Criptoeconomia nas faculdades: Blockchain Insper

Criptoeconomia nas faculdades: Blockchain Insper

É impressionante o crescimento que o cenário da criptoeconomia obteve nos últimos anos. Surgindo a partir de discussões em fóruns de criptografia, Satoshi Nakamoto lança em 2008 o white paper do Bitcoin, dando início a toda esta disrupção de sistemas descentralizados, tecnologia a qual foi nomeada de Blockchain. Dez anos depois, aqui no Brasil, esta mesma tecnologia, antes rotulada como “brincadeira de nerds” ou “moeda de criminosos”, passa a ser estudada dentro de um dos maiores centros de negócios do país, o Insper.
A Blockchain Insper surge como um projeto de alunos do curso de Economia do Insper, com o intuito de mostrar o potencial da criptoeconomia como uma nova maneira de construir confiança e realizar negócios
A Foxbit realizou uma entrevista com João Pedro Perpetuo, Thiago da Costa e Felipe Santos, co-fundadores da Blockchain Insper, para entender um pouco mais a respeito da organização.

PRIMEIRO CONTATO COM CRIPTOECONOMIA

Blockchain Insper: Acredito que assim como muitos, nosso primeiro contato foi por avistar uma oportunidade de investimento em algo totalmente “novo”. Fomos descobrir depois que não era tão novo assim, e que estava chamando muito a atenção das pessoas. De qualquer forma isso acabou nos atraindo também para a tecnologia.

FUNDAÇÃO

Blockchain Insper: A ideia de fundar a Blockchain Insper surgiu quando percebemos que havia uma demanda gigantesca no Brasil por conteúdo e informações de qualidade sobre Blockchain e Criptomoedas, e que principalmente ninguém estava suprindo isso nas universidades, que acreditamos ser um dos principais públicos quando se trata de uma inovação que vai mudar totalmente a forma como as pessoas se relacionam, negociam e vivem em sociedade.

PROPOSTA

Blockchain Insper: Temos a missão de gerar informações confiáveis, críveis e de qualidade ao mercado, focando alcançar desde o público leigo, até pessoas com conhecimentos avançados. Queremos, por meio da tecnologia, transformar a vida das pessoas, seja pelo fomento da tecnologia ou pelo estabelecimento de um HUB de criação de startups que utilizem soluções em blockchain. Além disso, entendemos a urgência de levantar esta bandeira no Brasil e no mundo. Nosso país necessita de instituições ativas no fomento à tecnologia, visando finalmente estar a frente no campo das inovações.

BACKGROUND ACADÊMICO

Blockchain Insper: O Insper, dentre de suas muitas qualidades, sempre se manteve muito aberto a inovações e abraçou desde cedo a ideia de ter uma entidade estudantil voltada a blockchain. Temos plena consciência de que tantos nossos professores, que se mantiveram muito abertos a discussão papel das criptomoedas no mercado de ativos, quanto a direção foram fatores que catalisaram o sucesso da Blockchain Insper neste curto espaço de tempo. Existiram diversas discussões em sala de aula sobre o papel da tecnologia blockchain no mundo e suas perspectivas futuras. O posicionamento do Insper em relação ao blockchain é que é um assunto de urgência, que deve ser estudado a fundo e entendido.

BLOCKCHAIN NO BRASIL

Blockchain Insper: O panorama tecnológico brasileiro é extremamente preocupante, com exceção de alguns setores específicos (ex. agropecuário), estamos muito atrasados na implementação de tecnologias de uma forma geral. Felizmente, com o blockchain observamos uma oportunidade única de fechar este gap, pela primeira vez na história não estamos atrasados. Possuímos mentes ativas na fomentação da tecnológica, que participaram dos fóruns de criação do Bitcoin. Além disso, a Blockchain Insper vivencia uma forte demanda por conhecimento tanto de dentro do Insper quanto de fora, o que mostra a disposição do brasileiro em querer mudar a realidade de atraso e de fato implementar o blockchain na vida cotidiana.
Recebemos feedbacks muito positivos de toda a comunidade de estudantes, todos estão muito animados com a ideia de fazer parte de uma instituição que seja referência mundial em blockchain. Nossas ações (ex. eventos e palestras) foram muito elogiados e trouxeram, além de um esclarecimento de conceitos técnicos imprescindível para leigos, um senso crítico para a comunidade que é essencial na avaliação das oportunidades e do futuro da tecnologia.

PRÓXIMOS PASSOS E PARCERIAS

Blockchain Insper: Recentemente, passamos de 6 membros fundadores para 23 membros ativos, trabalhando diariamente em áreas administrativas (ex. eventos, conteúdo, estudos, estratégico) para exponencializar cada vez mais o crescimento da entidade. Acreditamos fielmente em procedimentos, em processos que se bem estabelecidos levarão ao perpetuidade da entidade no Insper. Estamos desenvolvendo um processo de avaliação de protocolos, juntamente com a meta de criar um blockchain próprio para fins acadêmicos. Nossos membros estão sendo capacitados para auxiliar grandes empresas do mercado oferecendo consultoria e estratégias em blockchain, tudo isso utilizando a rede de apoiadores e mentores que possuímos.
Em relação a perspectiva da quantidade futura de membros, apenas acreditamos que necessitamos das mentes mais brilhantes da comunidade Insper, para crescer cada vez mais. Estamos abertos e buscando novas empresas parceiras, tanto startups inovadoras, quanto maiores players que desejam estudar e participar ativamente na educação e na construção de protocolos em blockchain.

ORGANIZAÇÃO ATUAL

Blockchain Insper: A quantidade atual de membros da Blockchain Insper é de 23 membros. Desses, 7 estão alocados na área de tecnologia e desenvolvimento de software, e o resto está dividido no estudo de aplicabilidade em negócios, e no estudo do mercado de criptomoedas, tokens e protocolos.
É muito gratificante ver um grupo dedicado a difundir conhecimento, dentro de uma instituição de ensino, a respeito de blockchain e criptoeconomia. Você conhece algum outro projeto que possua conexão com criptomoedas ou criptoeconomia? Comenta aí embaixo.

Halving: O que muda para investidores e mineradores?

Halving: O que muda para investidores e mineradores?

Já é sabido que a emissão de novos bitcoins na economia é feito através da mineração. Estes bitcoins gerados são dados ao minerador daquele novo bloco como uma recompensa por ter despendido sua energia e poder computacional durante o processo. De quatro em quatro anos esta recompensa é alterada e possui impactos em todo o mercado, então é interessante detalharmos um pouco este processo conhecido como Halving.

HALVING

Satoshi Nakamoto, criador do bitcoin, determinou que a cada 210 mil novos blocos gerados (aproximadamente de 4 em 4 anos), a recompensa dada aos mineradores seja reduzida em 50%. A este processo é dado o nome de Halving (metade, em inglês).
Por causa do halving, o gráfico da curva de oferta de bitcoins possui formato logarítmico.
Halving - Crescimento logarítmico da oferta de unidades de bitcoin
Gráfico representando o comportamento de uma função logarítmica: “Avanços são rápidos no começo, mas seus ganhos decrescem ao longo do tempo” – Fonte: JamesClear
Inicialmente, em 2009, a recompensa dada por cada novo bloco gerado era de 50 bitcoins, mas caiu para 25 em 2012 e 12.5 em 2016. Este processo se repetirá até alcançar o limite máximo de bitcoins, estipulado em 21 milhões de unidades, por Satoshi Nakamoto. O próximo Halving está previsto para acontecer no ano de 2020, onde a recompensa cairá para 6.25 bitcoins a cada novo bloco. Dá pra acompanhar a contagem regressiva.
Halving - Gráfico da oferta de bitcoins ao longo do tempo
Gráfico representando a curva de oferta de bitcoins ao longo do tempo. A data prevista é que no ano 2140 seja emitido a última fração de bitcoin para alcançar o limite de 21 milhões de unidades. – Fonte:  https://btcparaprogramadores.marcoagner.org/mineracao.html.

IMPACTO PARA MINERADORES E INVESTIDORES

Devido à diminuição da recompensa causada pelo halving, a tendência é que mineradores que possuam máquinas menos eficientes sejam “expulsos” do mercado, pois, a depender da cotação do bitcoin, estas máquinas não seriam mais lucrativas para minerar. Um grande exemplo é vermos casos de alguns early-adopters que relatam terem minerado bitcoins em seus computadores pessoais, algo que hoje em dia é extremamente inviável (não compensa) graças ao surgimento das ASICs.
Para os investidores, o Halving tende a valorizar cada vez mais o bitcoin, se considerarmos um cenário ceteris paribus (todo o resto constante) e o comportamento desacelerado da curva de oferta, tornando o mesmo cada vez mais escasso e valioso.
Halving - impactos no preço do bitcoin causados pelo Halving

Gráfico representando o comportamento do preço do bitcoin próximo ao primeiro halving – Fonte: Pantera Capital.

Comportamento do preço do Bitcoin próximo ao 2º HalvingGráfico feito utilizando Plotly e dados retirados do Coindesk.

É possível visualizar que momentos próximos ao Halving são de grande variação no preço do bitcoin, ao vermos os dois gráficos acima. A data do segundo Halving foi no dia 09/07/2016, e vemos que um pouco antes desta data houve um grande movimento de compra do bitcoin, já que os agentes incorporam previamente as expectativas com relação à maior dificuldade de obtenção da moeda.
Vale ficar de olho nestas datas ímpares do Halving. São momentos de grande variação no preço do bitcoin e adaptação do mercado, já que os agentes estarão procurando por uma nova cotação de equilíbrio devido à queda da oferta. Investidores e mineradores devem levar estas informações em consideração para traçar estratégias a médio e longo prazo.

Análise semanal da mudança de preços das criptomoedas – 23/04/2018

Análise semanal da mudança de preços das criptomoedas – 23/04/2018

Conforme iniciado neste mês de abril, a Foxbit apresenta mais uma vez uma análise com dados sobre a mudança no mercado de criptomoedas, com foco nas variações de preços que ocorreram na última semana deste mês (16/04 – 22/04-2018).

Variação

Mudança de preço das principais criptomoedas

Fonte: Coinmarketcap / Variação: *Dólar (USD)

Na última semana do mês de Abril, as criptomoedas apresentaram considerável mudança nos preços e volume de mercado.
Com a alta de 8%, o Bitcoin (BTC) chegou a ser cotado ao preço de U$9000, e outras criptomoedas reagiram da mesma forma. Com alta variação no preço, o destaque foi para a Bitcoin Cash (BCH) em contraposição ao preço do BTC.
As criptomoedas esboçaram reação no final do mês de abril. Alguns dos fatores que podem ter impulsionado o mercado para reagir com otimismo foram atualizações na tecnologia do Bitcoin e grandes empresas com interesse em criptomoedas. 
Acompanhe toda semana a divulgação dos dados e análises do mercado das moedas digitais aqui no Blog da Foxbit e deixe sua opinião ou pergunta!
Veja também a seleção das notícias que mais circularam na última semana.

Notícias do mundo das criptomoedas

Notícias do mundo das criptomoedas

A semana que está chegando ao fim foi cheia de parcerias que mostram a força do blockchain e do bitcoin. Como sempre fizemos aquele resumão de notícias para você não ficar fora do bloco.

Dow Jones Media começa a implementar Brave

O mundo da geração de conteúdo também está sendo impactado pelo blockchain.
A empresa Dow Jones Media Group anunciou sua parceria com a startup do navegador Brave.
De acordo com nota de imprensa publicada  ontem, a startup vai entregar conteúdo exclusivo de alguns sites do conglomerado de mídia, além da exploração de novas tecnologias.
O sistema de envio de conteúdo baseado na plataforma de anúncios e serviços da Brave e o uso do token BAT (Basic Attention Token) são os principais alvos do Dow Jones Media.
A recente parceria mostra uma possível mudança de posição das mídias tradicionais sobre aplicações de blockchain na área de conteúdo, em 2016 a Associação dos Jornais da América publicou uma nota repudiando o modelo de negócio da startup.
Pois é, quem não inova, fica para trás! Se você está fora do bloco, está na hora de entrar.
Veja a notícia completa no site da CoinDesk.

Pornhub introduz criptomoeda


Tão impactante quanto o anúncio do Dow Jones, um dos maiores sites de conteúdo adulto do mundo começou ontem a aceitar a criptomoeda Verge.
Agora usuários do site poderão comprar serviços premium e algumas séries também com criptomoedas.
Vale lembrar que a escolha dessa cripto não foi ao acaso, no próprio site a comunidade a descreve como “construída com  foco na privacidade”. O site criou vídeo bem gozado (desculpe o trocadilho) sobre a nova parceria:

Telegram se mantém vivo na Rússia graças ao Bitcoin


Segundo o site bitcoinmagazine, o fundador do Telegram e multimilionário Pavel Durov está usando o bitcoin para manter o serviço de mensagens acessível.
Isso acontece pois a agência reguladora  russa Roskomnadzor exigiu acesso às mensagens de todos os usuários no país. Durov se negou e diversos IPs de acesso ao serviço privativo de mensagens foram banidos.
Para contornar essas sanções Pavel está financiando com bitcoins serviços que de VPN que ajudem a contornar essa situação. Em comunicado feito ontem no VK, rede social russa criada por Pavel, ele agradece a resistência digital que mantém o Telegram vivo, apesar dos “mais de 18 milhões de Ips bloqueados”:

Uma situação semelhante aconteceu com Julian Assange em 2011, no famoso Banking blockade ao Wikileaks, quando o governo norte-americano bloqueou o acesso aos sites da organização e proibiu todos os bancos e empresas de pagamento de operarem qualquer transação que pudesse financiar o Wikileaks.
Em ambos os casos o Estado com suas armas e aparato opressivo não conseguiu controlar o Bitcoin e o livre mercado, no caso do Wikileaks a organização saiu mais forte e com alguns milhares de Bitcoins no bolso.
A notícia completa com essa batalha pela privacidade pode ser vista no site da Bitcoinmagazine.

Operação Lucro Fácil


Segundo o portal de notícias G1, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado deflagrou uma operação contra pirâmides financeiras nesta terça-feira dia 17.
Foram 8 mandados de busca e apreensão expedidos para as cidades de São Paulo e Campo Grande, os policiais estiveram nas empresas MinerWorld, Bit Ofertas e Bit Pago.
A maior parte das empresas de mineração são fraudulentas, sempre suspeite de “lucros garantidos” e ofertas com retornos muito acima do mercado.
Veja a notícia completa no site do G1.

Bancos atacam no Chile


O cerco às exchanges e hubs de criptomoedas está aumentando, dessa vez o ataque foi no Chile.
Segundo o site Criptomoedas Fácil, o Scotiabank, um dos principais bancos chilenos fechou a conta de diversas exchanges. A desculpa dessa vez foi que “o mercado de criptomoedas só pode ser caracterizado como uma atividade altamente arriscada, dada sua potencial ligação com o comércio ilegal”, disse o Scotiabank.
Vale lembrar que o dólar é a moeda mais utilizada para venda de produtos ilegais e que a maior parte dos blockchains são rastreáveis ou contemplam alguns vetores de ataque contra o anonimato bem conhecidos, como o blockchain do Bitcoin.
Os usuários e defensores da inovação tecnológica se uniram e criaram a hastag #ChileQuiereCryptos, que virou trending topic no Twitter.
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Conheça os 3 principais perfis de investidor

Conheça os 3 principais perfis de investidor

Um dos erros mais comuns cometidos por quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos é não entender muito sobre os perfis de investidor.

Trata-se de um conhecimento valioso, que ajudará você a se posicionar melhor diante de suas aplicações.

Pensando nisso, elaboramos este post com o intuito de explicar como eles agem, quais são as principais características de cada um e quais fatores motivam suas tomadas de decisão. Você ainda saberá como identificar o seu perfil e a importância de fazê-lo.

Quais são os 3 perfis de investidor?

Conservador

Esse tipo de investidor é aquele que procura por segurança na hora de aplicar seu capital. Não está disposto a lidar com inúmeras variações e quer saber, com precisão, qual é a relação entre rentabilidade e risco.

Quem vai começar a investir, geralmente, enquadra-se nessa categoria, pois tem muito receio de não alcançar os resultados desejados. Por isso, o conservador tem, em sua carteira de investimentos, uma distribuição de 80% para investimentos em renda fixa e 20% para os de renda variável.

Moderado

Como sugere o próprio título, o moderado está preocupado em equilibrar suas ações, mesclando ousadia e conservadorismo na hora de escolher o investimento ideal. Se há uma boa possibilidade de obter retornos acima da média, ele se arrisca.

Caso contrário, prefere contar com aquilo que é mais garantido. Sua carteira é comumente distribuída entre 60% e 65% de renda fixa. O restante vai para renda variável e fundos variados.

Agressivo

Investidores agressivos são aqueles que aceitam o risco em nome do retorno. Abrem mão da liquidez e procuram pelas aplicações que mais podem render.

É comum que já tenham um patrimônio considerável, o que facilita a manutenção dessa postura. Não à toa, mais da metade de seus investimentos é direcionada à renda variável.

Por que saber o seu perfil de investidor?

Saber em qual dos perfis você se encaixa é uma das premissas básicas para ter sucesso investindo. Afinal, desse modo, será possível identificar de qual maneira você deve se comportar na hora de escolher seus investimentos.

Como identificar?

Primeiramente, reflita sobre em qual momento da vida você está e sobre quais são os seus objetivos a curto, médio e longo prazo. O que você pretende fazer com o seu patrimônio? Quais são suas metas ao investir?

Depois, questione-se a respeito daquilo que você já possui. É possível correr alguns riscos? Você tem reservas de contingência? De quanto tempo você dispõe para acompanhar e analisar suas aplicações? Como pretende alcançar sua independência financeira?

Responder essas perguntas é uma atitude aparentemente simples, mas que ajuda a ter uma noção sobre o tema. Entenda quais são suas limitações e anseios financeiros. 

Compreender melhor sobre os perfis de investidor pode ser o diferencial que faltava para que você comece a aplicar seu dinheiro.