Bitcoin sente exaustão após os US$ 44 mil

Bitcoin sente exaustão após os US$ 44 mil

Que final de ano para o mercado de criptomoedas, hein!? Dezembro mal começou, e o Bitcoin (BTC) segue com seu movimento de alta, rumo ao quarto mês consecutivo de ganhos. Já a macroeconomia, neste meio tempo, é a mesma de sempre. Fato mesmo é que os detentores da criptomoeda de referência continuam acumulando, com a maioria das carteiras no positivo. Entretanto, o comportamento técnico de sobrecompra comentado em outros Satoshis Calls, se consolidou, colocando o BTC em posição de baixa na abertura semanal.

 

 

A day in the life

Todo mundo ficou de olho no “dia a dia” da vida dos norte-americanos. A grande dúvida era se muitas pessoas estavam saindo de suas casas para trabalhar, ou se os empregos estavam dando aquela relaxada. E parece que relaxou mesmo! A abertura de vagas no setor privado dos Estados Unidos, por exemplo, foi de 103 mil, abaixo das 130 mil esperadas, desacelerando na comparação com outubro. A oferta de trabalho também caiu para 8,7 milhões, número mais baixo desde março de 2021.

Então, o mercado de risco era foguete total, esperando só os famosos dados do payroll para colocar a pá de cal que guiaria praticamente todas as apostas para um corte de juros na próxima reunião do Federal Reserve. Os investidores, porém, só esqueceram de combinar isso com os números. O documento mostra que foram criadas 199 mil novas vagas em novembro, acima das expectativas. Mas, calma! Eram esperadas 180 mil. Então, podemos dizer que no balanço final, o mercado de trabalho mais esfriou (e até meio que elas por elas) do que o contrário. 

Enquanto isso, a economia norte-americana vai de grão em grão subindo de patamar. Em novembro, o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços avançou de 50,7 para 50,8. Já o PMI Composto ficou estável nos 50,7. O que é até que animador, considerando o cenário de crédito restritivo no país.

Ao olhar para o cenário macro dos Estados Unidos, há bons sinais de que o mercado de trabalho está encolhendo – o que pode não ser tão bom para as pessoas, mas é visto como positivo pelo Banco Central. Nisso, as apostas seguem elevadas de que o FED vai começar a cortar seus juros já no ano que vem. Se as taxas caem, a tendência é que o mercado de risco suba, incluindo as criptomoedas. Não à toa, vimos o Bitcoin alcançar quase os US$ 45 mil na última semana, indo em direção ao quarto mês seguido de alta. Mas vamos discutir isso mais à frente. Pode acelerar essa fase de alta o pronunciamento do Federal Reserve, nesta quarta-feira, após uma nova rodada de decisão de juros.

 

 

 

Pode soltar o ar, galera

Quem acompanha o Satoshi Call com frequência aqui, sabe o quanto a economia da Zona do Euro estava… Mal, por assim dizer. Na reta final do ano, porém, uma luz no fim do túnel (que pode ser do trenó do Papai Noel) está permitindo um leve respiro aos países integrantes do bloco. No caso, o PMI de Serviços avançou bem: de 47,8 para 48,7. Já o Composto cresceu de 46,5 para 47,6, atingindo a máxima dos últimos quatro meses. Então, apesar da insistência de fixar os pés em território de retração, é melhor subir do que continuar caindo.

Para aqueles que vão direto para o Produto Interno Bruto (PIB) podem ver um cenário nem tão confortável. Afinal, no último trimestre, a economia da região recuou em 0,1% e se manteve estável em 0,0% na comparação anual. É evidente que este está longe de ser o desempenho dos sonhos, mas os dados estão, se não alinhados, muito próximos às expectativas dos analistas.

Em relação aos preços, outra melhora. A inflação ao produtor (PPI) recuou 9,4% em outubro, na base anual, mantendo sua tendência de queda. Essa desaceleração tem levado alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) a declarar que o aperto monetário, sim, acabou por lá. Porém, falar em corte de juros no curto prazo pode ser um exagero.

Ao contrário dos Estados Unidos, uma estagnação econômica na Europa está mais no radar. Até porque, a região enfrentou grandes problemas nos últimos dois anos, principalmente em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. Esses avanços no bloco, entretanto, podem revitalizar a energia do mercado, que se vê migrando menos para o dólar e se estabelece no bloco, em busca de outros ativos.

 

 

Back on track

Recentemente, a segunda maior economia do mundo passou por uns tropeços. Era um indicador positivo aqui, outro negativo ali, mas coerência que é bom mesmo faltava. E isso acabou pressionando, por muitas vezes, o governo chinês a criar mais e mais incentivos para estimular a economia local. Nisso, o minério de ferro, um dos principais motores do país, simplesmente disparou.

Mas ao olhar para os dados, podemos ter uma visualização melhor. O PMI de Serviços avançou de 50,4 para 51,5, em novembro, enquanto o Composto subiu de 50,0 para 51,6, consolidando sua posição em um território de expansão. No mesmo caminho, as exportações cresceram 0,3%, mas as importações diminuíram 0,5%, meio que criando um equilíbrio no fim do dia. Essa melhora acompanhou ainda os dados inflacionários da China, que mostram uma arrefecimento dos preços aos produtores e consumidores.

Considerado o segundo maior mercado de criptomoedas do mundo, é evidente que dados positivos da economia chinesa pode fazer com que o comportamento dos investidores oscile, mostrando otimismo com as criptomoedas ou com papéis do governo, setor imobiliário e outras ações tradicionais por lá.

 

 

Sobe, sobe e sobe…

Favoráveis ou não, as condições econômicas globais não parecem ter tido, mais uma vez, um grande impacto no preço do Bitcoin. A criptomoeda de referência seguiu sua tendência de alta e buscou uma máxima de US$ 44,5 mil. Mais do que isso, o ativo registrou sua oitava alta semanal consecutiva, e abre dezembro na tentativa de acumular o quarto mês positivo. Este desempenho mensal não era visto desde outubro de 2020, no início da última bull-run. Porém, a necessidade de realização de lucros foi responsável por corrigir o valor da criptomoeda logo nesta segunda-feira.

 

 

 

Foco nos derivativos

Apesar de ser muito especulativo, os derivativos são um bom termômetro para medir o sentimento dos investidores. Na semana passada, o vencimento de opções mostrava que boa parte das posições de compra estava na região dos US$ 44 mil, e de venda em US$ 42 mil. Uma faixa de preços até que bem estreita. 

Acompanha essa perspectiva mais “otimista” o fato de a taxa de financiamento (funding rate) em algumas exchanges estar bem acima da neutralidade (0,01%). Com os valores acima desta porcentagem, é um bom sinal de que há mais contratos futuros de compra em aberto do que de venda. Isso acontece mesmo com o esperado adiamento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para um ETF de Ethereum (ETH) à vista da GrayScale.

O problema disso é que as oscilações de preços mais bruscas tendem a ser mais comuns nestas situações, a partir da liquidação de contratos futuros comprados. Neste caso, o mecanismo das bolsas obriga investidores muito alavancados a venderem suas posições, caso um determinado valor do seja acionado. Isso desencadeia um choque de oferta e demanda, intensificando a baixa de preços.

 

 

Renovando as máximas

O desempenho do Bitcoin renovou suas máximas do ano, assim que atingiu os US$ 44,5 mil. O nível fez com que 88% dos detentores de BTC estivessem registrando lucro em suas carteiras. Mais do que isso, dados on-chain mostram que muitos dos que compraram a criptomoeda entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021 ainda não venderam seus ativos, mesmo com a possibilidade de lucros expressivos no período.

Enquanto a cautela ainda pode ser um sentimento constante no mercado, os investidores estão injetando cada vez mais dinheiro no setor. Só este mês, foram mais de US$ 20 bilhões aplicados. Não à toa, a dominância da criptomoeda em relação a todo o setor avançou para 55% antes de recuar para 53%, indicando uma forte entrada de capital.

 

 

Exigência de correção técnica

Para quem acompanha o Telegram da Foxbit e o Satoshi Call com frequência, já deve ter se deparado com a análise a seguir. O gráfico diário estava gritando por um ajuste corretivo de preços ou pelo menos uma lateralização um pouco mais prolongada. Afinal, muitos indicadores foram rompidos ou estão em território de forte sobrecompra.

Fonte: GoCharting, em 11/12/2023, às 9h19min.

 

O preço de negociação conseguiu voltar para dentro dos limites da banda de Bollinger. Porém, há a possibilidade de um teste do topo do recente canal de alta, assim como as medianas da faixa e da Bollinger bands, assim como o nível inferior do canal, que coincide com a última grande resistência de preços.

Enquanto isso, os indicadores adjacentes começam a respirar, depois de uma certa exaustão. O MACD começa a reaproximar suas linhas, após um forte rompimento para cima das médias. Já o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 63 pontos, revertendo um intenso território de sobrecompra.

 

 

 

Tendência de alta com sentido, mas…

Quando olhamos para o gráfico semanal, o desempenho do Bitcoin nos últimos dias fez muito sentido. Afinal, para romper a mediana do canal de alta, era preciso muita força dos compradores em um período específico. O movimento foi tão forte que não só rompeu a média, como ainda encostou no topo da faixa, quebrando – por enquanto – a resistência mais alta do último ombro-cabeça-ombro (OCO).

Fonte: GoCharting, em 11/12/2023, às 9h23min.

 

Porém, a realização de lucros falou mais alto, devolvendo o ativo para abaixo da média do canal e mirando os US$ 40,3 mil como suporte imediato, seguido pelos US$ 36,2 mil, região do ombro mais baixo do famoso OCO. Já os US$ 31,3 mil ainda estão em jogo, considerando a posição da última grande resistência e da mediana da banda de Bollinger.

Enquanto isso, o MACD segue com as linhas afastadas, mostrando ainda a força dos investidores em prazos um pouco maiores, enquanto o RSI vai para 76 pontos, arrefecendo a tendência sobrecomprada do ativo.

 

 

 

Curva do espaço e tempo

Se afastar da montanha pode ser a melhor opção neste momento. E ao olhar para o gráfico mensal, não quer dizer que ele esteja estourado, mas o comportamento dos investidores de médio prazo parece um pouco mais claro.

Fonte: GoCharting, em 11/12/2023, às 9h22min.

O canal de alta, iniciado em janeiro deste ano, está sendo rompido em dezembro, passando a buscar a próxima resistência, que marca o decote do OCO. Em contrapartida, o topo do canal: US$ 41 mil, e a última grande barreira de alta (linha preta) podem servir de suportes importantes mais à frente.

Já o MACD cruzou recentemente suas linhas para cima, mostrando que há espaço para que os investidores sigam seus planos de ganhos. O mesmo vale para o RSI, que atingiu agora os 62 pontos, em um mercado considerado até que muito bem equilibrado.

 

 

Conclusão

Sim, o mercado de criptomoedas está otimista e a primavera chegou! Mas nem por isso a gente precisa ficar enlouquecido. Afinal, a reta final do ano pode ser complexa, algo que os norte-americanos chama de “tricky”. Ainda mais com esses papos de Bancos Centrais e a enrolação bruta da SEC para validar ou não os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.

Fato é que a análise técnica já estava implorando por uma correção de preços ou pelo menos uma lateralização. Praticamente todos os indicadores estavam (e ainda estão um pouco) “estourados”, exigindo uma boa dose de cautela ou pelo menos mãos firmes e gerenciamento de risco neste período. A tendência macro, porém, parece intacta, com o médio prazo sinalizando perspectivas interessantes e menos exaustão.

Por isso, olhos atentos para o comportamento do mercado e uma dose de paciência nas próximas semanas. Lembre-se de que o halving do Bitcoin está previsto para abril do ano que vem – cerca de 150 dias. Quem estiver com uma estratégia de HODLIing pode ser recompensado no futuro, caso a perspectiva histórica se repita.

BTC bate os US$ 42 mil. E agora!?

BTC bate os US$ 42 mil. E agora!?

O desempenho do mercado de criptomoedas é algo surpreendente. Enquanto há um certo sinal de que os compradores estão perdendo força, o preço do Bitcoin (BTC) volta a subir, colocando o ativo em um nível de sobrecompra não visto há anos. Em contrapartida, a maturidade da criptomoeda tem tornado os gatilhos de volatilidade cada vez menos frequentes, mantendo a movimentação de preços focada no próprio setor cripto. Com o preço chegando a bater os US$ 42 mil do que uma queda aos US$ 34 mil, como fica o cenário do BTC para os próximos dias?

 

 

O fim está cada vez mais próximo

Se em 2022 e até certa parte deste ano, o mercado ficava de cabelo em pé quando ouvia falar em inflação e aumento de juros nos Estados Unidos, a reta final de 2023 parece um belo passeio no parque. Agora, não só os investidores estão bem tranquilos em relação a esses temas, como ainda esperam que o Federal Reserve comece a cortar os juros já nos próximos meses.

Essa perspectiva, de fato, não é nenhuma loucura, apesar dos solavancos econômicos globais. O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu 0,2%, na base mensal, e 3,5%, na anual. Mesmo que esteja positivo, o indicador veio em linha com o esperado pelos analistas, mostrando que a inflação está, sim, arrefecendo. 

Com isso, os olhos se voltam para o desempenho econômico do país e os possíveis receios de uma estagflação. Porém, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deram uma trégua aos investidores. O PIB avançou inesperadamente 5,2%, acima do estimado pelo mercado. Com isso, a economia parece resiliente, mesmo diante da pressão monetária exercida pelo FED.

O otimismo de médio prazo segue até o último discurso de Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano, na última sexta-feira. A autoridade monetária disse que os empregos, embora aquecidos, estão caminhando para um equilíbrio, o que pode desafogar a inflação. Ao mesmo tempo, ele demonstrou novamente suas preocupações com a economia do país em meio a um cenário ainda mais restritivo monetariamente.

Com todos esses dados, o mercado não só aposta que o Federal Reserve vai manter sua postura cautelosa de não avançar os juros, como ainda já começa a especular sobre quando a taxa vai ser cortada. Isso, claro, é um prato cheio para investidores de risco, como do mercado de criptomoedas, que observam uma queda nos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, desvalorização do dólar e, consequentemente, uma alta nos papéis menos conservadores. Não à toa, o Bitcoin disparou para os US$ 42 mil na abertura desta senana.

 

 

 

Otimismo do outro lado do oceano

Se tem uma coisa que a economia da Zona do Euro não está é estável. Mas até aí, nada está muito concreto mesmo. Porém, os recentes dados macroeconômicos do bloco mostraram que a situação está, pelo menos por enquanto, dando sinais interessantes ao mercado.

A começar pela inflação que desacelerou para 2,4% em novembro, uma queda bem importante se comparado com os 2,9% do mês anterior. O melhor dessa retração é que ela aconteceu por conta de uma baixa nos preços de energia, a maior de cabeça da região no último ano. Isso, claro, repercutiu em um avanço do setor de Varejo e Serviços, que contrariaram a expectativa de declínio dos analistas, colocando ainda mais força para a economia europeia.

Com o motor econômico ligado novamente, os investidores podem sair um pouco da toca e buscar por produtos de maior risco. O mercado de criptomoedas tem recebido grande especulação por lá, principalmente com uma série de fundos sendo lançados e parcerias entre empresas do setor. Assim, o apetite em torno do Bitcoin tende a aumentar, alavancando o mercado de criptomoedas por lá.

 

 

Desenvolvendo mercados

Após dados oficiais apontando retração da economia chinesa, uma revisão da Caixin/S&P Global mostrou um cenário bem diferente. O Índice Gerente de Compras (PMI) da Indústria avançou de 49,5, em outubro, para 50,7, em novembro. Esta é considerada a expansão mais rápida em três meses e superou a expectativa dos analistas.

Com uma economia e inflação mais controladas, os chineses seguem divididos entre o mercado de risco e conservador. Os impactos mais agressivos podem vir dos incentivos do Banco Central da China ao setor imobiliário. O governo segue implementando facilidades para reduzir o preço do minério de ferro e, assim, manter o país estável em suas contas.

No caso das criptomoedas, a região segue como uma das maiores dominadoras, mantendo investimentos constantes e desenvolvimentos tecnológicos envolvendo o yuan digital e até parcerias com bancos tradicionais. Esse conjunto pode catalisar uma forte pressão de compras no curto e médio prazos.

 

 

 

Bitcoin vai disputar a resistência?

O Bitcoin iniciou dezembro mostrando que a força dos compradores não foi embora. Ao contrário, a criptomoeda de referência avançou para os US$ 42 mil, abrindo o mês no positivo e sugerindo a construção de uma possível quarta alta mensal consecutiva. A última vez em que esse comportamento aconteceu foi em abril deste ano. Antes disso, apenas outubro de 2020 registrou um avanço de preços deste tipo. Com isso, as perspectivas dos últimos Satoshi Calls de que, mesmo sobrecomprado, a moeda digital estava muito mais próxima de um teste dos US$ 42 mil do que uma correção aos US$ 34 mil e US$ 31 mil se confirmou.

 

 

Esta foi a última vez

Uma previsão de preços chamou a atenção dos investidores recentemente. Plan B, criador do famoso modelo Stock-to-Flow declarou que o Bitcoin nunca mais ficará abaixo dos US$ 35 mil. Sua fala se baseia justamente nos aumentos recentes de hashrate da criptomoeda e na arbitragem entre mineradores e o próprio mercado. 

Neste caso, é muito difícil dizer que Plan B está correto, apesar de ter suas opiniões muito respeitadas no setor. O impedimento de uma queda abaixo dos US$ 35 mil basicamente negaria as principais análises técnicas dos traders atualmente. Em contrapartida, o comportamento dos mineradores, sim, chama a atenção neste momento pré-halving, que está previsto para acontecer em abril de 2024. Assim, vai ser interessante observar se o mercado ou Plan B vai estar certo no fim do jogo.

 

 

Cair ou subir? O importante é comprar!

Quem tá pouco se importando com as previsões de preços – sejam elas otimistas ou pessimistas – é a GrayScale. Após se reunir com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para tentar converter seu Bitcoin Trust em um ETF à vista, a empresa de tecnologia anunciou a compra de mais US$ 600 milhões em BTC.

 

 

Tchau, dólar

Com o aperto monetário norte-americano caminhando para seu fim, o mercado não só enxerga uma queda nos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, como também uma desvalorização do dólar. Isso levou os investidores a correrem para outros ativos. Interessante de tudo é que não foi para as ações, mas, sim, ouro e Bitcoin.

O metal atingiu uma nova máxima histórica nesta segunda-feira, enquanto a criptomoeda de referência avançou para os US$ 42 mil. A perspectiva de que os Estados Unidos vão ter sua força reduzida no curto prazo ajudou na valorização desses dois ativos de “segurança”.

 

 

Cada vez menos especulativo

Os dados on-chain, curiosamente, mostram que o nível especulativo está cada vez menor, o que acompanha essas subidas de preços constantes, mas não tão intensas. No levantamento, o número de detentores de curto prazo de Bitcoin atingiu uma baixa de 10 anos. Isso sugere que mais investidores estão segurando o Bitcoin a longo prazo, o que pode ser um sinal de que ninguém está muito no clima de vender.

 

 

 

Superando expectativas

O mercado de criptomoedas muitas vezes nos pega de surpresa, e o gráfico do Bitcoin oscila diariamente. Desta forma, uma análise técnica abrangente pode reduzir alguns ruídos importantes de uma tentativa de prever os próximos movimentos dos investidores.

Por isso, vamos ficar mais de pertinho e olhar para o gráfico diário. É nítido que a criptomoeda de referência rompeu a linha de resistência (linha preta superior), mostrando a força dos bulls na abertura de dezembro. Mais do que isso, o movimento do ativo avançou para além do canal de alta, deixando o mercado animado, mas cauteloso com a necessidade de uma correção de preços.

Fonte: GoCharting, em 04/12/2023, às 9h39min.

 

Já o volume de negociação também se movimentou de forma interessante, rompendo, pelo menos brevemente, a tendência de baixa anterior. A cautela, porém, é imprescindível. A banda de Bollinger simplesmente foi ignorada e precisa se reajustar, seja ela mesma alcançando o preço do BTC ou uma correção do próprio mercado. Assim, um reteste dos US$ 38,5 mil ou até os US$ 37,8 mil não estão fora de jogo.

Os indicadores adjacentes até sinalizam que talvez exista espaço para mais algumas altas. Mas sempre é bom lembrar que, sozinhos, esses aparatos técnicos pouco têm a contribuir para uma boa análise. Dito isso, o MACD cruzou há pouco suas linhas para cima, sugerindo a força otimista do mercado prevalecendo. Porém, o Índice de Força Relativa (RSI) vai para 75 pontos, o que é um pézinho dentro da sobrecompra já. Então, nem tanto ao céu, nem tanto à terra neste momento, ok!?

 

 

Riscos maiores

Quando vamos para o gráfico semanal, meio que tudo pode acontecer. Em um fractal, as últimas semanas também criaram um canal de alta interessante, com o Bitcoin, agora, muito perto de romper a mediana dessa faixa. Caso essa resistência seja rompida, o topo do canal, em US$ 43 mil devem ser o próximo passo.

Fonte: GoCharting, em 04/12/2023, às 9h33min.

 

Entretanto, muita cautela por aqui. Um reteste dos US$ 39 mil ou principalmente dos US$ 36 mil não está tão distante assim. Afinal, não os níveis marcam não só a base desse canal de alta, como também é o decote mais baixo do último grande ombro-cabeça-ombro, respectivamente. Ao mesmo tempo, o RSI vai para 81 pontos, com o mercado com os dois pés dentro da sobrecompra. A última vez em que isso aconteceu foi em fevereiro de 2021, cerca de nove meses antes do início do bear market. Então, é o famoso esperar para ver.

 

 

Conclusão

O mercado de criptomoedas está cada vez mais maduro, e as oscilações de preços ficam mais previsíveis tecnicamente falando. O comportamento dos investidores de Bitcoin está praticamente definido: pouca especulação e muita acumulação. Mas sabemos que tudo isso pode mudar a qualquer momento. Porém, considerando as últimas reações da criptomoeda, é interessante observar qual vai ser o gatilho responsável por desencadear um grande movimento de baixa ou alta.

Enquanto isso, o mercado segue em níveis de sobrecompra bem nítidos, exigindo uma cautela ainda maior dos investidores no curto prazo. O que não parece, na realidade, ser a reação de outros traders. Com isso, é possível – embora difícil de se confirmar – que um FOMO (fear of missing out) esteja se criando no mercado pré-halving, mesmo com uma força reduzida em comparação com FOMOs anteriores.

Para finalizar, os US$ 42 mil colocaram o mercado de criptomoedas de vez no território de sobrecompra. Embora exista, sim, espaço para mais ganhos, a cautela diante de uma correção é fundamental.

BTC em sobrecompra mais uma vez

BTC em sobrecompra mais uma vez

Dos US$ 35 mil aos US$ 38 mil, o Bitcoin (BTC) segue sua luta para sair desse afunilamento de preços. As recentes indefinições macroeconômicas, porém, não parecem ter tido efeito direto no preço da criptomoeda de referência. Em contrapartida, o desenrolar judiciário nos Estados Unidos envolvendo o CEO de uma importante exchange internacional fez com o que mercado entrasse no modo “esperar para ver”. A análise gráfica também é complexa, com a sobrecompra mostrando as caras novamente e elevando a cautela entre os investidores.

 

 

Muita coisa a se pensar

Um “estranho” movimento está acontecendo nos Estados Unidos. Mas para contextualizar, se liga nisso aqui: Os pedidos de seguro-desemprego recuaram em relação à semana anterior, vindo ainda abaixo do esperado. Embora isso sinalize que o mercado de trabalho ainda está aquecido, a diferença também não é lá essas coisas.

Já o Índice Gerente de Compras (PMI) Composto – que une serviços e indústria – veio em 50,7, o mesmo nível de outubro, ainda indicando que, sim, o país está em território de expansão econômica. Com isso, aquele receio de uma estagflação, em que o governo vê a inflação predominante e a economia em recessão parece cada vez mais distante.

Com isso, a narrativa apontada pelo Federal Reserve nas últimas semanas de que os juros já podem estar em um nível restritivo o suficiente para conter os preços faz muito sentido, não é mesmo? Pois é! É aí que entra esse movimento “estranho”. No final da última semana, os títulos do tesouro norte-americano de 10 anos voltaram a subir. 

Isso levanta a suspeita de que os investidores esperam mais um aumento de juros no curto prazo? Ou seria apenas uma galera atrasada chegando para a festa? Se for para especular alguma coisa – baseado em nada com coisa nenhuma –, talvez parte do mercado estivesse na esperança de que o feriado de thanksgiving, seguido pela Black Friday, fosse capaz de aquecer o consumo e consequentemente a inflação. Assim, exigindo uma última ação do FED.

Claro que é extremamente difícil cravar o motivo deste comportamento do mercado. Mas a realidade é que esta procura pelos famosos “T10” coloca uma pressão no mercado de risco, principalmente o acionário, que vê uma ligeira fuga de capital. Interessante, porém, que o Bitcoin não só não sentiu os impactos dessa decisão, como ainda parece ter minimamente se beneficiado no dia, com uma alta de preços no período.

 

Não é bem assim a história

Recentemente, boa parte do mercado reagiu de forma positiva ao entender que o Banco Central Europeu (BCE) não iria mais aumentar os juros, repetindo o movimento mais “dovish” dos Estados Unidos. A ata da última reunião do BCE parece ter “confirmado” esse sentimento, que não necessariamente é tão positivo assim.

Segundo o documento, o possível fim do aperto monetário na Zona do Euro se dá não pela queda na inflação – que de fato está acontecendo –, mas pelo fraco desempenho econômico do bloco. Para se ter uma ideia, o PMI Composto até avançou de 46,5 para 47,1 na preliminar de novembro. Isso, porém, sustenta a região em território de contração, ao contrário dos norte-americanos.

Desta forma, a Zona do Euro segue aquele carro 1.0, que está passando um sufoco para acelerar na subida. Essa morosidade talvez seja o que reflete o avanço em algumas regulamentações do mercado de criptomoedas, assim como o lançamento de produtos institucionais. Afinal, sem um “T10” forte, as moedas digitais parecem ser um caminho viável para diversificar.

 

 

Polêmicas que bagunçam o Bitcoin

Na abertura desta semana, o Bitcoin segue sua luta na região dos US$ 38 mil. Porém, ninguém sabe muito bem para onde o mercado está indo. Afinal, algumas polêmicas – na realidade, apenas uma – deu aquela famosa bagunçada no mercado que derrubou o preço do ativo em um dia, e recuperou tudo no outro.

O grande catalisador para essa volatilidade, claro, é sempre a tal especulação. Porém, de onde ela veio? Neste caso, a bagunça toda começa com a renúncia do cargo de CEO da Binance pelo famoso Changpeng Zhao (CZ). A decisão foi tomada após a exchange se dizer culpada por falhar na segurança de sua plataforma para impedir a lavagem de dinheiro.

Este movimento repentino surpreendeu os investidores, que começaram a imaginar o que mais estaria por vir. Afinal, a decisão praticamente favorável ao governo pode devolver boa parte da força da Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC) para seguir sua repressão ao mercado de criptomoedas. Vale, porém, destacar que esta frase, nem de longe, isenta CZ e seus parceiros de possíveis falhas. O comentário é muito mais macro, considerando o comportamento do presidente da SEC, Garry Gensler, e outras autoridades, que parecem caminhar muito mais para uma repressão do que para uma regulamentação.

 

 

 

HODL especulativo

Quando vamos atrás de pistas para entender os próximos passos do Bitcoin, a gente se depara com uma divergência bem interessante. De um lado, os dados on-chain mostram que mais de 70% da oferta circulante da criptomoeda está parada há mais de um ano, indicando um forte comportamento de HODL Pelo outro, o mercado de derivativos está aquecido.

Só na última semana, mais de US$ 20 bilhões em opções estavam para vencer na sexta-feira. Deste montante, quase 70% eram de contratos de compra. Claro que esta é uma leitura muito simplista e que ignora uma série de estratégias de investimento e proteção. Mesmo assim, é um número que chama a atenção como os bulls estavam bem posicionados recentemente.

Fora isso, os investidores institucionais estão comendo pelas beiradas. Conforme apontaram os exploradores de blockchain e balanços corporativos, empresas investiram US$ 1 bilhão ao longo de todo o ano de 2022. Já na última semana, esses mesmos US$ 1 bilhão foram atingidos em apenas cinco dias. Ou seja, mesmo sem o ETF de Bitcoin à vista aprovado nos Estados Unidos, a fome deste lado do mercado parece bem aberta.

 

 

Dá para ler o gráfico?

O Bitcoin entrou em um processo meio lateral nas duas últimas semanas. O que é até compreensível, depois das fortes altas recentes. Porém, ao olhar para o gráfico semanal, conforto não é a palavra que a gente pode encontrar aqui. Pelo menos não como gostaríamos.

Podemos dizer com quase toda a certeza de que o padrão cup and handle foi vencido. Mesmo assim, vou manter ele em nossa leitura por mais algum tempo. Outro ponto positivo é que a linha superior da banda de Bollinger serviu como resistência ao preço, ajustando novamente o indicador ao mercado. 

Fonte: GoCharting, em 27/11/2023, às 9h10min.

 

Mais um gostinho bom vem dos pavios que tentaram romper para baixo – mas sem sucesso – a linha laranja “Resistência 1” rompida no início do mês. Esta região, inclusive, marca a zona mais baixa do decote do último ombro-cabeça-ombro.

Legal, mas por que isso não é confortável? O primeiro ponto que levanta dúvidas sobre uma possível correção de preços é que o Bitcoin fechou sua sexta semana consecutiva de forma positiva. Como a gente bem sabe, nenhum mercado sobe em linha reta. E se quisermos ver movimentações mais robustas e sólidas para cima, novos suportes precisam ser criados a partir dessas quedas.

Mais do que isso, o Índice de Força Relativa (RSI) voltou aos 75 pontos, caminhando novamente para um cenário de sobrecompra  – os livros indicam que 70 já é sobrecompra, mas eu gosto de estender para 80, por conta da volatilidade do BTC. Isso sugere que o mercado está muito aquecido e alguém vai precisar realizar lucro.

Isso quer dizer, então, que o Bitcoin vai cair? Não necessariamente. A manutenção do preço acima da linha laranja de “Resistência 1” pode ser responsável por alavancar o preço da moeda digital para a região dos US$ 42 mil, como já vem sendo discutido nos últimos Satoshi Calls. Caso contrário, uma visita aos US$ 31 mil começa a se fazer ainda mais possível.

 

 

 

Conclusão

As instabilidades macroeconômicas continuam não sendo mais tão capazes assim de causar grandes efeitos no preço do Bitcoin e no mercado de criptomoedas. Entretanto, os sinais são tão mistos lá fora, que talvez os investidores estejam atuando no modo “esperando para ver”. Isso justificaria esse clima mais ameno, apesar dos solavancos da vida.

Enquanto isso, o Bitcoin entra em uma zona complexa, em que parte da leitura gráfica chega até a sugerir que a alta do BTC deve continuar no curto prazo. Porém, a sobrecompra do ativo é um ponto-chave a se acompanhar, pois não só a correção de preços seria esperada, como também natural.

Mesmo sem ETF, BTC sustenta preço

Mesmo sem ETF, BTC sustenta preço

Há algum tempo, a alegria e frustração estão andando juntas no mercado de criptomoedas, com os investidores ansiosos pela aprovação de um ETF de Bitcoin (BTC) à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Porém, como esperado e indicado no último Satoshi Call, as chances de que as autoridades empurrassem para frente a análise era grande. E dito e feito! Agora, é hora de colocar um pouquinho de lado esta perspectiva mais especulativa e olhar de perto como o cenário macroeconômico está se desenvolvendo e como o comportamento gráfico do Bitcoin pode estar mostrando uma pausa necessária.

 

 

Trégua a caminho

Depois daquela bagunça gigantesca que foi o posicionamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última semana, o mercado parece que entrou no modo: “deixa o cara falar e tá tudo certo”. De fato, os números mostraram que a primeira versão de Powell, aquela mais amena, estava mais próxima da realidade.

Apesar de a inflação ao Produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) terem avançado em outubro, ambas vieram abaixo do registrado em setembro. Ou seja, os preços estão desacelerando por lá. Isso mostra que a política monetária mais restritiva está, de fato, sendo eficiente. 

O que pode pressionar este movimento é a queda da produção industrial no último mês. Afinal, uma das metas do governo é pressionar o consumo, enquanto as empresas restabelecem seus estoques. Com a produção baixa, podemos ter um caminho um pouco mais travado até atingir este objetivo.

Seja no mercado de criptomoedas ou acionário, os investidores gostaram dessa queda na inflação e não se importaram muito com a atividade industrial dos Estados Unidos. Neste ritmo, os temores da influência da política monetária rígida estão ficando de lado, com cada setor reagindo aos seus próprios fundamentos. Fato é que os indicadores aumentam as perspectivas de que o Federal Reserve encerrou mesmo o aperto monetário no país, mas pistas mais claras podem surgir ainda hoje à tarde, com a ata da última reunião do Banco Central norte-americano..

 

 

 

Balanço complexo

A Zona do Euro está começando a seguir um caminho bastante parecido ao dos Estados Unidos – apesar do seu atraso. No bloco, mesmo com alta, a inflação ao consumidor desacelerou para 2,9%, colocando os preços cada vez mais próximos da meta. O que pesa para os europeus, porém, é que a produção industrial reverteu o último quadro de alta em outubro, colocando pressão sobre o setor.

Considerado o terceiro maior mercado de criptomoedas, os investidores não deram sinais de abalo em relação ao desempenho econômico mais fraco. Com isso, pode-se entender que a especulação em torno dos ETFs de Bitcoin estão mais atraentes do que qualquer pseudo novidade que possa aparecer por lá.

 

 

Motor ligado e nos trilhos

Após uma certa patinada, a China está vendo sua economia crescer novamente. No mês passado, a produção industrial e vendas no varejo avançaram, mostrando que consumo e estoques estão caminhando lado a lado, o que ajuda a segurar a inflação. Há, porém, uma atenção nisso tudo. Aumentaram em 2,9% os investimentos em ativos fixos este ano, ligeiramente abaixo dos 3,1% esperados. Isso pode ser um sinal de que os investidores estão animados, pero no mucho!

Mesmo assim, a queda na procura por estes produtos financeiros pode também indicar que os investidores estão com apetite ao risco, deixando opções menos voláteis para trás e buscando ativos com retornos mais expressivos. A Ásia é o segundo maior mercado de criptomoedas e, apesar das proibições chinesas, a região e o próprio país movimentam bilhões de dólares via exchanges descentralizadas. Com isso, eles proporcionam um mercado forte e responsável por grandes flutuações de preços globais no Bitcoin e em outras moedas digitais.

 

 

 

ETF de Bitcoin: Jura que a SEC adiou?

Ah, o Bitcoin! Que semaninha foi essa última, hein, meus amigos? Quem esperava que a criptomoeda fosse perder força, se enganou. Mas quem também apostava na sequência de alta do ativo, pouco saiu na frente. A realidade é que o vencedor mesmo foi a volatilidade, que manteve o BTC entre US$ 35 mil e US$ 38 mil, criando um bloco até que interessante de operação.

As quedas e altas estão fortemente ligadas ao viés especulativo em cima das possíveis aprovações dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Porém, algo que já havia sido sinalizado aqui no Satoshi Call, era de que, embora o prazo final para a avaliação fosse a última sexta-feira, era muito provável que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adiasse o processo.

 

Dito e feito! As autoridades jogaram para janeiro de 2024 um feedback sobre os fundos regulamentados em bolsa. Lembrando que é possível ainda mais um adiamento, desta vez até maio, caso eles julguem  necessário.

Mesmo assim, a especulação está em alta, com a bolsa internacional Deribit registrando um pico histórico de US$ 15 bilhões em posições abertas com contratos de opções. Isso quer dizer que o mercado de criptomoedas está super aquecido, mas é difícil medir o quanto os investidores estão, na realidade, cautelosos, utilizando este tipo de produto para compra e venda ao mesmo tempo, se protegendo de possíveis variações e tendências divididas de preços do Bitcoin.

 

 

Preços X Saldos

A volatilidade mais acentuada de preços na última semana acompanhou uma intensidade maior no spread do saldo de Bitcoin disponível nas exchanges. Como mostra o gráfico da CryptoQuant – já comentado no último Satoshi Call –, houve uma baixa muito rápida, seguida de uma forte recuperação. Esse desequilíbrio alimentou essa oscilação de queda e valorização da criptomoeda em pouco tempo.

Fonte: CryptoQuant, em 21/11/2023, às 8h33min.

 

Agora, o mercado inicia a semana com uma linha meio lateral, mas com um toque de queda, que sustenta a intensa tendência de baixa de 2023, mas deixa dúvidas no ar se, de fato, essa pressão de vendas vinda dos depósitos de BTC nas corretoras acabou ou será continuada.

 

 

Análise técnica do Bitcoin

Na tradicional análise técnica, o gráfico semanal está respeitando – e muito – os níveis apresentados nos últimos Satoshi Calls. Apesar do pavio para baixo, o Bitcoin rompeu a “Resistência 1”, que mira o decote mais baixo do último “ombro-cabeça-ombro”. Porém, é nítido que há uma pressão vendedora, com os bulls esperando a moeda digital em preços mais baixos do que o atual.

Fonte: GoCharting, em 21/11/2023, às 8h27min.

 

Claro que não há como cravar nada e tampouco isso aqui é uma recomendação de investimento. Mas parece que, no momento, os bulls estão com um pulso um pouco mais firme para buscar a região dos US$ 43 mil, do que os bear os US$ 31 mil. Porém, tem muita água para rolar por baixo desta ponte e basta um comentário infeliz de Jerome Powell ou da SEC para tudo isso ir para o vinagre.

Nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mostrando que a força dominante, de fato, ainda é dos touros em prazos um pouco maiores. O Índice de Força Relativa (RSI) desceu ligeiramente para 74 pontos, algo muito bem-vindo para um mercado que estava no limite da sobrecompra, mas muito pouco para se afastar desta região. Por isso, este nível ainda exige cautela, com os investidores podendo estar de olho em pequenas oportunidades para a realização de lucros.

 

 

Por isso, vale a gente dar uma espiada no gráfico diário, para tentar limpar – ou não – possíveis ruídos de prazos maiores. Neste caso, temos algumas informações interessantes. Há um canal de alta que começou em meados de outubro. Porém, o mercado perdeu força, operando, nas últimas semanas, abaixo da média desta faixa de negociação. As duas tentativas de romper os US$ 38 mil apontam uma resistência que converge com a mediana do canal e o topo da banda de Bollinger. Com isso, a seta laranja mostra um possível momento em que o canal pode ser quebrado para cima ou para baixo.

Fonte: GoCharting, em 21/11/2023, às 8h29min.

 

Neste processo todo, o volume de negociação entrou em tendência de baixa, o que ajuda na falta de força dos bulls em conseguir dar uma sequência mais agressiva aos preços do Bitcoin. Ao mesmo tempo, o respiro do RSI visto no gráfico semanal também aparece aqui, mirando os 62 pontos – nível bem mais equilibrado. Já o MACD está com suas médias cruzadas para baixo, confirmando que os bears tiveram vantagem recentemente.

 

 

Conclusão

Mesmo que o Bitcoin e o mercado de criptomoedas estejam em uma tendência de alta bastante definida e até certo ponto alheios ao que está acontecendo na macroeconomia, é natural que realizações de lucro e correções aconteçam. É difícil medir ainda a frustração dos investidores sobre uma possível negativa da SEC em relação aos ETFs de BTC à vista. Por isso, é sempre bom manter esse noticiário em mãos.

A perspectiva gráfica mostra que um respiro está sendo muito bem-vindo, já que os indicadores estavam bem saturados nas últimas semanas. Por isso, aproximar o zoom e olhar períodos menores pode ajudar a limpar esses ruídos e manter os investidores com o pé no chão. A prudência diz que é hora de esperar um pouco essa poeira baixar e ver como os especuladores vão reagir a partir do comportamento da SEC.

ETF esquenta BTC, que vê sinais de correção

ETF esquenta BTC, que vê sinais de correção

O otimismo prevalece pelos lados do Bitcoin (BTC), que subiu quase 6% no fechamento da última semana e inicia esta segunda-feira (13) negociado a US$ 36,8 mil. Apesar dos conturbados movimentos econômicos dos Bancos Centrais, os ETFs dominaram as ações dos investidores, que passaram a ver uma possível entrada robusta de capital institucional. Com a bolsa de Chicago (CME) se tornando o maior mercado de derivativos da criptomoeda do mundo, o apetite de grandes empresas se torna inegável, colocando o BTC em uma posição privilegiada há poucos meses do próximo halving.

 

 

Riscos e volta atrás

As constantes flexibilizações de gastos e a impressão de dinheiro estão cobrando seus custos. A agência de classificação de risco Moody’s cortou sua expectativa sobre o crédito norte-americano de estável para negativa. Afinal, o país vai precisar de uma nova rodada de discussões para evitar uma nova paralisação dos serviços federais essenciais já no próximo dia 17. A corda, portanto, segue puxando, criando dúvidas sobre como o governo vai arcar com seus compromissos.

Já o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, teve seus famosos “5 minutos”. Nas últimas declarações, o mandatário do Banco Central norte-americano havia dito que a política monetária do país talvez já estivesse suficientemente apertada e por isso, era bem provável que novos aumentos de juros não fossem mais necessários. 

O mercado, claro, comemorou, com a famosa garrafa de puro investimento de risco. Nem mesmo o posicionamento de outros representantes do FED contradizendo Powell foi o suficiente para encerrar a festa. Porém, com a caixa de som ainda bombando, ninguém esperava que tudo isso mudaria em apenas dois dias.

Em um debate sobre a situação econômica dos Estados Unidos, na última quinta-feira, Jerome Powell simplesmente mudou o discurso. Agora, ele citou a necessidade de cautela e que o FED não vai se privar em subir os juros se julgar necessário. Acha pouco? Ele disse ainda que talvez a política monetária do país não esteja restrita o bastante.

Mudar de opinião faz parte. Porém, não teve nenhum dado relevante que alterasse tanto o discurso. A realidade é que a volatilidade que a gente vê nas criptomoedas parece estar presente também nos representantes monetários norte-americanos. 

Para o Bitcoin, o tom mais dovish – flexível – foi positivo, abrindo espaço para uma especulação de preços mais agressiva. Mas, apesar da correção com o fim da euforia e o “sentença” hawkish – restritiva –, a criptomoeda teve uma correção muito pequena de preços. Ao mesmo tempo, o ativo digital pouco se movimentou com o risco sobre a economia norte-americana. Com isso, pode-se entender que o mercado de criptomoedas está mais maduro e resiliente a essas pressões – inclusive, falaremos sobre isso mais à frente.

 

 

 

Falta muita força

Quem está pouco volátil, mas com uma tendência de baixa significativa é a economia da Zona do Euro. O bloco viu seu Índice Gerente de Compras (PMI) recuar para 46,5 – o menor nível dos últimos três anos. O indicador praticamente crava os pés em território de retração, ligando um bom sinal de alerta. Mas calma, pois nem tudo são problemas. Afinal, se tem algo que está mostrando sinais de controle é a inflação ao produtor (PPI), que segue em retração.

É interessante observar que, em relação às criptomoedas, a Europa não é a região que mais se destaca. Mas a falta de força da economia local – coincidentemente ou não – acompanha um crescente desenvolvimento e procura por fundos regulamentados que envolvam Bitcoin e outros ativos digitais. Assim, enquanto os Estados Unidos arrastam seu ETF, integrantes da Zona do Euro parecem mais avançados neste sentido, o que pode indicar uma preferência por outra classe de ativos no atual momento de fragilidade.

 

 

Pausa para respirar

Responsável pela produção de boa parte da matéria-prima do mundo, a China vem sentindo a pressão dos mercados externos, com mais uma contração em suas exportações. Na contramão, porém, as importações subiram no último mês. Essa redução na demanda, porém, parece estar beneficiando a inflação ao produtor (PPI), que recuou 2,6% no último mês.

Sendo a segunda maior economia do mundo e também segundo maior mercado ativo de criptomoedas, a China é um grande impulsionador ou depressor dos preços do Bitcoin. A situação econômica relativamente mais estável – principalmente comparada à Europa – tem mantido um equilíbrio entre renda fixa e participação de riscos. Mesmo com a proibição das criptomoedas por lá, as exchanges descentralizadas continuam mantendo o país como um dos maiores expoentes do setor cripto.

 

 

 

Recuperando terreno

Pelo Brasil, a economia mostrou que os últimos dados de baixa podem não ter passado de um respiro. O PMI de Serviços se recuperou da queda em setembro e alcançou 51,0 em outubro, totalmente em território de expansão, mesmo que modesta. Já a inflação deu avançou 0,24%, acumulando 4,82% nos últimos 12 meses. O grande responsável? As passagens aéreas. Porém, a queda nos preços da gasolina ajudaram a frear um pouco o avanço.

 

Para além dos indicadores, o Senado aprovou a reforma tributária. Entre as mudanças, estão a unificação de tributos, uma trava para impedir um aumento da carga e até cashback para famílias de baixa rende. Agora, o congresso vota a sequência do documento.

 

Uma pesquisa recente da Chainalisys mostrou que o Brasil ocupa a nona colocação no ranking global de adoção das criptomoedas. De fato, este mercado está aquecido no país, com as stablecoins apresentando um papel importante para a economia. Em relação à movimentação do Bitcoin, nosso país ainda não tem força para movimentar de forma substanciosa os preços. Mesmo assim, a economia controlada abre a chance para investimentos mais arrojados.

 

 

Primavera cripto

O mercado de criptomoedas vem apresentando um desenvolvimento interessante. O Bitcoin disparou seu preço, triscando os US$ 38 mil – valor não visto desde maio de 2022. O desempenho positivo parece sustentar bem a tendência de alta da criptomoeda de referência. O que de um lado positivo, pois mantém os investidores animados, mas levanta o tradicional alerta para correções, já que nenhum mercado sobe em linha reta.

 

 

ETFs vem ou não?

Se tem alguém que está ajudando o Bitcoin são os ETFs. A Bloomberg divulgou o calendário da Comissão de Valores Mobiliário dos Estados Unidos (SEC) com os próximos deadlines para a decisão dos 12 pedidos do fundo regulamentado em bolsa da criptomoeda. Todos eles estão marcados, no máximo, até a próxima sexta-feira (17).

 

O otimismo, porém, merece uma dose de racionalidade. E desculpem por isso! Mas como observamos na imagem, há ainda a possibilidade de mais dois deadlines, caso os reguladores norte-americanos assim desejarem. Então, muito bacana, temos datas, mas digamos que a galera de lá não está no maior dos piques para analisar estes documentos. Ou pelo menos não estavam.

Fato é que além do ETF de Bitcoin à vista, a BlackRock também jogou mais lenha na fogueira, com um fundo exclusivo para Ethereum (ETH). O produto ainda está com análise pendente, mas foi o suficiente para colocar o ETH acima dos US$ 2 mil mais uma vez e trazer mais capital para o mercado de criptomoedas.

 

 

 

Institucionais nos derivativos

Os ganhos recentes do Bitcoin também seguem uma perspectiva interessante no mercado de derivativos. Para se ter uma ideia, a bolsa de valores de Chicago (CME) se tornou o maior mercado de negociação de contratos futuros de Bitcoin do mundo, superando qualquer outra bolsa, inclusive exchanges de criptomoedas. 

Alguns especialistas, inclusive, destacaram que este, sim, é o verdadeiro marco da adoção institucional dos criptoativos. A narrativa se faz valer com os dados da glassnode, que colocaram o mercado norte-americano como o maior consumidor e negociador de criptomoedas do mundo, seguido por Ásia e Europa.

 

 

Transações cautelosas

Apesar da alta de preços, uma dose de cautela não faz mal a ninguém. Até porque, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, correções não só são processos naturais, como muito saudáveis para o mercado. Ao olhar para os dados on-chain, essa perspectiva de cuidado ganha mais corpo.

A reserva de Bitcoin nas exchanges segue seu viés de baixa de meses atrás, mas mostrou um pico de alta interessante. Este salto pode indicar que alguns investidores estão esperando a oportunidade para realizar seus lucros.

Fonte: CryptoQuant

 

Parte deste aumento nos depósitos pode estar vindo dos mineradores, que viram suas reservas caírem nos últimos dias. Este tipo de comportamento é comum para períodos pré-halving, enquanto os mineradores tentam aproveitar ao máximo a oportunidade para empilhar a criptomoeda e preparar as contas para um período em que menos BTCs estarão disponíveis.

Fonte: CryptoQuant

 

 

 

Entre suportes e resistências

Na análise gráfica semanal, o Bitcoin fechou sua quarta semana consecutiva de ganhos, rompendo o decote mais baixo do último padrão de ombro-cabeça-ombro (linhas azuis pontilhadas). Ao mesmo tempo, o preço rasgou a média superior da banda de Bollinger, o que pode coincidir com a necessidade de um ajuste de preços.

Caso se sustente acima dos US$ 37 mil, o próximo alvo seria a região dos US$ 42 mil e US$ 43 mil, o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro. Caso os bulls percam força, um teste próximo à última grande resistência (linha preta e topo do cup and handle) e da mediana da banda de Bollinger, em US$ 30 mil, poderia ser a válvula de escape.

Fonte: GoCharting, em 13/11/2023, às 8h45min.

 

Já nos indicadores adjacentes, o MACD sustenta suas linhas cruzadas para cima, mostrando a força dos bulls nas últimas semanas. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta os 73 pontos, praticamente dentro do território de sobrecompra.

 

 

Conclusão

O amadurecimento do mercado de criptomoedas é evidente, e o apetite institucional está maior do que nunca. Com os volumes mais altos de negociação e a expectativa de uma entrada de capital cada vez maior, o Bitcoin vai se posicionando de maneira muito positiva para o próximo halving, estimado para abril do ano que vem.

Mais uma vez, porém, nenhum mercado sobe em linha reta. Por isso, cautela nas operações. Correções são normais e devem fazer parte do gerenciamento de risco de cada investidor. Como a análise técnica mostra, há espaço para o preço do BTC se desenvolver para ambos os lados. E é essa dualidade que pode pegar traders de surpresa.

O que podemos aprender com VC

O que podemos aprender com VC

Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano azul das criptomoedas.

Hoje, nós vamos falar de um tema que tem capturado nossa atenção no mercado crypto: o investimento de capital de risco – famoso VC.

À medida que a era digital se desdobra diante de nossos olhos, duas frentes têm se destacado notavelmente: o capital de risco (VC) e as criptomoedas. Mas, o que acontece quando traçamos paralelos entre essas duas dinâmicas?

Vamos desvendar e entender como os VCs investem em estágios cruciais, como Anjo, Seed e Pré-Seed, e lançar luz sobre as lições que os investidores de criptomoedas podem extrair dessas estratégias.

Afinal, quando investimos em criptomoedas e tokens, estamos investindo em startups em seus estágios iniciais.

Respire fundo, abra sua mente e vamos juntos nesta imersão! 🌐💼🚀

🤔 Vamos começar do começo

Se você não entendeu nada, vou traçar um raciocínio. No mundo das startups, o investimento de capital de risco (VC) é um elemento fundamental. Startups inovadoras, frequentemente recorrem ao capital de risco para financiar suas operações, crescer e atingir a maturidade. 

Tradicionalmente, investir em startups promissoras nas fases Anjo, Seed ou Pré-Seed tem sido um privilégio reservado para um círculo seleto: os investidores qualificados. 

Estes são indivíduos ou entidades que possuem a experiência, conhecimento e, muitas vezes, o capital substancial necessário para mergulhar nas águas, às vezes turbulentas, das startups em estágio inicial. 

Essa exclusividade muitas vezes deixa de fora pequenos investidores, que são igualmente apaixonados por inovação e desejam contribuir para o nascimento de novas soluções tecnológicas.

Então, entra o revolucionário mundo das criptomoedas.

 

✏️ Tokenização já começou e faz tempo!

Com o surgimento da Oferta Inicial de Moedas (ICO), e seus sucessores, como a Oferta Inicial de Exchange (IEO) e a Oferta Inicial Descentralizada (IDO), as barreiras tradicionais começaram a ser desafiadas. 

Estes mecanismos inovadores de financiamento introduziram uma abordagem democratizada ao investimento, permitindo que uma gama mais ampla de investidores participasse do nascimento e crescimento de projetos inovadores. 

Por meio da tokenização, empresas e projetos podem levantar capital vendendo tokens ou moedas, muitas vezes representando uma participação ou direito no projeto, para um público global.

Esta disrupção não apenas ampliou o acesso ao financiamento para startups em estágio inicial, mas também abriu as portas para que entusiastas, pequenos investidores e a comunidade em geral tivessem um papel ativo no suporte e direcionamento de inovações futuras. 

Em essência, o mundo das criptomoedas está redefinindo o que significa ser um “investidor” e como o capital é levantado e distribuído na era digital. A democratização do investimento, trazida pela revolução das criptomoedas, é, sem dúvida, uma faca de dois gumes. 

Por um lado, oferece oportunidades sem precedentes para investidores que anteriormente eram excluídos do círculo interno do capital de risco. Por outro, levanta uma questão pertinente: como o investidor médio, sem a experiência de investir em startups, pode navegar com segurança neste terreno notoriamente volátil e complexo?

💡 Vamos aprender com quem já fez

Para entender como os VCs operam, primeiro é importante reconhecer as fases de investimento:

  • Investimento Anjo: São os primeiros investidores de uma startup. Normalmente, são indivíduos que oferecem capital em troca de participação acionária ou dívida conversível.
  • Seed (Semente): Esta é a fase inicial, onde a startup já tem um protótipo ou MVP (Produto Mínimo Viável) e precisa de financiamento para desenvolvê-lo mais.
  • Pré-Seed: Uma fase ainda mais prematura que a Seed. Pode nem haver um produto, apenas uma ideia ou conceito.

 

Temos outras diversas fases como Series A, B, C, IPO, mas não cabe nesse momento. Vamos focar nesses 3 estágios iniciais.

Após conversas aprofundadas com diversos VCs e investidores especializados em fases iniciais, entendi suas estratégias centrais que guiam suas decisões de investimento. 

E, ao que parece, o sucesso no mundo do capital de risco não é fruto do acaso, mas sim de uma combinação meticulosa de princípios e táticas. Aqui estão as principais estratégias que eles enfatizaram:

 

  1. Diversificação: Como o antigo ditado diz, “não coloque todos os seus ovos em uma única cesta”. A diversificação é essencial para mitigar riscos. Ao espalhar investimentos por várias startups e setores, os investidores podem aumentar a probabilidade de ter pelo menos algumas apostas vencedoras que compensam aquelas que não vingam. A regra “1 em 10”: de 10 investimento apenas 1, dará retornos expressivos.
  2. Pesquisa: O investimento em startups não é um jogo de adivinhação. Exige uma análise rigorosa, diligência prévia e uma compreensão profunda do mercado-alvo, da solução proposta e do cenário competitivo. Muitos VCs investem quantidades significativas de tempo e recursos para entender completamente o potencial de uma startup antes de comprometer capital.
  3. Timing: Entrar muito cedo pode ser arriscado, mas entrar tarde demais pode significar perder uma oportunidade dourada. O timing é tudo. Determinar o momento certo para investir – quando uma startup está posicionada para crescer, mas ainda não atingiu seu pico de valorização – é uma arte que os melhores VCs dominam.
  4. Pessoas: No final das contas, as startups são feitas por pessoas. E é a equipe por trás de uma ideia que frequentemente determina seu sucesso ou fracasso. Investidores experientes olham não apenas para o produto ou serviço, mas também para a equipe fundadora, sua visão, paixão, experiência e capacidade de adaptar-se e superar desafios.

 

Aí fica a pergunta: Você está fazendo isso?

Além disso, os fundos também olham a inovação da tecnologia, o tamanho e a potencial adoção do mercado são considerados, o cenário competitivo e entender o diferencial do projeto entre muitas outras informações.

 

⚠️ Alguns fundos e suas teses


1. Sequoia Capital

Grandes Investimentos: Apple, Google, Oracle, PayPal, LinkedIn, WhatsApp, Airbnb e muitos outros.

Lógica do Investimento: A Sequoia costuma procurar empresas que estão definindo ou redefinindo uma indústria. Eles têm um foco intenso na equipe fundadora, acreditando que grandes times constroem grandes empresas.

 

2. Andreessen Horowitz (a16z)

Grandes Investimentos: Facebook, Pinterest, Lyft, Slack, Coinbase, entre outros.

Lógica do Investimento: a16z busca inovação tecnológica e disrupção. Eles também são conhecidos por oferecer serviços de valor agregado aos fundadores, como ajuda com contratações, marketing e estratégia.

 

3. Accel Partners

Grandes Investimentos: Facebook, Spotify, Dropbox, Flipkart, Slack, entre outros.

Lógica do Investimento: Accel foca em startups que têm o potencial de se tornar marcas líderes. Eles acreditam em um enfoque hands-on, construindo parcerias profundas com fundadores para ajudá-los a crescer.

 

4. Benchmark

Grandes Investimentos: eBay, Twitter, Uber, Snapchat, WeWork, entre outros.

Lógica do Investimento: Benchmark procura empresas que têm potencial para dominar uma categoria. Eles valorizam a simplicidade e buscam startups que possuem uma proposta de valor clara.

 

5. Kleiner Perkins

Grandes Investimentos: Amazon, AOL, Compaq, Electronic Arts, Google, Netscape, Sun Microsystems, entre outros.

Lógica do Investimento: Kleiner Perkins procura inovações que vão mudar o mundo. Eles buscam mercados grandes que estão prontos para uma transformação tecnológica.

 

⚠️ Fundos cryptos para você monitorar

 

Vale lembrar que muitos fundos de VC estão agora ativamente investindo no mercado crypto e se um projeto passou pela due diligence deles, você deveria olhar. 

Vou deixar uma lista para você fazer o trabalho de casa e acompanhar esses players.

Pantera Capital: Focado principalmente em ativos digitais e blockchain, é um dos fundos mais antigos e respeitados neste nicho.

Andreessen Horowitz (a16z): Um dos primeiros a adotar o mercado crypto. Seu fundo crypto se concentra em projetos inovadores em blockchain e criptomoedas.

Polychain Capital: Conhecido por investir em projetos inovadores no espaço de cripto.

Paradigm: Fundado por ex-membros da Coinbase e Sequoia Capital, este fundo foca em criptomoedas e blockchains.

Galaxy Digital: Fundado por Mike Novogratz, este é um banco de comerciantes dedicado a ativos digitais.

Blockchain Capital: Como o nome sugere, eles se concentram em projetos e empresas que operam no espaço blockchain.

Placeholder: Um fundo de capital de risco que investe em redes descentralizadas e protocolos de informação.

Electric Capital: Este fundo se concentra em moedas digitais e empresas em estágio inicial no espaço blockchain.

Dragonfly Capital Partners: Focado em investimentos em ativos digitais em todo o mundo.

CoinFund: Um fundo diversificado que investe em tecnologias de blockchain, moedas digitais e outros projetos relacionados.

Sequoia Capital: Outro fundo líder, investindo em várias startups de alto potencial.

Union Square Ventures: Investe tanto em startups tradicionais quanto em empresas blockchain.

 

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news. Nesta edição exploramos a intersecção entre o mundo das criptomoedas e o investimento de capital de risco, destacando as estratégias e práticas que têm moldado o cenário de startups e inovações tecnológicas. 

Ao entender como os VCs operam e ao observar as tendências emergentes no mercado de criptomoedas, os investidores estão melhor posicionados para tomar decisões informadas e capitalizar oportunidades. 

À medida que o mundo digital continua a evoluir, é essencial permanecer atualizado, adaptar-se às mudanças e aprender com os líderes do setor. A jornada no universo das criptomoedas é repleta de desafios, mas também de oportunidades inigualáveis. 

Mantenha-se informado, invista com sabedoria e continue navegando pelas águas dinâmicas do mercado crypto.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Até a próxima edição!

 

 

 

Bitcoin não sobe em linha reta

Bitcoin não sobe em linha reta

O desenrolar da macroeconomia tem alimentado os investidores famintos pelo risco. Já que os juros norte-americanos podem estar equilibrados, e os títulos do tesouro podem perder parte de sua atratividade no curto prazo, o mercado se volta às ações e criptomoedas para aumentar a emoção. Para o Bitcoin (BTC), o ativo inicia novembro em busca do terceiro mês consecutivo de alta. Mas para os desavisados, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, entender o fluxo do ativo pode ajudar você a tomar decisões precipitadas.

 

 

Chegamos ao fim do túnel?

Nem preciso dizer que a política monetária norte-americana foi e segue sendo o destaque no mercado, não é mesmo? Na última semana, o Federal Reserve confirmou a expectativa dos analistas, que apostavam na manutenção dos juros entre 5,25% e 5,5%. O discurso cauteloso do presidente do FED, Jerome Powell era também mais do que esperado. O mandatário deixou claro que cortar os juros não está nos planos agora.

Esse discurso era meio que esperado. Afinal, Powell não seria louco de sair por aí confirmando suas cartadas. Mas, desta vez, como um bom suspense, ele deixou um mistério no ar. A autoridade monetária comentou que, apesar da falta de discussão sobre um possível corte nas taxas, novos aumentos nos juros podem simplesmente não ocorrer mais. Fica a dúvida aí no ar agora!

Toda essa coragem do presidente do banco central por ter sido uma “previsão” dos dados do payroll – o status do mercado de trabalho do cidadão urbano norte-americano. Segundo o relatório, foram criadas 150 mil novas vagas de emprego, contra quase 300 mil esperadas. Isso pode ser um sinal de que o tão esperado desaquecimento do setor empregatício, enfim, está acontecendo.

Para o mercado de criptomoedas e o Bitcoin, temos notícias bastante importantes, portanto, para os próximos dias. Afinal, com uma queda nos juros, os títulos do tesouro dos Estados Unidos começam a pagar cada vez menos, conforme o dólar deva passar a se consolidar. Este é o cenário que os investidores de maior risco estavam esperando para sair de posições menos especulativas. Desta forma, podemos ver um fluxo maior de entrada de capital para o setor cripto e, consequentemente, um desempenho positivo dos ativos digitais.

 

 

 

Estável, mas daquele jeito

Enquanto a situação econômica é mais definida nos Estados Unidos, a Zona do Euro está longe de trafegar pelas famosas rodovias alemãs. A realidade é que há sinais de estabilidade no que se refere ao sentimento econômico dentro do bloco, indicando até um ligeiro otimismo. A confiança do consumidor também sua lateralidade, suportando a ideia de que este setor ainda está aquecido.

O respiro, porém, pode vir na forma de desaceleração da inflação. Galhau, um dos representantes do Banco Central Europeu (BCE), destacou a subida de 2,9%, em outubro, dos preços ao consumidor (CPI), contra 4,3% no mês anterior. Essa “trégua”, inclusive, coloca o BCE em uma posição semelhante ao Federal Reserve de que, talvez, os juros já estejam em um patamar elevado o suficiente para segurar os índices inflacionários.

Ao contrário dos norte-americanos, que talvez estejam mais interessados pelo risco, os investidores europeus podem se apoiar nas criptomoedas, mas principalmente no Bitcoin, como uma forma de proteger parte de seus patrimônios das oscilações governamentais e os conflitos geopolíticos atuais.

 

 

De olho na meta

Pelo Brasil, a discussão da vez é a meta fiscal para 2024. Entre a meta “zero” estipulada pelo governo, algumas divergências tomaram conta das análises, abrindo brechas para um possível “esticadinha” para 0,75% ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa flexibilidade é vista como necessária por alguns, mas tenebrosa para outros.

De certo mesmo é que a SELIC segue seu recuo. O Banco Central brasileiro divulgou, na última semana, o corte dos juros em 0,5%, totalizando, agora, 12,25%. Este patamar mantém o país ainda em um ambiente monetário bastante restritivo, mas algo que parece que não vai durar por tanto tempo assim.

Se isso já anima os investidores a começarem a se mostrar mais para ações de risco, a queda para 7,7% da taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro é um tempero extra para aumentar esse apetite. 

Apesar da SELIC ainda ser alta, as criptomoedas têm sido um item de interesse dentro do mercado nacional. Com o cenário em expansão por aqui e uma economia mostrando sinais bons de equilíbrio, o brasileiro pode estar diante de um bom momento para fazer o famoso buy and HODL.

 

 

 

Vem novembro!

Agora, especificamente sobre o mercado de criptomoedas, o Bitcoin cravou seu tradicional “uptober”, acumulando ganhos de quase 29% no último mês. A abertura de novembro, por enquanto, está trazendo poucas novidades. “Apenas” um teste para romper os US$ 36 mil, mas que não está se sustentando por muito tempo. Com essa falta de força momentânea dos compradores, será que o mercado vai ter forças para engatar a terceira alta mensal consecutiva?

Fato é que as baleias de Bitcoin – investidores com alto volume de BTCs – estão mais ativas do que nunca. A quantidade de transações acima de US$ 100 mil atingiu seu pico anual. Isso aconteceu quando o preço da criptomoeda ultrapassou os US$ 35 mil recentemente, mostrando que as baleias podem estar otimistas ou, então, simplesmente organizando suas posições.

Para além da atividade dentro da rede, os dados on-chain ainda apontam que o cenário não poderia ser mais otimista aos HODLErs. No momento, mais de 80% dos detentores de curto e longo prazos de BTC estão registrando lucros. Porém, vale um alerta. Se tem ganhos, tem chances de realização, ou seja, venda. Para onde a pressão vai pender, difícil afirmar com certeza.

Um termômetro secundário importante vem do mercado de derivativos. A volatilidade recente levou a uma série de liquidações de ambos os lados, sejam de posições compradas ou vendidas. Essa maior instabilidade mostra que muitos investidores não só estão operando de forma alavancada, como também estão especulando de forma intensa a criptomoeda. Portanto, é importante ficar ligado a possíveis pavios nos candles do Bitcoin.

 

 

 

Gráfico grita alguns cuidados

No gráfico semanal do Bitcoin, os investidores precisam ficar bastante alertas para possíveis correções. O primeiro ponto é que a banda de Bollinger simplesmente está sendo ignorada, com o preço da criptomoeda acima da linha superior do indicador. Embora não seja algo tão raro assim, ou a banda ou o preço vão precisar se ajustar em algum momento.

Fonte: GoCharting, em 06/11/2023, às 8h42min.

Outro ponto que demonstra uma possível resistência é que os US$ 36 mil marcou o ponto mais baixo do decote do ombro-cabeça-ombro do último all-time high. Como o preço voltou rapidamente, este é um sinal de que os vendedores estavam bem posicionados nesta região.

Entretanto, correções são bem-vindas no atual momento de mercado. Inclusive, um teste dos US$ 31 mil não seria nada mal para dar mais corpo para a tendência de alta recente. Mesmo assim, os US$ 42 mil continuam como meta, caso os bulls consigam manter o controle das ações.

Entre os indicadores adjacentes, o MACD vai para sua terceira semana consecutiva com as linhas cruzadas para cima, sinalizando o domínio dos compradores. Enquanto isso, o índice de força relativa (RSI) encontrou equilíbrio nos 70 pontos, mas ainda em uma região muito próxima de sobrecompra.

 

 

Conclusão

Com o cenário macroeconômico cada vez mais desenvolvido, o apetite ao risco volta para o radar dos investidores, que enxergam nas criptomoedas uma boa oportunidade para diversificar o portfólio. O atual momento de alta do Bitcoin, inclusive, é um dos catalisadores para atrair ainda mais os investidores, no chamado período pré-halving.

Entretanto, como mostra o gráfico, nenhum mercado sobe em linha reta. Correções e testes de suportes fazem parte de um mercado saudável. Os derivativos, porém, podem ser responsáveis por alavancar a volatilidade e deixar a vida do investidor mais caótica. Porém, o aquecimento deste setor também é parte integrante da euforia dos momentos de ganhos. Por isso, take it easy nos próximos dias!

Bitcoin em US$ 42 mil? E a sobrecompra?

Bitcoin em US$ 42 mil? E a sobrecompra?

Após uma semana agitada e bem favorável aos bulls, como será que o Bitcoin (BTC) vai se sair nos próximos dias? A tendência é mista, afinal, há uma pressão importante vindo da economia norte-americana que não dá para ignorar. Ao mesmo tempo, o otimismo com o ETF da criptomoeda é maior do que nunca. Os gráficos jogam o mercado em uma variação entre US$ 30 mil e US$ 42 mil. Algum deles será que vem? Vamos tentar descobrir!

 

 

Problemas para o Bitcoin?

Não é de hoje que os Estados Unidos mostram uma evolução em sua economia. E também não é hoje que isso vai parar. Embora não sejam dados consolidados, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMIs) estão se firmando na zona de expansão. Isso significa que tanto o setor de serviços quanto o industrial estão acelerando.

Ao mesmo tempo, as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) do país estão marcando avanço de 4,9%. Janet Yellen, a voz por trás do Tesouro norte-americano, comentou que esse crescimento econômico no terceiro trimestre foi “um número bom e forte”. Mas, e sempre tem um “mas”, ela deu a dica de que isso pode manter os rendimentos dos títulos lá em cima. 

Enquanto isso, a inflação geral se manteve estável. Se isso é bom ou não… Difícil saber. Os formuladores de política monetária do Federal Reserve podem simplesmente elevar os juros novamente ou, então, sentar em cima da vantagem que ganharam neste mês. Tudo isso para dizer que: nem tudo são flores!

Afinal, para o Bitcoin, a economia dos EUA fortalecida pode levar a uma valorização da moeda local. Tudo bem que a correlação entre a criptomoeda de referência e o índice dólar (DXY) está mais fraca nos últimos. Mas é aquela história: Ninguém quer pagar para ver. Mais do que isso, a pressão pode vir também dos altos rendimentos dos títulos do tesouro. Até porque, quem não quer bons ganhos com ativos super seguros, não é? Então, pode ser que o mercado de criptomoedas – e acionário – veja uma fuga de capital no curto prazo para o reajuste de posições.

Falando em ações, inclusive, as big techs não estão lá essas coisas. Parte das maiores empresas de tecnologia do mundo apontaram resultados trimestrais bem decepcionantes. Desde o início da pandemia, havia uma correlação bem forte entre papéis de tech e o Bitcoin. Assim como o dólar, apesar da breve descorrelação, é sempre importante manter essa informação por perto e jogar com o regulamento embaixo do braço.

 

 

 

Em busca de refúgio

O desempenho da Zona do Euro é que pode ser o fiel da balança nesta situação e favorecer o Bitcoin. Mais uma vez, os PMIs recuaram novamente, não só fincando os dois pés no chão, mas praticamente deitando o bloco no território de retração econômica. Para se ter uma ideia, excluindo os meses da pandemia, foi a leitura mais baixa desde março de 2013. 

Na política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa de juros acima dos 4% ao ano – o nível mais alto da história! Christine Lagarde, a presidente do BCE, subiu ao palanque e disse que os alimentos e a energia vão pesar nos preços nos próximos meses. Esse freio nos juros, porém, não necessariamente acompanham uma perspectiva positiva em relação à inflação. A autoridade monetária máxima acredita que a inflação vai continuar elevada por um bom tempo, com as pressões domésticas nos preços ainda muito fortes.

Para o Bitcoin, a perda de força do Euro e as dificuldades de consumo podem fazer o efeito contrário à criptomoedas na comparação com o dólar. Neste caso, as pessoas e empresas podem buscar refúgio nas criptomoedas para escapar da depreciação monetária. Ou seja, se de um lado do oceano o volume pode cair, do outro, ele pode aumentar.

 

 

Gerando oportunidades

Pelo Brasil, o IPCA-15 – prévia da inflação oficial – subiu 0,21% em outubro, praticamente em linha com o esperado. Boa parte desse aumento é culpa das passagens aéreas que “decolaram” 23,75%. Na mesma tendência, os preços de “porta de fábrica” ou ao produtor subiram 1,11%. Mas calma. No acumulado de 12 meses, a inflação ainda registra queda de 7,92%.

Com isso, o país parece bem posicionado em uma economia mais estável, criando oportunidades interessantes para investidores sentirem um pouco mais o gostinho do risco. Até mesmo as perspectivas de novos recuos na taxa SELIC, de certa forma, “afasta” o mercado das rendas fixas. Com isso, o Bitcoin pode se tornar uma alternativa nesta reta final de ano para aqueles que querem fazer trading ou até mesmo segurar a criptomoeda por mais tempo.

 

 

 

Sai daqui, resistência!

Os investidores de Bitcoin simplesmente apertaram o botão de comprar e esperaram as reações no mercado. Só na última segunda-feira, a criptomoeda disparou mais de 14%, no par com o dólar. Na parte final da semana, é claro, o ativo corrigiu. Afinal, foram sete dias consecutivos de alta, com um topo em US$ 35,2 mil. Então, é natural e justo que uma parte dos traders realizem lucros.

Mas o que de fato “bombeou” o BTC para cima foi que o ETF de Bitcoin à vista foi listado no chamado Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC). Isso dá a entender que uma aprovação do produto de investimento pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) pode estar chegando. O otimismo respingou até no analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, que disse acreditar que essa listagem é um sinal positivo para uma aprovação da SEC.

Esta foi uma notícia comemorada pelos bulls, mas lamentada e muito pelos bears. Após a notícia, cerca de US$ 400 milhões em contratos futuros foram liquidados e, claro, a maioria era de shorts – vendidos. Péssima hora para os ursos.

De qualquer forma, a euforia, claro, foi instalada. O índice Fear and Greed chegou a bater os 72 pontos. Este nível de otimismo não era visto no ativo desde meados de 2021, antes do token atingir sua última máxima histórica de US$ 69 mil. Além disso, o carro-chefe do mercado de criptomoedas segue com sua majestade. A dominância do BTC em relação a todo o setor atingiu 54%, o nível mais alto nos últimos 2 anos e meio.

 

 

Tá na rede

Os dados on-chain continuam narrando a mesma história. Acumulação de Bitcoin! Os saques da criptomoeda para fora das corretoras seguem crescendo. Embora não seja possível dizer com total certeza, este costuma ser um movimento que sugere que os investidores não querem vender suas moedas tão cedo. Assim, menos BTCs no mercado, em meio a grande oferta… Sobe, preço!

 

Fonte: Gráfico de reserva de BTC nas exchanges, Crypto Quant

 

Acompanha esta perspectiva que mais de 3/4 do suprimento total de Bitcoin está nas mãos dos detentores de longo prazo. Ou seja, aqueles que estão  adivinhem – acumulando o ativo para uma possível valorização pós-halving.

 

 

 

Olha que interessante

Como sempre, é hora de dar aquela olhada no gráfico semanal. E há coisas bem interessantes a serem analisadas. Na imagem abaixo, o padrão cup and handle está praticamente consolidado, embora a alta tenha uma tendência de ser mais alta neste tipo de desenho. Mas calma, temos tempo ainda para isso.

 

Fonte: GoCharting, em 30/10/2023, às 8h33min.

 

Por isso, é importante olhar as projeções. Para baixo, talvez seria importante o Bitcoin testar os US$ 30 mil para mostrar que aquele nível está superado. Uma alta, porém, poderia levar a criptomoeda para a região dos US$ 42 mil. Mas por que?

O canal laranja é uma formação “blocada” de uma região chamada de decote, criada após a formação de um padrão de ombro-cabeça-ombro (marcado em azul, no canto esquerdo da tela). Neste caso, o decote por si mesmo atua nos US$ 36 mil, justamente um ponto que serviu como resistência para a recente alta. Ao abranger os pavios dos candles e ampliar essa área, os US$ 42 mil não seriam uma insanidade para o mercado atual, ainda mais se o tal ETF sair.

Nos indicadores adjacentes, enfim, cruzou suas linhas para cima, se mantendo acima do nível zero do histograma. Já o índice de força relativa (RSI) mira os 70 pontos. E vale um destaque aqui. Da mesma forma que um mercado sobrevendido pode antecipar um volume alto de compras, o contrário também é verdadeiro. Por isso, muita cautela com o comportamento dos investidores esta semana, pois estamos em um território bem intenso de touros.

 

 

Conclusão

Com o Bitcoin rompendo resistências importantes, é natural o otimismo tomar conta dos investidores. Mas como costumo destacar, é no bull market que muitos podem ser pegos de surpresa! As altas rentabilidades dos títulos do tesouro norte-americano e um possível ‘pump’ do dólar podem se transformar em dor de cabeça no curto prazo, assim como esse RSI elevado.

Por isso, o ideal é analisar bastante qual a história que o mercado está nos contando, e se ela é ou não convincente para nós. A análise técnica ajuda muito a eliminar certos ruídos e, por isso, deve sempre ser considerada. Enquanto isso, um olho atento sempre nos eventos macroeconômicos para não se assustar com possíveis volatilidades ao longo das semanas!

Desta vez o BTC rompe os US$ 31 mil?

Desta vez o BTC rompe os US$ 31 mil?

As divergências e incertezas seguem rondando os mercados globais. As principais potências não conseguem cravar uma recuperação econômica forte, oscilando seus desempenhos semana após semana. Com isso, nem mesmo os Bancos Centrais sabem muito bem como reagir e há poucas pistas no radar sobre como a política monetária será impactada. Fato mesmo é que o Bitcoin (BTC) vai novamente à luta para romper os US$ 31 mil, com um possível fim da pressão de venda por parte dos mineradores e a acentuação da acumulação pré-halving.

 

 

Crescimento estável

Considerando as dificuldades macroeconômicas enfrentadas pelas principais economias do mundo e os incessantes conflitos na Ucrânia e Israel, há quem prefira observar uma economia estável do que em recuperação. Para os que enxergam vantagens neste cenário, os Estados Unidos se tornaram uma importante referência.

Os dados do país apresentaram uma certa divergência. A produção industrial, por exemplo, subiu 0,3%. A aceleração foi relativamente maior do que o aumento de 0,1% esperado pelos analistas. Assim, o setor parece bem resiliente no atual momento global.

Em contrapartida, a publicação do Livro Bege – documento com o status da economia norte-americana – indicou que a maioria dos 12 distritos analisados pelo Federal Reserve (FED) viu pouco ou até mesmo nenhuma mudança em suas atividades econômicas em setembro e início de outubro. Assim, há uma espécie de estabilidade no desenvolvimento do país, mesmo com todas as incertezas que rondam o mundo.

Ao mesmo tempo, o relatório destacou melhorias na contratação e retenção de funcionários em vários distritos, um sinal positivo para o mercado de trabalho. Porém, este é um setor bastante mapeado pelos formuladores de política monetária. Afinal, as autoridades esperam uma queda nos empregos para, então, ver uma redução do consumo e, assim, arrefecer com mais precisão a inflação.

 

 

 

Títulos acertam os juros

Em discurso na última semana, o presidente do FED, Jerome Powell, sinalizou que os crescentes rendimentos dos títulos poderiam ajudar o Fed a desacelerar a economia. Isso é crucial, pois os rendimentos dos títulos têm implicações diretas sobre os custos de empréstimos e, por extensão, sobre o investimento e o consumo. 

Com o rendimento do Tesouro de 10 anos se aproximando de 5%, um nível não visto desde 2007, há uma clara indicação de que os investidores estão antecipando uma política monetária mais restritiva. Como consequência, o dinheiro pode começar a fluir das ações de risco e criptomoedas para os títulos nacionais.

Sobre a inflação, Powell reconheceu que os preços estão desacelerando. No entanto, ele também sinalizou que o Fed ainda pode tomar medidas adicionais, dependendo do desempenho econômico nos próximos meses. Isso sugere que, enquanto a economia dos EUA mostra sinais de estabilidade, o Fed permanece cauteloso e pronto para intervir se necessário.

 

 

Quase de volta à estaca zero

Nas últimas semanas, o mercado passou a ficar animado com a China, quando viu alguns dados econômicos se recuperarem rapidamente. Entretanto, as divergências e instabilidade da atividade local voltou em cheio ao país, retomando as dúvidas na cabeça dos investidores.

O Produto Interno Bruto (PIB) da região avançou 4,9% no terceiro trimestre deste ano. Apesar de acima do esperado pelos analistas, o volume é bem abaixo dos 6,3% registrados no trimestre anterior. Embora isso não seja o fim do mundo para o país, a oscilação mostra que os chineses ainda estão em fase de transição de uma economia orientada para a exportação para uma mais centrada no consumo interno.

Suporta, porém, uma visão de estabilidade, a manutenção da atividade industrial no país. Em setembro, a China conseguiu ver o setor crescer 4,5%, acima dos 4,3% esperados e igual aos 4,5% do último mês. Com isso, pode-se entender que os chineses estão conseguindo manter seu ritmo produtivo, apesar das complicações macroeconômicas e geopolíticas.

Esse ritmo até que “acelerado” faz um bom equilíbrio com o aumento de 5,5% das vendas no varejo, no mês passado. O dado não apenas sugere que a confiança do consumidor está em alta, mas que a própria inflação pode não ser tão impactada pelo aumento do consumo.

 

 

 

Um toque de cuidado

Pelo Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central – considerado uma prévia do PIB – recuou 0,77% em agosto, após dois meses de crescimento consecutivo. A desaceleração chamou a atenção de analistas, que ligaram um sinal de alerta não pela correção, mas, sim, pela intensidade do recuo do indicador. Na comparação anual, entretanto, o cenário é mais otimista, com um crescimento de 1,28% em relação a agosto do ano anterior. 

Embora as perspectivas apontem caminhos diferentes, elas mostram que o país está sofrendo impactos mais imediatos dos conflitos geopolíticos e incerteza macroeconômicas. Mesmo assim, a projeção de longo prazo da economia brasileiro permanece em crescimento.

 

 

Andando sozinho

Após bons dias sem grandes oscilações de preço, o Bitcoin (BTC), enfim, se encaminha para realizar um novo teste de força para os bulls. A criptomoeda rompeu rapidamente os US$ 28 mil, se posicionando, agora, muito próximo dos US$ 31 mil. Apesar da persistente pressão de vendas, o ativo digital segue na luta para avançar para além da resistência de preços.

 

 

Preparados para o halving do Bitcoin

Os dados on-chain têm sido um bom termômetro para o mercado medir o comportamento dos investidores da criptomoeda de referência. Segundo a Glassnode, os investidores de longo prazo (HODLers) detém mais de 76% do suprimento total de BTC em circulação atualmente.

Na mesma linha, a dominância do próprio Bitcoin em relação a todo o setor de moedas digitais está em alta. Com um pico próximo dos 23%, o principal ativo digital do mercado se alinha com seus níveis de abril de 2021 e 2019.

 

Fonte: TradingView, em 23/10/2023, às 9h13min.

 

Este comportamento sugere que os investidores estão em busca de criptomoedas deflacionárias e mais consolidadas do mercado. Além disso, aumenta também a narrativa de acumulação constante e intensa em momentos pré-halving – estimado para acontecer em abril do ano que vem.

 

 

 

Olá, verão!

Em um relatório recente, o banco Morgan Stanley indicou que o mercado de baixa cíclico do Bitcoin, também conhecido como “inverno cripto”, pode estar chegando ao fim. Esse tipo de comentário aponta um otimismo crescente em relação à criptomoeda, com expectativas de um possível retorno de um mercado de alta.

As perspectivas positivas em relação ao setor acompanham ainda uma reviravolta na disputa judicial entre a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a Ripple Labs. Desta vez, o órgão regulador solicitou o arquivamento do caso contra os executivos da empresa responsável pela emissão do token XRP. Embora não esteja diretamente correlacionado, o mercado enxergou a decisão como uma espécie de flexibilização, cogitando, agora, que os ETFs de Bitcoin à vista possam andar mais rapidamente nas mãos das autoridades.

 

 

Segurando a onda

Embora ainda persistente, a pressão de vendas pode ver um descanso no curto prazo. Ao acompanhar os dados de rede, o volume de BTCs enviado às exchanges por mineradores vem caindo, após o pico em meados de setembro.

 

A redução das transações sugere que a famosa “capitulação” dos mineradores está indo para seus menores níveis, podendo fornecer caminho mais livre que os compradores sigam acumulando e elevando o preço da criptomoeda.

 

 

Padrão quase em confirmação

Ao olhar para o gráfico semanal do Bitcoin, o padrão cup and handle destacado em outros Satoshi Calls vai ganhando cada vez mais corpo. A aproximação do preço com o topo do canal de baixa (apontado pela seta) indica que o nível dos US$ 26,3 mil não era mais atraente para os compradores, que defenderam suas posições.

 

Fonte: Gocharting, em 23/10/2023, às 9h15min.

 

Porém, para que o padrão de xícara seja completo, a criptomoeda precisa romper os US$ 31 mil. Caso contrário, novos testes do suporte imediato dos US$ 28 mil podem ser observados nos próximos dias. Esta região, inclusive, pode segurar bem os preços do ativo, já que além da linha horizontal, há ainda a mediana da banda de Bollinger sinalizando uma barreira.

Nos indicadores adjacentes, o MACD está muito próximo de cruzar suas linhas para cima, mostrando a dominância dos bulls neste momento de mercado. Da mesma forma, o índice de força relativa (RSI) em 60 pontos também aponta que o mercado está mais comprado.

 

 

 

Conclusão

Embora ainda não seja possível cravar, é notável que a correlação entre o Bitcoin e o mercado tradicional está diminuindo. Mesmo com todos os percalços macroeconômicos e geopolíticos e até mesmo o aumento considerável dos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, a criptomoeda de referência segue seu caminhar “tranquilo”, em torno de seus próprios fundamentos.

Enquanto nenhuma faísca maior, como a aprovação dos ETFs, acontece, os dados on-chain se tornam uma ferramenta imprescindível para analisar o comportamento dos investidores. Em um cenário bem receptivo ao halving do Bitcoin, a acumulação parece estar dando o tom do mercado, enquanto os compradores tentam alavancar o preço da moeda digital.

A perspectiva técnica segue válida, mostrando que um salto para além dos US$ 31 mil é bastante razoável e factível. Entretanto, é sempre bom ficar alerta em relação a possíveis recuos, já que ainda há muitas incertezas rondando todo o setor macroeconômico global.

Bitcoin está mesmo em recuperação?

Bitcoin está mesmo em recuperação?

O otimismo parece ter batido à porta do mercado de criptomoedas nesta segunda-feira, com o Bitcoin (BTC) apontando uma alta rápida de preços. Porém, os eventos geopolíticos e macroeconômicos podem ser uma barreira para os ventos favoráveis à moeda digital. Afinal, os próprios fundamentos do setor sugerem volatilidade, como a constante postergação dos ETFs de BTC à vista nos Estados Unidos. A realidade é que dados on-chain apontam para um caminho de lucro para a maioria dos detentores do ativo. Em contrapartida, o comportamento gráfico sinaliza que há muito o que se fazer antes de comemorar a recente alta.

 

 

No rastro dos preços

A gente começa este relatório falando dela: Inflação. Os preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos avançaram acima do esperado pelos analistas. O aumento recente foi impulsionado, em parte, pelos custos mais elevados da energia. Já a inflação ao Consumidor (CPI) desacelerou na base mensal e se manteve estável na perspectiva anual, com gasolina e moradia sendo os principais itens a contribuírem para o índice atual.

 

Setembro Projeção Agosto
PPI 2,2% 1,6% 2,0%
CPI 3,7% 3,6% 3,7%

 

Apesar de um avanço não tão agressivo e até mesmo uma estagnação nos índices inflacionários, o mercado segue monitorando de perto o comportamento dos formuladores de política monetária do Federal Reserve (FED), acreditando que o aperto da política monetária pode se prolongar por mais tempo.

 

 

 

Falando neles

O clima é, no mínimo, de divergência entre os membros votantes da política monetária norte-americana. O presidente do FED da Filadélfia, Patrick Harker, disse que a faixa entre 5,25% e 5,5% pode ser o teto do aperto, “salvo uma mudança radical nos dados”.

Entretanto, a ata da última reunião do FOMC revelou que a maioria dos participantes vê a trajetória futura da economia dos EUA como “altamente incerta”. E apesar de manterem da optaram pela pausa no aumento da taxa, 12 dos 19 membros do comitê indicaram a possibilidade de mais um ajuste até o final do ano. 

Essas incertezas acompanham os voláteis indicadores econômicos, potenciais choques no preço do petróleo e impactos de greves sindicais no país. A força das commodities e do mercado imobiliário também podem acentuar a inflação, enquanto desacelerações no crescimento global, guerras e outros conflitos recentes podem desacelerar o avanço econômico.

 

 

Luz no fim do túnel

Parte da volatilidade econômica citada anteriormente vem da China. O país não sabe se vai para lá ou para cá. Mas a realidade é que, após semanas de dados corretivos sobre o desempenho do país, a última semana marcou um possível otimismo sobre a retomada da economia.

Um dos pontos principais foi a melhora nas relações comerciais. Apesar das importações e exportações ainda apontarem o campo negativo, a contração ocorreu em um ritmo mais lento, sugerindo uma possível estabilização do país. Além disso, os números vieram melhor ou muito próximos das perspectivas do mercado. Mesmo assim, o fantasma da atual crise do setor imobiliário segue mantendo os investidores em cautela.

 

Setembro Projeção Agosto
Exportações -6,2% -7,6% -8,8%
Importações -6,2% -6,0% -7,3%

 

Mas além dos dados comerciais, a inflação no país também está em recuo, mostrando que este pode ser um problema já “resolvido” ou pelo momentaneamente controlado pelas autoridades monetárias chinesas.

 

Setembro Projeção Agosto
CPI 0,0% 0,2% 0,1%
PPI -2,5% -2,4% -3,0%

 

 

 

Uma hora vai

Entre as grandes potências globais, a Zona do Euro segue ainda capengando – e muito. Os dados não são animadores há certo tempo, embora a inflação até esteja arrefecendo. Porém, preocupam os investidores o fato da Produção Industrial do bloco estar desacelerando, o que dificulta a retomada de estoques das empresas, mantendo a oferta de produtos apertada e, consequentemente, o risco de um aumento de preços iminente.

 

Agosto Projeção Julho
Produção Industrial -5,1% -3,5% -2,2%

 

 

No controle

Falando em inflação, o Brasil divulgou seu Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador registrou avanço, com “Transportes” puxando a fila, por conta do aumento do preço da gasolina. Em contrapartida, “Alimentação e bebidas” apontaram queda de 0,71% no período, marcando o quarto mês consecutivo de baixas. Mesmo assim, a aceleração do IPCA veio consideravelmente abaixo do esperado pelos analistas. 

 

Setembro Projeção Agosto
IPCA 0,26% 0,34% 0,23%

 

 

 

Gostinho de volatilidade

O Bitcoin não segurou os US$ 28 mil da última semana. Entretanto, quem esperava uma correção forte se deparou com uma queda branda, seguida por uma espécie de recuperação. O fundo em US$ 26,5 mil foi a mínima que a criptomoeda de referência chegou, mantendo a cautela dos investidores no curto prazo sobre o desempenho do ativo. Entretanto, a abertura desta segunda-feira reservou espaço para um fôlego que retomou o BTC de volta aos US$ 27,7 mil.

 

 

Comportamento dos investidores

É nítido que a luta entre compradores e vendedores é intensa. O volume de negociação não é o suficiente para dar vantagem a nenhum dos lados neste momento de mercado. Acompanha essa morosidade ainda uma queda significativa na atividade da rede. Isso aponta que houve menos aportes ou retiradas, resultando em menos liquidez. Mas mais do que isso, boa parte dos BTCs já foram sacados das exchanges, no que parece um processo de proteção e HODL intenso pré-halving.

É interessante observar ainda que o índice Fear and Greed está em 47 pontos. Embora este seja o território de medo, pode quase ser considerado como neutro (50 pontos), levando em conta que a oscilação do mercado está nessa faixa de sentimento.

Fonte: Alternative.me

 

 

No martelo

A emoção reduzida dos últimos dias acompanhou também uma pendência importante. A decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sobre o pedido da GrayScale para um fundo de Bitcoin à vista. A ideia da empresa é transformar seu atual fundo da criptomoeda em um ETF regulamentado.

Além deste pedido, a própria GrayScale já entrou com uma solicitação para um ETF de Ethereum (ETH) spot, enquanto BlackRock e outras gestoras globais aguardam uma resposta do regulador norte-americano.

 

 

Acumulação

Se a movimentação de curto prazo é lenta e com pouca emoção, os HODLErs de longo prazo parecem saber muito bem o que estão fazendo. Segundo dados on-chain, este grupo de investidores continuam comprando Bitcoin em um ritmo acelerado. São cerca de 50.000 BTCs por mês – em torno de US$ 1,35 bilhão. Com isso, o número total de Bitcoins sob posse dos está em 14,859 milhões de unidades – cerca de 76% da oferta circulante atual e uma nova máxima histórica.

 

 

Ligeiras perdas no caminho

Os principais indicadores on-chain não sinalizam ainda grandes mudanças. O SOPR, que avalia se a maioria das carteiras estão no lucro ou prejuízo, retomou ao 1 ponto, com uma pequena porcentagem dos endereços registrando ganhos no momento.

Fonte: CryptoQuant

 

 

História nos gráficos

A tendência, entretanto, é um pouco mais lateral para o Bitcoin, como observa-se no gráfico semanal. A realidade é que há testes importantes no último canal rompido em 25 de setembro. Caso a criptomoeda retome esta faixa de baixa, os US$ 24,3 mil – última grande resistência vencida – pode ser um nível a ser visitado. Esta região, além de possuir uma linha horizontal expressiva de barreira, ainda acompanha a linha inferior da banda de Bollinger.

O contrário, entretanto, também é verdadeiro. A atual resistência dos US$ 28 mil não só bate com outra linha horizontal importante, mas também com a mediana do indicador de Bollinger. Em ambos os casos, mostram-se a força desses dois níveis de preços para o mercado.

Fonte: GoCharting, em 16/10/2023, às 8h44min

 

Nos indicadores adjacentes, o MACD segue fazendo topos maiores e aproximando suas médias. Com isso, os bulls vão fortalecendo sua vantagem. O RSI pausa a queda, mirando os 52 pontos, apontando um mercado ligeiramente mais comprado, mas bem próximo de um equilíbrio.

 

 

Conclusão

.O mercado de criptomoedas parece estar cada vez mais aquecido. Mas como de costume em períodos pré-halving, o movimento de preços é lento e cada etapa parece estar sendo construída tijolinho a tijolinho. Há um certo afastamento do Bitcoin em relação aos eventos macroeconômicos, mas que, claro, nunca devem ser desconsiderados, pois a correlação ainda é presente.

O que os investidores devem ter em mente é que as quedas e subidas de preços estão ainda encaixotadas em uma disputa ferrenha entre bulls e bears. Assim, é difícil medir com exatidão a força de cada um. Este equilíbrio é persistente e apenas movimentos mais agudos de preços vão sinalizar efetivamente para qual lado está a verdadeira tendência do BTC.