Como comprar Ethereum na Foxbit?

Como comprar Ethereum na Foxbit?

Aprenda como comprar e vender Ethereum no Brasil usando reais (BRL) e saiba das informações mais importantes para você ter uma boa negociação do criptoativo. 

Para que serve o ether? 

O ether, ativo principal por trás da rede Ethereum, foi um dos ativos que mais se valorizou nos últimos anos e sua procura continua em alta. Com contratos inteligentes, aplicativos e finanças descentralizadas, o Ethereum conseguiu atrair uma enorme base de desenvolvedores e usuários. 

Todos eles precisam comprar ether (eth) para pagar pelo poder computacional usado neste blockchain. Devido a essa enorme demanda, o ether é o segundo maior criptoativo em valor de mercado, perdendo apenas para o bitcoin. 

Quando você ouve falar em negociações de Ethereum, é muito provável que a referência seja ao ether. 

Então, como negociar Ethereum (ether) de forma segura e barata? 

Como comprar ether de forma segura?

A compra de ether no Brasil está cada vez mais popular. Tudo isso graças a plataformas seguras de investimentos, as exchanges – que fazem a ponte entre compradores e vendedores. 

Para comprar ethereum de forma segura é importante ver o tempo em que a empresa está no mercado, se seus fundadores são figuras públicas e as notas nas redes sociais.

A Foxbit, por exemplo, já atua a mais de 6 anos no mercado nacional de criptoativos. Também contamos com o selo RA1000 do ReclameAqui, isso significa que nosso atendimento é um dos melhores do Brasil. 

Mas não adianta um bom atendimento e tradição de mercado se os valores da empresa não forem bons. Em 2020, a Foxbit foi eleita uma das empresas mais éticas no mercado financeiro.

Além de tudo isso, os contratos inteligentes da Foxbit são segurados pela BitGo – garantindo mais segurança para nossos usuários. 

Como comprar Ethereum (ether) na prática? 

Para negociar o  Ethereum (ether) basta ter uma conta na Foxbit, depositar o valor desejado e fazer a compra.

É muito fácil! Vamos te mostrar o passo a passo. 

Primeiramente, crie ou entre na sua conta da Foxbit.

Na plataforma, vá no menu do lado esquerdo e escolha a opção Depositar | Sacar

Então, clique em Depositar e escolha a opção Real (R$). 

Escolha seu método de pagamento (PIX, depósito express, depósito comum ou em espécie) e faça a transferência dos valores conforme é indicado na sua tela. 

Se o depósito for feito via PIX ele cairá rapidamente e restará apenas comprar o ether. Para isso, vá em Comprar | Vender no menu esquerdo e depois escolha a opção ETH.

Pronto! Agora basta selecionar os valores e apertar o “Comprar”. Fácil, rápido e seguro.

Você também pode usar o “Livro de Ofertas”, ele conta com vários recursos e gráficos que podem te ajudar na hora das negociações de criptoativos. 

Ficou com alguma dúvida? Veja nossa página “Perguntas Frequentes” ou fale com a gente.

O Ether está subvalorizado! – Mercurius Report Janeiro

O Ether está subvalorizado! – Mercurius Report Janeiro

O Ether está subvalorizado

Recentemente tivemos a All Time High (maior valor da história) do Ether, o ativo da rede da Ethereum.

Com essa alta, diversos investidores estão na dúvida se ainda vale comprar o ativo, o que é algo compreensível.

Evidentemente, existem fatores que pesam a favor do ETH no longo prazo, mas é fundamental entendê-los a fundo antes de tomar uma decisão de investimento importante.

Mercado DEFI

Boa parte desse volume da rede da ETH está atribuído ao formato de blockchain da Ethereum, que visa ser uma plataforma base para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas utilizando blockchain.

Esse formato de blockchain permite desde a tokenização de ativos reais como as stablecoins de dólar e ouro, até a criação de novos modelos de negócio descentralizados, como é o caso das corretoras, das plataformas de empréstimos e do desenvolvimento do mercado de sintéticos

2017 VS 2021

A diferença desses momentos de mercado está ligada ao público responsável pela valorização em cada ano.

Em 2017, tínhamos o mercado de criptomoedas dominado pelo investidor pessoa física, com menos de 1 bilhão de dólares sob gestão de fundos de criptomoedas (investidores institucionais).

Atualmente, além da presença do Bitcoin no balanço de empresas listadas em bolsa, como a Microstrategy, algumas das principais gestoras do mundo possuem bitcoins em seus fundos, como a BlackRock e a Fidelity.

Relatório mensal completo

O assunto não para por aí, quer ler tudo na íntegra? Você pode baixar o relatório completo no link abaixo e entender melhor sobre o que rolou no mês de novembro até agora!

João Canhada na CNN: “2017 foi o ano de consolidação do Ethereum”

João Canhada na CNN: “2017 foi o ano de consolidação do Ethereum”

Nosso CEO, João Canhada, deu uma entrevista para a CNN nesta quarta-feira (03/02), comentando sobre a valorização e a consolidação do Ethereum.

Canhada comentou quando o Ethereum teve uma visibilidade maior no mercado e porque isso veio acontecer de novo em 2020:

“Agora tivemos o boom da DeFi (finanças descentralizadas) e a indústria financeira está começando a replicar tudo o que existia no sistema tradicional de forma transparente, pública e digital. Nesse sentido, o ethereum tem tudo para continuar avançando.” 

Bancos Centrais espalhados pelo mundo, estudam criar criptomoedas próprias, que terão que contar com um referencial parecido, se o próprio ethereum não for o escolhido. João Canhada entende que isso pode fazer com que o ethereum e se descole do bitcoin e avance ainda mais.

Quer entender um pouco mais sobre o que o nosso CEO disse sobre a rede Ethereum e como ela pode afetar ainda mais o mercado? Confira a entrevista completa clicando aqui.

Ethereum em minutos: Uma nova geração de Blockchain

Ethereum em minutos: Uma nova geração de Blockchain

Uma nova geração de Blockchain

Ethereum é uma plataforma aberta de blockchain que permite que qualquer pessoa crie e use aplicativos descentralizados. Assim como o Bitcoin, ninguém controla ou é detentor do Ethereum. Trata-se de um projeto de código aberto construído por muitas pessoas ao redor do mundo, mas, ao contrário do protocolo Bitcoin, o Ethereum foi projetado para ser adaptável e flexível.

A tecnologia do blockchain é a base tecnológica do Ethereum. Um blockchain é uma arquitetura de computação distribuída na qual cada nó
(usuários que cooperam com a estrutura, cedendo poder computacional) da rede executa e registra as mesmas transações, que são agrupadas em blocos. Apenas um bloco pode ser adicionado ao blockchain por vez. Cada bloco contém uma prova matemática (hash) responsável por certificar que determinado bloco segue na sequência do bloco anterior.

Desta forma, o “banco de dados distribuído” do blockchain é mantido em segurança e consenso por todos os nós da rede. As interações individuais do usuário com o livro de registro, que são feitas por meio de transações, são garantidas através de uma forte barreira de criptografia. Os nós que mantêm e verificam a rede são incentivados economicamente pela estrutura: cooperar é mais lucrativo do que fraudar.

No caso do Bitcoin, o banco de dados distribuído é concebido como uma tabela de saldos relativos aos endereços existentes. Em outras palavras, trata-se de um livro de registro (débitos e créditos) no qual as transações são efetivamente transferências de bitcoin. Com isso, permite-se a troca de valores financeiros entre usuários sem a necessidade de um intermediário.

Mas como o bitcoin começou a atrair maior atenção de desenvolvedores e tecnólogos, projetos inovadores começaram a usar a rede Bitcoin para fins além da esfera financeira. Muitos destes projetos assumiram a forma de “altcoins”, ou seja, criptomoedas alternativas que possuem, às vezes, seu blockchain próprio. O objetivo de muitos deles é trazer soluções para outros mercados, da mesma forma que o bitcoin trouxe para o sistema financeiro.

No final de 2013, o inventor do Ethereum, Vitalik Buterin, propôs um novo blockchain com a capacidade de ser programado para executar qualquer computação arbitrariamente complexa.

Ethereum Virtual Machine

O Ethereum é um blockchain programável. Em vez de dar aos usuários um conjunto de operações pré-definidas, como por exemplo transações com bitcoin, o Ethereum permite aos indivíduos criarem suas próprias operações com qualquer complexidade que assim desejem. Desta forma, o Ethereum serve como uma plataforma destinada à criação de diferentes aplicações descentralizadas em seu blockchain, incluindo, mas não limitando-se, às criptomoedas.

O Ethereum, no sentido estrito, refere-se a um conjunto de protocolos que define uma plataforma para contratos inteligentes e aplicações descentralizadas. Em seu cérebro está a Máquina Virtual Ethereum (Ethereum Virtual Machine – EVM), que pode ser entendida como um “super computador” capaz de executar códigos de complexidade algorítmica arbitrária.

Em termos de ciência da computação, o Ethereum é considerado “Turing completo”. Na teoria de computadores reais e virtuais, linguagens de programação e outros sistemas lógicos, um sistema “Turing completo” é aquele que tem um poder computacional equivalente à máquina de Turing universal. Em outras palavras, o sistema e a máquina universal de Turing podem emular um ao outro. Mesmo que seja fisicamente impossível para essas máquinas existirem porque requerem armazenamento ilimitado e probabilidade de falha nula, de uma maneira coloquial, a integridade de Turing é atribuída a máquinas físicas ou linguagens de programação que poderiam ser universais se tivessem armazenamento infinito e fossem absolutamente confiáveis.

Com o Ethereum, os desenvolvedores podem criar aplicativos descentralizados, popularmente conhecidos como Dapps, que funcionam na EVM usando linguagens de programação já existentes, como JavaScript e Python. Como qualquer blockchain, o Ethereum também inclui um protocolo de rede ponto a ponto (peer-to-peer). O banco de dados do blockchain do Ethereum é mantido e atualizado por muitos nós conectados à rede. Cada nó da rede executa a EVM e processa as mesmas instruções. Por este motivo, o Ethereum às vezes é descrito como um “computador mundial”.

Esta paralelização maciça da computação em toda a rede Ethereum não é feita para tornar a computação mais eficiente. Na verdade, esse processo torna a computação do Ethereum muito mais lenta e mais cara do que em um “computador” tradicional. Isso porque cada nó Ethereum executa a EVM para manter o consenso em todo blockchain, gerando um grande gasto de energia e poder computacional para manter a estrutura funcionando. Por outro lado, o consenso descentralizado oferece ao Ethereum níveis extremos de tolerância a falhas, garante tempo de inatividade zero e torna os dados armazenados no blockchain inalteráveis e resistentes à censura.

A plataforma Ethereum em si é desprovida de qualquer propriedade nativa e é agnóstica de valores. Semelhante às linguagens de programação, cabe aos empreendedores e desenvolvedores decidirem para quê a plataforma deve ser utilizada. No entanto, é claro que certos tipos de aplicativos tiram maior proveito das capacidades do Ethereum do que outros.

Especificamente, o Ethereum é adequado para aplicações que automatizam a interação direta entre pares ou facilitam a ação coordenada de um grupo em uma rede. Por exemplo, aplicativos para coordenação de mercados ponto-a-ponto ou a automação de contratos financeiros complexos.

O Bitcoin permite que os indivíduos troquem dinheiro sem envolver intermediários como instituições financeiras, bancos ou governos. O impacto do Ethereum pode ser mais abrangente. Em teoria, as interações financeiras ou negociações de qualquer complexidade podem ser realizadas de forma automática e confiável usando o código que está sendo executado no Ethereum. Além das aplicações financeiras, todos os ambientes em que a confiança, a segurança e a imutabilidade são importantes – por exemplo, registros de ativos, votação, governança e internet das coisas (IoT) – podem ser impactados positivamente pela plataforma Ethereum.

Como o Ethereum funciona?

O Ethereum incorpora muitos recursos e tecnologias que são familiares aos usuários do Bitcoin. Além disso, ele introduz muitas modificações e inovações próprias. Enquanto o blockchain do Bitcoin é puramente uma lista de transações, a unidade básica do Ethereum é a conta. O blockchain do Ethereum rastreia o estado de cada conta e todas as transições de estado são transferências de valor e informações entre as contas.

Existem dois tipos de contas:

  1. Conta de Propriedade Externa (Externally Owned Account – EOA), que são controladas por chaves privadas;
  2. Conta de Contrato, que são controladas pelo código do contrato e só podem ser “ativadas” por um EOA.

Para a maioria dos usuários, a diferença básica entre estes é que os usuários humanos controlam as EOAs – pois, afinal, apenas eles podem controlar as chaves privadas que dão controle sobre um EOA. As contas de contratos, por outro lado, são regidas pelo seu código interno. Se eles são “controlados” por um usuário humano, é porque eles são programados para serem controlados por um EOA com um determinado endereço, que por sua vez é controlado por quem possui as chaves privadas que controlam esse EOA. O termo popular “contratos inteligentes” (smart contracts) refere-se ao código em uma Conta de Contrato e são programas que são executados quando uma transação é enviada para essa conta. Os usuários podem criar novos contratos implantando o código no blockchain.

As Contas de Contrato apenas executam uma operação quando instruído por um EOA. Portanto, não é possível que uma Conta de contrato esteja executando operações nativas, como geração de números aleatórios ou chamadas de API (Application Programming Interface, ou Interface de Aplicação de Programação). Ela poderia fazer essas coisas somente se fosse solicitado por um EOA. Isso ocorre porque o Ethereum exige que os nós (computadores) possam concordar com o resultado da computação, o que exige uma garantia de execução estritamente determinista.

Como no Bitcoin, os usuários devem pagar pequenas taxas de transação para a rede. Isso protege o blockchain do Ethereum de tarefas computacionais frívolas ou mal-intencionadas, como ataques DDoS (ataques de negação de serviço) ou loops infinitos. O remetente de uma transação deve pagar por cada etapa do “programa” que eles ativaram, incluindo computação e armazenamento de memória. Essas taxas são pagas em quantidades equivalentes do token nativo do Ethereum, denominado Ether (ETH).

Essas taxas de transação são coletadas pelos nós que validam a rede. Mineradores nada mais são do que Nós da rede Ethereum que recebem, propagam, verificam e executam transações. Eles agrupam as transações em blocos, que incluem atualizações do “estado” das contas no blockchain do Ethereum. Como prova por seu trabalho (proof of work/PoW), os mineradores são recompensados com ether por cada bloco de sucesso que eles mineram. Isso fornece o incentivo econômico para as pessoas dedicarem hardware e eletricidade à rede do Ethereum.

Assim como na rede do Bitcoin, os mineradores são encarregados de resolver um problema matemático complexo para poder minerar com sucesso um bloco. O primeiro a resolver o problema recebe a recompensa pelo novo bloco gerado, além das taxas pagas em cada transação do bloco. Para desencorajar a centralização devido ao uso de hardware especializado (por exemplo, Application Specific Integrated Circuits (ASIC), ou seja, circuitos integrados de aplicação específica), como ocorreu na rede do Bitcoin, o Ethereum escolheu um problema computacional de memória. Se o problema requer memória e CPU, o hardware ideal é de fato um computador geral (GPU). Isso torna a prova de trabalho do Ethereum resistente à ASIC, permitindo uma distribuição de segurança mais descentralizada do que em blockchains cuja mineração é dominada por hardware especializado, como o Bitcoin.

Ethereum em minutos: Por dentro do blockchain do Ethereum

Ethereum em minutos: Por dentro do blockchain do Ethereum

Por dentro do blockchain do Ethereum

Fundamentalmente, um blockchain é um banco de dados compartilhado, composto por um livro de registro de transações, ou seja, a sua função é muito semelhante à de um banco. Contudo, enquanto os registros feitos pelo banco são armazenados de forma centralizada, com o blockchain cada participante da rede tem uma cópia do histórico de transações. Cada um desses participantes é chamado de “nó” da rede.

O blockchain elimina o problema da confiança que afeta os bancos de dados das seguintes maneiras:

Descentralização total: a leitura e a possibilidade de agregar informações ao banco de dados são completamente descentralizadas e segura. Nenhuma pessoa ou grupo controla um blockchain.

Tolerância à falha extrema: esta característica refere-se à capacidade de um sistema em lidar com dados corrompidos. É impossível adicionar ao livro de registro do blockchain algum dado corrompido ou errado. Todos os nós da rede precisariam aprovar tal transação e isso não ocorreria se ela não fosse legítima e válida.

Verificação independente: as transações podem ser verificadas por qualquer pessoa, sem a necessidade de um terceiro. Isso às vezes é
referido como “desintermediação”.

Como funciona o Blockchain

Agora que temos alguma ideia da razão pela qual os blockchains são úteis, vamos mergulhar mais profundamente em como eles funcionam.

As interações entre contas em um blockchain são chamadas de “transações”. Elas podem ser transações monetárias, como o envio de ether de uma pessoa para outra. Elas também podem ser transmissões de dados, como uma mensagem, um contrato etc. Um pacote de transações é chamado de “bloco”.

Cada conta no bloco tem uma assinatura exclusiva, que permite a todos saber qual conta iniciou a transação. Em um blockchain público, qualquer pessoa pode ler ou escrever dados. A leitura de dados é gratuita, mas escrever uma transação em um bloco do blockchain não é. Esse custo, conhecido como “gás”, cujo preço é derivado a partir do ether, ajuda a desencorajar o spam e é uma mecanismo de proteção da rede.

Mineração

Qualquer nó na rede pode participar da segurança da rede através de um processo chamado “mineração”. Os nós que optaram por serem mineradores competem para resolver problemas de matemática que protegem o conteúdo de um bloco.

Uma vez que a mineração requer poder de computação (além de muita energia elétrica), os mineradores podem ser compensados pelo seu serviço. O vencedor da competição recebe alguma criptomoeda como recompensa. No caso da rede do Ethereum, o minerador recebe ether. Isso incentiva os nós a trabalharem para proteger a rede, impedindo que muito poder esteja nas mãos de qualquer minerador.

Hashing

Uma vez que um novo bloco é minerado, os outros mineradores são notificados e começam a verificar e adicionar este novo bloco às suas cópias do blockchain. Isso é feito através de hashing criptográfico (ou simplesmente, “hash”). Hashing é um processo unidirecional que transforma dados em uma sequência alfanumérica de comprimento fixo que representa esses dados. Embora os dados originais não possam ser reproduzidos a partir do hash, os mesmos dados sempre produzirão o mesmo hash.

Quando mais da metade dos mineradores já validou o novo bloco, a rede alcança o consenso em relação àquela informação e o bloco passa a fazer parte do histórico permanente do blockchain. Agora, esses dados podem ser baixados por todos os nós, com a sua validade garantida.

O Blockchain do Ethereum

A estrutura do blockchain do Ethereum é muito semelhante à
estrutura do Bitcoin, pois trata-se de um registro compartilhado de
todo o histórico de transações. Cada nó na rede armazena uma
cópia desse histórico.

A grande diferença é que no Ethereum, os nós armazenam o estado mais recente de cada contrato inteligente, além de todas as transações com ether (isso é muito mais complicado do que o descrito, mas o texto abaixo deve ajudá-lo a ficar mais por dentro).

Para cada aplicação no Ethereum, a rede precisa acompanhar o “estado”, ou seja, a informação atual de todas essas aplicações, incluindo o saldo de cada usuário, todo o código do contrato inteligente e onde está armazenado.

O Bitcoin, por outro lado, utiliza algo conhecido como “saídas de transações não gastas” (UTXO, na sigla em inglês) para rastrear quem tem quanto em bitcoin.

Embora pareça mais complexo, a ideia é bastante simples. Toda vez que uma transação de bitcoin é feita, a rede “quebra” o montante total como se fosse papel-moeda, enviando bitcoins de volta como se fossem um troco que recebemos em papel-moeda.

Para fazer transações futuras, a rede do Bitcoin deve somar todas as suas “notas ou moedas” de acordo com o valor que deseja ser enviado. Estas notas são classificadas como “gasto” (spent) ou “não gasto” (unspent).

O Ethereum, por outro lado, utiliza o conceito de contas.

Como os fundos de uma conta bancária, os tokens de ether aparecem em uma carteira e podem ser portados (por assim dizer) para outra conta. Os fundos estão sempre em algum lugar, mas não têm o que você pode chamar de relacionamento contínuo.

O que é prova de trabalho?

Apesar de o blockchain ser considerado a grande inovação que permitiu o surgimento das criptomoedas, na verdade, existe algo ainda mais importante para o bom funcionamento desses ativos digitais que muitas vezes é pouco comentado. Estamos falando de mecanismo de consenso das criptomoedas.

Tanto o Bitcoin, quanto o Ethereum utilizam um mecanismo conhecido como Prova de Trabalho (PoW, na sigla em inglês, que deriva de Proof of Work).

A prova do trabalho é um protocolo que tem como principal objetivo dissuadir ataques cibernéticos, como um ataque distribuído de negação de
serviço (DdoS), que visa esgotar os recursos de um sistema ao enviar múltiplos pedidos falsos.

A ideia da PoW foi originalmente publicada por Cynthia Dwork e Moni Naor em 1993, mas o termo “prova de trabalho” foi cunhado por Markus Jakobsson e Ari Juels em um documento publicado em 1999.

Prova de trabalho e mineração

A prova de trabalho é um requisito para definir um cálculo computacional custoso, também chamado de processo de mineração, responsável por gerar novos blocos de transações e aumentar a oferta da criptomoeda no mercado de forma descentralizada, ao contrário das moedas fiat, que são emitidas através de estruturas centralizadas (Bancos Centrais).

A mineração tem dois propósitos:

1) Verificar a legitimidade de uma transação ou evitar o chamado gasto duplo;

2) Emissão de novas moedas digitais, recompensando mineradores por realizar o processo de mineração.

Quando se configura uma transação, eis o que acontece nos bastidores:

As transações são agrupadas em um conjunto chamado de bloco. Os mineradores, então, verificam que as transações dentro de cada bloco são legítimas. Para fazer isso, eles devem resolver um enigma matemático conhecido como problema de prova de trabalho. Uma recompensa é dada ao primeiro minerador que resolver o problema. As transações verificadas são armazenadas no blockchain público.

Todos os mineradores da rede competem para ser o primeiro a encontrar uma solução para o problema matemático. Este problema não pode ser resolvido por meio da força bruta ou de qualquer outra maneira, de modo que essencialmente requer uma grande quantidade de tentativas. Quando um minerador finalmente encontra a solução certa, toda a rede fica sabendo ao mesmo tempo que houve um “vencedor” daquele bloco, o qual receberá um prêmio em criptomoeda (a recompensa) fornecido pelo protocolo.

Desde que surgiu e, pelo menos, até o final do primeiro trimestre de 2018, o Ethereum funcionou com um mecanismo de consenso de prova de trabalho como este descrito acima. Contudo, os desenvolvedores da plataforma pretendem fazer a transição para um novo tipo de mecanismo conhecido como Prova de Participação (PoS, na sigla em inglês, que deriva de Proof of Stake).

O que é prova de de participação?

A prova de participação é uma maneira diferente de validar transações e de alcançar o consenso distribuído. Também trata-se de um algoritmo e o objetivo é o mesmo da prova de trabalho, mas o processo para atingir o objetivo é bastante diferente.

A primeira menção a esta ideia foi no fórum virtual bitcointalk em 2011, mas a primeira moeda digital a usar este método foi a Peercoin, em 2012.

Na Prova de Participação, o criador de um novo bloco é escolhido de forma determinista, dependendo da sua riqueza, ou seja, da quantidade de tokens que possui.

Neste modelo, todas as moedas digitais são criadas antes do início do sistema e seu número total nunca muda. Não existe emissão paulatina de tokens, como acontece no Bitcoin e também acontece com o Ethereum quando ele usa Prova de Trabalho.

Isso significa que no sistema PoS não há recompensa por bloco, então, os mineradores recebem somente as taxas de transação.

É por isso que, na verdade, neste sistema PoS, os mineradores são chamados de “ferreiros” (forgers, em inglês).

Por que o Ethereum quer usar POS?

A comunidade Ethereum e seu criador, Vitalik Buterin, estão planejando fazer uma atualização na rede da plataforma (hard fork, no termo em inglês) para fazer uma transição da prova de trabalho para prova de participação.

Num consenso distribuído baseado na prova do trabalho, os mineradores precisam de muita energia elétrica para performar os cálculos matemáticos. E esses custos de energia são pagos com moedas fiduciárias, levando a uma constante pressão descendente sobre o valor da moeda digital.

Os desenvolvedores estão muito preocupados com esse problema, e a comunidade Ethereum quer explorar o método da prova de participação para uma forma de consenso mais generalizada e mais econômica. Esta atualização do Ethereum que quer implementar a PoS é conhecida como Casper.