Crypto Trends: Live semanal com análises técnicas, on-chain e projeções de mercado

Crypto Trends: Live semanal com análises técnicas, on-chain e projeções de mercado

Crypto Trends é a mais nova live da Foxbit Exchange para trazer as mais completas análises técnicas, on-chain e projeções de mercado. Assim, você começa a semana por dentro de tudo e bem informado para realizar suas compras e vendas de criptomoedas a partir dos melhores dados disponíveis.

A live ocorre semanalmente, às segundas-feiras, sendo sua estreia em 1º de outubro, às 8h. Apresentado pelo especialista e analista de mercado Emerson Antunes, você pode acompanhar o Crypto Trends nos canais oficiais da Foxbit no YouTube e na Twitch!

O que é o Crypto Trends?

Com duração de 1 hora, o Crypto Trends é a nova live semanal da Foxbit Exchange, onde vamos mergulhar fundo nas tendências e movimentos do mercado de criptomoedas. 

Se você está buscando insights valiosos e análises completas para facilitar suas operações, este é o lugar certo!

Por que assistir ao “Crypto Trends”?

Trader profissional, com mais de 15 anos de experiência no setor financeiro e atuante no segmento de criptomoedas desde 2017, Emerson Antunes será responsável por comandar as melhores análises do mercado de criptomoedas.

Na live, nosso especialista vai mostrar:

Análises Gráficas Detalhadas: Candles, indicadores e outros aspectos técnicos das principais criptomoedas serão minuciosamente explicados por Emerson Antunes.

Projeções de Preços: Descubra quais criptomoedas têm o maior potencial de valorização e também as que podem cair no mercado..

Interatividade: Aproveite a oportunidade para fazer perguntas ao vivo e esclarecer todas as suas dúvidas sobre o mercado de criptomoedas.

Quando e Onde?

O Crypto Trends acontece ao vivo, todas às segundas-feiras, às 8h.

Você pode acessar a live e outros conteúdos no canal oficial da Foxbit no YouTube e também na Twitch!

Desvende os mistérios do mercado

No volátil mundo das criptomoedas, estar bem informado é a chave para o sucesso. E com o Crypto Trends, você terá todas as ferramentas necessárias para navegar com confiança neste mercado em constante evolução.

Por isso, inscreva-se em nossos canais do YouTube e Twitch para não perder nenhum episódio do Crypto Trends e outros conteúdos incríveis!

O HODLER: A narrativa de RWA ou Real World Assets

O HODLER: A narrativa de RWA ou Real World Assets

Bem-vindos à mais uma edição do “O HODLER”, a melhor newsletter do mercado crypto brasileiro.

Durante minhas recentes férias, decidi mergulhar em alguns materiais que estavam acumulando em meu backlog – aquele backlog infinito do mundo crypto que parece nunca ter fim. Nessa imersão, dois tópicos capturaram minha atenção: a tokenização de dados e os Ativos do Mundo Real (RWA). 

Neste relatório, vou me aprofundar no fascinante mundo dos RWA – outro dia falo sobre tokenização de dados – e explorar sua crescente relevância no ecossistema das finanças descentralizadas.

Como eu venho falando nos últimos anos, tudo será tokenizado, é inevitável. 

Vem comigo!

🤔 O que é o RWA ou Ativos do Mundo Real?

Os RWA estão revolucionando a forma como vemos e interagimos com investimentos tradicionais. Ao combinar o mundo físico com o digital, estamos abrindo portas para oportunidades financeiras inovadoras, especialmente no espaço DeFi (Finanças Descentralizadas).

RWAs referem-se a ativos tangíveis e intangíveis que têm valor no mundo real, como imóveis, arte, títulos e carros. Quando esses ativos são “tokenizados”, eles são convertidos em uma representação digital na blockchain, permitindo que sejam facilmente negociados e acessados globalmente.

  • A beleza dos RWAs no espaço DeFi é que eles servem como uma ponte entre o mundo financeiro tradicional e o ecossistema digital em rápido crescimento. 

Deixa eu te dar um exemplo: um edifício real pode ser tokenizado e, em seguida, esses tokens podem ser usados como garantia para obter um empréstimo em uma plataforma DeFi e isso é só a ponta do iceberg.

Tokenizar um RWA é como dar a ele uma identidade digital. Por exemplo, uma pintura valiosa pode ser tokenizada, dividindo-a em muitos pedaços digitais (tokens). Isso permite que várias pessoas invistam em frações dessa pintura, sem nunca possuir o item físico.

Isso tudo parece uma loucura, mas vou simplificar nas próximas fases desse report.

💡 Ligando o Tradicional ao Digital

Para ligar as duas coisas precisamos entender elas. Vamos dar uma pausa de RWA para falar de TradFi e DeFi.

TradFi, ou Finanças Tradicionais, refere-se ao sistema financeiro convencional que todos conhecemos: bancos, corretoras, bolsas de valores e outras instituições financeiras que operam sob um quadro regulamentar estabelecido e são centralizadas por natureza.

DeFi, ou Finanças Descentralizadas, é um sistema financeiro que opera em plataformas blockchain, como Ethereum. Ele busca replicar produtos financeiros tradicionais (como empréstimos e trocas) em um ambiente descentralizado, sem intermediários.

Voltando ao assunto te faço uma pergunta: Por que a transição para DeFi é necessária? Vou te responder em 4 tópicos!

 

 

  1. Eficiência de Custo: Isso significa que as operações em DeFi podem ser realizadas a um custo menor, beneficiando os usuários finais.
  2. Acessibilidade: DeFi é acessível a qualquer pessoa com uma conexão à internet e uma carteira digital, removendo barreiras geográficas e financeiras.
  3. Transparência: Todas as transações em DeFi são registradas em uma blockchain, proporcionando transparência total e rastreabilidade.
  4. Inovação: DeFi permite a criação de produtos financeiros inovadores que não são possíveis no sistema TradFi.

Detalhe importante, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu a eficiência de custo do DeFi em comparação com o TradFi. Esta é uma descoberta significativa, pois fornece dados concretos que mostram que DeFi é uma alternativa mais barata ao sistema financeiro tradicional. É a primeira pesquisa que compara os custos de ambos os sistemas.

💡 O que vai ser tokenizado?

O potencial de mercado para tokenização é gigantesco, porque praticamente todos os ativos tangíveis e intangíveis possuem valor. Para entender o tamanho do mercado a ser tokenizado, podemos considerar vários segmentos de ativos:


Imóveis

Este é um dos maiores mercados do mundo. De acordo com um relatório da Savills, o valor total dos imóveis em todo o mundo foi estimado em cerca de $280 trilhões em 2017. A tokenização pode permitir a divisão de propriedades em tokens negociáveis, tornando o investimento imobiliário mais acessível.


Arte e Colecionáveis

O mercado global de arte foi avaliado em mais de $60 bilhões em 2019. A tokenização pode permitir que investidores comprem uma fração de uma obra de arte, tornando o investimento em arte mais acessível e líquido.


Ativos Financeiros

Isso inclui ações, títulos, derivativos e outros instrumentos financeiros. O tamanho deste mercado é de vários trilhões de dólares. A tokenização pode trazer maior liquidez e acessibilidade a esses ativos.


Commodities

Ouro, prata, petróleo e outras commodities têm um mercado de trilhões de dólares. A tokenização pode permitir a negociação fracionada desses ativos.


Ativos Intangíveis

Isso inclui patentes, direitos autorais, royalties e outros ativos intangíveis. Embora seja difícil estimar o valor total deste mercado, ele representa trilhões de dólares.

 

Outros Ativos

Isso inclui ativos como infraestrutura (por exemplo, rodovias, pontes), empresas privadas, direitos de exploração de recursos naturais, entre outros.

Considerando todos esses segmentos, o mercado total a ser tokenizado é de vários centenas de trilhões de dólares. No entanto, é importante notar que nem todos esses ativos serão tokenizados. 

A extensão da tokenização dependerá de vários fatores, incluindo avanços tecnológicos, regulamentações, aceitação do mercado e outros desafios.

 

💡 Quem vai vender as pás?

Na famosa corrida do ouro do século XIX, muitos aventureiros correram para as montanhas na esperança de encontrar fortuna. No entanto, uma observação interessante é que, enquanto alguns garimpeiros encontraram ouro, muitos mais se beneficiaram vendendo as ferramentas necessárias para a busca – como pás. Em outras palavras, em meio a uma febre de ouro, aqueles que forneceram as ferramentas essenciais muitas vezes colheram os maiores benefícios.

Da mesma forma, no ecossistema DeFi e RWA, enquanto muitos estão explorando e investindo em diferentes ativos e oportunidades, são os protocolos – as “ferramentas” deste novo mundo financeiro – que estão se posicionando como os verdadeiros catalisadores e beneficiários desta revolução. 

Estes protocolos fornecem a infraestrutura necessária para que tudo aconteça – aí que entra nós meros mortais.

Para que essa revolução financeira se concretize plenamente, é essencial ter uma ponte sólida entre o mundo digital e o mundo real. E é aqui que entra a importância dos Ativos do Mundo Real (RWA). Existem projetos inovadores que estão focados em construir essa ponte, garantindo que os ativos reais possam ser facilmente integrados ao mundo DeFi.

Esses são 5 projetos que eu estou de olho dentro dessa narrativa:

  • MakerDAO: Uma plataforma DeFi que permite que ativos reais, como imóveis, sejam usados como garantia para empréstimos digitais.
  • Centrifuge: Ajuda empresas e indivíduos a transformar seus ativos reais em tokens, tornando-os acessíveis para financiamento no mundo DeFi.
  • Goldfinch: Foca em empréstimos sem garantia, permitindo que empresas obtenham financiamento com base em sua reputação e histórico.
  • Ondo Finance: Um protocolo que cria produtos financeiros híbridos, combinando aspectos do mundo real e DeFi.
  • Maple Finance: Conecta investidores institucionais a oportunidades no espaço DeFi, usando RWAs como uma forma de garantia.

Mas existe todo um ecossistema sendo construído que já está avaliado em mais de $6bi de acordo com o Coinmarketcap.

 

⚠️ Implicações da narrativa

A transição do sistema financeiro tradicional para o mundo DeFi não é apenas uma mudança tecnológica, mas também traz consigo uma série de implicações profundas que afetam tanto os indivíduos quanto as instituições. 

Listei alguns riscos dessa narrativa para gente ficar de olho.

Desintermediação

A remoção ou redução da necessidade de intermediários em transações financeiras.

Implicações:

  • Eficiência de Custo: Transações em DeFi tendem a ter custos mais baixos, pois não há intermediários que cobram taxas.
  • Acesso Direto: Os usuários podem interagir diretamente com os mercados, sem a necessidade de um intermediário, como um banco ou corretora.
  • Desafios: A falta de intermediários também significa menos proteção para os usuários, pois não há entidades reguladas supervisionando as transações.

 

Desafios Regulatórios:

A natureza descentralizada de DeFi cria desafios para os reguladores em termos de supervisão e controle.

Implicações:

  • Ambiguidade: Muitos países ainda estão determinando como regular o espaço DeFi.
  • Adaptação: Às plataformas DeFi podem precisar ajustar suas operações para cumprir novas regulamentações.
  • Proteção ao Consumidor: A regulamentação pode ser vista como uma maneira de proteger os consumidores de práticas desonestas ou fraudulentas.

Riscos de Segurança:

Embora a tecnologia blockchain subjacente seja segura, os protocolos e plataformas DeFi podem ter vulnerabilidades.

Implicações:

  • Ataques: Há uma história crescente de ataques a protocolos DeFi, resultando em perdas significativas.
  • Responsabilidade: Sem intermediários, os usuários são muitas vezes responsáveis por sua própria segurança, o que significa que precisam ser mais vigilantes.
  • Inovação: A comunidade DeFi é rápida em aprender com erros e vulnerabilidades, levando a inovações e melhorias contínuas na segurança.

⚠️ Gostou?

Espero que tenham gostado de mais uma news. 

Estamos vivendo uma transformação financeira com a ascensão da tokenização e do DeFi. Assim como a corrida do ouro abriu novas oportunidades no passado, a tokenização está mudando a forma como interagimos com ativos. O potencial é enorme, abrindo portas para que muitos tenham acesso a investimentos antes fora de alcance.

Porém, com novas oportunidades vêm desafios. Segurança, regulamentação e aceitação são questões a serem enfrentadas. Mas, assim como na corrida do ouro, os maiores beneficiados podem ser aqueles que fornecem as ferramentas para essa revolução, ou seja, os protocolos e plataformas DeFi.

Em resumo, estamos no início de uma nova era financeira, repleta de promessas e possibilidade de fazer mais bitcoin!

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

Dinheiro fluindo para o Bitcoin

Dinheiro fluindo para o Bitcoin

Com poucos dias à frente para encerrar o mês e também o terceiro trimestre deste ano, o Bitcoin (BTC) esboçou uma retomada de preços, mas foi impedido por uma forte resistência. A capitalização de mercado, entretanto, mostra que o dinheiro segue fluindo para a criptomoeda, com pouca atenção voltada às oscilações de preços atuais. Mesmo assim, a pressão ainda é vendedora, com altos volumes de negociação nos últimos meses. Parte desse movimento pode estar associado à distribuição de BTC entre os maiores detentores do ativo. Então, vamos olhar para os ciclos de tempo e outros indicadores para identificar as principais tendências.

 

 

O dinheiro está entrando

A análise do gráfico mensal de capitalização do BTC mostra um candle positivo, indicando a entrada de capital no ativo. Isso sugere que investidores de longo prazo não estão preocupados com as flutuações de preço recentes. Muito provavelmente, a crença destes players é que estamos em um período que antecede o halving de 2024. Historicamente, o período pós-halving costuma trazer valorização para o ativo e isto motiva investidores que estão olhando para o futuro da criptomoeda.

Para fortalecer esta visão, percebemos um padrão interessante em dados passados. Em setembro de 2022, também houve entrada de capital, marcando o início de um movimento de alta que continuou ao longo de 2023. De setembro de 2022 até o final de setembro de 2023, temos um ciclo temporal de 13 meses. Estudado por Goichi Hosoda, criador da Teoria do Tempo usada na metodologia Ichimoku Kinko Hyo, esse ciclo temporal parece estar em ação novamente. Ele é considerado um equilíbrio entre ciclos de 9 e 17 meses.

 

 

Setembro de 2021 também testemunhou entrada de capital, elevando a dominância do Bitcoin de 39,71% para 47,68%. Mais uma vez, temos um ciclo de 13 meses, de setembro de 2021 a setembro de 2022. Em setembro de 2020, o padrão se repetiu com a entrada de capital.

Portanto, desde 2020, independentemente da movimentação de preço, setembro tem sido consistentemente um mês de entrada de capital e aumento na dominância do Bitcoin. Isso sugere que, mesmo que o preço da moeda digital feche o mês com uma variação negativa, investidores de longo prazo estão otimistas, aproveitando as quedas para aumentar suas posições.

Outra observação relevante é que, até o momento em que estou escrevendo este relatório, o volume de negociações de entrada e saída de capital é menor do que nos meses de agosto e julho. Isso pode ser um alerta para investidores menos experientes que buscam seguir o movimento dos grandes players de longo prazo.

 

 

 

Oferta e demanda

Agora, direcionamos nossa atenção para o gráfico mensal de preços do Bitcoin. Ao examinar a imagem apresentada, fica evidente que os meses de julho e agosto de 2023 foram marcados por variações negativas nos preços da criptomoeda, acompanhadas por um aumento no volume de negociações. Isso indica um domínio da oferta sobre a demanda, pressionando os preços para baixo.

No mês de setembro, observamos que os vendedores reduziram sua intensidade, sugerindo uma diminuição da pressão de venda. No entanto, ao examinar o volume de compra e venda de Bitcoins à vista até o momento, notamos que ele é inferior aos meses anteriores, indicando uma demanda mais fraca. É importante lembrar que, sem uma demanda robusta no mercado, é difícil para os preços subirem.

 

 

Para aprofundar a análise, adicionamos uma linha Tenkan Sen do Ichimoku Kinko Hyo, que representa um equilíbrio de 9 meses, ao gráfico mensal. Identificamos um suporte local na região de US$ 24,2 mil. Essa faixa de preço está dentro do intervalo que já mencionamos em relatórios anteriores, compreendido entre US$ 24,8 mil e US$ 23,1 mil.

Usando a metodologia do Ichimoku Kinko Hyo, podemos fazer uma previsão. A Tenkan Sen deve subir para a região de US$ 25,7 mil a partir de 1º de outubro. Essa informação nos permite antecipar possíveis cenários. 

Caso o preço do Bitcoin esteja abaixo deste valor, a Tenkan Sen, que atualmente atua como suporte, se tornará uma nova resistência local para o gráfico mensal. Isso pode sugerir uma continuação da pressão de venda. Mas se o preço romper essa barreira, a Tenkan Sen continuará a operar como suporte, mas com um valor mais elevado do que o atual na região de US$ 25,7 mil. Isso poderia indicar uma possível reversão de tendência.

Existem duas razões que nos levam a estar preparados para um cenário em que o preço opere abaixo desses níveis. Primeiro, a falta de demanda significativa até o momento não proporcionou um impulso de alta. Em segundo lugar, desde 2017, temos visto consistentemente uma variação de preço negativa para o Bitcoin no mês de setembro, como já detalhamos em relatórios anteriores.

 

 

 

Pressão de vendas

Entramos na 16ª semana do ciclo temporal que temos acompanhado nos últimos meses no gráfico semanal. Na semana passada, observamos uma tentativa de alta que testou pontos cruciais de equilíbrio, mas o preço acabou caindo novamente, resultando em uma vela semanal com um pavio superior significativo. Isso sinaliza que, predominantemente, os vendedores estavam no controle do mercado.

O volume de negociação da semana passada foi menor do que o volume da semana anterior, o que indica que a tentativa de alta, que testou a Tenkan Sen, não teve uma presença ativa da demanda. Isso resultou em mais uma vez os vendedores dominando o movimento e uma variação de preço com fechamento negativo.

 

A Chikou Span, que é plotada 26 semanas no passado, permanece abaixo dos preços. Isso revela que os investidores que entraram comprando na primeira semana de abril ainda não viram suas posições se valorizarem e só entrarão em território lucrativo com preços acima de US$ 28 mil.

No curto prazo, o movimento do preço do Bitcoin no gráfico semanal é dominado pelos vendedores de 9 semanas atrás. Quando o valor tocou a Tenkan Sen na semana passada e depois caiu, ficou evidente que aqueles que haviam vendido na semana de 24 de julho estavam defendendo suas posições de venda em seu ponto de equilíbrio, que era justamente a região de preço da Tenkan Sen.

O contexto macro do gráfico semanal ainda mostra uma grande lateralidade, com as linhas “Kijun Sen”, “Tenkan Sen”, “Senkou Span A” e “Senkou Span B” planas, confirmando a consolidação do mercado. No entanto, a pressão predominante ainda é de venda. É importante destacar que essa pressão de venda está ocorrendo nas mínimas da estrutura de lateralidade, e como mencionado em relatórios anteriores, é comum que o preço teste abaixo das mínimas estruturais em busca de liquidez.

Neste cenário, a análise indica um mercado lateralizado com pressão de venda predominante. Os vendedores que entraram há algumas semanas estão segurando suas posições, e a demanda ainda não demonstrou força suficiente para reverter essa tendência. O contexto macro reforça a consolidação, mas a presença de vendedores nas mínimas sugere uma necessidade de cautela.

 

 

Distribuição entre carteiras

Olhando para o gráfico semanal que monitora o número de endereços que detêm grandes quantidades de Bitcoins, encontramos as seguintes informações relevantes:

 

  1. Endereços com mais de 100 Bitcoins: Desde a semana de 04 de setembro, estávamos observando uma diminuição no número de endereços que possuem mais de 100 Bitcoins. Agora o gráfico aponta um leve aumento.
  2. Endereços com mais de 1.000 Bitcoins: Ainda vemos queda no número de endereços com mais de 1.000 Bitcoins desde a semana de 21 de agosto.
  3. Endereços com mais de 10.000 Bitcoins: O número de endereços com mais de 10.000 Bitcoins que permaneceu estável ao longo do mês, teve um incremento na última segunda-feira.

 

Durante as três primeiras semanas de setembro, observou-se cautela entre os grandes investidores. Isso é evidenciado pelo indicador SOPR, que não conseguiu ultrapassar a linha 1 e permanece sinalizando que investidores com menos experiência estão sendo forçados a encerrar suas posições com algum prejuízo. Além disso, há um grupo de investidores que costuma operar com stops curtos devido a restrições de gerenciamento que não permite que sustentem perdas por muito tempo. Esses fatores podem contribuir para o SOPR permanecer abaixo da linha 1.

Diversos fatores podem contribuir para a calmaria atual no mercado de criptomoedas. Um deles é a análise técnica que sugere a existência de muita liquidez abaixo das mínimas da estrutura de preços semanal. Até o momento, não foi observada nenhuma entrada significativa de demanda para reverter essa situação.

A única coisa que pode impedir o preço de buscar a liquidez abaixo das mínimas nos suportes sugeridos em “Variação de Mercado” anteriores é uma entrada de demanda impulsionada por algum evento externo à estrutura. Isso poderia incluir uma notícia relevante que afete o mercado de criptomoedas de forma significativa.

A análise dos dados on-chain indica cautela entre os grandes detentores de Bitcoin, com muitos deles diminuindo suas posições e o SOPR sugerindo que alguns investidores podem estar enfrentando prejuízos. A falta de entrada de demanda significativa até o momento pode levar o mercado a buscar liquidez abaixo das mínimas estruturais, a menos que ocorra um evento externo que impulsione a demanda. Por isso, é fundamental manter uma postura atenta e flexível no atual cenário de mercado.

 

 

 

Acumulação X Distribuição

Continuamos monitorando o gráfico diário em busca de uma estrutura de preços sugerida pela metodologia de Richard Wyckoff e identificamos a presença de um “Order Block” nas mínimas estruturais. Em regiões de “Order Block”, é comum que o preço experimente algum tipo de reação.

É importante ressaltar que estamos na última semana de setembro e, ao mesmo tempo, na última semana de um ciclo temporal de 16 períodos semanais. Nesse contexto, é crucial manter um nível elevado de vigilância, pois os movimentos diários de preços podem oferecer falsos sinais de direção.

Apesar de o preço do Bitcoin estar próximo a um “Order Block”, a oferta ainda é predominante no mercado, o que pode limitar o impacto desse evento específico.

A Nuvem de Ichimoku continua atuando como uma resistência significativa para o movimento de preços no gráfico diário. A linha “Senkou Span B” permanece plana, confirmando a estrutura lateral do mercado, enquanto as linhas “Tenkan”, “Kijun” e “Senkou Span A” apontam para baixo, indicando que o preço pode continuar a cair em um curto prazo.

 

 

Desde 19 de setembro, quando o preço começou a cair, observamos uma diminuição no volume de negociação. Isso é provavelmente devido à aproximação do “Order Block”, com os investidores aguardando para ver qual tipo de reação ocorrerá nesta região. Olhando para o volume de toda a estrutura desde 17 de agosto, também é possível observar uma redução no volume, isso pode sugerir que estamos próximos de encerrar mais uma fase da estrutura.

No cenário atual, a análise do gráfico diário indica que estamos próximos de um “Order Block”, mas a “oferta” ainda está controlando o mercado. A Nuvem de Ichimoku age como uma resistência significativa, e os indicadores apontam para uma possível continuação do movimento de baixa.

 

Conclusão

À medida que encerramos a análise da movimentação de preços do Bitcoin ao longo do mês, observamos que o mercado de criptomoedas se encontra em um ponto de inflexão, com diferentes forças em jogo.

No nível mensal, notamos uma entrada constante de capital, sugerindo que investidores de longo prazo mantêm suas posições com otimismo, à medida que se aproximam do halving de 2024. No entanto, no curto prazo, o gráfico semanal revela um movimento de queda, com vendedores exercendo pressão sobre os preços. Os dados on-chain indicam cautela entre os grandes detentores de Bitcoin, com falta de demanda significativa para reverter a pressão de venda.

A análise do gráfico diário destaca a presença de um “Order Block”, que poderia servir como ponto de inflexão, mas a oferta continua predominante, tornando a situação delicada. A Nuvem de Ichimoku age como resistência, e os indicadores apontam para a possibilidade de preços mais baixos no curto prazo. Além disso, estamos no final de setembro e do ciclo temporal de 16 semanas, o que pode aumentar a volatilidade. É essencial manter uma abordagem cautelosa e flexível neste cenário.

Em resumo, embora os investidores de longo prazo mantenham sua crença no potencial futuro do Bitcoin, o curto prazo apresenta desafios significativos. A falta de demanda imediata e a pressão de venda atualmente predominante indicam a necessidade de prudência. Estaremos atentos a possíveis eventos externos que possam afetar o mercado e continuaremos a monitorar de perto as mudanças nos próximos períodos.

 

 

Agradecimento

Espero que as informações e insights fornecidos neste relatório tenham sido úteis e informativos. À medida que continuamos a acompanhar o mercado de criptomoedas em constante evolução, é o apoio e o interesse de pessoas como você que nos motivam a fornecer análises detalhadas e perspicazes.

Fique à vontade para entrar em contato a qualquer momento para mais informações, esclarecimentos ou para discutir qualquer aspecto deste relatório. Estou aqui para contribuir e compartilhar conhecimento.

Obrigado por sua atenção e interesse neste trabalho.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin Cash (BCH): O Que é, Como Funciona e Sua Origem como Fork do Bitcoin

Bitcoin Cash (BCH): O Que é, Como Funciona e Sua Origem como Fork do Bitcoin

Bitcoin Cash (BCH) é um dos mais famosos projetos de criptomoeda no mundo todo. Seu sucesso se deve ao fato de que ele foi criado com o objetivo de melhorar o Bitcoin (BTC) original, permitindo maior velocidade e escalabilidade na realização das transações. 

Neste artigo, vamos explorar o que é Bitcoin Cash, como ele funciona, qual foi seu processo de criação e também analisar o gráfico de preços do BCH para que você possa entender e aproveitar as suas vantagens.

Logo do Bitcoin Cash

O que é Bitcoin Cash?

Ao ouvir o termo “Bitcoin Cash”, muitos podem pensar que se trata apenas de uma variação ou subcategoria do Bitcoin. No entanto, essa criptomoeda tem sua própria identidade, história e características que a diferenciam de sua “irmã mais velha”, o Bitcoin.

Definição básica e sua relação com o Bitcoin original

O Bitcoin Cash, muitas vezes abreviado como BCH, é uma criptomoeda independente que nasceu de um desacordo dentro da comunidade Bitcoin

Em termos simples, é uma versão do Bitcoin que foi criada para resolver alguns dos problemas que a moeda original enfrentava, especialmente em relação à escalabilidade e velocidade das transações.

Contextualização no cenário das criptomoedas

Desde sua criação, em 2017, o Bitcoin Cash rapidamente ganhou destaque no universo das criptomoedas. Ele foi desenvolvido para permitir transações mais rápidas e baratas, tornando-se uma alternativa atraente para muitos que buscavam eficiência e economia. 

Enquanto o Bitcoin é frequentemente visto como “ouro digital”, uma reserva de valor, o Bitcoin Cash posiciona-se como uma moeda para transações do dia a dia, buscando ser mais prático e acessível.

A ideia por trás do Bitcoin Cash era simples: se o Bitcoin não conseguisse se adaptar rapidamente às demandas crescentes do mercado, por que não criar uma nova versão que pudesse? E assim nasceu o BCH, com a promessa de ser uma versão melhorada e mais eficiente do Bitcoin.

História do Bitcoin Cash: Entendendo o fork

O nascimento do Bitcoin Cash não foi um evento isolado, mas o resultado de debates intensos e desacordos profundos dentro da comunidade Bitcoin. Para entendermos a origem do BCH, é fundamental compreender o conceito de “fork” e o contexto que levou à sua criação.

Leia também: Fork é oportunidade para ganhar criptomoedas

O que é um “fork” no mundo das criptomoedas?

Em termos simples, um “fork” é uma bifurcação. No contexto das criptomoedas, refere-se a uma mudança nas regras do protocolo que resulta em duas versões distintas da blockchain: uma que segue as regras antigas e outra que segue as novas. Essas bifurcações podem ser planejadas – intencionais – ou resultar de desacordos na comunidade.

Razões para a criação do Bitcoin Cash como um fork do Bitcoin

O principal motivo que levou ao surgimento do Bitcoin Cash foi a necessidade de resolver problemas de escalabilidade do Bitcoin. 

Com o aumento da popularidade do BTC, a quantidade de transações cresceu exponencialmente, levando a tempos de processamento mais longos e taxas mais altas. A comunidade estava dividida sobre como resolver esses problemas.

Uma parte dela propôs aumentar o tamanho dos blocos na blockchain do Bitcoin, permitindo que mais transações fossem processadas de uma só vez. Outra parte tinha preocupações sobre essa abordagem, alegando que poderia centralizar o processo e comprometer a segurança.

Incapazes de chegar a um consenso, em 1º de agosto de 2017, ocorreu um “hard fork” no Bitcoin, dando origem ao Bitcoin Cash, com um tamanho de bloco maior e, portanto, capacidade para processar mais transações por bloco.

Principais atores e eventos que levaram à cisão

Diversos desenvolvedores, mineradores e grandes players do mercado estiveram envolvidos no debate que culminou no surgimento do Bitcoin Cash. Empresas como a Bitmain, um dos maiores fabricantes de hardware de mineração, apoiaram o novo protocolo. 

Além disso, personalidades influentes, como Roger Ver, foram defensores fervorosos do BCH, acreditando em sua visão de ser uma moeda mais prática para transações cotidianas.

Confira: Como funciona a mineração de Bitcoin

Como funciona o Bitcoin Cash

O Bitcoin Cash, embora derivado do Bitcoin, possui características técnicas distintas que o tornam único.

Nos blocos

A principal diferença técnica entre Bitcoin e Bitcoin Cash é o tamanho do bloco. Enquanto o Bitcoin tem um tamanho de bloco de 1 MB, o Bitcoin Cash começou com um tamanho de bloco de 8 MB, que foi posteriormente aumentado. 

Atualmente, a rede pode processar blocos de 32 MB. Isso significa que o BCH pode analisar um volume maior de transações por bloco, tornando as transações mais rápidas e as taxas geralmente mais baixas.

Nesta divisão de operações, podemos fazer um comparativo direto entre as duas criptomoedas:

Segurança: Ambas são seguras, mas o Bitcoin, por ter uma rede mais ampla e mais mineradores, é frequentemente visto como mais seguro contra ataques.

Escalabilidade: O Bitcoin Cash tem uma vantagem aqui devido ao seu tamanho de bloco maior.

Taxas: As taxas no BCH tendem a ser mais baixas devido à capacidade de processar mais transações por bloco.

Aceitação no mercado: O Bitcoin ainda lidera em termos de adoção e aceitação como forma de pagamento.

Diferença do tamanho de blocos entre BTC e BCH

Vantagens e desvantagens em relação ao Bitcoin original

Com a criação do Bitcoin Cash, o mercado passou a ter acesso a uma nova criptomoeda, baseada na principal moeda digital do mundo. Por isso, ela tem inúmeras vantagens, o que chama a atenção de diversos investidores. Ao mesmo tempo, claro, o ativo demonstra suas fragilidades.

Vantagens

     

      • Transações mais rápidas devido ao tamanho maior do bloco.

      • Taxas de transação geralmente mais baixas.

      • Maior capacidade de escalabilidade.

    Desvantagens

       

        • Menor adoção em comparação ao Bitcoin.

        • Potenciais preocupações sobre a centralização da mineração.

      Diferenças Chave entre Bitcoin e Bitcoin Cash

      Embora compartilhem o nome “Bitcoin”, BTC e BCH têm diferenças significativas.

      Bitcoin Cash: Gráfico, Preço hoje, Valor

      Comercializado a partir de setembro de 2017, o Bitcoin Cash teve seu preço negociado a US$ 433,38. Sua máxima histórica não demorou muito tempo para chegar. Em novembro do mesmo ano, o BCH atingiu seu pico de US$ 4.355,62. A mínima do ativo veio um ano depois: US$ 75,08.

      Gráfico Bitcoin Cash

      Fonte: CoinMarketCap

      Assim como a maioria das criptomoedas, o Bitcoin Cash também apresenta uma volatilidade considerável, o que acaba sendo um grande atrativo para investidores arrojados. Seu nome de peso também torna o token bastante interessante para quem procura diversificar o portfólio.

       

       

      No embalo

      Apesar de seu preço de negociação estar longe de seu “antecessor”, o Bitcoin Cash ainda é uma criptomoeda com alto valor de mercado e sempre aparece na lista das criptomoedas com maior valor de mercado entre todo o setor.

      O fato da moeda digital ser um fork do Bitcoin traz maior credibilidade à rede. Ao mesmo tempo, as soluções por ela aplicadas são, de fato, muito coerentes e importantes, em um cenário em que escalabilidade é um tema muito sensível.

      Bitcoin Cash é, geralmente, apontada como uma boa criptomoeda para se ter na carteira e você pode comprá-la diretamente aqui na Foxbit Pro!

      Alheio, BTC forma uma… Xícara?

      Alheio, BTC forma uma… Xícara?

      A lateralidade permanece firme e forte para os lados do Bitcoin (BTC). Embora seja característica de períodos pré-halving, a falta de “pistas” sobre o comportamento da criptomoeda é, até certo ponto, angustiante para muitos investidores. Para complicar ainda mais, há também uma descorrelação importante da moeda digital com o mercado tradicional, tornando os gatilhos de preços – sejam de alta ou baixa – ainda mais imprevisíveis. Por isso, a ideia aqui é pontuar essa perda de conexão e como os fundamentos do próprio BTC podem ser o ponto-chave para embasar suas negociações.

       

      Vem mais juros por aí!

      Nos Estados Unidos, a política monetária esteve no centro do palco na última semana. Como esperado pela maioria dos investidores, o Federal Reserve manteve sua taxa de juros atual, assim como fez duas reuniões atrás.

      Entretanto, Jerome Powell, presidente do FED, disse que a inflação ainda não atingiu a meta desejada e indicou uma postura cautelosa em relação às taxas. Durante coletiva, o mandatário comentou que o banco central está disposto a elevar os juros novamente, se necessário, para manter a inflação sob controle. 

      O ponto de discussão ganha um tom mais quente quando olhamos para as prévias do Índice Gerente de Compras (PMIs). Apesar da melhora nos indicadores de Serviços, Indústria e Composto, não dá para dizer que a economia está bem postada em território de expansão.

       

       

      Na ponta do lápis

      As contas públicas dos Estados Unidos continuam sendo o grande impasse no país. Os republicanos mais “casca-grossas” estão resilientes às pressões para aprovar novos cortes no orçamento. Inclusive, eles ainda levaram ao adiamento das votações no Congresso.

      Caso não ocorra o reajuste nos gastos públicos, algumas funções federais – como a emissão de passaportes, entre outras atividades – podem ser paralisadas por falta de verba já no próximo mês. Essa perspectiva tem deixado congressistas e empresários preocupados com a situação das contas norte-americanas.

       

      No caminho da recuperação?

      Do outro lado do oceano, a Zona do Euro enfrenta seus próprios desafios. A queda contínua da inflação ao consumidor (CPI) pelo quarto mês consecutivo em agosto reflete uma demanda mais fraca e potencialmente um ambiente deflacionário. 

       

        Agosto Projeção Julho
      CPI 5,2% 5,3% 5,3%
      CPI Núcleo 5,3% 5,3% 5,5%

       

      A queda de preços acompanha ainda um aumento significativo dos PMIs do bloco. Mesmo assim, Serviços, Indústria e Composto continuam abaixo dos 50 pontos, colocando a economia em possível recuperação, mas ainda em território de retração.

      Neste caso, os dados da atividade econômica nos EUA, que mostram uma demanda mais fraca, podem ter implicações para a Zona do Euro, dada a relação econômica entre as regiões.

       

      Revertendo o aperto

      Os juros também foram tema central esta semana no Brasil. O Banco Central (BACEN) decidiu cortar em 0,5% a SELIC. Com isso, o país abandonou o posto de ser responsável pela maior taxa de juros reais do mundo. A decisão tem como objetivo e perspectiva estimular mais o investimento e consumo internos.

      Em pronunciamento, a instituição disse que a redução dos juros deve seguir para as próximas reuniões e todos com a mesma magnitude. Ou seja, há grande probabilidade de que o Comitê de Política Monetária brasileiro faça um novo recuo de 0,5% no próximo encontro.

      No entanto, o avanço do IGP-10 em setembro indica que as pressões inflacionárias são persistentes, e o BACEN terá que continuar monitorando de perto para garantir a estabilidade econômica.

       

       

      Bitcoin desconectado da realidade

      O Bitcoin enfrentou dias ligeiramente mais agitados na última semana. A criptomoeda de referência saltou rapidamente dos níveis mais baixos dos US$ 26 mil para perto dos US$ 27,5 mil. Este ponto serviu para realização de lucro de boa parte dos investidores, impedindo a continuidade do impulso.

       

      Fim da correlação?

      É interessante observar que, há alguns meses, o comportamento do Bitcoin parece “alheio” ao restante do mundo. É inflação de um lado, taxa de juros do outro, e a criptomoeda está lá, fazendo o “seu corre”. A falta de engajamento do ativo com eventos macroeconômicos têm chamado muito a atenção recentemente.

      Em um estudo da IntoTheBlock, essa percepção é vista também nos números, a partir da sua métrica “coeficiente de correlação”. Se o indicador está acima de zero pontos, quer dizer que os ativos estão se movendo na mesma direção e ao mesmo tempo. Quanto mais próximo de 1, maior a correlação entre os ativos.

      Em contrapartida, quando o coeficiente está negativo – abaixo de zero –, menor é a correlação entre eles. Desta forma, enquanto um ativo se valoriza, o outro tende a perder força simultaneamente. Assim, o Bitcoin de certa forma está alheio ao cenário macroeconômico.

      Como podemos observar no gráfico, destaca-se não só seu desprendimento ao índice dólar (DXY), mas principalmente ao S&P 500 e Nasdaq 100, que costumavam ser grandes “puxadores” de ações de tecnologia e, consequentemente, das criptomoedas.

      Essa descorrelação, portanto, coloca ainda mais dúvidas sobre os movimentos do Bitcoin, já que são menos informações disponíveis para analisar seu comportamento. Por outro lado, é um sinal de que a moeda digital está buscando o seu lugar ao Sol e operando a partir de seus próprios fundamentos.

       

      Ninguém vende

      Neste caso, nada mais justo do que observar os dados on-chain para identificar possíveis insights. Logo de cara, vemos que a oferta inativa de Bitcoin está atingindo máximos históricos. Isso sugere que muitos detentores estão acumulando e não querem vender seus ativos no curto prazo. 

      A reserva de BTC nas exchanges – linha azul – segue caindo desde abril deste ano. Este movimento acentua ainda mais a narrativa de que o mercado está em fase de acumulação, provavelmente de olho no próximo halving, como vimos no Satoshi Call anterior.

       

      Eles querem muito

      O hype em torno do investimento institucional no mercado de criptomoedas é cada vez maior. A Grayscale, que já havia solicitado uma revisão de seu pedido de ETF de Bitcoin à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) , deu mais um passo à frente.

      Agora, a empresa apresentou um novo pedido, desta vez, para lançar um fundo baseado em futuros de Ethereum (ETH). Caso aprovado, é mais um case de sucesso e uma nova oportunidade para a entrada investidores institucionais.

       

       

      Vai um cafézinho aí?

      No gráfico semanal, o Bitcoin segue dentro de seu movimento lateral, mas se recuperando da recente baixa, após uma aproximação ao último suporte de preços na região dos US$ 24 mil (linha azul). Este nível ganha ainda mais força, pois a linha inferior da banda de Bollinger também mira este ponto como possível fundo de futuras correções.

      Fonte: TradingView, em 25/09/2023, às 8h35min.

      Interessante notar também que o desenho de fundo duplo está em jogo e pode ser confirmado, caso a criptomoeda sustente o atual momento de alta. Corrobora com esta perspectiva o padrão Cup and Handle (xícara e alça) observados em laranja. Este desenho costuma anteceder uma valorização.

      Já nos indicadores subjacentes, o MACD faz mais uma aproximação de suas linhas, mostrando que o mercado está saindo um pouco do controle dos bears. Ao mesmo tempo, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta os 48 pontos, com o ativo ainda mais vendido, mas muito perto de um equilíbrio.

       

      Conclusão

      Apesar de todo o cenário macroeconômico conturbado, o Bitcoin parece que está “dando de ombros”, esperando que seus próprios gatilhos ou algo muito incrível aconteça para fazer algum movimento considerável. Até lá, a criptomoeda caminha lentamente, de forma lateral, e longe de cravar uma tendência bem definida.

      Em meio a esta alienação do BTC, o mais prudente para os investidores é acompanhar os dados on-chain e notícias referentes ao setor criptográfico. Desta forma, é possível eliminar alguns ruídos das análises e ter uma direção melhor sobre o preço do ativo.

      Fato é que há poucas pistas no radar, e os efeitos do halving já começam a dar seus primeiros sinais, com sua característica lateralização e tendência confusa cerca de um ano antes do evento técnico. Como resposta, o mercado está mais acumulando BTC do que desfazendo suas posições atuais.