialmente um fork de Uniswap, evoluiu com características únicas, como a plataforma de staking SUSHI. UNI (Uniswap), talvez a mais conhecida, permanece líder em volume e usuários, simbolizando a força do setor.
2# DEX Aggregators: Maximizando Eficiência e Liquidez
Quando um usuário deseja trocar uma criptomoeda por outra, ele pode não encontrar o melhor preço possível em uma única DEX devido a variações na liquidez entre diferentes plataformas. Os agregadores de DEX resolvem esse problema ao conectar várias DEXs.
Eles rastreiam diferentes exchanges descentralizadas em tempo real para encontrar a melhor taxa de câmbio disponível para uma transação. Ao fazer isso, eles permitem que o usuário execute uma negociação ao melhor preço possível sem a necessidade de visitar várias plataformas manualmente.
Os agregadores de DEX, como 1INCH, COW (CowSwap), LON (Tokenlon) e PSP (ParaSwap), desempenham um papel crucial na otimização de negociações.
1INCH se destaca por seu algoritmo inteligente que minimiza o slippage. COW (CowSwap), embora mais recente, inova com uma solução que busca prevenir falhas front-running nas transações. LON (Tokenlon) e PSP (ParaSwap) oferecem interfaces intuitivas e integrações com várias DEXs, destacando-se pela facilidade de uso e eficiência.
3# Perpetual DEXs
Vamos a terceira e última subcategoria, os perpétuos. Os contratos perpétuos são instrumentos financeiros que permitem a negociação do valor futuro de um ativo, mas, ao contrário dos contratos futuros tradicionais, eles não têm data de vencimento. Isso significa que a posição pode ser mantida indefinidamente, desde que o trader possa cumprir com as margens da operação.
As DEXs de negociação perpétua, como DYDX, GMX, GNS (Gnosis), VELA (Perpetual Protocol) e MCB (MCDEX), estão remodelando o mercado de derivativos.
DYDX lidera com uma plataforma robusta que oferece alavancagem e liquidez. GMX atrai usuários com sua interface simplificada e taxas competitivas. GNS (Gnosis) inova com soluções de liquidez e mecanismos de negociação avançados. VELA (Perpetual Protocol) oferece uma experiência de negociação perpétua única com seu próprio mecanismo virtual AMM. Por fim, MCB (MCDEX) se destaca com sua abordagem híbrida, combinando características de DEXs e tradicionais mercados de derivativos.
Conclusão
Ficar dentro da narrativa DEX é crucial por várias razões.
Primeiro, as DEXs são fundamentais para a infraestrutura do DeFi, proporcionando liquidez e permitindo a troca de ativos sem a necessidade de intermediários.
Segundo, o volume e as transações consistentes nas DEXs indicam uma confiança contínua dos usuários na descentralização, ao mesmo tempo em que destacam a demanda por serviços que as DEXs oferecem exclusivamente.
Terceiro, as DEX vieram para ficar e o número de usuários é a prova disso. Não fique de fora dessa revolução.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Depois de subir até os US$ 49 mil e atingir a máxima dos últimos dois anos, o Bitcoin (BTC) viu a euforia pós-aprovação de seus ETFs à vista nos Estados Unidos ser reduzida. Com isso, a busca por liquidez colocou a criptomoeda em correção, pressionando o ativo. Próxima dos US$ 40 mil, indicadores técnicos sugerem que um período mais lateral pode estar presente no mercado, mas há sinais otimistas ainda para que o BTC retome sua alta.
Repercussão pós-ETFs de Bitcoin
O preço do Bitcoin atingiu uma nova máxima na semana passada, alcançando os US$ 49 mil, impulsionado pela expectativa da aprovação do EFT de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. O otimismo dos investidores, que antecipavam a possibilidade de ultrapassar a marca dos US$ 50 mil e buscar um alvo projetado acima de US$ 51 mil, foi ampliado com a propagação de notícias indicando uma possível aprovação por parte da SEC para vários fundos de investimento.
Contudo, a dinâmica de preços apresentou um cenário adverso às expectativas do mercado. Após a efetiva autorização da SEC para o referido ETF, o preço do Bitcoin sofreu correções, indicando a presença de liquidez a ser absorvida nas bases da estrutura lateral que está se formando no topo de um canal de alta, conforme observado no gráfico semanal.
A autorização do ETF de Bitcoin à vista pela SEC veio com um alerta do presidente da entidade sobre a concessão, ressaltando os riscos que os investidores poderiam enfrentar. Diante desse cenário, o mercado interpretou como o momento adequado para realizar lucros, adotando uma postura de espera para observar o comportamento dos investidores após a listagem do ativo nas bolsas americanas.
Mesmo após a listagem, o preço do Bitcoin continuou a correção, retornando para a mínima das últimas duas semanas, testando a linha de equilíbrio de 9 semanas. É crucial notar que, apesar da queda na semana passada, o movimento da criptomoeda ainda se mantém em uma estrutura ascendente no gráfico semanal, considerando o período de preparação para o Halving programado para abril deste ano.
Procura por liquidez
A queda de preço na última semana pode ter frustrado investidores de curto prazo, mas não abalou o otimismo dos investidores de longo prazo, que ainda visualizam uma tendência de alta no gráfico semanal.
Em termos de análise técnica e considerando a relação entre oferta e demanda, o movimento de alta que levou o preço para cerca de US$ 49 mil parece ter buscado apenas a liquidez disponível nas máximas da estrutura, retornando em seguida para uma área de maior interesse.
Diante disso, é possível que as negociações de Bitcoin busquem níveis de preço abaixo de US$ 40 mil, onde houve movimentações relevantes de desequilíbrio ascendente na semana de 27 de novembro de 2023.
Os níveis de preço entre US$ 39 mil e US$ 37 mil também representam regiões de liquidez que precisam ser absorvidas antes de um novo movimento de alta mais consistente. Além de apresentar regiões de desequilíbrio, é possível identificar níveis de “Order Blocks” que podem atuar como pontos relevantes de suporte.
A relevância dos níveis de preço entre US$ 39 mil e 37 mil é fortalecida pela presença de uma linha de equilíbrio de 26 períodos, a linha base do Sistema de negociação do Ichimoku Kinko Hyo. Além disso, a região também abrange a linha de 50% do canal de alta, proporcionando suporte adicional.
Um movimento abaixo de US$ 40 mil poderia proporcionar um novo impulso de alta, com a presença de demanda mais robusta e consistente, visando um alvo sugerido acima de US$ 51 mil.
Apesar da queda na semana passada, as linhas de equilíbrio de 9 e de 26 períodos no gráfico semanal continuam apontando para cima, indicando que a tendência de alta ainda persiste.
As linhas Senkou Span B e Chikou Span, componentes do Ichimoku Kinko Hyo, também sustentam a perspectiva de alta, com a Senkou Span B superando os níveis de preço da semana de 10 de julho, e a Chikou Span sugerindo a possibilidade de uma onda corretiva, caso as mínimas da estrutura lateral atual sejam rompidas para baixo.
Observamos também no gráfico semanal a conclusão de ciclos temporais, conforme estudado no mercado financeiro através do Trade System Ichimoku. A onda de alta iniciada na semana de 11 de setembro alcançou seu pico na máxima da semana passada, encerrando em 18 semanas um ciclo de 17 semanas.
A Teoria do Tempo proposta pela metodologia de Goichi Hosoda, baseada nos números básicos (Kihon Sushi) como 5, 9, 13, 17, 26, 33, 42, etc, sugere que após o encerramento de um período de 17 semanas, pode ocorrer uma mudança na direção do preço, mesmo que temporária.
Ao analisar os ciclos desde novembro de 2022, observamos que os números básicos 9, 17, 33 e 42 propostos pelo Ichimoku permanecem presentes. Isso, de maneira subjetiva, sugere que o preço pode continuar corrigindo para testar as regiões de suporte mencionadas anteriormente.
É vital ressaltar que prever movimentos futuros com precisão não é possível, mas com base nessas análises, os investidores podem estar mais preparados para diferentes cenários. Além disso, a máxima de outubro em 35 mil dólares ainda não foi testada, representando uma região de interesse para os investidores. Da mesma forma, a máxima de julho em US$ 32 mil dólares permanece sem um teste de retorno para esses níveis.
Ao analisar o gráfico de preços, é essencial considerar as diversas possibilidades e continuar monitorando o desenvolvimento da estrutura para confirmar ou não os principais níveis que o preço pode alcançar. Isso proporcionará uma clareza maior antes de efetuar qualquer investimento.
Num possível cenário de alta no curto prazo no gráfico semanal, a região acima de US$ 51 mil representa um alvo projetado, enquanto a região de US$ 48 mil atua como uma resistência local.
(Des)capitalização de mercado
Ao analisar a capitalização de mercado do Bitcoin na semana passada, observou-se uma intensa retirada de capital, resultando em uma vela com variação negativa que buscou níveis abaixo da semana anterior.
No gráfico semanal do Market Cap, foi desenhado um canal de alta e realizado um espelhamento desse canal para acompanhar um possível rompimento descendente, visando testar a região onde as linhas formam a “Nuvem” de Ichimoku.
Na imagem gráfica a seguir, é evidente que, nas últimas 12 semanas, nenhuma vela conseguiu fechar acima da máxima de 23 de outubro de 2023. Isso sinaliza uma rejeição ao movimento ascendente planejado, com o alvo nos níveis de 56% de dominância.
No momento da redação deste relatório, os níveis de dominância oscilavam abaixo de 52%, encontrando-se em uma região de suporte formada pela linha de tendência de alta que constrói um canal ascendente. Uma ruptura abaixo desses níveis poderia projetar a dominância do Bitcoin para 49%, representando uma queda significativa no capital da principal criptomoeda.
As linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos do Ichimoku estão planas, indicando um possível cenário de lateralidade. No entanto, uma ruptura descendente na mínima da semana de 25 de dezembro promoveria um deslocamento para baixo da linha Tenkan Sen, representando o equilíbrio das últimas 9 semanas.
A linha Chikou Span, inserida no gráfico 26 semanas atrás, sugere continuidade de correção no curto prazo, enquanto os ciclos de 9, 13, 17, 33 e 42 indicam que a tendência ainda é de alta, mesmo com o movimento corretivo registrado na semana passada.
A linha Senkou Span B, inserida no gráfico de 26 períodos no futuro, está plana, corroborando um cenário de possibilidade de continuação de alta após um possível teste na mínima da semana de 14 de agosto.
Conforme mencionado em relatórios anteriores, a saída de capital e a redução na dominância do Bitcoin em relação às Altcoins dificultam um aumento significativo no preço do Bitcoin.
As últimas duas semanas formaram um padrão de velas conhecido na análise técnica como “barra de fechamento de reversão” no gráfico do Market Cap. Este padrão sugere uma projeção de 100% da vela da semana passada para baixo, indicando que, se o cenário permanecer descendente, a dominância do Bitcoin pode operar abaixo dos 48%.
Abaixo de 48% de dominância, há um suporte relevante formado pelas linhas que constroem a “Nuvem” de Ichimoku, sinalizando um suporte importante para o gráfico do Market Cap. No entanto, um teste abaixo dessa região implicaria na ruptura do último fundo importante da estrutura ascendente, podendo reverter o movimento de alta para uma onda de queda que pode durar várias semanas.
É crucial destacar que uma redução na capitalização do Bitcoin pode afetar investidores de curto prazo que compraram Bitcoin nas regiões de liquidez acima das máximas registradas no gráfico de preços. Por outro lado, investidores de longo prazo ainda mantêm a confiança nas linhas do canal de alta e na presença das linhas que formam a “Nuvem”.
Com o Halving previsto para meados de abril deste ano, é possível que a dominância do Bitcoin retorne a subir, visando níveis acima de 60%.
Além disso, outro fator que pode contribuir para uma nova entrada de capital no Bitcoin é o aumento na criação de novas carteiras ao longo dos anos, sugerindo uma crescente adoção do Bitcoin e do mercado de criptomoedas como um todo.
Aguardando uma tendência
Nos dados de rede, continuamos monitorando as informações do valor de mercado pelo valor realizado, conhecido como MVRV, que permanece oscilando em uma região abaixo da linha de 50% de um canal de alta, registrando uma pontuação de 1.86 nesta semana.
Observamos que o MVRV enfrenta dificuldades para romper resistências identificadas na mínima de setembro de 2021 e na linha de 50% do canal ascendente. O suporte para esse cenário no MVRV pode ser encontrado na máxima da semana de 06 de novembro do ano passado e, em seguida, na linha inferior de tendência que constrói o canal de alta, posicionada em 1.80.
Enquanto reconhecemos a possibilidade de o preço do Bitcoin buscar as mínimas da estrutura lateral e operar abaixo de US$ 40 mil, o indicador MVRV permanece em uma lateralidade de curto prazo, aguardando uma definição de direção na estrutura de preço.
Num cenário mais amplo, entendemos que essa lateralidade de curto prazo no MVRV faz parte de uma pausa na movimentação da tendência ascendente iniciada em dezembro de 2022.
Assim como o movimento do preço depende da entrada de demanda para se deslocar para cima, o MVRV precisa da entrada de capital no Bitcoin para aumentar seu valor de mercado. Caso contrário, poderemos observar indefinição na movimentação de preço nos próximos dias.
Conclusão
Em conclusão, a análise da movimentação recente do Bitcoin e seus indicadores revela um cenário desafiador. O preço do Bitcoin atingiu novos patamares, impulsionado por otimismo relacionado à aprovação do EFT de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Contudo, a realidade do mercado revelou uma correção, evidenciando a presença de liquidez a ser absorvida nas bases da estrutura lateral.
O cenário de curto prazo mostra a possibilidade de o Bitcoin buscar níveis abaixo de US$ 40 mil, com análises técnicas indicando regiões de suporte e desequilíbrio ascendente.
A dominância do Bitcoin, ao ser analisada em relação às Altcoins, apresenta desafios adicionais, com a possibilidade de queda significativa na dominância, impactando a capitalização do Bitcoin. Os indicadores de rede, como o MVRV, apontam para uma lateralidade de curto prazo, indicando uma pausa na tendência ascendente iniciada em dezembro de 2022.
À medida que o mercado se prepara para o Halving em abril deste ano, os investidores observam atentamente os desenvolvimentos. A entrada de demanda e capital no Bitcoin permanece crítica para a retomada da tendência de alta, enquanto padrões de velas sugerem possíveis cenários de reversão e projeções descendentes.
Neste contexto, é crucial destacar que prever com precisão os movimentos futuros é desafiador, e os investidores devem estar preparados para diferentes cenários. A crescente adoção do Bitcoin e do mercado de criptomoedas como um todo, juntamente com a criação de novas carteiras ao longo dos anos, pode ser um fator positivo para a entrada de capital, mas o ambiente atual exige cautela e monitoramento constante.
Em resumo, o cenário atual do Bitcoin é marcado por incertezas, correções e desafios técnicos. Os investidores, tanto de curto quanto de longo prazo, devem permanecer atentos às mudanças dinâmicas do mercado e ajustar suas estratégias conforme necessário.
Agradecimento
Gostaria de registrar meu agradecimento a todos que dedicaram seu tempo para ler o relatório desta semana sobre a movimentação do Bitcoin.
A complexidade e volatilidade desse ambiente tornam a colaboração e troca de conhecimentos essenciais. Agradeço pela atenção e interesse demonstrados, e espero que as informações compartilhadas tenham sido úteis na compreensão do atual cenário do Bitcoin.
Continuaremos a monitorar de perto os desenvolvimentos do mercado, e estou à disposição para qualquer dúvida ou discussão adicional. Mais uma vez, obrigado pela leitura e pelo apoio contínuo. Desejo a todos um excelente percurso nos seus investimentos e análises futuras.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
Mal se passaram duas semanas de 2024, e o mercado de criptomoedas está fervendo. O Bitcoin (BTC) saltou para os US$ 49 mil, atingindo uma máxima não vista desde dezembro de 2021 – sim, um mês após o último all-time high. O gatilho? A, enfim, aprovação dos ETFs da moeda digital nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, claro, a realização de lucros era inevitável, o que corrigiu o ativo. Mais do que isso, o mercado está ainda com o pé muito perto do território de sobrecompra. Isso quer dizer: calma, gente!
Fiel da balança
A última semana prometia ser derradeira para que os investidores, enfim, pudessem cravar com certeza que os Estados Unidos iriam começar a cortar seus juros. Porém, a teoria nem sempre acompanha a prática e, na verdade, esta segunda-feira abre uma semana muito parecida com a outra. Cheinha de incertezas!
Para os analistas, os índices inflacionários matariam a charada. Porém, o que eles não esperavam era que a charada só iria piorar. A inflação ao consumidor (CPI) norte-americano subiu 0,3% em dezembro, um pouquinho acima do 0,2% esperado. No núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, também avançou no mesmo montante.
Embora ainda dando sinais de controle, a inflação poderia persistir um pouco mais, o que poderia levar o Federal Reserve a manter os juros altos por mais alguns meses. Porém, a inflação ao produtor (PPI) pesou para o outro lado. Aqui, os preços recuaram em 0,1%, em dezembro, contrariando as expectativas de alta de 0,1%. O núcleo do indicador cresceu 0,2%, mas em linha com o esperado.
Agora, ficam as dúvidas sobre o que o FED irá fazer com estas informações, em meio à inflação inconsistente e a recente retração dos pedidos de seguro-desemprego, mostrando um mercado de trabalho novamente aquecido. Um termômetro inicial é o FED Watch da bolsa de Chicago. Ele mostra que mais de 90% dos analistas esperam que os juros sejam mantidos como estão na reunião daqui a duas semanas.
E a economia vai como?
Se para os Estados Unidos, a necessidade atual é de reduzir a demanda interna, na China, o fraco consumo pode impactar a segunda maior economia do mundo. E parece que é este o caminho que está sendo trilhado atualmente.
A inflação ao consumidor chinês caiu 0,3%, em dezembro, além do 0,2% esperado pelos analistas. Os preços ao produtor também recuaram. Na base anual, o indicador foi de 3% para 2,7% no último mês. Apesar de “boa”, a deflação também mostra que a atividade econômica interna está enfraquecida. No caso, o setor imobiliário é um dos grandes responsáveis por puxar – ou pelo menos frear – a economia para baixo.
Parte dessa instabilidade, porém, pode ser amenizada quando olhamos para os dados de exportação. Só em dezembro, as empresas chinesas aumentaram em 2,3% seus envios para o exterior, o que pode ser um sinal positivo para um possível reaquecimento da economia local.
Olha quem está otimista
Não é de hoje, nem de ontem, muito menos do mês passado que a Zona do Euro enfrenta uma grande flutuação econômica. O cenário que desafia o Banco Central Europeu (BCE), porém, parece que, na visão de muitos, está controlado.
Segundo o índice de sentimento econômico do bloco, que analisa a confiança dos consumidores e setor corporativo, avançou 95,6 pontos em dezembro. Bem acima dos 93,8 do mês anterior. Isso mostra que mesmo diante de altos e baixos, a perspectiva de médio e longo prazos para boa parte da Europa ainda é positiva.
Há, porém, a necessidade de um cuidado, principalmente para uma região que ainda luta contra a inflação. A taxa de desemprego recuou de 6,5% para 6,4%. Apesar de tímido, o descenso mostra que a economia está, sim, fortalecida, mas pode aumentar o consumo, o que poderia impactar no controle da inflação.
O ano começou para o Bitcoin?
Sim, meus amigos! Finalmente os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos foram aprovados. Vamos parar de falar deles aqui no Satoshi Call? NÃO! Muita coisa interessante pode acontecer a partir de agora e tê-los em mente em nossas análises com certeza vão auxiliar bastante nas decisões de compra e venda.
Fato é que 2024 começou quente para o mercado de criptomoedas. Só nas duas primeiras semanas do ano, o BTC saiu de US$ 42,2 mil para US$ 49 mil, antes de encontrar um equilíbrio neste meio do caminho.
ETF de Bitcoin aprovado
Se você não chegou de Marte neste final de semana, já sabe que os ETFs de Bitcoin à vista foram aprovados nos Estados Unidos. Embora a gente já tenha discutido isso aqui, é sempre bom lembrar que há dois impactos muito importantes nesta decisão.
A primeira delas é a própria formação de mercado, abrindo portas para que novos investidores, principalmente os institucionais, participem e injetem mais capital nas criptomoedas. O segundo ponto é que o governo norte-americano não possui uma regulamentação clara sobre este setor. Então, contar com produto financeiro validado pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) do país é um bom passo para, pelo menos, incentivar a normatização.
O desempenho dos ETFs, inclusive, foi muito interessante. Só no primeiro dia de negociação, foram alocados mais de US$ 4,5 bilhões. E o fundo que mais se beneficiou foi o da já conhecida GrayScale, responsável por mais de 50% de todo esse montante. Com isso, seus concorrentes estão buscando melhorar suas taxas para atrair mais clientes.
Mas fica calmo nesse pagode
Apesar do resultado positivo ao mercado de criptomoedas, houve muita especulação anteriormente. Um dia antes da aprovação, um suporte ataque hacker teria invadido a conta oficial do Twitter da SEC e divulgado que os ETFs estariam disponíveis para negociação na quinta-feira.
Rapidamente, o presidente do órgão regulador, Gary Gensler, desmentiu a postagem, que se confirmaria 24 horas depois. Mesmo assim, o momento ativou um grande ímpeto de compra, que se arrefeceu abruptamente.
Importante observar ainda que com a aprovação oficial, os compradores entraram novamente para jogo, o que levou o Bitcoin a bater os US$ 49 mil, valor não visto desde dezembro de 2021 – ou seja, um mês depois da sua última máxima histórica. Entretanto, a alta rápida e expressiva, claro, levou também à realização de lucros, o que corrigiu o preço da criptomoeda.
100 dias do halving
Além dos ETFs, o mercado de criptomoedas está acompanhando de perto a aproximação do halving do Bitcoin. O evento responsável por reduzir pela metade a emissão de BTCs está previsto para acontecer em 17 de abril. Historicamente, este é um momento que costuma definir o início de uma bull-run e a possível renovação da máxima histórica.
Neste processo e com o halving, alguns mineradores aproveitaram o momento em que ainda é possível angariar mais BTCs com a validação dos blocos e venderam parte de suas posições para realizar lucros. Por serem grandes detentores, eles ajudaram, claro, a corrigir o preço do token.
Precisamos falar da sobrecompra
Para quem acompanha o Satoshi Call, já sabe que o Bitcoin está em um nível muito próximo de romper a sobrecompra no “médio prazo” – famoso gráfico semanal. Meses se passaram e nada mudou na situação.
O Índice de Força Relativa (RSI) segue nos 74 pontos que, para muitos, já seria considerado a sobrecompra. Porém, por conta da volatilidade, eu costumo estender este indicador para 80 pontos. Mesmo assim, se não estamos lá, estamos muito perto.
Fonte: GoCharting, em
As barras e setas laranjas indicam momentos de mercado em que o mercado de criptomoedas, especificamente do Bitcoin, estava com seu RSI acima dos 80 pontos. Já as setas azuis mostram o que aconteceu na maioria das vezes quando os investidores se postaram em território de sobrecompra. Sim, uma correção.
Apesar deste histórico, um RSI alto é garantia de queda de preços? Não necessariamente. A lateralização também é um movimento possível, dando fôlego para os indicadores se reajustarem ao momento de mercado. Senão, nada impede também que vejamos a continuação da alta por mais algum tempo, antes de uma correção mais expressiva.
Na busca do canal
Para além do ambiente ainda com tons de sobrecompra, com o RSI próximo dos 70 pontos no gráfico semanal, é nítido que o Bitcoin está tendo dificuldades para consolidar uma volta ao seu canal de alta.
Fonte: GoCharting, em 15/01/2024
Assim, as perspectivas de uma lateralização ou até mesmo uma queda de preços mais acentuada pela realização de lucros se faz mais possível. Neste caso, olhamos para os níveis de suporte 1, 2 e 3, marcados em US$ 43 mil, US$ 36 mil e US$ 31 mil. Por isso, atenção para estes níveis!
Quebra, mas conserta
No curto prazo, o gráfico diário do Bitcoin mostra que o canal lateral de operação entre US$ 40 mil e US$ 45 mil foi, enfim, rompido. Porém, de forma momentânea. A euforia com os ETFs de Bitcoin durou pouco, o que levou os investidores a realizarem lucros e, assim, recuar o preço do ativo.
Fonte: GoCharting
De volta ao canal lateral, a incerteza sobre a tendência da criptomoeda no curto prazo se mantém. O MACD havia há pouco tempo cruzado suas linhas para cima, mas já demonstra perda de força novamente. O RSI, ao contrário do gráfico semanal, “embicou” para os 46 pontos, mostrando um mercado muito bem equilibrado e até pendendo aos vendedores. Essa divergência entre tempos gráficos diferentes é um ponto a ser observado de perto para identificar qual deles vai se sobressair e quando.
Neste caso, o primeiro ponto alvo de suporte é o meio do antigo canal de alta, em US$ 43 mil, seguido pelos US$ 41 mil, onde marca o fundo da faixa de negociação e a média inferior da banda de Bollinger. Mais abaixo, em US$ 38, temos a última grande barreira de preços rompida pelo mercado. Se a projeção for alta, porém, o reteste dos US$ 48 e um salto aos US$ 51 mil seguem no jogo.
Conclusão
A especulação foi o ponto de maior controle do mercado de criptomoedas na última semana. Agora, com o início de uma nova, talvez possamos ver um cenário um pouco menos caótico e eufórico e, então, buscar fundamentos e análises técnicas com menos ruídos. Por isso, vale evitar seguir a “loucura” e estudar bem antes de qualquer movimento.
Fato é que o mercado está se desenvolvendo de maneira agressiva e assertiva. A perspectiva de longo prazo, que já era positiva, se torna ainda mais otimista. Os ganhos podem ainda aumentar, principalmente após o halving do Bitcoin intensificar a famosa briga entre oferta e demanda. Então, vamos acompanhar de perto o que essa classe de ativos nos reserva para 2024, pois, pra mim, não acabou por aí, não!
Bem-vindos a mais uma edição e primeira edição de 2024 de “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto.
Hoje, vou bancar o Papai Noel atrasado e trazer alguns presentes para você aproveitar este ano!
Se olhar no Coinmarketcap ou Coingecko, temos mais de 200 categorização ou narrativas para o mundo crypto,
Hoje vou te mostrar 3 setores no mercado que vão pegar fogo em 2024 e se você estiver bem posicionado nele, com certeza vai surfar uma bela onda. Ficou curioso?
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
💰 Entenda narrativas para ganhar dinheiro
No mercado de criptomoedas, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.
Elas podem ser baseadas em inovações tecnológicas, mudanças regulatórias, ou tendências econômicas e sociais.
Por exemplo, a narrativa da “finança descentralizada” (DeFi) ganhou força ao destacar o potencial da blockchain para criar sistemas financeiros alternativos sem intermediários centralizados.
Narrativas no mercado cripto são dinâmicas e podem evoluir rapidamente, refletindo tanto a inovação tecnológica quanto às mudanças nas percepções e expectativas do mercado.
No último ciclo tivemos algumas narrativas como DEFI, NFTs, Web3, Metaverso, ETH 2.0 e DAOS.
A pergunta que fica é: quais as próximas?
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1# DePIN
Já ouviu esse termo? DePIN significa Decentralized Personal Identity Networks.
Ela refere-se a redes físicas descentralizadas que integram infraestrutura física com tecnologias descentralizadas, como a blockchain. Essas redes podem incluir desde hotspots WiFi em redes sem fio até baterias domésticas alimentadas por energia solar em redes de energia.
Essa galera quer descentralizar e distribuir o controle da estrutura física. Quer entender mais? Deixa eu explicar as entrelinhas.
Filecoin é um exemplo relevante dentro da narrativa de DePIN (Decentralized Physical Infrastructure Networks), especialmente na categoria de redes de armazenamento/nuvem. Ela é uma rede de armazenamento de arquivos descentralizada, permitindo que usuários aluguem espaço do seu computador de armazenamento não utilizado.
Os usuários pagam em Filecoin (FIL), a criptomoeda nativa da rede, para armazenar seus dados. Os provedores de armazenamento, por sua vez, ganham FIL por oferecer espaço de disco.
Ao contrário de serviços centralizados de armazenamento em nuvem, Filecoin distribui os dados entre muitos computadores diferentes, aumentando a segurança e reduzindo a dependência de intermediários. O sistema utiliza um modelo de mercado para determinar preços e disponibilidade de armazenamento, incentivando a participação e expansão da rede.
Legal, né? Agora segura o primeiro presente, 3 projetos nesse setor que vale a pena olhar: FILECOIN, THETA e HELIUM.
2# GambleFi
Esse, nós brasileiro estamos acostumados: SÃO AS APOSTAS.
GambleFi combina plataformas de jogo descentralizadas e tokens com a tecnologia blockchain e contratos inteligentes, visando criar valor e entretenimento para usuários de cripto que gostam de apostar.
São cassinos e plataformas que usam a tecnologia para trazer mais transparência para um mercado complexo.
O mercado global de jogos de azar e apostas está passando por um crescimento significativo. Só para você ter ideia, o tamanho total do mercado global de jogos e apostas foi estimado em US$ 267,61 bilhões em 2022, com projeções indicando que ele pode atingir US$ 352,53 bilhões até 2028, crescendo a um CAGR de 4,7% durante esse período.
Resumindo: TEM MUITO ESPAÇO NO MERCADO!
Pega o segundo presente, 2 projetos nesse setor que vale a pena olhar: RLB e DG.
3# DeSCI
Já ouviu essa sigla? DeSci utiliza blockchain e outras tecnologias descentralizadas para revolucionar a pesquisa e o desenvolvimento científico, promovendo colaboração, compartilhamento de conhecimento, transparência e segurança.
Vejo 4 pilares que a descentralização ajuda nesse setor: Ecosistema Incentivado: Incentivar cientistas a compartilhar abertamente suas pesquisas e receber crédito por seu trabalho.
Acesso e Contribuição Facilitados: Permitir que qualquer pessoa acesse e contribua para a pesquisa facilmente.
Transparência e Descentralização: Criar um modelo de pesquisa científica mais descentralizado e distribuído, resistente à censura e ao controle por autoridades centrais.
Fomentar Inovação: Criar um ambiente onde novas ideias não convencionais possam florescer, descentralizando o acesso a financiamento, ferramentas científicas e canais de comunicação.
Um dos maiores nomes do mercado, Changpeng Zhao (CZ), o ex-CEO da Binance, demonstrou um interesse significativo no setor DeSci (Decentralized Science). Após deixar a posição de CEO da Binance, CZ indicou sua inclinação para este campo em rápido desenvolvimento.
Seu envolvimento pode representar um grande impulso para o DeSci, um setor que engloba organizações autônomas descentralizadas (DAOs), biotecnologia, financiamento, publicação, armazenamento de dados e muito mais.
Outras figuras proeminentes do espaço cripto, como Vitalik Buterin e Brian Armstrong, também expressaram interesse no DeSci.
Pode me chamar de papai noel real, porque agora vai seu terceiro presente, 2 projetos nesse setor que vale a pena olhar: VitaDAO e OriginTrail.
Conclusão
Ao analisar os setores de DePIN, GambleFi e DeSci, observamos um potencial notável de crescimento e inovação no mercado de criptomoedas. Cada um desses setores oferece oportunidades únicas:
DePIN está redefinindo as infraestruturas físicas, promovendo eficiência e descentralização, com grandes possibilidades em diversas áreas como energia e telecomunicações.
GambleFi representa uma evolução significativa na indústria de jogos de azar, oferecendo transparência e justiça aprimoradas, um setor promissor para explorar.
DeSci abre caminho para um avanço sem precedentes na pesquisa científica, com um impacto potencialmente revolucionário na saúde e tecnologia.
Esses setores estão na vanguarda da inovação em blockchain e criptomoedas, e recomendamos fortemente que os interessados mantenham uma atenção especial a essas áreas emergentes, que prometem transformar não apenas o mercado financeiro, mas diversos aspectos do nosso cotidiano.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Após semanas de lateralização, o Bitcoin (BTC) fez um rompimento de preços para buscar os US$ 47 mil, enquanto um ataque hacker ao X (antigo Twitter) da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) publicou uma suposta aprovação dos ETFs da criptomoeda no país. Fato é que a análise técnica mostra uma possível correção de curto prazo, caso os investidores não possuam fôlego para manter o mercado em alta. Porém, outros indicadores sugerem que há espaço para, pelo menos, um teste aos US$ 51 mil, com o recente aumento de entrada de capital.
Quebra de volatilidade
Durante mais de 30 dias, o preço do Bitcoin oscilou entre a faixa de US$ 40 mil e US$ 45 mil, caracterizando um movimento lateral clássico que pode ser subdividido em diversas fases para um melhor entendimento.
Richard Wyckoff, por exemplo, detalhou essas fases em sua metodologia que leva seu nome, sugerindo que o mercado financeiro é regido por três leis fundamentais: a lei da oferta e demanda, a lei da causa e efeito, e a lei do esforço e resultado. Essa metodologia analisa o movimento do preço e o volume negociado em um ativo específico, e esse conceito pode ser aplicado ao mercado de criptomoedas, servindo como base para nossa análise do Bitcoin no gráfico diário.
Barreiras de preços
A estrutura de preços que se formou no gráfico diário do Bitcoin desde o dia 4 de dezembro é um exemplo da interação entre oferta e demanda no mercado de criptomoedas.
O movimento ascendente da tendência de alta, retomado a partir de 22 de novembro de 2023, apresentou um aumento no indicador de volume até 4 de dezembro. A partir desse ponto, notamos uma redução no volume de negociação, apesar do preço continuar subindo sem força até 8 de dezembro, quando uma retração começou e durou pelo menos três dias, estendendo-se até 11 de dezembro.
Entre 22 de novembro e 8 de dezembro, não houve retrações significativas, com os compradores dominando todo o movimento. Entretanto, a partir do dia 8, os compradores desaceleraram e permitiram que a realização de lucros resultasse em uma queda de pelo menos 10% em três dias de negociação, apresentando o primeiro sinal de possível lateralização.
A partir de 11 de dezembro, houve uma tentativa de continuação da alta anterior que se estendeu por mais três dias, indo até 14 de dezembro. Esse movimento foi interrompido precocemente, sem permitir que o preço do Bitcoin alcançasse a máxima registrada em 8 de dezembro, marcando o término da primeira fase de uma estrutura de preço denominada por Richard Wyckoff como Fase A.
A Fase B que se seguiu inicialmente não conseguiu buscar a liquidez das extremidades da estrutura, mostrando a debilidade do mercado no último mês de 2023. Wyckoff determinou que as estruturas de preços compreendem pelo menos cinco fases em períodos de acumulação, reacumulação, distribuição e redistribuição: Fases A, B, C, D e E. Cada uma dessas fases possui características específicas que ajudam na identificação.
Por exemplo, a Fase B tem como característica principal a busca por liquidez no mercado, com movimentos de testes sucessivos nas regiões de topos e fundos. O Bitcoin apresentou esse movimento nos dias 2 e 3 de janeiro. Apesar da ruptura ascendente registrada em 20 de janeiro e o subsequente movimento de queda em 03 de janeiro, ainda não é possível afirmar o encerramento da Fase B.
A agitação do mercado com a ruptura de máximas e busca por liquidez nas mínimas observada nos dias 02 e 03 é uma característica da Fase C. Contudo, é necessário atenção dos investidores, pois, apesar do rompimento ascendente em 8 de janeiro, o movimento do preço precisa testar a região de rompimento e manter a sequência de alta para que as Fases C, D e E sejam identificadas, formando assim uma estrutura de reacumulação.
Assim como cada fase da estrutura tem características específicas, a formação estrutural também possui suas próprias para determinar se estamos diante de uma acumulação, reacumulação, distribuição ou redistribuição. Para contextualizar, uma acumulação inicia um movimento subsequente de tendência de alta. Uma reacumulação é a preparação para a continuação da tendência de alta anterior. Já uma distribuição inicia uma tendência de baixa, e uma redistribuição prepara a continuação da tendência de baixa anterior.
Cada uma dessas estruturas apresenta sinais característicos por meio do volume de negociação. Por exemplo, em uma estrutura acumulativa ou reacumulativa, é natural observar uma redução no volume de negociação. Em contrapartida, em uma distribuição ou redistribuição, é natural observar um volume alto e constante.
Isso ocorre porque, em uma fase acumulativa, os grandes investidores absorvem toda a liquidez presente na estrutura. Quando essa liquidez diminui, o volume também diminui, pois há menos ativos disponíveis para negociação, permitindo que os Market Makers movimentem o preço para cima sem dificuldades.
O oposto também é verdadeiro: quando os grandes investidores vendem grandes quantidades, o volume permanece alto enquanto pequenos investidores continuam comprando. Portanto, as fases de distribuição apresentam lateralidades com um volume alto. O objetivo dessas estruturas é promover a realização de lucros, resultando na queda dos preços.
No cenário atual do Bitcoin, houve uma redução no volume até 1º de janeiro. No entanto, como mencionado anteriormente, as estruturas são compostas por cinco fases, e podemos estar vislumbrando a transição da Fase B para as demais fases.
Para uma continuidade consistente do movimento de alta nos preços do Bitcoin no intervalo diário, é importante que, após o rompimento registrado em 8 de janeiro, o preço continue ascendente com um aumento no volume, sinalizando características das Fases D e E. Caso contrário, é possível que o preço retorne ao intervalo lateral por mais alguns dias antes de definir a próxima direção.
Com base nessas informações, caso o preço do Bitcoin retorne à estrutura lateral anterior com um aumento no volume, é possível que ocorra algum tipo de correção mais profunda, levando as negociações do Bitcoin abaixo de US$ 40 mil.
É importante destacar que o preço atual do Bitcoin está sendo negociado acima dos pontos de equilíbrio do Ichimoku, sugerindo uma maior probabilidade de continuação do movimento de alta.
O estudo apresentado até o momento refere-se à estrutura gráfica no intervalo diário. É crucial lembrar que, em prazos maiores, como o gráfico semanal, a tendência permanece de alta. Como já mencionado em relatórios anteriores, os movimentos de retração são interpretados apenas como pullbacks corretivos, representando realizações de lucro dentro de um contexto de alta.
Vestindo os óculos do otimismo
No gráfico semanal do Bitcoin, é evidente que a tendência de alta ainda está em vigor, com investidores mantendo o preço no topo de um canal ascendente por pelo menos cinco semanas. Esse movimento de canal teve início em novembro de 2022. Para avaliar a continuidade do movimento ascendente, realizamos uma projeção de Fibonacci conectando a mínima da semana de 6 de março com a máxima da semana de 10 de julho. O resultado dessa projeção aponta a possibilidade de o preço atingir a região de US$ 51 mil.
Além disso, traçamos um espelhamento do canal ascendente iniciado em novembro de 2022 e o estendemos para cima. Dentro desse contexto, notamos que o alvo da projeção de Fibonacci coincide com a região de 50% do canal ascendente superior. Também identificamos que esses níveis de preço, em torno de US$ 51 mil, se encontram dentro de um desequilíbrio favorável aos vendedores, registrado na semana de 29 de novembro de 2021.
Adicionalmente, as linhas de equilíbrio do Sistema de Negociação Ichimoku apontam para a continuação do movimento ascendente, desde que o preço permaneça acima da linha de 9 períodos, que continua direcionada para cima.
A linha de equilíbrio dos últimos 26 períodos está posicionada na mesma região onde temos os níveis de 50% do canal ascendente iniciado em novembro de 2022. Identificamos, assim, um possível suporte relevante em caso de uma retração profunda.
As linhas de equilíbrio, que estão posicionadas 26 períodos no futuro, também indicam uma tendência ascendente nesta semana no gráfico semanal. A linha Senkou Span B, representando os últimos 52 períodos e situada 26 períodos no futuro, posicionou-se acima da máxima da semana de 10 de julho, reforçando a importância das linhas de tendência que formam o canal ascendente como possíveis níveis de suporte.
Os investidores que utilizam o Ichimoku para operar no mercado de Bitcoin estão atentos ao posicionamento da linha Chikou Span, que representa o preço atual deslocado em 26 períodos no passado. Essa atenção se deve ao fato de que ciclos de 26 períodos podem influenciar diretamente na ação do preço. No momento, a Chikou Span está posicionada acima da vela semanal de 17 de julho, a qual, naquela ocasião, iniciou um movimento de queda dentro de uma estrutura lateral.
Diante dessa informação, podemos interpretar que um rompimento abaixo da mínima da semana passada pode resultar em um movimento indefinido de 4 a 5 semanas, com possíveis testes nas regiões de suporte. Por outro lado, considerando-se o encerramento do ciclo de 26 períodos, um rompimento para cima aumentaria a probabilidade de alcançar o alvo da projeção de Fibonacci mencionado anteriormente, em US$ 51 mil.
Enquanto o ciclo de 26 períodos sugere a possibilidade de correção em caso de um rompimento para baixo da mínima da semana passada, ciclos maiores, como os de 42 e 52 períodos, ainda sugerem um cenário de alta.
Dessa forma, podemos concluir mais uma vez que, mesmo que o preço do Bitcoin recue em escalas menores, os investidores mantêm um viés otimista em relação a um mercado em alta. Essa expectativa positiva pode influenciar novos investimentos e uma nova entrada de capital na principal criptomoeda.
Capitalização de mercado do Bitcoin
Daremos continuidade à análise do gráfico semanal do Market Cap, que apresentou um movimento ascendente na semana passada, com uma nova entrada de capital elevando os níveis de dominância acima de 53%.
Após quatro semanas de queda, observamos um teste em uma região de suporte no gráfico, onde identificamos a presença de um desequilíbrio a favor dos compradores no mês de outubro do ano passado. O movimento de baixa continuou até a região de 50% desse desequilíbrio e, em seguida, notamos uma reação significativa que elevou os níveis acima das linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos.
O fechamento da vela da semana passada ocorreu na mesma região de 50% de um canal ascendente, testando a máxima da semana de 18 de dezembro e o fechamento da semana de 23 de outubro. Existe a perspectiva de que a dominância do Bitcoin possa alcançar o topo do canal, onde os níveis giram em torno de 56%. No entanto, para isso, é fundamental que a entrada de capital permaneça ativa nas próximas semanas.
Apesar das linhas Tenkan e Kijun do Ichimoku estarem planas, sugerindo lateralidade no curto prazo, a linha Senkou Span B, 26 períodos no futuro, aponta para cima, revelando uma tendência de alta no gráfico do Market Cap.
A linha Chikou Span, posicionada 26 períodos no passado, está acima das velas, dentro de um contexto positivo para a estrutura atual, embora sugira que o ciclo de 26 períodos possa apresentar algum tipo de correção devido à entrada de capital da semana passada.
Enquanto o ciclo de 26 períodos sugere correção, os ciclos de 13, 17, 33, 42 e 52 períodos indicam continuidade no movimento ascendente no gráfico do Market Cap. Essas informações corroboram a possibilidade de que os níveis de dominância possam ultrapassar a resistência de 50% do canal ascendente e se deslocar em direção ao topo do canal.
Dados on-chain
Continuamos acompanhando os dados de rede, com foco no MVRV (Market Value to Realized Value), que permanece abaixo da linha de 50% do canal ascendente. Apesar do movimento de alta no preço do Bitcoin nesta semana, o MVRV não conseguiu ultrapassar a resistência referente à mínima de setembro de 2021.
Para uma possível retração, o suporte local para o MVRV pode ser encontrado na máxima da semana de 6 de novembro, em 1.80, ou então no fundo do canal ascendente. Observamos uma consolidação na linha que representa o indicador, o que indica um cenário de indefinição.
Com base nessas informações, o MVRV sugere cautela aos investidores, pois a principal resistência, encontrada em 2.16, está distante da pontuação atual. No momento da redação deste relatório, o MVRV estava em 1.96.
Conclusão
Considerando os dados analisados no relatório, observamos um cenário otimista no mercado do Bitcoin. No gráfico diário, identificamos a formação de uma estrutura de preços de acordo com a metodologia de Wyckoff, sugerindo a possibilidade de reacumulação. O rompimento registrado em 8 de janeiro trouxe otimismo, mas a continuidade do movimento ascendente exigirá um aumento no volume de negociação para confirmar as fases D e E, caso contrário, podemos testemunhar um retorno ao intervalo lateral.
No gráfico semanal, a tendência de alta do Bitcoin continua clara, mantendo-se dentro de um canal ascendente. A projeção de Fibonacci sugere a possibilidade de atingir a região de US$ 51 mil. A análise do Market Cap mostra um deslocamento ascendente, apontando para a possibilidade de o Bitcoin aumentar sua dominância para cerca de 56% se a entrada de capital continuar.
Entretanto, o MVRV sinaliza cautela, uma vez que o MVRV permanece abaixo de resistências significativas e indica incerteza no mercado.
Portanto, embora haja indícios de continuidade do movimento ascendente, especialmente no gráfico semanal, a análise dos diversos indicadores apontam para um cenário onde investidores devem monitorar de perto o comportamento do mercado e considerar esses diversos aspectos para tomar decisões informadas em um mercado volátil como o das criptomoedas.
Agradecimento
Gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos os leitores que dedicaram seu tempo à leitura deste relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as análises e informações compartilhadas possam ter sido úteis e contribuído para uma compreensão mais abrangente do cenário atual do mercado. Agradeço pelo interesse e pela atenção dispensada a este estudo.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).
A abertura do ano trouxe com ela um possível quinto mês positivo para o Bitcoin (BTC). Mas calma! Foram apenas cinco dias e muita água tem para rolar debaixo dessa ponte. O que vemos neste comecinho de 2024, porém, é um mercado com boa dose de especulação, trazendo um nível de liquidação de derivativos não visto há certo tempo. Enquanto nada se define desta situação, os gráficos sugerem comportamentos diferentes a depender do prazo em que olhamos, e a sobrecompra, claro, continua no radar.
Parece que o jogo virou
O mercado estava todo valentão nas últimas semanas, apostando muitas fichas de que o Federal Reserve iria começar a reduzir os juros já na primeira reunião deste ano. Porém, fué, fué, fué! A ata do último encontro entre os formuladores de política monetária colocaram a famosa água no chope dos analistas. O texto fala que há um reconhecimento de que a atividade econômica arrefeceu nos últimos meses, mas eles enxergam que ainda há um longo caminho para que os efeitos do aperto fiscal sejam sentidos com maior precisão.
A perspectiva do FED está correta. O Índice Gerente de Compras (PMI) da Indústria subiu de 46,7 para 47,4, em dezembro. Mesmo assim, o setor segue abaixo dos 50 pontos, que separa a contração da expansão. Já os Serviços – um grande alvo de inflação – subiu de 50,8 para 51,4, o que não só mantém justifica o alerta ligado das autoridades, como também é, sim, um possível catalisador de aumento de preços.
Outro banho de água fria veio dos próprios dados do mercado de trabalho que se intensificaram novamente. Não só a criação de empregos veio mais alta do que o esperado, mas também o payroll, mostrando que há um alto volume de vagas para os norte-americanos. Como consequência, isso gera salários mais altos, consumo intensificado e, por fim, inflação, segundo o Banco Central.
Com isso, todo o otimismo dos investidores de que, agora sim, o FED iria cortar os juros foi por água abaixo. Só o FED Watch, da bolsa de Chicago (CME) mostra que as apostas viraram e muito. A maioria, desta vez, espera que as autoridades monetárias mantenham as taxas como estão.
Para o mercado de criptomoedas, a sequência da pausa dos juros pode fazer com o que os investidores de varejo reduzam o ímpeto de suas participações momentaneamente. Afinal, a incerteza em torno da política monetária, e a possibilidade de novas valorizações para os títulos do tesouro tendem a arrefecer as negociações de risco. Entretanto, há muitos outros fundamentos a serem analisados que podem ser gatilhos para avanços ao Bitcoin ou até mesmo novas correções, como veremos neste Satoshi Call.
Tudo muito controlado
Se você acompanha o Satoshi Call com frequência, sabe que a União Europeia é uma região em que a economia vai, mas não vai, sabe? Tá tudo muito bem controladinho por lá, sem grande emoções, seja para cima ou para baixo. E dezembro não foi diferente. O PMI Industrial foi o que mais avançou, para “incríveis”, 44,4. Em um claro território de contração. Serviço ficou praticamente estável, também em retração econômica. Já o Composto, que une os dois indicadores, seguiu os mesmos 47,6 do mês anterior.
Novidade mesmo veio da Inflação ao Consumidor (CPI). A Zona do Euro até viu o indicador acelerar para 2,9% em dezembro. Entretanto, ela ficou abaixo dos 3,1% esperados pelos analistas, o que dá um certo respiro à pressão dos preços. Já o núcleo da inflação – que exclui produtos de energia e alimentos – subiu 3,4%. Mesmo com a alta, ele veio abaixo dos 3,6% de novembro.
A região ainda opera de forma muito cautelosa e até mais “lenta” do que os Estados Unidos. Por lá, os juros estão pausados, mas a euforia para um corte nas taxas é bem menor. Com isso, o mercado de risco segue equilibrado no bloco, trazendo poucos ímpetos de compra ou venda para as ações de risco e criptomoedas.
Reaquecendo a economia
Uma passadinha breve pela China mostra que a segunda economia do mundo está nos trilhos para seguir seu desenvolvimento. O PMI Industrial, medido pelo Caixin, subiu para 50,8 em dezembro. Na comparação com o indicador oficial do país, que foi de 49,0, vemos um avanço considerável.
Na mesma pegada, o PMI de Serviços atingiu o maior nível em quatro meses. O indicador bateu os 52,9 pontos, em dezembro. O desempenho demonstra a melhoria das condições de negócios e a confiança empresarial. Ambos os indicadores, acima de 50, apontam que o país está em expansão econômica.
Por isso, é importante ficar atento ao que os mercados asiáticos, embora alguns sejam restritos às criptomoedas, podem fazer neste setor. Afinal, as exchanges descentralizadas (DEX) conseguem facilmente driblar os impedimentos e manter a região como o segundo maior consumidor e negociador de moedas digitais do mundo.
Bitcoin abre o ano no positivo, mas…
Se você pensou que o Bitcoin iria cair em 2024, achou errado. Pelo menos por enquanto! De fato, a criptomoeda de referência perdeu força na reta final de 2023, mas abriu este ano em busca de novos ganhos. E conseguiu! Na última semana e nesta segunda-feira, mais uma vez, o token bateu os US$ 45 mil, atingindo um valor não visto desde abril de 2022. Porém, a falta de força e alguns catalisadores mantém o mercado ainda em um tendência quase nada definida, marcando ainda uma lateralização estreita de negociação, marcada pelos US$ 40 e US$ 45 mil.
Está esperando os ETFs de Bitcoin?
A notícia que marcou os últimos meses foi a possível aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) já nos primeiros dias do ano. E adivinhem só, isso ainda não rolou. Mas até aí, zero surpresas. Afinal, o comportamento recente dos reguladores foi justamente postergar as avaliações, antes de dar seus pareceres.
Essa falta de resposta, porém, tem gerado muitos boatos e informações conflitantes. De um lado, especialistas em ETFs do gigante portal Bloomberg, por exemplo, dão como certa a aprovação em algum momento, enquanto enxergam a SEC “encurralada”. Por outro lado, há rumores de que os reguladores vão declinar os pedidos e acabar com o sonho do fundo regulamentado em bolsa.
Fato é que a especulação está tomando conta desta narrativa, o que vai, naturalmente, movimentar os preços bruscamente, seja para cima ou para baixo. Então, o ideal é acompanhar, mas evitar seguir essas “adivinhações”. A SEC está analisando os documentos e ela tem prazos a serem respeitados. É com essa informação que devemos trabalhar mais.
Outro ponto importante é que muitos acreditam que a aprovação de um ETF vai simplesmente explodir o preço do Bitcoin para cima. É possível? Sim! Porém, há um ditado antigo no mercado tradicional de “compra no boato e vende no fato” que pode pegar muita gente de surpresa. Quando a gente fala que um ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos é importante, olhamos mais para uma perspectiva de médio prazo, quando a especulação vai ter arrefecido e, aí sim, teremos condições melhores de analisar o comportamento do mercado.
E para não dizer que isso é papinho furado, é só ver olhar o que aconteceu na semana passada. Em apenas um dia, mais de US$ 500 milhões em contratos futuros de Bitcoin foram liquidados.
Este tamanho de liquidação não é visto há pelo menos desde outubro do ano passado, como mostra o gráfico. Isso quer dizer que a especulação está presente e não necessariamente são condições saudáveis para o desenvolvimento do médio e longo prazos no preço do Bitcoin.
Estreitamento de preços
No curto prazo, vemos que o Bitcoin está travadinho em uma faixa de negociação entre US$ 40 mil e US$ 45 mil. Esse equilíbrio demonstra o quanto era necessário que o mercado abandonasse o território de sobrecompra e reajustasse seus indicadores. Este é o caso, por exemplo, da Banda de Bollinger, que afunilou suas médias, determinando níveis mais específicos de volatilidade.
Fonte: GoChating, em 08/01/2023, às 10h28min.
É interessante olhar, porém, que o preço tem se mantido quase sempre acima do antigo canal de alta, sugerindo que mesmo sem uma tendência definida, o ativo permanece mais otimista. Entretanto, esta é uma zona perigosa. Se os US$ 48 mil são um alvo a ser buscado pelos bulls, os bears estão posicionados na região dos US$ 41 mil e até os US$ 38 mil.
Joga a favor dos compradores, porém, dois indicadores adjacentes. O MACD, por exemplo, está conseguindo cruzar suas linhas para cima, sugerindo a força dos compradores. Acompanhando isso, está o Índice de Força Relativa (RSI), que mira os 61 pontos, indicando que o mercado está sob controle dos bulls no curto prazo.
Afastando o zoom
Quando olhamos para o gráfico do Bitcoin no tempo semanal, vemos que a região do último grande ombro-cabeça-ombro (OCO) tem sido bem movimentada. O decote do ombro maior está servindo como suporte e resistência, ditando o encaixotamento de preços do ativo, na região entre US$ 40 mil e US$ 45 mil. Apesar de uma “perda de força”, o movimento permitiu que a banda de Bollinger se ajustasse, marcando, agora, uma possível volatilidade até os US$ 48 mil, junto com a mediana do recente canal de alta.
Fonte: GoChating, em 08/01/2023, às 10h31min.
O mercado, então, pode ver o Bitcoin buscar o topo do ombro maior no médio e longo prazos, na região dos US$ 52,8 mil. Caso os bulls não consigam dominar as ações, um reteste do ombro menor, em US$ 36 mil, pode ser a próxima parada. Até lá, o MACD segue aproximando suas linhas para um possível cruzamento para baixo, enquanto o RSI mira os 76 pontos, com o mercado ainda em zona próxima de sobrecompra.
Conclusão
A tentativa de fuga de preços do Bitcoin se mostrou ser apenas especulativa. Ou seja, o ritmo seria mesmo momentâneo até que os investidores menos “agressivos” se reposicionassem. De fato, assim que os rumores sobre os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos arrefeceu, a criptomoeda simplesmente voltou a ser negociada aos níveis anteriores.
Na análise gráfica, vemos que o curto prazo mostra um bom equilíbrio, o que poderia ser um trunfo para os bulls que estão entrando agora no mercado. Porém, prazos maiores, como o semanal, ainda estão em fase de ajuste dos indicadores e mostrando que o ativo está muito próximo de uma sobrecompra, o que vai exigir muito controle dos investidores.
Com o encerramento de mais um ano, o Bitcoin (BTC) mostrou sua resiliência ao bear market e mostrou uma forte recuperação de preços. Embora o caminho ainda não esteja completamente trilhado pela criptomoeda até sua última máxima histórica, o otimismo dos investidores de longo prazo segue intacto, com os US$ 48 mil ainda no radar, apesar da recente correção de preços. Ao mesmo tempo, a realização de lucros parece ter dado um respiro aos investidores, que passaram a observar novas entradas de capital neste mercado.
Na ponta do lápis
Durante a primeira semana de 2024, testemunhamos um movimento ascendente no preço do Bitcoin, ultrapassando a marca de US$ 45 mil e com alvo projetado para um possível alcance dos US$ 51 mil.
Após o encerramento das negociações de 2023, adentramos um período crucial que demanda atenção especial por parte dos investidores, caracterizado pela análise e projeções dos próximos 12 meses.
É relevante mencionar que o Bitcoin registrou um aumento de mais de 160% ao longo de 2023. Essa informação, em certa medida, promove um sentimento otimista em relação ao próximo período, alimentando a expectativa de continuidade do movimento ascendente.
No entanto, é importante ressaltar que o mercado não segue uma trajetória linear de valorização. Torna-se fundamental identificar os principais níveis de suporte, que podem impulsionar uma continuação do movimento de alta, ou os níveis que podem ser ultrapassados caso a oferta supere a demanda.
Relação com o lucro
Para aprofundarmos nossa análise para o ano de 2024, é pertinente examinar o valor de mercado do Bitcoin em relação ao valor realizado, utilizando o gráfico semanal do MVRV.
Aqui, vale destacar que o MVRV é uma métrica empregada por investidores para analisar ciclos de longo prazo, mas também pode oferecer insights valiosos para períodos de investimento mais curtos. Por essa razão, compreender sua base técnica é essencial antes de uma análise mais minuciosa.
Na prática, esse indicador revela a relação entre o lucro do mercado de Bitcoin e o volume de moedas transacionadas. Essa métrica do MVRV foi desenvolvida após a concepção do conceito de capital realizado (Realized Cap) e é fundamental para avaliar possíveis níveis de suporte e resistência neste início de ano, especialmente considerando os próximos meses que contemplam o evento do halving.
O MVRV, conforme o próprio nome sugere, é composto por duas métricas: o valor de mercado e o valor realizado. O valor de mercado representa a capitalização do Bitcoin, calculada multiplicando o preço do Bitcoin em relação ao par USD pelo total de moedas mineradas até o momento. Quanto maior a capitalização de mercado de um ativo, mais interesse ele atrairá da comunidade de investidores. É por isso que a capitalização de mercado do Bitcoin tem sido frequentemente mencionada aqui no Variação de Mercado.
O valor realizado representa o custo total de aquisição de todas as moedas de Bitcoins atualmente em circulação no mercado. Ao analisar a relação entre o valor de mercado e o valor realizado, os investidores têm a oportunidade de identificar com mais clareza possíveis topos e fundos dentro das estruturas de preço.
Assim, o MVRV pode ser utilizado tanto por investidores de longo prazo, conhecidos como Holders, quanto por investidores de curto prazo, denominados como especuladores no mercado financeiro.
Os investidores de longo prazo utilizam duas pontuações principais na escala do MVRV. Quando o valor de mercado pelo valor realizado está abaixo de 1, esses investidores interpretam que o preço do Bitcoin está barato e realizam compras. Já quando essa relação está acima de 3,7, os investidores entendem que é o momento de realizar lucros.
As demais flutuações de altos e baixos no MVRV são observadas por especuladores que conduzem suas negociações a curto prazo e têm a oportunidade de identificar topos e fundos relevantes dentro de diversas estruturas de preço.
Agora que compreendemos o funcionamento do indicador MVRV e distinguimos os dois principais perfis de investidores que acompanham essa métrica, é o momento de examinarmos o gráfico do valor de mercado em relação ao valor realizado. Para isso, iremos utilizar o período semanal e compará-lo com o gráfico de preços no período mensal, usando o indicador Estocástico Lento.
A partir do mês de junho de 2022, quando o indicador Estocástico Lento no gráfico de preços em intervalo mensal entrou na região de sobrevenda, os investidores que analisam o MVRV notaram que a linha do valor de mercado em relação ao valor realizado caiu abaixo de 1.
Esse foi um período de potencial acumulação que se estendeu até janeiro de 2023, quando novamente a linha do MVRV se posicionou acima da linha 1, indicando o possível início de uma tendência de alta.
Ao comparar o gráfico do MVRV com o gráfico de preços no intervalo mensal, observamos que a linha do indicador Estocástico Lento saiu da região de sobrevenda somente em janeiro de 2023, coincidindo com o mesmo período em que a linha do valor de mercado em relação ao valor realizado ultrapassou a marca de 1.
Com base nessas informações, podemos concluir que os investidores de longo prazo, confiantes no potencial de crescimento do Bitcoin, aguardam o retorno do MVRV ao seu pico de 3,7. Eles reconhecem que ao longo do percurso podem surgir resistências, como é o caso da região de 2,16, historicamente um nível relevante nos períodos que antecedem o halving.
Correlação entre capitalização e preço
Conforme discutimos anteriormente, todas as flutuações do indicador MVRV podem ser exploradas por investidores que buscam realizar negociações em prazos mais curtos. A partir de agora, vamos analisar o que esse grupo de investidores está identificando no gráfico do MVRV no início deste ano.
Na figura abaixo, apresentamos o gráfico de intervalo semanal com os principais pontos em que o valor de mercado em relação ao valor realizado mostrou níveis de suporte e resistência que podem influenciar a direção do preço do Bitcoin em um futuro próximo.
Considerando que 2023 foi marcado por um movimento ascendente no preço do Bitcoin, notamos um amplo canal de alta no MVRV, respeitado desde o início da valorização do ativo em novembro e dezembro de 2022.
A primeira dificuldade em superar uma resistência significativa foi registrada em abril de 2023, quando o MVRV se aproximou de 1,65, referenciando as mínimas registradas em agosto de 2020 e julho de 2021. Antes de atingir esses níveis, o indicador retraiu-se, buscando o fundo do canal de alta em 1,30.
Essa região de 1,30 já havia sido respeitada em dezembro de 2019, janeiro de 2022 e maio de 2023, quando, naquela ocasião, esse nível compunha a região de 50% do canal de alta traçado no gráfico semanal.
A partir desse ponto, houve um novo impulso de alta que resultou no rompimento da resistência anterior em 1,65, direcionando-se para o próximo nível em 2,02, referente à mínima de setembro de 2021. Esperava-se que esse impulso levasse o MVRV aos níveis de 2,16, historicamente uma resistência significativa. Entretanto, observou-se uma retração em uma região onde a linha de 50% do canal de alta está presente e tem sido respeitada até a redação deste relatório.
Agora, a atenção se volta para os níveis de 1,80, que podem servir como suporte, fazendo referência ao fundo do canal de alta, bem como à máxima da semana de 06 de novembro de 2023, que foi rompida para cima e agora pode atuar como ponto de apoio.
Os investidores que usam essas pequenas oscilações do MVRV buscam confirmação desses níveis no gráfico de preços, onde é possível identificar estruturas precisas que geram sinais importantes antes de tomar decisões.
Após a conclusão deste estudo envolvendo o indicador MVRV e a observação do comportamento de diferentes perfis de investidores, é evidente que há muitos motivos para os investidores de longo prazo permanecerem otimistas com a possível valorização do Bitcoin após o halving programado para meados de abril deste ano.
Também é compreensível que os investidores de curto prazo reconheçam as dificuldades que o mercado de Bitcoin ainda pode enfrentar nos próximos meses e procurem aproveitar os movimentos de retração para identificar possíveis gatilhos que possam ampliar seus ganhos.
A identificação de níveis de suporte relevantes no MVRV pode ser uma ferramenta auxiliar para os investidores de curto prazo na gestão de riscos, algo que deve ser tratado de maneira firme e precisa.
Capitalização de mercado do Bitcoin
Para complementar as informações sobre o MVRV, vamos analisar o gráfico do Market Cap em intervalos semanais para avaliar a entrada e saída de capital, bem como a dominância do Bitcoin em relação a outras criptomoedas.
Observamos que, na última semana de dezembro de 2023, os níveis de dominância testaram uma região de suporte após quatro semanas de queda. Neste início de janeiro de 2024, notamos uma nova entrada de capital no Bitcoin, possivelmente buscando testar de baixo para cima a linha de equilíbrio de 9 semanas do Ichimoku.
Num contexto macro no gráfico semanal, a tendência ainda permanece ascendente, com a linha Chikou Span inserida no gráfico há 26 semanas, posicionada acima das velas, sugerindo um possível movimento ascendente.
As linhas Tenkan e Kijun, representando o equilíbrio de 9 e 26 períodos, respectivamente, também estão indicando um possível crescimento. No entanto, as linhas futuras do Ichimoku estão direcionadas de forma lateral, sugerindo uma possível lateralidade até que as máximas do Market Cap sejam rompidas.
É relevante destacar que, apesar das flutuações na capitalização, os níveis têm se mantido acima de 50% de dominância, indicando o otimismo dos investidores para este novo ano.
Uma nova entrada de capital no Bitcoin poderia aumentar o valor de mercado, o que consequentemente poderia resultar em uma potencial valorização da criptomoeda antes mesmo do evento do Halving programado para meados de abril.
No gráfico a seguir, traçamos dois canais de alta paralelos, observando que os níveis atuais de capitalização e dominância estão localizados na região inferior de um desses canais, respaldados pelo suporte mencionado anteriormente.
Se houver um rompimento para baixo desse nível, o próximo suporte poderá ser identificado na região da “Nuvem”, onde está presente o fundo do canal de alta inferior. Sua região de 50% opera nos níveis do último fundo da estrutura registrado em agosto de 2023.
Apesar das resistências consideráveis, um novo impulso de alta, com uma nova entrada de capital, poderia impulsionar a dominância em direção ao topo do canal superior, ultrapassando os 56%.
Comparações de comportamento
Quando comparamos o gráfico de preços diário com o intervalo semanal, notamos, no início da primeira semana de janeiro de 2024, uma ruptura ascendente em uma estrutura lateral, com as linhas de equilíbrio do Ichimoku apontando para cima, sugerindo a continuidade possível do movimento ascendente.
Esse movimento, levando o preço do Bitcoin acima de US$ 45 mil, resultou em uma nova máxima no histograma do indicador MACD no período semanal. Dessa forma, os investidores acreditam que a próxima resistência em US$ 48 mil poderá ser alcançada em breve, desde que o fechamento desta semana se mantenha próximo à máxima do período.
As condições parecem favoráveis para os investidores que atualmente atuam na compra, com um suporte inicial a ser avaliado nas linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos no gráfico diário.
É essencial ressaltar que o histograma do MACD no gráfico semanal vinha registrando máximas mais baixas desde a semana de 11 de dezembro de 2023, indicando a possibilidade de um teste no fundo da estrutura do gráfico diário. No entanto, esse movimento foi rejeitado após os investidores absorverem a liquidez posicionada abaixo da mínima de 26 de dezembro.
Minerando projeções
Considerando as informações apresentadas até o momento, é evidente que tanto os investidores de longo prazo quanto aqueles com foco em operações mais curtas permanecem ativos, acreditando que, em 2024, o preço do Bitcoin pode apresentar uma possível valorização.
Um indicador que reforça esse otimismo é o Modelo Stock-to-Flow, fornecendo dados da rede que sugerem a possibilidade de o preço do Bitcoin ultrapassar os US$ 51 mil antes do evento do halving deste ano.
Conforme mencionado em relatórios anteriores, o modelo stock-to-flow compara o Bitcoin a commodities e metais preciosos como ouro, prata ou platina. Essas commodities são reconhecidas como “reserva de valor”, mantendo seu valor ao longo do tempo devido à sua relativa escassez.
A semelhança do Bitcoin com essas commodities reside no fato de sua escassez. O indicador Stock-to-Flow estabelece uma linha de previsão de preços no gráfico e historicamente tem demonstrado uma considerável precisão.
No gráfico a seguir, é perceptível que o preço do Bitcoin se aproxima da linha de previsão de preços, atualmente posicionada em 51 mil dólares. Isso sugere que após o Halving, o preço do Bitcoin pode seguir uma trajetória ascendente, potencialmente ultrapassando os 300 mil dólares nos próximos dois anos.
É claro que previsões futuras de preços são subjetivas e requerem análise cautelosa por parte dos investidores. É necessário um acompanhamento contínuo da relação entre oferta e demanda, realizado de forma semanal.
No entanto, essas informações destacam o potencial do Bitcoin, com os investidores atentos a todos os eventos, notícias e desenvolvimentos do mercado de criptomoedas.
Conclusão
Após analisar diversos indicadores e aspectos do mercado, é evidente que o Bitcoin enfrenta um período de expectativas e movimentações promissoras no início de 2024. Tanto investidores de longo prazo quanto aqueles com estratégias de curto prazo estão ativos e otimistas em relação ao potencial de valorização da criptomoeda.
A análise de indicadores como o MVRV, o Market Cap, o Modelo Stock-to-Flow e o comportamento dos preços revela um cenário favorável para possíveis movimentos ascendentes do Bitcoin. O otimismo é reforçado pela proximidade do evento do halving e pela percepção de escassez da criptomoeda, algo comparável a commodities como ouro e prata.
Embora as previsões de preços futuros devam ser encaradas com prudência e análise contínua, a possibilidade de o Bitcoin superar os 51 mil dólares antes do halving e até mesmo atingir valores acima de 300 mil dólares nos próximos anos é algo considerado pelos investidores.
É fundamental destacar que o mercado de criptomoedas é volátil e sujeito a mudanças abruptas. Portanto, os investidores devem acompanhar de perto os eventos, notícias e tendências, realizando análises constantes da relação entre oferta e demanda para embasar suas estratégias de investimento.
Em resumo, embora haja um cenário promissor para o Bitcoin com base nos indicadores analisados, os investidores devem manter uma abordagem cautelosa e estar preparados para ajustar suas estratégias conforme o mercado evolui, garantindo uma tomada de decisão informada e adaptável às condições em constante mudança.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos que dedicaram seu tempo à leitura deste relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as informações e análises compartilhadas tenham sido esclarecedoras e úteis para compreender o cenário atual dessa criptomoeda. Seu interesse e atenção são muito valorizados. Obrigado por acompanhar e considerar este relatório.
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