Todas as moedas do mundo estão desvalorizando exceto o bitcoin!

out 5, 2022 | Finanças, Outras categorias

“Todas as moedas do mundo estão desvalorizando exceto o bitcoin!” Essa é uma afirmação ousada e pode gerar dúvidas em muitas pessoas, mas fica mais um pouco aqui com a gente para entender o que queremos dizer com isso.

A surpresa pode ocorrer principalmente porque, no momento da redação, o BTC saiu de sua atual alta histórica em US $69.000, para ser negociado por US $20.000 no par BTC/USD. Uma desvalorização de 71% do preço alcançado em 09 de novembro de 2021, para o preço observado no dia 04 de outubro de 2022, quase um ano depois.

Então, se você estranhou nosso título, levando este período de 11 meses como base, você tem toda razão, mas queremos te convidar a “diminuir o zoom” em seu gráfico, ou na janela temporal que está sendo analisada. Vamos olhar para o médio e longo prazo e ver como o Bitcoin desempenhou em relação às moedas fiduciárias em toda sua história.

Inflação não é um acidente

Nos últimos dois anos, o tema “inflação” ganhou destaque nas manchetes e nas conversas de bar entre amigos ou em mesas de jantar familiares. Isso ocorreu porque índices de inflação do mundo todo passaram a marcar níveis recordes de aumento de preço aos consumidores, demonstrando a perda de valor das moedas fiduciárias visto antes apenas em raras ocasiões com tamanha escala e impacto.

Mas o fato é que a inflação sempre esteve presente em nossa realidade, apesar de pouco notada pela maioria das pessoas, e não, ela não ocorre por acidente ou por falta de controle dos administradores do dinheiro.

A inflação é uma meta a ser atingida pela maioria dos bancos centrais. Não é exagero, ela é literalmente uma meta administrativa, dentro de um plano de negócios baseado em uma escola específica da economia – a Keynesiana – que defende a posição acadêmica de que inflação é bom para a economia, enquanto deflação é ruim; então a inflação deve ser constantemente buscada pelos Bancos Centrais, para “incentivar a economia”.

Independentemente desse posicionamento econômico, que já foi refutado por diversos autores da Escola Austríaca de Economia, ser válido ou não (o que já envolveria uma discussão mais avançada de economia –  que não é o objetivo aqui), os efeitos da inflação são claros como o céu do meio dia sem nuvens: A perda do valor da moeda perante outros bens ou serviços.

Essa perda de valor é facilmente observada com a perda do poder de compra nos mercados. Uma comparação com outras moedas fiduciárias seria falha, já que todas estão perdendo valor em seu próprio ritmo, pela gestão intencional e a manutenção das metas de inflação durante toda sua história.

É por isso que dizemos que inflação não é um acidente. Ela é causada de forma consciente e histórica pela grande maioria dos governos e bancos centrais, o que inevitavelmente leva à uma desvalorização gradual e, também intencional, das moedas fiduciárias.

Fundamentalmente falando, o bitcoin tende a valorizar com o tempo

Aqui estamos falando de fundamentos. E o Bitcoin, diferente das moedas fiduciárias, tem uma meta deflacionária. Ele foi intencionalmente criado para se tornar deflacionário em um determinado momento.

É importante lembrar que ainda existe uma pequena, controlada e previsível inflação na oferta (supply) do BTC. Essa inflação ocorre através da distribuição de novas moedas, que são colocadas em circulação através da mineração – no halving atual de 6,25 BTC a cada 10 minutos, ou aproximadamente 900 BTC/dia. E ela cai pela metade de quatro em quatro anos.

Com menos moedas sendo colocadas em circulação e um aumento da demanda, a conta é fácil. O Bitcoin tende a valorizar com o tempo, perante outros bens, serviços e, principalmente, perante as moedas fiduciárias como o Dólar (USD) ou o Real (BRL) – com suas metas históricas de inflação médias de cerca de 2,0% e 4,0%, respectivamente.

Desde 1933, em sua criação, o dólar norte-americano perdeu cerca de 92% de todo seu poder de compra.

Desde 1994, em sua criação, o real brasileiro perdeu cerca de 86,57% de todo seu poder de compra. Isso sem falar de todas as moedas que vieram antes dele, no país.

Desde 2013, em seu registro mais baixo no CoinMarketCap (US $65,53), o bitcoin ganhou cerca de 30.504% de seu poder de compra em relação ao dólar, mesmo após perder os 70% desde novembro de 2021.

É historicamente demonstrável que, nos mais de 13 anos desde sua criação, o bitcoin se valorizou, enquanto todas as outras moedas fiduciárias se desvalorizaram perante a moeda descentralizada, global e sem fronteiras que lidera o mercado de criptomoedas.

Ao aumentar o zoom para o mercado cripto, vemos diversos outros projetos que, assim como o BTC, foram desenhados para manterem fortes fundamentos econômicos que devem trazer valorização com o tempo. E alguns deles vêm consistentemente valorizando até mesmo em relação ao bitcoin, enquanto o mercado aprende sobre estas questões e a importância de tokenomics saudáveis que permitem esse fenômeno.
Em um cenário de crise econômica, vemos muitos investidores, administradores e especialistas recorrendo ao Bitcoin e ao mercado cripto como uma forma de proteção patrimonial, em resposta à um sistema externo (fiat) que, majoritariamente, ainda tende a desvalorizar com o tempo, pelo simples motivo de que ele foi criado desta maneira.

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