4 tendências que indicam o futuro do dinheiro

4 tendências que indicam o futuro do dinheiro

Usar o papel moeda para fazer transações atualmente é algo corriqueiro e que ainda domina parte da vida das pessoas. Mas o futuro do dinheiro está sendo moldado com base na tecnologia e em inovações que vão modificar o comportamento do mercado financeiro.
Mesmo que hoje exista uma parcela considerável da população mundial sem acesso aos serviços bancários (cerca de 2,5 bilhões de pessoas) o fato é que esse número se opõe ao de lugares em que a presença de celulares alcança 100% dos domicílios.
Ou seja, a tecnologia está presente e isso vai fazer toda a diferença para determinar como será o dinheiro do futuro.
Há várias soluções — algumas já existentes, outras ainda em planejamento — que vão definir as finanças para os próximos anos. Conheça quatro tendências que indicam o futuro do dinheiro!

1. Fim do papel moeda

Um conceito que há centenas de anos era algo prático e seguro hoje se mostra um modelo inverso, além de ser caro. Toda a estrutura montada para fazer o papel moeda existir e circular consome muito dinheiro.
Na Suécia, lojas já não aceitam pagamento em dinheiro, enquanto a Dinamarca tem um planejamento para em breve eliminar a circulação do papel moeda.
A fiscalização e o controle de moedas digitais são mais fáceis de serem feitos, tanto para as instituições oficiais como para o usuário.
A segurança cada vez maior no uso de smartphones e a confiança do usuário facilitam a adoção de tecnologias que levam à extinção do papel moeda, estimulada também pelo crescimento do comércio eletrônico.

2. Adoção em massa do bitcoin

Bitcoin é um dinheiro digital criado em 2009 e que não tem representação física. Ele elimina o intermediário — as instituições financeiras, por exemplo — e permite a realização de transações financeiras de forma direta.
Há lugares no mundo em que o bitcoin já é bem difundido, como na Alemanha, onde até a conta de luz pode ser paga com esse dinheiro digital.
A tendência é que o bitcoin cresça, com aumento de participação em lugares da Ásia e ampliação do seu uso. Já existem iniciativas no Brasil que trabalham com o dinheiro digital, como o mercado imobiliário.
Essa moeda digital já alcançou valorização de 1.100% em cinco anos, o que a transforma em uma das melhores opções de investimento.

3. Crescimento das fintechs

Resumidamente, são empresas que unem tecnologia a finanças a custo baixíssimo (ou zero) para o cliente e que fazem uso intenso da internet e de serviços móveis. Com um perfil de startup, elas desafiam os bancos tradicionais.
São mais ágeis e práticas, com menos burocracia. Levam o agente bancário para um aplicativo de smartphone e por ele transformam a vida financeira do cliente. Tudo é feito pelo app, da abertura de conta aos investimentos. A experiência do usuário alcança níveis ótimos.
No Brasil, a fintech de maior sucesso é o Nubank, focado em cartão de crédito. No segmento de conta bancária, surgiu o Neon, sem agência física, também todo administrado por um app.

4. Pagamento por dispositivos móveis e wearables

Essa é uma tendência que acompanha o avanço dos smartphones e dispositivos móveis. Intimamente ligado a esses aparelhos, o modo de pagamento por dispositivos móveis transfere o cartão de crédito para o celular. Com esse cadastro, a tecnologia permite a transação por meio de recursos mais seguros, como a digital do usuário.
A Apple Pay, para dispositivos com iOS, e Samsung Pay, para Android, são as principais plataformas, já perseguidas pelo Google Wallet — atualmente, somente o mecanismo da Samsung funciona no Brasil.
O caso da Dinamarca, que planeja o fim da circulação do dinheiro, se escora num aplicativo que permite transferir dinheiro para smartphones e contas, chamado MobilePay. No Brasil, a Tá Pago e a PicPay também eliminma o uso do dinheiro ao permitir transações por meio do seu app.
No mercado de wearables, os famosos vestíveis, que são pulseiras, anéis e acessórios que você usa no corpo, temos a ATAR, que pretende eliminar o uso do cartão de crédito físico, fazendo pagamentos com pulseira NFC.
Esses são alguns exemplos dessa modalidade, que tende a crescer nos próximos anos.
Essas tendências indicam que o futuro do dinheiro está sendo escrito atualmente. O que você achou dessas inovações? Gostou? Então compartilhe este artigo nas redes sociais e indique a leitura para os seus amigos!

O que as bolsas de valores precisam aprender com o bitcoin?

O que as bolsas de valores precisam aprender com o bitcoin?

Quando a bolsa de valores entra em crise, é natural que se procurem diversas saídas para fazer investimentos mais interessantes no período. Vários investidores têm se voltado para o uso do bitcoin como uma forma de alavancar as suas projeções financeiras.
Passada a época de alguma insegurança em relação àquela ideia, as principais instituições financeiras mundiais já apontam para uma convergência de seus métodos com os artifícios (e vantagens) do bitcoin.
Você gostaria de investir melhor o seu dinheiro? Veja abaixo algumas formas como a moeda digital pode ajudar as bolsas de valores:

Qual é a importância do bitcoin?

Os bitcoins são moedas que atuam no campo digital. A sua produção é realizada digitalmente, sem a interferência dos interesses de terceiros, como bancos ou governos. Ela é feita de forma calculada, diminuindo pouco a pouco após determinado período de tempo. Assim, em um futuro próximo, não haverá mais produção da moeda.
Apesar de ainda ser suscetível às mudanças no mercado financeiro, os bitcoins podem ser ótimas opções para quem vivencia um período de crise. Por serem escassos, eles trazem chances muito menores de sofrer com a inflação.
Para além disso, há muitas outras coisas que o bitcoin pode ensinar para soluções de investimento como a bolsa de valores, desde segurança até seus métodos de negociação.

O que a bolsa de valores pode aprender com a tecnologia Blockchain?

O blockchain é o registro público de dados sobre todas as transações com os bitcoins. Essa tecnologia avançada é uma das principais inovações que a moeda digital apresentou para o mercado financeiro.

Uma estrutura de registros criptografados e alta segurança

Essa espécie de livro-razão público é uma ferramenta que certamente dá mais segurança e transparência entre as transações dos usuários do bitcoin. Nele, são formados os registros criptografados de todas as operações monetárias feitas com a moeda, que são à prova de qualquer invasão hacker ou outros perigos externos.
Isso porque, na hora de distribuir as informações financeiras, elas não ficam centralizadas em um banco de dados ou apenas um determinado documento. Com tal solução tecnológica, elas são divulgadas de forma descentralizada para todos os usuários.
Com o passar dos anos, cada vez mais bancos e organizações, como as bolsas de valores, percebem a importância que um procedimento como aquele poderia ter para seus meios de operações tradicionais.

Uma solução com menos burocrática

Adotando esses novos meios, toda a burocracia necessária para investir uma determinada quantia ou fazer simples operações financeiras em um banco pode ser simplificada, uma vez que todos os dados seriam automatizados.
Alguns bancos já aderiram ao método e estão fazendo experiências com os clientes usando o blockchain. Além disso, em 2015, a bolsa de valores de Nova York criou um índice que faz a conversão entre o preço de um bitcoin e o de um dólar americano. E com um adendo importante a isso, entrou em cena também o chamado bitcoin ETF.

Qual é a perspectiva do bitcoin ETF?

O ETF (exchange-traded fund) é a sigla em inglês para os Fundos Negociados em Bolsa, os quais são emitidos pelo Bitcoin Investment Trust (BIT), organização que investe apenas em bitcoins nas bolsas de valores.
O bitcoin ETF fornece aos investidores individuais a oportunidade de investir no longo prazo em bitcoins, sem a necessidade de comprar os bitcoins diretamente. Ele também elimina as dificuldades de gerenciar carteiras digitais. Os negociantes de curto prazo podem apostar seu dinheiro em unidades de ETF do bitcoin e tentar se beneficiar dos lucros de troca.
Como é possível perceber, investir em bitcoins é extremamente vantajoso e seguro. Suas inovações tecnológicas têm muito a ensinar a Wall Street, mas também a investidores que já estão querendo se conectar com o futuro. O que você acha do bitcoin? Compartilhe este texto na suas redes sociais e mostre a novidade da moeda digital para seus amigos.

Dá para fazer investimentos com pouco dinheiro? Veja como

Dá para fazer investimentos com pouco dinheiro? Veja como

Você sabe como fazer investimentos com pouco dinheiro? Muita gente quer começar a investir, mas acha que não possui o capital necessário para tanto. Normalmente, essas pessoas imaginam que a poupança é a única opção para quem não tem tanto dinheiro para aplicar. No entanto, isso não é a realidade.

Afinal, é possível investir em fundos e fazer aplicações mais atraentes com pouco dinheiro? A resposta simples para essa pergunta é: sim, é possível! Neste post, confira as principais alternativas para quem se encontra nessa situação e algumas dicas para conseguir investir com mais regularidade!

Como fazer investimentos com pouco dinheiro?

1. Livre-se das dívidas

Esse é o primeiro e mais importante passo: se você tem pendências, acabe com elas o quanto antes. Quitar aquela parcela que falta para quitar um pagamento permitirá uma análise mais clara de sua vida financeira. Com isso, você poderá se planejar adequadamente e escolher as melhores maneiras de direcionar seus recursos.

2. Planeje-se

Agora que você já não precisa lidar mais com os antigos gargalos financeiros, é hora de organizar suas finanças. Quanto da sua renda pode ser investido sem comprometer o seu orçamento? Lembre-se: você não precisa ter muito dinheiro para começar.
Muitos leigos e especialistas dizem que aplicar 10% do total que você recebe já é um bom começo. Caso isso não seja possível, tente investir algo entre 3% e 5%. Nesse caso, o importante é ter regularidade. Acredite: para se planejar financeiramente, é melhor poupar sempre do que poupar muito!

3. Defina metas

Ter metas financeiras é útil porque ajuda a perceber em qual estágio você se encontra atualmente. Aqui, a ideia é pensar em curto, médio e longo prazo. Pense no que você quer fazer com o seu dinheiro e, principalmente, em quanto tempo deseja alcançar esse objetivo:

4. Aprenda constantemente

Você evidentemente não precisa saber de tudo para começar. Aliás, muito pelo contrário: não espere muito para dar seus primeiros passos. Afinal, quanto antes, melhor. No entanto, não deixe de pesquisar, ler e estudar, pois o mundo dos investimentos é muito dinâmico e quem se informa bastante tem maiores chances de tomar melhores decisões.

Quais investimentos fazer?

1. Títulos públicos

Os títulos emitidos pelo governo federal são ótimas opções para aqueles que não têm um valor alto para aplicar. Esses papéis apresentam um valor inicial de apenas R$ 30,00 e são negociados pela internet.
O esquema de funcionamento é similar ao de um empréstimo. Porém, em vez de dever à instituição financeira, a pessoa física passa a ser credora do governo federal. Assim, ela recebe a quantia aplicada acrescida de juros, comumente atrelado à taxa Selic.
Esse tipo de investimento é considerado o mais seguro no mercado, uma vez que a entidade envolvida (o governo federal) tem bases sólidas e dificilmente não pagaria a sua dívida. No entanto, existem algumas controvérsias quanto a isso.

2. CDB

Semelhante ao Tesouro Direto, porém, no Certificado de Depósito Bancário (CDB), o investidor cede dinheiro aos bancos em troca da remuneração com juros. O risco e o retorno desse investimento são proporcionais à solidez da instituição financeira, ou seja, quanto maior e mais seguro o banco, menores os riscos e melhores os lucros. Vale lembrar que, nessa modalidade todo investidor está assegurado em até R$ 250 mil pelo FGC.
Geralmente, ele necessita de um capital de entrada superior a R$ 1.000,00, porém, os bancos estão diminuindo essa pedida, permitindo que qualquer pessoa possa investir no CDB. Hoje, alguns bancos já permitem investir a partir de R$ 1,00.
Apesar de incidir imposto de renda sobre esse investimento, é possível conseguir maiores retornos do que os obtidos por meio da poupança. Para isso, é preciso fazer uma boa escolha entre títulos pré-fixados e pós-fixados, e investir no que mais se ajusta às suas necessidades.

3. Bitcoins

Os bitcoins são moedas digitais que vêm ganhando mais popularidade a cada dia entre os investidores. Por ser um agente monetário independente da vontade de governos e Bancos Centrais, sua utilização tem chamado a atenção de muita gente.
A boa notícia é que essa moeda pode ser aproveitada também por aqueles que têm poucos recursos ou querem investir com pouco dinheiro. Aos poucos, você até poderá criar uma carteira de bitcoin.
Ao contrário das moedas tradicionais, as criptomoedas podem ser fragmentadas de uma maneira quase ilimitada, sendo possível fazer transações com quantias mínimas da moeda digital. A “hierarquia” dos bitcoins é a seguinte:

  • BTC (bitcoins);
  • mBTC (mili-bitcoins);
  • uBTC (micro-bitcoins);
  • Satoshi.

Para que você entenda melhor: é importante dizer que 100 Satoshis equivalem a 1 uBTC. Por sua vez, 1000 uBTCs podem ser trocados por 1mBTC, e 1000 mBTC por 1 bitcoin.
Por essa razão, as transações financeiras realizadas com a moeda são muito mais práticas e acessíveis para aqueles que procuram uma maneira de investir com montantes mínimos. Investir uma quantia inicial não tão considerável é possível e poderá gerar grandes lucros para o investidor — basta escolher o momento certo de aplicar.

4. Fundos simples

Se você quer fugir das corretoras, os fundos simples podem ser o caminho mais indicado. Versão atual dos antigos fundos DI, eles geralmente são controlados por gestores, que aplicam grande parte dos recursos em renda fixa.
Porém, há um pequeno problema: investidores sem tanto poder de fogo podem arcar com taxas administrativas mais altas. Outro ponto negativo é que o Imposto de Renda é cobrado por meio do sistema de tributação chamado de “come-cotas”. Dessa forma, ele é cobrado duas vezes ao ano (maio e novembro), sendo deduzido por meio da redução do número de cotas.

5. Poupança

Os anos passam, os tempos mudam, mas a pergunta continua: será que vale mesmo a pena investir em poupança? Não à toa, iniciamos este texto falando sobre essa antiga forma de aplicar.
Apesar de chamar atenção pela facilidade — você precisa de pouco ou nenhum esforço para deixar seu dinheiro em uma caderneta — ela dificilmente é a melhor escolha em termos de rentabilidade: ela rende 6,17%, no mínimo, mais a taxa referencial (TR). Em contrapartida, a isenção do imposto de renda desponta como uma vantagem desse tipo de aplicação.
Se você tem pouco capital e ainda não sabe muito bem o que pretende fazer com ele, a opção é até válida. Agora, se o plano é conquistar a independência financeira investindo, a poupança não é o melhor caminho.
Para tanto, é indispensável que você pesquise entre as suas opções quais são aquelas que lhe trarão uma melhor taxa de rentabilidade a um menor custo. Desse modo, você escolherá a melhor alternativa e fará investimentos com pouco dinheiro.
Você gostou deste post? Então, aproveite para compartilhá-lo em suas redes sociais e não se esqueça de marcar aqueles amigos que querem viver de renda!

Por que você deve perder o medo de investimentos de risco?

Por que você deve perder o medo de investimentos de risco?

Dentro do mercado de investimentos, existe um grande tabu quanto aos investimentos de risco. Muitas pessoas nem chegam perto de tais ações, pois têm medo de perder todas as suas economias ao investir nessas aplicações.
No entanto, é fundamental saber qual é o papel das ações de alto risco para uma carteira de investimentos saudável — e assim poder navegar por esses mares com mais confiança.
Neste post, analisamos alguns benefícios que investimentos de risco podem trazer para o seu bolso para que você não tenha medo de investir nessas opções. Acompanhe!

Investimentos de risco também tem maior rentabilidade

Você, com certeza, já ouviu aquela frase “quanto maior o risco, maior o ganho”. No mundo dos investimentos, esse ditado é apropriado e verdadeiro. Aqueles investimentos de risco, para serem mais atrativos aos investidores, também proporcionam grande chance de rentabilidade — muito superior às ações mais seguras.
Mas vale a pena fazer um adendo: não existem investimentos isentos de perigo. O que há no mercado são iniciativas que podem ser mais ou menos arriscadas.
Os títulos públicos, por exemplo, são considerados os investimentos mais acastelados, mas, ainda assim, há uma chance de não conquistar o retorno que se almeja. Por sua vez, a bolsa de valores é um dos investimentos mais arriscados e, por conseguinte, é a opção que traz resultados volumosos para os acionistas.

É importante entender como manejar o risco

Depois de decidir que uma porcentagem da sua carteira de investimentos será destinada para as aplicações de alto risco, deve-se estudar como minimizar essa extensão. Ou seja: como fazer, entre os investimentos de alto risco, a escolha por aquele mais confiável.
Parece complicado? De qualquer forma, essa postura será necessária para o seu bem-estar financeiro. Faça uma análise imparcial do mercado atuante. Crie uma pré-seleção dos ativos que parecem mais atrativos; e, em seguida, observe bem quais são as tendências do mercado para eles. É claro que essa estratégia não é garantida, mas pode diminuir, e muito, as chances de sair no prejuízo.
Além disso, é valioso manter um controle sobre suas ações, depois de investido seu capital. As aplicações de alto risco não possibilitam que o investidor simplesmente se esqueça de que elas existam. Muito pelo contrário: é necessário fazer um acompanhamento periódico da movimentação do mercado e do ativo escolhido. Apenas assim haverá uma visão real de qual é a melhor hora para injetar e resgatar o dinheiro ali presente.

A utilização dos bitcoins em investimentos de risco alto

A cada dia, mais e mais instituições aceitam a moeda digital como forma de pagamento. É claro: os investimentos de risco superior não poderiam ficar de fora.
Ao utilizar os bitcoins, há uma segurança maior na hora de investir seu dinheiro. Isso porque essa moeda, ao contrário de qualquer outra, é emitida de forma controlada e autônoma. Isso é, há uma contagem exata de quantas moedas são emitidas por dia, além de uma previsão de qual será esse número em determinado período. Além disso, o valor da moeda digital não é estipulado por governos federais ou bancos centrais, e atua de acordo com o mercado.
Apesar da volatilidade, a grande tendência aqui é que ocorra a valorização dessa moeda, principalmente quando sua produção chegar ao fim. Na ocasião, somente aquelas pessoas que tenham previamente adquirido os bitcoins serão capazes de negociá-los, o que também aumentará seus preços de comercialização no mercado.
E então, perdeu o medo dos investimentos de risco? Ficou interessado em investir com bitcoins? Nesse artigo contamos um pouco mais como investir em Bitcoins.

Regulamentação de bitcoins: quem controla as moedas digitais?

Regulamentação de bitcoins: quem controla as moedas digitais?

Os bitcoins são, conhecidamente, uma nova forma de fazer negócios. As moedas digitais representam um grande desafio para as instituições que estão acostumadas às transações apenas com moedas tradicionais.
Você quer investir nas moedas digitais, mas está inseguro ou tem dúvidas sobre a regulamentação de bitcoins? Continue lendo o texto para ficar por dentro do assunto.

Como funciona a regulamentação das moedas digitais?

Um dos maiores debates sobre as moedas digitais diz respeito à sua regulamentação. Apesar de serem autônomas ou livres no que tange aos interesses governamentais, para serem utilizadas em territórios específicos, devem seguir uma série de normativas.
Apenas assim serão garantidos direitos e deveres por lei, tanto para quem as utiliza quanto para as instituições financeiras.

Como ocorre a produção das moedas?

Os bitcoins são produzidos de maneira independente, ou seja, não há um órgão específico para essa finalidade.
A produção da moeda é feita de forma controlada e previsível: o planejado é que sejam feitos cerca de 21 milhões de moedas, de forma decrescente, até o ano de 2140.
Assim, em algum momento do futuro, essa produção parará e, por conseguinte, é simples entender que haverá uma quantia finita de moedas, o que pode aumentar seu valor, levando em consideração a ideia da oferta e procura dos mercados.

Qual é o papel dos governos?

Um dos grandes desafios que o bitcoin representa às instituições tradicionais refere-se à sua própria conceituação. Afinal, o que são essas moedas? Um protocolo, uma commodity, uma propriedade?
Com o passar dos anos, os governos dos mais variados países estão tentando disciplinar seu uso. A principal questão é a seguinte: como regularizar algo completamente diferente de tudo aquilo já conhecido?
Demarcar os bitcoins em um conceito específico implica várias consequências, as quais ainda são desconhecidas dos especialistas em finanças e dos governos federais.

Quais são as tentativas atuais de regulamentação de bitcoins?

Entre os países que vêm fazendo ensaios para regulamentar os bitcoins, os Estados Unidos têm sido um dos pioneiros. Contudo, é importante saber que, em certos aspectos, o governo americano tem falhado na tarefa.
Isso se deve ao fato de que, em comparação com outros países, o governo americano segue uma linha tradicional quanto à regulamentação de bitcoins.
A lógica de pensamento norte-americana visa muito mais à obediência da nova moeda ao estado, deixando de lado a noção de que os bitcoins podem alterar de vez a economia mundial daqui por diante.
Nesse sentido, vários outros países já passaram à frente dos Estados Unidos. Por exemplo: hoje, o Reino Unido já apresenta uma unificação da moeda com seu governo muito mais satisfatória do que o que foi efetivado nos EUA.
Na Grã-Bretanha e na Irlanda do Norte, já foram criados marcos regulatórios que dirigem tanto o lado do consumidor quanto a inovação proposta por startups e outras instituições envolvidas. É importante ressaltar, ainda, que tal regulamentação tem sido utilizada como base para afinar o uso da moeda em outros países da Europa.

Regulamentação de bitcoins no Brasil

Já no Brasil, está em tramitação o Projeto de Lei 2303/2015. Esse projeto tem como principal objetivo a regulamentação de bitcoins e demais criptomoedas. Em caso de aprovação da lei, essas moedas passariam a estar sob a supervisão do Banco Central na categoria de “arranjos de pagamento”.
O deputado Áureo Ribeiro, responsável pelo projeto, acredita que essa iniciativa se faz necessária para criar um ambiente seguro para as criptomoedas e que, a partir disso, será possível incentivar startups e plataformas a investir no Brasil.
Essa atitude também se dá em função do crescimento de transações realizadas por meio das criptomoedas, o que tem atraído os olhares de órgãos regulamentadores.
Para definir quais serão os pontos da regulamentação, será levado em consideração o local onde estão as corretoras que fazem a negociação de bitcoins, para que seja possível criar um modelo brasileiro. Com uma regulamentação libertária, seria possível criar uma plataforma de negociações, ou seja, uma espécie de bolsa para bitcoins em um ambiente seguro e sem taxas.
A isenção de taxas funcionará como um atrativo para os investidores e como um incentivo ao uso de criptomoedas, como ocorre nos Estados Unidos. Além disso, a estimativa de rendimentos com o investimento em tecnologia e atração de usuários é maior do que o ganho com a taxação de corretoras (exchange).
Entre os argumentos utilizados para a regulamentação de bitcoins e demais criptomoedas, são citados os riscos de lavagem de dinheiro, já que a identidade dos usuários pode ser ocultada, e as práticas ilícitas.
Há ainda quem defenda que essa regulamentação pode auxiliar a economia brasileira, pois, sendo uma moeda deflacionária, pode paralisar o crescimento das economias.

Os bitcoins devem ser declarados no Imposto de Renda?

Apesar de ainda não existir a regulamentação de bitcoins, todas as criptomoedas devem ser declaradas na Ficha de Bens e Direitos, na categoria “outros bens”. Essa declaração se faz necessária porque o bitcoin pode ser comparado aos ativos financeiros.
A justificativa da Receita Federal é que, mesmo as criptomoedas não sendo uma moeda como o Real, elas são consideradas como um bem. Portanto, deve ser recolhida uma porcentagem para o Imposto de Renda sempre que houver algum ganho sobre elas, assim como ocorre com qualquer outro bem.
Por isso, caso seus bitcoins somem um valor de R$ 1 mil ou mais, devem estar descritos no Imposto de Renda. Além disso, se houver transações de compra ou venda superiores a R$ 35 mil no período de um mês, o imposto incidirá em 15% sobre os rendimentos, seguindo os mesmos prazos e regras gerais do IR.
A ocorrência da incidência de declaração no Imposto de Renda pode abrir espaço para o recolhimento de outros impostos, como o ISS (Imposto sobre Serviço), no caso de transações de compra e venda, e o ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos), se houver a doação de criptomoedas ou transmissão em inventário.
No entanto, vale ressaltar que, como não há regulamentação de bitcoins, a incidência de outros impostos e a tributação de valores são feitas por análises preliminares, já que as criptomoedas são descentralizadas.

Quais são as vantagens da regulamentação de bitcoins?

Apesar de um dos principais atrativos dos bitcoins ser a sua independência de governos, especialistas e usuários da moeda discutem a importância de uma regulamentação, alegando que ela poderá trazer uma série de benefícios para quem a utiliza. Por exemplo: a partir de sua regulamentação, será possível prever punições para roubos de carteira digital, além de criar ações jurídicas e fundos de garantia para seus investimentos.
Os bitcoins são moedas digitais novas e muito pouco entendidas por instituições financeiras tradicionais. No entanto, com o passar do tempo, essas entidades precisam cada vez mais aderir à nova lógica proposta pela criptomoeda.
A tendência é que a regulamentação de bitcoins seja feita por alguns países, incluindo o Brasil, o que poderá trazer benefícios ou malefícios para quem os utiliza.
Qual é sua opinião sobre a regulamentação de bitcoins? Acredita que ela poderá trazer benefícios para o mercado ou que tornará o mercado engessado, burocrático e caro? Se você deseja se aprofundar no assunto, acesse nosso post e confira como fazer a declaração de bitcoins no Imposto de Renda.