Para quem tinha dúvida de que o Bitcoin (BTC) estava iniciando sua bull-run, a última semana cravou essa tendência. A criptomoeda avançou rapidamente seu preço, chegando muito próximo de suas máximas históricas. Essa velocidade foi apoiada pela compra intensa dos ETFs à vista nos Estados Unidos. Porém, colocou o mercado ainda mais em um nível de sobrecompra, que pode exigir uma boa dose de correção ou lateralidade no curto prazo, antes de vermos a renovação histórica.
Processo acelerado
Como costumo comentar aqui no Satoshi Call, o halving do Bitcoin, historicamente, é um gatilho importante para o início de um novo ciclo de alta. Estimado para abril, o evento deste ano está um pouquinho diferente do habitual.
Não é comum que o BTC esteja tão próximo de sua última máxima histórica em períodos pré-halving, ainda mais nos meses que antecedem o evento técnico. Para se ter uma ideia, o fechamento de fevereiro terminou com ganhos de 43,71% – quase US$ 20 mil de valorização, e uma máxima de US$ 64 mil, antes os US$ 69 mil do último all-time high.
Isso mostra que este ciclo está com elementos extras, que não só fortalecem, mas também aceleram o processo de alta do Bitcoin. E, claro, isso passa muito pela grande adoção do ativo pelos ETFs.
Acumulação absurda
A narrativa de que os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos balançaram o mercado vem se confirmando. Logo no primeiro dia de negociação, foram comprados mais de US$ 2,2 bilhões de fundos. Na semana passada, o recorde foi batido, com mais de US$ 2,6 bilhões em operações, em um único dia.
A participação institucional nos ETFs é gritante, e o desejo de compra e acumulação levou os principais nove fundos de BTC a ultrapassarem os 303 mil Bitcoins sob gestão. Para se ter uma ideia, a maior carteira da criptomoeda, hoje, possui 248 mil BTCs.
Varejo ainda em espera
Apesar da compra massiva dos ETFs de Bitcoin, o mercado varejista parece cauteloso. Afinal, as opções da criptomoeda seguem sendo negociadas em nível de neutralidade.
Este comportamento, porém, não é visto no mercado de futuros. Por lá, o setor atingiu US$ 23,4 bilhões em posições abertas, contra US$ 24 bilhões registrados na última máxima histórica, em novembro de 2021. A taxa de financiamento também está bem acima dos 0,01% de um ambiente neutro – em alguns casos, ela chega a 0,1%. Isso tem aumentado a especulação sobre o preço do ativo, podendo ocasionar cascatas de liquidação no curto prazo, e, consequentemente, oscilações bruscas no mercado.
Para os investidores de spot, o comportamento é um pouco mais agressivo, em relação à baixa intenção de vendas. Os dados on-chain apontam que o saldo de Bitcoin das exchanges é cada vez menor. Só na última sexta-feira, foram retirados mais de US$ 2,3 bilhões na criptomoeda das corretoras, no ritmo mais rápido dos últimos cinco anos.
Gráfico do Bitcoin
Ao olhar para o comportamento do gráfico do Bitcoin no tempo diário, podemos dizer que a situação é, no mínimo, “esticada”. Mas antes disso, é importante destacar que há uma repetição interessante dentro dos candles, em que o mercado aponta um movimento lateral por alguns dias, até disparar o preço.
GoCharting, em 04/03/2024, às 9h01min.
Este padrão faz sentido se aliarmos a leitura junto com outros indicadores técnicos. O MACD está com suas linhas cruzadas para cima ainda, mostrando uma forte dominância dos bulls. Entretanto, o Índice de Força Relativa (RSI), está acima dos 83 pontos, o que indica um mercado bem sobrecomprado.
Este último indicador, inclusive, costuma ser o sinal de que correções ou pelo menos uma lateralidade está por vir. Afinal, nenhum mercado consegue subir em linha reta. Pelo menos não de forma saudável.
Semana agitada
No gráfico semanal do Bitcoin, a situação é bem semelhante. Após um período de lateralização, o mercado abriu um novo canal de alta, que foi rompido na semana passada – encerrado no último domingo. Com uma subida expressiva, os indicadores adjacentes também se “esticaram”.
GoCharting, em 04/03/2024, às 9h.
O MACD permanece com suas linhas cruzadas para cima, o que é um sinal positivo aos bulls. Entretanto, o RSI avançou novamente para cima dos 80 pontos. Como observado na seta laranja no gráfico do RSI, o mercado lateralizou (caixa azul), o que ajudou a reajustar os indicadores. Já as setas laranjas sobre os candles indicam possíveis níveis de suporte, caso os investidores optem por realizar lucros de suas posições de forma mais acentuada.
Precificando o Federal Reserve
Os vários indícios que os membros do Federal Reserve já haviam colocado o mercado na certeza de que um corte de juros não viria na reunião de março. Porém, os dados econômicos levantaram a possibilidade de que, quem sabe, em junho, os formuladores de política monetária revejam suas posições.
Os pedidos de seguro-desemprego aumentaram recentemente. Mesmo que abaixo do esperado, isso dá ânimo para quem espera que o mercado de trabalho passe por uma desaceleração. Já o índice de preços de bens de consumo (PCE) apontou uma alta de 2,4%. Porém, ele veio dentro do esperado pelos analistas, o que manteve as perspectivas “positivas”.
Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos foi revisado para cima, com alta de 3,2%, em 2023. Aqui, entretanto, o indicador veio abaixo do esperado. Assim, com a inflação “controlada” e a economia desacelerando um pouco, não seria loucura imaginar um corte de juros no meio do ano para manter ambos os segmentos nos trilhos.
Sempre nesse vai e volta
Depois de registrar um bom desempenho econômico, a Zona do Euro voltou a sua situação de divergência. O índice de sentimento econômico que mede como a confiança dos setores de serviços, industrial e consumo recuaram para 95,4 pontos. Isto mostra que ainda há muita cautela sobre o caminho que a recuperação do bloco está seguindo.
A inflação também não vem ajudando muito. As prévias dos preços ao consumidor (CPI) até apontaram uma desaceleração na perspectiva anual. Porém, elas vieram mais fortes do que o esperado, mostrando que a pressão inflacionária segue em jogo.
Parte disso, segundo a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, pode estar vindo dos salários que permanecem relativamente elevados na região. Como consequência, o BCE precisaria manter o aperto monetário por mais tempo. Porém, vale dizer também que a inflação gerada pelos lucros das empresas diminuiu bastante, o que pode compensar essa diferença nos trabalhos.
Decidam-se vocês dois
Na China, os dados econômicos podem ser, algumas vezes, confusos. Afinal, lá você tem a versão “oficial” e a versão da Caixin/S&P Global. E, nem sempre, essas informações convergem.
Fato é que o Índice Gerente de Compras, na versão oficial, veio acima dos 50 pontos, mostrando a expansão da economia. Porém, há uma exceção! O setor industrial teve um leve recuo de 49,2 para 49,1, indicando que o setor está em um território de retração.
Entretanto, a visão da Caixin sugere um cenário diferente. A indústria teria subido de 50,8 para 50,9, mirando expansão e recuperação forte da economia local. Fato é que os setores de desenvolvimento estão oscilantes e não subindo de forma igualitária, o que vai acabar exigindo uma boa atenção do governo chinês para liberar novos estímulos à economia.
Conclusão
A semana do Bitcoin começa com boa parte do mercado tentando – ou pelo menos deveria estar tentando – localizar para onde esta tendência de preços vai parar. Afinal, muitos indicadores técnicos estão avançados, mostrando que a sobrecompra é intensa.
Em compensação, o mercado de criptomoedas atual é extremamente mais maduro do que o visto em 2021. E com os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos simplesmente dominando as ações – inclusive se comparados aos papéis tradicionais. Isso tem acelerado o processo de ciclo de alta para muito antes do que estamos acostumados a ver no pré-halving.
A realidade é que é importante dosar bem a euforia e cautela. Afinal, o mercado está, sim, em alta. Isto é inegável. Porém, entender que correções são naturais, ainda mais depois de uma disparada de 43%, é fundamental para não ser pego de surpresa.
O Carnaval acabou, então, podemos dizer que o ano, de fato, começou? Bom, para o Bitcoin (BTC), sim! A moeda digital aproveitou o feriado para disparar aos US$ 52 mil. O comportamento dos investidores mostra ainda que a recente alta é muito mais saudável do ponto de vista especulativo, se comparado ao visto no final do ano passado. A volta da pressão inflacionária parece estar passando despercebida, mas é aquela história: cuidado nunca é demais. Fato mesmo é que o halving está cada vez mais próximo, e a tendência de acumulação segue positiva no mercado de criptomoedas.
ETFs de Bitcoin e a queda da especulação
Ainda é muito cedo para dizer isso, mas não deixa de ser interessante ver como os ETFs de Bitcoin à vista parecem ter deixado o mercado de criptomoedas menos especulativo. Em relação aos derivativos, a atual taxa de financiamento para manter um contrato futuro perpétuo em aberto está, em média, em 0,25%, apesar do salto para US$ 52 mil. Isso é bem menor do que o altamente alavancado cenário do final do ano, quando o chamado funding estava batendo o 1%, e o ativo em US$ 40 mil.
Pode ser uma coincidência? Sim! Mas o que os dados on-chain da CryptoQuant mostram é que cerca de 75% dos novos investimentos em Bitcoin vieram dos ETFs de BTC à vista. De fato, os fundos tendem a levar um controle menor do investidor sobre o ativo, fazendo com que uma possível venda de pânico aconteça. Porém, este é um comportamento a ser analisado por mais tempo.
Comprar e não vender Bitcoin
Investir em Bitcoin parece estar seguindo uma política bem simples: comprar e segurar. Com a aproximação do halving – cerca de dois meses de distância –, as perspectivas para o mercado de criptomoedas seguem bastante otimistas. E isso reflete, claro, no comportamento dos compradores.
Métricas de rede apontam que investidores de médio prazo enviaram cerca de 49,5 mil BTCs diariamente às exchanges, indicando uma tendência vendedora. Em contrapartida, os detentores de longo prazo enviaram apenas 2 mil unidades do ativo. Nem mesmo este movimento mais “agressivo” pressionou o saldo de Bitcoin das corretoras. Atualmente, existem cerca de 2,34 milhões depositados nas plataformas de negociação – o menor nível dos últimos SEIS anos!
Gráfico do Bitcoin diário
Analisando o dia a dia, o gráfico do Bitcoin dá sinais muito positivos para o mercado de criptomoedas. O insistente canal lateral foi rompido com grande força, com o preço do ativo encostando, agora, no topo da banda de Bollinger. Apesar de não ser uma resistência das mais poderosas, é sempre bom ficar de olho, pois os investidores costumam realizar seus lucros por aqui.
Fonte: GoCharting, em 19/02/2024, às 7h30min.
Com isso, o mercado pode estar em direção a um salto baixo para os US$ 56 mil ou, então, uma correção para a região da mediana da Bollinger Bands ou até mesmo o topo superior do canal lateral, em US$ 45,8 mil e US$ 44,9 mil, respectivamente.
Nos indicadores adjacentes, o MACD não só evitou um cruzamento para baixo de suas linhas, como ainda afastou as médias móveis, mostrando a força do mercado nos últimos dias. O RSI, em contrapartida, aponta os 80 pontos. E, como bem sabemos, este é um grande território de sobrecompra. Com isso, podemos esperar uma correção ou, pelo menos, uma lateralidade nas negociações até que as métricas se normalizem.
Gráfico do Bitcoin na semana
A análise de curto prazo ganha ainda mais corpo quando a gente vê o gráfico do Bitcoin no período semanal. Aqui, o canal lateral também foi quebrado para cima, com o preço indo em direção ao topo da banda de Bollinger. Coincidentemente, porém, o topo do indicador combina com o mesmo nível do ombro maior do último grande ombro-cabeça-ombro (OCO), de 2021. Portanto, esta região se confirma como uma importante resistência.
Fonte: GoCharting, em 19/02/2024, às 7h30min.
Aqui, o MACD também reverteu seu cruzamento para baixo e voltou a afastar suas linhas, em um claro acompanhamento da força dos investidores. Essa força também é vista no RSI, que mira os 79 pontos, também uma região intensa de sobrecompra.
Com isso, podemos esperar que o Bitcoin supere o nível atual em direção aos US$ 56 mil e US$ 57 mil. Caso contrário, é possível uma descida até o topo do canal lateral, em US$ 44,1 mil e a mediana da Bollinger Bands, em US$ 39,5 mil. Em um caso mais extremo, os US$ 36,3 mil, onde marca o “Suporte 2” no gráfico, é um bom ponto de parada.
Corte de juros nos Estados Unidos: Não vai ser dessa vez
É, amigos… Se você estava esperando um corte de juros nos Estados Unidos, melhor se deitar. Não que seja impossível, mas os dados inflacionários do país simplesmente não vieram legais, o que deve manter a política monetária mais restritiva por lá.
A inflação ao consumidor (CPI) subiu de forma inesperada e acima do esperado pelos analistas. O mesmo vale para Inflação ao produtor (PPI). Com os preços voltando a subir, é bem provável que o Federal Reserve não corte os juros na próxima reunião do mês que vem.
Aliada ao aumento de juros, está a queda nas vendas no varejo e produção industrial norte-americanos. Por um lado, isso pode levar a um arrefecimento dos preços, já que a demanda é menor. Por outro, isso acende mais uma vez os receios sobre a saúde econômica do país.
Esperança na Zona do Euro
Dá até medo de falar e “zicar”, mas a economia da Zona do Euro voltou a dar uma certa esperança. Contrariando as projeções de retração, o Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2023 avançou.
A produção industrial também saltou forte: 2,6%, em dezembro, na comparação com dezembro. Isso é importante, pois mostra que o setor produtivo está aquecido, o que ajuda a aumentar o estoque das empresas e, consequentemente, reduz a inflação.
Em relação aos juros, nada de novo no horizonte. Pelo menos por enquanto. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, simplesmente descartou um corte de juros no curto prazo, mesmo com a inflação mais controlada. O fiel da balança aqui pode ser justamente esse bom desempenho da economia local.
Conclusão
É natural que há cerca de dois meses do halving do Bitcoin, o mercado de criptomoedas apresente certa euforia. O processo de acumulação, claro, está acontecendo, como mostram os dados on-chain. Porém, investidores de menor prazo podem se assustar com uma volatilidade acentuada ou até mesmo um novo período de lateralização.
Tudo isso porque há muitos sinais na análise técnica de que o BTC está em fortes níveis de sobrecompra. E como já apontado em Satoshi Calls anteriores, os 80 pontos costumam ser o ponto de parada da alta, pelo menos momentaneamente.
Entretanto, a menor especulação do mercado alivia um possível salto ou queda abrupta de preços, já que a maior parte dos investimentos está vindo dos ETFs de Bitcoin à vista, que costumam dar menos controle do ativo ao investidor.
Com o cenário macroeconômico ligeiramente definido – pelo menos em relação aos juros – os dados on-chain e outros fundamentos do mercado de criptomoedas tendem a te dar vantagem neste período de alta intensa.
Com a abertura de fevereiro, o mercado de criptomoedas viu um janeiro bem menos generoso ao Bitcoin (BTC) do que em 2023. Isto mostra o quanto os investidores estão em equilíbrio, buscando oportunidades mais claras para suas compras e vendas. A indefinição sobre a valorização não parece repercutir nos ETFs de BTC à vista, enquanto a análise técnica sugere que a consolidação de preços pode continuar por mais algum tempo.
Indefinição de tendência
O Bitcoin encerrou janeiro com uma alta bem tímida de 0,71%. A volatilidade, porém, colocou o preço em uma oscilação de cerca de 20%, com mínima em US$ 38,5 mil e máxima de US$ 49 mil. Com a negociação, agora, travada no meio deste movimento, o mercado confirma sua indefinição.
Inclusive, pode-se dizer que o Bitcoin está em um período inclusive lateral, apesar dessa oscilação brusca momentânea. Desde o final de dezembro de 2023, a criptomoeda de referência flutua entre os US$ 40 mil e US$ 45 mil. Sendo este mais um sinal de falta de tendência.
Nos ETFs, está tudo bem!
Se o mercado varejista está desconfortável, os ETFs de Bitcoin à vista tem zero preocupações sobre a tendência futura do ativo. Segundo a BitcoinMaganize, mais de 3% de todos os BTCs em circulação estão nos fundos norte-americanos. Esta atitude acompanha ainda o comportamento dos HODLErs, que seguem sacando suas moedas das exchanges.
Talvez até por isso que o indicador on-chain MVRV esteja apontando um Bitcoin bem abaixo do que seria considerado o “valor justo” de negociação no atual momento de mercado. A estimativa da informação é que o BTC está US$ 20 mil abaixo do preço que deveria estar.
Lateral até no gráfico
O gráfico do Bitcoin segue o mesmo caminho de lateralidade visto nos dados on-chain. Afinal, a banda de Bollinger voltou a afunilar suas linhas, que caminham, agora, de maneira paralela. Com isso, a negociação voltou para dentro do antigo canal horizontal, com as setas azuis mostrando os desequilíbrios quase que simetricamente perfeitos. Com isso, não podemos dizer que a consolidação de preços foi encerrada.
Fonte: GoCharting, em 05/02/2024, às 8h30min.
Nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mas ainda muito próximas entre si. Já o índice de força relativa (RSI) aponta os 53 pontos, com um mercado muito bem equilibrado.
Confirmando a tendência
No gráfico do Bitcoin semanal também não há grandes novidades. O canal lateral segue intacto. Porém, agora, a criptomoeda está sendo negociada na parte superior da banda, o que pode trazer bons ventos para os investidores. Há, porém, uma forte resistência em US$ 43,2 mil, que corresponde ao antigo ombro-cabeça-ombro.
Fonte: GoCharting, em 05/02/2024, às 8h30min.
O MACD está em direção para um cruzamento para baixo de suas linhas, o que sugere a extensão do período de consolidação ou até mesmo uma nova correção, que poderia levar a criptomoeda aos US$ 37 mil e US$ 36 mil. O RSI se comporta quase como uma linha reta, sobrevivendo muito perto dos 70 pontos, sugerindo que ainda há uma persistência da sobrecompra.
Tão perto, mas também tão longe!
A falta de emoção do mercado, claro, esbarrou na famosa semana de decisão de juros nos Estados Unidos. Embora o mercado já soubesse que o Federal Reserve iria manter os juros como estão, é sempre bom ouvir isso das vozes oficiais. Jerome Powell, presidente do FED, até disse que um corte deve ocorrer ainda este ano, mas dificilmente isso será em março.
Até porque, ainda há uma grande preocupação inflacionária, por conta do mercado de trabalho. Os dados do payroll mostraram que o país criou 353 mil novas vagas de trabalho, muito além das 180 mil previstas. Com mais empregos, o poder de consumo aumenta, o que também pressiona os preços.
No balanço
A Zona do Euro segue no seu constante balanço para evitar uma recessão. E, por enquanto, vem conseguindo. Bem no limite, diga-se de passagem. A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2023 avançou em 0,1% na base anual. É pouco? Sim, mas é um avanço! Ainda mais se considerarmos que a Inflação ao Consumidor (CPI) recuou 2,8% em janeiro, mantendo seu processo de desaceleração e indo em direção rapidamente à meta de 2%. O mesmo movimento de queda é vista na Inflação ao Produtor (PPI), que caiu 10,6% na base anual.
Porém, a taxa de desemprego em 6,4% segue em seus mínimos históricos, o que fez com que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, indicasse que o próximo movimento dos reguladores será um corte de juros, mas ainda não há nenhuma data para isso acontecer.
Conclusão
O mercado de criptomoedas está em uma fase que, para muitos, é “chata”. Essa consolidação de preços tira a coragem de muitos investidores em se posicionar no mercado, considerando a possível volatilidade que pode atingir os ativos.
Fato é que o vimos um 2023 de grandes altas e acumulamos ainda a quinta vela mensal positiva consecutiva. Um momento de respiro para tirar o mercado de sobrecompra vem sendo exigido há muito tempo. Os bulls, estão segurando essa realização de lucros mais intensa, enquanto os bears, também não conseguem empurrar a criptomoeda mais abaixo para recomprá-las mais barato.
Um dos lados vai precisar ceder e, talvez, o mercado se movimente assim até o halving do Bitcoin, em abril. Até lá, vale ficar atento às oscilações naturais que este mercado oferece para embolsar alguns possíveis ganhos.
Após um bom momento para as ações de risco e big techs, o Bitcoin (BTC) manteve sua estagnação de preços, apesar de ter conseguido se recuperar bem depois do descenso aos US$ 38 mil. As políticas monetárias ainda muito especulativas também não ajudam os investidores a tomarem decisões mais arrojadas. Com o mercado de criptomoedas tentando retomar o equilíbrio, o BTC segue sua perspectiva de consolidação de preços até que uma tendência de alta ou baixa seja definida.
Cadê a correlação?
O mercado de criptomoedas está vivenciando um período diferente do visto nos últimos anos. Era comum a gente ver o Bitcoin e várias altcoins valorizando lado a lado com as ações de risco, principalmente as das big techs. Porém, não foi isso que aconteceu na última semana.
As principais bolsas de valores, inclusive as de tecnologia, dos Estados Unidos renovaram suas máximas históricas por vários dias consecutivos. Enquanto isso, o BTC e boa parte do setor corrigiam.
Porém, é importante especular que a criptomoeda já havia atingido seu topo anual de US$ 49 mil, antes deste movimento agressivo do mercado tradicional. Então, é até natural que a realização de lucros tenha levado para do capital para as big techs. Mesmo assim, não é um evento que estamos super acostumados a ver.
Pressão vendedora
A realocação de posição também acontece entre os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. A antes dominadora GrayScale está vendo agora boa parte de seus recursos saírem do mercado ou migrarem para a BlackRock. Como se isso já não fosse ruído o suficiente para o setor, os gestores de falência da extinta FTX venderam 22 milhões de ações GBTC (GrayScale), inundando o mercado com essas ações.
Mesmo assim, o saldo dos ETFs seguem positivos. Só na primeira semana completa de negociação, foram acumulados mais de 100 mil BTCs – cerca de US$ 4 bilhões. Um feito bastante impressionante para um mercado que ainda está em construção.
Ainda especulativo
No mercado de derivativos é onde a bagunça acontece. Vendedores e compradores disputam cada espacinho do mercado para determinar a tendência de um ativo. No caso do Bitcoin, boa parte desse setor estava bastante alavancada recentemente, com liquidações de contratos futuros na casa dos US$ 200 milhões por dia.
Agora, as bolsas viram uma redução no ímpeto especulativo… Pelo menos pelos bulls. Investidores posicionados com contratos de venda estão começando a se acumular e a retomada dos US$ 40 mil pode levar ao chamado “short-squeezy”, quando uma grande volume de posições vendidas são liquidadas, elevando rapidamente o preço do ativo.
Gráfico do Bitcoin
A análise técnica mostra leituras interessantes para o gráfico do Bitcoin. No aspecto diário, o movimento coloca a criptomoeda operando novamente no antigo e persistente canal lateral de preços, após o desequilíbrio que a levou aos US$ 38 mil.
Fonte: GoCharting, em 29/01/2024, às 9h43min.
A retomada renova a perspectiva mais otimista, ainda mais olhando para os indicadores adjacentes. O MACD, por exemplo, aproxima suas linhas para um possível cruzamento para cima. Já o índice de força relativa (RSI), mira os 49 pontos, mostrando o equilíbrio atual do mercado e um possível momento de consolidação, já comentado em outros Satoshi Calls.
Aqui, os US$ 37,9 mil seguem como um importante suporte da tendência de alta, enquanto os US$ 42,2 mil e US$ 43 mil se posicionam como resistências de curto prazo importantes para que o mercado volte a cogitar novos arranques.
Dentro da caixinha
O gráfico semanal é menos “volátil”, com o Bitcoin operando em um belo de um retângulo. Os longos pavios deixados para trás mostram que esta é uma forte zona de liquidez e, consequente, liquidez. Assim, os bulls vão precisar disputar essa região pelo menos mais uma vez antes de romper os preços para cima, enquanto os bears vão precisar despejar ainda mais moedas para forçar a negociação para baixo.
Fonte: GoCharting, em 29/01/2024, às 9h45min.
A resistência mais próxima se posiciona, agora, no meio do canal lateral, em US$ 42,1 mil, seguida pelo topo, em US$ 44,2 mil. Para baixo, os US$ 40 mil são o fundo do canal, podendo segurar o preço. Depois, temos a mediana da banda de Bollinger e o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO), em US$ 36,2 mil.
Essa falta de força do mercado é vista pelo comportamento do MACD que está sugerindo um cruzamento para baixo de suas linhas. Enquanto isso, o RSI, em 67 pontos, mostra que o mercado ainda não passou por uma grande desalavancagem e novas correções de preços podem surgir nas próximas semanas.
Tá chegando a hora?
Você provavelmente já deve estar cansado de ouvir falar sobre os juros nos Estados Unidos. Mas não tem jeito, essa pauta é importante demais para deixar passar. Ainda mais em uma semana em que o indicador inflacionário favorito do Federal Reserve foi divulgado: índice de gastos pessoais – famoso “Preços PCE”.
Segundo os últimos dados, o indicador subiu 0,2% em dezembro, acumulando 2,9% nos últimos 12 meses. Porém, quando a gente olha para o acumulado de 3 e 6 meses, o índice mira 1,5% e 1,9%, respectivamente. Sabe o que isso quer dizer? Que em um prazo considerável, a inflação norte-americana está dentro da meta de 2%, o que coloca em pauta mais uma vez a discussão sobre um corte de juros.
O tal do pouso suave da economia também parece estar traçado. Afinal, a prévia dos três principais Índices Gerente de Compras (PMI) – Indústria, Serviços e Composto – avançaram ou se consolidaram para além dos 50 pontos, o que indica expansão econômica. A indústria, inclusive, bateu sua maior atividade dos últimos 15 meses. E aí, FED, vai cortar esses juros?
Na volta a gente corta
Sem grandes surpresas, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa de juros estável entre 4% e 4,75%. A ata da reunião que decidiu a política monetária segue não muito diferente das anteriores, afirmando que o dinheiro ficará restrito pelo tempo que for necessário. Porém, os reguladores estão otimistas com a queda “encorajadora” e “disseminada” dos preços.
Então, eu ouvi um corte de juros? Mais ou menos! A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que ainda é meio cedo para discutir uma redução das taxas e, quem sabe, lá pelo verão europeu o bloco possa começar a estudar esta possibilidade. Até porque, ao contrário dos Estados Unidos, a situação econômica da Zona do Euro não é a das mais estáveis.
Na semana passada, as prévias do PMI não trouxeram grandes novidades. Todos os setores seguem em território de contração econômica, com Serviços e Composto apresentando um avanço, mas bem tímido se comparada à necessidade do bloco
Joga combustível na máquina
Na contramão de Estados Unidos e Europa, o Banco Central da China bateu na mesa e decidiu cortar em 0,5% a taxa de seus empréstimos compulsórios, de olho no aquecimento da economia local. A proposta deve injetar quase US$ 150 bilhões.
O grande foco dos reguladores aqui é estimular setores que estão com dificuldades atualmente, como o imobiliário. Até o presidente do BC, Pan Gongsheng, disse que novos estímulos podem ser anunciados em breve para colocar este setor nos trilhos novamente.
Conclusão
Apesar da recente correção de preços, a realidade é que o mercado de criptomoedas permanece ainda muito aquecido. A tentativa dos bears em jogar o BTC para abaixo dos US$ 40 mil não foi bem sucedida e só serviu para a famosa “compra com desconto” da criptomoeda.
Este, porém, pode ser o momento ideal para que o mercado se consolide de forma lateral, criando oportunidades mais encaixotadas durante os períodos de negociação. Vale sempre lembrar, porém, que o halving está chegando – abril – e isso tende a realizar movimentos menos específicos do mercado, pois há muita especulação em torno do ativo. Até lá, novidades macroeconômicas podem surgir, o que pode apimentar ainda mais essa relação de compra e venda sem muitos fundamentos.
O mercado de criptomoedas vive um momento “chatinho”. É quase que uma punição para quem esperou tanto tempo para comprar Bitcoin (BTC). Porém, a paciência costuma ser recompensada aos investidores mais calmos e analíticos. A subida rápida aos US$ 49 mil e a euforia em torno de um mercado sobrecomprado exigia que a moeda digital visse seu preço cair um pouco. Esse comportamento é visto desde os mineradores aos especuladores. Agora, o mercado sinaliza que boa parte deste processo já acabou, mas isso não é motivo para descuidos.
Mineradores de Bitcoin minerando lucros
Só agora o movimento de realização de lucros do mercado de criptomoedas está começando a dar uma esfriada. A semana foi bastante intensa, com os investidores vendendo suas posições para embolsar os ganhos. E boa parte da pressão veio dos mineradores, que colocaram no mercado mais de 10,3 mil unidades da criptomoeda em apenas um dia. A ação levou esses big players a acumularem “apenas” 1,83 milhão de BTCs em suas reservas, o menor nível desde julho de 2021.
Vocês gostam de especular, hein!?
O mercado de derivativos também ajudou bastante a puxar o Bitcoin e todo o mercado de criptomoedas para baixo nos últimos dias. As liquidações na casa dos US$ 240 milhões em contratos futuros foram comuns recentemente. Isso gerou a famosa venda de pânico, com 88 mil BTCs sendo vendidos abaixo do preço de compra.
Um sobe, o outro desce
A correlação inversa entre o desempenho do Bitcoin e do índice dólar (DXY) ataca novamente. Coincidentemente – ou não – a última semana de queda da criptomoeda de referência acompanhou uma recuperação importante para a moeda norte-americana. Isso acarretou ainda no aumento dos rendimentos dos títulos do tesouro dos Estados Unidos, fazendo com que os investidores tirassem parte de suas posições do mercado de risco e a colocassem nos papéis federais.
Tudo dentro do esperado… Por enquanto
A análise do gráfico do Bitcoin no tempo diário mostra que os compradores estão tentando estancar parte das perdas e uma possível continuação da queda. Na imagem, é possível ver como o fundo do canal lateral está gerando pavios de preços, apesar da recente quebra para baixo. Caso isso se consolide, a queda deve se estender por mais tempo.
Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h46min.
O MACD traduz bem essa disputa entre compradores e vendedores, com suas médias móveis se aproximando e se distanciando constantemente. O Índice de Força Relativa (RSI) segue em baixa, mirando os 40 pontos, com o mercado ainda mais sob controle dos bears.
Já a banda de Bollinger começa a abrir lentamente, sugerindo que o mercado pode ver uma ampliação da volatilidade. Então, caso o suporte de US$ 40 mil seja perdido, os US$ 38 mil devem ser a próxima parada. Senão, será necessário aguardar um reteste do topo do canal lateral.
Se acalmando aos poucos
Quando aumentamos o prazo no gráfico semanal do Bitcoin, vemos a formação de um canal lateral, indicando que o mercado está ainda no processo de realização de lucros e reacomodação de seus suportes. Ainda mais considerando que, por muito tempo, o mercado estava em um nível de forte sobrecompra. Como apontado no último Satoshi Call, inclusive, a perspectiva histórica mostrava que a correção era iminente.
Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h50min.
Fato é que o canal de negociação é até que semelhante ao observado no gráfico diário, com a faixa entre US$ 44 mil e US$ 40 mil como volatilidade padrão. As linhas do MACD estão se direcionando para cruzar para baixo, sinalizando a força da recente realização de lucros. Já o RSI desceu para os 63 pontos, o que é bom, mas poderia ser melhor se caísse um pouco mais.
Neste prazo maior, as perspectivas seguem parecidas. Se subir, podemos ver o Bitcoin rompendo os US$ 50 mil. Caso o movimento seja contrário, os suportes estão em US$ 36 mil e US$ 31 mil.
Riscos cada vez menores
Na balança entre queda da inflação e possível recessão econômica, parece que os Estados Unidos estão conseguindo manobrar bem a nave. Os recentes dados de vendas no varejo mostram bem isso. A atividade subiu 0,6% no mês passado. Na mesma pegada, a produção industrial avançou 0,1%. Porém, nem tudo são flores, né? O quarto trimestre terminou no negativo, sugerindo que ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo setor. Fato é que esse desempenho vem reduzindo os receios da famosa estagflação – quando a inflação sobe, e o crescimento econômico perde força.
Já quem estava esperando que o Federal Reserve iria cortar os juros em breve, pode ter um sustinho no meio do caminho. Representantes do Banco Central dos Estados Unidos falaram na última semana e ninguém quis bancar essa primeira “fatiada” na bola. Alguns deles não descartam a possibilidade de manter os juros assim por mais tempo para controlar os preços internos.
Decolagem suave
Apesar dos conflitos geopolíticos com Taiwan – e possível envolvimento dos Estados Unidos –, a atividade econômica da China parece caminhar sem grandes problemas, após alguns meses de instabilidade. O país divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de 2023 cresceu 5,2%, acima da meta de 5%.
O dado é “confirmado” pela produção industrial, que avançou 6,8% em dezembro, para além dos 6,5% esperados. Quem deixou um pouco a desejar foram as vendas no varejo, que subiram 7,4%, pouco abaixo da expectativa de 7,7%.
Uma hora vai, só não se sabe quando
A Zona do Euro segue ainda “catando cavaco”. A produção industrial do país recuou 0,3% em novembro, e 6,8% na base anual. Já a inflação de curto prazo mostrou uma aceleração, mas a perspectiva de ano a ano continua apontando para uma situação ainda bem controlada.
Nessa busca por equilíbrio entre economia e aumento de preços, a maior preocupação do Banco Central Europeu (BCE) parece ser exatamente o segundo ponto. Na ata da última reunião, as autoridades monetárias disseram que os preços estão caindo na região de forma “encorajadora e disseminada”. Por isso, a política deve ser mantida por mais um tempo para que a meta seja alcançada, deixando no ar que novos aumentos de juros estão fora do escopo de trabalho neste momento.
Conclusão
Embora frustrante para muitos investidores – principalmente os iniciantes –, a correção de preços é algo natural e importante para qualquer ativo. Afinal, é neste movimento de sobe e desce que o Bitcoin e qualquer outra aplicação constrói pontos de suporte importantes e permitem entradas cada vez mais assertivas.
O Bitcoin, enfim, encontrou sua correção de preços. O mercado de criptomoedas até sugere que parte dela já foi concluída. Mas, como sempre, há espaço para mais quedas, ainda mais olhando para prazos mais extensos. Porém, podemos estar vendo também um período de consolidação, igualmente importante, após uma alta expressiva como a observada nos últimos tempos.
Mal se passaram duas semanas de 2024, e o mercado de criptomoedas está fervendo. O Bitcoin (BTC) saltou para os US$ 49 mil, atingindo uma máxima não vista desde dezembro de 2021 – sim, um mês após o último all-time high. O gatilho? A, enfim, aprovação dos ETFs da moeda digital nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, claro, a realização de lucros era inevitável, o que corrigiu o ativo. Mais do que isso, o mercado está ainda com o pé muito perto do território de sobrecompra. Isso quer dizer: calma, gente!
Fiel da balança
A última semana prometia ser derradeira para que os investidores, enfim, pudessem cravar com certeza que os Estados Unidos iriam começar a cortar seus juros. Porém, a teoria nem sempre acompanha a prática e, na verdade, esta segunda-feira abre uma semana muito parecida com a outra. Cheinha de incertezas!
Para os analistas, os índices inflacionários matariam a charada. Porém, o que eles não esperavam era que a charada só iria piorar. A inflação ao consumidor (CPI) norte-americano subiu 0,3% em dezembro, um pouquinho acima do 0,2% esperado. No núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, também avançou no mesmo montante.
Embora ainda dando sinais de controle, a inflação poderia persistir um pouco mais, o que poderia levar o Federal Reserve a manter os juros altos por mais alguns meses. Porém, a inflação ao produtor (PPI) pesou para o outro lado. Aqui, os preços recuaram em 0,1%, em dezembro, contrariando as expectativas de alta de 0,1%. O núcleo do indicador cresceu 0,2%, mas em linha com o esperado.
Agora, ficam as dúvidas sobre o que o FED irá fazer com estas informações, em meio à inflação inconsistente e a recente retração dos pedidos de seguro-desemprego, mostrando um mercado de trabalho novamente aquecido. Um termômetro inicial é o FED Watch da bolsa de Chicago. Ele mostra que mais de 90% dos analistas esperam que os juros sejam mantidos como estão na reunião daqui a duas semanas.
E a economia vai como?
Se para os Estados Unidos, a necessidade atual é de reduzir a demanda interna, na China, o fraco consumo pode impactar a segunda maior economia do mundo. E parece que é este o caminho que está sendo trilhado atualmente.
A inflação ao consumidor chinês caiu 0,3%, em dezembro, além do 0,2% esperado pelos analistas. Os preços ao produtor também recuaram. Na base anual, o indicador foi de 3% para 2,7% no último mês. Apesar de “boa”, a deflação também mostra que a atividade econômica interna está enfraquecida. No caso, o setor imobiliário é um dos grandes responsáveis por puxar – ou pelo menos frear – a economia para baixo.
Parte dessa instabilidade, porém, pode ser amenizada quando olhamos para os dados de exportação. Só em dezembro, as empresas chinesas aumentaram em 2,3% seus envios para o exterior, o que pode ser um sinal positivo para um possível reaquecimento da economia local.
Olha quem está otimista
Não é de hoje, nem de ontem, muito menos do mês passado que a Zona do Euro enfrenta uma grande flutuação econômica. O cenário que desafia o Banco Central Europeu (BCE), porém, parece que, na visão de muitos, está controlado.
Segundo o índice de sentimento econômico do bloco, que analisa a confiança dos consumidores e setor corporativo, avançou 95,6 pontos em dezembro. Bem acima dos 93,8 do mês anterior. Isso mostra que mesmo diante de altos e baixos, a perspectiva de médio e longo prazos para boa parte da Europa ainda é positiva.
Há, porém, a necessidade de um cuidado, principalmente para uma região que ainda luta contra a inflação. A taxa de desemprego recuou de 6,5% para 6,4%. Apesar de tímido, o descenso mostra que a economia está, sim, fortalecida, mas pode aumentar o consumo, o que poderia impactar no controle da inflação.
O ano começou para o Bitcoin?
Sim, meus amigos! Finalmente os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos foram aprovados. Vamos parar de falar deles aqui no Satoshi Call? NÃO! Muita coisa interessante pode acontecer a partir de agora e tê-los em mente em nossas análises com certeza vão auxiliar bastante nas decisões de compra e venda.
Fato é que 2024 começou quente para o mercado de criptomoedas. Só nas duas primeiras semanas do ano, o BTC saiu de US$ 42,2 mil para US$ 49 mil, antes de encontrar um equilíbrio neste meio do caminho.
ETF de Bitcoin aprovado
Se você não chegou de Marte neste final de semana, já sabe que os ETFs de Bitcoin à vista foram aprovados nos Estados Unidos. Embora a gente já tenha discutido isso aqui, é sempre bom lembrar que há dois impactos muito importantes nesta decisão.
A primeira delas é a própria formação de mercado, abrindo portas para que novos investidores, principalmente os institucionais, participem e injetem mais capital nas criptomoedas. O segundo ponto é que o governo norte-americano não possui uma regulamentação clara sobre este setor. Então, contar com produto financeiro validado pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) do país é um bom passo para, pelo menos, incentivar a normatização.
O desempenho dos ETFs, inclusive, foi muito interessante. Só no primeiro dia de negociação, foram alocados mais de US$ 4,5 bilhões. E o fundo que mais se beneficiou foi o da já conhecida GrayScale, responsável por mais de 50% de todo esse montante. Com isso, seus concorrentes estão buscando melhorar suas taxas para atrair mais clientes.
Mas fica calmo nesse pagode
Apesar do resultado positivo ao mercado de criptomoedas, houve muita especulação anteriormente. Um dia antes da aprovação, um suporte ataque hacker teria invadido a conta oficial do Twitter da SEC e divulgado que os ETFs estariam disponíveis para negociação na quinta-feira.
Rapidamente, o presidente do órgão regulador, Gary Gensler, desmentiu a postagem, que se confirmaria 24 horas depois. Mesmo assim, o momento ativou um grande ímpeto de compra, que se arrefeceu abruptamente.
Importante observar ainda que com a aprovação oficial, os compradores entraram novamente para jogo, o que levou o Bitcoin a bater os US$ 49 mil, valor não visto desde dezembro de 2021 – ou seja, um mês depois da sua última máxima histórica. Entretanto, a alta rápida e expressiva, claro, levou também à realização de lucros, o que corrigiu o preço da criptomoeda.
100 dias do halving
Além dos ETFs, o mercado de criptomoedas está acompanhando de perto a aproximação do halving do Bitcoin. O evento responsável por reduzir pela metade a emissão de BTCs está previsto para acontecer em 17 de abril. Historicamente, este é um momento que costuma definir o início de uma bull-run e a possível renovação da máxima histórica.
Neste processo e com o halving, alguns mineradores aproveitaram o momento em que ainda é possível angariar mais BTCs com a validação dos blocos e venderam parte de suas posições para realizar lucros. Por serem grandes detentores, eles ajudaram, claro, a corrigir o preço do token.
Precisamos falar da sobrecompra
Para quem acompanha o Satoshi Call, já sabe que o Bitcoin está em um nível muito próximo de romper a sobrecompra no “médio prazo” – famoso gráfico semanal. Meses se passaram e nada mudou na situação.
O Índice de Força Relativa (RSI) segue nos 74 pontos que, para muitos, já seria considerado a sobrecompra. Porém, por conta da volatilidade, eu costumo estender este indicador para 80 pontos. Mesmo assim, se não estamos lá, estamos muito perto.
Fonte: GoCharting, em
As barras e setas laranjas indicam momentos de mercado em que o mercado de criptomoedas, especificamente do Bitcoin, estava com seu RSI acima dos 80 pontos. Já as setas azuis mostram o que aconteceu na maioria das vezes quando os investidores se postaram em território de sobrecompra. Sim, uma correção.
Apesar deste histórico, um RSI alto é garantia de queda de preços? Não necessariamente. A lateralização também é um movimento possível, dando fôlego para os indicadores se reajustarem ao momento de mercado. Senão, nada impede também que vejamos a continuação da alta por mais algum tempo, antes de uma correção mais expressiva.
Na busca do canal
Para além do ambiente ainda com tons de sobrecompra, com o RSI próximo dos 70 pontos no gráfico semanal, é nítido que o Bitcoin está tendo dificuldades para consolidar uma volta ao seu canal de alta.
Fonte: GoCharting, em 15/01/2024
Assim, as perspectivas de uma lateralização ou até mesmo uma queda de preços mais acentuada pela realização de lucros se faz mais possível. Neste caso, olhamos para os níveis de suporte 1, 2 e 3, marcados em US$ 43 mil, US$ 36 mil e US$ 31 mil. Por isso, atenção para estes níveis!
Quebra, mas conserta
No curto prazo, o gráfico diário do Bitcoin mostra que o canal lateral de operação entre US$ 40 mil e US$ 45 mil foi, enfim, rompido. Porém, de forma momentânea. A euforia com os ETFs de Bitcoin durou pouco, o que levou os investidores a realizarem lucros e, assim, recuar o preço do ativo.
Fonte: GoCharting
De volta ao canal lateral, a incerteza sobre a tendência da criptomoeda no curto prazo se mantém. O MACD havia há pouco tempo cruzado suas linhas para cima, mas já demonstra perda de força novamente. O RSI, ao contrário do gráfico semanal, “embicou” para os 46 pontos, mostrando um mercado muito bem equilibrado e até pendendo aos vendedores. Essa divergência entre tempos gráficos diferentes é um ponto a ser observado de perto para identificar qual deles vai se sobressair e quando.
Neste caso, o primeiro ponto alvo de suporte é o meio do antigo canal de alta, em US$ 43 mil, seguido pelos US$ 41 mil, onde marca o fundo da faixa de negociação e a média inferior da banda de Bollinger. Mais abaixo, em US$ 38, temos a última grande barreira de preços rompida pelo mercado. Se a projeção for alta, porém, o reteste dos US$ 48 e um salto aos US$ 51 mil seguem no jogo.
Conclusão
A especulação foi o ponto de maior controle do mercado de criptomoedas na última semana. Agora, com o início de uma nova, talvez possamos ver um cenário um pouco menos caótico e eufórico e, então, buscar fundamentos e análises técnicas com menos ruídos. Por isso, vale evitar seguir a “loucura” e estudar bem antes de qualquer movimento.
Fato é que o mercado está se desenvolvendo de maneira agressiva e assertiva. A perspectiva de longo prazo, que já era positiva, se torna ainda mais otimista. Os ganhos podem ainda aumentar, principalmente após o halving do Bitcoin intensificar a famosa briga entre oferta e demanda. Então, vamos acompanhar de perto o que essa classe de ativos nos reserva para 2024, pois, pra mim, não acabou por aí, não!
A abertura do ano trouxe com ela um possível quinto mês positivo para o Bitcoin (BTC). Mas calma! Foram apenas cinco dias e muita água tem para rolar debaixo dessa ponte. O que vemos neste comecinho de 2024, porém, é um mercado com boa dose de especulação, trazendo um nível de liquidação de derivativos não visto há certo tempo. Enquanto nada se define desta situação, os gráficos sugerem comportamentos diferentes a depender do prazo em que olhamos, e a sobrecompra, claro, continua no radar.
Parece que o jogo virou
O mercado estava todo valentão nas últimas semanas, apostando muitas fichas de que o Federal Reserve iria começar a reduzir os juros já na primeira reunião deste ano. Porém, fué, fué, fué! A ata do último encontro entre os formuladores de política monetária colocaram a famosa água no chope dos analistas. O texto fala que há um reconhecimento de que a atividade econômica arrefeceu nos últimos meses, mas eles enxergam que ainda há um longo caminho para que os efeitos do aperto fiscal sejam sentidos com maior precisão.
A perspectiva do FED está correta. O Índice Gerente de Compras (PMI) da Indústria subiu de 46,7 para 47,4, em dezembro. Mesmo assim, o setor segue abaixo dos 50 pontos, que separa a contração da expansão. Já os Serviços – um grande alvo de inflação – subiu de 50,8 para 51,4, o que não só mantém justifica o alerta ligado das autoridades, como também é, sim, um possível catalisador de aumento de preços.
Outro banho de água fria veio dos próprios dados do mercado de trabalho que se intensificaram novamente. Não só a criação de empregos veio mais alta do que o esperado, mas também o payroll, mostrando que há um alto volume de vagas para os norte-americanos. Como consequência, isso gera salários mais altos, consumo intensificado e, por fim, inflação, segundo o Banco Central.
Com isso, todo o otimismo dos investidores de que, agora sim, o FED iria cortar os juros foi por água abaixo. Só o FED Watch, da bolsa de Chicago (CME) mostra que as apostas viraram e muito. A maioria, desta vez, espera que as autoridades monetárias mantenham as taxas como estão.
Para o mercado de criptomoedas, a sequência da pausa dos juros pode fazer com o que os investidores de varejo reduzam o ímpeto de suas participações momentaneamente. Afinal, a incerteza em torno da política monetária, e a possibilidade de novas valorizações para os títulos do tesouro tendem a arrefecer as negociações de risco. Entretanto, há muitos outros fundamentos a serem analisados que podem ser gatilhos para avanços ao Bitcoin ou até mesmo novas correções, como veremos neste Satoshi Call.
Tudo muito controlado
Se você acompanha o Satoshi Call com frequência, sabe que a União Europeia é uma região em que a economia vai, mas não vai, sabe? Tá tudo muito bem controladinho por lá, sem grande emoções, seja para cima ou para baixo. E dezembro não foi diferente. O PMI Industrial foi o que mais avançou, para “incríveis”, 44,4. Em um claro território de contração. Serviço ficou praticamente estável, também em retração econômica. Já o Composto, que une os dois indicadores, seguiu os mesmos 47,6 do mês anterior.
Novidade mesmo veio da Inflação ao Consumidor (CPI). A Zona do Euro até viu o indicador acelerar para 2,9% em dezembro. Entretanto, ela ficou abaixo dos 3,1% esperados pelos analistas, o que dá um certo respiro à pressão dos preços. Já o núcleo da inflação – que exclui produtos de energia e alimentos – subiu 3,4%. Mesmo com a alta, ele veio abaixo dos 3,6% de novembro.
A região ainda opera de forma muito cautelosa e até mais “lenta” do que os Estados Unidos. Por lá, os juros estão pausados, mas a euforia para um corte nas taxas é bem menor. Com isso, o mercado de risco segue equilibrado no bloco, trazendo poucos ímpetos de compra ou venda para as ações de risco e criptomoedas.
Reaquecendo a economia
Uma passadinha breve pela China mostra que a segunda economia do mundo está nos trilhos para seguir seu desenvolvimento. O PMI Industrial, medido pelo Caixin, subiu para 50,8 em dezembro. Na comparação com o indicador oficial do país, que foi de 49,0, vemos um avanço considerável.
Na mesma pegada, o PMI de Serviços atingiu o maior nível em quatro meses. O indicador bateu os 52,9 pontos, em dezembro. O desempenho demonstra a melhoria das condições de negócios e a confiança empresarial. Ambos os indicadores, acima de 50, apontam que o país está em expansão econômica.
Por isso, é importante ficar atento ao que os mercados asiáticos, embora alguns sejam restritos às criptomoedas, podem fazer neste setor. Afinal, as exchanges descentralizadas (DEX) conseguem facilmente driblar os impedimentos e manter a região como o segundo maior consumidor e negociador de moedas digitais do mundo.
Bitcoin abre o ano no positivo, mas…
Se você pensou que o Bitcoin iria cair em 2024, achou errado. Pelo menos por enquanto! De fato, a criptomoeda de referência perdeu força na reta final de 2023, mas abriu este ano em busca de novos ganhos. E conseguiu! Na última semana e nesta segunda-feira, mais uma vez, o token bateu os US$ 45 mil, atingindo um valor não visto desde abril de 2022. Porém, a falta de força e alguns catalisadores mantém o mercado ainda em um tendência quase nada definida, marcando ainda uma lateralização estreita de negociação, marcada pelos US$ 40 e US$ 45 mil.
Está esperando os ETFs de Bitcoin?
A notícia que marcou os últimos meses foi a possível aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) já nos primeiros dias do ano. E adivinhem só, isso ainda não rolou. Mas até aí, zero surpresas. Afinal, o comportamento recente dos reguladores foi justamente postergar as avaliações, antes de dar seus pareceres.
Essa falta de resposta, porém, tem gerado muitos boatos e informações conflitantes. De um lado, especialistas em ETFs do gigante portal Bloomberg, por exemplo, dão como certa a aprovação em algum momento, enquanto enxergam a SEC “encurralada”. Por outro lado, há rumores de que os reguladores vão declinar os pedidos e acabar com o sonho do fundo regulamentado em bolsa.
Fato é que a especulação está tomando conta desta narrativa, o que vai, naturalmente, movimentar os preços bruscamente, seja para cima ou para baixo. Então, o ideal é acompanhar, mas evitar seguir essas “adivinhações”. A SEC está analisando os documentos e ela tem prazos a serem respeitados. É com essa informação que devemos trabalhar mais.
Outro ponto importante é que muitos acreditam que a aprovação de um ETF vai simplesmente explodir o preço do Bitcoin para cima. É possível? Sim! Porém, há um ditado antigo no mercado tradicional de “compra no boato e vende no fato” que pode pegar muita gente de surpresa. Quando a gente fala que um ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos é importante, olhamos mais para uma perspectiva de médio prazo, quando a especulação vai ter arrefecido e, aí sim, teremos condições melhores de analisar o comportamento do mercado.
E para não dizer que isso é papinho furado, é só ver olhar o que aconteceu na semana passada. Em apenas um dia, mais de US$ 500 milhões em contratos futuros de Bitcoin foram liquidados.
Este tamanho de liquidação não é visto há pelo menos desde outubro do ano passado, como mostra o gráfico. Isso quer dizer que a especulação está presente e não necessariamente são condições saudáveis para o desenvolvimento do médio e longo prazos no preço do Bitcoin.
Estreitamento de preços
No curto prazo, vemos que o Bitcoin está travadinho em uma faixa de negociação entre US$ 40 mil e US$ 45 mil. Esse equilíbrio demonstra o quanto era necessário que o mercado abandonasse o território de sobrecompra e reajustasse seus indicadores. Este é o caso, por exemplo, da Banda de Bollinger, que afunilou suas médias, determinando níveis mais específicos de volatilidade.
Fonte: GoChating, em 08/01/2023, às 10h28min.
É interessante olhar, porém, que o preço tem se mantido quase sempre acima do antigo canal de alta, sugerindo que mesmo sem uma tendência definida, o ativo permanece mais otimista. Entretanto, esta é uma zona perigosa. Se os US$ 48 mil são um alvo a ser buscado pelos bulls, os bears estão posicionados na região dos US$ 41 mil e até os US$ 38 mil.
Joga a favor dos compradores, porém, dois indicadores adjacentes. O MACD, por exemplo, está conseguindo cruzar suas linhas para cima, sugerindo a força dos compradores. Acompanhando isso, está o Índice de Força Relativa (RSI), que mira os 61 pontos, indicando que o mercado está sob controle dos bulls no curto prazo.
Afastando o zoom
Quando olhamos para o gráfico do Bitcoin no tempo semanal, vemos que a região do último grande ombro-cabeça-ombro (OCO) tem sido bem movimentada. O decote do ombro maior está servindo como suporte e resistência, ditando o encaixotamento de preços do ativo, na região entre US$ 40 mil e US$ 45 mil. Apesar de uma “perda de força”, o movimento permitiu que a banda de Bollinger se ajustasse, marcando, agora, uma possível volatilidade até os US$ 48 mil, junto com a mediana do recente canal de alta.
Fonte: GoChating, em 08/01/2023, às 10h31min.
O mercado, então, pode ver o Bitcoin buscar o topo do ombro maior no médio e longo prazos, na região dos US$ 52,8 mil. Caso os bulls não consigam dominar as ações, um reteste do ombro menor, em US$ 36 mil, pode ser a próxima parada. Até lá, o MACD segue aproximando suas linhas para um possível cruzamento para baixo, enquanto o RSI mira os 76 pontos, com o mercado ainda em zona próxima de sobrecompra.
Conclusão
A tentativa de fuga de preços do Bitcoin se mostrou ser apenas especulativa. Ou seja, o ritmo seria mesmo momentâneo até que os investidores menos “agressivos” se reposicionassem. De fato, assim que os rumores sobre os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos arrefeceu, a criptomoeda simplesmente voltou a ser negociada aos níveis anteriores.
Na análise gráfica, vemos que o curto prazo mostra um bom equilíbrio, o que poderia ser um trunfo para os bulls que estão entrando agora no mercado. Porém, prazos maiores, como o semanal, ainda estão em fase de ajuste dos indicadores e mostrando que o ativo está muito próximo de uma sobrecompra, o que vai exigir muito controle dos investidores.
Na última semana de 2023, o mercado de criptomoedas está em clima de feriado. O Bitcoin (BTC) está vendo poucas movimentações de compra e venda, assim como uma baixa oscilação de preços. Com um deadline para mudanças nas propostas dos ETFs à vista da criptomoeda nos Estados Unidos e indicadores técnicos mostrando que os derivativos estão frios, mas o spot sobrecomprado, os traders precisam entender o que de fato e para onde o ativo pode virar nesta reta final de ano.
Não é bem assim a história
A semana começa com os investidores ainda mais confiantes de que o Federal Reserve vai começar, em breve, a cortar os juros. E isso não é mero achismo, afinal, a inflação está, de fato, recuando nos Estados Unidos. O Índice de Gastos Pessoais – famoso PCE – até subiu 0,1% em novembro, mas abaixo do esperado pelos analistas.
Com acumulado de 2,6% para o núcleo do indicador e 3,2% na variação total, a inflação até pode estar acima da meta de 2% do FED, ma, convenhamos, bem mais perto do que já estivemos antes. Com isso, muitos economistas passam a apostar que na próxima reunião, o banco central norte-americano dê seu primeiro passo para a redução dos juros.
Entretanto, muita calma por aí, Ludmilo! Alguns representantes do Federal Reserve falaram recentemente e disseram que a história não é bem assim. Para eles, sim, o país está vendo uma queda nos preços, porém, seria “irreal” começar a falar em cortes nas taxas tão cedo.
Sabemos que a banda não toca assim. Claro que os juros podem continuar como estão atualmente, mas o Banco Central já mostrou que coerência não é o forte. Então, com a pausa constante em aumentos, não é mesmo de se surpreender em um possível corte. Para o mercado de risco, como ações e criptomoedas, uma notícia dessas seria interessante, pois tenderia a tirar parte do dinheiro da renda fixa para ativos que possam pagar mais.
Religando as turbinas
Há bons meses a gente vem discutindo como o desempenho econômico da Zona do Euro não é dos melhores. Mas, poxa vida, nós devemos falar do trabalho que o bloco está conseguindo fazer em controlar a inflação por lá. Os preços ao consumidor (CPI) da região caíram de 2,9% para 2,4% em novembro, muito perto da meta de 2%. Sabe quem ajudou nisso? Produtos de energia, que recuaram bastante recentemente.
Com a melhora nos índices inflacionários, os consumidores voltam a pôr o rostinho para fora de casa, elevando sua confiança em 1,5%, em dezembro, mirando os -15,1 pontos. Embora isso ainda aponte território de contração, fato é que o indicador veio acima do esperado e pode reaquecer o consumo e parte da economia.
Porém, o Banco Central Europeu (BCE) vai precisar balancear bem sua política monetária neste momento para não deixar a inflação subir novamente com o aumento do consumo. Por lá, não conseguimos ver esse otimismo todo em relação a um possível corte de juros. Assim, movimentos bruscos de investimentos em ativos de maior risco podem não ser tão visíveis assim.
Tudo no seu lugar
Na China, os movimentos parecem tudo muito bem controlados. O mercado entendia que as taxas de referência para empréstimos deveriam permanecer inalteradas. E o Banco Central concordou com isso. As tarifas para pedidos de um ano se mantiveram em 3,45%, enquanto a de cinco anos, em 4,2%. Mesmo com a expectativa atendida, o mercado ainda espera mais flexibilizações econômicas por lá.
Entretanto, o movimento não foi o suficiente para que as bolsas por lá explodissem. Ao contrário, com a subida e máximas históricas em diversos índices globais, o movimento ficou marcado mesmo pela realização de lucros e consequente queda dos papéis. Não à toa, o Bitcoin também não se beneficiou deste movimento, vendo os investidores ainda buscando se posicionar em um momento mais “adequado” por assim dizer.
Bitcoin encaixotado
Na última semana útil do ano, o Bitcoin viu sua volatilidade cair. O que é, inclusive, natural. Afinal, boa parte do mundo parou para comemorar o Natal e, daqui alguns dias, será a vez das festas de fim de ano. Então, é mais do que comum ver o volume de negociações cair e mostrar que os investidores estão dando atenção para outras coisas de suas rotinas.
Assim, criou-se uma faixa de negociação relativamente estreita, com a criptomoeda de referência sem forças para romper os US$ 44 mil, mas também mostrando fôlego para evitar uma queda prolongada para abaixo dos US$ 41 mil. Para especuladores de curto prazo, essa linha parece bem interessante, mas não mostra tendência alguma.
De olho no champagne
Historicamente, não é estranho ver movimentos de alta expressivos do Bitcoin na última semana do ano. Entretanto, também não é loucura imaginar que ninguém está muito no pique de negociar qualquer tipo de ativo agora. Mas seja pelas festas de final de ano ou não, fato é que a cautela tem sido o mote do mercado quando olhamos para os derivativos.
Neste caso, a alavancagem de posições da moeda digital caiu para muito perto de seus mínimos históricos. Inclusive, o nível atual está muito próximo das duas últimas grandes quedas, confirmando a sensação mais morosa do mercado.
Se olharmos para o gráfico, vamos ver que esses momentos de baixa no indicador ELR acompanhou também uma queda de preços do BTC, como em 2021, durante a proibição de mineração na China, e em 2022, com o colapso da FTX. Correções são, sim, esperadas, ainda mais para quem acompanha o Satoshi Call e o Variação de Mercado toda semana. Entretanto, há poucos sinais técnicos e fundamentais que apontem para uma possível queda de preços maior.
Em contrapartida, se há uma tendência mais lenta nos derivativos, o mercado de spot está se desenvolvendo rapidamente. O volume de compra dos bulls segue intenso, mostrando que o processo de acumulação pré-halving é quase uma regra no mercado atual.
Renovas máximas
Os mineradores parecem ser o mais resiliente exemplo de acumulação neste período de alta de preços. O grupo reduziu a venda de ativos, aproveitando o momento de hype dos Ordinals para ganhar ainda mais taxas do que o normal na blockchain do Bitcoin.
Este comportamento é interessante, pois parece, inclusive, ignorar mais uma renovação das máximas históricas da dificuldade de mineração, o que tende a tornar o processo mais caro do que já é. Tudo isso parece, então, ser um preparo para o que o halving, em abril de 2024, pode proporcionar ao ativo.
Será que agora vem o ETF?
Na última semana, representantes de diversos fundos, como a BlackRock e Ark se reuniram com reguladores da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). O assunto? Os ETFs de Bitcoin à vista.
O encontro serviu para que a SEC apontasse aos reguladores as mudanças necessárias para que a Comissão desse andamento nas análises dos possíveis produtos de investimento. O prazo limite para enviar as mudanças é dia 29 de dezembro. Sim, sexta-feira. Caso não consigam fazer as alterações, as empresas podem ficar fora do possível processo de aprovação do ETF.
Gráfico do Bitcoin no curto prazo
Com o ELR deixando dúvidas e os mineradores em possível processo de acumulação, o gráfico do Bitcoin pode eliminar alguns ruídos importantes e nos trazer uma visão mais completa do que podemos esperar no movimento de preços da criptomoeda.
O último canal de alta segue se comportando como suporte, assim como a mediana da banda de Bollinger. Entretanto, a falta de força para subir acima dos US$ 44 mil colocou o ativo em uma faixa de negociação estreita entre US$ 41 mil e US$ 44 mil (linhas vermelhas). A linha inferior desta faixa pode ganhar força, com a média móvel mais baixa de Bollinger mirando no mesmo nível dos US$ 41,3 mil. Assim, há dois possíveis cenários para o Bitcoin.
Fonte: GoCharting, em 26/12/2023, às 9h31min.
Em caso de queda, podemos ver um teste da parte de baixo da faixa de negociação ou até mesmo uma visita na região US$ 38 mil (linha preta), que marca a última grande resistência de preços. Senão, uma possível subida pode levar a moeda digital aos US$ 48 mil e US$ 50 mil.
O MACD está com dificuldades em aproximar suas linhas para cruzar as médias para cima, mostrando uma indecisão dos compradores neste momento, enquanto o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 54 pontos, com o mercado bem mais próximo de um equilíbrio.
Tipo um fractal
Em um período ligeiramente mais longo, o gráfico do Bitcoin semanal mostra que os investidores estão, de fato, respirando um pouco, mesmo que alguns sinais de alerta continuem sendo emitidos por aqui.
Por enquanto, o canal de alta está sendo rompido para baixo, mostrando a força da realização de lucros do mercado. Enquanto isso, a “Resistência 2” (ombro mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO) continua segurando possíveis avanços de preços.
Fonte: GoCharting, em 26/12/2023, às 9h33min.
O MACD segue com suas linhas cruzadas para cima, mostrando que o mercado está muito mais forte do que fraco em prazos maiores. Entretanto, o RSI em 74 pontos deixa tudo bem próximo da sobrecompra, o que tende a levar a novas correções de preços, como os US$ 36,2 mil. Caso suba, o BTC pode testar um ataque aos US$ 46,7 mil e US$ 50 mil.
Conclusão
O mercado de criptomoedas vive um momento de “incerteza”. Esta, inclusive, talvez não seja a melhor palavra. Afinal, há muitos eventos, como as festas de fim de ano, que naturalmente afastam os investidores do mercado. Entretanto, a isca dos ETFs volta ao radar muito forte, com os traders só esperando uma pequena dica da SEC para validar ou não os ETFs.
Enquanto isso, o halving do Bitcoin segue sendo o evento mais realista para os investidores, que seguem acumulando suas moedas, em busca de uma nova máxima histórica. Bem posicionado, os traders não parecem querer vender seus ativos, porém, o mercado sobrecomprado pode ser uma pedra no sapato dos menos pacientes, que podem não estar muito no clima de esperar e vivenciar uma correção de preços no curto prazo.
Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto.
Está ansioso para a chegada de 2024? Esse é o ano que promete ser extraordinário para o mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain!
Eu acredito que vamos testemunhar uma revolução no mercado de cripto, onde novas moedas digitais e aplicações inovadoras em blockchain estão ganhando espaço e transformando setores inteiros.
Então pegue sua bola de cristal e embarque nesta jornada comigo, enquanto exploramos as tendências e transformações que eu acho que vão definir o cenário de criptomoedas em 2024.
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
1# Expansão de Serviços Blockchain Existentes
Vamos à primeira tendência dessa lista: a expansão do mercado ea adoção de serviços de blockchain.
Coisas como contratos inteligentes, aplicativos descentralizados (dApps), Finanças Descentralizadas (DeFi), tokenização de ativos e Non-Fungible Tokens (NFTs), serão cada vez mais comuns no ano de 2024.
Isso se deve à maturidade crescente da tecnologia blockchain, que possibilita a automatização e confiabilidade em diversos setores, incluindo finanças, saúde e gerenciamento de cadeia de suprimentos.
O Blockchain as a Service (BaaS) ou Crypto as a Service é uma tendência emergente que simplifica a adoção da blockchain por empresas, permitindo que elas utilizem os melhores recursos dessa tecnologia sem criar sua própria plataforma – aqui no Brasil temos grandes players usando esse tipo de solução -. Isso fomenta a inovação e a escalabilidade em aplicações descentralizadas.
Temos diversas empresas e protocolos tentando agarrar esse gap de mercado com muitas soluções que facilitam a integração com o mercado.
Há uma expectativa também de aumento na adoção de blockchain por governos, impulsionada pela expansão de DeFi, pelas CDBCs e o universo crescente da tokenização de ativos.
Também começo a ver uma maior fusão da blockchain com Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT) e Web 3.0 indicando uma convergência significativa que pode revolucionar a forma como as transações digitais são realizadas e impactar diversos setores.
As pessoas vão começar, enfim, a usar blockchain sem saber o que é blockchain!
2# Tokenização de Ativos
Tudo será ou começará ser tokenizado em 2024.
A tokenização de ativos reais em tokens digitais na blockchain pode desbloquear liquidez e criar novas oportunidades de investimento, tornando ativos como imóveis e obras de arte de alto valor mais acessíveis a empresas de médio e pequeno porte e a indivíduos.
Mas para que a revolução aconteça, precisamos que a infraestrutura evolua.
A interoperabilidade entre blockchains, escalabilidade, segurança, privacidade e sustentabilidade são desafios cada vez mais abordados para alcançar o potencial pleno da tecnologia blockchain.
Por esse motivo, projetos de L0, L1 e L2 são tão importantes. Minhas apostas estão no Ethereum, Polygon, Avax e Solana para criar essas conexões.
O mercado só vai confiar no processo de tokenização, quando isso avançar.
A narrativa de RWA é real, é bom ficar em cima dela.
3# NFTs, segunda onda está chegando
A segunda onda de NFTs vai ser um caminho sem volta, principalmente para o mercado de games.
Se você não sabe, os NFTs podem representar propriedade e acesso a uma variedade de ativos do mundo real, como imóveis, bens de luxo e direitos de propriedade intelectual, indicando uma expansão significativa em seu uso e aplicabilidade. Mas a primeira fase de aplicação dessa propriedade vai ser nos games.
A indústria de jogos está falando com 3,38 bilhões de jogadores em todo o mundo e com US$ 184 bilhões em receitas em 2023. A Geração Z e a Geração Alfa — que cada vez mais veem as experiências digitais e físicas como uma só — estão dedicando mais e mais horas na frente das telas jogando.
Uma das maiores diferenças entre os jogos Web2 e Web3 é a propriedade de itens digitais. Enquanto nos jogos Web2 os jogadores não possuem realmente os itens que compram ou ganham, os jogos Web3 oferecem a possibilidade de propriedade real e comercialização desses ativos digitais, utilizando a tecnologia blockchain e NFTs.
Eu vejo a tecnologia Web3 como um complemento aos jogos tradicionais, expandindo as possibilidades de design de jogos e criando novas maneiras de promover a propriedade, comunidade, lealdade e engajamento.
A incorporação da Web3 tem o potencial de aumentar a aquisição de usuários, o engajamento e, por fim, a monetização.
Será que vamos ver o Fortnite implementando Web3 em seu metaverso?
4# Avanço das Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs):
A introdução e integração de CBDCs vão começar a acontecer. Para os sistemas financeiros convencionais, isso representa uma mudança significativa, com potencial para transformar transações transfronteiriças e pagamentos diários no varejo.
Em 2023, vários países avançaram significativamente no desenvolvimento e implementação de Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs). Alguns destaques incluem:
Austrália: Bancos como o Commonwealth Bank e o Australia and New Zealand Banking Group estão testando o eAUD em um programa piloto.
Brasil: O Banco Central do Brasil conduziu um programa piloto fechado com instituições financeiras em 2023, como a Foxbit, com planos de lançar um CBDC em 2024.
Canadá: O Banco do Canadá destacou a importância da funcionalidade de pagamento offline em CBDCs.
China: A China incluiu o e-CNY em seus cálculos de circulação monetária em janeiro de 2023.
Índia: A maior rede varejista da Índia, a Reliance Retail, começará a aceitar pagamentos em rúpia digital em suas lojas durante a fase piloto do CBDC.
Japão: Após completar seu conceito de prova, o Banco do Japão iniciará um programa piloto em abril para testar a viabilidade técnica do “iene digital”.
Rússia: O Banco da Rússia está se preparando para lançar o primeiro piloto de consumo para o rublo digital em 1º de abril de 2023.
Arábia Saudita: O Banco Central Saudita aumentou a pesquisa sobre CBDCs em janeiro de 2023, com foco em casos de uso doméstico de CBDCs.
Emirados Árabes Unidos: Em 2023, como parte de seu programa de transformação da infraestrutura financeira, os Emirados Árabes Unidos planejam lançar um CBDC.
Reino Unido: O Banco da Inglaterra e o HM Treasury lançaram um documento de consulta em fevereiro de 2023, delineando o caso para uma libra digital.
Um caminho sem volta. CBDCs já são realidade.
Estados Unidos: A Subsecretária do Tesouro para Finanças Domésticas, Nellie Liang, anunciou a criação de um grupo de trabalho interagências para explorar o desenvolvimento de um CBDC
5# Alta do Bitcoin e Influência nos Altcoins
O preço do Bitcoin subiu para US$ 44 mil, gerando expectativas sobre eventos futuros que podem influenciar essa tendência de alta, principalmente o ETF e o Halving.
Existem previsões de que o Bitcoin poderá alcançar o valor de US$ 100 mil em 2024. Um exemplo disso é a previsão do Standard Chartered Bank, que indicou que a maior criptomoeda do mundo poderá atingir esse valor.
A possível aprovação de ETFs Spot Bitcoin pela SEC dos EUA e o evento de redução pela metade do Bitcoin são considerados catalisadores importantes para essa especulação.
Com a empolgação com os ETFs Spot Bitcoin espera-se um maior envolvimento dos investidores institucionais trazendo mais estabilidade e maturidade ao mercado.
Também temos pontos econômicos como a potencial redução do ciclo de aperto da Reserva Federal dos EUA, além dos desafios econômicos em regiões como Europa e Japão, criam um ambiente favorável para o crescimento não só do Bitcoin mas também das altcoins.
Vale lembrar que estamos em uma nova fase do mercado, onde não estamos apenas construindo, mas entregando produtos e serviços que as pessoas vão começar a usar.
O crescimento na adoção de dApps baseadas no Ethereum e os investimentos institucionais em Ethereum podem aumentar significativamente seu valor e fazer ele alcançar seu ATH em pouco tempo.
Há uma expectativa geral de que 2024 será um ano forte para os altcoins. Muitos acreditam que os altcoins podem aumentar de valor de 30 a 100 vezes ao longo do ano.
Todas as estrelas estão alinhadas para ser um ano incrível.
Conclusão
À medida que 2024 se desenha no horizonte, estamos prestes a testemunhar uma transformação sem precedentes no mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain. A expansão dos serviços de blockchain existentes, a ascensão dos NFTs, e a inovação contínua em CBDCs, estão pavimentando o caminho para uma adoção mais ampla e aplicações revolucionárias.
Com o Bitcoin se aproximando de marcos históricos e as altcoins se preparando para possíveis altas astronômicas, este ano promete não apenas crescimento, mas também a materialização de um futuro digital mais integrado e acessível. Fique atento, pois 2024 será um ano para lembrar – um ano onde a revolução cripto se torna mais tangível e impactante do que nunca.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
De tanto que a gente pediu, a correção de preços do Bitcoin (BTC) veio. Sem movimentos bruscos, mas em um comportamento saudável e importante para que a criptomoeda mantenha sua tendência de alta saudável. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, o ativo pouco se movimentou quando o Federal Reserve se mostrou favorável ao corte de juros no ano que vem. Na análise técnica, o curto prazo mostra que o respiro da queda foi muito bem-vindo a partir da realização de lucros, mas períodos um pouco maiores ainda sinalizam cautela.
Já acabou, Powell?
Um fato a gente pode colocar na mesa esta semana: O Federal Reserve, mais uma vez, manteve sua taxa de juros inalterada entre 5,25% e 5,50%. Até aí, zero novidades, afinal isso já vinha acontecendo há algum tempo. Mas para o mercado de risco, muito melhor do que isso foi a coletiva do agora “papai noel” Jerome Powell.
Em coletiva, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos chegou com a sacola cheia e animou os investidores. Ele disse que espera um aumento na taxa de desemprego – o que é péssimo para o trabalhador, mas ótimo para controlar a inflação. A perspectiva de crescimento do país até recuou, mas ainda está dentro da expectativa do FED, no que os formuladores de política monetária nomeiam de “pouso suave”.
Nesse meio tempo, a inflação ao consumidor (CPI) até deu uma aceleradinha, mas coisa boba: 0,1%, contra 0,0% esperado pelos analistas. Já os preços ao produtor (PPI) ficaram inalterados em novembro, com a produção industrial subindo 0,2%, pouco abaixo das projeções.
Esses dados menos animadores nem fizeram cócegas ao presentão que Powell estava reservando. A autoridade monetária disse que talvez os Estados Unidos já tenham chegado ao seu pico da taxa de juros, enquanto a “economia surpreendeu” no período. Com isso, o “cassino” dos juros viu os investidores apostando quase todas suas fichas em um corte nos juros no próximo ano.
Para o mercado de criptomoedas, isso aqui foi puro foguete! Embora não tenhamos visto nenhum movimento absurdo de alta de preços – na realidade, vimos um mercado ainda respirando depois dos últimos ganhos –, fato é que o dólar recuou para mínimas de julho. Com isso, o sentimento de otimismo com ações de risco e moedas digitais simplesmente abriu um sorriso de orelha à orelha dos investidores, que levaram muitas bolsas de valores a renovar suas máximas históricas.
Muita calma por aí
História que conta cá, às vezes se conta lá também. Se os Estados Unidos não aumentaram ou recuaram os juros, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu seguir a mesma política e manter a taxa quietinha, quietinha. Em coletiva, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não foi tão generosa como Jerome Powell.
A mandatária foi mais branda em seu discurso, alertando para os riscos de que a economia não cresça tanto quanto alguns podem esperar. Ao contrário, a perspectiva é de até um enfraquecimento para os setores de construção e industrial. Entretanto, falar em recessão é algo que não está previsto para o bloco nas conversas atuais. E aí que vem as prévias dos Índices Gerente de Compras, que vai recuando de 47,6 para 47,0. Lembrando sempre que abaixo dos 50 pontos, a economia está em contração – algo que alguns chamam de recessão técnica.
A história já talvez esteja tão conhecida, que os investidores parecem ter simplesmente ignorado tudo isso: “Os juros ficaram na mesma? O PMI caiu? Esquece, compra ações e vamos nessa!” Este basicamente tem sido o clima lá fora, com a Europa também vendo suas bolsas registrarem novas máximas históricas.
Toma essa injeção aqui
A China vem de pouco em pouco mostrando que sua recuperação econômica está nos trilhos, mesmo que nem sempre esteja em uma trajetória tão linear assim. A produção industrial no país avançou de 4,6% para 6,6% em apenas um mês, superando e muito as expectativas. Já as vendas no varejo dispararam 10,1%, na base anual. Apesar do alto número, o índice ainda ficou abaixo dos 12,5% projetados.
Com isso, o governo chinês, enfim, foi mais claro em alguns de seus incentivos às finanças locais. No caso, as autoridades monetárias querem ver um aumento no consumo e um crescimento no setor imobiliário. Para isso, foram injetados mais de US$ 200 bilhões na economia.
Obrigado, correção de preços
É claro que todos nós gostaríamos de ver o Bitcoin avançando seu preço desenfreadamente. Mas para quem já viveu outros ciclos de mercado, sabe que uma correção de preços vez ou outra não só é saudável, mas muito importante. No caso, a criptomoeda está visitando a casa dos US$ 40 mil, interrompendo o que seria a nona semana de alta consecutiva.
Embolsando os lucros
Para quem acha que a alta do Bitcoin acabou e que entraremos em bear market, pode até ser verdade. Mas há sinais muito grandes de que o movimento de baixa foi apenas uma natural e esperada – vide os últimos Satoshi Calls – realização de lucros. Sim, muitos compraram a criptomoeda “baratinha” no mercado e venderam para embolsar os ganhos. Simples assim!
Não à toa, quando olhamos para os dados das exchanges, o volume de negociações se intensificou muito nas plataformas. Tanto que atingiu uma máxima de seis meses, mostrando que boa parte do mercado estava doidinho para realizar lucros nos US$ 44 mil. E antes que alguém se assuste, a maior pressão de vendas veio de investidores de curto prazo.
Olha só quem voltou!
Fazia um certo tempo que não falávamos dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, não é mesmo? Até porque, depois que a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (SEC) decidiu adiar a análise das solicitações, nada restou além de esperar. Porém, o elemento “especulativo” voltou.
Garry Gensler, presidente da SEC, apareceu. Desta vez, em entrevista à CNBC. O papo da vez é que a Comissão está de olho em como o judiciário está lidando com os pedidos. Como há um constante parecer favorável da Justiça, principalmente recentemente com a GrayScale, Gensler disse que o órgão deverá rever os documentos para uma possível aprovação ou rejeição de um ETF. Isso não diz muita coisa, mas é um sinalzinho de otimismo, né?
Uma boa correção de preços
A tão esperada correção de preço do Bitcoin, enfim, chegou. E a análise gráfica de curto prazo (1 dia) mostra sinais muito interessantes para o desempenho futuro da criptomoeda de referência.
Fonte: GoCharting, em 18/12/2023, às 8h31min.
Na perspectiva diária, o topo do canal de alta deixou de se comportar como suporte, após vários testes. Consequentemente, a mediana da banda de Bollinger também foi vencida. Entretanto, ela pode ser capaz de puxar o preço do ativo de volta para cima, caso exista força compradora o suficiente.
A linha azul pontilhada já projetava este teste no topo do canal, assim como na mediana da banda de Bollinger e na linha preta horizontal, que corresponde à última grande resistência. Se vamos descer mais, ainda é uma incógnita. Até lá, o curto prazo mostra que há uma breve tendência de baixa, condizente com a necessidade de correção da criptomoeda e um equilíbrio do Índice de Força Relativa (RSI), que volta aos 52 pontos, e do MACD, que cruza suas linhas para baixo.
Ainda é preciso esperar
Quando puxamos para a perspectiva semanal, o gráfico mostra que o Bitcoin ainda está muito sobrecomprado. Por isso, vemos que a criptomoeda passou a ser abaixo do recente canal de alta e da resistência que marca o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO)
Fonte: GoCharting, em 18/12/2023, às 8h31min.
Apesar da queda de preços, o MACD segue com suas linhas cruzadas para cima, com um início de aproximação, enquanto o RSI mira os 72 pontos, ainda considerado um mercado bem sobrecomprado.
Conclusão
A perda de força no curto prazo do Bitcoin mostra que os investidores mais especulativos realizaram lucros quando o ativo atingiu os US$ 44 mil. Essa correção era muito esperada, pois como bem sabemos, nenhum mercado saudável sobe em linha reta. Essa construção em “escadinhas” é o melhor caminho para o desempenho de qualquer criptomoeda ou ação, pois evita oscilações muito bruscas e inesperadas.
Mesmo assim, é importante ficar com os pés no chão e se sua perspectiva não é de HODL, vale acompanhar como este gráfico semanal vai se comportar a partir de agora. Foram oito semanas consecutivas de ganhos e, em algum momento, isso teria que “parar”. Este não é o fim da tendência de alta do Bitcoin, mas espere por algum respiro ou lateralidade. Vai ser melhor para todo mundo se esse movimento de mercado acontecer.