NFT é a representação digital de um ativo exclusivo ou raro e que não pode ser trocado ou fracionado.
Essa característica dos chamados “tokens não fungíveis” atraiu aatenção de ligas esportivas, empresas de entretenimento e artistas, como músicos, pintores e fotógrafos.
Mas, ainda presente em um mundo relativamente abstrato, muitos não sabem o que é NFT.
Então, vem com a gente nesse artigo para conhecer tudo sobre esse tipo de token!
O que é NFT?
NFT – non fungible token – é a representação digital de um ativo físico, não fungível e não fracionável, presente em uma blockchain.
Esse tipo de token é bastante usado para digitalizar os direitos de músicas, obras de arte, vídeos, fotografia, entre outros itens.
Assim, os autores dessas produções dão ao detentor dessa classe de tokens o direito legal de
– Posse
– Venda
– Execução
– Royalties.
“NFTs são pedaços de informação na blockchain e representadas em um formato interativo com representação visual”, explica Nick Donaraski, fundador da ORE System.
Todas as informações, então, são inseridas em um smart contract autoexecutável, garantindo o acionamento do acordo, conforme as condições presentes no contrato sejam apresentadas.
Em tokens de músicas, por exemplo, a cada execução no Spotify, o detentor do NFT é remunerado com US$ 0,02. A regra está presente no contrato e é acionada assim que o play é dado na canção.
Mas vamos aprofundar na caraterística de fungibilidade dessa classe de tokens.
Fungível, não fungível
Esses dois termos não estão necessariamente no nosso dia a dia. Mas conhecer um pouco mais sobre essas características, é fundamental para entender o que é NFT.
Fungíveis
Fungibilidade é tudo aquilo que pode ser substituído por outro item de mesma:
– Espécie
– Qualidade
– Quantidade.
Vamos a um exemplo?
Uma nota de R$ 100 pode ser facilmente trocada por duas de R$ 50. Ou, então, por quatro de R$ 20 e duas de R$ 10, correto?
Isso quer dizer que nosso dinheiro é um bem fungível, já que pode ser trocado por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade.
Tokens não fungíveis
Os itens não fungíveis – característica principal dos NFTs -, portanto, são exatamente o oposto aos fungíveis vistos anteriormente.
Não podem ser trocados!
A “Monalisa”, de Leonardo da Vinci, não pode ser substituída pela “A Noite Estrelada”, de Vincent van Gogh.
São duas peças completamente diferentes, com valores imensuráveis para uma troca e nada, no mundo, se assemelha a elas.
NFT é copiável
Um discurso muito recorrente ao falar sobre NFT, é que, em caso de imagens, elas podem ser facilmente copiadas por usuários na internet.
De fato, isso aconteceu com o atacante do Paris Saint-Germain e da seleção Brasileira, Neymar.
O camisa 10 divulgou, em janeiro de 2022, a compra de dois NFT, por R$ 6 milhões. O token contém o direito de posse de imagens do macaquinho da Bored Ape Yacht Club.
Animado com a aquisição, o atleta usou a imagem como foto de perfil em suas redes sociais. Muitos aproveitaram a simplicidade de “copiar e colar” para reproduzir a mesma imagem em suas próprias plataformas.
Assim, para onde vai a raridade de um NFT?
Como você pode ter percebido, Neymar não adquiriu apenas a imagem da Bored Ape, mas também o direito de posse!
Com isso, quem replicou a imagem, tem apenas acesso ao desenho, não ao direito de vendê-lo posteriormente.
O site do Ethereum tem uma frase que exemplifica bem esta situação:
“[Alguns] chamam a atenção para o fato de que os NFT são ‘pouco inteligentes’, geralmente ao lado de uma imagem deles capturando uma arte de NFT. ‘Olha, agora tenho essa imagem de graça!’, eles dizem de forma irônica”, aponta o trecho do site.
“Sim, é verdade. Mas a pesquisa de uma imagem do Guernica de Picasso faz de você o novo dono orgulhoso de uma peça de arte de vários milhões de dólares? Em última análise, é tão valioso quanto o mercado a faz. Quanto mais um conteúdo é capturado, compartilhado e geralmente usado, mais valor ele ganha“, completa o artigo.
Assim, o NFT é uma obra passível de cópia. Porém, apenas seu conteúdo. O direito de possuir o token é único e exclusivo!
Empresas que adotaram o NFT
A novidade digital dessa classe de tokens chamou a atenção de grandes empresas, que passaram a desenvolver a tecnologia “dentro de casa”.
LINE Corporation
O conglomerado de internet japonês, LINE Corporation, é uma das grandes da tecnologia a adotar o NFT em seus serviços.
A empresa decidiu por desenvolver uma blockchain própria, que incluiria todos os seus serviços, como o Yahoo Japan, o mensageiro LINE (equivalente ao WhatsApp, no Brasil), e sua plataforma de pagamentos, concorrente do PayPal.
Com isso, a rede oferece a troca de criptomoedas, geração e negociação de NFTs, e uma carteira digital para criptoativos.
Meta
A dona do Facebook, há tempos, já estuda a fundo o uso da tecnologia blockchain.
Vira e mexe, o projeto do lançamento de um token próprio para ser usado como método de pagamento entre as redes sociais que compõem o grupo aparece na mídia.
Infelizmente, nada ainda foi oficializado.
Mesmo assim, a Meta já deu sinais de que a geração e uso de NFTs e jogos em blockchains estão nos planos para o futuro da empresa.
NBA
A liga norte-americana de basquetebol é outra gigante que está imersa no mundo dos tokens.
Por meio da plataforma Top Shot, a NBA disponibiliza NFTs com memorabília esportiva da liga, como vídeos raros, lances vistos por ângulos exclusivos e imagens inéditas.
A Top Shot conta com mais de 1,3 milhão de usuários. Em 2020, as vendas na plataforma saltaram de US$ 2,5 milhões para US$ 992 milhões.
Investir em NFT
Ao considerar a exclusividade e raridade dos itens digitalizados nos NFTs, as pessoas logo viram uma oportunidade de investir nessa classe de token.
Mesmo com o mercado de baixa em todo o setor de criptomoedas no último ano, o ambiente dos tokens não fungíveis mantiveram um interesse alto.
Em 2022, o mercado de NFT registrou um volume de negociação de US$ 24,7 bilhões nas plataformas – um aumento de 10%, em comparação com 2021.
Um dos grandes impulsionadores é o desenvolvimento de ferramentas para a implementação da Web 3.0.
Neste ambiente, os NFTs são itens bastante comuns.
Assim, o céu é o limite para os preços desses tokens, como veremos abaixo:
Quanto vale um NFT?
Estes são os cinco NFTs mais caros do mundo atualmente:
– Everydays: the First 5000 Days (Autor: Beeple): US$69,3 milhões
– Clock (Autor:Julian Assange e Pak): US$52,7 milhões
– Human One (Autor: Beeple): US$28,9 milhões
– CryptoPunk #5822 (Autor: Larva Labs): US$23,7 milhões
– CryptoPunk #7523 (Autor: Larva Labs): US$11,7 milhões
Mas não se assuste com esses valores!
Se você é um entusiasta e gostaria de adquirir alguns NFTs, há alternativas baratas no mercado.
Entretanto, é preciso procurar por elas.
Há dois sites bastante usados pelos “caçadores de NFT“, que mostram novos projetos, ainda pouco divulgados na grande mídia, como o Rarity e UpComingNFT.
Fique de olho nessas plataformas para comprar NFTs mais baratos.
Para isso, avalie o projeto dos tokens, como eles se comportam, quem está por trás da produção e o que é divulgado nas redes sociais próprias e outras comunidades.
NFTs já estão aí!
Embora os NFTs possam parecer muito distantes da realidade da maioria das pessoas, ele já é uma tecnologia bastante presente.
O Brasil, inclusive, é o segundo país no ranking de maior adesão aos tokens não fungíveis. Com a chegada da Web 3.0, o avanço do mercado de criptomoedas e o aumento da disponibilidade de plataformas para a negociação de NFTs, essa classe de ativos tende a se expandir a trazer novos itens, rendimentos, tecnologia e participações importantes.
A palavra do momento: Metaverso! Ou seria o local do momento? Afinal, o que é o Metaverso? Estamos aqui para esclarecer suas dúvidas e estabelecer um panorama sobre o que esperar da mais nova “aposta” de Mark Zuckerberg.
O dono do Facebook anunciou recentemente a mudança de nome da companhia para Meta. A princípio, a alteração fez muita gente torcer o nariz – mas isso foi antes de sabermos tudo que havia por trás da operação.
Para elucidar melhor do que se trata o Metaverso, imagine a seguinte situação:
Você está andando pela rua, numa caminhada despretensiosa, quando, de repente, lembra de um produto em falta na sua casa – leite, por exemplo. Imediatamente, aparece ao seu lado um máquina de venda automática com uma enorme variedade de marcas de leite – Parmalat, Tirol, Batavo, etc. Você para, pega um item da máquina, ele é enviado para sua casa e você continua o seu caminho.
Bem-vindo ao Metaverso! Realidades digitais alternativas onde as pessoas trabalham, brincam e socializam. Você pode chamá-lo de Metaverso, mundo espelho, AR Cloud, internet espacial, Live Maps ou do que bem entender! Uma coisa é inegável – ele está chegando, e pra ficar!
Mas de onde surgiu essa ideia?
Second Life, o primeiro Metaverso
Para lhe proporcionar um melhor panorama da origem do Metaverso, vamos voltar um pouco no tempo, mais precisamente para 2003, com o lançamento do jogo Second Life. Embora seja, de fato, um jogo, ele diz muito sobre o que estaria por vir e exemplifica de forma singular o que é o Metaverso.
Foi em 2007, quando o Second Life atingiu a marca de 1 milhão de usuários e se tornou possível vislumbrar um “mundo virtual” de possibilidades tridimensionais na web. Nela, os usuários vagavam com caricaturas personalizadas de si mesmos e desfrutavam de uma ampla variedade de atividades – escutar músicas, dar palestras, frequentar versões digitais de famosas casas noturnas e até mesmo comprar roupas (virtuais ou não) na Armani.
Isso mesmo que você leu. O Second Life foi pioneiro na venda de artigos reais através da plataforma do jogo – e foi a partir deste momento que as pessoas tiveram o primeiro vislumbre do que é o Metaverso.
Seguindo o fluxo do sucesso do jogo, o fundador do Second Life, Philip Rosedale, garantiu uma avaliação de mais de US$100 milhões para sua start-up e outros US$30 milhões em financiamento, incluindo a quantia em dinheiro de outro investidor que vem tendo seu nome veiculado na mídia com frequência nos últimos anos: Jeff Bezos. À época, ainda em 2007, Bezos e Rosedale passavam a maior parte do tempo pensando no mundo de possibilidades do Second Life:
“Imaginávamos que passaríamos metade do nosso tempo online como avatares”, recorda-se Rosedale. No entanto, dar continuidade ao projeto viria a se tornar muito mais difícil do que ele imaginava. Para isso, era necessário que fosse aumentada a adesão ao jogo, algo que não aconteceria sem que ele tivesse avanços significativos na experiência do usuário.
Por um tempo, o Second Life fez parecer que o Metaverso – uma ideia de mundo imersivo em 3D originalmente concebido em um romance de ficção científica dos anos 90 – finalmente estava em nossas mãos e disponível para uma virada de chave na web. Não estava. O ano de 2007 marcou o pico de popularidade do Second Life. Depois disso, sua contagem de usuários estabilizou, depois diminuiu cada vez mais, prejudicada por gráficos com falhas, conexões de internet lentas e o surgimento de um novo lugar popular para se reunir online: o Facebook.
Enquanto o Second Life fica cada vez mais deserto, com aproximadamente 600 mil usuários ativos, o Facebook tem, hoje, 2,9 bilhões. E já está em declínio. Rosedale se afastou em 2008 enquanto Jeff Bezos rapidamente voltou sua concentração para dominar a internet convencional bidimensional – e a Amazon nunca estabeleceu uma presença oficial no Second Life.
Facebook, Meta e o Metaverso
Hoje, Zuckerberg espera finalmente – e de forma mais completa – recriar o Metaverso. Por ironia do destino, o fundador do Facebook foi justamente a pessoa que levou o Second Life à ruína. Sob cerco em várias frentes, ele atribuiu o futuro de sua empresa de trilhões de dólares à criação de um Metaverso, renomeando o Facebook como “Meta”.
Mark Zuckerberg disse que o conceito custará US$10 bilhões este ano – e mais nos próximos – e a perspectiva é que o Metaverso gere prejuízo ao bilionário nestes primeiros anos. Tudo irá “se pagar”, segundo ele. As cifras podem parecer assustadoras, mas o Facebook tem cacife para suportar essas perdas: obteve US$29,1 bilhões em lucros e US$86 bilhões em vendas somente em 2021.
O projeto de Zuckerberg não é totalmente novo. Fragmentos dele circulam pelo Vale do Silício há anos – como o Second Life e o interesse prévio de Bezos no Metaverso deixam claro. Mas o Facebook, ou Meta, se posiciona em realidades muito diferentes do passado. Uma delas é a capacidade de implantar mais dinheiro nos próximos dois ou três anos do que o total de todos os dólares gastos no Metaverso durante os 30 anos anteriores. Outra é o simples fato de que estamos todos muito mais confortáveis com a comunicação virtual agora, principalmente depois de trabalhar em casa durante a maior parte do tempo nos últimos 2 anos.
“Nosso objetivo é que o Metaverso consiga alcançar um bilhão de pessoas e bilhões de dólares em comércio na próxima década”, disse Zuckerberg em uma teleconferência com analistas de Wall Street há duas semanas. Chegar até lá, ele observou, “será um longo caminho”.
A origem do Metaverso e da Realidade Virtual
O termo real “Metaverso” vem de um best-seller de ficção científica de 1992, Snow Crash. Seu autor, Neal Stephenson, imaginou um mundo distópico onde o personagem principal do livro, um hacker/entregador de pizza chamado Hiro Protagonist, viaja de sua realidade sombria para uma paisagem urbana virtual em 3D, o Metaverse, que se estende por mais de 40 mil milhas. O trabalho de Stephenson influenciaria mais tarde o filme Matrix e a série Ready Player One, de Steven Spielberg.
Um cientista da computação chamado Jaron Lanier cunhou o termo “realidade virtual” pela primeira vez nos anos 80, e as primeiras aplicações de VR (virtual reality) foram companhias aéreas, fabricantes de automóveis, a NASA e militares. Na época, eles eram os únicos que podiam pagar pela tecnologia. Um fone de ouvido VR poderia custar até US$3 milhões de dólares na cotação atual.
Um mundo digital 3D sem limites acessado tão facilmente quanto a internet, onde fazemos coisas como levar seu cachorro pra passear, jogar um jogo, assistir a um show, uma partida de futebol ou até mesmo participar de uma videoconferência de trabalho. Esta é a realidade virtual do Metaverso.
Fora dos livros e filmes, quão perto chegamos de um Metaverso?
Além do Second Life, os exemplos mais próximos de versões do Metaverso vieram dos videogames. O exemplo mais famoso desses mundos de jogo online é World of Warcraft, que há 17 anos lidera o mercado de MMORPG, com cerca de 5 milhões de assinantes. O lugar é um mundo paralelo de batalhas e feitiçaria com um componente social inegavelmente relevante: há muitas pessoas que conheceram seus cônjuges jogando o jogo. É também um gigante financeiro. A Activision Blizzard,empresa por trás de World of Warcraft e que foi recém adquirida pela Microsoft, já lucrou mais de US$8 bilhões em receita vitalícia com o jogo.
A Snap também se aprofundou no espaço, mas concentrou seus esforços na realidade aumentada, um conceito um pouco diferente do VR. A realidade aumentada gira em torno do uso de seu smartphone ou óculos especial para aumentar o mundo real com elementos virtuais. O jogo Pokémon Go, da Niantic, é o uso mais conhecido e popular de realidade aumentada. A principal diferença é que o AR não bloqueia totalmente a realidade; um fone de ouvido VR amarrado sobre sua cabeça o faz. A Microsoft também entrou na briga, anunciando recentemente que logo desenvolveria um Metaverso focado no trabalho – onde o software de workflow Teams teria VR e avatares digitais.
O Fortnite, da Epic Games, que estreou em 2017, se aproximou mais de um Metaverso do tipo Snow Crash do que qualquer outro. Os jogadores de Fortnite veem seu jogo online de batalha real como um lugar para socializar; eles conversam por meio de recursos de áudio e vídeo integrados a computadores desktop e consoles de jogos ou por meio de aplicativos de terceiros, como o Discord. Há também os eventos de shows virtuais de artistas como Travis Scott e Arianna Grande, que ampliaram ainda mais seu universo.
O que há de diferente na visão do Metaverso de Zuckerberg?
Alerta de spoiler! Zuckerberg parece esperar que as pessoas acessem seu mundo virtual por meio de um fone de ouvido/visor VR – assim como Hiro fez em Snow Crash. É uma distinção importante. Fortnite, Second Life e a maioria dos outros jogos online multiplayer são normalmente exibidos em um monitor de PC ou TV conectado a consoles de jogos como um Xbox ou um PlayStation. O resto da ideia do Metaverso de Zuckerberg parece um trabalho em andamento. Mas ele compartilhou imagens de um ambiente de escritório de realidade virtual chamado Horizon, antecipando que aproveitaria a mudança da pandemia para o trabalho virtual. Jogada de marketing? Talvez. Mas não apenas isso.
Na verdade, Zuckerberg começou a se preparar para isso em 2014, quando comprou a Oculus, fabricante de fones de ouvido VR, por US$2 bilhões. Desde então, o Facebook adquiriu mais de meia dúzia de outras start-ups focadas em VR – incluindo a recente compra da Within, uma desenvolvedora de jogos boutique com sede em Los Angeles, por mais de US$1 bilhão.
Logo depois que o Facebook lançou seu primeiro headset Oculus, em 2016, a Vanity Fair perguntou a Stephenson o que ele pensava sobre a perspectiva de o Facebook se mudar para a realidade virtual:
“Não há um processo fixo para prever os resultados e controlar o que acontece”, disse Stephenson. “Em algum nível, tudo se resume à capacidade das pessoas de agir como indivíduos éticos e socialmente responsáveis.”
Por que Zuckerberg está tão focado no Metaverso?
É inegável que o Facebook perdeu espaço entre os usuários mais jovens para o YouTube, TikTok e Snapchat. Enquanto o Instagram continua popular entre os adolescentes, o aplicativo original do Facebook não acompanha o mesmo fluxo. O aumento da atenção em questões antitruste significa que o Facebook provavelmente não poderá comprar novos concorrentes. Se quiser que um aplicativo reconquiste os jovens, precisará construí-lo sozinho, e Zuckerberg parece estar convencido de que um Metaverso centrado em VR é o caminho a seguir.
Mas isso ainda não responde a pergunta: Por que Zuckerberg está tão focado no Metaverso?
O Metaverso é Dinheiro
Pelo que conversamos até aqui, você deve estar imaginando o Metaverso como um monte de espaços virtuais interconectados – a world wide web, mas acessada através da realidade virtual. Isso está amplamente correto, mas também há um lado fundamental e um pouco mais enigmático do Metaverso que o diferencia da internet de hoje: o Blockchain.
No início, a Web 1.0 era a supervia da informação de computadores e servidores conectados que você podia pesquisar, explorar e habitar, geralmente por meio de uma plataforma centralizada de uma empresa – AOL, Yahoo, Microsoft e Google, por exemplo.
Na virada do milênio, a Web 2.0 passou a ser caracterizada por sites de redes sociais, blogs e monetização de dados de usuários para publicidade pelos gatekeepers centralizados em plataformas de mídia social “gratuitas”, incluindo Facebook, SnapChat, Twitter e TikTok.
A Web 3.0 será a base para o Metaverso. Ele consistirá em aplicativos descentralizados habilitados para as Blockchain que suportam uma economia de ativos e dados criptográficos de propriedade do usuário.
O que é Blockchain e qual sua relação com Metaverso?
Blockchain é uma tecnologia que registra permanentemente as transações financeiras, normalmente em um banco de dados público e descentralizado chamado de ledger. Bitcoin é a criptomoeda baseada em blockchain mais conhecida. Toda vez que você compra algum bitcoin, por exemplo, essa transação é registrada no blockchain do Bitcoin, o que significa que o registro é distribuído para milhares de computadores individuais em todo o mundo.
Este sistema de registro descentralizado é muito difícil de enganar ou controlar. Blockchains públicos, como Bitcoin e Ethereum, também são transparentes – todas as transações ficam disponíveis para qualquer pessoa na internet ver.
O Ethereum é um Blockchain como o Bitcoin, mas o Ethereum também é programável por meio de contratos inteligentes, que são essencialmente rotinas de software baseadas em Blockchain que são executadas automaticamente quando alguma condição é atendida.
Por exemplo, você pode usar um contrato inteligente na Blockchain para delimitar sua propriedade sobre um objeto digital, como uma obra de arte ou música, para o qual ninguém mais pode reivindicar a propriedade da Blockchain – mesmo que salve uma cópia em seu computador. Objetos digitais que podem ser possuídos – criptomoedas, títulos, obras de arte – são ativos criptográficos.
Itens como obras de arte e música em uma Blockchain são denominados tokens não fungíveis (NFTs). Não fungível significa que eles são únicos e não substituíveis, o oposto de itens fungíveis, como dinheiro e criptomoedas – qualquer dólar vale o mesmo e pode ser trocado por qualquer outro dólar, assim como um Bitcoin vale o mesmo que qualquer outro Bitcoin.
É importante ressaltar que, caso você queira comercializar uma NFT, por exemplo, você pode usar um contrato inteligente que diga que está disposto a vender sua obra de arte digital por US$1 milhão em ether, a moeda da Blockchain Ethereum. Quando clico em “concordo”, a obra de arte e o ether são transferidos automaticamente entre as partes através da Blockchain. Não há necessidade de um depósito bancário ou de terceiros, e se qualquer um de nós contestar essa transação – por exemplo, se você alegar que eu paguei apenas US$ 999.999,99 – qualquer pessoa poderia facilmente apontar para o registro público.
Além disso, o Metaverso não está sendo construído apenas por Mark Zuckerberg, o Facebook ou até mesmo a Meta. Diferentes grupos irão construir diferentes mundos virtuais e, no futuro, esses mundos serão transitáveis entre si – formando o Metaverso. Se dois mundos virtuais forem transitáveis entre si, a Blockchain autenticará a prova de propriedade de seus bens digitais em ambos os mundos virtuais. Essencialmente, desde que você consiga acessar sua carteira de criptomoedas em um mundo virtual, poderá acessar tudo que for criptografado no referido mundo virtual.
Não esqueça sua carteira!
Afinal, o que manter na sua carteira de criptomoedas? Você obviamente vai querer carregar criptomoedas no Metaverso. Sua carteira também conterá seus bens digitais exclusivos do Metaverso, como seus avatares, roupas, animações, decorações virtuais e outras NFTs.
Assim como você provavelmente já faz, comprar pela internet será uma nova experiência por completo com o Metaverso. Roupas, músicas, filmes, jogos, aplicativos e quaisquer itens físicos do mundo real. Você poderá visualizar e até mesmo “segurar” modelos 3D do que está comprando, facilitando a sua decisão de compra.
Você é daqueles que tem uma carteira de couro antiga há anos, que já tem valor sentimental e que não troca por nada? Pois bem, não seja por isso: você poderá fazer uma réplica dela no Metaverso e utilizá-la como carteira de criptomoedas.
Essa opção, inclusive, facilita transações que exigem verificação legal, como comprar uma casa ou um carro no mundo real. Como seu ID será vinculado à sua carteira, você não precisará lembrar das informações de login de todos os sites e mundos virtuais que visitar – basta conectar sua carteira com um clique e você estará logado. Este recurso também é utilizado para controlar o acesso a áreas com restrição de idade no Metaverso.
Sua carteira de criptomoedas também pode ser vinculada à sua lista de contatos, o que permite que você leve suas informações de rede social de um mundo virtual para outro. Através do Metaverso, você poderá realizar convites para festas, reuniões, happy hours e até batizados – no mundo real ou virtual.
Em algum momento no futuro, as carteiras também serão associadas a pontuações de reputação que determinam as permissões que você tem para transmitir em locais públicos e interagir com pessoas fora de sua rede social. Se você agir como um troll de internet ou espalhar desinformação, poderá prejudicar sua reputação e potencialmente ter sua esfera de influência reduzida pelo sistema. Isso pode criar um incentivo para que as pessoas se comportem bem no Metaverso, mas os desenvolvedores de plataformas terão que priorizar esses sistemas.
Uma grande oportunidade de negócio
Se o Metaverso é dinheiro, as grandes empresas certamente vão querer uma fatia. A natureza descentralizada das Blockchain reduzirá potencialmente a necessidade de gatekeepers nas transações financeiras, mas as empresas ainda terão muitas oportunidades de gerar receita, possivelmente ainda mais do que nas economias atuais. Empresas como a Meta, a pioneira, irão fornecer grandes plataformas imersivas onde as pessoas poderão trabalhar, se divertir e se reunir.
Grandes marcas como a Nike, Adidas e Dolce & Gabbana já adentraram o mundo das NFTs. No futuro, ao comprar um item do mundo físico de uma destas gigantes do mercado, você também poderá obter a propriedade de uma NFT vinculada no Metaverso.
Por exemplo, quando você troca de carro para o modelo do ano, você também pode se tornar o dono da versão criptográfica daquele carro e pilotá-lo até o show do Travis Scott. E assim como você possivelmente iria envolver o seu carro antigo no negócio, poderá fazer o mesmo com o NFT.
Esses são apenas alguns exemplos de uma infinidade de exemplos pelos quais os modelos de negócio no Metaverso provavelmente irão se sobressair ao mundo físico. Essas transações se tornarão mais complexas – e ao mesmo tempo menos complexas – à medida que as tecnologias de realidade aumentada entrarem cada vez mais em jogo, mesclando ainda mais aspectos do Metaverso e do mundo real.
Embora o Metaverso propriamente dito ainda não esteja aqui, fundações tecnológicas como blockchain e criptomoedas estão sendo constantemente desenvolvidas, preparando o terreno para um futuro virtual aparentemente onipresente e com um universo de possibilidades.
A VDV Advogados é um escritório de advocacia que atua no mercado há 19 anos, priorizando sempre a excelência profissional.
Em 2018 inaugurou uma área totalmente voltada a ativos digitais como criptomoedas e após a consolidação da nova área do escritório, clientes e parceiros começaram a procurar por pagamento de honorários com criptoativos, justamente por atuarem neste mercado inovador.
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Qual a vantagem de receber pagamento em criptomoedas?
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Para projetos estratégicos e com grande volume, essas vantagens são indispensáveis.
A presença da VDV Advogados no ambiente digital
O escritório de advocacia pretende estender sua presença para o universo virtual e esse foi o primeiro passo (crucial), para que possa realizar toda estruturação digital a longo prazo.
“Antes de chegar ao metaverso, é necessário que toda a infraestrutura esteja pronta, em especial, a possibilidade de aceitação de pagamentos em criptoativos. Estamos nos preparando para isso”, esclarecem Daniel Gomes, autor do único livro sobre tributação de criptomoedas no Brasil, e Eduardo Paiva, autor do livro que analisa a intersecção entre NFTs e impressão 3D, ambos publicados pela Editora Thomson Reuters.
É importante se reinventar e quebrar barreiras tecnológicas para não parar no tempo. Os criptoativos estão construindo a nova economia digital e o Foxbit Pay foi desenvolvido para desburocratizar a economia e atender as empresas que querem diversificar seus meios de pagamentos, para além dos tradicionais.
Uma Initial Coin Offering (na tradução literal, “Oferta Inicial de Moeda”) ou ICO é um evento em que uma empresa coloca uma criptomoeda à venda para arrecadar dinheiro. Os investidores recebem criptomoedas em troca de suas contribuições financeiras.
A grosso modo, ICO é a versão criptográfica de uma Initial Public Offering (IPO) no mercado de ações. Embora seja possível obter lucros consideráveis por meio de ICOs, a falta de regulamentação as torna extremamente arriscadas. Neste guia, você aprenderá tudo sobre ICOs, incluindo como elas funcionam e alguns exemplos notáveis.
Como funcionam as Initial Coin Offerings (ICOs)?
Quando uma empresa decide ter uma ICO, ela anuncia a data, as regras e o processo de compra com antecedência. Na data de lançamento da ICO, os investidores podem comprar a nova criptomoeda.
A maioria das ICOs exige que os investidores paguem usando outra criptomoeda, como Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) por exempo. Há também ICOs que aceitam moeda fiduciário em troca das novas criptomoedas..
O processo de compra normalmente envolve o envio de dinheiro para um endereço de carteira criptográfica especificado. Os investidores fornecem seu próprio endereço de destinatário para receber a criptomoeda que adquirem.
O número de tokens vendidos durante uma ICO e o preço do token podem ser fixos ou variáveis. Aqui estão alguns exemplos de como podem funcionar as transações:
Número de tokens e preço fixos
A empresa define ambos com antecedência, como oferecer um milhão de tokens a um preço de R$ 1 por token, por exemplo.
Número fixo de tokens e preço variável
A empresa vende um número fixo de tokens e os precifica com base na quantidade de fundos que recebe. Mais financiamento resulta em um preço de token mais alto. Se estiver vendendo um milhão de tokens e arrecadar R$ 2 milhões, cada token terá um preço de R$ 2.
Número variável de tokens e preço fixo
A empresa define um preço fixo, mas não limita o número de tokens que venderá. Um exemplo seria se uma empresa vende tokens a R$ 0,50 cada até que a ICO termine.
Exemplos de Initial Coin Offerings (ICOs)
As ICOs são uma maneira alternativa de arrecadar dinheiro no espaço criptográfico. É difícil obter sucesso, mas se acontecer… prepare-se para ficar milionário(a)! Aqui estão alguns exemplos das ICOs de sucesso:
Ethereum (ETH)
Muitos entusiastas de criptomoedas ficaram empolgados com o Ethereum e sua blockchain programável quando sua ICO foi lançada, em julho de 2014. Arrecadando US$ 18,4 milhões e logo depois se tornou a segunda maior criptomoeda do mercado, mantendo o patamar até os dias de hoje.
Tezos (XTZ)
Tezos levantou US$ 232 milhões por meio de sua ICO, em julho de 2017, mas não foi um sucesso completo. Houve vários atrasos na distribuição dos tokens vendidos através da ICO, levando a uma ação coletiva. Tezos chegou a um acordo de US$ 25 milhões com todas as partes envolvidas em 2020.
Cardano (ADA)
A Cardano (ADA) aprimorou aspectos do Ethereum e teve uma ICO ainda mais bem-sucedida. Em janeiro de 2017, arrecadou US$ 62,2 milhões. Atualmente, é uma das cinco principais criptomoedas por capitalização de mercado.
Posso ter minha própria ICO?
No nível mais básico, iniciar sua própria ICO é uma questão de criar um token de criptomoeda, definir uma data e estabelecer regras para a venda do token.
Para arrecadar fundos com sucesso, isso é outra história. A parte mais importante é ter um projeto de criptomoeda que as pessoas estejam interessadas em apoiar. Você também precisa determinar como a criptomoeda lançada irá se encaixar no projeto.
Além disso, para dar início ao processo de abertura da ICO, você precisará de todos os itens a seguir:
Whitepaper descrevendo seu projeto;
Website;
Presença nas redes sociais
Objetivos de curto e longo prazo definidos;
Pesquisa de mercado sobre outras ICOs;
Campanhas de marketing.
Para desenvolver uma ICO de sucesso, é necessário ter uma equipe dedicada para tal. Será que tens o que é necessário?
ICO x IPO
As ICOs são frequentemente comparadas às ofertas públicas iniciais (IPOs), uma nova oferta de ações de uma empresa privada. Tanto ICOs quanto IPOs permitem que as empresas arrecadem fundos.
A principal diferença entre ICOs e IPOs é que as IPOs envolvem a venda de títulos e estão sujeitas a regulamentações muito mais rígidas. Uma empresa que deseja realizar uma IPO deve apresentar uma declaração de registro na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e obter sua aprovação. A declaração de registro deve incluir um prospecto que forneça demonstrações financeiras e fatores de risco potenciais.
Uma ICO é a venda de uma criptomoeda, não de um título. Por esse motivo, não possui requisitos formais como as IPOs. Mas se uma empresa tentar contornar os requisitos realizando uma ICO para algo que se encaixa na definição de segurança, ela poderá ter problemas com a justiça.
Como as ICOs são regulamentadas?
As ICOs são em grande parte não regulamentadas. Nos Estados Unidos, não há regulamentos que se apliquem especificamente às ICOs. No entanto, se uma ICO se enquadra na classificação de uma oferta de valores mobiliários, ela se enquadra na jurisdição da SEC e é regulamentada pelas leis federais de valores mobiliários.
Alguns países adotaram uma postura rígida e baniram totalmente as ICOs. Os países que proibiram as ICOs incluem China, Bangladesh, Bolívia, Equador, Macedônia e Nepal.
<H2>Vantagens e desvantagens das ICOs</H2>
Como tudo no mundo dos investimentos, ICOs têm seus prós e contras:
VANTAGENS DA ICOS
DESVANTAGENS DAS ICOS
Oferecem altos lucros potenciais se você puder determinar qual criptomoeda é um bom investimento; Como você está comprando antecipadamente, os preços geralmente são mais baixos e algumas ICOs oferecem tokens com taxas de desconto; São acessíveis a qualquer pessoa. Ao contrário de algumas IPOs, não há restrições sobre quem pode investir; É uma maneira rápida e eficiente para as start-ups levantarem fundos.
Sendo as criptomoedas voláteis, há um risco significativo de que o token perca valor ou falhe totalmente; A falta de regulamentação resulta em mais fraudes e excesso de projetos ruins; É necessário algum conhecimento de carteiras de criptomoedas para investir.
Se você deseja investir em ICOs, recomendamos que você use uma carteira pessoal como a MyEtherWallet para fazê-lo. Não se deve sacar ETH da Foxbit direto para um ICO, pois os tokens iriam nesse caso para a carteira da corretora, e não para sua, e a Foxbit, por ora, não oferece suporte para ICOs.
Central Bank Digital Currency (CBDC) é uma versão digital do dinheiro fiduciário apoiado pelo governo. Trata-se de um tipo de moeda digital emitida pelo banco central e vinculada à moeda nacional do país.
As CBDCs são mais semelhantes às stablecoins, que são criptomoedas atreladas ao dinheiro fiduciário e tentam manter o mesmo valor. A principal diferença para as citadas stablecoins é que os governos do mundo emitem CBDCs.
Mais de 80 países ao redor do mundo estão desenvolvendo suas CBDCs, cada qual em estágios diferentes do processo. Alguns têm projetos inativos ou cancelados, enquanto outros já lançaram sua Central Bank Digital Currency.
Mesmo se tratando de uma moeda digital governamental, se você investe em criptomoedas, já deve estar ciente que as CBDCs também impactam o mercado criptográfico.
Como funciona a Central Bank Digital Currency (CBDC)?
Cada CBDC é uma representação digital do dinheiro fiduciário existente de um país e funciona da mesma maneira. Como muitos países estão trabalhando em suas próprias CBDCs, provavelmente haverá diferenças em como eles funcionam, mas seguem o mesmo modelo básico.
O banco central do país emite sua CBDC, que tem o apoio do governo federal. Essa Central Bank Digital Currency (CBDC) pode ser usada como moeda legal para transações como pagamento de funcionários ou compra de bens e serviços.
Isso pode soar familiar para o que já temos. Afinal, você pode transferir dinheiro da sua conta bancária para a conta de um amigo em outro banco através do PIX, e tudo acontecerá digitalmente. No entanto, com uma CBDC, esse tipo de transação não precisaria passar por vários bancos e, em caso de transferências mais tradicionais, levar até 24h.
Os consumidores também não precisariam de uma conta bancária comercial para usar uma CBDC. Para aqueles que fogem de vínculos bancários, os CBDCs forneceriam uma maneira de transferir dinheiro digitalmente.
Tipos de Central Bank Digital Currency (CBDCs)
Existem dois tipos de CBDCs: varejo e atacado, bem como híbridos que combinam elementos dos dois. Aqui está o que as torna diferentes e como funcionam.
CBDCs para o varejo
As CBDCs de varejo são emitidas para o público em geral. Nesse modelo, os consumidores podem possuir uma CBDC em uma carteira ou conta e utilizá-la para efetuar pagamentos.
Esse tipo de CBDC serviria como uma opção bancária digital pública de fácil utilização. Pode ser especialmente útil para consumidores que não podem acessar os serviços bancários tradicionais. Também não há risco de falência de um banco, já que os fundos são apoiados pelo governo.
Alguns países optaram por seguir o modelo de CBDC de varejo, incluindo os EUA. As Bahamas, que foram o primeiro país a lançar uma Central Bank Digital Currency (CBDC) amplamente disponível, também escolheram o modelo de varejo.
CBDCs para o atacado
CBDCs por atacado seriam usados por instituições financeiras. Bancos e outras instituições financeiras podem usar a Central Bank Digital Currency (CBDC) de um banco central para transferir fundos e liquidar transações mais rapidamente.
Embora esse tipo de CBDC melhore a eficiência dos pagamentos domésticos, também pode ser muito útil para pagamentos internacionais.
Outro benefício de uma CBDC por atacado é a segurança aprimorada. O livro digital que essas moedas usam para processar e registrar transações pode ajudar a evitar fraudes bancárias.
Alguns países estão focados em um CBDC por atacado, incluindo Cingapura, Malásia e Arábia Saudita.
Vantagens e desvantagens das CBDCs
Aqui estão os maiores prós e contras das Central Bank Digital Currencies (CBDCs):
VANTAGENS DA CBDCs
DESVANTAGENS DAS CBDCs
Pagamentos mais eficientes e seguros; Permitem que os consumidores usem o banco central diretamente; Elimina o risco de colapso de um banco comercial; Fácil de rastrear.
Os bancos centrais têm controle total; Menos privacidade para os usuários; Baixa adesão; Possível concorrência entre bancos centrais e comerciais.
E os países, o que têm a ganhar com a Central Bank Digital Currency (CBDC)?
Existem várias vantagens para os países que implementam seus próprios CBDCs, incluindo:
Uma CBDC proporciona transações muito mais rápidas, baratas e seguras, o que beneficia todos os envolvidos;
Nos países que criam CBDCs de varejo, os consumidores podem obter acesso direto aos fundos do banco central. Muitos países têm grandes populações não adeptas de bancos e as CBDCs podem ajudar a resolver esse problema;
Os consumidores não correm o risco de guardar seu dinheiro em um banco comercial que poderia entrar em colapso. Enquanto o banco central de seu país estiver estável, seus fundos estarão seguros;
Como todas as transações da CBDC são registradas em um livro digital, é muito mais fácil rastrear o dinheiro dessa maneira. Isso poderia ajudar as autoridades a detectar fraudes e outras atividades ilícitas;
CBDC x criptomoeda
CBDCs não são criptomoedas. Embora a ideia dos CBDCs tenha vindo das criptomoedas, tratam-se de dois tipos muito diferentes de moeda digital.
A principal diferença entre CBDCs e criptomoedas é a centralização. Uma criptomoeda é uma moeda digital descentralizada, o que significa que não há uma parte central que a controle.
As transações são processadas e registradas em uma blockchain, que é um livro público distribuído. Como o nome indica, uma moeda digital do banco central é controlada por um banco central.
As criptomoedas também oferecem muito mais privacidade do que as CBDCs. As transações são enviadas e recebidas por meio de endereços de carteira, e é possível manter algum grau de anonimato. Certos tipos de criptomoeda são até considerados não rastreáveis. Com uma CBDC, o banco central terá um registro de usuários e suas respectivas transações.
Exemplos de Central Bank Digital Currency (CBDC)
A maioria das CBDCs está em fase de pesquisa ou desenvolvimento, mas há algumas que já foram lançadas. Aqui estão alguns exemplos de que estão disponíveis ou sendo testadas em diferentes países:
China
A China está testando um yuan digital, também conhecido como renminbi digital ou RMB digital. Entre os países com as maiores economias, a China foi quem mais avançou no desenvolvimento de sua CBDC.
Estados Unidos
Os EUA estão pesquisando os custos e benefícios do lançamento de uma CBDC, mas, das nações com os maiores bancos, é a mais atrasada, de acordo com o Atlantic Council.
Bahamas
As Bahamas lançaram o Sand Dollar, uma versão digital do dólar das Bahamas. É emitido pelo Banco Central das Bahamas através de instituições financeiras autorizadas.
Nigéria
A Nigéria está lançando o eNaira, que registra transações em um ledger blockchain centralizado. É a primeira nação africana a lançar uma CBDC.
Brasil
No Brasil, o Banco Central desenvolve a CBDC nacional para funcionar em um prazo de até três anos, começando sua fase de desenho em 2022.
Concluindo
Ainda estamos nas fases iniciais das CBDCs, mas é claramente uma ideia que tem tudo para ser implementada no mundo todo nos próximos anos. Embora as CBDCs possam não substituir totalmente o dinheiro, provavelmente veremos a maioria dos países implementar suas próprias moedas digitais de alguma forma – ou falhar tentando.