Enfim, a correção do Bitcoin acontece

Enfim, a correção do Bitcoin acontece

O mercado de criptomoedas vive um momento “chatinho”. É quase que uma punição para quem esperou tanto tempo para comprar Bitcoin (BTC). Porém, a paciência costuma ser recompensada aos investidores mais calmos e analíticos. A subida rápida aos US$ 49 mil e a euforia em torno de um mercado sobrecomprado exigia que a moeda digital visse seu preço cair um pouco. Esse comportamento é visto desde os mineradores aos especuladores. Agora, o mercado sinaliza que boa parte deste processo já acabou, mas isso não é motivo para descuidos.

 

Mineradores de Bitcoin minerando lucros

Só agora o movimento de realização de lucros do mercado de criptomoedas está começando a dar uma esfriada. A semana foi bastante intensa, com os investidores vendendo suas posições para embolsar os ganhos. E boa parte da pressão veio dos mineradores, que colocaram no mercado mais de 10,3 mil unidades da criptomoeda em apenas um dia. A ação levou esses big players a acumularem “apenas” 1,83 milhão de BTCs em suas reservas, o menor nível desde julho de 2021.

 

 

Vocês gostam de especular, hein!?

O mercado de derivativos também ajudou bastante a puxar o Bitcoin e todo o mercado de criptomoedas para baixo nos últimos dias. As liquidações na casa dos US$ 240 milhões em contratos futuros foram comuns recentemente. Isso gerou a famosa venda de pânico, com 88 mil BTCs sendo vendidos abaixo do preço de compra.

 

Um sobe, o outro desce

A correlação inversa entre o desempenho do Bitcoin e do índice dólar (DXY) ataca novamente. Coincidentemente – ou não – a última semana de queda da criptomoeda de referência acompanhou uma recuperação importante para a moeda norte-americana. Isso acarretou ainda no aumento dos rendimentos dos títulos do tesouro dos Estados Unidos, fazendo com que os investidores tirassem parte de suas posições do mercado de risco e a colocassem nos papéis federais.

 

Tudo dentro do esperado… Por enquanto

A análise do gráfico do Bitcoin no tempo diário mostra que os compradores estão tentando estancar parte das perdas e uma possível continuação da queda. Na imagem, é possível ver como o fundo do canal lateral está gerando pavios de preços, apesar da recente quebra para baixo. Caso isso se consolide, a queda deve se estender por mais tempo.

Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h46min.

 

O MACD traduz bem essa disputa entre compradores e vendedores, com suas médias móveis se aproximando e se distanciando constantemente. O Índice de Força Relativa (RSI) segue em baixa, mirando os 40 pontos, com o mercado ainda mais sob controle dos bears.

Já a banda de Bollinger começa a abrir lentamente, sugerindo que o mercado pode ver uma ampliação da volatilidade. Então, caso o suporte de US$ 40 mil seja perdido, os US$ 38 mil devem ser a próxima parada. Senão, será necessário aguardar um reteste do topo do canal lateral.

 

Se acalmando aos poucos

Quando aumentamos o prazo no gráfico semanal do Bitcoin, vemos a formação de um canal lateral, indicando que o mercado está ainda no processo de realização de lucros e reacomodação de seus suportes. Ainda mais considerando que, por muito tempo, o mercado estava em um nível de forte sobrecompra. Como apontado no último Satoshi Call, inclusive, a perspectiva histórica mostrava que a correção era iminente.

Fonte: GoCharting, em 22/01/2024, às 9h50min.

 

Fato é que o canal de negociação é até que semelhante ao observado no gráfico diário, com a faixa entre US$ 44 mil e US$ 40 mil como volatilidade padrão. As linhas do MACD estão se direcionando para cruzar para baixo, sinalizando a força da recente realização de lucros. Já o RSI desceu para os 63 pontos, o que é bom, mas poderia ser melhor se caísse um pouco mais. 

Neste prazo maior, as perspectivas seguem parecidas. Se subir, podemos ver o Bitcoin rompendo os US$ 50 mil. Caso o movimento seja contrário, os suportes estão em US$ 36 mil e US$ 31 mil.

 

 

Riscos cada vez menores

Na balança entre queda da inflação e possível recessão econômica, parece que os Estados Unidos estão conseguindo manobrar bem a nave. Os recentes dados de vendas no varejo mostram bem isso. A atividade subiu 0,6% no mês passado. Na mesma pegada, a produção industrial avançou 0,1%. Porém, nem tudo são flores, né? O quarto trimestre terminou no negativo, sugerindo que ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo setor. Fato é que esse desempenho vem reduzindo os receios da famosa estagflação – quando a inflação sobe, e o crescimento econômico perde força.

Já quem estava esperando que o Federal Reserve iria cortar os juros em breve, pode ter um sustinho no meio do caminho. Representantes do Banco Central dos Estados Unidos falaram na última semana e ninguém quis bancar essa primeira “fatiada” na bola. Alguns deles não descartam a possibilidade de manter os juros assim por mais tempo para controlar os preços internos.

 

Decolagem suave

Apesar dos conflitos geopolíticos com Taiwan – e possível envolvimento dos Estados Unidos –, a atividade econômica da China parece caminhar sem grandes problemas, após alguns meses de instabilidade. O país divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de 2023 cresceu 5,2%, acima da meta de 5%. 

O dado é “confirmado” pela produção industrial, que avançou 6,8% em dezembro, para além dos 6,5% esperados. Quem deixou um pouco a desejar foram as vendas no varejo, que subiram 7,4%, pouco abaixo da expectativa de 7,7%.

 

 

Uma hora vai, só não se sabe quando

A Zona do Euro segue ainda “catando cavaco”. A produção industrial do país recuou 0,3% em novembro, e 6,8% na base anual. Já a inflação de curto prazo mostrou uma aceleração, mas a perspectiva de ano a ano continua apontando para uma situação ainda bem controlada. 

Nessa busca por equilíbrio entre economia e aumento de preços, a maior preocupação do Banco Central Europeu (BCE) parece ser exatamente o segundo ponto. Na ata da última reunião, as autoridades monetárias disseram que os preços estão caindo na região de forma “encorajadora e disseminada”. Por isso, a política deve ser mantida por mais um tempo para que a meta seja alcançada, deixando no ar que novos aumentos de juros estão fora do escopo de trabalho neste momento.

 

Conclusão

Embora frustrante para muitos investidores – principalmente os iniciantes –, a correção de preços é algo natural e importante para qualquer ativo. Afinal, é neste movimento de sobe e desce que o Bitcoin e qualquer outra aplicação constrói pontos de suporte importantes e permitem entradas cada vez mais assertivas.

O Bitcoin, enfim, encontrou sua correção de preços. O mercado de criptomoedas até sugere que parte dela já foi concluída. Mas, como sempre, há espaço para mais quedas, ainda mais olhando para prazos mais extensos. Porém, podemos estar vendo também um período de consolidação, igualmente importante, após uma alta expressiva como a observada nos últimos tempos.

 

Layer-2: O que é e como ela está inovando o mercado de criptomoedas

Layer-2: O que é e como ela está inovando o mercado de criptomoedas

As soluções de layer-2 estão cada vez mais populares no mercado de criptomoedas. Para alguns, este tipo de protocolo é uma ótima opção para se buscar novos investimentos. Enquanto isso, outros olham como uma possibilidade de resolver alguns desafios enfrentados pela blockchain.

Neste blog, você vai ver o que é uma layer-2, quais são os tipos de protocolos e como eles impactam todo o ecossistema do mercado de criptomoedas.

O que são soluções layer-2?

A layer-2 – também chamadas de segunda camada – são soluções projetadas para permitir que blockchains consigam escalar e tornar suas funcionalidades mais eficientes, sem que isso comprometa a segurança de toda a rede e de seus usuários.

Essa tecnologia é importante, pois, hoje, os desenvolvedores precisam de plataformas cada vez mais rápidas e baratas para testar e colocar em funcionamento suas aplicações em blockchain. Algo que, hoje, está bastante complexo no Ethereum, que segue com taxas relativamente cadenciadas e taxas de transações elevadas.

Assim, as layers-2 vão fazer com que essas operações ocorram em redes paralelas, o que desafoga a “pista principal” e traz mais fluidez a todo o ecossistema, a partir de pistas laterais. Mais ou menos com o que vemos nas marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo – mas de forma mais eficiente!

Tipos de protocolos de layer-2

A esperança é grande que muitos desafios da tecnologia blockchain sejam solucionados em breve. E parte dessas resoluções passam diretamente pelos protocolos de segundo camada. Além de eficientes, ainda existem dois tipos de layer-2, capazes de integrar diferentes redes. São eles:

Rollups
Sidechains

Apesar de terem o mesmo objetivo, o funcionamento técnico de cada é diferente, como você vai ser logo a seguir.

Como funcionam as rollups

Esta tecnologia permite que os usuários executem transações fora da rede principal para que, depois, as informações sejam inseridas dentro da cadeia principal. Dentro deste modelo, ainda existem duas subcategorias principais:

Zero-Knowledge rollups (ZK-Rollups): O modelo é bastante seguro e eficiente, pois não exige todos os detalhes das informações para conseguir validar uma transação. Por isso,seu nome “zero-knowledge” (zero-conhecimento, em tradução livre). Para isso acontecer, são usadas provas matemáticas complexas, conhecidas como “zero-knowledge proofs”, que validam as transações fora da cadeia principal. Com isso, é possível agregar várias transações em um único lote e criar uma prova de validação. Então, este “documento” e os dados das transações são postados na blockchain principal. 

Optimistic rollups: Aqui, o protocolo assume que todas as transações são verdadeiras por padrão, a menos que se prove o contrário. Esta solução de layer-2 tem maior compatibilidade com contratos inteligentes existentes e são mais fáceis de implementar do que os ZK-Rollups. Porém, o período de contestação pode ser longo, permitindo que as transações possam ser desafiadas por suspeita de fraude. Se por um lado isso aumenta a segurança, pelo outro, pode atrasar a validação das operações.

Sidechains: operações independentes

Outra importante solução de layer-2 são as sidechains. Esta tecnologia opera de forma separada e autônoma às blockchains, tendo suas próprias regras, níveis de segurança e até provas de consenso. Mesmo assim, elas são capazes de se conectar à rede principal, como o Ethereum.

Essa flexibilidade dá a oportunidade para que os desenvolvedores criem, testem e implementem novas funcionalidades em seus aplicativos, sem que isso sobrecarregue a rede principal e acarrete em custos altos de operação.

Rollups X Sidechains

É comum olhar para estas soluções muito parecidas de segunda camada e se perguntar qual é a melhor. Fato mesmo é que essa definição pode não ser muito bem assertiva, principalmente a depender para qual finalidade o protocolo se propõe.

O que a perspectiva técnica nos mostra, é que os Rollups tendem a ser mais seguros e interoperáveis, já que eles estão em contato direto com a blockchain principal. Assim, quando falamos em escalabilidade, este modelo de layer-2 leva vantagem.

As sidechains podem apresentar um risco maior relacionado à segurança e até alguns problemas na hora de integrar algumas funcionalidades. Porém, sua autonomia torna o desenvolvimento e testes de aplicações muito mais simples, fazendo que ela seja uma opção interessante para quem está querendo promover ou atualizar um projeto com menos custos.

Bitcoin também tem sua layer-2

O Bitcoin é, hoje, uma das redes mais seguras do mundo. Afinal, o alto volume de mineradores torna suas operações não só descentralizadas, mas também dificulta muito que um invasor tente alterar algum dado dentro da rede. Este, porém, é um dos grandes desafios da rede, que vê um volume de transações por segundo muito baixo, o que pode causar congestionamentos e taxas muito altas, assim como o Ethereum.

No caso do Bitcoin, já existe uma solução layer-2 em operação, que é a Lightning Network. Ela funciona a partir de canais de pagamentos, que analisam as transações de forma externa, tornando a blockchain muito mais rápida. O passo técnico é, inclusive, bem simples:

Abertura de canal: Dois usuários que vão realizar múltiplas transações entre si podem estabelecer um canal de pagamento. Para isso, eles bloqueiam uma certa quantidade de Bitcoin em um endereço da blockchain que só pode ser acessado por essas duas pessoas.

Fora da rede: Com o canal aberto, os usuários podem realizar quantas transações quiserem entre si. Elas acontecem de forma instantânea, sem que toda a rede do Bitcoin precise validar o processo, pois estão justamente fora da cadeia principal.

Fechamento do canal: Quando os usuários decidem fechar o canal, o estado final do saldo é registrado na blockchain principal. Nisso, apenas duas transações são registradas na rede do Bitcoin – uma que abre e outra que fecha o canal – independentemente do número de transações realizadas entre os usuários.

As soluções de layer-2 trilham um caminho

Para muito além de projetos layer-2 que se tornaram investimentos para muitos, como a Arbitrum (ARB) e Optimism (OPT), as soluções que esta tecnologia oferece impactam todo o mercado de criptomoedas.

Afinal, a busca por escalabilidade, sem afetar a segurança das redes sociais, permite que novos projetos e tecnologias sejam desenvolvidas que, naturalmente, vão trazer novidades e avanços importantes ao ecossistema das blockchains.

A partir daí, podemos ver mais aplicativos sendo desenvolvidos, assim como meios de pagamentos ainda mais eficientes e taxas cada vez menores para os usuários da plataforma.

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 2

3 Narrativas que você precisa ficar de olho em 2024, PARTE 2

Bem-vindos a segunda edição do ano do: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.

Agora vamos ao que realmente importa: caçar projetos com potencial gigantesco de valorização para o próximo ciclo.

Hoje vou te mostrar 3 setores – para quem não viu a parte 1, fica aqui o link –  do mercado que vão pegar fogo em 2024 e se você estiver bem posicionado nele, com certeza vai surfar uma bela onda. Ficou curioso?

Vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

💰 A narrativa mais bem consolidada

Na primeira parte dessa análise, expliquei as narrativas DePIN, GambleFi e Desci, além de apontar alguns tokens que eu estou olhando dentro de cada uma.

Mas se você está chegando de paraquedas nessa análise, vou te introduzir brevemente sobre narrativas.

Como expliquei no primeiro artigo, uma “narrativa” é um termo usado para descrever um tema ou tendência predominante que molda a percepção e o comportamento dos investidores. As narrativas são histórias convincentes ou conceitos que capturam a imaginação dos participantes do mercado, influenciando decisões de investimento, desenvolvimento de projetos e direções de mercado.

Dentre todas as narrativas do mercado, uma se sobressai: DEXs

Depois do que aconteceu com a FTX, essa narrativa ganhou mais força e com base nos dados, a narrativa das exchanges descentralizadas (DEXs) – uma subcategoria do DeFi – mantém uma presença significativa tanto em volume quanto em número de transações.

Vamos dar uma olhada nos dados?

O gráfico da esquerda destaca a porcentagem do volume de negociação atribuído a diferentes tendências. 

Perceba que a categoria DEX e DeFI Blueship mantêm uma fatia consistente do mercado ao longo de 2023, indicando sua resiliência e importância contínua para os investidores. 

Por exemplo, em janeiro de 2024, as DEXs representavam aproximadamente 7,1% e DeFI 10,2%  do volume total de negociações, superando outras categorias como LSD L2 e LSD, que são variantes de soluções de escalabilidade.

No gráfico da direita, a porcentagem de transações destaca a atividade do usuário, com as DEXs demonstrando um fluxo constante de transações. 

Em janeiro de 2024, a porcentagem de transações dentro da narrativa DEX era de 18,9%, DeFI 6,4% e Perp 8,6%, significando um alto nível de engajamento dos usuários em comparação com outras categorias como RWA e LSD.

Outro ponto dessa narrativa é que os produtos já estão rodando no mercado, são bons geradores de receita e tem um modelo de negócio que para de pé. 

Resumindo, tem tudo para brilhar nos próximos meses. Agora, vamos dar uma olhada em 3 setores dentro de DEXs que eu, Isac, estou olhando muito.

 

1# Os protocolos DEXs

O primeiro são as próprias exchanges descentralizadas (DEXs), que representam um avanço significativo na autonomia e acessibilidade das finanças. 

Dentre elas, plataformas como CRV (Curve Finance), GRAIL, JOE (Trader Joe), SUSHI (SushiSwap) e UNI (Uniswap) estão se destacando por produtos, desenvolvimento e usuários.

A CRV (Curve Finance) é notável por sua especialização em trocas de stablecoins, proporcionando liquidez profunda e baixo slippage. GRAIL vem ganhando atenção pela sua abordagem inovadora, enquanto JOE (Trader Joe) combina funcionalidades de DEX com outras ofertas soluções DeFi em Avalanche. A SUSHI (SushiSwap), inicialmente um fork de Uniswap, evoluiu com características únicas, como a plataforma de staking SUSHI. UNI (Uniswap), talvez a mais conhecida, permanece líder em volume e usuários, simbolizando a força do setor.

 

2# DEX Aggregators: Maximizando Eficiência e Liquidez

Quando um usuário deseja trocar uma criptomoeda por outra, ele pode não encontrar o melhor preço possível em uma única DEX devido a variações na liquidez entre diferentes plataformas. Os agregadores de DEX resolvem esse problema ao conectar várias DEXs. 

Eles rastreiam diferentes exchanges descentralizadas em tempo real para encontrar a melhor taxa de câmbio disponível para uma transação. Ao fazer isso, eles permitem que o usuário execute uma negociação ao melhor preço possível sem a necessidade de visitar várias plataformas manualmente.

Os agregadores de DEX, como 1INCH, COW (CowSwap), LON (Tokenlon) e PSP (ParaSwap), desempenham um papel crucial na otimização de negociações.

1INCH se destaca por seu algoritmo inteligente que minimiza o slippage. COW (CowSwap), embora mais recente, inova com uma solução que busca prevenir falhas front-running nas transações. LON (Tokenlon) e PSP (ParaSwap) oferecem interfaces intuitivas e integrações com várias DEXs, destacando-se pela facilidade de uso e eficiência.

 

3# Perpetual DEXs 

Vamos a terceira e última subcategoria, os perpétuos. Os contratos perpétuos são instrumentos financeiros que permitem a negociação do valor futuro de um ativo, mas, ao contrário dos contratos futuros tradicionais, eles não têm data de vencimento. Isso significa que a posição pode ser mantida indefinidamente, desde que o trader possa cumprir com as margens da operação.

As DEXs de negociação perpétua, como DYDX, GMX, GNS (Gnosis), VELA (Perpetual Protocol) e MCB (MCDEX), estão remodelando o mercado de derivativos.

DYDX lidera com uma plataforma robusta que oferece alavancagem e liquidez. GMX atrai usuários com sua interface simplificada e taxas competitivas. GNS (Gnosis) inova com soluções de liquidez e mecanismos de negociação avançados. VELA (Perpetual Protocol) oferece uma experiência de negociação perpétua única com seu próprio mecanismo virtual AMM. Por fim, MCB (MCDEX) se destaca com sua abordagem híbrida, combinando características de DEXs e tradicionais mercados de derivativos.

 

Conclusão

Ficar dentro da narrativa DEX é crucial por várias razões. 

Primeiro, as DEXs são fundamentais para a infraestrutura do DeFi, proporcionando liquidez e permitindo a troca de ativos sem a necessidade de intermediários. 

Segundo, o volume e as transações consistentes nas DEXs indicam uma confiança contínua dos usuários na descentralização, ao mesmo tempo em que destacam a demanda por serviços que as DEXs oferecem exclusivamente.

Terceiro, as DEX vieram para ficar e o número de usuários é a prova disso. Não fique de fora dessa revolução.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

 

Busca por liquidez segura preço do Bitcoin

Busca por liquidez segura preço do Bitcoin

Depois de subir até os US$ 49 mil e atingir a máxima dos últimos dois anos, o Bitcoin (BTC) viu a euforia pós-aprovação de seus ETFs à vista nos Estados Unidos ser reduzida. Com isso, a busca por liquidez colocou a criptomoeda em correção, pressionando o ativo. Próxima dos US$ 40 mil, indicadores técnicos sugerem que um período mais lateral pode estar presente no mercado, mas há sinais otimistas ainda para que o BTC retome sua alta.

 

Repercussão pós-ETFs de Bitcoin

O preço do Bitcoin atingiu uma nova máxima na semana passada, alcançando os US$ 49 mil, impulsionado pela expectativa da aprovação do EFT de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. O otimismo dos investidores, que antecipavam a possibilidade de ultrapassar a marca dos US$ 50 mil e buscar um alvo projetado acima de US$ 51 mil, foi ampliado com a propagação de notícias indicando uma possível aprovação por parte da SEC para vários fundos de investimento.

Contudo, a dinâmica de preços apresentou um cenário adverso às expectativas do mercado. Após a efetiva autorização da SEC para o referido ETF, o preço do Bitcoin sofreu correções, indicando a presença de liquidez a ser absorvida nas bases da estrutura lateral que está se formando no topo de um canal de alta, conforme observado no gráfico semanal.

 

A autorização do ETF de Bitcoin à vista pela SEC veio com um alerta do presidente da entidade sobre a concessão, ressaltando os riscos que os investidores poderiam enfrentar. Diante desse cenário, o mercado interpretou como o momento adequado para realizar lucros, adotando uma postura de espera para observar o comportamento dos investidores após a listagem do ativo nas bolsas americanas.

 

 

Mesmo após a listagem, o preço do Bitcoin continuou a correção, retornando para a mínima das últimas duas semanas, testando a linha de equilíbrio de 9 semanas. É crucial notar que, apesar da queda na semana passada, o movimento da criptomoeda ainda se mantém em uma estrutura ascendente no gráfico semanal, considerando o período de preparação para o Halving programado para abril deste ano.

 

Procura por liquidez

A queda de preço na última semana pode ter frustrado investidores de curto prazo, mas não abalou o otimismo dos investidores de longo prazo, que ainda visualizam uma tendência de alta no gráfico semanal.

Em termos de análise técnica e considerando a relação entre oferta e demanda, o movimento de alta que levou o preço para cerca de US$ 49 mil parece ter buscado apenas a liquidez disponível nas máximas da estrutura, retornando em seguida para uma área de maior interesse.

Diante disso, é possível que as negociações de Bitcoin busquem níveis de preço abaixo de US$ 40 mil, onde houve movimentações relevantes de desequilíbrio ascendente na semana de 27 de novembro de 2023.

 

Os níveis de preço entre US$ 39 mil e US$ 37 mil também representam regiões de liquidez que precisam ser absorvidas antes de um novo movimento de alta mais consistente. Além de apresentar regiões de desequilíbrio, é possível identificar níveis de “Order Blocks” que podem atuar como pontos relevantes de suporte.

A relevância dos níveis de preço entre US$ 39 mil e 37 mil é fortalecida pela presença de uma linha de equilíbrio de 26 períodos, a linha base do Sistema de negociação do Ichimoku Kinko Hyo. Além disso, a região também abrange a linha de 50% do canal de alta, proporcionando suporte adicional.

Um movimento abaixo de US$ 40 mil poderia proporcionar um novo impulso de alta, com a presença de demanda mais robusta e consistente, visando um alvo sugerido acima de US$ 51 mil.

Apesar da queda na semana passada, as linhas de equilíbrio de 9 e de 26 períodos no gráfico semanal continuam apontando para cima, indicando que a tendência de alta ainda persiste.

As linhas Senkou Span B e Chikou Span, componentes do Ichimoku Kinko Hyo, também sustentam a perspectiva de alta, com a Senkou Span B superando os níveis de preço da semana de 10 de julho, e a Chikou Span sugerindo a possibilidade de uma onda corretiva, caso as mínimas da estrutura lateral atual sejam rompidas para baixo.

Observamos também no gráfico semanal a conclusão de ciclos temporais, conforme estudado no mercado financeiro através do Trade System Ichimoku. A onda de alta iniciada na semana de 11 de setembro alcançou seu pico na máxima da semana passada, encerrando em 18 semanas um ciclo de 17 semanas.

 

A Teoria do Tempo proposta pela metodologia de Goichi Hosoda, baseada nos números básicos (Kihon Sushi) como 5, 9, 13, 17, 26, 33, 42, etc, sugere que após o encerramento de um período de 17 semanas, pode ocorrer uma mudança na direção do preço, mesmo que temporária.

Ao analisar os ciclos desde novembro de 2022, observamos que os números básicos 9, 17, 33 e 42 propostos pelo Ichimoku permanecem presentes. Isso, de maneira subjetiva, sugere que o preço pode continuar corrigindo para testar as regiões de suporte mencionadas anteriormente.

É vital ressaltar que prever movimentos futuros com precisão não é possível, mas com base nessas análises, os investidores podem estar mais preparados para diferentes cenários. Além disso, a máxima de outubro em 35 mil dólares ainda não foi testada, representando uma região de interesse para os investidores. Da mesma forma, a máxima de julho em US$ 32 mil dólares permanece sem um teste de retorno para esses níveis.

Ao analisar o gráfico de preços, é essencial considerar as diversas possibilidades e continuar monitorando o desenvolvimento da estrutura para confirmar ou não os principais níveis que o preço pode alcançar. Isso proporcionará uma clareza maior antes de efetuar qualquer investimento.

Num possível cenário de alta no curto prazo no gráfico semanal, a região acima de US$ 51 mil representa um alvo projetado, enquanto a região de US$ 48 mil atua como uma resistência local.

 

 

(Des)capitalização de mercado

Ao analisar a capitalização de mercado do Bitcoin na semana passada, observou-se uma intensa retirada de capital, resultando em uma vela com variação negativa que buscou níveis abaixo da semana anterior.

No gráfico semanal do Market Cap, foi desenhado um canal de alta e realizado um espelhamento desse canal para acompanhar um possível rompimento descendente, visando testar a região onde as linhas formam a “Nuvem” de Ichimoku.

Na imagem gráfica a seguir, é evidente que, nas últimas 12 semanas, nenhuma vela conseguiu fechar acima da máxima de 23 de outubro de 2023. Isso sinaliza uma rejeição ao movimento ascendente planejado, com o alvo nos níveis de 56% de dominância.

No momento da redação deste relatório, os níveis de dominância oscilavam abaixo de 52%, encontrando-se em uma região de suporte formada pela linha de tendência de alta que constrói um canal ascendente. Uma ruptura abaixo desses níveis poderia projetar a dominância do Bitcoin para 49%, representando uma queda significativa no capital da principal criptomoeda.

 

As linhas de equilíbrio de 9 e 26 períodos do Ichimoku estão planas, indicando um possível cenário de lateralidade. No entanto, uma ruptura descendente na mínima da semana de 25 de dezembro promoveria um deslocamento para baixo da linha Tenkan Sen, representando o equilíbrio das últimas 9 semanas.

A linha Chikou Span, inserida no gráfico 26 semanas atrás, sugere continuidade de correção no curto prazo, enquanto os ciclos de 9, 13, 17, 33 e 42 indicam que a tendência ainda é de alta, mesmo com o movimento corretivo registrado na semana passada.

A linha Senkou Span B, inserida no gráfico de 26 períodos no futuro, está plana, corroborando um cenário de possibilidade de continuação de alta após um possível teste na mínima da semana de 14 de agosto.

Conforme mencionado em relatórios anteriores, a saída de capital e a redução na dominância do Bitcoin em relação às Altcoins dificultam um aumento significativo no preço do Bitcoin.

As últimas duas semanas formaram um padrão de velas conhecido na análise técnica como “barra de fechamento de reversão” no gráfico do Market Cap. Este padrão sugere uma projeção de 100% da vela da semana passada para baixo, indicando que, se o cenário permanecer descendente, a dominância do Bitcoin pode operar abaixo dos 48%.

Abaixo de 48% de dominância, há um suporte relevante formado pelas linhas que constroem a “Nuvem” de Ichimoku, sinalizando um suporte importante para o gráfico do Market Cap. No entanto, um teste abaixo dessa região implicaria na ruptura do último fundo importante da estrutura ascendente, podendo reverter o movimento de alta para uma onda de queda que pode durar várias semanas.

É crucial destacar que uma redução na capitalização do Bitcoin pode afetar investidores de curto prazo que compraram Bitcoin nas regiões de liquidez acima das máximas registradas no gráfico de preços. Por outro lado, investidores de longo prazo ainda mantêm a confiança nas linhas do canal de alta e na presença das linhas que formam a “Nuvem”.

Com o Halving previsto para meados de abril deste ano, é possível que a dominância do Bitcoin retorne a subir, visando níveis acima de 60%.

Além disso, outro fator que pode contribuir para uma nova entrada de capital no Bitcoin é o aumento na criação de novas carteiras ao longo dos anos, sugerindo uma crescente adoção do Bitcoin e do mercado de criptomoedas como um todo.

 

 

Aguardando uma tendência

Nos dados de rede, continuamos monitorando as informações do valor de mercado pelo valor realizado, conhecido como MVRV, que permanece oscilando em uma região abaixo da linha de 50% de um canal de alta, registrando uma pontuação de 1.86 nesta semana.

Observamos que o MVRV enfrenta dificuldades para romper resistências identificadas na mínima de setembro de 2021 e na linha de 50% do canal ascendente. O suporte para esse cenário no MVRV pode ser encontrado na máxima da semana de 06 de novembro do ano passado e, em seguida, na linha inferior de tendência que constrói o canal de alta, posicionada em 1.80.

 

Enquanto reconhecemos a possibilidade de o preço do Bitcoin buscar as mínimas da estrutura lateral e operar abaixo de US$ 40 mil, o indicador MVRV permanece em uma lateralidade de curto prazo, aguardando uma definição de direção na estrutura de preço.

Num cenário mais amplo, entendemos que essa lateralidade de curto prazo no MVRV faz parte de uma pausa na movimentação da tendência ascendente iniciada em dezembro de 2022.

Assim como o movimento do preço depende da entrada de demanda para se deslocar para cima, o MVRV precisa da entrada de capital no Bitcoin para aumentar seu valor de mercado. Caso contrário, poderemos observar indefinição na movimentação de preço nos próximos dias.

 

 

Conclusão

Em conclusão, a análise da movimentação recente do Bitcoin e seus indicadores revela um cenário desafiador. O preço do Bitcoin atingiu novos patamares, impulsionado por otimismo relacionado à aprovação do EFT de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Contudo, a realidade do mercado revelou uma correção, evidenciando a presença de liquidez a ser absorvida nas bases da estrutura lateral.

O cenário de curto prazo mostra a possibilidade de o Bitcoin buscar níveis abaixo de US$ 40 mil, com análises técnicas indicando regiões de suporte e desequilíbrio ascendente.

A dominância do Bitcoin, ao ser analisada em relação às Altcoins, apresenta desafios adicionais, com a possibilidade de queda significativa na dominância, impactando a capitalização do Bitcoin. Os indicadores de rede, como o MVRV, apontam para uma lateralidade de curto prazo, indicando uma pausa na tendência ascendente iniciada em dezembro de 2022.

À medida que o mercado se prepara para o Halving em abril deste ano, os investidores observam atentamente os desenvolvimentos. A entrada de demanda e capital no Bitcoin permanece crítica para a retomada da tendência de alta, enquanto padrões de velas sugerem possíveis cenários de reversão e projeções descendentes.

Neste contexto, é crucial destacar que prever com precisão os movimentos futuros é desafiador, e os investidores devem estar preparados para diferentes cenários. A crescente adoção do Bitcoin e do mercado de criptomoedas como um todo, juntamente com a criação de novas carteiras ao longo dos anos, pode ser um fator positivo para a entrada de capital, mas o ambiente atual exige cautela e monitoramento constante.

Em resumo, o cenário atual do Bitcoin é marcado por incertezas, correções e desafios técnicos. Os investidores, tanto de curto quanto de longo prazo, devem permanecer atentos às mudanças dinâmicas do mercado e ajustar suas estratégias conforme necessário.

 

 

Agradecimento

 

Gostaria de registrar meu agradecimento a todos que dedicaram seu tempo para ler o relatório desta semana sobre a movimentação do Bitcoin.

A complexidade e volatilidade desse ambiente tornam a colaboração e troca de conhecimentos essenciais. Agradeço pela atenção e interesse demonstrados, e espero que as informações compartilhadas tenham sido úteis na compreensão do atual cenário do Bitcoin.

Continuaremos a monitorar de perto os desenvolvimentos do mercado, e estou à disposição para qualquer dúvida ou discussão adicional. Mais uma vez, obrigado pela leitura e pelo apoio contínuo. Desejo a todos um excelente percurso nos seus investimentos e análises futuras.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, você também pode me encontrar em meu canal no Youtube ( https://www.youtube.com/@emerson_antunes ) e em meu perfil no Instagram ( @emerson_anttunes).

Forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

ETF aprovado leva BTC aos US$ 49 mil, mas calma aí!

ETF aprovado leva BTC aos US$ 49 mil, mas calma aí!

Mal se passaram duas semanas de 2024, e o mercado de criptomoedas está fervendo. O Bitcoin (BTC) saltou para os US$ 49 mil, atingindo uma máxima não vista desde dezembro de 2021 – sim, um mês após o último all-time high. O gatilho? A, enfim, aprovação dos ETFs da moeda digital nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, claro, a realização de lucros era inevitável, o que corrigiu o ativo. Mais do que isso, o mercado está ainda com o pé muito perto do território de sobrecompra. Isso quer dizer: calma, gente!

 

Fiel da balança

A última semana prometia ser derradeira para que os investidores, enfim, pudessem cravar com certeza que os Estados Unidos iriam começar a cortar seus juros. Porém, a teoria nem sempre acompanha a prática e, na verdade, esta segunda-feira abre uma semana muito parecida com a outra. Cheinha de incertezas!

Para os analistas, os índices inflacionários matariam a charada. Porém, o que eles não esperavam era que a charada só iria piorar. A inflação ao consumidor (CPI) norte-americano subiu 0,3% em dezembro, um pouquinho acima do 0,2% esperado. No núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, também avançou no mesmo montante.

Embora ainda dando sinais de controle, a inflação poderia persistir um pouco mais, o que poderia levar o Federal Reserve a manter os juros altos por mais alguns meses. Porém, a inflação ao produtor (PPI) pesou para o outro lado. Aqui, os preços recuaram em 0,1%, em dezembro, contrariando as expectativas de alta de 0,1%. O núcleo do indicador cresceu 0,2%, mas em linha com o esperado. 

Agora, ficam as dúvidas sobre o que o FED irá fazer com estas informações, em meio à inflação inconsistente e a recente retração dos pedidos de seguro-desemprego, mostrando um mercado de trabalho novamente aquecido. Um termômetro inicial é o FED Watch da bolsa de Chicago. Ele mostra que mais de 90% dos analistas esperam que os juros sejam mantidos como estão na reunião daqui a duas semanas.

 

 

E a economia vai como?

Se para os Estados Unidos, a necessidade atual é de reduzir a demanda interna, na China, o fraco consumo pode impactar a segunda maior economia do mundo. E parece que é este o caminho que está sendo trilhado atualmente.

A inflação ao consumidor chinês caiu 0,3%, em dezembro, além do 0,2% esperado pelos analistas. Os preços ao produtor também recuaram. Na base anual, o indicador foi de 3% para 2,7% no último mês. Apesar de “boa”, a deflação também mostra que a atividade econômica interna está enfraquecida. No caso, o setor imobiliário é um dos grandes responsáveis por puxar – ou pelo menos frear – a economia para baixo.

Parte dessa instabilidade, porém, pode ser amenizada quando olhamos para os dados de exportação. Só em dezembro, as empresas chinesas aumentaram em 2,3% seus envios para o exterior, o que pode ser um sinal positivo para um possível reaquecimento da economia local.

 

Olha quem está otimista

Não é de hoje, nem de ontem, muito menos do mês passado que a Zona do Euro enfrenta uma grande flutuação econômica. O cenário que desafia o Banco Central Europeu (BCE), porém, parece que, na visão de muitos, está controlado.

Segundo o índice de sentimento econômico do bloco, que analisa a confiança dos consumidores e setor corporativo, avançou 95,6 pontos em dezembro. Bem acima dos 93,8 do mês anterior. Isso mostra que mesmo diante de altos e baixos, a perspectiva de médio e longo prazos para boa parte da Europa ainda é positiva.

Há, porém, a necessidade de um cuidado, principalmente para uma região que ainda luta contra a inflação. A taxa de desemprego recuou de 6,5% para 6,4%. Apesar de tímido, o descenso mostra que a economia está, sim, fortalecida, mas pode aumentar o consumo, o que poderia impactar no controle da inflação.

 

O ano começou para o Bitcoin?

Sim, meus amigos! Finalmente os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos foram aprovados. Vamos parar de falar deles aqui no Satoshi Call? NÃO! Muita coisa interessante pode acontecer a partir de agora e tê-los em mente em nossas análises com certeza vão auxiliar bastante nas decisões de compra e venda.

Fato é que 2024 começou quente para o mercado de criptomoedas. Só nas duas primeiras semanas do ano, o BTC saiu de US$ 42,2 mil para US$ 49 mil, antes de encontrar um equilíbrio neste meio do caminho.

 

 

ETF de Bitcoin aprovado

Se você não chegou de Marte neste final de semana, já sabe que os ETFs de Bitcoin à vista foram aprovados nos Estados Unidos. Embora a gente já tenha discutido isso aqui, é sempre bom lembrar que há dois impactos muito importantes nesta decisão. 

A primeira delas é a própria formação de mercado, abrindo portas para que novos investidores, principalmente os institucionais, participem e injetem mais capital nas criptomoedas. O segundo ponto é que o governo norte-americano não possui uma regulamentação clara sobre este setor. Então, contar com produto financeiro validado pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) do país é um bom passo para, pelo menos, incentivar a normatização.

O desempenho dos ETFs, inclusive, foi muito interessante. Só no primeiro dia de negociação, foram alocados mais de US$ 4,5 bilhões. E o fundo que mais se beneficiou foi o da já conhecida GrayScale, responsável por mais de 50% de todo esse montante. Com isso, seus concorrentes estão buscando melhorar suas taxas para atrair mais clientes.

 

Mas fica calmo nesse pagode

Apesar do resultado positivo ao mercado de criptomoedas, houve muita especulação anteriormente. Um dia antes da aprovação, um suporte ataque hacker teria invadido a conta oficial do Twitter da SEC e divulgado que os ETFs estariam disponíveis para negociação na quinta-feira.

Rapidamente, o presidente do órgão regulador, Gary Gensler, desmentiu a postagem, que se confirmaria 24 horas depois. Mesmo assim, o momento ativou um grande ímpeto de compra, que se arrefeceu abruptamente.

Importante observar ainda que com a aprovação oficial, os compradores entraram novamente para jogo, o que levou o Bitcoin a bater os US$ 49 mil, valor não visto desde dezembro de 2021 – ou seja, um mês depois da sua última máxima histórica. Entretanto, a alta rápida e expressiva, claro, levou também à realização de lucros, o que corrigiu o preço da criptomoeda.

 

 

100 dias do halving

Além dos ETFs, o mercado de criptomoedas está acompanhando de perto a aproximação do halving do Bitcoin. O evento responsável por reduzir pela metade a emissão de BTCs está previsto para acontecer em 17 de abril. Historicamente, este é um momento que costuma definir o início de uma bull-run e a possível renovação da máxima histórica.

Fonte: buybitcoinworldwide

 

Neste processo e com o halving, alguns mineradores aproveitaram o momento em que ainda é possível angariar mais BTCs com a validação dos blocos e venderam parte de suas posições para realizar lucros. Por serem grandes detentores, eles ajudaram, claro, a corrigir o preço do token.

 

Precisamos falar da sobrecompra

Para quem acompanha o Satoshi Call, já sabe que o Bitcoin está em um nível muito próximo de romper a sobrecompra no “médio prazo” – famoso gráfico semanal. Meses se passaram e nada mudou na situação.

O Índice de Força Relativa (RSI) segue nos 74 pontos que, para muitos, já seria considerado a sobrecompra. Porém, por conta da volatilidade, eu costumo estender este indicador para 80 pontos. Mesmo assim, se não estamos lá, estamos muito perto.

Fonte: GoCharting, em 

 

As barras e setas laranjas indicam momentos de mercado em que o mercado de criptomoedas, especificamente do Bitcoin, estava com seu RSI acima dos 80 pontos. Já as setas azuis mostram o que aconteceu na maioria das vezes quando os investidores se postaram em território de sobrecompra. Sim, uma correção.

Apesar deste histórico, um RSI alto é garantia de queda de preços? Não necessariamente. A lateralização também é um movimento possível, dando fôlego para os indicadores se reajustarem ao momento de mercado. Senão, nada impede também que vejamos a continuação da alta por mais algum tempo, antes de uma correção mais expressiva.

 

 

Na busca do canal

Para além do ambiente ainda com tons de sobrecompra, com o RSI próximo dos 70 pontos no gráfico semanal, é nítido que o Bitcoin está tendo dificuldades para consolidar uma volta ao seu canal de alta.

Fonte: GoCharting, em 15/01/2024

 

Assim, as perspectivas de uma lateralização ou até mesmo uma queda de preços mais acentuada pela realização de lucros se faz mais possível. Neste caso, olhamos para os níveis de suporte 1, 2 e 3, marcados em US$ 43 mil, US$ 36 mil e US$ 31 mil. Por isso, atenção para estes níveis!

 

Quebra, mas conserta

No curto prazo, o gráfico diário do Bitcoin mostra que o canal lateral de operação entre US$ 40 mil e US$ 45 mil foi, enfim, rompido. Porém, de forma momentânea. A euforia com os ETFs de Bitcoin durou pouco, o que levou os investidores a realizarem lucros e, assim, recuar o preço do ativo.

Fonte: GoCharting

 

De volta ao canal lateral, a incerteza sobre a tendência da criptomoeda no curto prazo se mantém. O MACD havia há pouco tempo cruzado suas linhas para cima, mas já demonstra perda de força novamente. O RSI, ao contrário do gráfico semanal, “embicou” para os 46 pontos, mostrando um mercado muito bem equilibrado e até pendendo aos vendedores. Essa divergência entre tempos gráficos diferentes é um ponto a ser observado de perto para identificar qual deles vai se sobressair e quando.

Neste caso, o primeiro ponto alvo de suporte é o meio do antigo canal de alta, em US$ 43 mil, seguido pelos US$ 41 mil, onde marca o fundo da faixa de negociação e a média inferior da banda de Bollinger. Mais abaixo, em US$ 38, temos a última grande barreira de preços rompida pelo mercado. Se a projeção for alta, porém, o reteste dos US$ 48 e um salto aos US$ 51 mil seguem no jogo.

 

Conclusão

A especulação foi o ponto de maior controle do mercado de criptomoedas na última semana. Agora, com o início de uma nova, talvez possamos ver um cenário um pouco menos caótico e eufórico e, então, buscar fundamentos e análises técnicas com menos ruídos. Por isso, vale evitar seguir a “loucura” e estudar bem antes de qualquer movimento.

Fato é que o mercado está se desenvolvendo de maneira agressiva e assertiva. A perspectiva de longo prazo, que já era positiva, se torna ainda mais otimista. Os ganhos podem ainda aumentar, principalmente após o halving do Bitcoin intensificar a famosa briga entre oferta e demanda. Então, vamos acompanhar de perto o que essa classe de ativos nos reserva para 2024, pois, pra mim, não acabou por aí, não!