Disputa entre investidores bagunça preço do Bitcoin

Disputa entre investidores bagunça preço do Bitcoin

Com o Bitcoin (BTC) na luta para se manter acima dos US$ 70 mil, os dados on-chain revelam bem como está sendo o comportamento dos investidores de curto e médio prazos. Enquanto especuladores estão realizando lucros de suas posições, há uma parte considerável de players que estão acumulando ativamente a criptomoeda antes do halving. E é essa disputa que vai guiar o preço do BTC nos próximos dias.

 

Bitcoin dentro da rede

Nesta última semana de março, analisamos os dados de rede do Bitcoin no nosso relatório Variação de Mercado, com o objetivo de avaliar o comportamento dos investidores antes do Halving. O impulso de alta observado no mercado de criptomoedas pressionou os indicadores técnicos em intervalos gráficos de curto prazo, resultando numa correção de preços nas últimas duas semanas para aliviar esses indicadores.

Essa correção de preços refletiu-se no valor de mercado do Bitcoin, conforme analisado no gráfico do MVRV, que mede o valor de mercado em relação ao valor realizado.

Com isso, o valor de mercado atingiu uma pontuação de 2.72 em sua escala, testando uma resistência que remonta a outubro de 2021, antes de recuar para 2.34, abaixo da linha de 50% de um grande canal de alta que vem sendo acompanhado desde dezembro de 2022. No início desta semana, observamos uma recuperação que elevou a pontuação para 2.43, testando a resistência da linha de 50% do canal.

Se o valor de mercado continuar a corrigir, é possível que um suporte seja encontrado nos níveis de 2.16.

É importante destacar que investidores de longo prazo têm como meta ultrapassar os níveis de 3.7, onde historicamente ocorreram as maiores realizações de lucros.

Nesse contexto, as informações do MVRV revelam que, apesar dos movimentos corretivos no valor de mercado do Bitcoin a curto prazo, é possível que a linha do indicador continue seguindo a tendência ascendente do canal de alta traçado no gráfico, corroborando os objetivos dos investidores em prazos mais longos.

 

 

Carteiras de Bitcoin no lucro

Outro indicador que pode fornecer informações relevantes sobre a movimentação dos investidores na rede é o SOPR.

Em uma avaliação preliminar para interpretar as informações do indicador, precisamos apenas compreender que a ferramenta sugere que quando a linha do SOPR está acima do nível 1, teoricamente os investidores em Bitcoin podem realizar suas posições obtendo lucros no mercado. E quando a linha do SOPR está abaixo do nível 1, é possível que existam investidores sendo obrigados a encerrar suas posições com algum prejuízo.

No intervalo semanal, a última vez que a linha do SOPR caiu abaixo do nível 1 foi em janeiro deste ano, quando o mercado passou por um movimento corretivo.

Com essas informações em mente, investidores de longo prazo observam esse tipo de movimento para aumentar suas posições no mercado, absorvendo a liquidez do varejo e promovendo novos impulsos de alta quando as condições são favoráveis.

Um segundo ponto a ser analisado na linha do SOPR é a direção do movimento. Atualmente, notamos que a linha do indicador está acima do nível 1, mas entre as semanas de 11 e 18 de março, ela teve um movimento descendente, sugerindo que os investidores de Bitcoin aproveitaram a renovação do topo histórico no preço para realizar lucros de forma confortável.

Investidores com perfil de curto prazo geralmente utilizam essas informações por meio de intervalos gráficos diários.  No entanto, este relatório está baseado em informações de intervalo semanal, visto que o potencial de valorização do Bitcoin em prazos mais longos pode oferecer menos riscos para investidores mais cautelosos.

Atualmente, a linha do SOPR está promovendo um novo impulso de alta, testando uma máxima anterior, o que sugere que caso ocorra um possível novo movimento ascendente acima da última máxima de preço, poderemos ter uma varredura de liquidez e novas oportunidades de realização de lucros.

Com base nas informações do SOPR, podemos concluir que o movimento corretivo no preço observado nas semanas de 11 e 18 de março foi meramente um processo de realização de lucros, com a linha do indicador apresentando um movimento de declínio, enquanto os investidores procuram novos níveis mais altos para novas realizações.

 

 

Baleias famintas

Continuando a análise dos dados de rede, vamos examinar a quantidade de Bitcoins por faixa de número de endereços, começando com carteiras que possuem mais de 10 unidades da moeda por endereço e indo até detentores de endereços com mais de 10 mil Bitcoins por carteira.

No gráfico que apresenta informações sobre os detentores de endereços com mais de 10 Bitcoins por carteira, notamos uma estagnação desde o início de março.  Em outras palavras, a linha que representa essas carteiras permanece plana, sugerindo que não houve movimentação significativa ao longo do mês.

Uma observação relevante sobre esses investidores pode ser feita ao compararmos o número de endereços com mais de 10 Bitcoins com o número de endereços com mais de 100 Bitcoins.

Desde a primeira semana de fevereiro, o número de endereços com mais de 10 Bitcoins diminuiu, enquanto o número de endereços com mais de 100 Bitcoins teve um aumento, sugerindo que esses investidores aumentaram suas posições à medida que o preço do Bitcoin subia.

Durante as negociações do mês de março, o número de endereços com mais de mil Bitcoins também está em ascensão. No entanto, a linha que representa o número de endereços com mais de 10 mil Bitcoins está em declínio.

É importante destacar que a volatilidade do mercado, com movimentos significativos nos preços diariamente, é impulsionada principalmente por investidores que possuem endereços de carteira com entre 10 e 100 Bitcoins.

Esses movimentos são considerados de grande impacto e podem influenciar diretamente as tendências do mercado.

 

 

Perspectiva final

As informações coletadas por meio dos dados de rede revelam otimismo entre os investidores em Bitcoin, com estudos sugerindo a possibilidade de manutenção da tendência de alta de longo prazo.

Para validar essas informações, vamos observar o gráfico de preços. No intervalo semanal, identificamos um grande canal de alta, com o preço do Bitcoin se movendo em direção ao topo do canal.

Além disso, inserimos a ferramenta de expansão de Fibonacci e constatamos que o topo do canal de alta coincide com a região de expansão de 1.618 de Fibonacci, situada em US$ 97 mil. Este valor já foi mencionado em nossos relatórios anteriores.

No meio do caminho, também identificamos um valor de US$ 77 mil, que corresponde a um nível de Fibonacci de 141%, podendo atuar como um objetivo de preço intermediário.

A linha de equilíbrio de 9 semanas do Ichimoku atua como suporte na mesma região de 50% do canal de alta, situado na faixa de preço entre US$ 57 mil e US$ 58 mil no momento.

Em conclusão, a análise da movimentação de preços do Bitcoin, com base em dados de rede, indicadores técnicos e gráficos, sugere um cenário otimista entre os investidores. Observamos sinais de estabilidade e possíveis objetivos de preço tanto no curto quanto no longo prazo. Os investidores parecem confiantes na continuidade da tendência de alta, embora permaneçam atentos a possíveis correções no mercado.

 

Para finalizar, quero agradecer a todos que dedicaram seu tempo para ler este relatório sobre a movimentação de preços do Bitcoin. Tenho a expectativa que as informações apresentadas tenham sido úteis e esclarecedoras. Seus esforços em buscar conhecimento e compreensão contribuem significativamente para o enriquecimento do diálogo e da análise neste campo.

Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.

Um forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes

Bitcoin estabiliza, com fluxos menores nos ETFs

Bitcoin estabiliza, com fluxos menores nos ETFs

O Bitcoin (BTC) abre a semana em busca de uma tendência de preços. A recuperação da última correção foi bastante expressiva e coloca a criptomoeda em um caminho bastante interessante para manter os ganhos. Porém, o mercado sobrecomprado dificulta o processo, podendo levar a criptomoeda também a uma lateralização no curto prazo. Tudo isso acontece em meio a diferentes eventos macroeconômicos e também a aproximação do halving do Bitcoin.

 

Status dos ETFs

A última semana mostrou um movimento inédito – embora não surpreendente – nos apenas primeiros três meses de negociações de ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. Foram cinco dias consecutivos em que o saldo final entre entrada e saída dos fundos ficou no negativo.

O maior responsável foi o ETF da GrayScale (GBTC), que viu retiradas intensas, enquanto os fluxos de capital para outros produtos foram mais reduzidos. Este movimento de saída do GBTC acontece desde o lançamento dos ETFs, fazendo com que a empresa, agora, se posicione para melhorar suas taxas de administração.

 

Calmaria no derivativos

Depois de fortes liquidações, o volume de posições fechadas forçadamente por falta de margem voltaram para a casa dos U$ 200 milhões. Isto, claro, depois que alguns bilhões de dólares ficaram pelo caminho, diante do alto mercado especulativo.

Com os traders em modo de espera e aguardando sinais mais claros de tendência, a taxa de financiamento para manter as posições em aberto recuou para 0,02% 0,01%. Isso é bem próximo da região de neutralidade, indicando que boa parte da euforia ficou para trás, pelo menos momentaneamente.

 

Halving do Bitcoin está chegando

Enfim, estamos há menos de 30 dias do halving do Bitcoin. Ele costumava nos contar bastante coisa sobre o ciclo de mercado. Mas pode ser que desta vez a história seja diferente. Afinal, agora temos os ETFs de BTC no mercado, além de uma máxima histórica antes do previsto.

Fato é que a recompensa aos mineradores será reduzida pela metade em abril. Isso tem feito com que este grupo vendesse parte considerável de seu BTCs para realizar lucro e, assim, se adaptarem à nova política monetária da criptomoeda. Esta pressão de vendas, claro, ajudou a impedir novos avanços de preços do token.

 

 

Análise do gráfico do Bitcoin

No gráfico diário do Bitcoin, a criptomoeda testou o último pequeno canal lateral de preços, e o fundo da banda de Bollinger. A partir deste movimento corretivo, o BTC avançou seu preço, em busca do topo da banda.

Fonte: GoCharting, em 25/03/2024, às 11h43min.

 

Esta força do mercado no curto prazo é acompanhada também pelo MACD e Índice de Força Relativa (RSI), que recuperaram o ímpeto de alta. Com bastante atividade na região dos US$ 69,5 mil, este deverá ser o próximo ponto a ser rompido. Caso contrário, um reteste da região dos US$ 55 mil e US$ 52 mil podem entrar no radar.

 

Expandindo o tempo gráfico do Bitcoin

Ao se afastar um pouco, vemos que o gráfico semanal está em um importante momento de respiro. Este período pode acarretar em uma consolidação de preços, até que o mercado se ajuste novamente.

Apesar de amplas, as linhas da banda de Bollinger sugerem uma aproximação. Junto a isso, o MACD também dá sinais de um encosto das médias. Já o RSI se mantém em 84 pontos, indicando um mercado bastante sobrecomprado. 

Isso pode levar o BTC ao fundo do canal atual, em US$ 63 mil ou até os US$ 50 mil, se a força vendedora for muito forte. Caso contrário, o topo da banda de Bollinger aponta os US$ 78 mil, um nível bastante possível para o momento de mercado comprador e próximo do halving.

 

 

Corte de juros ficou para depois

Como boa parte do mercado já previa, o Federal Reserve não cortou os juros nos Estados Unidos. Os dados inflacionários do início do ano não foram muito agradáveis, o que colocou dúvidas sobre se este seria o momento certo para reverter a política monetária.

Porém, o discurso do presidente do FED, Jerome Powell, foi bem mais otimista do que se esperava. Ele comentou que a alta dos preços preocupa, mas ela aparenta ser algo mais sazonal e não que veio para ficar. Ele confirmou ainda a intenção de realizar três cortes ainda este ano.

As prévias do Índice Gerente de Compras (PMIs) vieram com certo equilíbrio. Enquanto a Indústria mostrou bom crescimento, o setor de Serviços viu uma retração. Porém, ambos seguem em níveis considerados de expansão.

 

Inflação próxima da meta

Enquanto os Estado Unidos viram uma alta nos preços, a Zona do Euro segue com sua inflação arrefecendo. Em fevereiro, o índice desacelerou de 2,8% para 2,6%, se aproximando da meta de 2%. 

Mesmo assim, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a perspectiva inflacionária precisa desacelerar mais, já que os salários permanecem elevados, assim como as margens de lucro e ausência do crescimento na produtividade do bloco.

Este posicionamento se faz realista quando olhamos para os números, já que as prévias dos PMIs mostraram dualidade nas informações. Se por um lado o setor de Serviços avançou e se cravou no território de expansão econômica, a perspectiva industrial recuou.

 

Conclusão

Diante dos eventos macroeconômicos, a correção do Bitcoin era mais do que esperada. Fora isso, a falta de força compradora de ETFs também colocou o mercado de volta a níveis mais estáveis de fluxo de capital.

Isso não quer dizer que os fundos negociados em bolsa morreram, mas, sim, que os investidores estão estudando novas realocações, depois da euforia dos primeiros três meses de negociação nos Estados Unidos.

O mercado de médio prazo ainda exige um pouco de cautela. Afinal, os níveis de sobrecompra permanecem, colocando dúvidas sobre até onde vai a extensão desta força. Em algum momento, uma nova realização de lucros deve acontecer. E isso pode ser antes ou depois do halving do Bitcoin ser acionado. Por isso, é importante acompanhar todos os fluxos de informações para identificar possíveis volatilidades.

 

Cosmos (ATOM): O que é e como funciona a internet das blockchains

Cosmos (ATOM): O que é e como funciona a internet das blockchains

Cosmos, no mundo da blockchain, não tem nada a ver com o universo. Mas se a gente pensar bem, também não está tão distante assim. Afinal, o propósito central desta blockchain é resolver um dos grandes desafios da tecnologia: a interoperabilidade. Ou, em outras palavras, criar um universo de várias redes conectadas.

A tecnologia é bastante atraente a desenvolvedores e investidores, que buscam na Cosmos e em seu token ATOM uma possibilidade de criar novos ecossistemas e também obter lucros. Considerando essa relevância, o artigo de hoje vai falar sobre:

    • O que é Cosmos?

    • Como a blockchain funciona?

    • Para que serve o token ATOM

    • Capitalização de mercado e cotação da ATOM

    • Onde comprar ATOM

Então, vamos agora conhecer um pouquinho sobre a “internet das blockchains”!

 

O que é Cosmos?

Cosmos se apresenta como a “internet das blockchains”. A ideia é que diferentes redes possam se conectar, compartilhar informações e realizar transações de forma segura e sem a necessidade de intermediários. Algo que, hoje, é bastante complexo de se fazer, quando olhamos para dois protocolos distintos.

Saiba mais: Conheça o site oficial da Cosmos!

A Cosmos se apoia no Tendermint Core. Ele é um mecanismo de consenso que oferece alta performance, segurança e escalabilidade. O modelo permite também que qualquer blockchain desenvolvida dentro do ecossistema Cosmos possa se beneficiar dessas características, superando limitações comuns encontradas em redes mais antigas.

Os fundadores da Cosmos

A Cosmos foi desenvolvida por Jae Kwon e Ethan Buchman. Eles justamente buscavam solucionar um dos desafios do chamado trilema da blockchain. Ou seja, como unir escalabilidade e interoperabilidade, sem comprometer a segurança. 

Para colocar o projeto para rodar, o grupo lançou um ICO (Initial Coin Offering), em 2017, que arrecadou mais de US$ 17 milhões. Dois anos depois, a mainnet da Cosmos foi lançada ao público.

Como funciona a Cosmos?

Enquanto o Bitcoin tem como principal característica a transação de valores monetários a partir de seu token BTC, o Cosmos vai olhar para a interoperabilidade entre redes diferentes para que seja cada vez mais simples e seguro criar novas soluções.

Interoperabilidade: Vamos logo de cara com sua função principal. A interoperabilidade opera a partir da Inter-Blockchain Communication (IBC). Ela permite que tokens e informações sejam transacionadas entre blockchains independentes. Isso facilita muito a gerar um ambiente claro e seguro para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (dApps) e serviços financeiros descentralizados (DeFi).

Escalabilidade: Para validar as transações de forma mais veloz, a arquitetura da Cosmos se divide entre zonas e hubs. Com isso, cada blockchain (zonas) dentro do ecossistema pode se conectar aos hubs centrais, permitindo que essas redes independentes também processem dados de forma paralela. Isso alivia o fluxo de informações na rede principal, promovendo mais segurança, velocidade e descentralização.

Segurança: Lembra do Tendermint Core que falamos mais cedo? Pois é! Ele é um mecanismo de validação que utiliza o modelo Proof-of-Stakes (Pos), semelhante ao do Ethereum. A metodologia incentiva a honestidade da rede, sem exigir um grande processamento computacional, como acontece com o Bitcoin. Fora isso, a Cosmos utiliza uma arquitetura modular que permite a cada zona implementar suas próprias medidas de segurança adicionais, criando, assim, camadas de proteção uma sobre as outras.

Algumas redes e serviços importantes, inclusive, já utilizam algumas das soluções da Cosmos em suas operações, como:

    • Celestia

    • dYdX

    • Nomic

    • Osmosis

    • Penumbra

    • Stride, entre outras.

Para que serve a criptomoeda ATOM?

Uma das engrenagens que fazem este “universo” de blockchains funcionar é a criptomoeda ATOM. É a partir dela que todas as funções existentes dentro da rede são possíveis de serem executadas.

Portanto, ATOM é o token nativo da Cosmos, utilizado para facilitar as operações essenciais dentro da rede, incluindo a governança, segurança e interoperabilidade entre as diferentes blockchains conectadas ao ecossistema.

 

Isso quer dizer que os detentores de ATOM podem participar de votações relacionadas às propostas de atualizações e modificações do protocolo, tendo um papel ativo no futuro e desenvolvimento da rede.

Ao considerar o modelo Proof-of-Stakes da Cosmos, o token ATOM também é aplicado como staking de criptomoedas. Ou seja, os usuários podem usar suas moedas para dar garantia de que suas validações de transações serão verdadeiras. Como recompensa, esses participantes recebem mais tokens ATOM por manter a rede segura e funcional.

Cotação, preço e valor da ATOM hoje

A ATOM começou suas negociações a US$ 6,63, em março de 2019. Seu último topo histórico foi de US$ 44,28, em setembro de 2021. De lá pra cá, a criptomoeda seguiu em uma região próxima dos US$ 10.

No gráfico a seguir, você pode acompanhar o preço da ATOM em tempo real, no par com a stablecoin USDT.

 

Já a capitalização de mercado atingiu seu máximo em 2022, quando contou com um valor de US$ 11,19 bilhões. Atualmente, o CoinMarketCap coloca a Cosmos na 27ª posição de capitalização de mercado.

Onde comprar ATOM

Apesar de o Bitcoin ser a principal moeda digital do mundo, uma boa carteira de criptomoedas conta com vários tokens. Considerando a tecnologia e proposta relevantes da Cosmos, é interessante estudar e cogitar possuir ATOM em seu portfólio.

O token, inclusive, está disponível para negociação na Foxbit Exchange e também na Foxbit Pro, a plataforma internacional de trading avançado. Além disso, você pode participar do processo de validação da rede e acumular mais tokens ATOM a partir da Foxbit Earn!

Ecossistema da Solana

Ecossistema da Solana

Bem-vindos a mais uma edição de: “O HODLER”, sua casa quando o assunto é crypto e insights.

Hoje vamos falar da Solana, que tem chamado atenção não apenas pela sua recuperação após o turbilhão causado pelo colapso da FTX, mas também pela sólida performance e inovação contínua que vem apresentando. 

Fica até o final que tem indicação de projeto para você ficar de olho na Solana.

Então já sabe, vamos para mais um HOOOODLEEEER! 🌐💼🚀

🚀 Vale das sombras da morte de crypto


A blockchain Solana experimentou um período desafiador recentemente, especialmente com as repercussões do colapso da FTX, que abalou o mercado de cripto em geral.

Se você chegou ao mercado agora, eu vou te contextualizar. Quando a FTX, uma das maiores exchanges do mercado, faliu, isso causou problemas em todo o mercado de cripto, incluindo para a Solana. A FTX e seu fundador tinham investido muito na Solana, comprando muito de sua moeda, a SOL, e apoiando projetos que usavam sua tecnologia. Esse apoio fez com que a Solana ficasse bastante popular, mas também a deixou vulnerável quando a FTX entrou em colapso.

Devido aos problemas da FTX, as pessoas começaram a perder a confiança na Solana e venderam suas moedas SOL em massa. A situação piorou porque a FTX, precisando de dinheiro, também começou a vender suas SOLs. 

Isso quase matou o projeto, mas apesar disso, Solana mostrou resiliência e recuperação. 

 

 

A prova disso está nos números recentes que destacam um crescimento impressionante do Valor Total Bloqueado (TVL), o que sinaliza uma confiança renovada dos investidores e usuários na plataforma. Essa recuperação é um indicador da robustez do ecossistema da Solana e da inovação contínua de seus desenvolvedores.

Com a recuperação, aparecem as oportunidades. Estou adotando uma tese de investimento que busca identificar oportunidades semelhantes ao Ethereum dentro do ecossistema Solana, encontrando projetos com modelos de negócio sólidos e comprovados, mas que também estejam alavancando as vantagens nativas da Solana. 

O objetivo é encontrar “os Daaps do Ethereum da Solana”, ou seja, aqueles players que têm o potencial para escalar e replicar modelos bem-sucedidos adaptados às características únicas da blockchain Solana, como alta velocidade e baixo custo.


💰 4 projetos para você não perder de vista

Os projetos que vou mostrar, já estão estabelecidos e gerando receita. Isso é um divisor de águas para muitos ecossistemas.

Pega essa lista com esses 4 produtos que não podem sair da sua lista de interesse:


Raydium (DEXs no Ethereum)

É uma plataforma de troca de criptomoedas (DEX) e market maker automatizado no ecossistema Solana. Raydium tem $55m de receita e desempenha um papel crucial em facilitar as negociações e fornecer liquidez para diversos projetos na blockchain. A plataforma permite aos usuários realizar transações de maneira eficiente e a um custo baixo, contribuindo significativamente para a economia de Solana.

 

 

Solend (AAVE no Ethereum)

Esta é uma plataforma de empréstimos descentralizados que opera na Solana. Solend permite que os usuários emprestem ou tomem emprestado ativos digitais em um ambiente seguro e sem a necessidade de intermediários tradicionais, como bancos. 

Com uma interface simples e acessível, a plataforma atrai tanto emprestadores quanto tomadores, gerando receitas através das taxas de juros.

 

Marinade (LIDO no Ethereum)


Com o maior TVL da Solana e receita de $3mi, Marinade oferece um serviço de staking, onde os detentores de SOL podem bloquear suas moedas para apoiar a rede e, em troca, recebem recompensas. O protocolo ajuda a garantir a segurança da rede Solana e, simultaneamente, proporciona aos usuários uma maneira de gerar renda passiva através de suas participações.

 

Lifinity (DEXs no Ethereum)

Como uma DEX, Lifinity procura oferecer um ambiente de negociação com baixo slippage, o que significa que os usuários podem realizar trocas de criptomoedas sem grandes perdas no valor. A plataforma é projetada para maximizar a eficiência do capital dos usuários e oferecer uma experiência de troca mais otimizada.

 

Conclusão

Ao examinar estes projetos dentro do ecossistema Solana, fica claro que há uma ênfase em não apenas replicar o sucesso do Ethereum, mas em evoluí-lo, aproveitando o ambiente único que Solana oferece. 

Isso inclui a adoção de estratégias já testadas e aprovadas em outras blockchains, enquanto se adaptam e inovam para superar os desafios anteriores. 

Projetos que conseguem essa façanha, demonstrando adaptabilidade, inovação e uma proposta de valor sólida, têm tudo para se destacar no mercado e representam oportunidades interessantes para investidores que compartilham dessa tese.

 

 

Fique atento às próximas edições de “O HODLER” para acompanhar as novidades do mercado e se manter informado sobre as tendências e oportunidades no mundo das criptomoedas.

Se quiser me acompanhar, estou no Twitter e Instagram sempre analisando mercado e tendo alguns insights.

Até a próxima edição!

Comportamento dos investidores antecipou correção do Bitcoin

Comportamento dos investidores antecipou correção do Bitcoin

Após um aquecimento bastante amplo do mercado de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) sua atividade de negociação foi reduzida com certa intensidade, principalmente após o recorde de US$ 73,7 mil. O comportamento vendedor já era previsto e, apesar de a criptomoeda seguir em uma tendência de alta, há sinais de uma importante estabilização de preços.

 

Análise técnica do Bitcoin

Ao analisarmos o gráfico de preços do Bitcoin, notamos que a vela da semana passada provocou a quebra da máxima registrada em novembro de 2021, que era de US$ 69 mil,  representando o pico mais alto do ciclo anterior e mantendo-se como uma região significativa de preço no gráfico.

No entanto, é importante observar que após esse movimento, o preço do Bitcoin demonstrou alguma fraqueza na continuação da tendência de alta, com a vela da semana passada fechando em forma de doji, sugerindo uma possível consolidação na região de topo.

Além disso, o fechamento desta vela ocorreu abaixo da máxima histórica anterior, indicando a presença de pelo menos dois grupos de investidores aguardando a oportunidade para tomar decisões.

 

 

O primeiro grupo, identificado através da análise de oferta e demanda, consiste em investidores menos experientes que compraram no topo de 2021 e que se encontravam em uma posição desconfortável. Muitos desses investidores aguardavam ansiosamente que o preço do Bitcoin retornasse ao ponto de compra para minimizar suas perdas e sair do mercado.

O outro grupo, também identificado através da análise de oferta e demanda, é composto por investidores que compraram durante a queda do ciclo anterior e continuaram a investir após o início da tendência de alta atual.

Esses investidores têm um entendimento mais sólido do mercado de criptomoedas e reconhecem que a região de topo histórico pode atuar como uma resistência relevante, dificultando a manutenção do preço acima desse nível.

Diante disso, esse grupo de investidores pode optar por realizar lucros parciais ou totais, antecipando uma possível retração de preço, considerando que, nos mesmos níveis de preço, a oferta de Bitcoin aumenta devido às decisões de venda de ambos os grupos de investidores.

A vela da semana passada, com sua formação em forma de doji, revela uma disputa intensa em busca do melhor preço de venda. Os compradores, que estavam dominando as negociações na tendência de alta, fizeram uma pausa enquanto aguardam por novas oportunidades em meio à euforia do mercado.

Em resumo, com base nas informações até o momento analisadas, podemos afirmar que a tendência de alta do Bitcoin permanece no cenário de longo prazo. No entanto, os níveis de preço atuais demandam cautela, pois durante as negociações da semana anterior, a oferta assumiu o controle, mantendo-se dominante no curto prazo, com realização de lucros e possíveis fechamentos de posições por parte de investidores menos experientes.

É importante notar também que, caso a intensidade da oferta diminua, os compradores podem reassumir o controle e impulsionar o preço do Bitcoin para níveis mais altos, dando continuidade à tendência de alta mencionada anteriormente.

 

Qual a tendência do Bitcoin?

Para a próxima fase da nossa análise, vamos integrar o Trade System Ichimoku ao gráfico, a fim de identificar as regiões de equilíbrio que podem servir como níveis de interesse. Ao fazermos isso, notamos que o preço do Bitcoin está sendo negociado acima das linhas de equilíbrio e além da “Nuvem”. Essa observação confirma a análise anterior, que apontava para uma tendência de alta.

Entretanto, é importante observar que as linhas de 9 e 26 períodos estão horizontalizadas no gráfico, indicando uma desaceleração no movimento de alta. Caso o movimento corretivo persista, a Tenkan Sen, que representa a linha de conversão do sistema e mede o equilíbrio de 9 semanas, pode atuar como o primeiro nível de suporte. Atualmente, a linha de conversão está situada na região entre US$ 55 mil e US$ 56 mil.

Olhando 26 períodos à frente, notamos que as linhas Senkou Span A e Senkou Span B também estão planas no gráfico, reforçando a possibilidade de uma pausa na intensidade das negociações de Bitcoin nos níveis de preço do topo histórico anterior.

 

 

Adicionando novas métricas

Outro indicador de análise técnica que pode ser útil para os investidores durante suas análises pré-decisão é o MACD. Apesar da consolidação que se observa na região de preço atual do Bitcoin, o histograma do indicador MACD permanece acima da linha zero, com máximas cada vez mais altas, sugerindo que os investidores estão buscando oportunidades de compra durante os períodos de correção de preço.

O MACD é uma ferramenta bastante abrangente dentro da análise técnica. Os traders que se aprofundam no estudo desse indicador conseguem extrair informações detalhadas sobre o comportamento dos investidores.

Um exemplo dessa observação pode ser visto no cenário atual do Bitcoin. Note que a linha azul do MACD, que representa o próprio indicador, está se afastando da linha de sinal, plotada no gráfico em laranja.

O afastamento entre essas duas linhas, especialmente quando estão distantes da linha zero, sugere a possibilidade de que as negociações do ativo estejam em níveis extremamente elevados e que uma correção do movimento anterior possa ocorrer para aliviar a pressão do indicador. No contexto atual do Bitcoin, essas informações do MACD indicam que uma consolidação ou um pullback podem estar próximos.

Resumindo, ao considerarmos todas as informações reveladas pelo MACD no gráfico semanal do Bitcoin, é possível identificar a probabilidade de um movimento corretivo no preço para aliviar a pressão entre as linhas de sinal (laranja) e a linha MACD (azul). No entanto, enquanto o histograma permanecer acima do nível zero, os investidores mantêm um viés otimista em relação a novos movimentos de alta.

Apesar da fraqueza observada no histograma durante a semana atual, com uma máxima mais baixa, é importante ressaltar que, no momento em que este relatório está sendo elaborado, as negociações da vela semanal ainda estão em andamento, sendo fundamental aguardar o fechamento da vela para uma análise mais precisa.

Se o histograma do MACD no período semanal começar a registrar máximas cada vez mais baixas, é provável que investidores mais experientes esperem por novas máximas no histograma antes de fazerem novos aportes.

 

 

Suportes e resistências

Para complementar nossa análise, vamos utilizar a ferramenta de Fibonacci para identificar possíveis níveis de preço que podem atuar como regiões de suporte e resistência no gráfico semanal.

Ancoramos a ferramenta na mínima de novembro de 2022 e na máxima de março de 2022, o que nos proporciona uma expansão do movimento com níveis de preço que podem ser utilizados como objetivos de realização de posições ou como indicadores de interesse por parte dos compradores.

Assim, observamos uma falha na busca pelo nível de 141,4% de Fibonacci, onde o objetivo estava em US$ 77 mil. Conforme a dinâmica de preços estabelecida pela teoria de Fibonacci, uma falha nesses níveis sugere um movimento corretivo para testar níveis de Fibonacci mais baixos.

Neste caso, se o preço do Bitcoin continuar sua correção, o nível de 111,8% de Fibonacci pode servir como primeiro suporte para a estrutura de movimento semanal. O preço nessa região está em torno de US$ 55 mil. É interessante observar que já havíamos identificado esse mesmo nível de preço ao analisar a linha de conversão do Ichimoku. 

Portanto, encontramos uma convergência de informações indicando um ponto de suporte relevante. Agora, se os compradores retomarem o controle das negociações, mantemos um objetivo em US$ 77 mil, com a possibilidade de um movimento estendido até US$ 96 mil.

É importante destacar que a ferramenta de Fibonacci no gráfico de preços não deve ser usada para identificar pontos específicos de compra e venda, mas sim para localizar regiões que possam despertar o interesse dos investidores para realização de negociações.

 

 

Conclusão

Em conclusão, após analisar diversos indicadores técnicos e ferramentas de análise gráfica, é possível observar que o mercado do Bitcoin enfrenta um momento de consolidação em suas negociações. Embora a tendência de alta permaneça válida no cenário de longo prazo, é evidente que o movimento ascendente está desacelerando, conforme indicado por sinais como o enfraquecimento das linhas de equilíbrio no Ichimoku, a dinâmica do histograma no MACD e a falha na busca por níveis de Fibonacci mais elevados.

Isso sugere a possibilidade de um movimento corretivo no curto prazo, com potenciais níveis de suporte identificados em torno de US$ 55 mil, conforme indicado tanto pelo Ichimoku quanto pela análise de Fibonacci. No entanto, permanece a possibilidade de retomada do movimento de alta caso os compradores reassumam o controle das negociações.

 

 

Por fim, gostaria de agradecer sua atenção ao dedicar seu tempo em busca de informações através deste relatório.

Caso tenha interesse em explorar mais sobre meu trabalho, convido-o a visitar meu canal no Youtube e meu perfil no Instagram.

Um forte abraço e até a próxima!

Atenciosamente,
Emerson Antunes