Respeito ao suporte vai colocar Bitcoin em alta?

Respeito ao suporte vai colocar Bitcoin em alta?

Satoshi Call

O cenário macroeconômico global continua a mostrar sinais mistos, pressionando cada vez mais o mercado de ações de risco e as criptomoedas. O Bitcoin (BTC), em particular, segue em uma luta ferrenha para quebrar sua estreita faixa de negociação, com indicadores on-chain sugerindo uma possível virada no jogo. No Satoshi Call desta semana, vamos fazer aquele resumão do que passou e o que está por vir na economia mundial, enquanto analisamos os fundamentos, dados on-chain e gráficos do BTC para tentar descobrir quando e para onde a criptomoeda de referência pode ir.

 

Tudo na planilha

A temporada de balanços trimestrais das empresas norte-americanas está chegando ao fim, o que tem reduzido o ritmo de compra dos traders e, consequentemente, a volatilidade. Até a última semana, 85% das empresas do S&P 500 já divulgaram seus resultados trimestrais, com quase 80% superando positivamente as expectativas de Wall Street.

 

Na contenção

A Inflação ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI) seguem sendo o desafio maior dos Estados Unidos. O avanço de preços ficou próximo de uma estabilidade, mas ainda sinalizando ligeira aceleração. Isso pode impactar na decisão do Federal Reserve para um novo aumento de juros na próxima reunião. Entretanto, os analistas seguem apostando para uma pausa do aperto monetário pelos votantes do Banco Central dos Estados Unidos.

 

Julho Projeção Junho
      CPI (anual) 3,2% 3,3% 3,0%
      Núcleo CPI (anual) 4,7% 4,8% 4,8%
      PPI (anual) 0,8% 0,7% 0,2%
      Núcleo PPI (anual) 2,4% 2,3% 2,4%

 

A certa estabilidade da inflação, combinada com os resultados positivos das empresas, sugere que a economia dos EUA está em uma posição relativamente forte, apesar dos desafios. No entanto, a atenção dos investidores estará voltada para as próximas decisões sobre os juros, que podem influenciar a trajetória da inflação e o crescimento econômico.

 

 

Vender, depois comprar

A narrativa de uma economia norte-americana ligeiramente fortalecida acompanha o crescimento leve das exportações em julho, contra uma retração das importações.
Já as Vendas no Atacado retraíram, o que pode ajudar na contenção da inflação. Na mesma linha, os pedidos de seguro-desemprego aumentaram, sinalizando um possível arrefecimento do aquecido mercado de trabalho.

 

Julho Projeção Junho
      Exportações US$ 247,5 bi US$ 247,1 bi
      Importações US$ 313,0 bi US$ 316,1 bi
      Vendas no Atacado -0,7% 0,3% -0,5%
      Seguro-Desemprego 248 mil 230 mil 227 mil

 

Tensão no ar

Na Zona do Euro, a divulgação de dados econômicos foi branda na última semana, com o destaque principal para o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que subiu 0,2% no segundo trimestre, acima do esperado pelos analistas.
Entretanto, um ataque a um importante centro de distribuição de petróleo da Rússia elevou a tensão na região. Com a possível redução da oferta, o preço da commoditie subiu rapidamente na última semana.

 

Onde está a recuperação?

As exportações e importações chinesas recuaram de forma considerável em relação ao ano anterior e acima do esperado pelos analistas. A perspectiva mais negativa tem pressionado ainda mais a possível recuperação econômica do país.
Por outro lado, o CPI entrou em deflação, e o PPI acelerou, reduzindo os preços ao consumo, mas aumentando para os produtores.

 

Julho Projeção Junho
      Exportações -14,5% -12,5% -12,4%
      Importações -12,4% -5,0% -6,8%
      CPI (anual) -0,3% -0,4% 0,0%
      PPI (anual) -4,4% -4,1% -5,4%

 

Sem consenso

Após o primeiro corte de juros no Brasil, os investidores estão analisando detalhadamente a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento apontou divergência entre os votantes para uma redução entre 0,25% e 0,50% da SELIC, mas confirma a possibilidade de seguir cortando em 50 pontos-base os juros nos próximos encontros.
Enquanto isso, o varejo mostra expansão de suas atividades, enquanto a inflação volta à aceleração, depois de um período de queda.

 

Julho Projeção Junho
      Vendas no Varejo 1,3% 0,4% -1,1%
      IPCA 3,99% 3,93% 3,16%

 

Hold your horses

Essa semana, a agitação e uma bateria forte de dados econômicos vai marcar o dia a dia dos investidores. Pelo Brasil, sai o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB. O indicador deveria ter sido divulgado na sexta-feira, mas foi adiado.
Nos Estados Unidos, o mercado fica de olho nas Vendas do Varejo, Produção Industrial e, principalmente, na ata do Federal Reserve sobre a última reunião que elevou os juros em 0,25% novamente. Já a China segue com seus balanços, divulgando também sua Produção Industrial, Vendas no Varejo e Taxa de Desemprego.
Quem volta a apresentar dados importantes é a Zona do Euro, com as prévias da Variação de Emprego, PIB, além da Produção Industrial e Inflação ao Consumidor.

 

Os ursos vão cansar

Apesar de pequenos picos de volatilidade terem rompido níveis de suporte e resistência eventualmente na última semana, o Bitcoin permanece em sua intensa briga para se manter acima dos US$ 29 mil, enquanto não mostra forças para avançar para além dos US$ 30 mil,
A balança, porém, parece estar começando a pender para o lado dos bulls, segundo uma leitura do mercado por um analista da Glassnode: “ursos estão no controle, mas ficando exaustos”.

 

De olho na rede

Os dados on-chain continuam apontando para uma compra constante de BTC pelas baleias, mirando o próximo bull market. Neste grupo, os investidores asiáticos estão se mostrando o principal motor de acumulação.
Aqueles que decidiram comprar para guardar, no caso os HODLers, estão em posição vantajosa, detendo detém mais Bitcoin do que nunca. São 14,599 milhões de BTCs armazenados em suas carteiras, representando 75% do suprimento circulante.
Na mesma linha, o número de carteiras com algum volume da criptomoeda permanece em alta, também desafiando a estagnação de preços da moeda digital.

 

Fundo regulamentado

Enquanto não há qualquer decisão favorável por parte da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para os ETFs de Bitcoin, há quem faça suas apostas otimistas.
Para o CEO da Galaxy Digital, Mike Novogratz, o fundo regulamentado em bolsa da criptomoeda pode ser aprovado em até seis meses, citando fontes da BlackRock e Invesco.

 

Vamos lá, Gráfico!

Os compradores nas bolsas de criptomoedas reposicionaram suas ordens para níveis mais baixos, podendo comprometer o atual suporte de US$ 29 mil para o Bitcoin. Entretanto, há uma perspectiva otimista para a criptomoeda, observada no indicador Fear and Greed, que saltou de 30% (medo) para 60% (ganância) recentemente.
Como apontado nos últimos Satoshi Calls, a mediana da Banda de Bollinger se manteve como suporte no gráfico semanal, segurando o preço da criptomoeda acima dos US$ 29 mil. Caso o movimento se repita – como apresentado nos círculos brancos – a tendência é que o BTC utilize o nível como um trampolim e busque novas altas.

Fonte: TradingView, em 14/08/2023, às 8h33min.

 

O indicador permanece com suas extremidades paralelas e retas uma com a outra, indicando que a volatilidade do ativo está cada vez mais estreita. Com isso, um rompimento abrupto para cima ou para baixo deve ocorrer em algum futuro próximo.
No MACD, as médias se cruzaram para baixo, criando histogramas vermelhos. O movimento aponta para uma perda de força dos compradores recentemente. O Índice de Força Relativa (RSI) se posta na região dos 57 pontos, ainda indicando um mercado mais comprado.

 

 

Conclusão

Após semanas de controle de preços e baixa volatilidade, nitidamente o Bitcoin está operando de forma quase que totalmente alheia aos fundamentos macroeconômicos. É complicado pensar que a ata do Federal Reserve não vá causar impactos no mercado. Entretanto, é igualmente difícil dizer que, pelo histórico recente, a criptomoeda vá mudar de direção apenas por isso.
Os indicadores on-chain sugerem que os bulls estão rumo ao esgotamento, enquanto a análise técnica mira para um rompimento abrupto em breve. Quanto mais estreita a volatilidade for, mais agressivamente a tendência –  de baixa ou de alta – será iniciada. Por isso, a cautela segue sendo a melhor amiga dos investidores deste mercado.

Worldcoin, futuro ou fiasco?

Worldcoin, futuro ou fiasco?

Bem-vindos à mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.

Hoje eu vou parar de falar de L2 e de teses de mercado.

Temos outro assunto super importante que devemos dar atenção agora e já mencionei ela em relatórios anteriores – mas de maneira bem simplória e passageira .

Vamos entrar de cabeça na tão falada Worldcoin e tentar entender o que ela é? O que come? Como vive?

Sexta feira no Globo Repórter? Aqui não, vamos ver é agora!

 

🤔 O que é a Worldcoin?

Imagine um mundo onde cada pessoa, independentemente de onde esteja, possa provar sua humanidade online, mantendo sua privacidade intacta. Este é o sonho da Worldcoin, uma iniciativa que visa criar uma rede de identidade e financeira que pertence a todos nós, a humanidade.

Seu objetivo é abrir portas para oportunidades econômicas, permitir processos democráticos globais e até mesmo pavimentar o caminho para uma Renda Básica Universal financiada por IA.

A visão central da Worldcoin está com o conceito de “prova de pessoa”, que se refere à confirmação de que um indivíduo é humano único. Esse é um grande problema.

No mundo digital de hoje, provar que você é uma pessoa real é surpreendentemente difícil. Isso torna coisas como votar online ou distribuir recursos de forma justa um desafio. – E à medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais avançada, fica ainda mais complicado distinguir humanos de bots.

 

 

A Worldcoin baseia-se em três pilares de acordo com seu whitepaper.

Primeiro, a prova de pessoa é um primitivo digital necessário e que se tornará cada vez mais importante à medida que modelos de IA mais poderosos ficarem disponíveis.
Em segundo lugar, uma prova de pessoa escalável e inclusiva permite, pela primeira vez, alinhar os incentivos de todos os participantes da rede em torno da adição de humanos reais à rede.
Por fim, na era da IA poderosa, a maneira mais confiável – e, talvez mais surpreendentemente – de emitir uma prova de pessoa global é através de hardware biométrico personalizado.

Mas para fazer isso tudo acontecer é necessário passar por algumas barreiras que acabam gerando muitas polêmicas principalmente voltadas à liberdade.

 

💡 Quem está por trás desse projeto ambicioso?

Sam Altman é o principal nome por trás da Worldcoin. Não reconheceu o nome? Calma que vamos falar tudo sobre esse homem.

Ele é uma figura bem conhecida no mundo da tecnologia e do empreendedorismo. Altman nasceu em 1985 e cresceu em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. Ele estudou ciência da computação na Universidade de Stanford, mas abandonou a escola para começar uma empresa chamada Loopt, um aplicativo de rede social baseado em localização, que foi posteriormente adquirido pela Green Dot Corporation.

Altman é talvez mais conhecido por seu papel como presidente da Y Combinator, uma das mais prestigiadas aceleradoras de startups do mundo, de 2014 a 2019. Durante seu tempo na Y Combinator, ele ajudou a moldar a trajetória de muitas startups de sucesso, incluindo Airbnb, Dropbox e Reddit.

Além de seu trabalho na Worldcoin, Altman também é o CEO da OpenAI, uma organização de pesquisa em inteligência artificial baseada em San Francisco. A OpenAI é conhecida por desenvolver modelos de linguagem de IA de ponta, como o GPT-3, que são usados para uma variedade de aplicações, desde chatbots até redação de artigos.

Altman é conhecido por suas visões futuristas e frequentemente fala sobre tópicos como inteligência artificial, criptomoedas e o futuro do trabalho. Ele é um defensor da Renda Básica Universal (UBI) e acredita que a IA tem o potencial de criar uma abundância de riqueza que poderia ser distribuída para todos através de uma UBI.

No entanto, – aí que começa nossas discussões sobre o projeto – Altman também tem sido objeto de críticas e controvérsias. Sua liderança na Worldcoin e na OpenAI tem levantado questões sobre privacidade e ética, especialmente em relação à coleta de dados biométricos pela Worldcoin e ao uso de grandes conjuntos de dados pela OpenAI.

 

💡 WorldID, token e app

WorldID, token e o app são os três elementos iniciais que o usuário interage dentro do protocolo. Vamos entender como cada um funciona dentro do ecossistema.

O World ID: O World ID é a resposta da Worldcoin para a prova de pessoa. Ele permite que você verifique sua humanidade online, enquanto mantém a privacidade – o que não é totalmente verdade e vamos ver mais pra frente -, usando um dispositivo biométrico chamado Orb. O objetivo é que cada World ID seja único para o indivíduo a quem foi emitido.

O token Worldcoin: Para incentivar todos na rede a trabalhar juntos para o crescimento da rede, a Worldcoin emite seu próprio token. Isso é especialmente importante no início, para ajudar a superar o “problema de arranque frio” e fazer com que o projeto decole.

O World App: O World App é a primeira interface para o World ID. Ele orienta você durante a verificação com o Orb e mantém suas credenciais do World ID. O objetivo é tornar o acesso à infraestrutura financeira descentralizada global o mais fácil possível.

 

⚠️ O que está por baixo do tapete?

Apesar da visão ambiciosa da Worldcoin, eu tenho muitas dúvidas e preocupações que devem ser levadas em consideração.

A Worldcoin está coletando informações biométricas sensíveis, principalmente de pessoas pobres, para criar sua rede. Isso levou a questionamentos sobre a privacidade e segurança desses dados. Além disso, a Worldcoin prometeu deletar todas as informações biométricas coletadas durante a fase de testes, mas isso depende da confiança dos usuários na empresa para cumprir essa promessa. – hoje são mais de 2 milhões de pessoas de acordo com o site do projeto.

O projeto não é garantia de resolução de um dos problemas que é a “prova de pessoa”. A estratégia de implementação da Worldcoin resultou na criação de um mercado negro para credenciais verificadas. As identidades digitais do World ID estão sendo vendidas por cerca de $30, permitindo que qualquer pessoa com mais de $30 possa ter mais de uma identidade digital. Isso desafia a ideia de que cada World ID é único para o indivíduo a quem foi emitido.

A ligação de características biométricas imutáveis ao dinheiro poderia ter consequências distópicas. Se a identidade digital de uma pessoa for perdida ou bloqueada de alguma forma, essa pessoa poderia ser efetivamente excluída da economia digital. Ao contrário do dinheiro tradicional e de outras criptomoedas, você não pode simplesmente criar uma nova carteira e adicionar novas moedas a ela.

Quando a gente vai para a blockchain e vê alguns dados on-chain, achamos algumas coisas interessantes. Apesar de a Worldcoin se apresentar como uma rede “propriedade de todos”, a distribuição real de tokens sugere o contrário. Os 10 principais endereços detêm 98,63% do total de tokens Worldcoin. Além disso, uma parcela significativa de todos os tokens que existirão é alocada para os insiders, incluindo desenvolvedores da Worldcoin, operadores de Orb e investidores famosos.

A estrutura de mercado da Worldcoin é propensa à manipulação e à dinâmica de bombeamento e despejo. Apenas cerca de 1% dos dez bilhões de tokens Worldcoin que existirão estão em circulação, a maioria nas mãos de formadores de mercado parceiros da Worldcoin. Isso cria uma estrutura de mercado que pode atrair investidores especulativos de varejo e permite que os formadores de mercado internos garantam lucros.

 

 

👀 Oportunidade ou risco?

A Worldcoin é uma visão ousada para o futuro da identidade e finanças digitais. Embora ainda haja muitos desafios a serem superados, a promessa da Worldcoin de criar uma rede de identidade e financeira globalmente inclusiva é um objetivo digno de ser perseguido. Afinal, em um mundo cada vez mais digital, ser capaz de provar que você é humano é mais importante do que nunca.

No entanto, as críticas e preocupações levantadas destacam a importância de abordar questões de privacidade, segurança e equidade na distribuição de tokens.

Esse projeto não está nas minhas teses ou narrativas importantes quando o foco é especulação e investimento, mas vale a pena ficar de olho e ver as próximas atualizações do projeto.

 

 

 

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

Retrospecto sugere alta para o Bitcoin

Retrospecto sugere alta para o Bitcoin

Satoshi Call

Nem mesmo a pressão vendedora dos últimos dias e as decisões de políticas monetárias nos Estados Unidos e Europa foram capazes de tirar o Bitcoin (BTC) de sua estreita faixa de negociação. A falta de uma tendência clara tem colocado os investidores em cautela total e especulando possíveis novas descidas, já que a criptomoeda de referência se posta nos níveis mais baixos dos US$ 29 mil. Com a abertura da semana em meio ao fechamento mensal, os fundamentos passados e futuros, assim como a presença de um certo otimismo na análise técnica, poderão dar indícios de o que esperar para o desempenho do BTC nos próximos dias.

 

Decisões monetárias

A última semana foi agitada entre Estados Unidos e Europa, em que as duas das maiores economias do mundo decidiram pelo aperto monetário – o que já era amplamente esperado pelo mercado.
No caso do Banco Central Europeu (BCE), o aumento dos juros foi de 0,25%, em linha com o estimado. Em coletiva, a presidente do BCE, Christine Lagarde, pontuou que a decisão foi unânime, por conta da inflação ainda persistente. Os receios com a economia permanecem, já que os dados de Indústria estão fracos. Porém, Lagarde acredita que o bloco deve apresentar uma forte recuperação econômica no futuro.

Em relação aos Estados Unidos, os juros também subiram 0,25%, como já apontado em diversas pesquisas. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, destacou o arrefecimento da inflação, mas indicou que há um “longo caminho até a meta de 2%”. Entretanto, o mercado de trabalho ainda aquecido é motivo de preocupação e pode levar o Banco Central a elevar novamente os juros em setembro.

 

 

A economia vai naquelas…

Nos Estados Unidos, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMIs) apresentaram recuo, embora ainda em território de expansão. As preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre (Q2), entretanto, apontaram alta em relação ao período anterior.

Julho Projeção Junho
PMI Industrial 49,0 46,4 46,3
PMI Serviços 52,4 54,0 54,4
PMI Composto 52,0 53,1 53,2
PIB Q2 2,4% 1,8% 2,0%

Enquanto isso, o núcleo de preços PCE, o indicador favorito do FED para medir a inflação, desacelerou em junho.

 

Junho Projeção Maio
      Índice PCE (anual) 3,0% 3,1% 3,8%
      Núcleo PCE (anual) 4,1% 4,2% 4,6%

A confluência desses dados aumentam as expectativas de que a inflação deve ser retomada à meta em um futuro não tão distante. Porém, a economia parece estar sendo bastante impactada no processo. Com isso, a possibilidade de um pouso suave, com uma leve recessão econômica no país, parece se mostrar como o cenário mais provável no momento.

 

Lá como cá

Na Zona do Euro, a situação econômica é bem semelhante à observada nos Estados Unidos, com alguns setores da economia ainda confiantes, contra outros nem tanto assim.

Julho Projeção Junho
      Confiança do Consumidor -15,1 -15,1 -16,1
      Confiança de Serviços 5,7 5,4 5,9
      Confiança Industrial -9,4 -7,5 -7,3


Esses dados sugerem certa dor de cabeça aos formuladores de política monetária. Afinal, a  confiança do consumo e de Serviços ainda em campo positivo mantêm pressão sobre a Inflação ao Consumidor (CPI), como mostram os dados preliminares anuais.

 

Julho Projeção Junho
      Núcleo CPI 5,5% 5,4% 5,4%
      CPI  5,3% 5,3% 5,5%
      PIB Q2 0,3%  0,2% 0,0%

 

Construindo a economia

A China segue seu plano de potencializar seu setor imobiliário. Após manter as taxas reduzidas para empréstimos de curto e médio prazos, o Ministério de Habitação do país anunciou, sem muitos detalhes, planos para facilitar a compra de imóveis. O governo ainda prometeu elevar o “emprego estável a uma meta estratégica”.

 

Julho Projeção Junho
      PMI Industrial 49,3 49,2 49,0
      PMI Não-Manufatura 51,5 52,9 53,2
      PMI Composto 51,1 –– 52,5


Entretanto, os principais setores da economia local apresentaram ligeira desaceleração, com exceção da Indústria, que tenta retomar o território de expansão.

Estamos bem, obrigado!

Pelo Brasil, a situação segue positiva e aparentemente mais controlada, com a Inflação ao Consumidor (IPCA-15) mantendo sua baixa, mesmo com a alta na confiança do Consumidor.

 

Julho Projeção Junho
      IPCA-15 (anual) 3,19% 3,26% 3,40%
      IGP-M -0,72% -0,71% -1,93%
      Confiança do Consumidor 94,8 89,9 92,3

 

As projeções otimistas acompanham as perspectivas dos economistas entrevistados pelo Banco Central semanalmente no Boletim Focus.

 

Semana agitada

Para esta semana, mais uma bateria de dados macroeconômicos está prontinha para sair do forno e pautar os mercados. Na Zona do Euro, os destaques ficam para a Inflação ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI), PMIs, taxa de desemprego e a preliminar do PIB do segundo trimestre. Já nos Estados Unidos, saem dados de emprego, com o relatório JOLTs e o Payroll, além dos Índices Gerente de Compras.

 

 

Tá na hora de acordar

Mesmo com a divulgação de inflação, dados econômicos, decisão monetária, o Bitcoin não esboçou muitas reações nos últimos dias de negociação. Essa alienação aos fundamentos, como apontado anteriormente pelo Satoshi Call, já era esperada, colocando a criptomoeda de referência em uma situação em que apenas faíscas muito fortes poderiam disparar uma tendência, seja de alta ou baixa.
A abertura da semana passada foi até que negativa para o ativo digital, que chegou a visitar momentaneamente a casa dos US$ 28,6 mil. Entretanto, os US$ 29 mil logo foram recuperados, colocando o BTC de volta ao estreito canal de negociação entre US$ 29 mil e US$ 31 mil.

 

O que está rolando?

Nos fundamentos, o mercado segue aguardando novidades sobre os ETFs de Bitcoin da BlackRock e Fidelity nos Estados Unidos, quase como um atleta a postos para iniciar sua corrida. Uma vantagem recente aos bulls foi que congressistas norte-americanos conseguiram passar um projeto de lei que esclareceria melhor a regulação das criptomoedas, como a distinção entre instrumentos de valores mobiliários e commodities digitais.
Já ao olhar para o mercado de derivativos, a atividade nas bolsas não é das mais altas, apesar de um aumento considerável no envio de stablecoins às exchanges, assim como seu uso para elevar os empréstimos de margem. Ou seja, os touros parecem estar buscando um posicionamento mais adequado para um possível momento de compra favorável.

 

Por dentro da rede

Do outro lado da balança estão os mineradores, ainda pressionando as vendas. O fluxo de BTC para as corretoras, por parte das baleias, atingiu seu mais alto nível dos últimos três anos, correspondendo a 41% de todo o depósito.
Em contrapartida, os HODLErs seguem firmes, com 55% de toda a oferta circulante da criptomoeda permanecendo inativa por pelo menos dois anos, enquanto 29% ficou armazenada por cinco anos ou mais.

 

Dólar se recupera

Na constante narrativa de correlação inversa entre índice dólar (DXY) e Bitcoin, a moeda norte-americana pode ter ajudado a pressionar a criptomoeda de referência nos últimos dias. 

 


Fonte: TradingView, em 31/07/2023, às 8h39min.

Como observado no gráfico acima, o dólar se recuperou de suas mínimas e voltou a uma escalada de alta, apoiada, principalmente, pela elevação de juros pelo Federal Reserve. Mesmo assim, não é possível dizer que o Bitcoin se movimentou muito em relação a esta comparação.

 

Possível trampolim?

Pela análise técnica do gráfico semanal do Bitcoin, as Bandas de Bollinger se encaminham para ficarem ainda mais estreitas, mostrando a falta recente de volatilidade. Entretanto, elas podem também oferecer um cenário otimista aos investidores.
Nas duas últimas tentativas de romper para baixo a mediana do indicador, o mercado utilizou o nível para comprar e alavancar o preço da criptomoeda rapidamente, como sinalizado nos círculos brancos na imagem a seguir. Em mais um teste se formando, há a possibilidade de que a tendência de alta se repita. Caso contrário, o ativo pode experimentar uma correção mais acentuada e descer até a região dos US$ 25,6 mil.

Fonte: TradingView, em 31/07/2023, às 8h40min.

 

Em relação aos indicadores adjacentes, o MACD perde força, sinalizando um possível posicionamento abaixo do nível zero do histograma. Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 58 pontos, mostrando um mercado ligeiramente mais comprado.

 

 

Conclusão

O comportamento do Bitcoin nas últimas semanas é intrigante, pois a criptomoeda se mostra bastante alheia aos próprios fundamentos, assim como os externos. Entretanto, este pode ser um sinal de que os touros estão esperando a oportunidade certa para iniciarem suas compras, em uma cautela até que comum pré-halving – como destacado pelo analista Emerson Antunes, em seu relatório “Variação de Mercado”.
Com a perspectiva generalista pouco clara, a análise técnica sugere que o Bitcoin ainda tem força para escalar mais seu preço nos próximos dias. Entretanto, há muitas condições propícias para que os vendedores voltem a tomar conta do mercado e empurrem o ativo para baixo em poucas horas, exigindo ainda mais cuidado com as operações nos próximos dias.

Bem-vindo à nova Foxbit!

Bem-vindo à nova Foxbit!

Assim como o mercado cresceu, amadureceu e ganhou corpo, a Foxbit assumiu rapidamente uma posição de destaque no cenário de criptomoedas brasileiro. Nos formamos na comunidade de apaixonados por Bitcoin e seu conceito, e sempre buscamos dar algum retorno a ela.

A motivação para criação da nova Foxbit veio do dinamismo e da evolução que o mercado de criptoativos apresentou nos últimos anos.

2014 – Nasce a Foxbit

Lá atrás, quando éramos só eu e meu sócio, Guto Schiavon, o mercado ainda era muito recente. Toda a tecnologia das criptomoedas ainda era novidade. O perfil dos investidores era totalmente diferente.

O mercado mundial era composto, quase em sua totalidade, por geeks. Pessoas ligadas mais às novas tecnologias, e menos ao mundo financeiro propriamente dito. Não havia uma gama tão vasta de criptoativos disponíveis no mercado como há hoje, existia basicamente só o Bitcoin, e a intenção do investidor era bem clara – comprar e vender Bitcoin.

Inicialmente essa era nossa intenção ao criar a Foxbit – ser um lugar seguro e eficiente para que as pessoas aqui no Brasil conseguissem comprar e vender Bitcoin, como era a demanda. A motivação surgiu porque tudo em 2014 era muito complicado. Existiam poucas empresas que trabalhavam com isso, poucas pessoas que conheciam a tecnologia e pouco capital envolvido. Era uma coisa mais de nicho.

Aconteceu que o mercado de criptoativos foi crescendo. Principalmente em 2017, que tivemos um crescimento exponencial – acho que ninguém, nem o mais otimista dos otimistas, esperava um resultado tão bom no ano passado! Com esse crescimento surgiram novas demandas.

Um novo mercado, uma nova Foxbit

O perfil do investidor começou a mudar, e a gente percebeu muito isso aqui dentro da Foxbit. As demandas dos investidores mudaram também – antes, aquilo que era só comprar Bitcoin, agora já não supria mais as necessidades do mercado. Passamos a ter mais traders, então eram pessoas buscando por ferramentas mais avançadas dentro das plataformas, para conseguir executar essas operações de maneira mais eficiente.

O mercado não era mais composto só por geeks, mas sim investidores também ligados no mercado financeiro tradicional, que já possuíam uma carteira de investimentos consolidada. Então não queriam buscar apenas Bitcoin, mas sim diversificar entre vários criptoativos, a exemplo do Ether, Litecoin, Dash, etc.

Nós sentimos essa mudança, que desencadeou uma necessidade de transformação da Foxbit. Notamos também que, ao longo dos anos, o mundo de criptoativos deixou muita gente com uma pulga atrás da orelha: mercado tradicional, bancos – sentimos uma resistência muito grande por parte destes grupos, e isso refletiu muito na maneira como a mídia retrata as criptomoedas.

A partir dessas notícias, o público ficou receoso com relação às criptomoedas. Investimento já é um tema exposto de maneira muito fria, o que acaba afastando e amedrontando muita gente. Quando trazemos isso para um ambiente digital, com uma tecnologia pouco conhecida, o alerta é duplicado.

Como resposta, adotamos uma postura diferente aqui dentro da Foxbit. No começo o ambiente era muito impessoal – nossos sites e publicações eram recheados de gráficos e números, mas não haviam rostos. A ideia foi justamente trazer mais pessoas para um ambiente tão frio. Mostrar a cara de quem trabalha aqui, a cara de quem faz a Foxbit acontecer.

https://foxbit.com.br/blog/apresentamos-nossas-pessoas/

Demonstrar que não somos só gráficos e um home broker. Mostrar que realmente existem pessoas aqui que possuem motivações e lutam por um objetivo em comum: Inspirar pessoas a conquistar liberdade financeira, através das criptomoedas. Isso envolve desmistificar este mercado, simplificá-lo e espalhar sua tecnologia.

O crescimento da empresa também foi uma resposta à evolução do mercado. Muito mais colaboradores, novos produtos (Cointimes, Foxbit Invest) e mais clientes. Isso é um fator fundamental. Mostra que precisamos estar constantemente atualizados e não podemos ficar acomodados.

Atendendo à demanda do público e após vivermos essas mudanças, temos uma nova plataforma. Por quase quatro anos tivemos uma parceira fornecendo tecnologia; agora, possuímos nossa tecnologia, construída em micro serviços para trazer novas funcionalidades e velocidade de trade. Contamos com vocês neste momento para que possamos aprimorá-la cada dia mais.

https://foxbit.com.br/blog/como-comprar-bitcoin-na-foxbit/

Esta será uma nova fase muito boa da Foxbit – tanto para a empresa e usuários, quanto para a comunidade de criptoativos como um todo. Uma característica nossa marcante é o fato de nunca termos perdido essa essência de comunidade – surgimos a partir de uma comunidade de Facebook, todas as conversas para criação da empresa aconteceram por meio das redes, e a gente mantém essa característica de ser uma empresa voltada para comunidade, constantemente vendo quais são as demandas do mercado, e manter um contato direto com o cliente.

Fazemos a Foxbit para as pessoas. Este tem sido um dos nossos grandes diferenciais nos últimos anos, e razão pelo grande destaque que obtivemos no cenário. Ocupamos o posto de maior exchange de Bitcoins da América Latina em termos volume negociado. Estamos sempre ouvindo nossos clientes para melhorar; criar novos produtos, se for necessário. A gente quer fazer isso voltado para o ecossistema de criptomoedas.

Esta é uma nova fase da Foxbit. Agradecemos por vocês fazerem parte desta jornada conosco!

#NovaFoxbit