Nos últimos dias de negociação de 2023, há pouca emoção à frente. Afinal, o preço do Bitcoin (BTC) reduziu sua volatilidade, criando uma faixa de negociação cada vez mais estreita. Apesar do freio e até um volume maior de realização de lucros em dezembro, o histórico do ano tem muito a nos dizer sobre o que podemos esperar da criptomoeda de referência já em janeiro, ainda mais com a aproximação do halving e uma possível aprovação do ETF à vista do ativo nos Estados Unidos. Caso os ciclos da análise técnica se repitam, 2024 tende a ser um ano muito importante para os investidores.
O que ficou de lição este ano?
Ao encerrar o ano de 2023, analisamos as negociações do Bitcoin ao longo de 12 meses por meio de seu gráfico de preços. A utilização de um gráfico de longo prazo se mostra essencial para investidores que buscam compreender o contexto histórico da principal criptomoeda, a qual, até o momento deste relatório, apresenta uma valorização positiva superior a 160% durante o ano.
A mínima deste ano foi registrada no mês de janeiro, quando o Bitcoin foi negociado a US$ 16,5 mil, mantendo um movimento ascendente iniciado em novembro de 2022.
Analisando o panorama visual do Bitcoin durante os 12 meses, observamos que as negociações em 2023 recuperaram grande parte da queda registrada em 2022, alcançando uma máxima de US$ 44,7 mil em dezembro.
Do ponto de vista da análise técnica, identificamos que a próxima resistência no gráfico anual poderá ser encontrada na máxima de 2022, registrada em US 48,2 mil, e, em seguida, na máxima histórica do Bitcoin de 2021, atingindo US$ 69 mil.
O mercado de criptomoedas está permeado por um otimismo significativo no período atual. Há expectativas de um amplo movimento de alta no próximo ano, tendo em vista o evento do Halving previsto para meados de abril de 2024 e a possível aprovação da criação de um ETF de Bitcoin. Naturalmente, esses são fatores com potencial para influenciar consideravelmente o desenvolvimento de uma tendência ascendente no preço do Bitcoin, resultando em valorização.
É fundamental dentro deste contexto identificar suportes relevantes que serviram como pontos de apoio nos níveis de preço, auxiliando investidores na gestão de risco de suas posições.
Para determinar regiões de suporte ao analisar o gráfico de 12 meses, é necessário observar detalhadamente as 4 principais informações de cada vela inseridas na estrutura de preço: abertura, fechamento, máxima e mínima.
Neste caso, ao buscarmos informações para um suporte, direcionamos o olhar para a abertura de 2021, oscilando entre US$ 29 mil e US$ 30 mil. Portanto, este é o primeiro ponto identificado como um nível de apoio ainda sólido para a estrutura de preço.
Nos “Variação de Mercado” de anteriores, salientamos a relevância do nível de 50% nos movimentos estruturais, que também demanda uma análise criteriosa.
Analisando os últimos 13 anos e observando a mínima das negociações no ano de 2011, notamos que, neste gráfico, este ponto pode ser um ponto inicial para uma projeção significativa de alta no preço do Bitcoin, que avançou para sua máxima histórica em 2021, atingindo US$ 69 mil.
A região de 50% entre a mínima de 2011, quando o preço do Bitcoin foi negociado a US$ 2,00, e a máxima de 2021, atingindo US$ 69 mil, está posicionada no gráfico de preços próximo à região de US$ 35 mil. Isso nos oferece um novo ponto de apoio, caso ocorra alguma retração no preço do Bitcoin durante o próximo período. Esses níveis em torno de US$ 35 mil já foram identificados como pontos de suporte por aqui antes.
Ao longo dos anos, compreendemos que o preço do Bitcoin se move em ciclos. Estes ciclos tornam-se mais evidentes quando analisamos o gráfico anual.
Ao examinarmos o contexto histórico do Bitcoin desde 2011, percebemos que cada fase de valorização de preço abrangeu pelo menos 3 anos consecutivos de movimento ascendente, seguidos por um ano de movimento de queda.
Este ciclo de 3 anos de alta e um ano de queda tem se repetido, e em 2023, com a valorização do preço do Bitcoin, estamos diante da possibilidade da continuação de um ciclo semelhante aos anteriores.
Essas informações contribuem para reforçar o otimismo dos investidores atentos aos detalhes que envolvem a principal criptomoeda. A expectativa do lançamento do ETF de Bitcoin, o halving de 2024 e a possibilidade de um novo ciclo ascendente no movimento do preço do Bitcoin podem atrair novos investidores, impulsionando potencialmente a adoção do mercado de criptomoedas no futuro próximo.
Este cenário reforça a ideia de que o mercado de criptomoedas vive um momento que, no futuro, poderá ser considerado um divisor de águas nos investimentos em ativos digitais, com o Bitcoin conquistando progressivamente seu espaço no mercado financeiro global.
Mais perto, por favor!
Em prazos “menores”, o gráfico mensal do Bitcoin revela um quarto mês consecutivo de ascensão, registrando um aumento positivo superior a 12% apenas neste último mês. O valor, que iniciou dezembro em US$ 37,7 mil, atingiu US$ 44,7 mil durante as negociações da semana passada.
Este cenário tem despertado otimismo entre os investidores, que buscam oportunidades com a expectativa de que o preço alcance a máxima registrada em março de 2022, quando o Bitcoin foi negociado a US$ 48,2 mil.
Ao observarmos o gráfico de preços do Bitcoin com as linhas de equilíbrio do Trade System Ichimoku Kinko Hyo, notamos que o preço busca romper para cima uma região de “Nuvem”, com momentos de superação da linha base do sistema, que representa o equilíbrio das negociações nos últimos 26 meses.
A linha Tenkan Sen, que avalia o equilíbrio dos últimos 9 períodos, permanece ascendente, indicando que nos últimos 9 meses a estrutura de preços tem sido dominada por investidores que realizam compras.
Projetando para o futuro, a linha Senkou Span A ultrapassou a linha Senkou Span B, sugerindo a possibilidade de estarmos deixando para trás o mercado de baixa e possivelmente iniciando uma nova tendência de alta.
Apesar do otimismo refletido no gráfico mensal, é crucial observar que a linha Chikou Span, posicionada 26 períodos no passado, pode enfrentar dificuldades para superar a resistência imposta pelos negociadores de novembro e dezembro de 2021. A linha Chikou Span permanece abaixo das velas desses meses, o que leva os operadores que utilizam a ferramenta Ichimoku a agir com cautela diante dessa resistência.
Além de estar abaixo das velas de novembro e dezembro de 2021, a linha Chikou Span também se posiciona abaixo da linha Tenkan Sen desse mesmo período, reforçando a possível resistência mais sólida na região de preços em torno de US$ 48 mil.
A análise do gráfico mensal com as linhas do Ichimoku sugere que os investidores compradores permanecem ativos, mesmo com o encerramento do ano. Notamos um processo constante de realização de lucros, e mesmo nessa condição, resistências importantes vêm sendo superadas, como é o caso de toda a região de “Nuvem” e a tentativa contínua de rompimento da linha base no gráfico mensal.
Caso haja um recuo nos próximos dias, o gráfico mensal indica um nível de suporte na região da Tenkan Sen, atualmente posicionada em US$ 35 mil. Esta informação corrobora com as descobertas analisadas no gráfico de 12 meses, onde identificamos potenciais pontos de apoio.
Janeiro inicia bem!?
Vamos estreitar ainda mais o intervalo temporal e observar as informações do Bitcoin no gráfico semanal. Neste contexto de período gráfico mais curto, observamos as negociações permanecendo no topo de um canal ascendente, com as operações da semana passada revertendo parte do movimento de queda da semana anterior.
Nesta última semana de dezembro, o mercado de criptomoedas observa se os investidores que atuam na ponta da compra alcançarão um rompimento ascendente em relação à semana de 04 de dezembro, que registrou sua máxima em US$ 44,7 mil.
Caso esse rompimento ocorra consistentemente, poderemos projetar um movimento de preços para a região dos US$ 50 mil, especialmente com a superação da vela da semana de 11 de dezembro, que foi um período dominado por vendedores. Este potencial rompimento também provocaria o deslocamento ascendente da linha base do Ichimoku.
A linha Senkou Span A, projetada 26 semanas no futuro no gráfico, aponta para cima, sugerindo que a tendência de alta permanece ativa e que possíveis retrações no preço podem representar apenas realização de lucros dentro de uma estrutura de tendência ascendente.
A expectativa de um rompimento acima dos US$ 44,7 mil também contribuiria para o movimento ascendente da linha Senkou Span B, que também está projetada no gráfico 26 semanas no futuro e que, atualmente, se mantém horizontal.
No entanto, é importante ressaltar que esse movimento de alta aguardado pelos investidores só se consolidará com uma nova entrada de capital no Bitcoin nesta última semana de dezembro. Caso contrário, devemos estar atentos aos possíveis níveis de suporte sugeridos pelo contexto do gráfico semanal.
Ao buscar por pontos de apoio no gráfico semanal, observamos que a vela da semana de 27 de novembro gerou um desequilíbrio ascendente, também conhecido como Fair Value Gap (FVG).
Essas regiões de desequilíbrio tendem a atrair o preço para seus níveis de 50% de recuo. É interessante notar que, nessa mesma região, encontramos a linha Tenkan Sen, representando o equilíbrio dos últimos 9 períodos.
Isso confirma a presença de um novo possível suporte na região de US$ 39 mil. Este nível de suporte foi detalhado em nosso “Variação de Mercado” da semana passada e continua sendo uma faixa de preço significativa na estrutura semanal.
Continuando a busca por pontos de apoio no gráfico semanal, deparamo-nos com a região de 50% do canal ascendente, correspondente aos níveis de preço de US$ 35 mil. Essa área de 50% do canal de alta reforça as informações analisadas anteriormente no gráfico de 12 meses, onde identificamos a região de US$ 35 mil como parte do nível de 50% de Fibonacci entre a mínima de 2011 e a máxima histórica do Bitcoin registrada em novembro de 2021. Isso a torna um ponto de apoio crucial para as negociações de Bitcoin.
Capitalização do Bitcoin
Ao considerar o gráfico mensal do Market Cap, que mede a entrada e saída de capital no Bitcoin, assim como sua dominância em relação a outras altcoins, observamos um declínio acentuado ao longo deste mês de dezembro, mantendo o movimento de queda iniciado em novembro.
Embora tenha havido uma tentativa de recuperação no início de dezembro no gráfico do Market Cap, essa recuperação foi contida pela resistência nas linhas Senkou Span A e Senkou Span B, que compõem a região de “Nuvem” de Ichimoku.
No momento desta redação, a dominância estava operando abaixo de 52%, movendo-se de maneira descendente em direção à linha Tenkan Sen, representando o equilíbrio dos últimos 9 meses. Nessa mesma região, identificamos um possível suporte proveniente de um “Imbalance” a favor dos compradores criado em outubro, podendo atuar como um ponto de apoio relevante para as negociações futuras do Bitcoin.
Essa retração no gráfico mensal do Market Cap sugere que os investidores promoveram um cenário de realização de lucros neste final de ano, adotando uma postura cautelosa diante do encerramento de um ciclo de 16 meses.
Apesar de observarmos as linhas de 9 e 26 períodos operando em ascensão, os níveis de dominância permanecem abaixo da região de “Nuvem”, sendo que a resistência mais significativa no gráfico mensal é encontrada em 56%.
Realização de lucros
Ao examinar o gráfico semanal do Market Cap, observamos que estamos na quarta semana consecutiva de queda na capitalização, enquanto as linhas de equilíbrio do Ichimoku permanecem planas, indicando um cenário de lateralização.
Neste contexto, a linha Tenkan Sen encontra-se acima da linha Kijun, sugerindo um movimento de queda limitado. É possível que o suporte seja encontrado na região de 50,2% de dominância, que corresponde à mínima do Imbalance no gráfico mensal e também aos níveis mínimos da semana de 02 de outubro.
A relevância da semana de 02 de outubro no gráfico semanal se deve ao fato de que, naquela ocasião, houve um impulso de alta acima das linhas de equilíbrio.
Diante dessas informações, os investidores estão atentos às possíveis reações a favor dos compradores assim que os níveis de dominância alcançarem essas regiões de suporte.
Negociações na última semana do ano
Para avaliar as informações de curto prazo do Bitcoin nesta última semana do ano, voltamos nosso foco para o gráfico diário, onde observamos o preço oscilando dentro de uma estrutura de consolidação com a possibilidade de formação de um triângulo.
No gráfico diário, as linhas de equilíbrio do Ichimoku também se mantêm planas, reforçando a perspectiva de um cenário de indefinição. Ao analisarmos o indicador MACD, percebemos que o histograma está abaixo da linha zero, com a linha de sinal e a linha MACD apontando para baixo. Esses dados indicam que, a curto prazo, o controle da estrutura está nas mãos dos vendedores.
O indicador Estocástico Lento também está em tendência descendente, aproximando-se do próximo suporte em sua linha de 50%. As linhas do Estocástico Lento saíram de uma região de sobrecompra e estão direcionando-se para as mínimas do indicador.
Diante dessas informações, os investidores aguardam que as negociações do Bitcoin busquem o fundo da estrutura, levando o Estocástico para suas mínimas, na expectativa de identificar algum sinal no histograma do MACD que possa indicar uma nova entrada de demanda.
Conclusão
A análise detalhada dos diferentes intervalos temporais revela um panorama complexo da movimentação de preços do Bitcoin. No gráfico de 12 meses, observamos uma trajetória ascendente, destacando-se a valorização de mais de 160% ao longo do ano de 2023. O final do ano testemunhou movimentos significativos, com a criptomoeda atingindo uma máxima de US$ 44,7 mil, sinalizando um potencial para a quebra de resistências técnicas importantes no futuro próximo.
A análise mensal oferece insights valiosos, apontando para um período de alta contínua, embora obstáculos técnicos, especialmente representados pelas linhas de equilíbrio do Ichimoku, tenham contido temporariamente essa ascensão. No entanto, a persistência dos investidores compradores é evidente, sugerindo uma possível projeção de preços em direção aos US$ 50 mil, caso ocorra um rompimento consistente das resistências identificadas.
No cenário semanal, observamos uma tendência de queda na capitalização do mercado, embora os sinais de suporte na região de 50,2% de dominância possam influenciar uma reação dos compradores. Essa região demonstrou anteriormente um forte impulso de alta, indicando sua relevância como um potencial ponto de apoio.
A análise do curto prazo, no gráfico diário, revela um período de consolidação e incerteza, com indicadores como o MACD e o Estocástico Lento apontando para uma possível vantagem dos vendedores. Investidores estão atentos a sinais que indiquem uma reversão desse cenário, buscando pistas no comportamento do preço e nos indicadores técnicos para identificar novas oportunidades de entrada no mercado.
Em síntese, as diferentes análises temporais oferecem perspectivas variadas sobre o Bitcoin, sugerindo um potencial de crescimento a longo prazo, embora no curto prazo existam desafios técnicos e incertezas que os investidores estão monitorando de perto. A evolução do mercado de criptomoedas continuará sendo influenciada por uma série de eventos e fatores que demandam uma análise contínua e cautelosa para orientar estratégias de investimento.
Agradecimento
Gostaria de expressar meu agradecimento a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. A compreensão e o interesse demonstrados por cada leitor são fundamentais para promover uma análise detalhada e informada do mercado de criptomoedas.
A profundidade e complexidade desse campo exigem um esforço coletivo para avaliar as tendências e os movimentos do Bitcoin em diferentes intervalos temporais. Sua leitura atenta e consideração das análises apresentadas são fundamentais para entender o cenário atual e potenciais direções futuras do mercado.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
Na última semana de 2023, o mercado de criptomoedas está em clima de feriado. O Bitcoin (BTC) está vendo poucas movimentações de compra e venda, assim como uma baixa oscilação de preços. Com um deadline para mudanças nas propostas dos ETFs à vista da criptomoeda nos Estados Unidos e indicadores técnicos mostrando que os derivativos estão frios, mas o spot sobrecomprado, os traders precisam entender o que de fato e para onde o ativo pode virar nesta reta final de ano.
Não é bem assim a história
A semana começa com os investidores ainda mais confiantes de que o Federal Reserve vai começar, em breve, a cortar os juros. E isso não é mero achismo, afinal, a inflação está, de fato, recuando nos Estados Unidos. O Índice de Gastos Pessoais – famoso PCE – até subiu 0,1% em novembro, mas abaixo do esperado pelos analistas.
Com acumulado de 2,6% para o núcleo do indicador e 3,2% na variação total, a inflação até pode estar acima da meta de 2% do FED, ma, convenhamos, bem mais perto do que já estivemos antes. Com isso, muitos economistas passam a apostar que na próxima reunião, o banco central norte-americano dê seu primeiro passo para a redução dos juros.
Entretanto, muita calma por aí, Ludmilo! Alguns representantes do Federal Reserve falaram recentemente e disseram que a história não é bem assim. Para eles, sim, o país está vendo uma queda nos preços, porém, seria “irreal” começar a falar em cortes nas taxas tão cedo.
Sabemos que a banda não toca assim. Claro que os juros podem continuar como estão atualmente, mas o Banco Central já mostrou que coerência não é o forte. Então, com a pausa constante em aumentos, não é mesmo de se surpreender em um possível corte. Para o mercado de risco, como ações e criptomoedas, uma notícia dessas seria interessante, pois tenderia a tirar parte do dinheiro da renda fixa para ativos que possam pagar mais.
Religando as turbinas
Há bons meses a gente vem discutindo como o desempenho econômico da Zona do Euro não é dos melhores. Mas, poxa vida, nós devemos falar do trabalho que o bloco está conseguindo fazer em controlar a inflação por lá. Os preços ao consumidor (CPI) da região caíram de 2,9% para 2,4% em novembro, muito perto da meta de 2%. Sabe quem ajudou nisso? Produtos de energia, que recuaram bastante recentemente.
Com a melhora nos índices inflacionários, os consumidores voltam a pôr o rostinho para fora de casa, elevando sua confiança em 1,5%, em dezembro, mirando os -15,1 pontos. Embora isso ainda aponte território de contração, fato é que o indicador veio acima do esperado e pode reaquecer o consumo e parte da economia.
Porém, o Banco Central Europeu (BCE) vai precisar balancear bem sua política monetária neste momento para não deixar a inflação subir novamente com o aumento do consumo. Por lá, não conseguimos ver esse otimismo todo em relação a um possível corte de juros. Assim, movimentos bruscos de investimentos em ativos de maior risco podem não ser tão visíveis assim.
Tudo no seu lugar
Na China, os movimentos parecem tudo muito bem controlados. O mercado entendia que as taxas de referência para empréstimos deveriam permanecer inalteradas. E o Banco Central concordou com isso. As tarifas para pedidos de um ano se mantiveram em 3,45%, enquanto a de cinco anos, em 4,2%. Mesmo com a expectativa atendida, o mercado ainda espera mais flexibilizações econômicas por lá.
Entretanto, o movimento não foi o suficiente para que as bolsas por lá explodissem. Ao contrário, com a subida e máximas históricas em diversos índices globais, o movimento ficou marcado mesmo pela realização de lucros e consequente queda dos papéis. Não à toa, o Bitcoin também não se beneficiou deste movimento, vendo os investidores ainda buscando se posicionar em um momento mais “adequado” por assim dizer.
Bitcoin encaixotado
Na última semana útil do ano, o Bitcoin viu sua volatilidade cair. O que é, inclusive, natural. Afinal, boa parte do mundo parou para comemorar o Natal e, daqui alguns dias, será a vez das festas de fim de ano. Então, é mais do que comum ver o volume de negociações cair e mostrar que os investidores estão dando atenção para outras coisas de suas rotinas.
Assim, criou-se uma faixa de negociação relativamente estreita, com a criptomoeda de referência sem forças para romper os US$ 44 mil, mas também mostrando fôlego para evitar uma queda prolongada para abaixo dos US$ 41 mil. Para especuladores de curto prazo, essa linha parece bem interessante, mas não mostra tendência alguma.
De olho no champagne
Historicamente, não é estranho ver movimentos de alta expressivos do Bitcoin na última semana do ano. Entretanto, também não é loucura imaginar que ninguém está muito no pique de negociar qualquer tipo de ativo agora. Mas seja pelas festas de final de ano ou não, fato é que a cautela tem sido o mote do mercado quando olhamos para os derivativos.
Neste caso, a alavancagem de posições da moeda digital caiu para muito perto de seus mínimos históricos. Inclusive, o nível atual está muito próximo das duas últimas grandes quedas, confirmando a sensação mais morosa do mercado.
Se olharmos para o gráfico, vamos ver que esses momentos de baixa no indicador ELR acompanhou também uma queda de preços do BTC, como em 2021, durante a proibição de mineração na China, e em 2022, com o colapso da FTX. Correções são, sim, esperadas, ainda mais para quem acompanha o Satoshi Call e o Variação de Mercado toda semana. Entretanto, há poucos sinais técnicos e fundamentais que apontem para uma possível queda de preços maior.
Em contrapartida, se há uma tendência mais lenta nos derivativos, o mercado de spot está se desenvolvendo rapidamente. O volume de compra dos bulls segue intenso, mostrando que o processo de acumulação pré-halving é quase uma regra no mercado atual.
Renovas máximas
Os mineradores parecem ser o mais resiliente exemplo de acumulação neste período de alta de preços. O grupo reduziu a venda de ativos, aproveitando o momento de hype dos Ordinals para ganhar ainda mais taxas do que o normal na blockchain do Bitcoin.
Este comportamento é interessante, pois parece, inclusive, ignorar mais uma renovação das máximas históricas da dificuldade de mineração, o que tende a tornar o processo mais caro do que já é. Tudo isso parece, então, ser um preparo para o que o halving, em abril de 2024, pode proporcionar ao ativo.
Será que agora vem o ETF?
Na última semana, representantes de diversos fundos, como a BlackRock e Ark se reuniram com reguladores da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). O assunto? Os ETFs de Bitcoin à vista.
O encontro serviu para que a SEC apontasse aos reguladores as mudanças necessárias para que a Comissão desse andamento nas análises dos possíveis produtos de investimento. O prazo limite para enviar as mudanças é dia 29 de dezembro. Sim, sexta-feira. Caso não consigam fazer as alterações, as empresas podem ficar fora do possível processo de aprovação do ETF.
Gráfico do Bitcoin no curto prazo
Com o ELR deixando dúvidas e os mineradores em possível processo de acumulação, o gráfico do Bitcoin pode eliminar alguns ruídos importantes e nos trazer uma visão mais completa do que podemos esperar no movimento de preços da criptomoeda.
O último canal de alta segue se comportando como suporte, assim como a mediana da banda de Bollinger. Entretanto, a falta de força para subir acima dos US$ 44 mil colocou o ativo em uma faixa de negociação estreita entre US$ 41 mil e US$ 44 mil (linhas vermelhas). A linha inferior desta faixa pode ganhar força, com a média móvel mais baixa de Bollinger mirando no mesmo nível dos US$ 41,3 mil. Assim, há dois possíveis cenários para o Bitcoin.
Fonte: GoCharting, em 26/12/2023, às 9h31min.
Em caso de queda, podemos ver um teste da parte de baixo da faixa de negociação ou até mesmo uma visita na região US$ 38 mil (linha preta), que marca a última grande resistência de preços. Senão, uma possível subida pode levar a moeda digital aos US$ 48 mil e US$ 50 mil.
O MACD está com dificuldades em aproximar suas linhas para cruzar as médias para cima, mostrando uma indecisão dos compradores neste momento, enquanto o Índice de Força Relativa (RSI) mira os 54 pontos, com o mercado bem mais próximo de um equilíbrio.
Tipo um fractal
Em um período ligeiramente mais longo, o gráfico do Bitcoin semanal mostra que os investidores estão, de fato, respirando um pouco, mesmo que alguns sinais de alerta continuem sendo emitidos por aqui.
Por enquanto, o canal de alta está sendo rompido para baixo, mostrando a força da realização de lucros do mercado. Enquanto isso, a “Resistência 2” (ombro mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO) continua segurando possíveis avanços de preços.
Fonte: GoCharting, em 26/12/2023, às 9h33min.
O MACD segue com suas linhas cruzadas para cima, mostrando que o mercado está muito mais forte do que fraco em prazos maiores. Entretanto, o RSI em 74 pontos deixa tudo bem próximo da sobrecompra, o que tende a levar a novas correções de preços, como os US$ 36,2 mil. Caso suba, o BTC pode testar um ataque aos US$ 46,7 mil e US$ 50 mil.
Conclusão
O mercado de criptomoedas vive um momento de “incerteza”. Esta, inclusive, talvez não seja a melhor palavra. Afinal, há muitos eventos, como as festas de fim de ano, que naturalmente afastam os investidores do mercado. Entretanto, a isca dos ETFs volta ao radar muito forte, com os traders só esperando uma pequena dica da SEC para validar ou não os ETFs.
Enquanto isso, o halving do Bitcoin segue sendo o evento mais realista para os investidores, que seguem acumulando suas moedas, em busca de uma nova máxima histórica. Bem posicionado, os traders não parecem querer vender seus ativos, porém, o mercado sobrecomprado pode ser uma pedra no sapato dos menos pacientes, que podem não estar muito no clima de esperar e vivenciar uma correção de preços no curto prazo.
Bem-vindos a mais uma edição eletrizante do “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto.
Está ansioso para a chegada de 2024? Esse é o ano que promete ser extraordinário para o mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain!
Eu acredito que vamos testemunhar uma revolução no mercado de cripto, onde novas moedas digitais e aplicações inovadoras em blockchain estão ganhando espaço e transformando setores inteiros.
Então pegue sua bola de cristal e embarque nesta jornada comigo, enquanto exploramos as tendências e transformações que eu acho que vão definir o cenário de criptomoedas em 2024.
Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀
1# Expansão de Serviços Blockchain Existentes
Vamos à primeira tendência dessa lista: a expansão do mercado ea adoção de serviços de blockchain.
Coisas como contratos inteligentes, aplicativos descentralizados (dApps), Finanças Descentralizadas (DeFi), tokenização de ativos e Non-Fungible Tokens (NFTs), serão cada vez mais comuns no ano de 2024.
Isso se deve à maturidade crescente da tecnologia blockchain, que possibilita a automatização e confiabilidade em diversos setores, incluindo finanças, saúde e gerenciamento de cadeia de suprimentos.
O Blockchain as a Service (BaaS) ou Crypto as a Service é uma tendência emergente que simplifica a adoção da blockchain por empresas, permitindo que elas utilizem os melhores recursos dessa tecnologia sem criar sua própria plataforma – aqui no Brasil temos grandes players usando esse tipo de solução -. Isso fomenta a inovação e a escalabilidade em aplicações descentralizadas.
Temos diversas empresas e protocolos tentando agarrar esse gap de mercado com muitas soluções que facilitam a integração com o mercado.
Há uma expectativa também de aumento na adoção de blockchain por governos, impulsionada pela expansão de DeFi, pelas CDBCs e o universo crescente da tokenização de ativos.
Também começo a ver uma maior fusão da blockchain com Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT) e Web 3.0 indicando uma convergência significativa que pode revolucionar a forma como as transações digitais são realizadas e impactar diversos setores.
As pessoas vão começar, enfim, a usar blockchain sem saber o que é blockchain!
2# Tokenização de Ativos
Tudo será ou começará ser tokenizado em 2024.
A tokenização de ativos reais em tokens digitais na blockchain pode desbloquear liquidez e criar novas oportunidades de investimento, tornando ativos como imóveis e obras de arte de alto valor mais acessíveis a empresas de médio e pequeno porte e a indivíduos.
Mas para que a revolução aconteça, precisamos que a infraestrutura evolua.
A interoperabilidade entre blockchains, escalabilidade, segurança, privacidade e sustentabilidade são desafios cada vez mais abordados para alcançar o potencial pleno da tecnologia blockchain.
Por esse motivo, projetos de L0, L1 e L2 são tão importantes. Minhas apostas estão no Ethereum, Polygon, Avax e Solana para criar essas conexões.
O mercado só vai confiar no processo de tokenização, quando isso avançar.
A narrativa de RWA é real, é bom ficar em cima dela.
3# NFTs, segunda onda está chegando
A segunda onda de NFTs vai ser um caminho sem volta, principalmente para o mercado de games.
Se você não sabe, os NFTs podem representar propriedade e acesso a uma variedade de ativos do mundo real, como imóveis, bens de luxo e direitos de propriedade intelectual, indicando uma expansão significativa em seu uso e aplicabilidade. Mas a primeira fase de aplicação dessa propriedade vai ser nos games.
A indústria de jogos está falando com 3,38 bilhões de jogadores em todo o mundo e com US$ 184 bilhões em receitas em 2023. A Geração Z e a Geração Alfa — que cada vez mais veem as experiências digitais e físicas como uma só — estão dedicando mais e mais horas na frente das telas jogando.
Uma das maiores diferenças entre os jogos Web2 e Web3 é a propriedade de itens digitais. Enquanto nos jogos Web2 os jogadores não possuem realmente os itens que compram ou ganham, os jogos Web3 oferecem a possibilidade de propriedade real e comercialização desses ativos digitais, utilizando a tecnologia blockchain e NFTs.
Eu vejo a tecnologia Web3 como um complemento aos jogos tradicionais, expandindo as possibilidades de design de jogos e criando novas maneiras de promover a propriedade, comunidade, lealdade e engajamento.
A incorporação da Web3 tem o potencial de aumentar a aquisição de usuários, o engajamento e, por fim, a monetização.
Será que vamos ver o Fortnite implementando Web3 em seu metaverso?
4# Avanço das Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs):
A introdução e integração de CBDCs vão começar a acontecer. Para os sistemas financeiros convencionais, isso representa uma mudança significativa, com potencial para transformar transações transfronteiriças e pagamentos diários no varejo.
Em 2023, vários países avançaram significativamente no desenvolvimento e implementação de Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs). Alguns destaques incluem:
Austrália: Bancos como o Commonwealth Bank e o Australia and New Zealand Banking Group estão testando o eAUD em um programa piloto.
Brasil: O Banco Central do Brasil conduziu um programa piloto fechado com instituições financeiras em 2023, como a Foxbit, com planos de lançar um CBDC em 2024.
Canadá: O Banco do Canadá destacou a importância da funcionalidade de pagamento offline em CBDCs.
China: A China incluiu o e-CNY em seus cálculos de circulação monetária em janeiro de 2023.
Índia: A maior rede varejista da Índia, a Reliance Retail, começará a aceitar pagamentos em rúpia digital em suas lojas durante a fase piloto do CBDC.
Japão: Após completar seu conceito de prova, o Banco do Japão iniciará um programa piloto em abril para testar a viabilidade técnica do “iene digital”.
Rússia: O Banco da Rússia está se preparando para lançar o primeiro piloto de consumo para o rublo digital em 1º de abril de 2023.
Arábia Saudita: O Banco Central Saudita aumentou a pesquisa sobre CBDCs em janeiro de 2023, com foco em casos de uso doméstico de CBDCs.
Emirados Árabes Unidos: Em 2023, como parte de seu programa de transformação da infraestrutura financeira, os Emirados Árabes Unidos planejam lançar um CBDC.
Reino Unido: O Banco da Inglaterra e o HM Treasury lançaram um documento de consulta em fevereiro de 2023, delineando o caso para uma libra digital.
Um caminho sem volta. CBDCs já são realidade.
Estados Unidos: A Subsecretária do Tesouro para Finanças Domésticas, Nellie Liang, anunciou a criação de um grupo de trabalho interagências para explorar o desenvolvimento de um CBDC
5# Alta do Bitcoin e Influência nos Altcoins
O preço do Bitcoin subiu para US$ 44 mil, gerando expectativas sobre eventos futuros que podem influenciar essa tendência de alta, principalmente o ETF e o Halving.
Existem previsões de que o Bitcoin poderá alcançar o valor de US$ 100 mil em 2024. Um exemplo disso é a previsão do Standard Chartered Bank, que indicou que a maior criptomoeda do mundo poderá atingir esse valor.
A possível aprovação de ETFs Spot Bitcoin pela SEC dos EUA e o evento de redução pela metade do Bitcoin são considerados catalisadores importantes para essa especulação.
Com a empolgação com os ETFs Spot Bitcoin espera-se um maior envolvimento dos investidores institucionais trazendo mais estabilidade e maturidade ao mercado.
Também temos pontos econômicos como a potencial redução do ciclo de aperto da Reserva Federal dos EUA, além dos desafios econômicos em regiões como Europa e Japão, criam um ambiente favorável para o crescimento não só do Bitcoin mas também das altcoins.
Vale lembrar que estamos em uma nova fase do mercado, onde não estamos apenas construindo, mas entregando produtos e serviços que as pessoas vão começar a usar.
O crescimento na adoção de dApps baseadas no Ethereum e os investimentos institucionais em Ethereum podem aumentar significativamente seu valor e fazer ele alcançar seu ATH em pouco tempo.
Há uma expectativa geral de que 2024 será um ano forte para os altcoins. Muitos acreditam que os altcoins podem aumentar de valor de 30 a 100 vezes ao longo do ano.
Todas as estrelas estão alinhadas para ser um ano incrível.
Conclusão
À medida que 2024 se desenha no horizonte, estamos prestes a testemunhar uma transformação sem precedentes no mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain. A expansão dos serviços de blockchain existentes, a ascensão dos NFTs, e a inovação contínua em CBDCs, estão pavimentando o caminho para uma adoção mais ampla e aplicações revolucionárias.
Com o Bitcoin se aproximando de marcos históricos e as altcoins se preparando para possíveis altas astronômicas, este ano promete não apenas crescimento, mas também a materialização de um futuro digital mais integrado e acessível. Fique atento, pois 2024 será um ano para lembrar – um ano onde a revolução cripto se torna mais tangível e impactante do que nunca.
Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.
Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.
Na reta final do ano, o Bitcoin (BTC) parece estar brigando com o Natal para ver quem domina o mercado em dezembro. Brincadeiras à parte, fato é que a criptomoeda de referência registrou altas significativas durante muito tempo consecutivo, criando a necessidade de uma realização de lucros natural. Por isso, a análise técnica vai ser importante neste momento, pois permite entender para onde está indo o fluxo de dinheiro da moeda digital, e como os investidores estão se comportando neste período de menor euforia.
Capitalização de… Presentes?
Iniciamos as negociações de Bitcoin na semana que antecede o Natal, com os investidores reduzindo a intensidade e operando cautelosamente, observando atentamente o gráfico mensal do Market Cap. Este mês está formando uma vela com sombra superior e os níveis estão abaixo da abertura do mês de novembro.
Essa sombra reflete a presença de investidores que, através da realização de lucros, retiraram capital do Bitcoin, promovendo uma queda na dominância que saiu de 55% na máxima registrada no mês para os níveis próximos à mínima do período, abaixo de 53%.
Um suporte sugerido, caso a queda continue, poderá ser observado em 51,17%, referente ao fechamento do mês de junho deste ano, que está na mesma região do desequilíbrio a favor dos compradores registrado em outubro.
A mínima de novembro também faz parte de uma possível região de suporte em 51,7%, considerando que no mês passado a queda de capitalização segurou seu movimento ao atingir este nível. É importante notar que a mínima de novembro está na mesma região da máxima de julho deste ano, corroborando para que este nível se torne relevante e um suporte válido.
Estamos observando os níveis de fechamento de junho e a máxima de julho por dois motivos que merecem nossa atenção neste momento, às vésperas do final do ano.
Primeiro, analisamos o fechamento de junho por se tratar do encerramento do segundo trimestre deste ano. É relevante ressaltar que dividir os períodos do ano em trimestres faz parte da estratégia de muitos investidores no mercado de criptomoedas, e avaliar a reação dos movimentos nessas regiões específicas pode trazer maior clareza antes de uma tomada de decisão.
Outro ponto avaliado é a máxima de julho, que se refere ao primeiro mês do terceiro trimestre e que já serviu de suporte para a mínima de novembro, podendo ser um ponto de apoio caso a dominância e a capitalização do Bitcoin continuem em queda.
Ainda restam cerca de uma semana e meia para o fechamento da vela mensal de dezembro, e muitas oscilações podem acontecer neste período. No entanto, acompanhar passo a passo a movimentação e se preparar para cenários diferentes pode auxiliar o investidor na gestão de entrada e saída de capital, assim como na dominância do Bitcoin frente às outras criptomoedas.
No gráfico mensal anterior, há também uma relação temporal que merece nossa atenção devido a ciclos semelhantes dentro da estrutura. Observamos que entre a mínima do mês de maio de 2021 e a mínima do mês de agosto de 2022, tivemos uma estrutura lateral que atuou em um ciclo de 16 meses de negociação. O movimento de tendência de alta no gráfico mensal do Market Cap iniciou-se em setembro de 2022, e até a máxima de dezembro deste ano, também tivemos um ciclo de negociações de 16 meses.
Ao encerrarmos ciclos equivalentes, é natural que possamos presenciar algum tipo de movimentação adversa ao movimento anterior. Isso não é uma regra, mas serve como um ponto de observação para o mercado.
Para onde está indo o dinheiro?
Ao examinarmos o gráfico do Market Cap com as linhas do Trade System Ichimoku, é perceptível que a máxima de dezembro encontrou resistência nas linhas Senkou Span A e Senkou Span B, que compõem a conhecida ‘Nuvem’ do sistema.
Projetando 26 períodos adiante, a linha Senkou Span A também aponta para cima, confirmando a tendência de alta do gráfico mensal observada até o momento. Enquanto isso, a linha Senkou Span B permanece plana, sugerindo que o equilíbrio dos últimos 52 períodos pode atuar como um nível de resistência significativo.
A Chikou Span, localizada 26 períodos no passado, está posicionada acima da vela do mês de novembro de 2021, quando houve uma retirada de capital do Bitcoin por parte dos investidores. Essa linha enfrenta como resistência a linha base do Ichimoku, que está nos mesmos níveis da Senkou Span B futura, indicando possíveis dificuldades para ultrapassar essa região.
A linha Tenkan Sen, que representa o equilíbrio dos últimos 9 períodos, mantém sua orientação ascendente. Em um cenário de queda na dominância, essa linha pode atuar como suporte, situando-se na mesma região do fechamento de junho, anteriormente mencionado como um suporte relevante.
A kijun Sen, que representa o equilíbrio dos últimos 26 períodos, também está apontando para cima, sustentando a tendência de alta do Market Cap no gráfico mensal.
Com as linhas Tenkan e Kijun apontando para cima, a interpretação dos investidores sugere que, apesar da redução na capitalização e da diminuição na dominância do Bitcoin, a queda atual pode ser apenas um recuo temporário, insuficiente para abalar o otimismo do mercado, que já viu o preço do Bitcoin se valorizar em mais de 180% desde o início da alta.
É crucial destacar que a movimentação no gráfico do Market Cap tem influência direta nas oscilações de preço do Bitcoin, já que o preço só conseguirá manter uma trajetória ascendente consistente se houver entrada de capital na criptomoeda.
Em síntese, a análise do Market Cap no intervalo mensal sugere que os investidores estão em compasso de espera às vésperas do Natal e do final de ano. Esse movimento pode ser interpretado como uma realização de lucros em um período que se aproxima do encerramento do último trimestre do ano.
Como mencionado anteriormente, ainda falta cerca de uma semana e meia para o encerramento deste mês, e esse cenário atual pode ser revertido caso os investidores que atuam na ponta da compra identifiquem informações indicando a continuação do movimento ascendente. Do contrário, os suportes analisados no gráfico mensal do Market Cap continuam válidos.
Mercado medroso?
Um desafio significativo para os investidores é separar suas próprias emoções e sentimentos, que podem levar a decisões irracionais, dos sentimentos refletidos pelo mercado. Para auxiliar nessa distinção e tornar os investimentos em Bitcoin mais racionais, os investidores podem recorrer ao ‘Índice do Medo e Ganância’, também conhecido como Fear And Greed Index.
Esse indicador oferece perspectivas sobre o comportamento geral dos participantes do mercado, podendo identificar quando o mercado está excessivamente temeroso ou quando está exibindo um otimismo acentuado que pode evoluir para sentimentos de ganância.
Compreender os níveis de medo e ganância pode representar uma oportunidade para os investidores aprimorarem suas decisões, identificando se o mercado está dominado pelo medo ou se o otimismo excessivo pode resultar apenas em grandes lucros para investidores com grandes quantidades de Bitcoins, promovendo, assim, uma queda acentuada nos preços.
O Índice do Medo e Ganância do Bitcoin opera em uma escala de 0 a 100 e é representado no gráfico de preços por cores, onde o vermelho, indicando 0, representa um medo extremo, enquanto o verde, representando 100, denota um sentimento de ganância.
Na imagem seguinte, observa-se que o indicador está atualmente marcando 73 na escala, exibindo uma tonalidade verde-limão, indicando que o sentimento geral dos investidores em relação ao Bitcoin permanece positivo, mesmo diante da redução na capitalização, conforme analisado anteriormente.
Ao longo do tempo, o Índice do Medo e Ganância foi crucial ao sinalizar movimentos de longas tendências de alta e robustas retrações nos preços, identificando potenciais topos e mínimas estruturas.
É fundamental ressaltar que, para uma tomada de decisão mais precisa, a análise desse índice deve ser complementada por outros indicadores, como as informações do Market Cap, que indicam precisamente os momentos de entrada ou saída de capital do Bitcoin.
Em termos contextuais, o investidor pode observar uma nova entrada de capital quando o índice do Medo e Ganância estiver abaixo de 30 na escala, sugerindo que o mercado está extremamente receoso. O oposto também é válido: quando o investidor perceber uma saída de capital mais agressiva enquanto o índice exibe uma coloração verde mais intensa, acima de 75 na escala, indicando que os participantes do mercado podem estar sendo tomados por um sentimento de ganância extrema.
Os dados utilizados para a construção do indicador Fear And Greed Index incluem:
– Volatilidade atual do preço do Bitcoin nos últimos 30 e 90 dias;
– Momentum e volume relativos aos últimos 30 e 90 dias;
– Análise do sentimento social;
– Domínio do Bitcoin em relação a outras criptomoedas;
– E até mesmo informações do Google Trends em várias pesquisas relacionadas ao Bitcoin.
Cada um dos elementos avaliados para a construção do Fear And Greed Index possui sua relevância particular e contribui para a definição da pontuação na escala.
Buscando equilíbrios
Na última semana, o preço do Bitcoin apresentou uma variação negativa de -5,5%, encerrando a vela semanal abaixo da linha superior do canal de alta. Essa queda não apenas sugere que os investidores estão realizando lucros no topo do canal, mas também indica que a estrutura de preço pode testar os níveis de equilíbrio da estrutura.
A linha base do Trade System Ichimoku, que mede o equilíbrio dos últimos 26 períodos, está estagnada na região de US$ 35 mil, referenciando a mínima das negociações da semana de 13 de novembro. Esses níveis correspondem à região central do canal de alta, representando um suporte relevante em caso de uma queda acentuada.
Entretanto, antes que o preço retorne aos US$ 35 mil, é crucial observar o ponto de equilíbrio de 9 períodos, atualmente situado em US$ 37,3 mil. Conforme a estrutura se desenvolve, este ponto de equilíbrio subirá para 39 mil dólares na próxima semana.
Diante dessas informações, é importante destacar que esse suporte em US$ 39 mil se refere à região de 50% do desequilíbrio provocado pelos investidores que atuaram na ponta da compra na semana de 27 de novembro.
A linha Senkou Span A, projetada 26 períodos no futuro, continua apontando para cima, indicando que a tendência de alta no gráfico semanal de preços do Bitcoin ainda se mantém, mesmo após a retração observada na semana passada.
Por outro lado, a linha Senkou Span B, também projetada 26 períodos à frente, encontra-se plana no momento. No entanto, de acordo com os cálculos matemáticos do Trade System Ichimoku, a partir da próxima semana, este ponto de equilíbrio subirá, sugerindo a continuação da tendência de alta no cenário macro.
Análises adjacentes
No gráfico semanal, o indicador MACD apresentou seu histograma com uma máxima mais baixa após o movimento de retração na semana passada, revelando que os investidores optaram por fazer uma pausa nas negociações no início da segunda metade de dezembro.
Apesar disso, as linhas que compõem o indicador, ou seja, a linha de sinal e a linha MACD, permanecem alinhadas e apontando para cima, com uma leve desaceleração na linha MACD. Apesar da máxima mais baixa no histograma do MACD, os níveis permanecem acima da linha 0, o que sinaliza um cenário positivo para os investidores.
Enquanto isso, o indicador Estocástico Lento encontra-se em uma região de sobrecompra, testando os níveis de suporte em 80%. Como já mencionado em relatórios anteriores, o Estocástico Lento pode permanecer por longos períodos na região de sobrecompra e utiliza os níveis de 80, 50 e 20 como pontos de suporte para suas movimentações.
Uma observação crucial no gráfico semanal do Bitcoin é que a variação negativa registrada na semana passada gerou um volume de negociação superior em comparação com várias semanas anteriores, com controle dominante a favor dos vendedores nesse período específico.
Em resumo, as informações provenientes do MACD, Estocástico Lento e Volume de negociação confirmam que a percepção dos investidores neste período de final de ano está direcionada para a realização de lucros. Isso explica o movimento de queda observado na semana passada, sinalizando uma pausa na tendência de alta que vinha sendo observada desde novembro do ano passado.
Conclusão
Com base nas informações analisadas neste relatório, é evidente que o Bitcoin experimentou uma fase de retração e pausa durante a segunda metade de dezembro, após um período prolongado de tendência de alta observado desde novembro do ano anterior.
As informações do gráfico do Market Cap, que mede a entrada e saída de capital bem como a dominância do Bitcoin frente a outras criptomoedas, sugeriu que há uma resistência significativa a ser superada.
Diversos indicadores técnicos, como o MACD, o Estocástico Lento e o volume de negociação, apontam para um cenário onde os investidores estão optando por realizar lucros, indicando uma inclinação para ajustes de posição durante o período de final de ano.
Embora haja sinais de uma desaceleração temporária, é importante destacar que os suportes e resistências identificados por meio de análises técnicas oferecem insights valiosos para potenciais movimentos futuros.
A presença de um sentimento de realização de lucros, evidenciada pela movimentação dos investidores e suportada por múltiplos indicadores técnicos, ressalta a importância da cautela e análise cuidadosa para aqueles que buscam entender e prever o comportamento do Bitcoin.
Essas observações podem oferecer uma visão abrangente e estratégica para orientar decisões futuras de investimento no mercado de criptomoedas.
Em suma, embora a tendência de alta anterior tenha sido interrompida temporariamente, a compreensão desses indicadores técnicos e a análise dos movimentos recentes fornecem informações cruciais para a compreensão do atual cenário do Bitcoin, orientando os investidores em suas estratégias e expectativas para períodos vindouros.
Agradecimento
Agradeço sinceramente a todos os leitores que dedicaram seu tempo para examinar este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. A sua atenção e interesse são fundamentais para a compreensão e aplicação das análises apresentadas. Espero que as informações aqui fornecidas tenham sido úteis e contribuído de alguma forma para o seu conhecimento sobre este mercado.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube e em meu perfil no Instagram.
De tanto que a gente pediu, a correção de preços do Bitcoin (BTC) veio. Sem movimentos bruscos, mas em um comportamento saudável e importante para que a criptomoeda mantenha sua tendência de alta saudável. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, o ativo pouco se movimentou quando o Federal Reserve se mostrou favorável ao corte de juros no ano que vem. Na análise técnica, o curto prazo mostra que o respiro da queda foi muito bem-vindo a partir da realização de lucros, mas períodos um pouco maiores ainda sinalizam cautela.
Já acabou, Powell?
Um fato a gente pode colocar na mesa esta semana: O Federal Reserve, mais uma vez, manteve sua taxa de juros inalterada entre 5,25% e 5,50%. Até aí, zero novidades, afinal isso já vinha acontecendo há algum tempo. Mas para o mercado de risco, muito melhor do que isso foi a coletiva do agora “papai noel” Jerome Powell.
Em coletiva, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos chegou com a sacola cheia e animou os investidores. Ele disse que espera um aumento na taxa de desemprego – o que é péssimo para o trabalhador, mas ótimo para controlar a inflação. A perspectiva de crescimento do país até recuou, mas ainda está dentro da expectativa do FED, no que os formuladores de política monetária nomeiam de “pouso suave”.
Nesse meio tempo, a inflação ao consumidor (CPI) até deu uma aceleradinha, mas coisa boba: 0,1%, contra 0,0% esperado pelos analistas. Já os preços ao produtor (PPI) ficaram inalterados em novembro, com a produção industrial subindo 0,2%, pouco abaixo das projeções.
Esses dados menos animadores nem fizeram cócegas ao presentão que Powell estava reservando. A autoridade monetária disse que talvez os Estados Unidos já tenham chegado ao seu pico da taxa de juros, enquanto a “economia surpreendeu” no período. Com isso, o “cassino” dos juros viu os investidores apostando quase todas suas fichas em um corte nos juros no próximo ano.
Para o mercado de criptomoedas, isso aqui foi puro foguete! Embora não tenhamos visto nenhum movimento absurdo de alta de preços – na realidade, vimos um mercado ainda respirando depois dos últimos ganhos –, fato é que o dólar recuou para mínimas de julho. Com isso, o sentimento de otimismo com ações de risco e moedas digitais simplesmente abriu um sorriso de orelha à orelha dos investidores, que levaram muitas bolsas de valores a renovar suas máximas históricas.
Muita calma por aí
História que conta cá, às vezes se conta lá também. Se os Estados Unidos não aumentaram ou recuaram os juros, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu seguir a mesma política e manter a taxa quietinha, quietinha. Em coletiva, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não foi tão generosa como Jerome Powell.
A mandatária foi mais branda em seu discurso, alertando para os riscos de que a economia não cresça tanto quanto alguns podem esperar. Ao contrário, a perspectiva é de até um enfraquecimento para os setores de construção e industrial. Entretanto, falar em recessão é algo que não está previsto para o bloco nas conversas atuais. E aí que vem as prévias dos Índices Gerente de Compras, que vai recuando de 47,6 para 47,0. Lembrando sempre que abaixo dos 50 pontos, a economia está em contração – algo que alguns chamam de recessão técnica.
A história já talvez esteja tão conhecida, que os investidores parecem ter simplesmente ignorado tudo isso: “Os juros ficaram na mesma? O PMI caiu? Esquece, compra ações e vamos nessa!” Este basicamente tem sido o clima lá fora, com a Europa também vendo suas bolsas registrarem novas máximas históricas.
Toma essa injeção aqui
A China vem de pouco em pouco mostrando que sua recuperação econômica está nos trilhos, mesmo que nem sempre esteja em uma trajetória tão linear assim. A produção industrial no país avançou de 4,6% para 6,6% em apenas um mês, superando e muito as expectativas. Já as vendas no varejo dispararam 10,1%, na base anual. Apesar do alto número, o índice ainda ficou abaixo dos 12,5% projetados.
Com isso, o governo chinês, enfim, foi mais claro em alguns de seus incentivos às finanças locais. No caso, as autoridades monetárias querem ver um aumento no consumo e um crescimento no setor imobiliário. Para isso, foram injetados mais de US$ 200 bilhões na economia.
Obrigado, correção de preços
É claro que todos nós gostaríamos de ver o Bitcoin avançando seu preço desenfreadamente. Mas para quem já viveu outros ciclos de mercado, sabe que uma correção de preços vez ou outra não só é saudável, mas muito importante. No caso, a criptomoeda está visitando a casa dos US$ 40 mil, interrompendo o que seria a nona semana de alta consecutiva.
Embolsando os lucros
Para quem acha que a alta do Bitcoin acabou e que entraremos em bear market, pode até ser verdade. Mas há sinais muito grandes de que o movimento de baixa foi apenas uma natural e esperada – vide os últimos Satoshi Calls – realização de lucros. Sim, muitos compraram a criptomoeda “baratinha” no mercado e venderam para embolsar os ganhos. Simples assim!
Não à toa, quando olhamos para os dados das exchanges, o volume de negociações se intensificou muito nas plataformas. Tanto que atingiu uma máxima de seis meses, mostrando que boa parte do mercado estava doidinho para realizar lucros nos US$ 44 mil. E antes que alguém se assuste, a maior pressão de vendas veio de investidores de curto prazo.
Olha só quem voltou!
Fazia um certo tempo que não falávamos dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, não é mesmo? Até porque, depois que a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (SEC) decidiu adiar a análise das solicitações, nada restou além de esperar. Porém, o elemento “especulativo” voltou.
Garry Gensler, presidente da SEC, apareceu. Desta vez, em entrevista à CNBC. O papo da vez é que a Comissão está de olho em como o judiciário está lidando com os pedidos. Como há um constante parecer favorável da Justiça, principalmente recentemente com a GrayScale, Gensler disse que o órgão deverá rever os documentos para uma possível aprovação ou rejeição de um ETF. Isso não diz muita coisa, mas é um sinalzinho de otimismo, né?
Uma boa correção de preços
A tão esperada correção de preço do Bitcoin, enfim, chegou. E a análise gráfica de curto prazo (1 dia) mostra sinais muito interessantes para o desempenho futuro da criptomoeda de referência.
Fonte: GoCharting, em 18/12/2023, às 8h31min.
Na perspectiva diária, o topo do canal de alta deixou de se comportar como suporte, após vários testes. Consequentemente, a mediana da banda de Bollinger também foi vencida. Entretanto, ela pode ser capaz de puxar o preço do ativo de volta para cima, caso exista força compradora o suficiente.
A linha azul pontilhada já projetava este teste no topo do canal, assim como na mediana da banda de Bollinger e na linha preta horizontal, que corresponde à última grande resistência. Se vamos descer mais, ainda é uma incógnita. Até lá, o curto prazo mostra que há uma breve tendência de baixa, condizente com a necessidade de correção da criptomoeda e um equilíbrio do Índice de Força Relativa (RSI), que volta aos 52 pontos, e do MACD, que cruza suas linhas para baixo.
Ainda é preciso esperar
Quando puxamos para a perspectiva semanal, o gráfico mostra que o Bitcoin ainda está muito sobrecomprado. Por isso, vemos que a criptomoeda passou a ser abaixo do recente canal de alta e da resistência que marca o decote mais alto do último ombro-cabeça-ombro (OCO)
Fonte: GoCharting, em 18/12/2023, às 8h31min.
Apesar da queda de preços, o MACD segue com suas linhas cruzadas para cima, com um início de aproximação, enquanto o RSI mira os 72 pontos, ainda considerado um mercado bem sobrecomprado.
Conclusão
A perda de força no curto prazo do Bitcoin mostra que os investidores mais especulativos realizaram lucros quando o ativo atingiu os US$ 44 mil. Essa correção era muito esperada, pois como bem sabemos, nenhum mercado saudável sobe em linha reta. Essa construção em “escadinhas” é o melhor caminho para o desempenho de qualquer criptomoeda ou ação, pois evita oscilações muito bruscas e inesperadas.
Mesmo assim, é importante ficar com os pés no chão e se sua perspectiva não é de HODL, vale acompanhar como este gráfico semanal vai se comportar a partir de agora. Foram oito semanas consecutivas de ganhos e, em algum momento, isso teria que “parar”. Este não é o fim da tendência de alta do Bitcoin, mas espere por algum respiro ou lateralidade. Vai ser melhor para todo mundo se esse movimento de mercado acontecer.