3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 3

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 3

Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.

Estou focado em apresentar as melhores narrativas para vocês, meus caros leitores, para tirar o melhor proveito do mercado quando a bull começar.

Então vamos ao que importa: caçar projetos com potencial gigantesco de valorização para o próximo ciclo.

Como você percebeu no título, estamos na PARTE 3 – Então se não leu a e parte, corre lá antes de começar essae já apresentamos 4 narrativas e alguns projetos.

Hoje vou tentar manter o ritmo – e acelerar por que não temos muito tempo até o halving – e te mostrar mais 3 setores que eu particularmente estou muito de olho. Ficou curioso?

Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

💰 Narrativas fortes que valem a pena

Mas se você está chegando de paraquedas nessa análise, vou te introduzir brevemente sobre narrativas.

Como expliquei no primeiro artigo e no segundo artigo, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.

Hoje vamos falar sobre Interoperabilidade, Inteligência Artificial e LSD/LSD L2 que nos últimos meses foram os grandes assuntos do mercado.

1# Interoperabilidade

A interoperabilidade em blockchain refere-se à capacidade de diferentes sistemas blockchain e protocolos trabalharem juntos e compartilharem informações de maneira eficiente. 

Esta narrativa está focada em resolver o problema de “silos” isolados no ecossistema blockchain, permitindo que diferentes redes comuniquem e colaborem entre si, aumentando a utilidade e a eficiência do espaço cripto como um todo.

Estou de olho em 2 projetos nesse momento com essa narrativa: BICO e a FLUX.

A Biconomy (BICO) foca na interoperabilidade ao nível das transações, facilitando uma experiência de usuário mais suave entre diferentes blockchains. Eles procuram reduzir a complexidade das transações em diferentes redes, tornando-as mais acessíveis aos usuários comuns.

A Flux está construindo uma infraestrutura descentralizada que visa suportar a próxima geração de aplicativos Web3. Sua abordagem para interoperabilidade envolve a criação de uma rede robusta e escalável que pode suportar várias blockchains e aplicativos descentralizados (dApps).

2# Liquidity Staked Derivatives (LSD)

Você já deve saber o que é Staking né? Se não sabe, vou deixar esse texto do blog da Foxbit para você se aprofundar porque não dá para falar de LSD sem saber o básico de Staking.

O LSD é um derivativo que representa tokens bloqueados em protocolos de staking. A ideia é permitir que os usuários mantenham a liquidez e o acesso aos seus ativos, mesmo enquanto estão bloqueados. Isto resolve o problema da iliquidez dos ativos bloqueados em staking, permitindo maior flexibilidade e eficiência para os detentores de tokens.

LSD L2 expande o conceito de LSD para blockchains de segunda camada (Layer 2), que são projetadas para escalar as capacidades de blockchains de primeira camada (Layer 1) como o Ethereum. O foco é combinar os benefícios de staking líquido com as vantagens de escalabilidade e eficiência das soluções Layer 2.

A Lido é a maior do mercado e um dos principais projetos, oferecendo staking líquido para Ethereum. Lido permite que os usuários façam staking de seus ETH e recebam em troca tokens stETH, que podem ser usados em outras atividades de DeFi, mantendo a liquidez.

A Frax Share é parte do ecossistema Frax, um protocolo de stablecoin parcialmente colateralizado. FXS desempenha um papel chave no mecanismo de governança e estabilização da stablecoin FRAX, oferecendo uma abordagem inovadora no contexto de LSD.

Já a Pendle se concentra em permitir a negociação e gestão de rendimentos de tokens de yield e LSD em ambientes Layer 2. O projeto proporciona uma plataforma onde os usuários podem otimizar suas estratégias de rendimento em um ambiente de baixo custo e alta eficiência.

 

3# Inteligência Artificial 

A narrativa em torno da Inteligência Artificial no espaço cripto se concentra em integrar capacidades de IA para melhorar a análise de dados, a automação de processos e a criação de novos tipos de aplicativos e serviços. 

Isso inclui desde a análise de mercado até a governança descentralizada e a personalização de experiências de usuário.

Essa narrativa vem mantendo uma atração interessante ao longo do bear market e teve seus momentos de glória com a explosão do ChatGPT e outras IAs. Vamos olhar alguns tokens que eu estou de olho nessa narrativa.

A SingularityNET é uma plataforma descentralizada para serviços de IA, permitindo que qualquer um crie, compartilhe e monetize serviços de IA na blockchain.

A segunda é a The Graph que usa tecnologias de IA para otimizar a indexação e a consulta de dados em blockchains, facilitando o desenvolvimento de dApps mais eficientes e poderosos.

Já a Ocean Protocol foca na democratização do acesso a dados e serviços de IA. Eles permitem que usuários compartilhem e monetizem dados de forma segura, incentivando a criação de um ecossistema de dados e IA mais aberto e conectado.

 

Conclusão

O mercado não para de crescer e é bom ficar antenado. Olhando para as 3 narrativas essa é minha visão resumida do que apresentei.

A interoperabilidade surge como uma área de forte interesse, indicando que os usuários e investidores estão buscando por mais flexibilidade e eficiência na interação entre diferentes blockchains. Isso pode sinalizar um movimento em direção a uma maior adoção de plataformas e protocolos multi-cadeia.

As LSD e LSD L2 também são pontos de destaque, refletindo a demanda contínua por soluções que permitam aos detentores de criptoativos manterem a liquidez e participarem ativamente no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), mesmo durante o período de staking. Este interesse sugere que a comunidade cripto está buscando maneiras de otimizar os rendimentos e a utilização de seus investimentos.

Embora a IA não domine ainda o mercado, sua presença indica um investimento progressivo e um olhar atento para as inovações que a IA pode trazer para o espaço cripto, seja na melhoria de processos, na análise de dados ou na criação de novos serviços.

Vamos continuar acompanhando esses setores nas próximas semanas. Eles vão trazer grandes retornos nesse ciclo.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

Bitcoin entra em tendência indefinida

Bitcoin entra em tendência indefinida

A volatilidade do Bitcoin (BTC) voltou a ficar bastante acentuada nas últimas semanas, principalmente após a euforia por trás da aprovação do ETF da criptomoeda nos Estados Unidos. A queda, porém, levantou o pânico de muitos investidores, e abriu dúvidas sobre uma possível recuperação de preços. A análise técnica mostra que, sim, um período mais estendido de correção é possível, assim como um momento de consolidação lateral de preços. Fato é que a tendência de preços está indefinida, e o mercado precisa estar preparado para mais volatilidade.

 

Um cenário complexo

O mercado de criptomoedas, especialmente o Bitcoin, tem sido alvo de intensas análises nas últimas semanas, revelando nuances interessantes e desafiadoras para os investidores.

Durante a última semana, observamos um retorno do preço do Bitcoin para dentro do canal de alta, situando-se abaixo da linha de equilíbrio de 9 períodos do gráfico semanal. A vela da última semana, caracterizada como um doji, sugeriu uma possível indefinição no mercado, apontando para a necessidade de uma análise mais profunda para compreender os possíveis cenários futuros.

Uma observação importante no gráfico de preços semanal é a concentração das negociações na parte superior de um canal de alta. Nesse contexto, é possível que o preço do Bitcoin busque a linha base do Ichimoku, localizada na região de US$ 37 mil.

 

Interessante notar que este ponto coincide com a linha de 50% do canal de alta, conferindo uma relevância adicional a essa região como um potencial suporte.

É de suma importância destacar que, antes de atingir a linha base, há um desequilíbrio a favor dos compradores registrado na semana de 27 de novembro, por onde o preço do Bitcoin pode encontrar novos aportes. Apesar da tendência de alta observada no Bitcoin desde setembro de 2023, é natural que ocorram movimentos corretivos para ajustar a trajetória ascendente.

O movimento atual do preço, caracterizado pela intensa realização de lucros, pode ser interpretado como uma correção na tendência de alta. Na semana de 08 de janeiro, o Bitcoin alcançou sua máxima estrutural, completando um movimento de 18 semanas e encerrando um ciclo de 17 semanas. Diante desse cenário, é razoável esperar uma correção para testar regiões importantes de suporte dentro da tendência de alta.

Ao analisar o gráfico semanal, é possível observar que a linha Senkou Span B, projetada para 26 semanas no futuro, está plana, sugerindo um enfraquecimento da tendência de alta.

Da mesma forma, a linha base, que mede o equilíbrio de 26 períodos, também permanece plana, indicando desafios para os investidores que buscam manter os preços em patamares mais elevados.

A linha Chikou Span, que representa o preço atual deslocado 26 semanas no passado, ainda sugere a possibilidade de um movimento corretivo adicional, prevendo mais 4 a 5 semanas antes do início de um novo ciclo.

O preço de fechamento da vela da semana passada ficou abaixo da linha Tenkan Sen, que representa o equilíbrio dos últimos 9 períodos, operando como um primeiro nível de resistência a ser superado. Dentro do contexto do movimento lateral desde a semana de 04 de dezembro, a vela da semana de 08 de janeiro buscou liquidez sobre as máximas da estrutura lateral.

Agora, observamos o movimento do preço buscando liquidez abaixo das mínimas da estrutura, aumentando a atenção dos investidores para as principais regiões de suporte em torno de US$ 37 mil.

Caso o preço do Bitcoin atinja essas regiões, os investidores estarão atentos à força do movimento, buscando gatilhos para uma retomada da tendência de alta. A análise técnica sugere que uma busca por liquidez no fundo da estrutura é saudável para a manutenção de uma tendência de alta.

Nesse sentido, torna-se imperativo que os investidores monitorem de perto os indicadores técnicos, estejam preparados para ajustar suas estratégias conforme a evolução do cenário e compreendam a importância da análise de múltiplos cenários.

Além disso, a análise fundamentalista do Bitcoin, considerando fatores macroeconômicos, regulatórios e eventos geopolíticos, torna-se relevante para uma visão abrangente do mercado.

Dentro deste contexto podemos citar por exemplo a criação do ETF de Bitcoin a vista nos Estados Unidos, autorizado pela SEC, mas que ainda não trouxe reflexos significativos para a movimentação de preços.

O que aconteceu na verdade, foi que após a criação do ETF de Bitcoin nos Estados Unidos, investidores visualizaram a oportunidade de realização de lucros diante da euforia criada em torno da aprovação do referido produto.

Uma questão a ser observada, é que a realização de lucros, em torno da euforia do mercado, foi maior que a demanda presente naquele momento e isso fez com que uma oferta maior promovesse a queda no preço do Bitcoin.

No cenário global, a aceitação institucional das criptomoedas e o desenvolvimento de infraestrutura para sua adoção massiva também desempenham um papel importante. E de certa forma, esta aprovação do ETF de Bitcoin a vista poderá contribuir para uma alavancagem na adoção do mercado de criptomoedas como um todo.

Também vale ressaltar, que é necessário um certo tempo para que eventos como este apresentem resultados, e mais uma vez o mercado está revelando que investidores pacientes e munidos de informações poderão ter resultados melhores do que aqueles que tentam aproveitar de momentos meramente de euforia.

Em suma, o atual cenário do Bitcoin apresenta desafios e oportunidades, com uma clara necessidade de os investidores permanecerem vigilantes diante das complexidades do mercado de criptomoedas.

A interseção entre análise técnica e fundamentalista torna-se essencial para uma compreensão holística, permitindo que os investidores ajustem suas estratégias de acordo com a dinâmica em constante evolução.

 

Indicadores subjacentes

O universo dinâmico do mercado de criptomoedas, particularmente o Bitcoin, revela-se como uma arena de constante transformação, onde investidores buscam compreender os movimentos de preço e antecipar as tendências por meio de análises técnicas sofisticadas.

Além da observação da movimentação de preço com base na relação entre oferta e demanda, utilizando as linhas de equilíbrio do Ichimoku, é vital a análise de indicadores técnicos adicionais para corroborar as informações analisadas. Neste contexto, a atenção recai sobre os indicadores MACD (Convergência/Divergência de Médias Móveis) e Estocástico Lento, cujas interpretações podem fornecer insights importantes sobre o provável curso futuro do Bitcoin.

Até o momento, nossa análise indicou a possibilidade de que o movimento corretivo no preço do Bitcoin possa persistir por mais algum tempo no gráfico semanal. Diante dessa perspectiva, é imperativo explorar as informações fornecidas pelos indicadores supracitados, começando pelo MACD.

Ao observar o indicador MACD, notamos que, embora esteja acima da linha 0, seu histograma vem produzindo máximas cada vez menores desde a semana de 11 de dezembro.

Essa dinâmica sinaliza uma possível pausa na tendência de alta, com investidores atentos à proximidade do histograma do MACD com a linha 0. A ultrapassagem do histograma de cima para baixo pode indicar uma extensão do movimento de queda, tornando a análise das regiões de suporte uma prioridade.

O MACD, sendo uma ferramenta valiosa na análise técnica, não se limita ao histograma. As duas linhas que o compõem, conhecidas como linha MACD e linha de sinal, oferecem informações cruciais sobre a movimentação da estrutura de preços e o comportamento dos investidores.

A análise das direções dessas linhas e seus cruzamentos revelam dados importantes sobre as possíveis trajetórias do mercado. Na análise do gráfico semanal, a linha MACD, representada em azul, está em declínio, acompanhando a tendência do histograma e sugerindo uma possível continuação na retração do preço.

Por outro lado, a linha de sinal, em laranja, levemente ainda aponta para cima, indicando uma divergência com a linha MACD e o histograma. Essa divergência pode promover o cruzamento das duas linhas revelando um cenário a favor dos vendedores.

A combinação desses elementos leva os investidores a interpretar que o cenário de lateralidade proposto pela estrutura semanal desde a semana de 04 de dezembro, sugere um enfraquecimento dos compradores após a busca por liquidez no topo da estrutura.

Como resultado dessas informações temos uma busca por liquidez abaixo das mínimas da estrutura, conforme discutido anteriormente em relação à oferta e demanda e às linhas de equilíbrio do Ichimoku.

Além do MACD, a análise também se estende ao indicador Estocástico Lento, outra ferramenta valiosa que auxilia os investidores na compreensão dos níveis de sobrecompra e sobrevenda.

No intervalo semanal do Bitcoin, observamos as linhas do Estocástico Lento saindo de uma região de sobrecompra, deslocando-se em direção aos níveis de 50% do indicador, onde encontramos um primeiro nível de suporte.

Caso o movimento de queda se intensifique e haja uma ruptura desses níveis de 50%, os investidores podem aguardar até que as linhas do Estocástico Lento se posicionem abaixo dos níveis de 20, indicando possíveis regiões de sobrevenda. A partir desse ponto, os investidores que atuam na ponta da compra iniciarão a busca por gatilhos no movimento de preço, confirmando uma possível retomada da tendência.

Ao analisar as informações do MACD e do Estocástico Lento de maneira conjunta, surge uma confluência de dados indicando a possibilidade de que a correção de preços do Bitcoin possa se estender por mais algum tempo.

No entanto, é crucial ressaltar que todas as informações fornecidas por esses indicadores derivam do movimento de preço e da relação entre oferta e demanda. Assim, a entrada de uma demanda significativa pode alterar esse cenário de possível movimento de queda.

Em vista disso, é de extrema importância que os investidores acompanhem de perto a dinâmica dos preços e utilizem as informações dos indicadores técnicos como uma base para entender as possibilidades, sempre considerando a natureza volátil e imprevisível do mercado de criptomoedas.

A análise técnica, quando utilizada com discernimento, pode ser uma ferramenta poderosa, mas a vigilância constante e a capacidade de adaptação são cruciais para o sucesso no ambiente altamente dinâmico das criptomoedas.

 

 

Para onde vão os lucros?

Após uma análise minuciosa da movimentação de preços no gráfico semanal do Bitcoin, surge a identificação de uma possível correção no horizonte. É relevante ressaltar que, embora essa correção tenha sido identificada no gráfico semanal, há indícios de que possa se tratar de um movimento de curto prazo.

Enquanto os investidores de curto prazo ajustam suas estratégias diante dessa possível correção, os investidores de longo prazo mantêm uma visão otimista, focando no crescimento do Bitcoin em um período mais estendido.

A perspectiva de crescimento a longo prazo é alimentada, em grande parte, pela iminência do halving neste ano. Historicamente, esse evento impulsiona uma valorização significativa do Bitcoin, afetando positivamente todo o mercado de criptoativos.

Para embasar essa visão de longo prazo, voltamo-nos para o indicador The Puell Multiple, que oferece uma análise detalhada do lado da oferta da economia de Bitcoin, considerando os mineradores e suas receitas.

Ao longo dos anos, compreendemos que o Bitcoin atravessa ciclos marcados, especialmente, pelo evento do Halving. A métrica fornecida pelo The Puell Multiple explora esses ciclos a partir da perspectiva das receitas dos mineradores, que, em determinados momentos, precisam cobrir seus custos de mineração, influenciando diretamente a movimentação de preço. Essas vendas de Bitcoin por parte dos mineradores geralmente provocam retrações na cotação.

A imagem gráfica do indicador revela dois níveis principais demarcados: uma faixa vermelha na parte superior e uma faixa verde na parte inferior. Investidores de longo prazo que monitoram esse indicador buscam adquirir novas moedas quando a linha laranja está dentro da faixa verde, realizando lucros quando atinge a faixa vermelha.

No entanto, entre essas faixas, há regiões identificadas como pontos de retração, gerando oportunidades para investidores que possam ter perdido o ponto inicial.

A retração, historicamente observada entre as faixas, tem coincidido com os momentos que antecedem o halving. Ao analisar o The Puell Multiple no cenário atual, percebemos que a linha laranja está na região central entre as faixas, indicando uma lateralidade.

Comparando esse momento com períodos anteriores de halving, identificamos pausas e retrações antes de novos impulsos de alta.

Nos halvings de 2012 e 2016, houve pausas e retrações antes das retomadas de alta. Em 2019, antes do halving de 2020, uma breve pausa semelhante ao movimento de 2012 precedeu uma correção e a subsequente retomada de alta que culminou na máxima histórica do Bitcoin.

No período atual, estamos no pré-halving deste ano. A pausa na movimentação da linha laranja do The Puell Multiple indica lateralidade, assemelhando-se ao período que antecedeu o halving de 2016, sugerindo a possibilidade de uma correção antes de uma retomada de alta.

De acordo com as informações deste indicador, essa pausa está resultando em uma retração abaixo dos 40 mil dólares e pode ser uma oportunidade para investidores identificarem os gatilhos no preço, visando uma possível alta pós-halving.

A análise do The Puell Multiple sugere que essa retração pode ser uma busca por liquidez nas mínimas antes de uma retomada da tendência de alta.

Assim, torna-se evidente a importância de avaliar o mercado com informações que vão além do gráfico de preços. O mercado de criptomoedas oferece a transparência dos dados de rede, permitindo uma análise mais abrangente para corroborar com as informações derivadas do movimento de preço.

Neste cenário complexo, os investidores são desafiados a integrar diversas fontes de dados para tomadas de decisões mais informadas e alinhadas com as nuances do mercado de criptoativos.

 

 

Conclusão

Em um panorama dinâmico, a análise do Bitcoin, revela-se fundamental para os investidores enfrentarem os desafios e aproveitar possíveis oportunidades no mercado de criptomoedas.

Ao longo desta análise, foram examinados diversos aspectos, desde a movimentação de preços no gráfico semanal até indicadores técnicos e fundamentais, proporcionando uma visão holística do cenário atual.

Inicialmente, o retorno do preço do Bitcoin para dentro do canal de alta nas últimas semanas e a formação de um doji sinalizando indefinição indicaram a necessidade de uma análise mais aprofundada.

A concentração das negociações na parte superior do canal sugeriu a possibilidade de uma busca pela linha base do Ichimoku na região de US$ 37 mil, coincidindo com a linha de 50% do canal de alta. O desequilíbrio favorável aos compradores e a realização de lucros podem ser interpretados como uma correção na tendência de alta.

A análise técnica do gráfico semanal destaca a planicidade das linhas Senkou Span B e linha base do Ichimoku, indicando um enfraquecimento na tendência de alta. A linha Chikou Span sugere a possibilidade de um movimento corretivo adicional antes de um novo ciclo. Os indicadores técnicos, como o MACD e o Estocástico Lento, complementam a análise, indicando uma possível extensão do movimento corretivo.

A interseção entre análise técnica e fundamentalista se mostra vital, sendo necessário considerar fatores macroeconômicos, regulatórios e eventos geopolíticos. O recente lançamento do ETF de Bitcoin nos Estados Unidos, apesar de não ter gerado reflexos imediatos nos preços, destaca a importância da aceitação institucional das criptomoedas. A realização de lucros em torno da euforia do mercado após o lançamento do ETF evidencia a influência dos eventos macroeconômicos na dinâmica dos preços.

A análise do indicador The Puell Multiple ofereceu uma perspectiva a longo prazo, considerando os ciclos relacionados ao halving do Bitcoin. A pausa e retração antes de impulsos de alta observadas nos períodos de halving anteriores sugerem que a atual lateralidade no indicador pode preceder uma correção antes de uma retomada de alta.

A retração abaixo dos 40 mil dólares pode representar uma busca por liquidez antes do halving, conforme indicado pelo The Puell Multiple.

Em síntese, o cenário atual do Bitcoin apresenta desafios e oportunidades. A análise técnica, aliada à compreensão dos eventos macroeconômicos e aos insights fornecidos por indicadores específicos, permite aos investidores ajustarem suas estratégias em um ambiente altamente dinâmico.

A transparência dos dados de rede no mercado de criptomoedas reforça a importância de considerar diversas fontes de informações para decisões mais informadas. Assim, a vigilância constante e a capacidade de adaptação permanecem como elementos-chave para o sucesso nesse universo em constante evolução.

 

Agradecimento

 

Caros investidores,

Para finalizar, gostaria de agradecer a todos que dedicaram tempo e atenção à leitura do presente relatório.

 A compreensão e análise das nuances do mercado de criptomoedas, especialmente do Bitcoin, demandam um comprometimento significativo, e é gratificante contar com uma audiência tão dedicada.

Acredito que a busca por conhecimento e a compreensão aprofundada das complexidades desse universo são fundamentais para os investidores, e sua disposição em explorar as análises aqui apresentadas reflete esse compromisso.

O cenário dinâmico das criptomoedas exige uma abordagem ampla e a consideração de diversas variáveis, e espero que o relatório tenha contribuído para aprimorar a compreensão de todos sobre o atual momento do Bitcoin.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Enfim, a correção do Bitcoin acontece

Enfim, a correção do Bitcoin acontece

O mercado de criptomoedas vive um momento “chatinho”. É quase que uma punição para quem esperou tanto tempo para comprar Bitcoin (BTC). Porém, a paciência costuma ser recompensada aos investidores mais calmos e analíticos. A subida rápida aos US$ 49 mil e a euforia em torno de um mercado sobrecomprado exigia que a moeda digital visse seu preço cair um pouco. Esse comportamento é visto desde os mineradores aos especuladores. Agora, o mercado sinaliza que boa parte deste processo já acabou, mas isso não é motivo para descuidos.

 

Mineradores de Bitcoin minerando lucros

Só agora o movimento de realização de lucros do mercado de criptomoedas está começando a dar uma esfriada. A semana foi bastante intensa, com os investidores vendendo suas posições para embolsar os ganhos. E boa parte da pressão veio dos mineradores, que colocaram no mercado mais de 10,3 mil unidades da criptomoeda em apenas um dia. A ação levou esses big players a acumularem “apenas” 1,83 milhão de BTCs em suas reservas, o menor nível desde julho de 2021.

 

 

Vocês gostam de especular, hein!?

O mercado de derivativos também ajudou bastante a puxar o Bitcoin e todo o mercado de criptomoedas para baixo nos últimos dias. As liquidações na casa dos US$ 240 milhões em contratos futuros foram comuns recentemente. Isso gerou a famosa venda de pânico, com 88 mil BTCs sendo vendidos abaixo do preço de compra.

 

Um sobe, o outro desce

A correlação inversa entre o desempenho do Bitcoin e do índice dólar (DXY) ataca novamente. Coincidentemente – ou não – a última semana de queda da criptomoeda de referência acompanhou uma recuperação importante para a moeda norte-americana. Isso acarretou ainda no aumento dos rendimentos dos títulos do tesouro dos Estados Unidos, fazendo com que os investidores tirassem parte de suas posições do mercado de risco e a colocassem nos papéis federais.

 

Tudo dentro do esperado… Por enquanto

A análise do gráfico do Bitcoin no tempo diário mostra que os compradores estão tentando estancar parte das perdas e uma possível continuação da queda. Na imagem, é possível ver como o fundo do canal lateral está gerando pavios de preços, apesar da recente quebra para baixo. Caso isso se consolide, a queda deve se estender por mais tempo.

Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h46min.

 

O MACD traduz bem essa disputa entre compradores e vendedores, com suas médias móveis se aproximando e se distanciando constantemente. O Índice de Força Relativa (RSI) segue em baixa, mirando os 40 pontos, com o mercado ainda mais sob controle dos bears.

Já a banda de Bollinger começa a abrir lentamente, sugerindo que o mercado pode ver uma ampliação da volatilidade. Então, caso o suporte de US$ 40 mil seja perdido, os US$ 38 mil devem ser a próxima parada. Senão, será necessário aguardar um reteste do topo do canal lateral.

 

Se acalmando aos poucos

Quando aumentamos o prazo no gráfico semanal do Bitcoin, vemos a formação de um canal lateral, indicando que o mercado está ainda no processo de realização de lucros e reacomodação de seus suportes. Ainda mais considerando que, por muito tempo, o mercado estava em um nível de forte sobrecompra. Como apontado no último Satoshi Call, inclusive, a perspectiva histórica mostrava que a correção era iminente.

Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h50min.

 

Fato é que o canal de negociação é até que semelhante ao observado no gráfico diário, com a faixa entre US$ 44 mil e US$ 40 mil como volatilidade padrão. As linhas do MACD estão se direcionando para cruzar para baixo, sinalizando a força da recente realização de lucros. Já o RSI desceu para os 63 pontos, o que é bom, mas poderia ser melhor se caísse um pouco mais. 

Neste prazo maior, as perspectivas seguem parecidas. Se subir, podemos ver o Bitcoin rompendo os US$ 50 mil. Caso o movimento seja contrário, os suportes estão em US$ 36 mil e US$ 31 mil.

 

 

Riscos cada vez menores

Na balança entre queda da inflação e possível recessão econômica, parece que os Estados Unidos estão conseguindo manobrar bem a nave. Os recentes dados de vendas no varejo mostram bem isso. A atividade subiu 0,6% no mês passado. Na mesma pegada, a produção industrial avançou 0,1%. Porém, nem tudo são flores, né? O quarto trimestre terminou no negativo, sugerindo que ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo setor. Fato é que esse desempenho vem reduzindo os receios da famosa estagflação – quando a inflação sobe, e o crescimento econômico perde força.

Já quem estava esperando que o Federal Reserve iria cortar os juros em breve, pode ter um sustinho no meio do caminho. Representantes do Banco Central dos Estados Unidos falaram na última semana e ninguém quis bancar essa primeira “fatiada” na bola. Alguns deles não descartam a possibilidade de manter os juros assim por mais tempo para controlar os preços internos.

 

Decolagem suave

Apesar dos conflitos geopolíticos com Taiwan – e possível envolvimento dos Estados Unidos –, a atividade econômica da China parece caminhar sem grandes problemas, após alguns meses de instabilidade. O país divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de 2023 cresceu 5,2%, acima da meta de 5%. 

O dado é “confirmado” pela produção industrial, que avançou 6,8% em dezembro, para além dos 6,5% esperados. Quem deixou um pouco a desejar foram as vendas no varejo, que subiram 7,4%, pouco abaixo da expectativa de 7,7%.

 

 

Uma hora vai, só não se sabe quando

A Zona do Euro segue ainda “catando cavaco”. A produção industrial do país recuou 0,3% em novembro, e 6,8% na base anual. Já a inflação de curto prazo mostrou uma aceleração, mas a perspectiva de ano a ano continua apontando para uma situação ainda bem controlada. 

Nessa busca por equilíbrio entre economia e aumento de preços, a maior preocupação do Banco Central Europeu (BCE) parece ser exatamente o segundo ponto. Na ata da última reunião, as autoridades monetárias disseram que os preços estão caindo na região de forma “encorajadora e disseminada”. Por isso, a política deve ser mantida por mais um tempo para que a meta seja alcançada, deixando no ar que novos aumentos de juros estão fora do escopo de trabalho neste momento.

 

Conclusão

Embora frustrante para muitos investidores – principalmente os iniciantes –, a correção de preços é algo natural e importante para qualquer ativo. Afinal, é neste movimento de sobe e desce que o Bitcoin e qualquer outra aplicação constrói pontos de suporte importantes e permitem entradas cada vez mais assertivas.

O Bitcoin, enfim, encontrou sua correção de preços. O mercado de criptomoedas até sugere que parte dela já foi concluída. Mas, como sempre, há espaço para mais quedas, ainda mais olhando para prazos mais extensos. Porém, podemos estar vendo também um período de consolidação, igualmente importante, após uma alta expressiva como a observada nos últimos tempos.

 

Layer-2: O que é e como ela está inovando o mercado de criptomoedas

Layer-2: O que é e como ela está inovando o mercado de criptomoedas

As soluções de layer-2 estão cada vez mais populares no mercado de criptomoedas. Para alguns, este tipo de protocolo é uma ótima opção para se buscar novos investimentos. Enquanto isso, outros olham como uma possibilidade de resolver alguns desafios enfrentados pela blockchain.

Neste blog, você vai ver o que é uma layer-2, quais são os tipos de protocolos e como eles impactam todo o ecossistema do mercado de criptomoedas.

O que são soluções layer-2?

A layer-2 – também chamadas de segunda camada – são soluções projetadas para permitir que blockchains consigam escalar e tornar suas funcionalidades mais eficientes, sem que isso comprometa a segurança de toda a rede e de seus usuários.

Essa tecnologia é importante, pois, hoje, os desenvolvedores precisam de plataformas cada vez mais rápidas e baratas para testar e colocar em funcionamento suas aplicações em blockchain. Algo que, hoje, está bastante complexo no Ethereum, que segue com taxas relativamente cadenciadas e taxas de transações elevadas.

Assim, as layers-2 vão fazer com que essas operações ocorram em redes paralelas, o que desafoga a “pista principal” e traz mais fluidez a todo o ecossistema, a partir de pistas laterais. Mais ou menos com o que vemos nas marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo – mas de forma mais eficiente!

Tipos de protocolos de layer-2

A esperança é grande que muitos desafios da tecnologia blockchain sejam solucionados em breve. E parte dessas resoluções passam diretamente pelos protocolos de segundo camada. Além de eficientes, ainda existem dois tipos de layer-2, capazes de integrar diferentes redes. São eles:

Rollups
Sidechains

Apesar de terem o mesmo objetivo, o funcionamento técnico de cada é diferente, como você vai ser logo a seguir.

Como funcionam as rollups

Esta tecnologia permite que os usuários executem transações fora da rede principal para que, depois, as informações sejam inseridas dentro da cadeia principal. Dentro deste modelo, ainda existem duas subcategorias principais:

Zero-Knowledge rollups (ZK-Rollups): O modelo é bastante seguro e eficiente, pois não exige todos os detalhes das informações para conseguir validar uma transação. Por isso,seu nome “zero-knowledge” (zero-conhecimento, em tradução livre). Para isso acontecer, são usadas provas matemáticas complexas, conhecidas como “zero-knowledge proofs”, que validam as transações fora da cadeia principal. Com isso, é possível agregar várias transações em um único lote e criar uma prova de validação. Então, este “documento” e os dados das transações são postados na blockchain principal. 

Optimistic rollups: Aqui, o protocolo assume que todas as transações são verdadeiras por padrão, a menos que se prove o contrário. Esta solução de layer-2 tem maior compatibilidade com contratos inteligentes existentes e são mais fáceis de implementar do que os ZK-Rollups. Porém, o período de contestação pode ser longo, permitindo que as transações possam ser desafiadas por suspeita de fraude. Se por um lado isso aumenta a segurança, pelo outro, pode atrasar a validação das operações.

Sidechains: operações independentes

Outra importante solução de layer-2 são as sidechains. Esta tecnologia opera de forma separada e autônoma às blockchains, tendo suas próprias regras, níveis de segurança e até provas de consenso. Mesmo assim, elas são capazes de se conectar à rede principal, como o Ethereum.

Essa flexibilidade dá a oportunidade para que os desenvolvedores criem, testem e implementem novas funcionalidades em seus aplicativos, sem que isso sobrecarregue a rede principal e acarrete em custos altos de operação.

Rollups X Sidechains

É comum olhar para estas soluções muito parecidas de segunda camada e se perguntar qual é a melhor. Fato mesmo é que essa definição pode não ser muito bem assertiva, principalmente a depender para qual finalidade o protocolo se propõe.

O que a perspectiva técnica nos mostra, é que os Rollups tendem a ser mais seguros e interoperáveis, já que eles estão em contato direto com a blockchain principal. Assim, quando falamos em escalabilidade, este modelo de layer-2 leva vantagem.

As sidechains podem apresentar um risco maior relacionado à segurança e até alguns problemas na hora de integrar algumas funcionalidades. Porém, sua autonomia torna o desenvolvimento e testes de aplicações muito mais simples, fazendo que ela seja uma opção interessante para quem está querendo promover ou atualizar um projeto com menos custos.

Bitcoin também tem sua layer-2

O Bitcoin é, hoje, uma das redes mais seguras do mundo. Afinal, o alto volume de mineradores torna suas operações não só descentralizadas, mas também dificulta muito que um invasor tente alterar algum dado dentro da rede. Este, porém, é um dos grandes desafios da rede, que vê um volume de transações por segundo muito baixo, o que pode causar congestionamentos e taxas muito altas, assim como o Ethereum.

No caso do Bitcoin, já existe uma solução layer-2 em operação, que é a Lightning Network. Ela funciona a partir de canais de pagamentos, que analisam as transações de forma externa, tornando a blockchain muito mais rápida. O passo técnico é, inclusive, bem simples:

Abertura de canal: Dois usuários que vão realizar múltiplas transações entre si podem estabelecer um canal de pagamento. Para isso, eles bloqueiam uma certa quantidade de Bitcoin em um endereço da blockchain que só pode ser acessado por essas duas pessoas.

Fora da rede: Com o canal aberto, os usuários podem realizar quantas transações quiserem entre si. Elas acontecem de forma instantânea, sem que toda a rede do Bitcoin precise validar o processo, pois estão justamente fora da cadeia principal.

Fechamento do canal: Quando os usuários decidem fechar o canal, o estado final do saldo é registrado na blockchain principal. Nisso, apenas duas transações são registradas na rede do Bitcoin – uma que abre e outra que fecha o canal – independentemente do número de transações realizadas entre os usuários.

As soluções de layer-2 trilham um caminho

Para muito além de projetos layer-2 que se tornaram investimentos para muitos, como a Arbitrum (ARB) e Optimism (OPT), as soluções que esta tecnologia oferece impactam todo o mercado de criptomoedas.

Afinal, a busca por escalabilidade, sem afetar a segurança das redes sociais, permite que novos projetos e tecnologias sejam desenvolvidas que, naturalmente, vão trazer novidades e avanços importantes ao ecossistema das blockchains.

A partir daí, podemos ver mais aplicativos sendo desenvolvidos, assim como meios de pagamentos ainda mais eficientes e taxas cada vez menores para os usuários da plataforma.

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 2

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 2

Bem-vindos a segunda edição do ano do: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.

Agora vamos ao que realmente importa: caçar projetos com potencial gigantesco de valorização para o próximo ciclo.

Hoje vou te mostrar 3 setores – para quem não viu a parte 1, fica aqui o link –  do mercado que vão pegar fogo em 2024 e se você estiver bem posicionado nele, com certeza vai surfar uma bela onda. Ficou curioso?

Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

💰 A narrativa mais bem consolidada

Na primeira parte dessa análise, expliquei as narrativas DePIN, GambleFi e Desci, além de apontar alguns tokens que eu estou olhando dentro de cada uma.

Mas se você está chegando de paraquedas nessa análise, vou te introduzir brevemente sobre narrativas.

Como expliquei no primeiro artigo, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.

Dentre todas as narrativas do mercado, uma se sobressai: DEXs

Depois do que aconteceu com a FTX, essa narrativa ganhou mais força e com base nos dados, a narrativa das exchanges descentralizadas (DEXs) – uma subcategoria do DeFi – mantém uma presença significativa tanto em volume quanto em número de transações.

Vamos dar uma olhada nos dados?

O gráfico da esquerda destaca a porcentagem do volume de negociação atribuído a diferentes tendências. 

Perceba que a categoria DEX e DeFI Blueship mantêm uma fatia consistente do mercado ao longo de 2023, indicando sua resiliência e importância contínua para os investidores. 

Por exemplo, em janeiro de 2024, as DEXs representavam aproximadamente 7,1% e DeFI 10,2%  do volume total de negociações, superando outras categorias como LSD L2 e LSD, que são variantes de soluções de escalabilidade.

No gráfico da direita, a porcentagem de transações destaca a atividade do usuário, com as DEXs demonstrando um fluxo constante de transações. 

Em janeiro de 2024, a porcentagem de transações dentro da narrativa DEX era de 18,9%, DeFI 6,4% e Perp 8,6%, significando um alto nível de engajamento dos usuários em comparação com outras categorias como RWA e LSD.

Outro ponto dessa narrativa é que os produtos já estão rodando no mercado, são bons geradores de receita e tem um modelo de negócio que para de pé. 

Resumindo, tem tudo para brilhar nos próximos meses. Agora, vamos dar uma olhada em 3 setores dentro de DEXs que eu, Isac, estou olhando muito.

 

1# Os protocolos DEXs

O primeiro são as próprias exchanges descentralizadas (DEXs), que representam um avanço significativo na autonomia e acessibilidade das finanças. 

Dentre elas, plataformas como CRV (Curve Finance), GRAIL, JOE (Trader Joe), SUSHI (SushiSwap) e UNI (Uniswap) estão se destacando por produtos, desenvolvimento e usuários.

A CRV (Curve Finance) é notável por sua especialização em trocas de stablecoins, proporcionando liquidez profunda e baixo slippage. GRAIL vem ganhando atenção pela sua abordagem inovadora, enquanto JOE (Trader Joe) combina funcionalidades de DEX com outras ofertas soluções DeFi em Avalanche. A SUSHI (SushiSwap), inicialmente um fork de Uniswap, evoluiu com características únicas, como a plataforma de staking SUSHI. UNI (Uniswap), talvez a mais conhecida, permanece líder em volume e usuários, simbolizando a força do setor.

 

2# DEX Aggregators: Maximizando Eficiência e Liquidez

Quando um usuário deseja trocar uma criptomoeda por outra, ele pode não encontrar o melhor preço possível em uma única DEX devido a variações na liquidez entre diferentes plataformas. Os agregadores de DEX resolvem esse problema ao conectar várias DEXs. 

Eles rastreiam diferentes exchanges descentralizadas em tempo real para encontrar a melhor taxa de câmbio disponível para uma transação. Ao fazer isso, eles permitem que o usuário execute uma negociação ao melhor preço possível sem a necessidade de visitar várias plataformas manualmente.

Os agregadores de DEX, como 1INCH, COW (CowSwap), LON (Tokenlon) e PSP (ParaSwap), desempenham um papel crucial na otimização de negociações.

1INCH se destaca por seu algoritmo inteligente que minimiza o slippage. COW (CowSwap), embora mais recente, inova com uma solução que busca prevenir falhas front-running nas transações. LON (Tokenlon) e PSP (ParaSwap) oferecem interfaces intuitivas e integrações com várias DEXs, destacando-se pela facilidade de uso e eficiência.

 

3# Perpetual DEXs 

Vamos a terceira e última subcategoria, os perpétuos. Os contratos perpétuos são instrumentos financeiros que permitem a negociação do valor futuro de um ativo, mas, ao contrário dos contratos futuros tradicionais, eles não têm data de vencimento. Isso significa que a posição pode ser mantida indefinidamente, desde que o trader possa cumprir com as margens da operação.

As DEXs de negociação perpétua, como DYDX, GMX, GNS (Gnosis), VELA (Perpetual Protocol) e MCB (MCDEX), estão remodelando o mercado de derivativos.

DYDX lidera com uma plataforma robusta que oferece alavancagem e liquidez. GMX atrai usuários com sua interface simplificada e taxas competitivas. GNS (Gnosis) inova com soluções de liquidez e mecanismos de negociação avançados. VELA (Perpetual Protocol) oferece uma experiência de negociação perpétua única com seu próprio mecanismo virtual AMM. Por fim, MCB (MCDEX) se destaca com sua abordagem híbrida, combinando características de DEXs e tradicionais mercados de derivativos.

 

Conclusão

Ficar dentro da narrativa DEX é crucial por várias razões. 

Primeiro, as DEXs são fundamentais para a infraestrutura do DeFi, proporcionando liquidez e permitindo a troca de ativos sem a necessidade de intermediários. 

Segundo, o volume e as transações consistentes nas DEXs indicam uma confiança contínua dos usuários na descentralização, ao mesmo tempo em que destacam a demanda por serviços que as DEXs oferecem exclusivamente.

Terceiro, as DEX vieram para ficar e o número de usuários é a prova disso. Não fique de fora dessa revolução.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!