PancakeSwap (CAKE) é uma das plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) mais conhecidas do mundo. Muito além de se comportar como uma exchange de criptomoedas, o ambiente oferece diversos produtos financeiros, como staking, farming, NFTs e até loterias, sem a necessidade de um agente centralizador.
Geralmente considerada uma opção para diversificação de portfólio, acompanhe o artigo com a gente e saiba o que é a PancakeSwap, como ela funciona, a utilidade do token CAKE e se, de fato, você deve ficar de olho nesta criptomoeda.
O que é PancakeSwap?
Lançada em setembro de 2020, PancakeSwap é uma plataforma de finanças descentralizadas, que conecta a oferta de diversos serviços financeiros entre os usuários e negociação de criptomoedas, sem que exista a necessidade de um agente centralizador para validar os contratos.
Diferente de outras plataformas DeFi, que tem sua casa principal a blockchain do Ethereum, a PancakeSwap opera na Binance Smart Chain (BSC), o que costuma dar uma vantagem técnica, como menores taxas e altas velocidades de processamento.
Criação da PancakeSwap
A PancakeSwap foi desenvolvida em meio ao hype e alta demanda por plataformas DeFi mais eficientes e acessíveis. O que começou como um ambiente para se investir em criptomoedas, começou a ganhar uma série de outras funcionalidades e produtos, criando, de fato, um ecossistema financeiro descentralizado.
Com esses novos recursos, a plataforma começou a brigar com outros big players desta indústria, se destacando diante de alguns concorrentes. Hoje, inclusive, o ambiente de negociação é um dos mais famosos e utilizados do mercado cripto.
Como funciona a PancakeSwap?
Embora tenha uma interface bastante amigável aos usuários, a PancakeSwap oferece muitos produtos diferentes, podendo deixar o investidor confuso sobre o que cada um deles representa.
Trocas de tokens: De imediato, a PancakeSwap funciona como uma exchange de criptomoedas, possibilitando a troca entre os usuários, sem que uma entidade centralizadora medie essas operações. Essa perspectiva só é possível graças ao uso de um modelo de formador de mercado automatizado (AMM), que utiliza pools de liquidez para facilitar as trocas.
Farming de criptomoedas: Com o farming, os usuários da plataforma podem depositar pares de tokens para fornecer liquidez aos pools e, assim, movimentar o ecossistema de negociação e os AMM. Como recompensa, os farmers recebem tokens CAKE como se fossem juros pelos seus empréstimos.
Staking de criptomoedas: Com a PancakeSwap, é possível ainda participar do processo de staking, em que o usuário trava uma quantia de tokens CAKE para auxiliar na validação de transações de diversas redes, recebendo mais criptomoedas como pagamento pelo trabalho.
Loteria: Uma novidade presente no protocolo é o serviço de loteria e sorteios descentralizados. Neste caso, a plataforma permite que você compre um ticket com suas criptomoedas e concorra uma quantidade ainda maior de tokens, caso seja sorteado.
NFTs: Com todas essas soluções, claro, que a PancakeSwap também iria se aventurar no mercado de NFTs. Lá, é possível não só armazenar seus tokens não fungíveis, como também você pode receber e negociar essa classe de ativos diretamente na plataforma.
O que é CAKE?
CAKE é o token nativo da PancakeSwap e desempenha um papel central na plataforma, com todos os produtos girando em torno de sua representatividade.
Versátil: O token CAKE pode ser utilizado como start de operação de staking, farming e até loteria, assim como a recompensa por essas ações, geralmente, estão lastreadas nesta criptomoeda.
Governança: Detentores de CAKE têm o direito de utilizar o token como governança. Isso quer dizer que em possíveis mudanças e atualizações da plataforma, os usuários podem ajudar a decidir, seja na aprovação ou rejeição da proposta.
NFTs: A negociação de NFTs também tem como token principal o CAKE, funcionando como uma “moeda local”.
Riscos da PancakeSwap
Como qualquer plataforma de DeFi que você queira realizar operações, a PancakeSwap também apresenta seus próprios riscos.
Volatilidade: O risco mais básico da PancakeSwap é a própria volatilidade do mercado de criptomoedas, apresentando, em alguns casos, oscilações de preços abruptas do token CAKE e outros negociados dentro da plataforma.
Liquidez: Por exigir a formação de um mercado a partir dos pools, existem, sim, alguns riscos de perda de liquidez, caso os pools sejam esvaziados.
Segurança: A PancakeSwap conta com diversas medidas de segurança. Não à toa, não há relatos de nenhum hack significativo na PancakeSwap. Mesmo assim, você deve sempre ficar atento ao comportamento da plataforma para evitar possíveis tentativas de phishing e furtos de ativos.
PancakeSwap: Gráfico e capitalização de mercado
A PancakeSwap é uma das plataformas de DeFi mais conhecidas do mundo. Por isso, seu token CAKE, embora não figure no top 10 criptomoedas com maior capitalização de mercado, está na 93º posição do CoinMarketCap, com um total de US$ 456 milhões.
Já o preço do CAKE teve sua mínima de preços logo em seu lançamento, sendo negociado a US$ 0,34. O all-time high veio em abril de 2021, junto com o último bull market. Na época, o token bateu os US$ 42,68. Com o inverno cripto, a moeda recuou, se aproximando de suas mínimas históricas.
Assim como qualquer criptomoeda, você deve fazer um estudo próprio e pesquisar bastante antes de investir em PancakeSwap. É importante notar, porém, que o ambiente é uma das plataformas de DeFi mais conhecidas no mundo e se mostra bastante segura.
O marketcap significativo mostra que há interesse por parte dos investidores, com seu token abrindo outras possibilidades de uso, além de rentabilidade. Mas, claro, todo mercado oferece seu risco, e a volatilidade deve ser acompanhada de perto e colocada no seu gerenciamento de risco.
Negocie CAKE na Foxbit!
Considerando sua relevância para o mercado de criptomoedas, o token CAKE costuma estar na lista dos especialistas. Pensando na diversificação de portfólio, este ativo fornece uma variedade interessante e pode, sim, ser considerado em uma composição de carteira.
CAKE está disponível para negociação na Foxbit Exchange para a compra em reais (BRL) e também na Foxbit Pro, para a negociação em stablecoins. Basta escolher a metodologia que mais se adapte ao seu modelo de operação.
Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua bússola no vasto oceano azul das criptomoedas.
Hoje, nós vamos falar de um tema que tem capturado nossa atenção no mercado crypto: o investimento de capital de risco – famoso VC.
À medida que a era digital se desdobra diante de nossos olhos, duas frentes têm se destacado notavelmente: o capital de risco (VC) e as criptomoedas. Mas, o que acontece quando traçamos paralelos entre essas duas dinâmicas?
Vamos desvendar e entender como os VCs investem em estágios cruciais, como Anjo, Seed e Pré-Seed, e lançar luz sobre as lições que os investidores de criptomoedas podem extrair dessas estratégias.
Afinal, quando investimos em criptomoedas e tokens, estamos investindo em startups em seus estágios iniciais.
Respire fundo, abra sua mente e vamos juntos nesta imersão! 🌐💼🚀
🤔 Vamos começar do começo
Se você não entendeu nada, vou traçar um raciocínio. No mundo das startups, o investimento de capital de risco (VC) é um elemento fundamental. Startups inovadoras, frequentemente recorrem ao capital de risco para financiar suas operações, crescer e atingir a maturidade.
Tradicionalmente, investir em startups promissoras nas fases Anjo, Seed ou Pré-Seed tem sido um privilégio reservado para um círculo seleto: os investidores qualificados.
Estes são indivíduos ou entidades que possuem a experiência, conhecimento e, muitas vezes, o capital substancial necessário para mergulhar nas águas, às vezes turbulentas, das startups em estágio inicial.
Essa exclusividade muitas vezes deixa de fora pequenos investidores, que são igualmente apaixonados por inovação e desejam contribuir para o nascimento de novas soluções tecnológicas.
Então, entra o revolucionário mundo das criptomoedas.
✏️ Tokenização já começou e faz tempo!
Com o surgimento da Oferta Inicial de Moedas (ICO), e seus sucessores, como a Oferta Inicial de Exchange (IEO) e a Oferta Inicial Descentralizada (IDO), as barreiras tradicionais começaram a ser desafiadas.
Estes mecanismos inovadores de financiamento introduziram uma abordagem democratizada ao investimento, permitindo que uma gama mais ampla de investidores participasse do nascimento e crescimento de projetos inovadores.
Por meio da tokenização, empresas e projetos podem levantar capital vendendo tokens ou moedas, muitas vezes representando uma participação ou direito no projeto, para um público global.
Esta disrupção não apenas ampliou o acesso ao financiamento para startups em estágio inicial, mas também abriu as portas para que entusiastas, pequenos investidores e a comunidade em geral tivessem um papel ativo no suporte e direcionamento de inovações futuras.
Em essência, o mundo das criptomoedas está redefinindo o que significa ser um “investidor” e como o capital é levantado e distribuído na era digital. A democratização do investimento, trazida pela revolução das criptomoedas, é, sem dúvida, uma faca de dois gumes.
Por um lado, oferece oportunidades sem precedentes para investidores que anteriormente eram excluídos do círculo interno do capital de risco. Por outro, levanta uma questão pertinente: como o investidor médio, sem a experiência de investir em startups, pode navegar com segurança neste terreno notoriamente volátil e complexo?
💡 Vamos aprender com quem já fez
Para entender como os VCs operam, primeiro é importante reconhecer as fases de investimento:
Investimento Anjo: São os primeiros investidores de uma startup. Normalmente, são indivíduos que oferecem capital em troca de participação acionária ou dívida conversível.
Seed (Semente): Esta é a fase inicial, onde a startup já tem um protótipo ou MVP (Produto Mínimo Viável) e precisa de financiamento para desenvolvê-lo mais.
Pré-Seed: Uma fase ainda mais prematura que a Seed. Pode nem haver um produto, apenas uma ideia ou conceito.
Temos outras diversas fases como Series A, B, C, IPO, mas não cabe nesse momento. Vamos focar nesses 3 estágios iniciais.
Após conversas aprofundadas com diversos VCs e investidores especializados em fases iniciais, entendi suas estratégias centrais que guiam suas decisões de investimento.
E, ao que parece, o sucesso no mundo do capital de risco não é fruto do acaso, mas sim de uma combinação meticulosa de princípios e táticas. Aqui estão as principais estratégias que eles enfatizaram:
Diversificação: Como o antigo ditado diz, “não coloque todos os seus ovos em uma única cesta”. A diversificação é essencial para mitigar riscos. Ao espalhar investimentos por várias startups e setores, os investidores podem aumentar a probabilidade de ter pelo menos algumas apostas vencedoras que compensam aquelas que não vingam. A regra “1 em 10”: de 10 investimento apenas 1, dará retornos expressivos.
Pesquisa: O investimento em startups não é um jogo de adivinhação. Exige uma análise rigorosa, diligência prévia e uma compreensão profunda do mercado-alvo, da solução proposta e do cenário competitivo. Muitos VCs investem quantidades significativas de tempo e recursos para entender completamente o potencial de uma startup antes de comprometer capital.
Timing: Entrar muito cedo pode ser arriscado, mas entrar tarde demais pode significar perder uma oportunidade dourada. O timing é tudo. Determinar o momento certo para investir – quando uma startup está posicionada para crescer, mas ainda não atingiu seu pico de valorização – é uma arte que os melhores VCs dominam.
Pessoas: No final das contas, as startups são feitas por pessoas. E é a equipe por trás de uma ideia que frequentemente determina seu sucesso ou fracasso. Investidores experientes olham não apenas para o produto ou serviço, mas também para a equipe fundadora, sua visão, paixão, experiência e capacidade de adaptar-se e superar desafios.
Aí fica a pergunta: Você está fazendo isso?
Além disso, os fundos também olham a inovação da tecnologia, o tamanho e a potencial adoção do mercado são considerados, o cenário competitivo e entender o diferencial do projeto entre muitas outras informações.
⚠️ Alguns fundos e suas teses
1. Sequoia Capital
Grandes Investimentos: Apple, Google, Oracle, PayPal, LinkedIn, WhatsApp, Airbnb e muitos outros.
Lógica do Investimento: A Sequoia costuma procurar empresas que estão definindo ou redefinindo uma indústria. Eles têm um foco intenso na equipe fundadora, acreditando que grandes times constroem grandes empresas.
2. Andreessen Horowitz (a16z)
Grandes Investimentos: Facebook, Pinterest, Lyft, Slack, Coinbase, entre outros.
Lógica do Investimento: a16z busca inovação tecnológica e disrupção. Eles também são conhecidos por oferecer serviços de valor agregado aos fundadores, como ajuda com contratações, marketing e estratégia.
3. Accel Partners
Grandes Investimentos: Facebook, Spotify, Dropbox, Flipkart, Slack, entre outros.
Lógica do Investimento: Accel foca em startups que têm o potencial de se tornar marcas líderes. Eles acreditam em um enfoque hands-on, construindo parcerias profundas com fundadores para ajudá-los a crescer.
4. Benchmark
Grandes Investimentos: eBay, Twitter, Uber, Snapchat, WeWork, entre outros.
Lógica do Investimento: Benchmark procura empresas que têm potencial para dominar uma categoria. Eles valorizam a simplicidade e buscam startups que possuem uma proposta de valor clara.
5. Kleiner Perkins
Grandes Investimentos: Amazon, AOL, Compaq, Electronic Arts, Google, Netscape, Sun Microsystems, entre outros.
Lógica do Investimento: Kleiner Perkins procura inovações que vão mudar o mundo. Eles buscam mercados grandes que estão prontos para uma transformação tecnológica.
⚠️ Fundos cryptos para você monitorar
Vale lembrar que muitos fundos de VC estão agora ativamente investindo no mercado crypto e se um projeto passou pela due diligence deles, você deveria olhar.
Vou deixar uma lista para você fazer o trabalho de casa e acompanhar esses players.
Pantera Capital: Focado principalmente em ativos digitais e blockchain, é um dos fundos mais antigos e respeitados neste nicho.
Andreessen Horowitz (a16z): Um dos primeiros a adotar o mercado crypto. Seu fundo crypto se concentra em projetos inovadores em blockchain e criptomoedas.
Polychain Capital: Conhecido por investir em projetos inovadores no espaço de cripto.
Paradigm: Fundado por ex-membros da Coinbase e Sequoia Capital, este fundo foca em criptomoedas e blockchains.
Galaxy Digital: Fundado por Mike Novogratz, este é um banco de comerciantes dedicado a ativos digitais.
Blockchain Capital: Como o nome sugere, eles se concentram em projetos e empresas que operam no espaço blockchain.
Placeholder: Um fundo de capital de risco que investe em redes descentralizadas e protocolos de informação.
Electric Capital: Este fundo se concentra em moedas digitais e empresas em estágio inicial no espaço blockchain.
Dragonfly Capital Partners: Focado em investimentos em ativos digitais em todo o mundo.
CoinFund: Um fundo diversificado que investe em tecnologias de blockchain, moedas digitais e outros projetos relacionados.
Sequoia Capital: Outro fundo líder, investindo em várias startups de alto potencial.
Union Square Ventures: Investe tanto em startups tradicionais quanto em empresas blockchain.
⚠️ Gostou?
Espero que tenham gostado de mais uma news. Nesta edição exploramos a intersecção entre o mundo das criptomoedas e o investimento de capital de risco, destacando as estratégias e práticas que têm moldado o cenário de startups e inovações tecnológicas.
Ao entender como os VCs operam e ao observar as tendências emergentes no mercado de criptomoedas, os investidores estão melhor posicionados para tomar decisões informadas e capitalizar oportunidades.
À medida que o mundo digital continua a evoluir, é essencial permanecer atualizado, adaptar-se às mudanças e aprender com os líderes do setor. A jornada no universo das criptomoedas é repleta de desafios, mas também de oportunidades inigualáveis.
Mantenha-se informado, invista com sabedoria e continue navegando pelas águas dinâmicas do mercado crypto.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights. Até a próxima edição!
Os bulls estão mostrando sua força na reta final de 2023, mantendo o Bitcoin (BTC) acima dos US$ 35 mil e impedindo uma típica correção de preços de períodos de forte alta. Com isso, o mercado pode se deparar com a difícil decisão de ser otimista ou pessimista demais. É nesses momentos que a análise técnica e on-chain ajudam a guiar você para decisões mais embasadas, mitigando os riscos e posicionando suas operações de forma mais assertiva.
A tendência é de alta
Desde novembro de 2022, uma tendência de alta tem se desenvolvido no Bitcoin, criando um canal ascendente de movimentação de preços. Para identificar a formação deste espaço, traçamos uma linha conectando as mínimas da semana de 21 de novembro de 2022 com a mínima da semana de 11 de setembro de 2023. Já a linha superior do canal foi projetada a partir da máxima da semana de 31 de outubro de 2022 e se alinhou de forma precisa com a máxima da semana de 19 de junho de 2023.
Essa ferramenta de canal nos fornece um nível de 50% entre as mínimas e máximas selecionadas. Após a aplicação do canal de alta, observamos que o nível de 50% atuou como suporte e resistência intermediária ao longo da tendência de alta.
Recentemente, o nível de 50% que atuava como resistência foi rompido de forma agressiva, aumentando a probabilidade de que o preço seja projetado para o topo do canal, onde encontramos uma região de preços de aproximadamente US$ 39 mil. Teoricamente, a linha do topo do canal pode funcionar como uma resistência significativa, uma vez que historicamente tem sido respeitada.
De acordo com os princípios da análise técnica, um rompimento da linha superior do canal pode sugerir que o preço está sobrecomprado, levando alguns investidores a realizarem lucros, o que por sua vez poderia resultar em um recuo na movimentação de preços. Isso foi evidenciado anteriormente no histórico deste canal, como visto entre as semanas de 13 de março e 17 de abril deste ano.
Como suporte inicial dentro desta estrutura, podemos considerar a linha de 50% do canal de alta, pois esses níveis de preço foram relevantes em várias ocasiões durante a tendência ascendente.
Lado a lado
Também observamos semelhanças entre a ação do preço atual e a ação do preço no início do canal. Em novembro de 2022, quando a alta começou, foram necessários três movimentos ondulares para que o preço alcançasse os níveis de preço no topo do canal. Um padrão semelhante foi observado no início da atual tendência de alta, que começou na semana de 11 de setembro.
Ao analisar a ação de preços, é fundamental levar em consideração o volume de negociação. Em ambos os períodos comparados, notamos um aumento no volume no início de cada terceira onda, com as velas apresentando movimentos de preços significativamente maiores em comparação com as ondas 1 e 2.
Neste contexto, também podemos observar a possível influência de um ciclo temporal, relacionando os dois períodos analisados. Por exemplo, na onda 1 no início do canal, tivemos um padrão de quatro velas entre a mínima e a máxima do movimento. A onda 2 foi composta por duas velas entre a máxima e a mínima, e a onda 3 durou seis velas antes de uma correção no preço.
No movimento atual, observamos que as ondas 1 e 2 são semelhantes em termos de períodos temporais. Dessa forma, a onda 3 do movimento atual, que atualmente está em sua quinta vela, pode se estender até seis velas, sugerindo uma possível continuação da tendência de alta na próxima semana.
Em busca de equilíbrio
Se o canal está construído, vamos, agora, analisar as informações das linhas de equilíbrio do Ichimoku no gráfico semanal, fornecendo insights sobre a tendência de preços do Bitcoin.
Uma observação inicial do gráfico revela que o preço está atualmente posicionado acima da região da “Nuvem” do Ichimoku, o que sugere um cenário positivo para o Bitcoin. A “Nuvem”, representada na coloração azul claro na imagem, é formada por duas linhas de equilíbrio essenciais.
A primeira delas é a Senkou Span B, que avalia os últimos 52 períodos, a partir da semana atual. A Senkou Span B, projetada para 26 períodos no futuro, continuará apontando para cima se o preço renovar as máximas da estrutura atual. Esse sinal indicaria um domínio total dos compradores sobre o mercado. Caso contrário, se o preço não atingir novas máximas, a Senkou Span B deve permanecer plana, marcando um nível de suporte na região de US$ 25,7 mil.
A segunda linha que compõe a “Nuvem” futura é a Senkou Span A, que avalia o equilíbrio entre 9 e 26 períodos de Tenkan e Kijun. Esta linha também aponta para cima, confirmando a tendência de alta da “Nuvem” futura. Essa indicação sugere que, em um contexto mais amplo, o cenário é favorável para investidores que estão posicionados para a compra a longo prazo.
O movimento ascendente da Senkou Span A é reflexo de toda a alta de preços que começou em março de 2023. A imagem a seguir ilustra esse reflexo. Nesse contexto, os operadores de Ichimoku devem interpretar que qualquer movimento de queda nos preços pode ser considerado uma correção da tendência de alta vista no gráfico semanal.
Para que essa retração seja avaliada como uma possível reversão de tendência, a Senkou Span A deve ser rompida para baixo. No entanto, antes de considerar uma reversão de tendência, será necessário realizar uma análise mais aprofundada da estrutura de preços.
As linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos (Tenkan e Kijun) estão atualmente planas, mas caso o preço renove as máximas da estrutura de preços, essas linhas apontarão para cima. Atualmente, elas estão se movendo em uma mesma região de preços. Enquanto o valor do ativo continuar a estabelecer novas máximas na estrutura local, os pontos de equilíbrio de 9 e 26 períodos continuarão a se renovar para cima, sinalizando que os compradores não apenas renovam máximas, mas também conseguem ajustar seus níveis de suporte para cima, mantendo assim uma gestão saudável.
A linha Chikou Span do Ichimoku, que representa o preço atual deslocado 26 períodos no passado, permanece dentro da “Nuvem.” Nesse cenário, a Chikou Span enfrenta uma resistência da Senkou Span B que precisa ser superada para que o preço atual tenha maior liberdade de movimento ascendente.
Apesar de vários indicadores sinalizarem continuidade na tendência de alta do preço do Bitcoin, a Chikou Span permanece em uma zona que sugere uma correção de curto prazo.
Possível descapitalização
Para uma análise mais aprofundada, vamos examinar o movimento ascendente do Market Cap do Bitcoin e considerar a possibilidade de uma correção em meio à entrada e saída contínua de capital. Embora o cenário permaneça positivo, é natural que ocorram períodos de correção em um mercado volátil como o das criptomoedas.
A linha de 50% do canal de alta, que temos acompanhado em relatórios anteriores, continua sendo um nível significativo de suporte. Esta região coincide com os mesmos níveis de dominância que foram recentemente rompidos para cima.
De acordo com a análise técnica, quando uma região de suporte ou resistência é rompida, é comum esperar um teste dos mesmos níveis para confirmar o sucesso do rompimento. No contexto atual do Market Cap do Bitcoin, o que estamos observando pode ser uma correção destinada a realizar esse teste mencionado.
É fundamental que os investidores estejam vigilantes no caso de um rompimento na direção oposta ao movimento anterior, pois isso poderia resultar no acompanhamento do preço do Bitcoin pelas consequências de uma queda na capitalização de mercado.
No entanto, ainda existem razões para otimismo e confiança entre os investidores. As linhas de equilíbrio do Ichimoku estão atualmente abaixo dos níveis de dominância e podem atuar como suporte relevante. Além disso, a “Nuvem” projetada no futuro no gráfico semanal do Market Cap ainda é positiva, com a Chikou Span acima dos níveis de capitalização. Todos esses fatores sugerem a possibilidade de uma retomada na entrada de capital.
É importante destacar que a redução na dominância do Bitcoin tem impulsionado o mercado de altcoins, proporcionando um cenário de alta em várias delas. Portanto, mesmo com uma pausa no movimento de alta do Bitcoin, o mercado de criptomoedas como um todo continua dinâmico e aquecido.
Limpando arestas
Vamos expandir nossa análise ao examinar o gráfico diário e verificar se o contexto de movimentação de preços está alinhado com o que observamos em períodos mais longos. Realizar uma comparação entre os gráficos diário e semanal nos proporciona uma visão mais abrangente da situação atual.
Enquanto identificamos um domínio de investidores que atuam na compra no gráfico semanal, observamos que, no intervalo diário, o indicador MACD (Moving Average Convergence Divergence) posicionou seu histograma abaixo da linha 0. Essa informação do MACD indica que o preço do Bitcoin no gráfico diário está consolidando e enfrentando dificuldades para superar as máximas da estrutura.
Simultaneamente, o indicador estocástico lento, que mede as oscilações de preço, iniciou um movimento descendente no gráfico diário, saindo de uma região de sobrecompra e se aproximando dos níveis de 50% do indicador. Vale ressaltar que tanto o MACD quanto o estocástico lento no gráfico semanal continuam a apontar para cenários positivos. Portanto, investidores estão monitorando de perto as reações de preço quando a linha do estocástico lento se aproximar dos níveis de 50%. Esse será o primeiro ponto de interesse na ferramenta de análise técnica.
O segundo ponto relevante a ser observado no estocástico será quando a linha do indicador se posicionar abaixo de 20, indicando uma região de sobrevenda. A análise desses dois momentos deve ser feita em conjunto com a ação do preço. Na prática, os investidores estarão procurando por gatilhos de entrada na compra com base nessas análises.
Em resumo, ao examinar os dois intervalos de tempo, notamos uma clara divergência entre o gráfico semanal e o diário. Enquanto o gráfico semanal sugere um cenário de alta contínua, o gráfico diário apresenta sinais de consolidação e possíveis correções. Essa divergência pode ser um ponto de atenção para os investidores, uma vez que a sincronia entre os diferentes prazos pode afetar o deslocamento do preço.
Rede pré-halving
A partir de agora, iremos explorar o indicador MVRV (Market Value to Realized Value) para obter informações sobre os dados de rede do Bitcoin, especificamente em relação ao valor de mercado em comparação ao valor realizado.
Atualmente, o MVRV está operando em torno de 1,69, com uma tendência ascendente. Um ponto de destaque no gráfico MVRV é a possível resistência que poderá ser encontrada nos níveis de 2,16. Ao comparar o período atual com os momentos que antecederam os halvings de 2016 e 2020, encontramos algumas similaridades dignas de destaque neste relatório.
No período anterior ao Halving de 2016, a linha do MVRV subiu até atingir os níveis de 2,16, seguido por uma correção mais acentuada antes de uma retomada de alta que culminou em um pico em 4,21 em 2017.
No período que antecedeu o Halving de 2020, observou-se um movimento semelhante ao de 2016, com uma ascensão que alcançou a resistência em 2,16. Em seguida, ocorreu uma correção mais profunda, em parte devido ao impacto da pandemia. Após essa correção, houve um novo impulso de alta, resultando na máxima de 3,96 em 2021.
Ao trazer esse contexto para o momento atual, observamos que a linha do indicador MVRV ainda não registrou uma correção tão profunda quanto a observada em períodos anteriores. Portanto, é importante que os investidores estejam atentos quando o MVRV se aproximar dos níveis de 2,16.
É claro que, além de monitorar o indicador MVRV, também será fundamental avaliar a ação do preço quando esses níveis de valor de mercado pelo valor realizado forem atingidos. Isso fornecerá informações adicionais.
A análise do MVRV oferece dados sobre a avaliação dos investidores em relação ao valor atual do Bitcoin em relação ao seu valor realizado, e a comparação com períodos anteriores pode ser uma ferramenta útil para identificar possíveis tendências de mercado.
Conclusão
Este relatório abrange uma análise da movimentação de preços do Bitcoin, considerando uma variedade de indicadores técnicos, informações do gráfico, dados on-chain e comparações com períodos anteriores. Nossa intenção é fornecer uma visão detalhada do estado atual do mercado de criptomoedas e suas possíveis direções futuras.
Ao examinarmos o gráfico semanal, observamos uma tendência de alta que se originou em novembro de 2022, com a construção de um canal ascendente. A linha do topo do canal é projetada para atuar como resistência relevante, e os investidores devem estar atentos a um possível rompimento dessa linha, o que poderia indicar uma sobrecompra e uma reversão de preços.
A análise do Ichimoku no gráfico semanal revela que o preço permanece acima da “Nuvem” e que as linhas de equilíbrio apontam para cima, sugerindo um cenário favorável a longo prazo. No entanto, a Chikou Span sugere a possibilidade de uma correção de curto prazo.
No Market Cap, observamos sinais de exaustão na movimentação ascendente, embora o cenário geral ainda seja positivo. A linha de 50% do canal de alta continua atuando como suporte significativo.
No que diz respeito à comparação entre os gráficos semanal e diário, observamos uma divergência. Enquanto o gráfico semanal sugere uma tendência de alta contínua, o gráfico diário mostra sinais de consolidação e possíveis correções. Esta divergência pode influenciar as decisões de investimento e requer monitoramento contínuo.
Além disso, ao analisar o indicador MVRV e compará-lo com períodos anteriores que antecederam os halvings de 2016 e 2020, notamos que o MVRV ainda não passou por uma correção tão profunda quanto observada em períodos anteriores. Investidores devem estar cientes desses níveis de resistência e considerar a ação do preço quando o MVRV se aproximar de 2,16.
Em resumo, o mercado de criptomoedas, com foco no Bitcoin, continua dinâmico e sujeito a movimentações significativas. A análise técnica e os indicadores oferecem orientação valiosa, mas é fundamental lembrar que o mercado é influenciado por uma variedade de fatores e pode mudar rapidamente.
Agradecimento
Gostaria de agradecer a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Espero que as informações e análises fornecidas tenham sido úteis.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no YouTube e em meu perfil no Instagram.
O desenrolar da macroeconomia tem alimentado os investidores famintos pelo risco. Já que os juros norte-americanos podem estar equilibrados, e os títulos do tesouro podem perder parte de sua atratividade no curto prazo, o mercado se volta às ações e criptomoedas para aumentar a emoção. Para o Bitcoin (BTC), o ativo inicia novembro em busca do terceiro mês consecutivo de alta. Mas para os desavisados, nenhum mercado sobe em linha reta e, por isso, entender o fluxo do ativo pode ajudar você a tomar decisões precipitadas.
Chegamos ao fim do túnel?
Nem preciso dizer que a política monetária norte-americana foi e segue sendo o destaque no mercado, não é mesmo? Na última semana, o Federal Reserve confirmou a expectativa dos analistas, que apostavam na manutenção dos juros entre 5,25% e 5,5%. O discurso cauteloso do presidente do FED, Jerome Powell era também mais do que esperado. O mandatário deixou claro que cortar os juros não está nos planos agora.
Esse discurso era meio que esperado. Afinal, Powell não seria louco de sair por aí confirmando suas cartadas. Mas, desta vez, como um bom suspense, ele deixou um mistério no ar. A autoridade monetária comentou que, apesar da falta de discussão sobre um possível corte nas taxas, novos aumentos nos juros podem simplesmente não ocorrer mais. Fica a dúvida aí no ar agora!
Toda essa coragem do presidente do banco central por ter sido uma “previsão” dos dados do payroll – o status do mercado de trabalho do cidadão urbano norte-americano. Segundo o relatório, foram criadas 150 mil novas vagas de emprego, contra quase 300 mil esperadas. Isso pode ser um sinal de que o tão esperado desaquecimento do setor empregatício, enfim, está acontecendo.
Para o mercado de criptomoedas e o Bitcoin, temos notícias bastante importantes, portanto, para os próximos dias. Afinal, com uma queda nos juros, os títulos do tesouro dos Estados Unidos começam a pagar cada vez menos, conforme o dólar deva passar a se consolidar. Este é o cenário que os investidores de maior risco estavam esperando para sair de posições menos especulativas. Desta forma, podemos ver um fluxo maior de entrada de capital para o setor cripto e, consequentemente, um desempenho positivo dos ativos digitais.
Estável, mas daquele jeito
Enquanto a situação econômica é mais definida nos Estados Unidos, a Zona do Euro está longe de trafegar pelas famosas rodovias alemãs. A realidade é que há sinais de estabilidade no que se refere ao sentimento econômico dentro do bloco, indicando até um ligeiro otimismo. A confiança do consumidor também sua lateralidade, suportando a ideia de que este setor ainda está aquecido.
O respiro, porém, pode vir na forma de desaceleração da inflação. Galhau, um dos representantes do Banco Central Europeu (BCE), destacou a subida de 2,9%, em outubro, dos preços ao consumidor (CPI), contra 4,3% no mês anterior. Essa “trégua”, inclusive, coloca o BCE em uma posição semelhante ao Federal Reserve de que, talvez, os juros já estejam em um patamar elevado o suficiente para segurar os índices inflacionários.
Ao contrário dos norte-americanos, que talvez estejam mais interessados pelo risco, os investidores europeus podem se apoiar nas criptomoedas, mas principalmente no Bitcoin, como uma forma de proteger parte de seus patrimônios das oscilações governamentais e os conflitos geopolíticos atuais.
De olho na meta
Pelo Brasil, a discussão da vez é a meta fiscal para 2024. Entre a meta “zero” estipulada pelo governo, algumas divergências tomaram conta das análises, abrindo brechas para um possível “esticadinha” para 0,75% ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa flexibilidade é vista como necessária por alguns, mas tenebrosa para outros.
De certo mesmo é que a SELIC segue seu recuo. O Banco Central brasileiro divulgou, na última semana, o corte dos juros em 0,5%, totalizando, agora, 12,25%. Este patamar mantém o país ainda em um ambiente monetário bastante restritivo, mas algo que parece que não vai durar por tanto tempo assim.
Se isso já anima os investidores a começarem a se mostrar mais para ações de risco, a queda para 7,7% da taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro é um tempero extra para aumentar esse apetite.
Apesar da SELIC ainda ser alta, as criptomoedas têm sido um item de interesse dentro do mercado nacional. Com o cenário em expansão por aqui e uma economia mostrando sinais bons de equilíbrio, o brasileiro pode estar diante de um bom momento para fazer o famoso buy and HODL.
Vem novembro!
Agora, especificamente sobre o mercado de criptomoedas, o Bitcoin cravou seu tradicional “uptober”, acumulando ganhos de quase 29% no último mês. A abertura de novembro, por enquanto, está trazendo poucas novidades. “Apenas” um teste para romper os US$ 36 mil, mas que não está se sustentando por muito tempo. Com essa falta de força momentânea dos compradores, será que o mercado vai ter forças para engatar a terceira alta mensal consecutiva?
Fato é que as baleias de Bitcoin – investidores com alto volume de BTCs – estão mais ativas do que nunca. A quantidade de transações acima de US$ 100 mil atingiu seu pico anual. Isso aconteceu quando o preço da criptomoeda ultrapassou os US$ 35 mil recentemente, mostrando que as baleias podem estar otimistas ou, então, simplesmente organizando suas posições.
Para além da atividade dentro da rede, os dados on-chain ainda apontam que o cenário não poderia ser mais otimista aos HODLErs. No momento, mais de 80% dos detentores de curto e longo prazos de BTC estão registrando lucros. Porém, vale um alerta. Se tem ganhos, tem chances de realização, ou seja, venda. Para onde a pressão vai pender, difícil afirmar com certeza.
Um termômetro secundário importante vem do mercado de derivativos. A volatilidade recente levou a uma série de liquidações de ambos os lados, sejam de posições compradas ou vendidas. Essa maior instabilidade mostra que muitos investidores não só estão operando de forma alavancada, como também estão especulando de forma intensa a criptomoeda. Portanto, é importante ficar ligado a possíveis pavios nos candles do Bitcoin.
Gráfico grita alguns cuidados
No gráfico semanal do Bitcoin, os investidores precisam ficar bastante alertas para possíveis correções. O primeiro ponto é que a banda de Bollinger simplesmente está sendo ignorada, com o preço da criptomoeda acima da linha superior do indicador. Embora não seja algo tão raro assim, ou a banda ou o preço vão precisar se ajustar em algum momento.
Fonte: GoCharting, em 06/11/2023, às 8h42min.
Outro ponto que demonstra uma possível resistência é que os US$ 36 mil marcou o ponto mais baixo do decote do ombro-cabeça-ombro do último all-time high. Como o preço voltou rapidamente, este é um sinal de que os vendedores estavam bem posicionados nesta região.
Entretanto, correções são bem-vindas no atual momento de mercado. Inclusive, um teste dos US$ 31 mil não seria nada mal para dar mais corpo para a tendência de alta recente. Mesmo assim, os US$ 42 mil continuam como meta, caso os bulls consigam manter o controle das ações.
Entre os indicadores adjacentes, o MACD vai para sua terceira semana consecutiva com as linhas cruzadas para cima, sinalizando o domínio dos compradores. Enquanto isso, o índice de força relativa (RSI) encontrou equilíbrio nos 70 pontos, mas ainda em uma região muito próxima de sobrecompra.
Conclusão
Com o cenário macroeconômico cada vez mais desenvolvido, o apetite ao risco volta para o radar dos investidores, que enxergam nas criptomoedas uma boa oportunidade para diversificar o portfólio. O atual momento de alta do Bitcoin, inclusive, é um dos catalisadores para atrair ainda mais os investidores, no chamado período pré-halving.
Entretanto, como mostra o gráfico, nenhum mercado sobe em linha reta. Correções e testes de suportes fazem parte de um mercado saudável. Os derivativos, porém, podem ser responsáveis por alavancar a volatilidade e deixar a vida do investidor mais caótica. Porém, o aquecimento deste setor também é parte integrante da euforia dos momentos de ganhos. Por isso, take it easy nos próximos dias!
O desempenho do Bitcoin (BTC) se destacou nas últimas semanas, colocando o mercado de criptomoedas novamente dentro de um cenário de otimismo, não visto há bons meses. Com o preço acima dos US$ 34 mil, os investidores de maior prazo podem se sentir confortáveis com suas posições em HODL. Entretanto, traders de curto prazo talvez devam ligar seu sinal de alerta, com os dados on-chain e indicadores técnicos mostrando que uma correção de preços pode afetar a criptomoeda nos próximos dias.
Para o alto e… além?
O mês de outubro de 2023 foi marcado por um desempenho significativo do Bitcoin. A criptomoeda iniciou o período de negociações com um valor de US$ 26,9 mil e encerrou com uma valorização expressiva, ultrapassando a marca de US$ 34 mil. Esse salto representou uma variação superior a 25%, proporcionando resultados importantes para os investidores que compraram o ativo no início do mês.
Uma análise da ação do preço no gráfico mensal revelou a existência de uma linha de tendência de alta. Essa linha conecta as mínimas registradas em março de 2020 e novembro de 2022, indicando uma tendência de crescimento de longo prazo.
Observando o spread de cada vela mensal ao longo dos últimos meses, fica evidente que os compradores têm estado ativos desde janeiro deste ano, impulsionando constantemente o preço do Bitcoin para patamares cada vez mais elevados. Em um período de 10 meses, apenas 3 deles tiveram fechamentos mensais negativos, enquanto um mês foi de indecisão e 6 meses registraram fechamentos positivos.
Dentre os meses em que os compradores se destacaram, vale mencionar janeiro, março e outubro. Tanto outubro quanto janeiro apresentaram valorizações superiores a 30% ao considerar as mínimas e máximas de cada mês, e o movimento de preço em outubro foi comparável ao de janeiro em termos de spread da vela. Além disso, tanto outubro de 2023 quanto janeiro deste ano resultaram no rompimento das máximas registradas nos três meses anteriores.
Um fator relevante a considerar é que após o movimento de janeiro de 2023, que superou as máximas de 3 meses anteriores, o preço do Bitcoin continuou a subir. O que aumenta o otimismo atual entre os investidores em relação ao potencial de longo prazo da criptomoeda é que o mês de outubro também superou as máximas de 3 meses anteriores e a expectativa é de continuidade de alta.
Durante o mês de outubro, a demanda foi dominante, e a análise técnica do gráfico mensal revela a formação de 3 ondas ascendentes, com um alvo inicial projetado na faixa de US$ 38 mil. Esse nível coincide com a mínima de março de 2022, que representou uma última tentativa de alta antes do grande movimento de queda observado no ano anterior.
No contexto do gráfico mensal, dois níveis de preço se destacam como possíveis suporte. O primeiro está em torno de US$ 31,8 mil, correspondendo ao rompimento da máxima estrutural da primeira onda de alta. O segundo nível de suporte está na região de US$ 30,2 mil, representando a máxima de agosto, que foi o último mês em que os vendedores conseguiram manter um fechamento mensal com variação negativa.
De olho no curto prazo
Após uma minuciosa análise do gráfico mensal, é oportuno adentrar na dinâmica semanal do preço do Bitcoin. A observação em uma janela de tempo mais curta revela informações valiosas sobre a trajetória da criptomoeda.
O movimento de alta, que teve início em novembro de 2022, pode ser interpretado como uma retração do amplo movimento de queda que começou em novembro de 2021. Essa possibilidade é respaldada pelo fato de que, ao aplicarmos a ferramenta de Fibonacci, observamos que o movimento ascendente iniciado em novembro de 2022 ainda não atingiu a marca de 50% de todo o declínio previamente registrado. Para alcançar a retração de 50%, o preço do Bitcoin deve ser negociado na faixa de US$ 42 mil.
Nesse contexto, recorremos ao Volume Profile como uma ferramenta adicional para identificar as áreas de maior interesse nas negociações. Configuramos o Volume Profile a partir da semana de 8 de novembro de 2022 até a semana atual, o que resultou em um gráfico com duas áreas coloridas distintas. O azul mais escuro denota uma concentração significativa de interesse, enquanto o azul mais claro representa uma região de interesse mais moderado.
Identificamos que o limiar entre essas áreas se situa em torno de US$ 30,2 mil, uma região que já havíamos destacado na análise do gráfico mensal como um suporte relevante.
No momento da redação deste relatório, o preço do Bitcoin estava acima da marca de US$ 34 mil, que coincide com a região de menor interesse do Volume Profile (coloração azul mais clara). Isso indica que o preço superou a zona considerada de maior interesse e entrou em uma área na qual as negociações anteriormente foram menos intensas.
Segundo a análise técnica e com base nos dados de preço e volume obtidos através do Volume Profile, é comum que, ao sair de uma região de alto interesse e adentrar uma área de menor interesse, ocorra um teste nos níveis que separam essas duas áreas. Caso o preço teste essa região e não consiga retornar a área de maior valor, isso pode sinalizar um controle dos compradores no cenário atual do Bitcoin, em que a demanda parece ser o principal impulsionador dos movimentos ascendentes.
No entanto, investidores que se baseiam na análise do perfil de volume acreditam que, caso o preço volte a operar abaixo de US$ 30,2 mil, isso indicaria uma rejeição do movimento ascendente. Portanto, os níveis em torno de US$ 30,2 mil desempenham um papel crucial na defesa dos compradores.
O Volume Profile também nos fornece informações sobre os “nós” de alto e baixo volume, que são áreas que testemunharam uma intensidade significativamente maior ou menor de negociações. Esses “nós” podem ser utilizados como potenciais níveis de suporte e resistência e oferecem sugestões para metas de preço.
Ao analisar o gráfico semanal do Bitcoin, notamos que o preço atual ultrapassou uma região de “nó” de baixo volume. Caso o interesse da demanda persista, as negociações podem ser projetadas em direção ao próximo nó, que corresponde a uma área de alto volume, situada por volta de US$ 38 mil. Importante ressaltar que, conforme destacamos na análise do gráfico mensal, o preço de US$ 38 mil também foi identificado como uma possível resistência para o Bitcoin.
Em resumo, as análises com base em gráficos semanais sugerem que é necessário paciência e tempo para que as estruturas de preço se ajustem em resposta às dinâmicas da oferta e da demanda.
Rumo às compras?
Voltaremos nossa atenção agora ao MarketCap e às tendências de volume, bem como a análise técnica da dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas. No nosso “Variação de Mercado,” anterior, observamos a tendência de declínio no volume de negociações no gráfico do MarketCap.
Salientamos, inclusive, a importância de um retorno do volume ascendente no gráfico do MarketCap como um indicativo de vitalidade do mercado. Porém, reexaminando a capitalização de mercado no gráfico semanal, notamos um aumento no volume nas últimas duas semanas. Esse desenvolvimento aumenta a probabilidade de que o MarketCap continue a renovar suas máximas, buscando a parte superior do canal de alta que descrevemos em nossa análise gráfica.
Enquanto redigimos este relatório, a dominância do Bitcoin estava em torno de 53,6%, após ter ultrapassado a marca de 54%. Notamos ainda que as linhas do Ichimoku, incluindo a Tenkan, Kijun, Senkou Span A e Senkou Span B, apresentavam um comportamento plano, sugerindo a possibilidade de uma correção no gráfico para testar esses pontos de equilíbrio.
No entanto, destaca-se que a Chikou Span permanece acima das velas que representam o movimento ascendente da capitalização, indicando que o viés de alta ainda prevalece no mercado, apesar das perspectivas de correção.
Ao longo do período desde setembro de 2022, temos observado uma formação gráfica com topos e fundos ascendentes, refletindo o otimismo dos investidores. Na semana passada, testemunhamos mais um rompimento de um topo, resultando em uma nova máxima. Agora, os investidores estão atentos para verificar se haverá um novo fundo mais alto para manter a continuidade desse movimento.
Portanto, caso ocorra uma correção no gráfico do MarketCap, os investidores podem considerar o reposicionamento de níveis de “stops” de proteção em patamares mais elevados na estrutura de preço, visando manter um gerenciamento saudável de suas posições.
Essa análise reforça a importância de acompanhar não apenas o preço do Bitcoin, mas também a saúde geral do mercado de criptomoedas, pois o desempenho do Bitcoin frequentemente têm um impacto significativo em todo o ecossistema.
Indicadores à prova
Continuando nossa análise, agora vamos utilizar os indicadores MACD e Estocástico Lento para fornecer uma perspectiva adicional sobre a possível correção no preço do Bitcoin nos próximos dias. É importante lembrar que o mercado é dinâmico e pode mudar sua direção a qualquer momento, portanto, devemos considerar várias ferramentas de análise.
Ao examinar o gráfico semanal, notamos que o indicador MACD ultrapassou a linha 0 e está operando em território positivo, com máximas mais altas em seu histograma. Isso aumenta o otimismo dos investidores de longo prazo, sugerindo a continuidade da tendência de alta.
No entanto, ao observar o gráfico diário, notamos que, embora o MACD esteja acima da linha 0, o histograma do indicador está produzindo máximas mais baixas. Essa divergência entre os gráficos semanais e diários sugere um possível movimento de exaustão na tendência de alta diária.
Essa divergência também se reflete nas linhas do MACD e na linha de sinal. No gráfico semanal, ambas as linhas apontam para cima, sinalizando a continuidade da tendência de alta no médio prazo. Porém, no gráfico diário, a linha MACD, que estava em ascensão, agora apresenta uma curva sugerindo correção.
Investidores que negociam com base em gráficos semanais do Bitcoin, ao perceberem a possibilidade de um movimento exaustivo no gráfico diário, podem preferir aguardar até que novos sinais de compra sejam produzidos. Eles costumam procurar pontos de compra no gráfico diário quando o histograma do MACD está produzindo máximas mais altas, com a linha MACD e a linha de sinal apontando para cima preferencialmente.
Essa análise do MACD fornece informações adicionais que respaldam a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo.
No que diz respeito ao indicador Estocástico Lento, notamos que ele entrou em uma região de sobrecompra no gráfico semanal duas semanas atrás. No entanto, como mencionamos em nosso relatório anterior, em tendências muito fortes, o Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos nessas regiões, usando a linha limite de 80% e 50% do indicador como suporte.
Um exemplo disso é o gráfico diário, que mostrou uma tendência forte nos últimos dias e manteve o Estocástico Lento operando acima de um nível de sobrecompra, usando a região de 80% do indicador como suporte.
No entanto, dado que observamos o indicador MACD mostrando um histograma com máximas mais baixas no gráfico diário, seria prudente aguardar que o Estocástico Lento visite pelo menos a região de 50% do indicador para uma nova análise e busca por pontos de compra.
Essas análises combinadas do MACD e do Estocástico Lento fornecem informações adicionais para os investidores que desejam entender a dinâmica do mercado de Bitcoin considerando a possível correção no preço no curto prazo.
O que se passa na rede?
Além das análises técnicas tradicionais, é fundamental considerar os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, que podem fornecer informações importantes sobre a dinâmica da criptomoeda. Exploraremos, por exemplo, o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio) para obter uma análise mais abrangente.
Na semana passada, os dados de rede nos forneceram as seguintes informações:
O número de endereços com mais de 100 Bitcoins teve uma pausa no movimento ascendente que vinha sendo sustentado desde a última semana de setembro.
O número de endereços com mais de 1000 Bitcoins continuou aumentando desde o início da segunda quinzena de outubro e agora também fez uma pausa.
O número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins também registrou um leve movimento de alta seguido por uma pausa.
Essas informações revelam que investidores, especialmente aqueles com um alto poder de capital, estão cada vez mais confiantes no potencial de crescimento e valorização do Bitcoin no longo prazo. É possível que a preparação para o Halving do próximo ano esteja sendo vista como um evento que pode trazer excelentes resultados para investidores, o que é refletido no aumento do número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins.
O indicador SOPR, que está acima da linha 1 no gráfico semanal, indica que, de modo geral, os investidores estão em lucro caso optem por encerrar suas posições neste momento. No entanto, é importante observar que o SOPR geralmente não se afasta da linha 1 por muito tempo. Isso sugere que realizações de lucro podem acontecer para equilibrar a relação entre a oferta e a demanda, que influenciam as dinâmicas das estruturas de preço.
Essa análise dos dados de rede e do indicador SOPR fornece um contexto importante para entender o sentimento e as decisões dos investidores no Bitcoin. É fundamental observar esses dados em conjunto com as análises técnicas para obter uma visão mais completa da situação atual.
Conclusão
O relatório de movimentação de preços do Bitcoin referente ao mês de outubro de 2023 fornece uma visão abrangente do desempenho da criptomoeda e das tendências que moldam seu mercado. Ao longo das várias partes deste relatório, destacamos observações essenciais que ajudam a compreender o cenário atual do Bitcoin.
No início do mês, o Bitcoin apresentou um desempenho excelente, com uma valorização superior a 25% e um rompimento de máximas anteriores, sugerindo uma tendência de crescimento de longo prazo. Contudo, análises técnicas mais detalhadas revelam sinais de possível exaustão na tendência de alta no curto prazo, destacando a importância de estratégias de gerenciamento de risco.
Além disso, exploramos os dados de rede (on-chain) do Bitcoin, incluindo o número de endereços em diferentes faixas de quantidade e o indicador SOPR. Observamos um aumento no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoins, indicando uma crescente confiança no potencial de valorização da criptomoeda. O SOPR, acima da linha 1 no gráfico semanal, sugere que, em geral, os investidores estão em lucro, mas a sua proximidade à linha 1 sugere possíveis realizações de lucro.
Também consideramos as análises de indicadores técnicos, como o MACD e o Estocástico Lento, que forneceram informações relevantes sobre a dinâmica do mercado. A divergência entre os gráficos semanais e diários do MACD sugere a possibilidade de uma correção no preço do Bitcoin no curto prazo. O Estocástico Lento, embora em uma região de sobrecompra, também requer atenção, especialmente à luz da possível exaustão.
Em resumo, o Bitcoin continua a oferecer oportunidades de crescimento, mas é crucial adotar uma abordagem cautelosa, considerando as análises técnicas, os dados de rede e a gestão de riscos. O cenário permanece dinâmico, e a vigilância constante é fundamental. À medida que o Bitcoin continua a desempenhar um papel significativo no cenário das criptomoedas, os investidores devem manter-se atualizados com as tendências e eventos que afetam seu valor e sua dinâmica de mercado.
Agradecimento
Agradeço a você investidor por disponibilizar o seu tempo para a leitura das informações contidas neste relatório. Seus esforços em compreender as complexidades desse ecossistema são valiosos e essenciais.
Desejo a todos os leitores sucesso e sabedoria em suas atividades relacionadas ao Bitcoin e ao mercado de criptomoedas.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).