Bitcoin pode estar no limite da sobrecompra?

Bitcoin pode estar no limite da sobrecompra?

O Bitcoin (BTC) permanece em seus topos locais, muito próximo dos US$ 38 mil. O comportamento da criptomoeda de referência, porém, ligou o sinal de alerta dos investidores, que estão vendo uma falta de força dos bulls em avançar o preço do ativo, estimando uma possível correção de preços. Os indicadores técnicos apontam que, de fato, a moeda digital pode sofrer com flutuações baixistas no curto prazo. Entretanto, a perspectiva de médio prazo se mantém positiva, o que deve acompanhar um sentimento de otimismo até o próximo halving.

 

 

Operando no meio de campo

No decorrer dos últimos 28 dias, o Bitcoin apresentou uma valorização positiva de aproximadamente 8% em sua movimentação de preço, marcando o período de novembro com considerável atividade no mercado das criptomoedas.

Ao examinarmos o gráfico mensal do Bitcoin, notamos uma série de movimentos significativos dentro do contexto do sistema Ichimoku Kinko Hyo. O preço ultrapassou recentemente a linha Senkou Span B, posicionando-se em uma região intermediária entre dois níveis de equilíbrio, formando o que é conhecido como a “Nuvem” do sistema.

Indicadores importantes, como a Tenkan Sen (que representa o equilíbrio dos últimos 9 meses) e a linha Senkou Span A (posicionada 26 períodos no futuro), estão sinalizando movimentos ascendentes. Esta convergência de indicadores sugere uma tendência de alta no período mensal.

A análise histórica baseada no sistema Ichimoku aponta que quando o preço entra na região da “Nuvem”, é comum que ele se desloque em direção à próxima linha de equilíbrio. Com a recente quebra para cima da Senkou Span B, existe a possibilidade de os investidores direcionarem o preço para a Senkou Span A no presente, localizada em torno dos US$ 42 mil dólares.

É interessante observar que a linha base (Kijun) está atualmente plana, o que pode atrair o preço para seus níveis de equilíbrio. Também verificamos que, tanto a Senkou Span A atual quanto a Kijun estão posicionadas na mesma região de preço, o que reforça esses níveis como possíveis resistências significativas.

 

 

Outro ponto a ser considerado é a posição da Chikou Span, inserida no gráfico há 26 períodos no passado, permanecendo abaixo do preço. Isso sugere que o movimento ascendente atual no gráfico mensal do Bitcoin pode encontrar dificuldades para ultrapassar a região da “Nuvem”.

Analisando eventos passados, observamos que o último rompimento da “Nuvem” de baixo para cima ocorreu em julho de 2020, seguido por um recuo no preço antes de uma subsequente valorização histórica que elevou o preço do Bitcoin para a máxima de 69 mil dólares.

O volume de negociação registrado no mês de novembro foi menor em comparação ao mês anterior, outubro, e a amplitude da vela mensal também foi reduzida. Essa informação sugere que os movimentos próximos a regiões de resistência têm deixado os investidores cautelosos, apesar de ainda estarem otimistas quanto à perspectiva de preços mais altos.

Destaca-se ainda que a teoria das ondas do sistema Ichimoku aplicada ao gráfico mensal indica a construção de uma terceira onda ascendente no movimento do preço do Bitcoin, com o primeiro alvo situado na mesma região de preço onde estão localizadas a Kijun e a Senkou Span A.

Além disso, ao final do mês de novembro, completamos um ciclo de 13 meses desde o início da última alta, registrado em novembro do ano passado. Esse período coincide com o ciclo de queda entre novembro de 2021 e novembro de 2022, que também durou 13 meses. É essencial observar a relevância do número 13 nos estudos de ciclos temporais no mercado financeiro, um período de equilíbrio entre os ciclos de 9 e 17 meses.

Os ciclos temporais no gráfico de preços e a inserção de números-chave nos períodos de tempo foram amplamente estudados por Goichi Hosoda, o criador do sistema Ichimoku, e William Delbert Gann, conhecido por W.D. Gann, que desenvolveu a metodologia de Gann, amplamente difundida nos estudos de mercado.

A redução no volume de negociação neste mês de novembro pode estar relacionada ao período de encerramento de ciclo temporal o que leva os investidores a operarem o mercado com alto controle de gerenciamento de risco e diminuindo o tamanho das posições até que o ciclo se encerre e a relação entre a oferta e demanda ofereça informações mais significativas sobre a possível direção do preço.

A expectativa para diferentes cenários pode contribuir para redução no volume de negociação.

Durante nossa avaliação do gráfico mensal, comentamos sobre os níveis de preço em 42 mil dólares, diante disso vale lembrar que essa mesma região coincide com 50% de retração de Fibonacci de toda a grande queda iniciada em novembro de 2021.

 

 

Fluxo de capital para o Bitcoin

Nos nossos relatórios anteriores sobre a “Variação de Mercado”, acompanhamos a evolução do gráfico semanal do Market Cap até que os níveis de dominância e capitalização do Bitcoin atingissem 54,3% durante outubro. Observamos que, em novembro, houve uma redução na entrada de capital e, como consequência, a dominância do Bitcoin diminuiu.

Ao analisar minuciosamente as estruturas gráficas do Market Cap, percebemos que as semanas de novembro registraram máximas mais baixas, sugerindo uma redução na atuação dos investidores na ponta da compra. Diante dessas informações, torna-se crucial compreender o que realmente está ocorrendo a longo prazo, analisando o gráfico mensal do Market Cap.

Na imagem a seguir, apresentamos um gráfico mensal com as linhas de equilíbrio do Trade System Ichimoku, detalhando o comportamento da entrada e saída de capital e observando a relação entre oferta e demanda no Bitcoin. A primeira observação relevante é que o Market Cap está próximo de uma resistência de Senkou Span A, uma das linhas que compõem a “Nuvem” de Ichimoku.

É importante notar que a Senkou Span A inserida no gráfico 26 períodos no futuro, permaneceu plana durante as negociações de novembro, mas a partir do início de dezembro, é possível que ela aponte para cima, representando o movimento ascendente na capitalização iniciado em setembro de 2022. No entanto, no momento atual, a Senkou Span A está em declínio, representando a grande queda iniciada em janeiro de 2021, indicando a relevância da resistência da “Nuvem”.

Apesar dessa resistência, o equilíbrio do movimento, representado pelas linhas Tenkan Sen (9 períodos) e Kijun Sen (26 períodos), é ascendente desde o cruzamento dessas duas linhas em junho deste ano, sugerindo a tendência de alta observada atualmente.

A diminuição da dominância do Bitcoin pode ser vista como uma retração do movimento ascendente. Esta interpretação permanecerá válida até que os níveis de capitalização e dominância operem abaixo das linhas Tenkan e Kijun no gráfico mensal, o que não é o caso atualmente.

Outro fator que confirma a atual resistência na região da “Nuvem” é a relação entre oferta e demanda no Bitcoin. Existe uma ampla região de desequilíbrio no gráfico mensal, originada pela vela do mês de abril de 2021. Para contextualizar, desequilíbrios como este são descritos na análise técnica de diversas maneiras.

Alguns analistas denominam como “Fair Value Gap”, outros como um “Imbalance” ou desequilíbrio, e alguns operadores referem-se a isso como região de Gap de barras. Independentemente da nomenclatura, a interpretação é a mesma.

De acordo com estudos históricos de análise técnica, esses níveis de desequilíbrio tendem a ser obstáculos relevantes para a continuação do movimento de alta, podendo exigir esforço adicional por parte dos investidores para a sua superação. Enquanto esse esforço adicional não se concretiza, é natural acompanharmos algum tipo de correção.

Esse movimento corretivo poderá encontrar suporte na linha Tenkan Sen (equilíbrio de 9 períodos), a qual em dezembro pode estar posicionada em torno de 51%.

Resumindo, o gráfico mensal do Market Cap sugere uma tendência ascendente, podendo apresentar movimentos limitados de retração até testar regiões de equilíbrio, que estão gradativamente ascendentes.

Caso os investidores que atuam na ponta da compra consigam ultrapassar a região de desequilíbrio criada em abril de 2021, haverá a ruptura da “Nuvem” para cima neste gráfico mensal do Market Cap, podendo impulsionar o movimento de alta no preço do Bitcoin.

 

 

 

Em níveis de sobrecompra

Examinando o gráfico de preços no período semanal, observamos que a cotação do Bitcoin se posiciona em uma região de topo de canal de alta. A linha superior do referido canal permanece atuando como a principal resistência para continuação do movimento ascendente. O indicador MACD renovou a máxima de seu histograma acima da linha zero refletindo o otimismo do mercado com a valorização do Bitcoin próxima aos US$ 40 mil. 

Investidores que operam no mercado financeiro com base nas informações do indicador MACD, optam por procurar posições de compra enquanto o histograma estiver renovando máximas acima da linha zero. A linha de sinal e a linha MACD também apontam para cima e não apresentaram sinais de enfraquecimento até o fechamento da vela da semana passada.

Na semana passada o volume de negociação foi menor que a semana anterior, porém, no contexto das últimas quatro semanas, os níveis de volume permanecem constantes amparado pelo domínio de compradores que, apesar de reduzirem a intensidade, permanecem ativos na estrutura semanal com o objetivo de levar o preço até as próximas resistência no topo do canal de alta.

O indicador Estocástico Lento, está posicionado acima dos níveis de 80, atuando em uma região de possível sobrecompra. De acordo com o que já comentamos em relatórios anteriores, existem momentos no mercado financeiro que o indicador Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos em região de sobrecompra utilizando o nível de 80 como possível suporte na movimentação do indicador.

Um cenário que pode oferecer uma análise mais detalhada para investidores que atuam na ponta da compra, é se o preço promover algum tipo de correção com o indicador Estocástico Lento buscando o nível de 80 como suporte ou até mesmo comparando uma possível redução no volume de negociação com o Estocástico Lento alcançando os níveis de 50% do indicador. Para que este cenário se torne um movimento que desperte o interesse de compradores, é fundamental que o MACD esteja acima da linha zero com renovação de máximas em seu histograma.

Esta tríade de indicadores envolvendo, MACD, Estocástico e Volume de negociação, é amplamente explorada por analistas que atuam no mercado financeiro usando os princípios da análise técnica para a tomada de decisão.

Ainda observando o gráfico semanal de preços do Bitcoin na imagem a seguir, adicionamos as linhas do Trade System Ichimoku, que permanecem sugerindo movimentos ascendentes para o preço. 

Tenkan Sen e Kijun representando o equilíbrio do preço, podem atuar como suporte e continuam apontando para cima. Senkou Span A, inserida no gráfico 26 períodos no futuro, está representando a tendência iniciada em setembro deste ano e também está apontando para cima. Senkou Span B, que representa o equilíbrio de 52 períodos e que está inserida no gráfico 26 períodos no futuro, também está apontando para cima sugerindo que o fractal de longo prazo é ascendente.

E a linha Chikou Span, inserida no gráfico, representa o comportamento dos investidores 26 semanas no passado. Note que o movimento atual da Chikou Span promoveu a ruptura para cima da região de “Nuvem” no passado. Esta informação é relevante tendo em vista que há 26 semanas atrás, investidores que atuavam na ponta da venda, não conseguiram deslocar o preço para baixo e podem ter sido liquidados durante o movimento ascendente atual. A “Nuvem” que antes era resistência para o movimento de Chikou Span, agora passou a ser um suporte relevante.

Dentro de todo este contexto apresentado, analisando indicadores como MACD, Estocástico e Ichimoku, entendemos que o domínio nas negociações de Bitcoin permanece nas mãos de investidores que estão atuando na ponta da compra.

Enquanto o preço do Bitcoin está sendo negociado acima das linhas Tenkan e Kijun, qualquer movimento de retração pode ser interpretado como sendo apenas um pullback e que a tendência de alta iniciada em setembro deste ano ainda está predominante.

 

 

 

Traders no lucro

Ao analisar os dados de rede, examinamos o indicador MVRV, que mede o valor de mercado em relação ao valor realizado.

A linha desse indicador voltou a apontar para cima, mantendo-se em um canal ascendente e seguindo sua trajetória em direção a uma possível busca pela principal resistência identificada em 2.16. No momento, o MVRV está em 1.79, operando acima das máximas de abril deste ano e acima da máxima de março de 2022.

Enquanto o preço do Bitcoin tem apresentado alguma exaustão nas áreas de limite de um canal de alta, o MVRV, que na semana anterior apontava para baixo, voltou a demonstrar otimismo no valor de mercado em relação ao valor realizado do Bitcoin.

Na figura a seguir, além do indicador MVRV, também temos o indicador SOPR, que apesar de apresentar sua linha em declínio, ainda permanece acima da linha 1. Esse posicionamento do SOPR sugere que, em caso de investidores encerrarem suas posições, de modo geral, seria com realização de lucros.

É crucial acompanhar a movimentação do SOPR para entender quando os investidores começam a entrar em regiões com saldo negativo. Geralmente, quando o SOPR se posiciona abaixo da linha 1, além de sinalizar a probabilidade de operadores encerrarem suas posições com prejuízo, também pode representar oportunidades para grandes investidores absorverem essa liquidez de investidores menos experientes.

Apesar do gráfico de preços indicar uma certa cautela dos investidores na transição do mês de novembro para dezembro, tanto o MVRV quanto o SOPR ainda mostram sinais positivos.

 

 

 

Conclusão

A análise da movimentação de preços do Bitcoin ao longo das últimas semanas revelou um cenário complexo, porém promissor no longo prazo. Acompanhamos de perto os indicadores-chave, como o desempenho dos gráficos, indicadores técnicos como Ichimoku, dados de rede como MVRV e SOPR, bem como a interação entre oferta e demanda.

O Bitcoin demonstrou uma valorização positiva ao longo do último mês, embora enfrentasse resistências significativas, especialmente nas áreas de limites do canal de alta. O exame dos gráficos revelou sinais de possível exaustão, mas indicadores como o MVRV mantiveram uma tendência ascendente, sugerindo otimismo em relação ao valor de mercado em comparação ao valor realizado do Bitcoin.

Além disso, o comportamento do SOPR, mesmo com uma linha em declínio, permaneceu acima do ponto de equilíbrio, indicando lucros em potencial caso os investidores encerrem suas posições.

Ao considerar o contexto geral no gráfico do Market Cap, identificamos pontos críticos, como a resistência na região da “Nuvem” de Ichimoku e os desequilíbrios evidenciados em períodos anteriores. Esses pontos podem representar desafios significativos para o movimento de alta, exigindo esforços adicionais para superá-los.

Embora o mercado tenha sinalizado cautela na virada do mês de novembro para dezembro, os indicadores, no geral, ainda apresentam sinais encorajadores para os investidores. No entanto, é essencial permanecer atento à evolução desses indicadores, especialmente em relação aos pontos críticos identificados, pois podem influenciar consideravelmente o movimento futuro dos preços.

 

 

Agradecimento

Para encerrar, quero agradecer a todos que dedicaram alguns minutos de seu tempo para ler este relatório em busca de conhecimento. Os estudos gráficos utilizando os princípios da análise técnica podem auxiliar investidores a compreender a formação estrutural do preço.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

BTC em sobrecompra mais uma vez

BTC em sobrecompra mais uma vez

Dos US$ 35 mil aos US$ 38 mil, o Bitcoin (BTC) segue sua luta para sair desse afunilamento de preços. As recentes indefinições macroeconômicas, porém, não parecem ter tido efeito direto no preço da criptomoeda de referência. Em contrapartida, o desenrolar judiciário nos Estados Unidos envolvendo o CEO de uma importante exchange internacional fez com o que mercado entrasse no modo “esperar para ver”. A análise gráfica também é complexa, com a sobrecompra mostrando as caras novamente e elevando a cautela entre os investidores.

 

 

Muita coisa a se pensar

Um “estranho” movimento está acontecendo nos Estados Unidos. Mas para contextualizar, se liga nisso aqui: Os pedidos de seguro-desemprego recuaram em relação à semana anterior, vindo ainda abaixo do esperado. Embora isso sinalize que o mercado de trabalho ainda está aquecido, a diferença também não é lá essas coisas.

Já o Índice Gerente de Compras (PMI) Composto – que une serviços e indústria – veio em 50,7, o mesmo nível de outubro, ainda indicando que, sim, o país está em território de expansão econômica. Com isso, aquele receio de uma estagflação, em que o governo vê a inflação predominante e a economia em recessão parece cada vez mais distante.

Com isso, a narrativa apontada pelo Federal Reserve nas últimas semanas de que os juros já podem estar em um nível restritivo o suficiente para conter os preços faz muito sentido, não é mesmo? Pois é! É aí que entra esse movimento “estranho”. No final da última semana, os títulos do tesouro norte-americano de 10 anos voltaram a subir. 

Isso levanta a suspeita de que os investidores esperam mais um aumento de juros no curto prazo? Ou seria apenas uma galera atrasada chegando para a festa? Se for para especular alguma coisa – baseado em nada com coisa nenhuma –, talvez parte do mercado estivesse na esperança de que o feriado de thanksgiving, seguido pela Black Friday, fosse capaz de aquecer o consumo e consequentemente a inflação. Assim, exigindo uma última ação do FED.

Claro que é extremamente difícil cravar o motivo deste comportamento do mercado. Mas a realidade é que esta procura pelos famosos “T10” coloca uma pressão no mercado de risco, principalmente o acionário, que vê uma ligeira fuga de capital. Interessante, porém, que o Bitcoin não só não sentiu os impactos dessa decisão, como ainda parece ter minimamente se beneficiado no dia, com uma alta de preços no período.

 

Não é bem assim a história

Recentemente, boa parte do mercado reagiu de forma positiva ao entender que o Banco Central Europeu (BCE) não iria mais aumentar os juros, repetindo o movimento mais “dovish” dos Estados Unidos. A ata da última reunião do BCE parece ter “confirmado” esse sentimento, que não necessariamente é tão positivo assim.

Segundo o documento, o possível fim do aperto monetário na Zona do Euro se dá não pela queda na inflação – que de fato está acontecendo –, mas pelo fraco desempenho econômico do bloco. Para se ter uma ideia, o PMI Composto até avançou de 46,5 para 47,1 na preliminar de novembro. Isso, porém, sustenta a região em território de contração, ao contrário dos norte-americanos.

Desta forma, a Zona do Euro segue aquele carro 1.0, que está passando um sufoco para acelerar na subida. Essa morosidade talvez seja o que reflete o avanço em algumas regulamentações do mercado de criptomoedas, assim como o lançamento de produtos institucionais. Afinal, sem um “T10” forte, as moedas digitais parecem ser um caminho viável para diversificar.

 

 

Polêmicas que bagunçam o Bitcoin

Na abertura desta semana, o Bitcoin segue sua luta na região dos US$ 38 mil. Porém, ninguém sabe muito bem para onde o mercado está indo. Afinal, algumas polêmicas – na realidade, apenas uma – deu aquela famosa bagunçada no mercado que derrubou o preço do ativo em um dia, e recuperou tudo no outro.

O grande catalisador para essa volatilidade, claro, é sempre a tal especulação. Porém, de onde ela veio? Neste caso, a bagunça toda começa com a renúncia do cargo de CEO da Binance pelo famoso Changpeng Zhao (CZ). A decisão foi tomada após a exchange se dizer culpada por falhar na segurança de sua plataforma para impedir a lavagem de dinheiro.

Este movimento repentino surpreendeu os investidores, que começaram a imaginar o que mais estaria por vir. Afinal, a decisão praticamente favorável ao governo pode devolver boa parte da força da Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC) para seguir sua repressão ao mercado de criptomoedas. Vale, porém, destacar que esta frase, nem de longe, isenta CZ e seus parceiros de possíveis falhas. O comentário é muito mais macro, considerando o comportamento do presidente da SEC, Garry Gensler, e outras autoridades, que parecem caminhar muito mais para uma repressão do que para uma regulamentação.

 

 

 

HODL especulativo

Quando vamos atrás de pistas para entender os próximos passos do Bitcoin, a gente se depara com uma divergência bem interessante. De um lado, os dados on-chain mostram que mais de 70% da oferta circulante da criptomoeda está parada há mais de um ano, indicando um forte comportamento de HODL Pelo outro, o mercado de derivativos está aquecido.

Só na última semana, mais de US$ 20 bilhões em opções estavam para vencer na sexta-feira. Deste montante, quase 70% eram de contratos de compra. Claro que esta é uma leitura muito simplista e que ignora uma série de estratégias de investimento e proteção. Mesmo assim, é um número que chama a atenção como os bulls estavam bem posicionados recentemente.

Fora isso, os investidores institucionais estão comendo pelas beiradas. Conforme apontaram os exploradores de blockchain e balanços corporativos, empresas investiram US$ 1 bilhão ao longo de todo o ano de 2022. Já na última semana, esses mesmos US$ 1 bilhão foram atingidos em apenas cinco dias. Ou seja, mesmo sem o ETF de Bitcoin à vista aprovado nos Estados Unidos, a fome deste lado do mercado parece bem aberta.

 

 

Dá para ler o gráfico?

O Bitcoin entrou em um processo meio lateral nas duas últimas semanas. O que é até compreensível, depois das fortes altas recentes. Porém, ao olhar para o gráfico semanal, conforto não é a palavra que a gente pode encontrar aqui. Pelo menos não como gostaríamos.

Podemos dizer com quase toda a certeza de que o padrão cup and handle foi vencido. Mesmo assim, vou manter ele em nossa leitura por mais algum tempo. Outro ponto positivo é que a linha superior da banda de Bollinger serviu como resistência ao preço, ajustando novamente o indicador ao mercado. 

Fonte: GoCharting, em 27/11/2023, às 9h10min.

 

Mais um gostinho bom vem dos pavios que tentaram romper para baixo – mas sem sucesso – a linha laranja “Resistência 1” rompida no início do mês. Esta região, inclusive, marca a zona mais baixa do decote do último ombro-cabeça-ombro.

Legal, mas por que isso não é confortável? O primeiro ponto que levanta dúvidas sobre uma possível correção de preços é que o Bitcoin fechou sua sexta semana consecutiva de forma positiva. Como a gente bem sabe, nenhum mercado sobe em linha reta. E se quisermos ver movimentações mais robustas e sólidas para cima, novos suportes precisam ser criados a partir dessas quedas.

Mais do que isso, o Índice de Força Relativa (RSI) voltou aos 75 pontos, caminhando novamente para um cenário de sobrecompra  – os livros indicam que 70 já é sobrecompra, mas eu gosto de estender para 80, por conta da volatilidade do BTC. Isso sugere que o mercado está muito aquecido e alguém vai precisar realizar lucro.

Isso quer dizer, então, que o Bitcoin vai cair? Não necessariamente. A manutenção do preço acima da linha laranja de “Resistência 1” pode ser responsável por alavancar o preço da moeda digital para a região dos US$ 42 mil, como já vem sendo discutido nos últimos Satoshi Calls. Caso contrário, uma visita aos US$ 31 mil começa a se fazer ainda mais possível.

 

 

 

Conclusão

As instabilidades macroeconômicas continuam não sendo mais tão capazes assim de causar grandes efeitos no preço do Bitcoin e no mercado de criptomoedas. Entretanto, os sinais são tão mistos lá fora, que talvez os investidores estejam atuando no modo “esperando para ver”. Isso justificaria esse clima mais ameno, apesar dos solavancos da vida.

Enquanto isso, o Bitcoin entra em uma zona complexa, em que parte da leitura gráfica chega até a sugerir que a alta do BTC deve continuar no curto prazo. Porém, a sobrecompra do ativo é um ponto-chave a se acompanhar, pois não só a correção de preços seria esperada, como também natural.

Ainda vale a pena investir nas TOP5 valorizações do ano?

Ainda vale a pena investir nas TOP5 valorizações do ano?

Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto.

À medida que o ano de 2023 se desenrola, o mercado de criptomoedas continua a surpreender investidores e entusiastas. 

Entre altos e baixos – esse ano tem sido tudo de alto -, algumas criptomoedas se destacaram não apenas por suas inovações tecnológicas, mas também por suas impressionantes valorizações. 

Hoje nós vamos explorar cinco desses ativos digitais que não só prometem revolucionar diversos setores, mas também geraram retornos significativos para seus investidores.

Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

🤔 Vamos começar do começo

No volátil universo das criptomoedas, as altcoins emergem como estrelas, frequentemente ofuscando o brilho constante de seus predecessores mais estabelecidos como o Bitcoin. 

Estas “moedas alternativas” têm capturado a imaginação de investidores e entusiastas da tecnologia, oferecendo não apenas uma alternativa ao status quo das criptomoedas, mas também retornos potencialmente explosivos que desafiam as expectativas tradicionais de investimento.

Em 2023, mesmo não sendo um ano das altcoins, como mostra a Altcoin Index, algumas altcoins resolveram explodir e entregar resultados melhores que o próprio Bitcoin.

Com a adoção em massa e a maturação da tecnologia blockchain, essas moedas digitais estão pavimentando caminhos inovadores para resolver problemas complexos, desde a democratização do acesso financeiro até a revolução da infraestrutura de internet com a Web3.

Vamos explorar as cinco melhores altcoins em retorno que não apenas prometem inovação e progresso tecnológico, mas também demonstraram retornos impressionantes ao longo do ano de 2023. 

São elas: Injective Protocol, Conflux Network, Render Token, Solana e Stacks. Cada uma dessas plataformas traz uma proposta única ao mercado, mas vale a pena comprar elas após esse rally?

Vamos tentar responder a pergunta de 1 milhão de bitcoin que vale mais que barra de ouro.

 

5 – Stacks (STX) – 222.48% YTD

 

Já imaginou Smart Contracs no Bitcoin? A Stacks imaginou. A Stacks está trazendo contratos inteligentes e aplicativos descentralizados para o Bitcoin, expandindo sua funcionalidade.

Seus co-fundadores são Muneeb Ali e Ryan Shea. Especificamente Muneeb possui um Ph.D. em ciência da computação da Princeton University e tem sido uma figura proeminente no espaço de blockchain, o que contribui significativamente para a credibilidade e as expectativas em torno do Stacks.

A visão deles é expandir a funcionalidade do Bitcoin, permitindo que ele sirva como uma base para inovações modernas em blockchain, sem comprometer a segurança que tornou o Bitcoin sinônimo de criptomoeda.

Não podemos ignorar a solidez da rede Bitcoin – a pioneira e mais segura blockchain do mercado. Sua longevidade e resistência a ataques são incontestáveis, e é exatamente essa robustez que o Stacks busca amplificar.

Stacks está querendo trazer o mercado DeFi para Bitcoin, desbloqueando mais de US$ 300 bilhões em capital e preparando o terreno para a ativação da economia Bitcoin.

Será que vamos ter um concorrente do Ethereum nos próximos anos? Tem gente trabalhando para isso acontecer.

A Stacks está bem longe do seu topo histórico, só isso cria um gap de uma possível valorização de 402,61% vendo que o projeto está robusto, tem mercado e vai buscar seu ATH.

 

4 – Solana (SOL) – 301% YTD

A Solana já é conhecida de outros verões criptos e foi uma das queridinhas da última altseason. Para quem não conhece, a Solana se destaca como uma das blockchains mais rápidas disponíveis, cortesia da inovação trazida por Anatoly Yakovenko. 

Com um passado na indústria de telecomunicações e uma compreensão profunda de sistemas distribuídos, Yakovenko e sua equipe criaram uma blockchain que pode processar milhares de transações por segundo. Solana é uma promessa de um ecossistema onde aplicativos descentralizados podem operar em escala, sem os entraves de redes mais lentas e congestionadas.

O maior problema da Solana hoje é a FTX. O colapso que aconteceu em 2022 teve um impacto significativo no ecossistema da Solana, conforme relatado pelo próprio CEO da Solana, Anatoly Yakovenko. 

A queda da FTX não apenas afetou o valor do token SOL, que despencou de US$ 36 para US$ 12, mas também prejudicou cerca de 20% dos projetos baseados na Solana que haviam recebido investimentos da FTX ou da Alameda Research. Aproximadamente 5% das startups do ecossistema tinham fundos depositados na exchange. 

A Solana está demonstrando solidez nesse bearmarket exatamente por esse motivo e vem entregando muita coisa como foi mostrado no Breakpoint, evento do Solana.

Para chegar no seu topo histórico, a Solana tem a possibilidade de incríveis 549,25% de valorização. Mas as narrativas de L1 ainda estão fortes e a Solana é um dos poucos projetos que já tem algo estruturado no mercado.

 

3 – Render (RNDR) – 509% YTD

A Render Token é uma iniciativa que está revolucionando a indústria de gráficos 3D. Conheci o projeto ano passado mas não dei a devida atenção para ele. Para quem não conhece o projeto, ele tem objetivo de alavancar a capacidade ociosa de GPUs em todo o mundo, democratizando o processo de renderização e abrindo novas possibilidades para criadores digitais.

Para quem não conhece o mercado, o de renderização seja 2D ou 3D é um processo que pode levar horas ou até dias, dependendo da complexidade do projeto e da potência do hardware disponível.

O custo elevado da renderização tradicional se deve à necessidade de hardware de alto desempenho e à quantidade significativa de tempo de computação necessária. Estúdios e profissionais individuais frequentemente recorrem a fazendas de renderização, que são redes de computadores poderosos que trabalham em conjunto para processar imagens, o que pode ser um serviço caro.

A Render propõe uma solução descentralizada para este problema, permitindo que qualquer pessoa com um computador e uma GPU – uma placa de vídeo – possa contribuir com poder de processamento para a rede e ser recompensada com tokens da Render. Isso não apenas torna o processo de renderização mais acessível e menos custoso, mas também cria uma economia compartilhada onde os usuários podem monetizar seus recursos computacionais ociosos.

Sob a liderança de Jules Urbach, um visionário no campo dos gráficos computacionais, o Render Token está quebrando barreiras, permitindo que artistas e criadores de conteúdo tenham acesso a um poder de processamento antes inatingível. 

Jules Urbach, o fundador do Render Token, é um pioneiro em gráficos por computador e streaming de conteúdo 3D. Sua experiência anterior como CEO da OTOY, uma empresa de tecnologia de nuvem gráfica, coloca-o em uma posição única para liderar o Render Token em direção ao sucesso.

A presença da OTOY próxima da Render adiciona uma camada de credibilidade e força ao projeto. A OTOY é uma empresa respeitada no campo da criação de conteúdo digital, conhecida por seu software de renderização OctaneRender. A proximidade da Render e a OTOY sugere que a plataforma não só tem o apoio técnico de uma líder da indústria, mas também acesso a uma rede de clientes potenciais já familiarizados com as soluções de renderização da OTOY.

A Render precisaria de 262,81% para chegar ao seu topo histórico! Mas esse é o tipo de projeto que vale a pena ficar de olho.

2 – Conflux (CFX) – 640%

Entre todos os projetos, a Conflux é a única que eu só vim conhecer depois do rally.

A Conflux Network é o resultado de uma colaboração entre acadêmicos e pesquisadores, incluindo o Dr. Fan Long, que não se contentaram com as limitações das blockchains existentes. 

Eles projetaram a Conflux para ser uma rede de alta performance que não compromete a descentralização ou a segurança. A rede enfrenta o trilema da blockchain, oferecendo uma solução que é escalável e segura, um feito que muitos consideraram impossível até agora.

O trilema da blockchain é um conceito que descreve o desafio de alcançar simultaneamente três propriedades principais em uma rede de blockchain: segurança, descentralização e escalabilidade. Tradicionalmente, acredita-se que uma blockchain só pode fornecer no máximo duas dessas propriedades de uma vez. Por exemplo, uma rede pode ser segura e descentralizada, mas não escalável o suficiente para lidar com muitas transações rapidamente. Ou pode ser escalável e segura, mas centralizada, o que pode comprometer a resistência à censura e a segurança. A imagem vai deixar isso mais claro para vocês.

Utilizando um mecanismo de consenso único chamado Tree-Graph, a Conflux pretende oferecer alta taxa de transações (escalabilidade), sem sacrificar a descentralização ou a segurança. O protocolo Tree-Graph permite que blocos e transações sejam processados em paralelo, aumentando significativamente a eficiência e a velocidade da rede em comparação com blockchains que utilizam sistemas de cadeia única, como o Bitcoin ou o Ethereum.

Além disso, a Conflux se destaca por sua abordagem regulatória amigável, especialmente na China, um mercado notoriamente difícil para criptomoedas devido às suas regulamentações rigorosas. A Conflux tem trabalhado dentro dos parâmetros regulatórios para construir uma ponte entre as finanças descentralizadas (DeFi) e as finanças tradicionais (TradFi), promovendo a adoção e o uso de criptomoedas em um ambiente regulado.

A Conflux está em queda desde o seu lançamento e amargurou -98% no seu fundo. O projeto está com US$ 2 bilhões de marketcap e tem como concorrentes Ethereum, Solana e Cardano que já estão a muito tempo no mercado desenvolvendo o produto.

 

1 – Injective Protocol (INJ) – 1262%

Chegamos no nosso primeiro lugar, a INJ, mais uma L1 para o mercado. A Injective Protocol surge como uma resposta audaciosa aos gargalos encontrados no mercado. 

O Injective Protocol (INJ) é descrito como um blockchain de camada um (layer-one) interoperável e aberto, otimizado para a construção de aplicações financeiras descentralizadas (DeFi) e ela deixa claro esse foco.

Com a visão de Eric Chen e Albert Chon, que trazem um histórico robusto em blockchain e engenharia de software, o protocolo se posiciona como um facilitador de mercados financeiros descentralizados. 

A plataforma permite que qualquer pessoa participe e crie mercados, removendo intermediários e democratizando o acesso ao trading de derivativos e spot. A promessa do Injective é uma negociação sem fronteiras, onde a liberdade e a velocidade são soberanas.

Alguns grandes nomes notáveis estão por trás da INJ como a Pantera Capital, que é uma das primeiras empresas de investimento focadas em blockchain e criptomoedas. A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo por volume de negociação, também investiu na Injective Protocol através do Binance Labs e outros investidores incluem Hashed, uma empresa de capital de risco focada em blockchain, e a empresa de investimentos em blockchain, BlockTower Capital.

 

Conclusão (Vale a pena ou não investir?)

No meu portfólio, Stacks já ocupa um lugar de destaque, refletindo minha confiança em sua proposta de valor e sua visão de trazer contratos inteligentes e aplicações descentralizadas para o Bitcoin. 

A Conflux e a Render, embora ainda não façam parte do meu portfólio, demonstram potencial significativo; a Conflux com sua abordagem inovadora para o trilema da blockchain e a Render com sua proposta de descentralizar o mercado de renderização gráfica.

O Injective Protocol foi uma adição recente ao meu portfólio no início deste ano, atraído pela sua promessa de uma infraestrutura DeFi totalmente descentralizada e interoperável. A decisão de investir foi baseada na narrativa de DEFI, uma análise cuidadosa do seu modelo de negócios e do suporte de investidores de renome.

Entre todas, a Render é a que requer uma análise mais profunda. A viabilidade de seu modelo depende fortemente do mercado de renderização e da disponibilidade de GPUs ociosas. Antes de considerar um investimento, é crucial entender a demanda atual por serviços de renderização e quantificar o potencial de crescimento da rede Render.

Por fim, a Solana tem sido um ativo que acompanho desde o último ciclo de mercado e aproveitei o ciclo, mas agora estou fora dela. 

O veredito final da minha visão é: Stacks e INJ são cogitação de compra, Conflux e Render é estudo e Solana é acompanhar. – Cada uma dessas criptomoedas representa uma faceta única do amplo espectro de possibilidades que as tecnologias blockchain e web3 têm a oferecer. Enquanto algumas já provaram seu valor e ganharam um lugar no meu portfólio, outras ainda estão sob avaliação, aguardando a confirmação de sua promessa e potencial no mundo real.

Espero que tenham gostado de mais uma news. Mantenha-se informado, invista com sabedoria e continue navegando pelas águas dinâmicas do mercado crypto.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

On-chain prevê resistência do BTC

On-chain prevê resistência do BTC

Após beirar os US$ 38 mil, o Bitcoin (BTC) viu seu preço flutuar sem uma direção muito definida, mantendo os investidores cautelosos sobre o próximo comportamento do ativo. Com a expectativa cada vez maior de uma correção, os dados on-chain corroboram com a perspectiva de que há muito lucro a ser realizado no mercado atual, mas que não necessariamente precisa se cumprir no curto prazo. Assim, os US$ 42 mil ainda permanecem no radar, caso os compradores mantenham seu domínio.

 

 

Compra ou venda

A análise da dinâmica do Bitcoin nesta semana inicia-se ao examinar o indicador MVRV (Market-Value-to-Realized-Value), uma ferramenta que avalia o valor de mercado em relação ao valor realizado. O indicador atualmente se encontra em 1,78 e próximo a um nível de resistência em 2.16, historicamente reconhecido como um ponto influente na interação entre compradores e vendedores.

Antes de aprofundarmos nesse nível de resistência, é fundamental observar que o MVRV tem se movido dentro de um canal de alta desde dezembro de 2022, atingindo sua máxima em abril deste ano e recuando para o fundo do canal até o mês de setembro de 2023.

 

A linha do indicador MVRV enfrentou uma resistência anterior em 1.8, marcando a região de 50% do canal de alta. Entretanto, antes de alcançar essa resistência, houve um rompimento ascendente de um nível significativo em 1.64. Quando olhamos para o histórico no gráfico, observamos que em agosto de 2020 e julho de 2021, esse ponto atuou como suporte, mas posteriormente, em janeiro de 2022, ocorreu um rompimento para baixo, transformando o que antes era um suporte em uma resistência. Essa resistência foi respeitada em março de 2022, antes de uma nova queda nos preços do Bitcoin.

Considerando o rompimento ascendente desse nível de 1.64, é natural observarmos esse ponto como um suporte local para o MVRV dentro do canal de alta.

Se a trajetória da linha do MVRV se mantiver dentro dos limites do canal, é possível encontrar uma resistência mais robusta em 2.16, que se estabeleceu como uma região crítica em momentos prévios ao halving.

Nos períodos prévios aos halvings, como em 2016 e 2020, quando o MVRV atingiu 2.16, presenciamos correções mais acentuadas no movimento do Bitcoin. Em 2020, por exemplo, houve um pullback profundo antes da significativa retomada de alta que projetou o preço para US$ 69 mil naquela ocasião.

Neste contexto, investidores estão atentos à dinâmica do MVRV em paralelo com o movimento de preços, buscando identificar possíveis padrões futuros.

Embora o MVRV seja uma ferramenta valiosa na análise de mercado, é fundamental enfatizar que não é um indicador conclusivo e deve ser considerado em conjunto com outras métricas e análises.

O MVRV compara o valor de mercado atual do Bitcoin com seu valor “realizado”, baseado no preço pelo qual as moedas foram adquiridas pela última vez durante suas transações na blockchain. Sua fórmula utilizada é: MVRV= RealizedCap / MarketCap

Uma informação importante sobre o MVRV é que quando atinge níveis altos, acima de 3.7, pode sugerir que o Bitcoin está sobrevalorizado em relação ao seu valor “realizado”, indicando um possível momento de venda. Por outro lado, quando o MVRV é baixo, abaixo de 1, pode indicar que o Bitcoin está subvalorizado em relação ao seu valor “realizado”, o que pode representar uma oportunidade de compra.

 

 

Resistências dentro da rede

O indicador NUPL, conhecido como Net Unrealized Profit/Loss, é uma métrica essencial que oferece insights relevantes sobre o sentimento dos investidores em relação ao Bitcoin. Assim como o MVRV, o NUPL se baseia nos dados de rede do Bitcoin para medir a relação entre o valor de mercado e os lucros ou prejuízos dos investidores. A representação gráfica do NUPL é dividida em quatro partes distintas. A linha divisória entre essas partes revela o sentimento predominante dos investidores ao longo do tempo.

Na porção mais baixa do gráfico, identificamos uma área de capitulação em azul claro. Logo acima, há uma faixa branca. Estudos demonstram que entre essas duas regiões, é comum os investidores mostrarem algum nível de esperança quanto a uma possível retomada de alta nos preços. Isso porque o mercado interpreta que o preço pode ter atingido um ponto de fundo durante a capitulação, o que poderia sinalizar uma recuperação iminente.

 

No entanto, persiste um sentimento de medo, uma vez que ainda há a possibilidade de novas quedas devido à pressão contínua dos vendedores.

À medida que o indicador, representado por uma linha azul, ultrapassa essa fase de esperança e medo, desloca-se para a próxima região, destacada em laranja no gráfico. Nesse estágio, observamos que os investidores começam a manifestar uma ansiedade crescente. Isso ocorre à medida que o preço se eleva e muitos investidores temem perder oportunidades de entrada.

Essa ansiedade é acompanhada de otimismo, pois a entrada de capital nesse ponto é constante, impulsionando o preço de forma substancial para cima. Com base nas informações atuais do indicador NUPL, estamos atualmente vivenciando essa fase de otimismo e ansiedade. Há uma expectativa de que o preço do Bitcoin possa alcançar novos patamares nos próximos meses.

É importante observar no gráfico que a linha azul do NUPL está atravessando toda a região em branco e se dirigindo para os próximos níveis na área laranja. Quando o indicador adentrar essa região laranja e continuar sua trajetória ascendente, é provável que surja um sentimento de crença entre os investidores, confirmando a possibilidade de rompimentos de máximas históricas ou, pelo menos, testes em topos relevantes anteriores. 

Se o indicador persistir nesse movimento ascendente, é esperado que entrem em cena sentimentos de euforia e ganância. Esse período é propenso a induzir grandes investidores a realizarem lucros substanciais, dando início a movimentos cíclicos opostos aos observados anteriormente.

Essas métricas são cuidadosamente monitoradas por investidores de longo prazo, que buscam posicionar-se estrategicamente antes que os sentimentos de mercado influenciem suas decisões.

Considerando o contexto apresentado pelo indicador NUPL, a linha do indicador continua apontando para cima, refletindo o otimismo predominante nas negociações do Bitcoin. É fundamental associar as informações fornecidas pelo NUPL com os dados do MVRV e realizar uma análise de preço para verificar possíveis confluências antes de tomar decisões estratégicas.

Além de analisar a movimentação de preço do Bitcoin a longo prazo, é importante explorar dados de rede que também possam oferecer reflexos sobre o comportamento de curto prazo. Nesse contexto, voltamos nossa atenção ao indicador AASI (Active Address Sentiment Indicator), que fornece insights sobre o sentimento dos endereços ativos no curto prazo.

Este indicador compara a variação percentual do preço do Bitcoin nos últimos 28 dias com a mudança nos endereços ativos no mesmo período, estabelecendo limites de volatilidade entre uma banda superior e uma banda inferior.

Na representação gráfica, observamos uma linha laranja que retrata os dados do indicador. Sua interpretação é realizada da seguinte maneira: Quando a linha laranja se aproxima do limite inferior da banda, indica um sentimento pessimista do mercado, sugerindo uma região de sobrevenda. Esse cenário pode criar oportunidades para uma valorização do preço do Bitcoin no curto prazo.

O oposto também é verdadeiro: quando a linha laranja atinge os limites da banda superior, denota um otimismo extremo no mercado, indicando que o mercado pode estar superaquecido. Isso pode oferecer aos investidores chances de realizar lucros. Além disso, quando a linha laranja se encontra no limite superior da banda, é possível que o preço do Bitcoin esteja em uma região de sobrecompra, podendo resultar em uma correção no curto prazo.

Observa-se no gráfico do indicador AASI que desde a última semana de outubro, a linha laranja estava próxima ao limite superior da banda. Isso coincidiu com uma dificuldade do Bitcoin em manter sua tendência ascendente na semana passada.

No momento presente, constatamos que a linha do indicador voltou a operar dentro das bandas e está em direção descendente. Essa observação sugere aos investidores a possibilidade de que uma retomada de alta no curto prazo, pode ocorrer somente após a linha do indicador alcançar a região de sobrevenda nos limites da banda inferior.

Até a data da redação deste relatório, o indicador AASI indicava que, até 20 de novembro de 2023, a variação nos endereços ativos nos últimos 28 dias registrava uma leve alta de 1,69%, enquanto o preço do Bitcoin apresentava um aumento de 13,52% durante o mesmo período.

É importante ressaltar, nos estudos de análise técnica, que a movimentação de preço frequentemente segue padrões ondulares, oscilando entre ondas ascendentes e descendentes. Portanto, o indicador AASI pode auxiliar os investidores na identificação do possível fim de um movimento de curto prazo.

Embora esses indicadores forneçam insights interessantes, é a interação entre oferta e demanda que confirma essas informações. Por isso, é fundamental que todas as análises sejam complementadas pelo próprio movimento do preço. Investidores buscam informações convergentes antes de tomar decisões, tanto no curto quanto no longo prazo.

 

 

 

Fluxo de capital

Vamos agora direcionar nosso estudo para o gráfico semanal do Market Cap do Bitcoin. Após atingir uma dominância de 54,3%, a criptomoeda começou um movimento de retração, registrando três semanas consecutivas com máximas mais baixas do que as semanas anteriores. Esse declínio na entrada de capital contribuiu para dificultar a continuidade da tendência de alta no movimento do preço do Bitcoin.

Apesar disso, uma visão macro do gráfico semanal do Market Cap ainda evidencia uma tendência dominada por compradores dentro de um amplo canal. Esta tendência é respaldada por uma região de suporte na máxima de um movimento de alta anterior. Nesses mesmos níveis, onde observamos a atual capitalização, também identificamos uma linha de tendência de alta que faz parte de uma região de 50% do grande canal de alta mencionado em relatórios anteriores, conforme ilustrado na imagem a seguir.

Um aspecto que identificamos em todo o movimento ascendente é que desde o cruzamento da linha de equilíbrio de 9 semanas (Tenkan) acima da linha de equilíbrio de 26 semanas (Kijun) em 9 de janeiro deste ano, todas as correções foram compostas por 3 ondas.

Na imagem a seguir, o cruzamento das linhas Tenkan e Kijun, seguido pela primeira correção iniciada na semana de 23 de janeiro. Essa correção se desenvolveu em 3 ondas antes de retomar o movimento de alta.

A seguinte correção em 3 ondas ocorreu após o segundo impulso de alta, iniciando na semana de 24 de abril deste ano, seguida por um segundo impulso de alta após o cruzamento de Tenkan e Kijun.

O terceiro movimento corretivo em 3 ondas aconteceu após a semana de 26 de junho deste ano. Este movimento registrou um pullback mais profundo que os dois anteriores, sinalizando uma possível fraqueza na tendência. No entanto, após a semana de 21 de agosto, observamos um novo impulso de alta que alcançou a máxima da estrutura atual em 54,3% de dominância.

Este último impulso de alta da estrutura atual deu início a um movimento corretivo na semana de 23 de outubro e, desde então, registramos pelo menos 3 semanas com máximas mais baixas.

Investidores profissionais estão atentos a essas informações do Market Cap, pois esse declínio na capitalização pode ser apenas a primeira onda de um movimento corretivo, caso os ciclos anteriores se repitam. Dentro desse contexto, caso haja uma nova entrada de capital no Bitcoin, é possível que seja um movimento limitado. Esta expectativa, no entanto, é subjetiva. A atenção agora está voltada para o rompimento ou rejeição do topo anterior.

É válido recordar que, em dezembro de 2020, a dominância do Bitcoin atingiu 73%, o que sugere espaço para um movimento de alta, embora seja natural, entre as ondas de impulso ascendente, a ocorrência de movimentos corretivos, possivelmente em três ondas.

Também é essencial ressaltar que uma nova entrada de capital, mesmo que limitada, poderá projetar o preço do Bitcoin para as próximas resistências discutidas no relatório Variação de Mercado da semana passada. Afinal, a tendência macro nos gráficos semanais, tanto do Market Cap quanto de preços, é ascendente.

 

 

 

Para onde o BTC pode ir?

No gráfico semanal de preços, continuamos a observar o movimento dentro de um canal de alta. Na semana anterior, o preço do Bitcoin enfrentou dificuldades para ultrapassar a região do último topo local, situado em US$ 38 mil. A expectativa de quebrar essa marca poderia projetar o preço para o topo do canal, estipulado anteriormente em US$ 39 mil. Entretanto, diante da ausência de confirmação do movimento de continuação após vários dias, podemos ajustar nossa perspectiva para uma nova região de resistência.

Caso, nesta semana, o preço consiga ultrapassar os US$ 38 mil, o topo do canal permanece uma resistência, agora estimada em US$ 39,8 mil. O preço está adentrando uma região de alto volume do Volume Profile. Se mantiver uma trajetória ascendente, a próxima zona que poderá limitar o movimento está em torno de US$ 42,2 mil, marcando uma retração de 50% desde uma queda iniciada em novembro de 2021.

A linha Chikou Span do indicador Ichimoku, traçada há 26 semanas, conseguiu superar a área da “Nuvem”, aumentando o otimismo entre os investidores. No entanto, o preço, na cotação atual, está distante das linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun, que representam os equilíbrios das últimas 9 e 26 semanas, respectivamente.

De acordo com estudos históricos com base nas linhas de equilíbrio do Ichimoku Kinko Hyo, o preço geralmente não permanece afastado por muito tempo das linhas Tenkan e Kijun. Isso pode resultar em alguma correção, especialmente se houver atividade significativa de vendedores nas regiões de resistência.

Estamos agora na 11ª semana de um movimento de alta que teve início em setembro. Observamos que, à medida que o preço se aproxima da região superior do canal, o volume de negociação está diminuindo, indicando possíveis sinais de exaustão no movimento ascendente.

Apesar desses indícios, e considerando tudo o que foi examinado até o momento, ainda é possível que os investidores mantenham uma perspectiva otimista, acreditando na possibilidade de o preço do Bitcoin alcançar pelo menos as resistências mais próximas antes de uma possível correção mais significativa.

 

 

 

Conclusão

A análise aprofundada dos indicadores de mercado, bem como a observação detalhada dos gráficos semanais do Bitcoin, e os estudos de indicadores que analisam as informações da Blockchain, oferecem uma perspectiva abrangente do atual cenário da criptomoeda.

Ao longo das últimas semanas, o Bitcoin tem enfrentado resistência ao tentar ultrapassar regiões-chave de preços, demonstrando sinais de esgotamento em seu movimento de alta. A dificuldade em romper certos patamares, como a marca de US$ 38 mil, tem limitado a continuidade desse ímpeto ascendente, apesar do otimismo persistente entre os investidores.

A análise técnica, incluindo o Trade System Ichimoku Kinko Hyo e o Volume Profile, ofereceu importantes sobre possíveis resistências futuras e pontos críticos de reversão. O distanciamento do preço em relação às linhas de equilíbrio Tenkan e Kijun sugere a possibilidade de uma correção em face de um possível enfraquecimento do movimento de alta.

Por outro lado, há uma perspectiva cautelosamente otimista, visto que os investidores continuam a acreditar na possibilidade de o Bitcoin alcançar níveis mais elevados antes de uma eventual correção mais acentuada. A expectativa de novas resistências em torno de US$ 39,8 mil e, potencialmente, em US$ 42,2 mil, ressalta a importância desses níveis para o futuro do preço do Bitcoin.

A presença de um volume de negociação reduzido próximo à região superior do canal sugere um possível enfraquecimento do movimento de alta atual. Diante dessa análise, é fundamental manter uma abordagem detalhada de todas as informações. Embora a possibilidade de correções seja uma realidade, a tendência macro ainda indica um viés ascendente tanto no gráfico semanal de preços quanto no Market Cap, deixando espaço para movimentos adicionais de valorização.

 

 

Agradecimento

Para finalizar, gostaria de agradecer a todos os leitores deste relatório. Espero que as informações tenham sido úteis para aprimorar seu conhecimento sobre a movimentação de preço do Bitcoin.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente, Emerson Antunes

ETF de Bitcoin: O que é e como ele impacta o preço do BTC

ETF de Bitcoin: O que é e como ele impacta o preço do BTC

A aprovação do ETF de Bitcoin tem sido um evento muito esperado pelos investidores. Afinal, caso o fundo regulamentado em bolsa seja aprovado, a expectativa é de que a entrada de capital institucional no mercado de criptomoedas seja ainda maior do que atualmente.

Com o mundo de olho no comportamento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que pode mudar a perspectiva dos ativos digitais, vamos analisar um pouco mais o que é o ETF de Bitcoin, como ele vai impactar o preço do BTC e o que dizem os especialistas.

Banner com logo das empresas que entraram com pedido de ETF de Bitcoin na SEC

O que é o ETF de Bitcoin?

ETF de Bitcoin é um instrumento financeiro que permite aos investidores ficarem expostos à volatilidade de preços do Bitcoin, sem a necessidade de comprar ou até mesmo armazenar a criptomoeda diretamente.

Basicamente, ele funciona como um fundo de investimento que possui Bitcoins e divide a propriedade desse portfólio em ações negociáveis. Algo semelhante aos fundos imobiliários ou outros produtos deste tipo. No caso do ETF de Bitcoin, os investidores compram e vendem essas ações no mercado tradicional, bem parecido com o que fariam com papéis de empresas. 

A flexibilidade deste método adiciona mais segurança ao investimento em criptomoedas, já que oferece uma regulamentação e elimina algumas barreiras, como posse do ativo e até possíveis complexidades da gestão de mais de uma carteira de Bitcoin.

Como funciona um ETF?

Os ETFs são fundos regulamentados em bolsa que rastreiam o desempenho de um índice, commodity ou ativo. No caso de um ETF de Bitcoin, o fundo compra uma quantidade significativa da criptomoeda e cria ações que refletem a fração do valor desses Bitcoins.

Leia também: Como investir em criptomoedas?

Quando o preço da moeda digital sobe ou desce, o valor dessas ações também muda proporcionalmente. Isso oferece aos investidores uma forma relativamente passiva de investir em Bitcoin, com a possibilidade de negociar as ações através de plataformas de corretagem tradicionais, aproveitando a regulação e a proteção que acompanham os produtos financeiros convencionais.

Impactos do ETF de Bitcoin no mercado de criptomoedas

A introdução do ETF de Bitcoin é vista como um marco para o mercado de criptomoedas. Ele é visto como um sinal de que o setor está maduro e há uma crescente aceitação do ativo digital entre os formadores de mercado, como as grandes empresas.

Por isso, ao facilitar o acesso dos investidores institucionais e de varejo ao Bitcoin, o ETF pode aumentar significativamente a liquidez e a estabilidade do ativo, impactando diretamente e – possivelmente positivamente – no preço do token. 

Além disso, o ETF promove uma espécie de “selo”, gerando um indicativo de confiança regulatória na criptomoeda, que pode incentivar mais investimentos e desenvolvimentos a partir desta tecnologia.

ETF de Bitcoin pode atrair investidores institucionais e alavancar preço do BTC

Quando sai o ETF de Bitcoin?

Já existem alguns ETFs de Bitcoin mundo afora. No Brasil, por exemplo, estes fundos estão disponíveis na B3 – responsável pela bolsa de valores –. O mais famoso deles e também o primeiro é o da Hashdex. Há alternativas também para quem quer investir em Ethereum no país.

Mas a expectativa maior está mesmo nos Estados Unidos, a principal economia do mundo e um dos maiores formadores de mercado. Por lá, só existem ETFs de Bitcoin a partir de contratos futuros, o que coloca os investidores em um mercado mais especulativo. Por isso, o ânimo maior dos investidores é que seja aprovado um fundo chamado ETF de Bitcoin spot ou à vista.

A Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (SEC) tem adiado muitos dos pedidos, inclusive de grandes gestores, como BlackRock e Fidelity. Segundo um calendário da SEC, repostado pela Bloomberg, 17/11/2023 marca o segundo deadline de pelo menos 12 solicitações de ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.

Calendário da SEC para aprovação do ETF de Bitcoin

Porém, os reguladores podem ainda estender este prazo, jogando a decisão para os primeiros meses de 2024.

Diferença entre ETF de Bitcoin futuro e ETF de Bitcoin spot

Um ETF de Bitcoin spot – ou à vista – tem como referência o BTC. O desempenho do fundo financeiro está diretamente ligado ao valor real da criptomoeda negociada no mercado. Assim, os investidores estão comprando ações que representam uma participação direta na moeda digital, mesmo que não a possuam diretamente.

Saiba mais: Halving do Bitcoin vai ser em 2024

Já o ETF de Bitcoin futuro realiza investimentos em contratos futuros de BTC. Este tipo de contrato funciona como acordos em que você pode comprar ou vender a criptomoeda a um preço predeterminado em uma data futura. Com isso, este tipo de ETF permite que os investidores especulem mais sobre os movimentos futuros dos preços do Bitcoin, também sem a necessidade de possuir a criptomoeda diretamente

Expectativas sobre o ETF de Bitcoin

A maioria dos analistas está otimista sobre o lançamento do ETF de Bitcoin no mercado de criptomoedas. A previsão é que o fundo vai oferecer uma nova via de acesso aos ativos digitais, trazendo um capital novo e diversificado, seja de investidores de varejo ou institucionais.

Embora este processo leve tempo, no futuro, a perspectiva é de que o setor conte maior liquidez e veja a volatilidade do BTC reduzir, a partir de uma aceitação maior da criptomoeda como um investimento.

Mercado de criptomoedas maduro

O ETF de Bitcoin representa uma maturidade nunca antes vista pelo mercado de criptomoedas. Caso aprovados, os fundos vão marcar uma espécie de último passo da tecnologia para participar de vez do setor financeiro tradicional – pelo menos na ala dos investimentos.

Com este produto acessível e regulado nos Estados Unidos, muitas novidades e outros fundos semelhantes podem surgir mundo afora, evidenciando ainda mais essa classe de ativos digitais. 

Para os investidores, ficar atento aos desdobramentos do ETF de Bitcoin pode te dar vantagem na hora de decidir por comprar ou vender criptomoedas. E você pode fazer isso diretamente aqui na Foxbit!