Compromisso com a transparência: Foxbit recebe selo da ABcripto

Compromisso com a transparência: Foxbit recebe selo da ABcripto

Na Foxbit, temos um compromisso firme com a segurança, a transparência e o desenvolvimento responsável da criptoeconomia no Brasil. E é com muito orgulho que compartilhamos uma conquista importante nessa jornada: recebemos o selo de conformidade da ABcripto, que reconhece as empresas que adotam as melhores práticas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT).

Mais do que um reconhecimento técnico, esse selo reforça nosso papel como referência em um mercado que ainda está em construção — e que precisa, cada vez mais, de credibilidade e confiança.

O que é o selo da ABcripto?

O Selo de Conformidade da ABcripto foi criado para certificar instituições que seguem as diretrizes de autorregulação definidas pela associação no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo.

Para receber essa certificação, passamos por um processo rigoroso de verificação conduzido por empresas especializadas, que avaliam:

  • A aderência às normas de PLD/FT;
  • A transparência das operações;
  • O compromisso com a ética e a integridade;
  • As ações voltadas à educação e conscientização do consumidor.

Por que isso importa?

Receber esse selo significa que estamos fazendo a nossa parte para tornar o mercado cripto mais confiável — não apenas para nossos clientes, mas também para parceiros, instituições e reguladores.

Sabemos que construir pontes entre o sistema financeiro tradicional e o universo cripto exige responsabilidade. E acreditamos que iniciativas como essa são fundamentais para que o setor avance com solidez e maturidade.

Seguimos firmes no nosso propósito

A conquista do selo da ABcripto reforça o que sempre acreditamos: não basta inovar — é preciso fazer isso com responsabilidade. Por isso, seguimos investindo em educação, tecnologia, governança e compliance.

Nosso objetivo é claro: ser um hub completo de soluções cripto para pessoas e empresas, com o padrão de segurança e transparência que o mercado exige.

Sobre a ABcripto

A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto) é a principal entidade de representação do setor no país, reunindo empresas que atuam com criptoativos para promover o desenvolvimento ético, seguro e sustentável da indústria.

O mercado de RWA até agora

O mercado de RWA até agora

Bem-vindos a mais uma edição do “O HODLER”, o melhor lugar para você que está querendo ficar por dentro de tudo que acontece no mercado.

Hoje vamos de novo falar de RWA, mas não explicar “o que é RWA” como fizemos na última vez, até porque nos últimos meses, vimos um aumento significativo na adoção de RWAs em redes públicas. Com mais de US$ 24,8 bi em ativos onchain e crescimento de +90% no número de holders em 30 dias, esse mercado está em franca ascensão.

Este mini relatório apresenta uma visão consolidada dos dados mais recentes sobre RWAs, destacando seus principais segmentos, players, redes e implicações. 

TUDO MASTIGADO PRA VOCÊ!

Bora para mais um HOOOODLER!

O sistema financeiro tradicional está exausto

Durante décadas, ativos do mundo real como imóveis, títulos públicos e ações estiveram presos a estruturas engessadas, custosas e opacas. Só quem tinha acesso privilegiado ou capital relevante conseguia participar desses mercados com eficiência.

A tokenização muda tudo.

Imagine um título do Tesouro dos EUA. Tradicionalmente, ele exige custódia centralizada, liquidez restrita, liquidação em dias úteis e altos custos operacionais.

Hoje, esse mesmo ativo pode ser representado por um token onchain, operável 24/7, com liquidez global, fracionado, auditável em tempo real, e transferido com um clique — sem intermediários tradicionais.

Isso não é futuro. Isso já está acontecendo. Com US$ 266,5 bi em valor agregado (onchain + stablecoins), os RWAs começam a formar um novo pilar da economia tokenizada, em paralelo às DeFi nativas.

Isso não é futuro. Isso já está acontecendo.

Os dados não mentem

Olha os dados até junho de 2025:

  • Valor Total Onchain (RWA): US$ 24,83 bi
  • Total de Holders: 282.505
  • Total de Emissores: 249
  • Stablecoins dominam o mercado com US$ 241,7 bi
  • Crescimento em 30 dias: +6,18% em valor e +90,85% em usuários
  • Existem US$ 266,5 bilhões em RWAs, sendo US$ 24,8 bilhões efetivamente onchain
  • O número de investidores cresceu +90% em apenas 30 dias
  • Já são 249 emissores ativos, com destaque para stablecoins, crédito privado e títulos do Tesouro
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Isso significa que a tese já saiu do PowerPoint. O capital institucional está entrando. As infraestruturas estão prontas. E o investidor comum está ganhando acesso ao que antes era exclusivo.

Preparei alguns destaques por segmento

Private Credit

  • Valor Total de Empréstimos: US$ 26,41B
  • Empréstimos Ativos: US$ 14,52B
  • APR Média: 10,36%
  • Protocolos líderes:
    • Figure: US$ 13,3B
    • Tradable: US$ 4,7B (sem inadimplência)
    • Maple: US$ 3,5B

Tokenized Stocks

  • Total Tokenizado: US$ 424M
  • Principais ativos: EXOD (US$ 294M), COIN, bCSPX
  • Atividade mensal: +7.900% em endereços ativos

Fundos Institucionais

  • Total: US$ 564M
  • Líderes: Securitize (US$ 354M), Superstate, Nest

Commodities

  • Total: US$ 1,62B
  • Principais emissores: Paxos (US$ 934M), Tether (US$ 671M)
  • Ativo predominante: Ouro tokenizado (PAXG, XAUT)

U.S. Treasuries

  • Total: US$ 7,38B
  • Fundo líder: BlackRock BUIDL (US$ 2,82B)
  • Protocolos: Ondo, Franklin Templeton, Circle

Global Bonds

  • Total: US$ 258M
  • Maior player: Spiko (84,5% do market share)

Infraestrutura madura, inovação real

As redes Ethereum, zkSync, Aptos e Solana já abrigam bilhões em ativos do mundo real. Protocolos como Centrifuge, Ondo, Maple, Securitize e Franklin Templeton mostram que RWA não é mais só um experimento: é um produto de mercado.

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Estamos vendo:

  • Ouro tokenizado com liquidez global.
  • Fundos institucionais rodando em blockchain.
  • Treasuries com +US$ 7 bilhões tokenizados.
  • Crédito privado gerando +10% de yield anual.
  • Ações tokenizadas com +35.000 investidores únicos.

O Spectrum de Tokenização mostra a direção

O RWA.xyz propôs uma classificação dos ativos em 5 estágios — do tradicional ao totalmente onchain. A maioria dos ativos ainda está entre os modelos 2 e 3 (representação e integração parcial).

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Mas os modelos 4 e 5 (enforcement legal e 100% onchain) são inevitáveis.

A tendência é clara: assim como o e-mail substituiu o fax, o onchain substituirá o papel. É uma questão de tempo — e jurisdição.

RWA não depende do sucesso do Bitcoin. Ele depende da lógica simples de que ativos tokenizados são mais eficientes, mais líquidos, mais transparentes e mais acessíveis.

É o mesmo movimento que vimos com a internet: começou como um playground nerd. Hoje é infraestrutura. RWA está no mesmo caminho. E, diferente do hype das memecoins, aqui o valor é real, colateralizado e produtivo.

Oportunidade histórica

Você está no ponto de inflexão de um mercado que pode transformar US$ 500 trilhões de ativos tradicionais em tokens acessíveis globalmente. Quem entender, construir e investir agora está se posicionando para capturar valor na nova camada base das finanças globais.

RWA não é uma “narrativa de ciclo”. É o que vem depois da cripto especulativa e antes da adoção massiva.

⚠️ Gostou?

RWAs estão rapidamente se consolidando como um pilar crítico no futuro das finanças. Apesar dos desafios regulatórios e operacionais, o mercado está amadurecendo com infraestrutura, liquidez e uso real.

Stablecoins são a porta de entrada, mas o crédito privado, treasuries tokenizados e ativos institucionais representam os segmentos de maior potencial.

À medida que mais jurisdições reconhecem legalmente tokens como instrumentos financeiros, veremos uma migração cada vez maior para os modelos 4 e 5 do Spectrum.

A tokenização de ativos reais não é apenas uma tendência. É um novo mercado se formando na interseção entre DeFi, TradFi e tecnologia blockchain.

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

O que é Blockchain? Entenda como funciona na prática

O que é Blockchain? Entenda como funciona na prática

Entre as diversas inovações tecnológicas dos últimos anos, uma das que mais se destacam e despertam interesse é a blockchain. Você já deve ter ouvido sobre ela pelo menos uma vez, mas, de fato, o que é blockchain

Essa é uma resposta complexa e que vamos aprofundar neste artigo, mas é importante saber que a estrutura permite que transações — sejam financeiras, contratuais ou qualquer tipo de histórico — sejam registradas sem intermediários, com transparência e segurança reforçada.

Por isso, a tecnologia é tão atrativa!

Sua popularidade vem por conta das criptomoedas Bitcoin e Ethereum. Mas a gente já sabe que a tecnologia blockchain vai muito além das moedas digitais, sendo aplicada em áreas como logística, saúde, rastreabilidade, entre outras.

Neste artigo, você vai ter uma visão clara e acessível sobre:

  1. O que é blockchain
  2. Como funciona o blockchain
  3. Segurança no blockchain
  4. Blockchain e criptomoedas
  5. Aplicações além das criptomoedas

O que é blockchain?

Blockchain é, em essência, um livro‑razão digital distribuído e imutável, utilizado para registrar informações de forma cronológica e segura. Diferente de um banco de dados tradicional, que pode ser controlado e alterado por um único administrador, a blockchain é mantida por uma rede de computadores (ou nós), cada um contendo uma cópia completa de todo o histórico de transações.

Mas vamos aprofundar um pouco mais sobre cada uma dessas características:

Livro-razão distribuído

Isso quer dizer que cada participante da rede (nó) tem acesso ao mesmo ledger, ou seja, todos veem e validam as mesmas informações, de forma descentralizada, eliminando intermediários e reduzindo retrabalho ou ações maliciosas.


Imutabilidade e integridade dos dados

Cada bloco armazena um conjunto de transações, um timestamp, e um hash do bloco anterior. Essa ligação criptográfica cria um encadeamento praticamente impossível de alterar sem que se recompense toda a sequência, o que torna a manipulação quase inviável.

 Blockchain Demo

Caso ocorra algum erro, um novo bloco pode ser criado para corrigir, mas nenhum dado é apagado. Ou seja,  mantém-se o histórico completo .

Descentralização e confiança

Não há autoridade central. A rede opera via consenso entre múltiplos nós, garantindo que todos concordem sobre o que é válido ou falso. Assim, a blockchain permite que ativos, tanto físicos (como imóveis, veículos) quanto digitais (documentos, patentes), sejam rastreados com mais segurança e menos custos.

Como funciona a blockchain?

Agora que você já sabe o que é blockchain, vale entender como essa tecnologia funciona na prática. Apesar de parecer algo técnico, o conceito pode ser descomplicado com alguns princípios básicos.

Blocos, transações e hashes

Tudo começa com um bloco, que funciona como uma “caixa” onde são armazenadas diversas transações. Cada transação representa uma movimentação de dados — como o envio de uma criptomoeda, a assinatura de um contrato ou a atualização de um registro.

Esse bloco de dados contém:

  • Um conjunto de transações
  • Um carimbo de data/hora (timestamp)
  • Um código único chamado hash
  • O hash do bloco anterior

Esse encadeamento de hashes é o que cria a famosa “cadeia de blocos” (ou blockchain), tornando cada novo bloco dependente da integridade do anterior.

Com isso, se houver a tentativa de incluir alguma informação falsa, ela não terá conectividade com os blocos anteriores, sendo rejeitada pela rede toda.

Mecanismo de consenso

Como não há uma autoridade central validando as informações, os participantes da rede precisam chegar a um consenso sobre o que é verdadeiro. Para isso, são utilizados algoritmos de consenso como:

  • Prova de trabalho (Proof of Work – PoW): usado no Bitcoin, exige que computadores resolvam problemas matemáticos complexos para validar blocos. Assim que as contas “batem” entre os nós, a informação é aprovada por consenso.
  • Prova de participação (Proof of Stake – PoS): usado em blockchains mais recentes, como Ethereum 2.0, onde os validadores são escolhidos com base na quantidade de tokens em stake. A proposta é que eles possam perder seus tokens, caso tentem burlar a rede.

Ambos os modelos garantem que os blocos só sejam adicionados à cadeia se cumprirem as regras de segurança da rede e atinjam o consenso de todos os participantes.

Nós e rede distribuída

A rede blockchain é formada por nós, que são computadores conectados ao sistema. Cada nó armazena uma cópia completa da blockchain e participa da validação de novos blocos.

Essa estrutura distribuída oferece:

  • Transparência: todos veem as mesmas informações
  • Resiliência: se um nó falhar, os outros mantêm o sistema funcionando
  • Autonomia: elimina a dependência de bancos ou instituições intermediárias

Com esse funcionamento, a blockchain se torna muito mais resiliente a fraudes, falhas humanas ou computacionais, além de ser facilmente auditada.

Fluxo da blockchain

A partir de todas essas características, um fluxo operacional é criado, indicando como funciona a blockchain na prática. Com isso, podemos ver o seguinte caminho percorrido dentro da rede:

  1. Uma transação é iniciada e enviada para a rede.
  2. Os nós validam a transação por consenso.
  3. A transação é agrupada com outras em um novo bloco.
  4. O bloco é adicionado à cadeia de forma permanente e visível.

Entender como funciona o blockchain ajuda a perceber por que ele é tão seguro e disruptivo. Na próxima seção, vamos nos aprofundar justamente nisso: como o blockchain garante segurança a toda essa estrutura.

Segurança na blockchain

Um dos principais motivos pelos quais a blockchain vem ganhando espaço em diversas indústrias é sua arquitetura de segurança extremamente robusta. Mas como exatamente a tecnologia consegue proteger dados e transações com tanta eficiência?

Criptografia de ponta a ponta

Na operação de qualquer blockchain existe uma coisa chamada criptografia assimétrica, que utiliza dois tipos de chaves:

  • Chave pública, que identifica o usuário na rede a partir de um código alfanumérico (sem revelar sua identidade real)
  • Chave privada, que funciona como uma assinatura digital e autoriza as transações, geralmente a partir de uma sequência de palavras-chave aleatórias.

Essa combinação garante que somente o verdadeiro dono de uma chave privada possa movimentar seus ativos, como criptomoedas ou contratos digitais.

Integridade garantida por hashes

Além da criptografia, cada bloco da cadeia possui um código exclusivo chamado hash, gerado com base nas informações daquele bloco. Se qualquer dado for alterado, o hash muda completamente, invalidando o bloco e quebrando a sequência.

Além disso, cada bloco contém o hash do bloco anterior, o que cria um efeito dominó: alterar um único bloco exigiria reescrever todos os blocos seguintes, algo praticamente impossível sem o consenso da rede e com o poder computacional atual.

Consenso e descentralização

A segurança também vem do fato de que nenhuma entidade sozinha controla o blockchain. Qualquer alteração precisa ser aprovada pela maioria da rede por meio dos algoritmos de consenso que discutimos aqui anteriormente.

Isso significa que:

  • Não há um ponto único de falha
  • Ataques são caros e difíceis de executar
  • A rede resiste a tentativas de fraude ou censura

Um exemplo comum é o chamado “ataque dos 51%”, onde um grupo malicioso tenta controlar mais da metade da rede para manipular registros. Em blockchains grandes, como a do Bitcoin ou Ethereum, isso é considerado economicamente inviável e tecnicamente arriscado.

Transparência e auditabilidade

Por fim, tudo que acontece na blockchain é registrado e pode ser verificado por qualquer participante da rede. Isso aumenta a confiança e permite auditorias independentes em tempo real – um recurso cada vez mais valorizado por empresas e instituições.

Resumindo, a segurança no blockchain não depende de segredos ou firewalls, mas sim de uma combinação poderosa de criptografia, consenso distribuído e estrutura imutável que já são inatos da tecnologia. 

Essa base técnica é o que torna o blockchain confiável — e pronto para aplicações que exigem alto grau de integridade.

Blockchain e criptomoedas

Embora a tecnologia blockchain tenha aplicações em diversos setores, sua primeira grande revolução aconteceu no mercado financeiro, com o surgimento do Bitcoin em 2009. Desde então, blockchain e criptomoedas têm caminhado lado a lado — mas é importante entender como elas se relacionam e por que são coisas diferentes.

O papel da blockchain nas criptomoedas

A blockchain é a infraestrutura tecnológica por trás das criptomoedas. É ela quem registra, valida e mantém o histórico de todas as transações realizadas com ativos digitais como:

  • Bitcoin (BTC)
  • Ethereum (ETH)
  • Tether (USDT)
  • Entre muitas outras altcoins

Ou seja, sem blockchain, as criptomoedas não existiriam como conhecemos hoje. Ele garante que o envio de um bitcoin, por exemplo, seja rastreável, inviolável e validado por toda a rede, sem a necessidade de um banco ou instituição financeira.

Ethereum: blockchain além do dinheiro

Se o Bitcoin foi criado com foco em ser uma moeda digital, o Ethereum expandiu as possibilidades da blockchain ao permitir contratos inteligentes (smart contracts) – programas que executam automaticamente ações quando certas condições são atendidas. Isso abriu espaço para milhares de novas criptomoedas e aplicações, incluindo:

  • NFTs (tokens não fungíveis)
  • Jogos com economia digital
  • Finanças descentralizadas (DeFi)
  • Rastreabilidade de cadeira de suprimentos
  • Tokenização de ativos do mundo real (RWA)
  • Desburocratização de processos, entre outros.

Tudo isso rodando sobre a blockchain da Ethereum ou de outras redes similares, como Solana, Polygon e Avalanche.

Segurança e posse no mundo cripto

O uso de blockchain também garante um alto nível de segurança e autonomia para os investidores, diferente do que acontece no mercado financeiro tradicional.

  • As transações são irreversíveis e públicas
  • Os ativos podem ser armazenados em carteiras digitais (wallets), com total controle do usuário
  • Não é preciso confiar em intermediários. Afinal, o código e o consenso da rede fazem esse trabalho

Para quem gosta desse controle, existem dois tipos principais de carteiras que permitem realizar a autocustódia de seus ativos:

  • Hot wallets: carteiras conectadas à internet, mais práticas, mas ligeiramente menos seguras, já que são mais suscetíveis a ataques hackers.
  • Cold wallets: operam offline e são mais seguras para quem deseja guardar grandes quantias por um grande período de tempo. Porém, a chave privada deve ser muito bem guardada

Diferença entre criptomoedas e Blockchain

Vale reforçar que nem toda blockchain é usada para criptomoedas, mas toda criptomoeda usa blockchain. Existem blockchains privadas, corporativas ou híbridas que são utilizadas apenas para registrar documentos, rastrear ativos físicos ou automatizar processos — sem envolver tokens ou moedas digitais.

Por isso, a ação da blockchain acaba sendo mais ampla do que a das criptomoedas, já que as moedas digitais são apenas uma forma de se utilizar a tecnologia da cadeia de blocos.

De fato, blockchain e criptomoedas continuam se desenvolvendo de forma interdependente. Enquanto o blockchain garante a base tecnológica, as criptomoedas são, muitas vezes, a porta de entrada para quem deseja entender — e aproveitar — essa nova economia digital.

Aplicações além das criptomoedas

Embora as criptomoedas tenham sido o primeiro caso de uso popular do blockchain, a verdadeira força dessa tecnologia está em sua capacidade de registrar qualquer tipo de informação com segurança, transparência e rastreabilidade. Por isso, cada vez mais empresas e governos estão adotando o blockchain em diversos setores da economia.

Logística e rastreamento de produtos

A blockchain permite rastrear produtos desde a origem até o consumidor final, registrando cada etapa do processo de forma imutável. Isso é especialmente útil em setores como:

  • Alimentos e bebidas: para garantir procedência e evitar fraudes
  • Moda: combate a falsificações e promove consumo ético
  • Farmacêutico: rastreamento de medicamentos e controles de validade e qualidade

Empresas como Walmart, Nestlé e Carrefour já utilizam blockchains privados para esses fins.

📄 Contratos inteligentes (smart contracts)

Os smart contracts são programas que rodam dentro da blockchain e executam automaticamente acordos pré-definidos. Sem necessidade de intermediários, eles reduzem custos, erros e atrasos. Casos de uso incluem:

  • Pagamentos automáticos mediante entrega de serviço
  • Gestão de royalties e direitos autorais
  • Contratos de aluguel, seguros e até heranças

Plataformas como Ethereum, Avalanche e Cardano são populares nesse tipo de aplicação.

Saúde e prontuários médicos

Com a blockchain, é possível ainda armazenar e compartilhar dados médicos sensíveis com total segurança e controle de acesso. Isso resolve um dos maiores desafios da saúde moderna: a interoperabilidade entre sistemas e o risco de vazamento de dados. As possibilidades incluem:

  • Registro unificado de histórico médico do paciente
  • Compartilhamento seguro entre hospitais e médicos
  • Provas de consentimento e validação de prescrições

Votação eletrônica

Diversos projetos-piloto ao redor do mundo vêm utilizando blockchain para garantir votações mais seguras e transparentes, seja em eleições públicas, votações corporativas ou assembleias de acionistas. Com blockchain, é possível:

  • Impedir fraudes e duplicações de voto
  • Garantir auditoria pública dos resultados
  • Proteger a identidade do votante

Documentos, identidade digital e certificações

Documentos digitais registrados em blockchain não podem ser alterados ou falsificados. Com isso, universidades, cartórios, órgãos públicos e empresas podem:

  • Emitir diplomas, certificados e registros oficiais
  • Validar identidade digital de cidadãos
  • Automatizar processos burocráticos com confiabilidade

Plataformas como IBM Blockchain, SAP e Microsoft Azure Blockchain oferecem soluções corporativas para esses casos.

Como falamos antes, a blockchain vai muito além das criptomoedas. Ela está moldando a forma como trocamos valor, confiança e informação — com impactos reais em setores estratégicos da economia. Na próxima seção, vamos falar sobre as vantagens e desafios dessa tecnologia.

Vantagens e desafios da blockchain

Como qualquer tecnologia emergente, a blockchain desperta entusiasmo — mas também exige uma análise realista. Por isso, vamos ver os principais benefícios que explicam seu crescimento e os desafios que ainda podem limitar sua adoção em larga escala.

Vantagens da blockchain

1. Transparência: Todos os registros na blockchain são públicos (em blockchains abertas) e podem ser verificados por qualquer participante da rede. Isso aumenta a confiança entre as partes e reduz riscos de fraude ou manipulação.

2. Imutabilidade: Uma vez registrado, um dado não pode ser alterado sem o consenso da rede. Isso cria um histórico confiável, que pode ser auditado a qualquer momento, trazendo segurança jurídica e rastreabilidade.

3. Descentralização: Ao eliminar a figura de um intermediário central, a blockchain redistribui o poder entre os participantes da rede. Isso reduz custos, burocracia e dependência de terceiros.

4. Segurança: Combinando criptografia, validação descentralizada e estrutura de blocos encadeados, a blockchain oferece proteção contra adulterações, invasões e perda de dados — especialmente quando comparado a sistemas centralizados.

5. Eficiência e automação: Com contratos inteligentes, é possível automatizar processos complexos de forma segura e programável. Isso reduz erros humanos, acelera fluxos de trabalho e permite novos modelos de negócio.

Desafios do blockchain

1. Escalabilidade: Blockchains públicas como Bitcoin e Ethereum enfrentam limitações no número de transações por segundo. Isso pode gerar congestionamentos e taxas elevadas em momentos de alta demanda.

2. Consumo energético: Alguns modelos de consenso, como o proof of work (PoW), exigem alto poder computacional, o que levanta preocupações ambientais e monetários. Blockchains mais recentes, no entanto, já adotam modelos mais sustentáveis (como o proof of stake), reduzindo significativamente os custos e impactos na natureza.

3. Regulação e governança: Ainda há lacunas regulatórias em muitos países, o que cria incertezas para empresas e investidores. Além disso, a governança de redes descentralizadas ainda é um campo em desenvolvimento.

4. Complexidade técnica: A tecnologia ainda exige conhecimento técnico especializado para ser implantada com segurança e eficiência. Isso pode dificultar sua adoção por empresas menores ou profissionais não técnicos.

5. Integração com sistemas legados: Implementar blockchain exige que ela converse com sistemas já existentes nas empresas (ERPs, bancos de dados, plataformas digitais), o que nem sempre é simples ou barato.

Apesar dos desafios, os avanços em escalabilidade, usabilidade e regulamentação estão permitindo que a blockchain deixe de ser apenas uma promessa para se tornar uma infraestrutura confiável e cada vez mais presente em nosso dia a dia.

Quer usar a blockchain no seu dia a dia e empresa?

A blockchain deixou de ser apenas um conceito associado ao Bitcoin e se consolidou como uma das tecnologias mais promissoras da era digital. Ao longo deste artigo, você entendeu:

  • O que é blockchain e por que ele representa uma nova forma de registrar e validar informações
  • Como funciona sua estrutura distribuída, criptografada e segura;
  • Quais são os benefícios para a segurança dos dados e transações
  • A relação entre blockchain e criptomoedas, mas também seu potencial além do universo financeiro
  • E os principais desafios que ainda precisam ser enfrentados para ampliar sua adoção.

Seja para rastrear a origem de um alimento, automatizar contratos empresariais, transferir valores ou construir uma nova economia digital com criptoativos, a blockchain está transformando a forma como indivíduos e empresas trocam valor e confiança.

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Invista em recebíveis tokenizados com retorno acima de 1% a.m.

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Em um cenário de juros elevados e busca por alternativas com maior previsibilidade e retorno, o token de recebíveis surge como uma solução inovadora para quem deseja diversificar a carteira com ativos lastreados na economia real.

Na Foxbit, estamos sempre em busca de oportunidades para ampliar o acesso a investimentos alternativos. Por isso, lançamos o Token DUX01, um produto de curto prazo, lastreado em direitos creditórios, estruturado com segurança jurídica, rentabilidade estimada e liquidação automática.

Se você procura um investimento acessível, com risco controlado e retorno superior à renda fixa tradicional, o DUX01 pode ser o caminho.

O que é o Token DUX01?

O DUX01 é um ativo digital lastreado em direitos creditórios, originados a partir de um contrato de prestação de serviços já emitido e validado. Na prática, você está investindo em uma operação real de antecipação de recebíveis da DUX Digital S/A, com retorno previamente acordado e pagamento estruturado.

Como funciona o investimento em recebíveis tokenizados?

Na Foxbit, utilizamos a tecnologia de tokenização para transformar ativos do mundo real em frações digitais acessíveis a qualquer investidor.

Neste caso, o DUX01 representa uma fração de um contrato de mútuo firmado com a DUX, com vencimento em 30 de setembro de 2025. Os tokens são emitidos sob a regulação da Resolução CVM 88, e distribuídos via crowdfunding licenciado.

Quanto custa e qual o prazo do Token DUX01?

  • Valor unitário: R$ 20,00 por token
  • Quantidade disponível: 5.000 tokens
  • Captação: 30 dias
  • Período de rendimento: 60 dias
  • Rentabilidade estimada: 1,80% ao mês
  • Forma de pagamento:
    – Primeira parcela de juros no D60
    – Segunda parcela de juros + capital no D90

Como o DUX01 gera rendimento para o investidor?

Ao investir, você financia uma operação de antecipação de recebíveis da DUX Digital S/A, uma empresa consolidada no setor de soluções visuais e infraestrutura para eventos e publicidade.

A empresa tem contrato real e receita performada, e se compromete contratualmente a devolver o valor com juros ao final da operação.

Você recebe 1,80% ao final de cada mês de rendimento, totalizando uma rentabilidade bruta de 3,60% em dois meses, além da devolução do valor investido.

Quais são as garantias e proteções da operação?

A estrutura do DUX01 foi desenhada com múltiplas camadas de segurança:

  • Contrato de mútuo formal e exigível
  • Coobrigação da DUX como mutuária
  • Responsabilidade pessoal do representante legal
  • Cláusula de recompra obrigatória
  • Validação documental e análise de risco completa
  • Travas de liquidação bancária, contas escrow e split automático
  • Monitoramento contínuo e dashboards de acompanhamento

DUX01 x Investimentos Tradicionais: como o token se compara à renda fixa?

O DUX01 oferece retorno estimado de 1,80% ao mês, com um prazo total de apenas 90 dias.

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Como investir no Token DUX01 pela Foxbit?

⚠️ A captação é limitada a 5.000 tokens e ficará aberta por apenas 30 dias.

Por que o Token DUX01 é uma boa oportunidade de investimento?

O DUX01 representa a evolução do investimento em ativos reais com tecnologia e regulação. Estamos trazendo para a pessoa física um produto que antes era restrito a grandes players institucionais.

É um investimento com exposição à economia produtiva, prazo curto, retorno previsível e uma estrutura jurídica sólida, com segurança validada por meio do processo de crowdfunding regulado.

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5 Tendências do Mercado Cripto para Ficar de Olho em 2025

5 Tendências do Mercado Cripto para Ficar de Olho em 2025

2024 foi o ano em que o mercado de criptomoedas deixou definitivamente de ser um nicho experimental para se posicionar no centro das discussões econômicas globais. A aprovação dos ETFs de Bitcoin e Ethereum nos Estados Unidos, o halving da maior criptomoeda do mundo e a entrada de gigantes institucionais como BlackRock e Fidelity transformaram o cenário — e abriram caminho para um novo ciclo.

Mas se você achava que 2025 seria apenas uma continuação do hype, já deve ter percebido que o jogo mudou. O que observamos hoje é uma mudança de estrutura: os ativos digitais estão se consolidando como infraestrutura estratégica para empresas, governos e investidores institucionais.

De novos padrões regulatórios ao avanço de tecnologias como inteligência artificial e tokenização de ativos do mundo real, o ecossistema está prestes a atravessar uma nova fronteira — mais integrada, mais pragmática e ainda mais transformadora.

Este artigo reúne as cinco tendências do mercado cripto para 2025, com base em análises de mercado, relatórios de research e movimentos reais de grandes players. Se sua empresa, seu fundo ou sua estratégia de diversificação passam pelos ativos digitais, entender essas direções é mais do que útil — é essencial.

Panorama atual: onde estamos?

Para entender para onde o mercado de criptoativos está indo, é preciso olhar com atenção para onde já chegamos.

O Bitcoin encerrou 2024 acima da marca simbólica de US$ 100 mil, impulsionado por três pilares: 

  • Halving de abril
  • Forte entrada de capital institucional via ETFs à vista — como o iShares Bitcoin Trust, da BlackRock
  • Escalada da narrativa do BTC como reserva estratégica de valor. 

Só no primeiro semestre de 2025, empresas listadas em bolsa injetaram mais de US$ 11,4 bilhões nos fundos regulados, superando o volume total minerado no período.

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Fonte: SoSoValue

O Ethereum, por sua vez, avançou em atualizações importantes que fortaleceram sua escalabilidade e abriram espaço para um novo ciclo de crescimento. 

As soluções de segunda camada (Layer 2), como Arbitrum e Optimism, ganharam tração real, enquanto a adoção institucional cresceu com o lançamento de ETFs e o uso da rede para a tokenização de ativos reais, como fundos da BlackRock e títulos públicos tokenizados.

Solana também emergiu como uma força relevante. A promessa do Firedancer — software alternativo capaz de processar até 1 milhão de transações por segundo — colocou a rede no radar de desenvolvedores, usuários e investidores, especialmente em aplicações ligadas a jogos, stablecoins e dispositivos mobile, como o Solana Saga.

No campo da regulação, os EUA deram os primeiros sinais de avanço com o GENIUS Act, que propõe regras para emissão e custódia de stablecoins, enquanto no Brasil a discussão sobre a regulamentação das exchanges estrangeiras, a supervisão do Banco Central e o uso do Drex como infraestrutura tokenizada avançou no Congresso Nacional.

Ao mesmo tempo, o volume de investimento global em startups de ativos digitais atingiu seu maior patamar desde 2021, com destaque para iniciativas ligadas a tokenização de ativos reais, infraestrutura de IA descentralizada e projetos de finanças regenerativas (ReFi).

Ou seja: o mercado de criptoativos em 2025 não parte do zero — ele parte de uma base concreta de avanços regulatórios, tecnológicos e institucionais. E é exatamente sobre essa base que as próximas grandes tendências vão se construir.

Tendência #1 — Bitcoin como ativo estratégico de tesouraria

A narrativa do Bitcoin como reserva de valor não é nova. Mas em 2025, ela começa a se transformar em uma prática corporativa concreta — e com escala.Empresas listadas em bolsas dos Estados Unidos, Japão e América Latina estão acelerando a incorporação do BTC aos seus balanços patrimoniais. Dados recentes mostram que, apenas no primeiro trimestre de 2025, companhias públicas compraram mais de 95 mil BTCs, enquanto a emissão no mesmo período foi de cerca de 40 mil moedas.

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Fonte: River

A consequência? Uma pressão estrutural sobre a oferta — algo inédito em ciclos anteriores.

Casos emblemáticos mostram que essa movimentação não é pontual:

  • A Metaplanet, no Japão, já acumula quase 9 mil bitcoins e declarou publicamente sua intenção de se tornar uma “MicroStrategy asiática”.
  • A própria Trump Media Group captou bilhões de dólares para adquirir BTC como parte da estratégia de reservas.
  • No Brasil, empresas como o Mercado Livre e a Méliuz também anunciaram planos de ampliar sua exposição direta ao ativo.

Essa tendência é impulsionada por fatores diversos:

  • Escassez programada: com o halving de 2024, o Bitcoin tornou-se ainda mais escasso, reforçando seu papel como “ouro digital”.
  • Política monetária: previsibilidade de emissão é diferencial que o torna atraente em contextos geopolíticos voláteis como o atual.
  • Valorização institucional: com ETFs aprovados, o BTC deixou de ser um ativo alternativo e passou a integrar carteiras com governança robusta.

Do ponto de vista estratégico, o Bitcoin está deixando de ser apenas uma aposta em valorização para se tornar uma ferramenta de proteção de caixa e de diferenciação de marca para empresas inovadoras. E isso tende a se intensificar conforme a adoção aumenta e a liquidez institucional se aprofunda.

Tendência #2 — A profissionalização do DeFi e dos RWA

As finanças descentralizadas (DeFi) amadureceram. O setor que já foi sinônimo de experimentação e volatilidade agora caminha para uma fase de institucionalização — e ganha um novo aliado: os ativos do mundo real, ou Real World Assets (RWAs).

Em 2025, a principal tendência do universo DeFi não está apenas na criação de novas “yield farms” ou tokens especulativos. Agora, ela também atua diretamente na construção de uma ponte sólida entre a infraestrutura blockchain e o mercado financeiro tradicional — via tokenização de ativos que já conhecemos, como títulos públicos, crédito privado, fundos e recebíveis.

Essa convergência já está acontecendo:

  • A Ondo Finance, um dos projetos mais comentados do setor, superou US$ 650 milhões em ativos tokenizados, com stablecoins lastreadas em títulos do Tesouro dos EUA.
  • A BlackRock lançou um fundo tokenizado na rede Ethereum com quase meio bilhão de dólares em captação em apenas uma semana.
  • Grandes instituições — inclusive no Brasil — começam a testar o uso da tokenização para modernizar processos de custódia, liquidação e distribuição.

Do lado do DeFi, o setor também vem se sofisticando:

  • O volume total bloqueado (TVL) voltou a crescer e superou os US$ 200 bilhões em 2024.
  • Protocolos como Aave e Pendle estão reformulando sua governança e seus modelos de risco para atrair players institucionais.
  • A transparência on-chain começa a ser vista como uma vantagem competitiva — e não mais como um risco.

O que muda, na prática?


A tendência é que o DeFi deixe de ser percebido como um “mercado paralelo” e passe a operar como infraestrutura financeira complementar — com regras, auditorias, modelos de compliance e integração com ativos do mundo real.

Em um cenário de juros em queda, busca por eficiência operacional e necessidade de inovação no mercado financeiro, esse novo DeFi — ancorado em RWAs — tem tudo para se consolidar como um mercado trilionário nos próximos anos.

Tendência #3 — A consolidação do Ethereum (apesar da concorrência)

Nenhuma blockchain foi tão desafiada nos últimos anos quanto o Ethereum. Com taxas historicamente altas, limitações de escalabilidade e concorrência crescente de redes como Solana, Avalanche e Sui, muitos analistas chegaram a questionar sua capacidade de manter a liderança no setor.

Mas este ano já mostra uma história diferente.

A rede criada por Vitalik Buterin está atravessando um ciclo de transformações estruturais — com impacto direto na experiência do usuário, na eficiência técnica e na adoção institucional.

O que já aconteceu:

  • A transição para o modelo Proof of Stake (PoS), concluída com o The Merge, reduziu o consumo energético da rede em mais de 99% e abriu caminho para um Ethereum mais escalável.
  • Em 2024, o upgrade Dencun (EIP-4844) introduziu o conceito de proto-danksharding, reduzindo drasticamente os custos de transação em soluções de segunda camada.
  • Este ano, a atualização Pectra também promoveu um salto no nível de compatibilidade entre a rede principal e suas side-chains, assim como remodelou o tamanho do staking por carteira.
  • O crescimento das Layer 2 (como Arbitrum, Optimism, Base e zkSync) posicionou o Ethereum como o núcleo de um ecossistema modular — e não mais como uma rede única e centralizada.

O que está por vir:

  • O Ethereum continua sendo a principal plataforma usada para tokenização de ativos por grandes instituições, como BlackRock, Franklin Templeton e JPMorgan.
  • Projetos de infraestrutura como EigenLayer e Chainlink CCIP estão ancorando suas soluções no Ethereum, reforçando sua centralidade como base da economia digital descentralizada.
  • A agenda técnica prevê novas atualizações voltadas à eficiência, à interoperabilidade e à redução de latência nas transações.

Apesar do barulho em torno da escalabilidade de Solana ou da velocidade das novas blockchains modulares, o Ethereum permanece com maior TVL, base de desenvolvedores e adoção institucional real.

E isso importa: em um mercado que busca não só inovação, mas também confiabilidade, segurança e compatibilidade regulatória, o Ethereum está cada vez mais consolidado como a infraestrutura padrão do mercado financeiro digital — mesmo que a concorrência siga crescendo.

Tendência #4 — A explosão dos criptoativos ligados à IA

Poucos setores chamaram tanta atenção em 2024 quanto a inteligência artificial. Com o avanço de modelos generativos, adoção corporativa acelerada e promessas de ganhos exponenciais de produtividade, a IA se tornou o epicentro da inovação global. 

Mesmo com metade de 2025 já concluída, esse movimento segue com força total dentro do universo cripto.

Estamos presenciando o surgimento de um novo segmento dentro do mercado de ativos digitais: os criptoativos de infraestrutura para IA descentralizada. Eles combinam o poder computacional distribuído do blockchain com algoritmos de aprendizado de máquina, criando redes que permitem treinar, monetizar e compartilhar modelos de forma colaborativa.

Entre os projetos em destaque, vale mencionar:

  • Artificial Superintelligence Alliance (FET): FET é um consórcio composto por protocolos especializados em IA, como a Fetch.ai, SingularityNET e Ocean Protocol. A “aliança” oferece infraestrutura e pesquisas descentralizadas a ferramentas de alta tecnologia.
  • Near Protocol (NEAR): A NEAR atua diretamente no desenvolvimento de agentes de IA com baixo custo e de forma descentralizada, com foco no uso dentro da Web 3.0.
  • Numeraire (NMR): Já a NMR atua como um protocolo descentralizado de coleta e análise de dados. O objetivo é criar modelos de learning machine com alta confiabilidade aos usuários.

O crescimento desse nicho é sustentado por dois fatores:

  1. Demanda real por computação e modelos mais abertos — frente ao custo crescente e à centralização das soluções de IA.
  2. Narrativa convergente entre descentralização, privacidade e inteligência artificial — temas que mobilizam comunidades técnicas, desenvolvedores e reguladores.

Ainda que muitos projetos estejam em fase inicial e carreguem riscos elevados, o interesse institucional começa a se materializar. O próprio governo dos EUA, em sua nova política de IA, já sinalizou abertura para modelos colaborativos e menos concentrados.

Para o investidor estratégico, 2025 ainda pode ser o momento de observar com atenção esse segmento emergente, que combina duas das maiores forças transformadoras da década: IA e blockchain.

Tendência #5 — Identidade e pagamentos na era Web3

Enquanto os debates sobre regulação, compliance e privacidade digital ganham força, uma nova camada de inovação silenciosa está crescendo no ecossistema cripto: as soluções de identidade digital descentralizada (DID) e os pagamentos integrados em redes sociais e apps de mensageria.

Essa tendência atende a uma demanda cada vez mais urgente: como garantir transações seguras, privadas e interoperáveis em um mundo onde o digital se tornou a base de tudo — do acesso a serviços financeiros à participação em comunidades online.

Identidade Descentralizada (DID): empoderando o usuário

Os sistemas DID, como os desenvolvidos por Polygon ID, Worldcoin e Dock, permitem que usuários validem sua identidade com segurança sem depender de instituições centralizadas. Isso significa que você pode comprovar quem é — para acessar uma plataforma, assinar um contrato ou receber um benefício — sem entregar seus dados pessoais a terceiros.

Em 2025, espera-se:

  • Avanço de regulamentações que exigem KYC e AML mais inteligentes e menos invasivos.
  • Adoção de DID por empresas do setor financeiro, de saúde e educação para facilitar a integração de usuários em ambientes Web3.
  • Integração nativa de carteiras digitais com credenciais de identidade — tornando o login via wallet algo tão comum quanto um e-mail.

Pagamentos cripto nativos: Telegram, TON e a reinvenção da transferência de valor

Outro movimento poderoso é a integração de pagamentos com cripto diretamente em apps de grande alcance, sem a necessidade de conhecimento técnico.

O caso mais emblemático é o da Toncoin (TON), a criptomoeda integrada ao Telegram. Em 2024, a plataforma ativou a função de envio e recebimento de cripto entre usuários, sem taxas e com UX nativa — tudo dentro do mensageiro. Isso abre espaço para:

  • Pagamentos peer-to-peer globais, instantâneos e sem fricção.
  • Microtransações para criadores de conteúdo, bots e grupos.
  • Um novo modelo de economia social descentralizada.

Outras plataformas, como WeChat, X (ex-Twitter) e Signal, também demonstraram interesse em adotar ou experimentar integrações semelhantes, o que indica que o próximo ciclo de adoção em massa pode vir pelo canal dos pagamentos cotidianos — e não das corretoras tradicionais.

Identidade e pagamentos são os dois alicerces mais básicos da vida digital. Em 2025, o mercado cripto está pronto para oferecer soluções que tornam essas funções mais seguras, acessíveis e alinhadas com a lógica da Web3. E quem entender isso primeiro — como investidor ou como empresa — terá uma vantagem competitiva real.

Oportunidade no Brasil: o que pode ganhar tração por aqui?

Se globalmente 2025 está sendo marcado por profissionalização, convergência regulatória e integração entre cripto e o sistema financeiro tradicional, no Brasil esse movimento já está em plena aceleração, com algumas oportunidades se destacando.

Tokenização de títulos públicos e crédito privado

O Brasil já se consolidou como um dos mercados mais sofisticados em infraestrutura bancária e pagamentos digitais (vide Pix e Drex). Em 2025, a tokenização de ativos de renda fixa — como títulos do Tesouro, debêntures e CRIs — deve se tornar o próximo passo.

A expectativa é que soluções B2B voltadas a escritórios de investimento, securitizadoras e plataformas de distribuição digital comecem a utilizar blockchains públicas (como Ethereum ou Solana) para representar e negociar esses ativos, com custódia segregada e liquidação automatizada.

A Foxbit Business, por exemplo, conta com uma série de soluções corporativas, como recebimento com criptomoedas, conversões de Pix em cripto, tokenização de ativos e integração white label de exchange.

Uso de cripto como hedge contra real

A recente desvalorização da moeda local e o aumento da exposição de empresas brasileiras ao comércio exterior colocam o dólar no centro da gestão de caixa. A novidade? Cada vez mais empresas, fintechs e investidores buscam criptoativos como USDT, USDC ou stablecoins tokenizadas de títulos públicos e até mesmo ouro para proteger seu patrimônio.

Esse movimento deve ganhar força com a entrada de soluções reguladas e com parceiros locais — como bancos digitais, DTVMs e exchanges com presença no país.

Integração entre Pix, stablecoins e carteiras cripto

A combinação da infraestrutura do Pix com a liquidez de stablecoins pode gerar novas soluções para remessas, pagamentos corporativos e integração entre fintechs. Em 2025, é provável que vejamos:

  • APIs que convertam Pix em stablecoin em tempo real (Foxbit Gateway)
  • Tokenização de ativos do mundo real (Foxbit Tokens)
  • E-commerce e plataformas de SaaS adotando cripto como alternativa de cobrança (Foxbit Pay)

Empresas que atuam no setor de turismo, exportação, finanças, educação internacional e serviços digitais devem ser as primeiras a se beneficiar dessa interoperabilidade.

O Brasil tem a combinação ideal para avançar com ativos digitais em 2025: infraestrutura moderna, população digitalizada e um mercado financeiro aberto à inovação. A questão não é mais “se”, mas “quem vai liderar esse movimento”.

O que fazer com essas tendências?

O mercado de criptoativos já não é mais um experimento. Em 2025, ele passou a ocupar um espaço estrutural nas decisões de tesouraria, nas estratégias de inovação tecnológica e na reconfiguração dos sistemas financeiros ao redor do mundo.

Seja com a entrada de empresas listadas comprando Bitcoin, com a institucionalização do DeFi e dos ativos do mundo real, com o avanço do Ethereum como infraestrutura crítica ou com o surgimento de novos setores como IA descentralizada e identidades digitais — tudo aponta para um mesmo destino: a consolidação dos ativos digitais como uma classe legítima, interoperável e estratégica.

Para investidores e empresas, isso representa uma bifurcação clara:

  • Ignorar essas transformações e manter-se refém de estruturas financeiras do passado
  • Ou entender o momento, antecipar movimentos e se posicionar com inteligência para capturar valor real nesse novo ciclo.

A boa notícia é que nunca foi tão possível acessar esse mercado com segurança, transparência e suporte regulado no Brasil. O caminho exige estudo, critérios e parceiros confiáveis — mas ele já está aberto.