Decentraland (MANA) é um dos metaversos mais famosos do mundo, permitindo que os usuários literalmente comprem terrenos digitais.
Com apoio dos tokens MANA e LAND, a plataforma permite ao usuário interagir dentro deste universo, a partir de negociação de NFTs e outras experiências imersivas.
Conforme a Web3 se aproxima, os metaversos ganham destaque, com a Decentraland no palco principal da nova era da internet. Neste artigo, vamos falar sobre o que é, suas características e como participar deste ambiente digital.
O que é Decentraland (MANA)?
Decentraland é uma plataforma de realidade virtual descentralizada – popularmente conhecida como metaverso – construída na blockchain Ethereum.
Este universo permite que os usuários criem, explorem e monetizem terrenos que existem apenas no mundo virtual. Além disso, é possível desenvolver este ambiente, criando locais de interação entre as pessoas.
Para tudo isso funcionar, a plataforma utiliza ainda uma combinação de tecnologia blockchain, contratos inteligentes, NFTs (nong fungible tokens), tokens de governança e realidade virtual para criar uma experiência imersiva e interativa, como veremos detalhadamente mais abaixo.
O que é MANA e LAND?
No metaverso da Decentraland, há duas “criptomoedas” distintas operando e mantendo todo o universo trabalhando de forma adequada, assim como garantindo a interação entre os usuários.
MANA é o token nativo da Decentraland, sendo utilizado, principalmente, como a moeda de compra e também governança da plataforma. Ou seja, a partir da MANA é possível realizar a negociação de terrenos e também votações para possíveis mudanças do metaverso.
Já o LAND é um NFT, que representa uma unidade de cada terreno disponível na Decentraland. Por ser um token não fungível, o LAND não pode ser substituído nem fracionado pelos usuários.
A Decentraland pretende abordar as limitações dos mundos virtuais tradicionais, aproveitando o poder da tecnologia blockchain. Utilizando contratos inteligentes do Ethereum, o Decentraland garante que a propriedade de terra virtual seja segura, transparente e descentralizada. Isso significa que nenhuma entidade única pode controlar ou manipular o mundo virtual, dando aos usuários verdadeira propriedade e controle sobre seus ativos digitais.
1. Poder de propriedade: No Decentraland, possuir uma parcela de LAND é equivalente a possuir um imóvel no mundo físico. Os usuários têm controle total sobre seu LAND, permitindo que construam, desenvolvam e monetizem suas criações virtuais. Isso abre um novo mundo de oportunidades para indivíduos e empresas.
2. Uma Nova Fronteira para Investimento: Este metaverso também apresenta oportunidades de investimento para quem quer diversificar seus portfólios. Assim como no mundo físico, o valor da terra virtual no Decentraland pode valorizar ao longo do tempo. Os primeiros adeptos que compraram parcelas de LAND quando eram relativamente baratas viram retornos significativos em seus investimentos. Além disso, à medida que o Decentraland continua a ganhar tração e mais usuários se juntam à plataforma, a demanda por terra virtual deve aumentar.
3. Criando Negócios Virtuais: A plataforma também oferece um terreno fértil para empreendedores lançarem negócios virtuais e acessarem um mercado global. Seja vendendo bens em uma loja digital de roupas e acessórios, oferecendo serviços virtuais ou criando experiências imersivas… As possibilidades são infinitas.
Origem da Decentraland
Antes do surgimento da Decentraland na indústria financeira, vamos fazer uma viagem no tempo e explorar a evolução dos mundos virtuais. A realidade virtual evoluiu muito desde sua criação, começando com aventuras baseadas em texto nos anos 1970 e progredindo para ambientes gráficos 3D nos anos 1990.
Um dos mundos virtuais mais conhecidos é o Second Life, lançado em 2003.
O projeto permitiu que os usuários criassem avatares, interagissem com outros usuários e até comprassem e vendessem bens virtuais. Rapidamente este universo ganhou popularidade, chegando a desenvolver uma economia própria, com usuários ganhando dinheiro real através de negócios e investimentos virtuais.
No entanto, o Second Life tinha suas limitações. Era uma plataforma centralizada, o que significava que o mundo virtual era controlado por uma única entidade. Esse controle centralizado apresentava riscos como censura, mudanças arbitrárias de regras e potencial para fraude.
Eis, então, que surge a Decentraland, abrangendo o que de melhor a tecnologia do Second Life ofereceu, mas de uma forma descentralizada e democrática para os usuários.
Implicações Futuras do Decentraland
Decentraland ainda está em seus estágios iniciais, mas é comumente discutido por oferecer potencial para causar um barulho considerável na indústria financeira. Aqui estão algumas implicações futuras potenciais a considerar:
1. Integração com Finanças Descentralizadas (DeFi): A Decentraland poderia ser integrada com protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), criando uma relação simbiótica entre os mundos virtual e financeiro. Assim, seria possível realizar empréstimos virtuais, aplicando LAND como garantia.
2. Tokenização de Ativos Virtuais: À medida que o metaverso evolui, podemos ver a tokenização de ativos virtuais dentro da plataforma. Isso permitiria que os usuários fracionassem sua terra virtual, possibilitando a propriedade compartilhada e maior liquidez.
3. Integração Aprimorada Entre Plataformas: O ambiente não está limitado à sua própria plataforma de realidade virtual. Tem o potencial de se integrar com outras plataformas de realidade virtual, criando um metaverso contínuo e interconectado, que facilita a movimentação de ativos e experiências entre os mundos.
Decentraland (MANA): Preço hoje e Gráfico
Desde os primeiros registros de negociação em 2017, o preço da MANA teve seu token negociado a US$ 0,014, com sua mínima de US$ 0,007 sendo alcançada logo em seguida. A máxima histórica veio na bull-run de 2021, ao atingir os US$ 5,90 por unidade.
Assim como todo o mercado de criptomoedas, o token apresenta uma volatilidade considerável em seu preço hoje, apontando para uma tendência de baixa, como como você pode acompanhar no Gráfico da MANA a seguir.
É inegável que a Decentraland mudou o patamar dos metaversos. Sua perspectiva descentralizada, apoiada pelo uso de NFTs, mostra que há ainda muita coisa a ser explorada neste ambiente digital.
Artistas e outros big players já realizaram algum tipo de investimento neste tipo de tecnologia. Entretanto, é sempre bom ficar atento, pois, além da volatilidade característica das criptomoedas, o metaverso e os NFTs ainda são soluções pouco conhecidas e de baixa adoção, podendo gerar flutuações bruscas de preços ou até mesmo o encerramento de projetos.
MANA está disponível na Foxbit Exchange para negociação e também disponível para compra recorrente.
A inflação global segue sendo o mote do sentimento dos investidores, que apontam cautela em suas operações e análises. Para o Bitcoin (BTC) nem mesmo as apostas de que o Federal Reserve (FED) irá segurar os juros na próxima reunião está sendo o suficiente para a criptomoeda de referência quebrar seu período lateral, após a última baixa expressiva. Os fundamentos, porém, mostram ainda uma preparação dos HODLErs para o próximo halving. Neste Satoshi Call, vamos explorar o que rolou na última semana e o que está por vir nos próximos dias, assim como observar melhor os ciclos do halving do Bitcoin.
Economia forte, mas…
Nos Estados Unidos, a atividade econômica “cresceu modestamente na maioria dos distritos do país”, como apontou o Livro Bege. Os gastos no varejo e demanda por bens apontaram uma breve queda, enquanto o setor de turismo apresentou um rendimento positivo, acima do esperado pelos analistas.
Agosto
Projeção
Julho
PMI Serviços
50,5
51,0
52,3
PMI Composto S&P Global
50,2
50,4
52,0
Complexidade econômica
A Zona do Euro é um tópico à parte, afinal, a bateria de dados econômicos recentes mostram que o país está ainda em território de retração, com os Índices Gerente de Compras (PMIs) de agosto recuando em relação ao mês anterior. Essas informações são apoiadas pelas prévias do Produto Interno Bruto (PIB), que vieram abaixo do esperado.
Julho
Projeção
Junho
Inflação ao Produtor (PPI)
-0,5%
-0,6%
-0,4%
Vendas no Varejo
-1,0%
-1,2%
-1,0%
PIB
0,5%
0,6%
1,1%
Apesar do desempenho pouco otimista, a inflação ao produtor do bloco econômico aponta uma leve queda, mesmo que ainda mais fraca do que os analistas estimavam. Este arrefecimento pode estar ligado à manutenção das Vendas no Varejo em território negativo, colocando a demanda em baixa.
Nada de muito novo por lá
Assim como a Zona do Euro, a China também tem apresentado uma economia pouco linear. Os PMIs seguem em território de expansão, mas abaixo do que os analistas previam. Ao mesmo tempo, as Exportações e Importações, ainda em queda, melhoraram o desempenho na comparação com o mês anterior, apontando que a demanda está tentando retomar a alta.
Agosto
Projeção
Julho
Inflação ao Consumidor (CPI)
0,1%
0,1%
-0,3%
Inflação ao Produtor (PPI)
-3,0%
-3,0%
-4,4%
A inflação voltou a entrar no foco do país. Mesmo assim, o governo chinês segue gerando incentivos, o que impactou diretamente no aumento da compra de automóveis. As autoridades ainda anunciaram uma supervisão regulatória mais ativa para o setor do minério de ferro para monitorar a dinâmica do mercado.
Em expansão
Pelo Brasil, os dados são mais estáveis, com a economia mostrando ainda sinais de expansão, como é o caso dos PMIs. Em contrapartida, a Produção Industrial apontou recuo acima do esperado pelos entrevistados, o que pode colocar uma ligeira pressão sobre a economia brasileira.
Julho
Projeção
Junho
Produção Industrial
-1,1%
-0,5%
0,2%
Próxima semana
Um dos catalisadores para agitar o mercado vem dos Estados Unidos, que divulgam seus dados de inflação, Produção Industrial e Balanço Orçamentário do FED. Na Europa, veremos também a Produção Industrial e a decisão da taxa de juros pelo Banco Central Europeu. Já a China revela o seu desempenho industrial, Vendas no Varejo e Taxa de Desemprego. Pelo Brasil, o IPCA-15 é um dos destaques desta semana.
Preparação para o Halving
Após a última queda, os investidores sentaram em uma base de preços pouco confortável para o mercado geral. Ao longo da semana, o Bitcoin apontou até uma certa volatilidade, mas não o suficiente para levá-lo abaixo dos US$ 25 mil, tampouco romper para acima dos US$ 26 mil. Desta forma, a cautela prevalece, com os fundamentos apontando que o ciclo do Halving, estimado para abril do ano que vem, pode estar vendo seu início.
Máquinas ligadas
A mineração de BTC continua a todo vapor, colocando mais uma vez a dificuldade da atividade em seus níveis mais altos. Com o custo mais elevado para a emissão de novas moedas, os mineradores estão vendendo parte de suas participações para custear o processo.
Entretanto, o gasto energético para validar as transações dentro da blockchain apontam que o valor atual do Bitcoin não é “justo”, de acordo com uma teoria de Charles Edwards. Em sua tese, o atual topo histórico do hash rate sugere um ótimo momento de compra, em que o preço o BTC atualmente deveria ser de US$ 47,2 mil.
Em posição
O fornecimento de Bitcoin está também cada vez mais nas mãos dos HODLers. Dados on-chain apontam que 40,53% do BTC está inativo há mais de três anos. Os indicadores apontam para uma oportunidade de compra geracional para investidores que conseguirem ser mais pacientes neste momento de mercado.
A narrativa faz sentido quando analisamos o desempenho do ativo digital nos períodos pré-halving. Assim como o analista de criptomoedas, Emerson Antunes, comentou em outros “Variação de Mercado”, este período é um momento de agitação, principalmente pelas consequências que este evento gera em todo o mercado.
Halving do Bitcoin
Apesar de sua importância, não será uma preocupação deste relatório explicar os detalhes do que é o Halving do Bitcoin – mas não se preocupe pois no botão abaixo você poderá aprofundar seu conhecimento sobre o assunto. O que vale mesmo aqui é que o Halving é um procedimento técnico que controla a inflação da criptomoeda.
Ele torna a emissão da moeda digital cada vez mais reduzida ao longo da história e, como consequência, diminui a oferta do ativo no mercado global. Desta forma, pode-se esperar um choque entre oferta e demanda.
Esse evento acaba gerando ciclos que, historicamente, costumam trazer grandes valorizações para o BTC no médio prazo, como veremos a seguir.
1º Halving
O primeiro Halving do Bitcoin aconteceu em novembro de 2011. Ao considerar o período de um ano – até novembro de 2012, a criptomoeda saltou de US$ 12,00 para US$ 1.163,00, acarretando uma alta de 10.400%.
2º Halving
O Halving seguinte foi acionado em julho de 2016. Seguindo o mesmo período, o BTC foi de US$ 682,00 para US$ 2.528,00. No total, a valorização foi de 270%. Porém, é importante destacar que houve um prolongamento do ciclo, que terminou em dezembro de 2017, quando a moeda digital alcançou sua então máxima histórica de US$ 20 mil.
3º Halving
O terceiro e último halving aconteceu em maio de 2020. Nesta época, foi quando o Bitcoin deixou os US$ 9.945,00 para alcançar os US$ 59.600,00 doze meses depois. A alta de 500% não ficou por isso. A extensão levaria o ativo para US$ 69 mil, em novembro do mesmo ano.
4º Halving
O quarto Halving está estimado para acontecer em abril de 2024, segundo dados do portal BitcoinBlockHalf.
Embora não seja possível determinar que o comportamento do Bitcoin vai se repetir neste próximo ciclo, a história nos diz que esses eventos têm um poder de influência considerável no mercado de criptomoedas.
O processo de acumulação visto recentemente no setor corrobora com a perspectiva mais otimista, que continua mantendo sua expectativa positiva, apesar dos ventos contrários e a pressão de vendas dos últimos dois meses.
Uma checada nos gráficos
Há poucas mudanças no comportamento gráfico do Bitcoin em comparação com a semana anterior. É possível observar que as bandas de Bollinger sustentam sua amplitude, em uma tendência de baixa, com a linha inferior servindo de suporte imediato.
Ao mesmo tempo, a zona dos US$ 24,3 (linha azul) continua sendo um importante nível de barreira para novas quedas. Como apontado em Satoshi Calls anteriores, é possível que o teste desta área sirva como um trampolim para o preço do BTC. O movimento ganha força ao considerar que o topo duplo (círculos brancos) ainda não foi consolidado, abrindo espaço, então, para um fundo duplo (círculos azuis), que reverteria a tendência de baixa atual.
Fonte: TradingView, em 11/09/2023, às 9h06min..
Nos indicadores subjacentes, o MACD continua com suas médias cruzadas para baixo, apoiando a narrativa de que o mercado está sob controle de uma força vendedora. O Índice de Força Relativa (RSI) acompanha esta perspectiva ao apontar os 44 pontos.
Conclusão
Imaginar que a situação macroeconômica vá se resolver nos próximos meses é uma ilusão. Mesmo que a taxa de juros seja paralisada, há ainda muito caminho a desenrolar para que as economias retomem suas metas de inflação e, principalmente, os estoques de materiais. Com isso, as flutuações econômicas vão ainda impactar muito o mercado de criptomoedas.
Por isso, analisar os fundamentos do Bitcoin e altcoins é essencial para gerar uma leitura de médio e longo prazo para reduzir os ruídos apresentados pelos fatores externos. O Halving do Bitcoin é um desses eventos. Estimado para abril de 2024, o processo costuma ter um impacto positivo para o criptoativo, criando uma oportunidade de compra interessante. Essa perspectiva parece ser, inclusive, compartilhada com investidores de longo prazo, que seguem acumulando a moeda digital e a mantendo armazenada em suas carteiras há muito tempo.
A análise técnica sugere ainda que o BTC ainda tem espaço para reverter a tendência de baixa, caso alguns fatores desencadeiem um volume de compras mais poderoso do que a pressão vendedora atual.
A Enjin Coin (ENJ) e Efinity Token (EFI) têm ganhado destaque no mercado recentemente não apenas pela sua valorização de preços, mas principalmente pela iminente atualização das criptomoedas, que vai alterar os tokens vigentes na plataforma.
Para proteger nossos clientes de possíveis interferências durante o update e garantir uma transição adequada, a Foxbit Exchange entrou em ação. Recentemente, nosso time de analistas optou por interromper temporariamente as operações de depósitos, saques e trading dos tokens ENJ e EFI.
Agora, o token EFI, que será descontinuado pela plataforma, foi deslistado da nossa plataforma de negociações. Desta forma, usuários que detém este token precisam realizar o saque da criptomoeda até 1º de outubro.
O que você precisa fazer?
Com a deslistagem da criptomoeda anunciada na última semana e interrupção das negociações durante a atualização, a Foxbit Exchange reforça a necessidade do saque do token EFI para uma carteira externa ou outra corretora até 1º de outubro de 2023.
O que acontece se você perder o prazo?
Caso você não consiga realizar o saque dos tokens EFI até 1º de outubro, você não precisa se preocupar. Nesta situação, seu saldo da criptomoeda será liquidado no valor de mercado de momento.
Assim, ao observar os detalhes de sua conta, você vai notar que o saldo EFI estará zerado após este período, enquanto o valor correspondente à venda terá sido creditado em seu saldo de reais (BRL).
Detalhes da Migração de Tokens ENJ e EFI
De acordo com o divulgado oficialmente pelo projeto da Enjin, a migração de tokens ENJ para o novo token EFI deve ser realizada na proporção de 1:1. Já na via contrária, as criptomoedas EFI serão convertidas para ENJ em uma escala 4:1.
No curto prazo, o token EFI deve ser descontinuado pelo protocolo. Enquanto isso, o token ENJ segue com suas operações interrompidas na plataforma.
Segurança do cliente
A atitude adotada pelo time de operações da Foxbit Exchange visa a segurança dos clientes e seus respectivos tokens para evitar perdas, brechas ou outros problemas durante o update dos protocolos.
Por isso, ações são adotadas diariamente pelos nossos especialistas para mitigar os riscos inerentes de diversos projetos, entre eles os tokens ENJ e EFI.
Em caso de dúvidas ou dificuldades, entre em contato com nosso time de suporte!
Após o segundo fechamento mensal consecutivo em queda, nossa atenção se volta agora ao comportamento do Bitcoin (BTC) na abertura de setembro. A flutuação de preços permanece ainda bastante complexa, tornando a região atual de negociação uma espécie de mar desconhecido, em que as ondas podem fazer com que a criptomoeda de referência retome seu movimento de alta ou, então, siga posicionada em território de ursos, mantendo sua tendência baixista.
Sem afobação
Na semana passada, testemunhamos uma tentativa de recuperação de preços. Porém, a busca por valores mais altos foi rapidamente frustrada, indicando que os ursos (vendedores) ainda detém um domínio significativo sobre a direção do mercado. Seu objetivo parece ser levar o preço a um possível movimento abaixo do ponto mínimo registrado em 12 de junho.
Ter paciência para aguardar os movimentos de um gráfico semanal pode ser tedioso para alguns, mas no momento atual do Bitcoin, este gráfico tem colocado diante de nós uma visão muito serena de que o investidor profissional tem a intenção de buscar a liquidez abaixo da última mínima.
Ichimoku Clouds
Uma ferramenta útil para avaliar a situação é a análise das linhas de equilíbrio do indicador Ichimoku Kinko Hyo. Nessa análise, observamos que o preço está operando em uma região dentro da Nuvem de Ichimoku, o que indica uma fase de lateralidade. Esse padrão é representado pela Senkou Span B, que é uma linha de longo prazo. Quando ela se mantém plana, sugere que o mercado está em um cenário lateral.
Conforme mencionado em “Variação de Mercado” anteriores, o suporte para esse cenário lateral permanece entre os níveis de preços de US$ 23,1 a US$ 24,8 mil.
Um ponto de destaque nesta semana é a posição da linha Kijun Sen, que serve como a linha base do sistema Ichimoku. Ela está atualmente acima do preço atual, o que sugere que ainda há potenciais vendedores exercendo influência sobre o movimento dos preços.
Tomando a liderança
Continuando nossa análise, agora voltamos nossa atenção para o gráfico semanal do Market Cap e Dominância do Bitcoin.
Conforme podemos observar na imagem a seguir, a capitalização da criptomoeda tem apresentado uma tendência de queda desde a semana de 26 de junho. Atualmente, estamos na segunda onda de queda de curto prazo, com a ultrapassagem da Tenkan Sen de cima para baixo.
Esses sinais indicam que a intenção da capitalização é reduzir ainda mais, pelo menos em direção à linha base Kijun Sen, que está situada na região de 48%. Vale destacar que esse nível de Kijun pode operar como um suporte, além de estar acima dos níveis de 50% de Fibonacci do último movimento de alta, que teve início na semana de 06 de março.
Se a capitalização continuar a reduzir no gráfico semanal, é possível que o preço do Bitcoin confirme o movimento de queda que analisamos anteriormente, no qual aguardamos uma reação na região de liquidez.
Caso nossas análises se confirmem, poderemos mais uma vez ter um mês de setembro de muitas dificuldades para os touros que tentam sem sucesso levar o preço para valores mais altos.
Eles precisam compreender que, dentro da lógica do mercado, o investidor profissional busca adquirir ativos a preços mais baixos e vendê-los a preços mais altos. Essa lógica pode parecer simples, mas muitos investidores ainda têm dificuldade em adotar essa perspectiva de longo prazo.
Nossa análise seguinte abordará esses conceitos e esclarecerá a importância de pontos-chave no gráfico diário, ajudando a visualizar o mercado a partir de uma perspectiva mais ampla. Continuaremos monitorando de perto a evolução desses indicadores e atualizando nossas análises conforme necessário.
De cara com o preços
A análise do gráfico diário nos leva a uma discussão crucial sobre o comportamento da oferta e demanda, um elemento fundamental na análise institucional que estuda os conceitos do Smart Money. Dentro dessa abordagem, focamos em duas regiões específicas no gráfico de preços: Prêmio e Desconto (Premium and Discount).
Investidores profissionais almejam vender em regiões de Prêmio e comprar em regiões de Desconto. Isso significa vender a um preço mais alto e comprar a um preço mais baixo, maximizando seus lucros. A análise no gráfico diário a seguir vai sinalizar essas regiões e suas implicações.
Dado que o preço não conseguiu se manter acima da máxima registrada em 14 de abril, nossa análise abrangerá o período entre a mínima de 10 de março e a máxima de 13 de julho. Para auxiliar nessa análise, utilizaremos a ferramenta de Fibonacci no gráfico, com foco na região de 50% de todo o movimento.
A análise dos 50% de Fibonacci é significativa, pois quando o preço está acima dessa região, ele opera em uma posição de Prêmio. Isso indica que grandes instituições estão vendendo ativos a preços mais elevados, obtendo um Prêmio considerável.
Por outro lado, quando o preço está abaixo dos 50% de Fibonacci, os investidores profissionais têm a oportunidade de comprar com um desconto significativo.
Com base nesse entendimento do comportamento institucional, podemos identificar pontos-chave onde a demanda se mostrou relevante abaixo dos 50% de Fibonacci, incluindo o próprio nível de preço de 50%. Abaixo dessa região, no gráfico diário, observamos um desequilíbrio (imbalance) criado em 13 de março. Precisamente no meio desse desequilíbrio, encontramos o suporte de US$ 23,1 mil, que já foi mencionado neste e em relatórios anteriores.
Esticando a rede
Ao analisar os dados de rede (On-Chain) e examinar o gráfico semanal, é notável que o indicador SOPR (Spent Output Profit Ratio) encontra-se abaixo da linha 1. Esse cenário indica que alguns investidores podem estar enfrentando a necessidade de realizar suas posições com prejuízo, acionando stops forçados devido à queda nos preços do Bitcoin.
Contrastando com essa situação, observamos que grandes investidores estão aproveitando a oportunidade para adquirir a liquidez disponível. Na última semana, houve um aumento no número de endereços que detêm mais de 100 Bitcoins em suas carteiras, indicando um movimento de acumulação por parte desses investidores.
Além disso, notamos um leve aumento no número de endereços com mais de 1000 Bitcoins, o que sugere que, apesar da iminência de uma possível quebra do último fundo de preço, ainda existem grandes investidores que estão se posicionando para compras estratégicas.
É interessante observar que o número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins permanece estável, mesmo após uma correção ocorrida há duas semanas atrás. Essa estabilidade nesse grupo de detentores de Bitcoin indica uma certa confiança em suas posições e a possibilidade de que esses investidores continuem a manter suas participações a longo prazo.
Esses dados de rede fornecem informações sobre o comportamento dos investidores no mercado, revelando uma dinâmica entre aqueles que estão sendo forçados a vender com prejuízo e aqueles que estão buscando oportunidades de compra em níveis de preço considerados atrativos. A estabilidade no número de endereços com grandes quantidades de Bitcoin sugere uma confiança subjacente nas perspectivas a longo prazo dessa criptomoeda.
Conclusão
Neste relatório, exploramos a movimentação de preços do Bitcoin na abertura de setembro. Iniciando nossa análise no gráfico semanal, observamos um cenário complexo de indefinição, com investidores lidando com uma luta contínua entre touros e ursos.
O Ichimoku Kinko nos forneceu informações sobre a lateralidade do mercado, com a linha Senkou Span B indicando essa tendência. O suporte crucial para essa lateralidade permanece entre os preços de US$ 23,1 a US# 24,8 mil.
No entanto, a posição da linha Kijun Sen acima do preço atual indica que os potenciais vendedores ainda têm influência no movimento do preço, o que sugere que o mercado pode continuar sob pressão de baixa.
Em seguida, exploramos a queda na capitalização do Bitcoin e a dinâmica dos investidores institucionais, que buscam vender em regiões de Prêmio e comprar em regiões de Desconto. Isso ressaltou a importância dos níveis de 50% de Fibonacci na determinação dessas regiões, com a oportunidade de lucro para grandes instituições quando o preço está acima de 50% e a oportunidade de compra com desconto quando está abaixo.
Também observamos a análise dos dados de rede (On Chain) e examinamos que o indicador SOPR sugere que alguns investidores podem estar sendo forçados a realizar posições com prejuízo devido à queda nos preços. No entanto, grandes investidores estão aproveitando para acumular Bitcoin, como evidenciado pelo aumento no número de endereços com mais de 100 Bitcoins.
Além disso, a estabilidade no número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins reflete uma confiança subjacente nas perspectivas a longo prazo da criptomoeda, mesmo após uma recente correção.
Em resumo, o movimento do preço do Bitcoin neste início de mês é caracterizado por uma luta entre touros e ursos. Os investidores institucionais estão estrategicamente posicionados para aproveitar oportunidades de compra em meio à volatilidade, enquanto os indicadores oferecem insights sobre a pressão de venda e a confiança dos detentores de Bitcoin.
Agradecimento
Espero que as informações e análises fornecidas tenham sido úteis e informativas. Continuarei a acompanhar de perto o Bitcoin e outras criptomoedas para fornecer atualizações relevantes e análises adicionais à medida que o tempo avança.
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou precisar de mais informações, não hesite em entrar em contato. Seu interesse e apoio são fundamentais para o meu trabalho, e estou à disposição para ajudar no que for necessário.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
A volatilidade deu as caras novamente no mercado, com o Bitcoin (BTC) registrando mais perdas nesta semana, mesmo após ventos regulatórios positivos vindos dos Estados Unidos. A realidade é que a bateria de dados econômicos mostrou muito mais confusão do que um direcionamento claro, colocando as perspectivas de redução do aperto monetário e recuperação da economia das principais potências em xeque. De qualquer forma, o comportamento das carteiras sinaliza que os investidores institucionais parecem estar fortalecidos no jogo, podendo movimentar os preços da criptomoeda de referência novamente.
Que confiança, hein!?
Na última semana, o mercado seguiu digerindo as falas do presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, de que os Estados Unidos podem manter o avanço de juros no curto prazo. Entretanto, os investidores deram de ombros, com 93% apostando em uma pausa no aperto monetário na reunião deste mês. Esse volume, inclusive, praticamente ignora o avanço do Índice de Bens de Consumo (PCE), um dos indicadores favoritos do FED para medir a inflação, assim como a queda no Índice Gerente de Compras (PMI) Industrial, que acentuou sua retração.
Agosto
Projeção
Julho
PCE
3,3%
3,3%
3,0%
Núcleo PCE
4,2%
4,2%
4,1%
PMI Industrial
47,9
47,0
49,0
Trabalho x Inflação
Outro ponto que o FED fica de olho para definir sua trajetória nos juros é no mercado de trabalho. Os dados da semana passada chamaram a atenção, pois a maioria dos indicadores de empregos dos Estados Unidos apontaram em queda, exceto o payroll – que mede o número total de empregados pagos no país, excluindo trabalhadores agrícolas, funcionários do governo, empregados de organizações sem fins lucrativos e trabalhadores domésticos. Assim, há dúvidas sobre, de fato, se o setor empregatício está ou não aquecido, aumentando as dúvidas em relação ao que os formuladores de política monetária poderão fazer na próxima reunião.
Agosto
Projeção
Julho
Variação de Empregos Privados
177 mil
195 mil
371 mil
Relatório JOLTs
8,8 milhões
9,4 milhões
9,1 milhões
Payroll
187 mil
170 mil
157 mil
Taxa de Desemprego
3,8%
3,5%
3,5%
Descendo incentivos
Após o alarde em cima dos fracos dados econômicos da China, a última semana serviu para reajustar as expectativas sobre a segunda maior economia do mundo. Não só os principais PMIs avançaram, como a revisão feita pela Caixin colocou o setor industrial em expansão novamente.
Agosto
Projeção
Julho
PMI Industrial
49,7
49,4
49,3
PMI Industrial Caixin
51,0
49,3
49,2
PMI Não-manufatura
51,0
51,1
51,5
PMI Composto
51,3
–
51,1
Apesar da melhora nos indicadores internos, o governo segue adicionando incentivos à economia. Recentemente, o país cortou as taxas de transações na bolsa para aquecer o mercado financeiro. Enquanto isso, cinco dos maiores bancos do país cortaram as taxas de juros dos depósitos em yuan, apoiados por iniciativas das autoridades chinesas.
Apatia geral
Na Zona do Euro, a situação é um pouco mais complexa. A bateria de dados da última semana colocou ainda mais pressão sobre a já fragilizada e inflacionada economia europeia.
Agosto
Projeção
Julho
Confiança do Consumidor
-16,0
-16,0
-15,1
Confiança Serviços
3,9
4,2
5,4
Confiança Industrial
-10,3
-9,9
-9,3
PMI Industrial
43,5
43,7
42,7
Os esforços dos formuladores de política monetária também não parecem estar surtindo o efeito esperado, com a inflação ao consumidor (CPI) praticamente estagnado, apesar da retração do núcleo do indicador.
Agosto
Projeção
Julho
CPI
5,3%
5,1%
5,3%
Núcleo CPI
5,3%
5,3%
5,5%
Taxa de Desemprego
6,4%
6,4%
6,4%
Caminho positivo
Pelo Brasil, as projeções otimistas para o final do ano podem sofrer uma ligeira pausa, com um recuo abaixo do esperado da inflação, mas em meio ao avanço do Produto Interno Bruto do segundo trimestre (Q2) e a retomada da Indústria em território de expansão.
Julho
Projeção
Junho
PIB Q2
3,4%
2,7%
4,0%
Inflação ao Produtor
-0,82%
-2,99%
-2,72%
PMI Industrial (ago)
50,1
47,2
47,8
Destaque também para a Câmara dos Deputados, que aprovou a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027. Já o mercado de trabalho apresenta equilíbrio, com leve retração do desemprego no país.
Agosto
Projeção
Julho
Criação de Empregos
142 mil
140 mil
157 mil
Taxa de Desemprego
7,9%
7,9%
8,0%
Respira fundo
Nesta semana, muitos dados econômicos importantes serão divulgados, podendo movimentar a maioria dos mercados de risco e, claro, o de criptomoedas. Na China, saem as revisões dos PMIs da Caixin, CPI, Exportações e Importações. Pela Zona do Euro, conheceremos os PMIs de Serviços e Composto, Vendas no Varejo, Variação de Empregos e PIB. Os Estados Unidos preparam os dados de Exportações, Importações e PMI de Serviços. No Brasil, teremos a Produção Industrial e PMIs Composto e de Serviços.
Novas quedas a caminho?
O Bitcoin fechou agosto com uma queda de 11,29%, sendo este o pior mês para o desempenho da criptomoeda este ano e marcando a segunda retração consecutiva. Ao longo da semana passada, a criptomoeda de referência até esboçou uma recuperação aos US$ 28 mil, mas a volatilidade reverteu, colocando o mercado em baixa novamente. O receio dos investidores, portanto, está de volta ao jogo, com parte dos analistas esperando novas quedas no curto prazo, ainda mais que setembro costuma ser um mês negativo para a moeda digital. Apenas em quatro, dos últimos 13 anos, que o BTC encerrou o período em alta.
Checagem da rede
Apesar da queda de preços, a blockchain do Bitcoin está mais saudável do que nunca. A taxa de hash atingiu 400 th/s pela primeira vez na história, mesmo considerando o aumento dos custos de eletricidade em todo o mundo.
Especula-se que essa aceleração acompanhe um movimento de preparação pré-halving. Neste caso, os mineradores estariam aproveitando o momento para obter mais unidades da criptomoeda, antes que suas recompensas sejam reduzidas em meados do ano que vem.
Em contrapartida, o provável reajuste da dificuldade de mineração nesta semana está sendo possivelmente antecipado pela queda de BTC em estoque por este grupo.
Já os HODLErs permanecem dominantes no mercado. Não só o número de Bitcoins está avançando nesse tipo de carteira, como 40,53% de todo a oferta disponível não se movimenta há mais de três anos.
De olho nos institucionais
Com a tentativa da BlackRock em aprovar um ETF de Bitcoin à vista, o apetite dos investidores institucionais parece que foi reacendido ou, pelo menos, está mais evidente ao mercado.
As informações sugerem que aproximadamente 27,7 mil BTC foram transferidos de exchanges para carteiras de grande volume, indicando um possível interesse desse grupo de investidores. Só a Robinhood possui cerca de US$ 3 bilhões da criptomoeda armazenados em uma única carteira.
Esse acúmulo acompanha ainda uma série de decisões judiciais que estão aumentando as expectativas em relação a este setor. Uma delas deu vitória da GrayScale contra a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados (SEC), levando à revisão do pedido para alterar fundo GBTC em um ETF de BTC spot. Ao mesmo tempo, a X – antigo Twitter – também recebeu o aval legal para operar pagamentos em criptomoedas e outros serviços relacionados, como exchanges e wallets digitais.
Mesmo com esse otimismo, há ainda muitas incertezas pairando sobre os investimentos institucionais. Afinal, a SEC pode voltar a negar os pedidos, após suas revisões. Inclusive, os reguladores parecem estar esperando por algum sinal específico para atuar sobre esta situação, pois assim que perdeu o processo judicial contra a GrayScale, a instituição adiou a decisão sobre os ETFs da WisdomTree, Invesco e Valkyrie
Ainda dentro do suporte
Ao observar o gráfico semanal, o Bitcoin recuou rapidamente seu preço e foi buscar as mínimas da semana de 12 de junho. As bandas de Bollinger seguem sendo bons indicativos de preços, com a mediana servindo de resistência para a última tentativa de avanço. Já as extremidades abandonam a configuram mais paralela e começam a migrar para uma tendência de baixa.
Fonte: TradingView, em 04/09/2023, às 8h30min.
A linha azul, entretanto, em US$ 24,3 mil, marca a última barreira forte de preços, que manteve o BTC em alta no início do ano. Desta forma, mesmo que a correção pressione ainda mais o ativo, este nível pode servir de trampolim para os preços e uma consequente reversão de tendência.
Nos indicadores subjacentes, o MACD segue com suas linhas cruzadas para baixo, apontando a força dos bears neste mercado. Já o Índice de Força Relativa (RSI) vai para os 44 pontos, indicando o mercado mais vendido no momento.
Conclusão
A queda de preços do Bitcoin é, sim, um momento de ligar ainda mais o sinal de alerta para não se assustar com novos recuos. É nítido que a economia global capenga, e as divergências entre fato e comportamento devem manter os mercados cada vez mais voláteis e incertos.
Mesmo assim, os fundamentos das criptomoedas apontam para um cenário possivelmente otimista. Afinal, a pressão que a SEC está sofrendo com os pedidos de ETF de BTC à vista e as constantes perdas judiciais – vide Ripple Labs e GrayScale –, podem fazer com que o órgão regulador perca a queda de braço e abra espaço para um desenvolvimento mais facilitado ao desenvolvimento deste mercado.